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PROCESSO CIVIL IV

 Processo de Execução

 Havendo parte especial, não se aplica parte geral,


salvo omissão.

1- Conceito
o É a técnica processual destinada a dar eficácia a títulos
executivos extrajudiciais representativos de obrigações de
pagar quantia certa, de entregar coisa certa ou incerta ou
de fazer ou não fazer.
o Só há execução se houver um título executivo e sempre
extrajudicial (documento privado - apenas os que a lei
processual atribuir força executiva, tomando o documento
como bastante para execução) – torna o documento privado
eficaz.
o A lei processual regulamenta o título e atinge os processos
em curso e não iniciados imediatamente, em regra o CPC,
mas há lei esparsas (cédulas).
o O título além de ser executivo, deve se referir a uma das
obrigações, sendo elas:
a) Pagar quantia em dinheiro
 Valor específico, indicado no título
b) Entregar coisa
 Coisa certa = infungível
 Coisa incerta = determinável (gênero ou
quantidade)
c) Fazer ou não fazer
 Fazer = medida ativa;
 Não fazer = abstenção exigível;
PROCESSO CIVIL IV

o O Título deve ter liquidez, ser liquido – obrigação


especificada.
o O título deve ser certo quanto a existência da obrigação –
ser documentado.
o O título deve ser exigível – executável somente após o
vencimento (suporte fático da ação).

2- Competência

o Regra geral  domicilio do devedor, salvo se não houver


norma especial
 Título pode estabelecer foro de eleição, que prevalece
sobre a regra geral, desde que estabelecido;
 E se admite como competente, o local onde a obrigação
deveria ser cumprida.
 OBS: Sendo o réu/devedor não pode se insurgir contra
ação executiva proposta em seu domicilio, que
prevalecerá sobre os demais critérios.
 Quando for PJ, a ação poderá ser proposta na sede
estabelecida no contrato social ou na filial onde o
negócio foi realizado.
 Se houver vários réus, a ação poderá ser proposta onde
o credor escolher.
 Desconhecendo o domicilio do devedor, poderá propor a
ação onde forem encontrado bens ou no domicilio do
credor.
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3- Legitimidade

o Ativa
I- Credor
 No título tem o direito de exigir uma obrigação;
II- Sucessores
a) Universal – morte  espólio (antes da partilha) ou
herdeiro/legatário (que recebeu o título na partilha).
 O espólio é representado pelo inventariante
(regra), exceto o inventariante dativo, nesse
caso é necessário que os herdeiros
compareçam, assinando a procuração.
 O inventariante dativo é aquele que nomeado pelo
juiz no mercado, quando nenhuma das pessoas
previstas no CPC para o cargo aceitam atuar
como inventariante.
b) Singular – Cessionário ou endossatário
 Cessionário recebe por cessão de crédito os
direitos do título;
 Endossatário quando se tratar de título de
crédito, recebe por endosso. (Título de crédito é
formal – estabelecido por lei, por ter caráter
cambial)
III- Sub-rogatório
 Aquele que por algum motivo cumpre obrigação no
lugar do devedor, e ao fazer o pagamento, assume
todos os direitos do credor – sub-roga os direitos
do credor.
IV- MP
 Quando há incapaz ou por interesse próprio
(dividas da fazenda pública).
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o Passiva

I- Devedor
 Aquele que no título se obriga a uma prestação –
indicado no título.
II- Sucessores
a) Universal
 Espólio (antes da partilha) ou herdeiros que
responderão na proporção do que receberem.
 Vale para o credor dos herdeiros também.
b) Singular
 O devedor não pode transferir a dívida sem a
concordância do credor, podendo nessa
transferência manter ou não o devedor original –
por meio de assunção de dívida (quem recebe é o
assuntor);
III- Coobrigados – garantia pessoal
a) Aval – título de crédito;
b) Fiança – para o que não for título de crédito.
c) Devedor solidário
 Título de credito é regulamentado/estabelecido
por uma lei de direito material;
 Tanto o aval quanto a fiança, depende da
anuência do cônjuge ou companheiro, caso não
apareça nada presume-se o cônjuge como
garantidor, podendo ambos serem executados.
 O avalista responde com todo o seu patrimônio,
presente e futuro;
 O avalista não pode discutir a dívida toda,
somente questões formais;
 O avalista pode ser acionado antes do devedor;
PROCESSO CIVIL IV

 Na fiança, o fiador poderá exigir que os bens do


devedor principal respondam primeiro pela dívida
– benefício de ordem, código civil permite a
renúncia, havendo renúncia, equipara-se ao
avalista, podendo ser atacado diretamente e
primeiro;
 O fiador pode discutir a dívida toda;
 Já o devedor solidário se torna devedor, é um
obrigado e pode discutir a dívida toda, e responde
com todo o seu patrimônio presente e futuro pela
obrigação.
IV- Interveniente garante – garantia real
 Quando uma coisa de terceiro responde pela
dívida, é um interveniente garante. Ex.: Hipoteca
 Não é um coobrigado, não responde pela dívida
toda, apenas na medida da sua garantia.
 Se sub-roga nos direitos do credor
V- Sócio
 Regra que o sócio não responde pelas obrigações
da sociedade – art. 49-A Código Civil, no entanto
existem circunstâncias que o sócio pode ser
chamado para responder por essas obrigações,
estabelecidas por lei. Ex.:
 Capital não integralizado de qualquer dos sócios,
todos os demais tornam-se devedores;
 Obrigações frente a previdência social;
 Obrigação fiscal somente pode ser chamado o
sócio que tinha poderes para cumprir a obrigação
fiscal (administrador) – no contrato social, senão
for mencionado, todos são responsáveis;
 Em relações de consumo, caso a sociedade não
possa pagar, os sócios respondem (lei especial
revoga lei geral, CDC).
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09/08/2023

o Requisitos para qualquer execução – art. 783, CPC


(fundamento de direito)

 Títulos de créditos é diferente de títulos executivos – art. 784,


CPC
a) Títulos de crédito
 Lei de direito material;
 Cambiais
b) Títulos executivos
 Lei processual
 Os títulos executivos extrajudiciais estão listados no art. 784,
CPC.
 A executividade da duplicata é necessário apresentar o título,
protesto cambial e o comprovante de entrega de mercadoria, em
caso do título não ser aceito precisa de protesto por falta de
pagamento e falta de aceite.
 O prazo prescricional desses títulos é de 3 anos, exceto o cheque.
 O título de crédito, qualquer deles pode ter vencimento À vista,
que terá cálculo diferente. Nesse caso é necessário entregar o
título ao devedor, como no caso do cheque que é ordem de
pagamento à vista.
 Qualquer título de crédito com vencimento à vista possui prazo de
1 ano para ser apresentado, salvo o cheque.
 Passado o prazo de 1 ano da apresentação, tendo ocorrido ou não,
dispara-se o prazo prescricional de 3 anos. A apresentação é uma
notificação ao devedor, dizendo estar vencido o título.
 Havendo a apresentação, o prazo prescricional de 3 anos começa
a correr da data de notificação do vencimento (apresentação),
sendo à vista.
 O prazo prescricional corre da emissão.
PROCESSO CIVIL IV

 O título só pode ser executado depois da apresentação, ainda que


transcorrido o prazo da apresentação, mas dentro do prazo
prescricional.

Cheque
o Da data de emissão, emitido em mesma praça  prazo de 30
dias e após prazo de 180 para execução;
o Data de emissão, emitido em praça diferente  prazo 60 dias e
após prazo de 180 dias para execução.

1. No inciso I do art. 784, todos são títulos de crédito – incluindo


cédulas de crédito
o Títulos de crédito não tem testemunha.
2. No inciso II do art. 784, escrituras públicas
o Firmado em tabelionato de notas – transforma o documento
particular em público – não há necessidade de testemunha.
3. No inciso III do art. 784 – documento particular
o Precisa de testemunha
4. No inciso V a existência de garantia dar executividade ao título
o Quando a garantia for imóvel, o instrumento tem que ser
escritura pública, exceto na hipótese de contrato do sistema
financeiro da habitação – dec. lei. 6066;
5. No inciso VI – seguro de vida em caso de morte
o Prazo prescricional da executividade é de 1 ano contado da
recusa do pagamento.
o A jurisprudência entende que há o prazo de 1 ano para
acionar e após começa a correr o prazo prescricional
6. No inciso VII – crédito decorrente de foro e laudêmio
7. No inciso VIII – aluguel de imóvel
o Se for executar, execute somente o aluguel – executar os
acessórios em conjunto retira a liquidez do título.
8. No inciso IX – certidão ativa da Fazenda Pública
PROCESSO CIVIL IV

9. No inciso X – contribuições de condomínio edilício aprovadas em


assembleia
o Obrigação propter rem – decorre da coisa
10. No inciso XI – certidões das serventias notariais
o São fixados pela tabela da corregedoria – emolumentos.
11. No inciso XII - qualquer outro que outra lei crie, mas a
maioria está nesse artigo.

Observações
a) A existência de qualquer ação discutindo a dívida não impede a
execução – a execução dá credibilidade aos negócios;
b) O título executivo firmado em outro país não precisa ser
homologado aqui – apenas deve provar que cumpre os requisitos
de título executivo no país de origem, mas deve ser indicado no
título o Brasil como local de cumprimento da obrigação para
poder ser executado;
c) Se for eletrônico, vale assinatura eletrônica;
d) O fato do credor tem um título executivo, não o impede de propor
ação ordinária (cobrança), mas não pode escolher entre execução
e monitória.

 Modalidades de obrigações
a) Existem obrigações alternativas – descritas no próprio título,
isso não retira a executividade do título – quando o direito de
escolha for do credor, pode exercê-lo na petição inicial, sendo
do devedor, ele será citado para escolher e depois cumprir, se
não o fizer o direito de escolha passa a ser do credor;
i- Obrigações com condições – se houver condição no
título, com a petição inicial é necessário comprovar que
ela se operou. Resolutiva
ii- Suspensiva
PROCESSO CIVIL IV

O credor pode em uma mesma execução


apresentar diversos títulos executivos,
quando o devedor for mesmo, no entanto
não é recomendável misturar diferentes
tipos de títulos.

10/08/2023

o Fundamento fático é a inadimplência


o Só posso executar a obrigação de outrem, se provar que
cumpri a minha própria obrigação – posso depositar a
minha obrigação e executar a dele, alegando que ele só
poderá retirar a minha obrigação, quando cumprir a sua:
Ex.: Só posso executar ação de outorgar escritura, se
comprovar o cumprimento de minha obrigação.
o Não sou obrigado a receber prestação diversa da contratada
– art. 788, CPC
 Responsabilidade patrimonial
o O devedor responde com todo o patrimônio, presente e
futuro, enquanto durar a execução, exceto o interveniente
garante, que responderá apenas nos limites do bem dado
em garantia (não pode ser executado pelo valor total da
dívida) e bens impenhoráveis, bem de família. – art. 789
o Bens sujeitos a penhora: regra que tudo que tem valor
econômico é penhorável, mas o art. 790 lista alguns:
a) Do sucessor a título singular (hipoteca em favor do
banco, mas aliena o vem hipotecado, mas quem compra,
compra com a dívida, pois ela adere a coisa;
b) Sócio: a Regra é que o sócio não responde pelas
obrigações da sociedade (art. 49-A, CC), exceção é o caso
em que não há integralização do capital social, quando
há confusão patrimonial (art. 50, CC), quando há
fraude, nos casos de dívida previdenciária todos os
PROCESSO CIVIL IV

sócios respondem solidariamente, na dívida tributária,


somente o sócio administrador (somente ele tem poder
para sonegar imposto – quando o contrato não menciona
quem é o adm. Todos respondem), em caso do CDC, se a
empresa é condenada a indenizar e não puder pagar, o
sócio passa a ser responsável, em virtude da
hipossuficiência do consumidor, o sócio que abusa dos
poderes societários, no caso de haver limitações, e
responderá pessoalmente pela obrigação criada.
c) Bens do devedor em poder de terceiros – fraude contra
credor.

16/08/2023

Art. 792, CPC

1- Fraude contra credores


 Civil
 Ocorre quando o devedor, depois de constituir a dívida
aliena ou onera bens sem deixar patrimônio suficiente
para o cumprimento das obrigações – ação
pauliana/anulatória  provar que o devedor tornou-se
insolvente, a dívida passou a ser superior ao patrimônio.
Prazo prescricional de 4 anos, se for imóvel contados do
registro na matricula do bem da alienação.
2- Fraude à execução
 Ocorre dentro do processo – regulado pelo CPC
 Quando a ação se refere a direito real (hipoteca,
propriedade, etc.), quando é onerado ou alienado – a venda
se torna ineficaz;
 Desde que a ação esteja averbada na matrícula do imóvel,
para que haja ação de fraude à execução.
PROCESSO CIVIL IV

 A penhora é o primeiro ato de expropriação de bens do


credor – considera fraude à execução, quando esta penhora
está averbada na matricula do imóvel
a) Obrigação de pagar quantia em dinheiro  expropriar bens
do devedor (penhora averbada no cartório de imóvel)
b) Entregar coisa  quando a coisa não mais existir, converte-
se em dinheiro e requer-se a penhora e averbação
c) Fazer ou não fazer  converte-se em dinheiro – penhora e
averbação

Penhora é sempre processual e penhor é contratual, quando o bem


estiver empenhado, o credor não pode pedir penhora de novos bens,
sem vender o que está em seu poder.

O fiador tem direito de indicar bens do devedor principal para que


prioritariamente respondam pelas obrigações, no entanto, se houver
renúncia (benefício de ordem), vale a renúncia.

Poderes do Juiz – art. 772, CPC

 Juiz pode a qualquer momento do processo decretar seu


comparecimento ao juízo;
 Poderá ainda advertir as partes que a condutas dela representa
ato atentatório a dignidade da justiça (fraude à execução, quando
ordenado a parte não indica bens à penhora, quando o devedor
promove atos para inviabilizar a execução)
 Determinar que terceiros que promovam atos que sejam eficazes a
execução.

O credor é o autor da ação, mas a responsabilidade civil é objetiva, caso


dê errado.

O credor pode desistir da execução antes da citação (paga custas),


depois da citação, antes dos embargos (paga honorários, mas não
PROCESSO CIVIL IV

precisa da concordância da parte contrária). Depois dos embargos (se


for só de matéria processual: paga custas + honorários e não precisa de
concordância. Se for direito material: paga custas + honorários e
depende da concordância do devedor)

17/08/2023

 Espécies de execução – art. 797


1- Execução por quantia certa
a) Conceito
 É a técnica processual destinada a excutir bens do
devedor para satisfazer o credor mediante a
apresentação de um título executivo extrajudicial –
tomar bens do devedor. Enquanto o credor não recebe,
não acaba a execução. A execução por quantia certa
trata-se de dinheiro.

b) Procedimento
o Petição inicial instruída – art. 798
i- Pelo título executivo extrajudicial (original) – art.
784 ou determinados por lei especial. A regra é:
que é título executivo o que está no 784, o que não
estiver deve-se procurar em lei especial
(geralmente serão cédulas);
ii- Demonstrativo da dívida – cálculo atualizado até a
data da propositura. A lei estabelece que a
necessidade do cálculo não retira a liquidez. Ainda
que seja um cálculo bobo, faça em documento
separado e não na própria petição inicial;
Lei 10.931, art. 28 - Quando se tratar de
cédula de crédito bancário, estabelece que
a juntada de extratos está resolvido, sendo
desnecessário o demonstrativo do cálculo,
PROCESSO CIVIL IV

mas o extrato não é demonstrativo, deve-se


rastrear os lançamentos, pois geram juros.
O banco vale-se disso para aumentar a
dívida, principalmente quando se tratar de
cheque especial. Sendo crédito rotativo
exija o extrato e discuta os lançamentos um
a um.
Deve apresentar os critérios de atualização
do cálculo (juros e correção monetária).
Somente banco pode capitalizar juros
(cobrar juros sobre juros), particular não
pode capitalizar juros e não pode ter taxa
superior a 12% a.a.
É necessário limitar a correção monetário
com o INPC do Tribunal.
Se houve vencimento antecipado é
necessário provar. Se há condição
suspensiva, deve-se provar a ocorrência
dela, caso contrário não estará vencida.
Se a obrigação for alternativa, cabe ao
credor indicar a opção que ele toma, se o
direito de escolha for dele, deverá ser
exercida na petição inicial. Quando a
obrigação alternativa for de escolha do
devedor, será ele citado primeiro para
escolher no prazo de 5 dias, se não o fizer,
o direito de escolha recai sobre o credor.

23/08/2023

1- Execução para entrega de coisa


PROCESSO CIVIL IV

Coisa é algo negociável, tudo que pode ser negociável. Bem


fungível ou não fungível passível de gestão econômica independente
(negociável).

A finalidade dessa ação é receber uma coisa e não uma quantia –


o credor não é obrigado a receber coisa diversa da contratada, e nem o
devedor a cumprir obrigação diversa da contratada. Se a obrigação é
entregar coisa, o credor não pode exigir quantia em dinheiro, ainda que
a coisa seja perecível.

Coisa pode ser:

a) Certa
Especifica, sabe-se exatamente o que é – infungível.
b) Incerta
Não é na verdade incerta (precisa ter liquidez – requisito) –
determinável/determinado por quantidade e qualidade.

A obrigação de entregar de coisa pode ser constituída: (titulo)

a) Cédula de crédito
I- Rural (CCR)
II- Bancário (CCB)
III- Produto rural (CPR) – a que mais ocorre
 Lei 8.929/94 – criou um título de crédito de natureza
cambial – CPR (pode ser trocada no mercado)
 Negociado na BMF
 Somente produtor rural e sua cooperativa podem emitir
a CPR
 Emitido o título dizendo que irá entregar em tal data, tal
local a coisa (promessa de entrega: ex.: café).
 A CPR emitida por um produtor com obrigação de
entregar coisa e admite garantia colaterais (abre a
PROCESSO CIVIL IV

possibilidade do credor pegar bens, caso a coisa não seja


entregue – pessoal ou real)
 A BMF registra os títulos
 Ex.: Produtor rural vendeu o título ao BB e o BB vende
(endossa) a BMF, que somente comprará se o banco
avaliar (aval) o título. No vencimento se o produtor não
entregar a coisa, o comprador vai exigir o aval (que é
obrigação autônoma e pode cobrar direto do avalista,
que somente poderá reclamar erro formal). Se o avalista
pagar, este sub-roga nos direitos do credor e cobra do
produtor – Avalista executa o produtor.
 O banco pode contratar seguro (geralmente a seguradora
é do próprio banco) para o crédito e exige um seguro e
está limitado a 80% do crédito – quem vai executar o
seguro será o avalista. Se o seguro pagar, termos
litisconsórcio ativo (banco 20% e seguradora 80%).
 A seguradora pode endossar para o banco, que volta a
ter a dívida toda. Importante analisar a cadeia de
endosso.
 O banco endossa o título a BMF. Quando o devedor
(produtor rural) não entrega a coisa ao comprador da
BMF, este acionará o avalista (banco) que pagará. E o
comprador endossa o título novamente ao avalista
(banco) que sub-roga nos direitos do credor, e havendo
seguradora, o banco endossa os 80% do crédito a
seguradora. Neste caso o banco que detém 20% do
crédito e a seguradora que detém 80% poderão em
litisconsórcio ativo executar o devedor.
 Pode ocorrer da seguradora fazer um endosso ao banco,
que poderá executar 100% da dívida.
 Honorários são sagrados!!!!!!!
b) Escritura pública
c) Contrato particular com 2 testemunhas
PROCESSO CIVIL IV

Procedimento – art. 806, CPC

 P.I instruída:
a) Título executivo;
b) Cálculo da obrigação
 A ação será proposta onde a obrigação deveria ser cumprida, mas
é possível propor a ação no domicilio do devedor. E todo mundo
que assinou o título será chamado (avalista)
 Juiz mandará citar para entregar a coisa (não chama para defesa)
no prazo de 15 dias. Neste mesmo despacho o juiz irá fixar o
percentual de honorários e poderá fixar uma multa diária pelo
atraso na entrega. E se não for entregue e o oficial souber onde
estar (passado o prazo) promoverá a busca e apreensão da coisa
(móvel), sendo imóvel e não foi entregue, haverá imissão na posse.
 Se o bem móvel não for entregue e não for localizado (pode-se
requerer ao juiz que a secretaria da fazenda do estado forneça as
notas fiscais de venda do devedor), o credor pode requerer a
conversão da obrigação em dinheiro.
 Se caso o bem móvel foi vendido, requer-se a secretaria de
fazenda do estado o rastreamento das notas ficais de venda do
devedor, mas o título deve estar averbado no cartório (ser
público).
 Convertida a obrigação em dinheiro (valor da coisa) pelos critérios
estabelecidos no título. Ex.: cotações da BMF. E pode-se cobrar
perdas e danos.
 Se for obrigação alternativa (ex.: entregue milho ou dinheiro
estabelecido no título). Nesse caso se o direito de escolha
estabelecido no título for do credor, exercerá o direito na petição
inicial. Sendo do devedor, cita-se este primeiro para escolher no
prazo de 5 dias. Após, corre o prazo de 15 dias para entregar e 3
para pagar, no entanto se o devedor não exercer o direito de
escolha, este direito volta para o credor.
PROCESSO CIVIL IV

24/08/2023

 Quando entregue a coisa, intima-se o credor para no prazo de 15


dias aceitar ou recusar. Aceitando-se cobra-se perdas e danos se
houver (material).
 Se a coisa não foi entregue e o oficial de justiça localizar procede-
se a busca e apreensão (enquanto isso está correndo a multa).
 Uma vez promovida a busca e apreensão, intima-se o credor para
aceitar ou recusar. Aceitando, cobra-se perdas e danos se houver
+ multa.
 Se na tentativa da busca e apreensão a coisa não foi localizada,
converte-se tudo em dinheiro.

Execução de obrigação de fazer e não fazer

 Obrigação de fazer é aquela que o devedor se obriga a uma


prestação ativa. Ex. fazer um muro, consertar um carro (sempre
uma atividade)
 Obrigação de não fazer é sempre uma abstenção exigível. Ex. não
construa três andares.
 Está tudo documentando em um título executivo. Art. 784, CPC

Procedimento:

 P.I instruída com o título;


 Juiz cita e manda fazer em tempo razoável (se não for, cabe
agravo).
 O devedor fazendo, intima-se o credor para concordar ou não. Se
concordar ainda poderá cobrar perdas e danos e multa, se
houver. Se não concordar, pode exigir que outro corrija as custas
do devedor, mas o credor adianta a despesa.
PROCESSO CIVIL IV

 Se o devedor não fez, terá 2 opções: credor pode exigir com outro
o faça as custas do devedor ou converter em dinheiro.

Execução por quantia certa

 A finalidade é expropriar bens do devedor para satisfazer o credor.

Procedimento

 P.I instruída:
a) Por um título executivo (em regra art. 784, CPC) – obrigação
nele escrita é pagar dinheiro;
b) Cálculo da divida
É obrigatório apresentar o cálculo com a explicação do
critério utilizado
i- Título que não tem encargos contratados. Ex.:
cheque, promissória – no cálculo deve aparecer
juros de 1% a.m (juros não capitalizados) pela
tabela INPC
ii- Contrato – mesmo dos encargos podendo incluir
multa
iii- Banco pode cobrar mais, pois há lei especial. No
caso da cédula de crédito bancário, além do
cálculo necessário juntar os extratos.

31/08/2023

Execução por quantia certa

 Em regra, tudo pode ser penhorado, mas a lei estabelece bens


que são impenhoráveis.
PROCESSO CIVIL IV

 O critério para penhora é liquidez, pois o objetivo é converter


coisa em dinheiro, então busca-se o que é mais fácil de ser
convertido – regra do art. 835, CPC
I- Dinheiro;
II- Títulos da dívida pública
III- Títulos e valores mobiliários (negociadas na bolsa. Ex.:
debentures, cédula de produto rural, etc.)
IV- Veículo;
V- Bem imóvel;
VI- Bens móveis em geral;
VII- Semoventes;
VIII- Navios e aeronaves;
IX- Ações e quotas;
X- Percentual de faturamento (deve-se achar um percentual
que não quebre a empresa);
XI- Pedras e metais preciosos;
XII- Direitos aquisitivos derivados de promessa de compra e
venda (o direito sobre a coisa tem valor econômico) e de
alienação fiduciária em garantia (penhora-se o direito sobre
a coisa)

 A penhora será documentada através de auto de penhora lavrado


pelo oficial de justiça ou termo de penhora lavrado pela
secretaria.
 Na petição inicial é possível indicar os bens que o credor quer que
sejam penhorados.
 Proposta a ação, antes da citação é possível averbar no CRI a
existência da ação (somente um aviso)
 Se o termo ou auto de penhora for de um imóvel (que pode te sido
indicado ou não na P.I) há exigências:
1- Deve averbar a penhora no CRI (e se houve averbação anterior,
deverá ser baixada no prazo de 10 dias), pois agora a coisa
PROCESSO CIVIL IV

está sendo retirada da disponibilidade do patrimônio do


devedor
2- Deve intimar o cônjuge ou companheiro, salvo se for regime da
separação total de bens.
 Pode ocorrer de o imóvel penhorado estiver em hipoteca
(garantia) para algum credor terceiro. Neste caso o outro credor
deve ser intimado, para que exerça preferência se quiser. Se o
bem estiver empenhado (penhor) deve-se intimar o credor do
bem.

06/09/2023

 Efetuado o auto de penhora as partes serão intimadas para


impugnar (avaliação) – diante disto juiz poderá nomear perícia
 Da impugnação resolve-se a avaliação e poderá haver a
modificação da penhora (ex.: valor do bem excede o valor da
dívida). É possível pedir a substituição quando não foi observada
a ordem legal
 Com a penhora resolvida nomeia-se um depositário (a ausência
implica em nulidade do processo). Há duas condições:
1- Se houver bem em garantia no título executivo esse bem
deverá ser penhorado. O mesmo ocorre com o penhor.
2- Se o bem em garantia estiver na posse do credor, será possível
modificá-la somente após a venda desse bem. Não estando na
posse poderá pedir a substituição ou modificação.
Tudo que é dado em garantia é penhorável, ainda que a
lei diga que não.
O bem dado em garantia sobrepõe a ordem legal e deve
aparecer antes.
PROCESSO CIVIL IV

Se a penhora for de imóvel deve se intimar o


cônjuge/companheiro, salvo se for regime de separação
total. Se não intimar acarretará em nulidade;
Se o bem penhorado é garantia de qualquer outra dívida,
o outro credor deverá ser intimado da penhora para que
exerça a preferência – se não reclamara perde a
preferência.
 Se no momento de vender o bem este for encontrado, dispensa-se
o depositário que tem a finalidade de guardar o bem.

Modalidades de penhora

 O primeiro da ordem será dinheiro, requer-se na petição inicial a


penhora de valores que serão localizados as contas em nome do
devedor e posteriormente serão bloqueados pelo banco central e
encaminhados os valores bloqueados a uma conta do juízo –
Poupança abaixo de 40 salários mínimos é impenhorável (em tese
não funciona bem a impenhorabilidade). STJ tem entendido a
impenhorabilidade em qualquer operação financeira, mas a regra
é poupança.
 Penhora de crédito – sendo o devedor credor de terceiros, neste
caso o credor desse devedor pode pedir a penhora dos créditos
que ele tiver frente a terceiros, que quando forem pagar deverão
depositar em juízo. E sendo título de crédito requer-se para que o
devedor apresente o título em juízo – pode ser qualquer crédito
(ex.: precatória, ação de execução e penhora-se o resultado da
ação, uma expectativa)
PROCESSO CIVIL IV

 A executa B. B é credor de C (nota promissória). B é devedor


de A. Neste caso A poderá requerer a penhora desse crédito
(nota promissória) de B com C. Neste caso o juiz intima C
para pagar em juízo, pois o crédito está penhorado. Sendo
título de crédito, A irá requerer que B apresente o título ao
judiciário.

 Penhora de quotas e ações – As quotas societárias que fazem


parte do patrimônio do devedor. Possui valor econômico que
não se limita ao capital social. Localiza-se as quotas através
das juntas comerciais dos Estados. Quando for S.A (ações)
acha-se por oficio a CVM (muito complicado). Quando for
ações ao portador localiza-se pela declaração de imposto de
renda. Pode haver impedimento expresso no contrato social do
ingresso de terceiros na sociedade. Sendo ações negocia-se na
bolsa, no caso de quotas há divisão (semelhante a dissolução,
chama-se de balanço especial).
 Penhora da empresa e outros estabelecimentos – Penhora-se a
própria empresa, para que gere renda que satisfaça a dívida. O
credor intervém na empresa. Vale para navio e aeronave, mas
só poderão operar mediante seguro e operam até que haja a
venda, se for o caso.
 Penhora do faturamento da empresa – Juiz dar a ordem para a
administração da empresa fixando um valor que a empresa
deverá depositar em percentual de cada nota recebida.
 Penhora de frutos e rendimentos de coisa móvel ou imóvel –
Frutos significa vantagem econômica (juros, alugueis, etc.)
Penhora-se os frutos que a coisa irá produzir.

Avaliação da penhora
PROCESSO CIVIL IV

 A regra é que o oficial de justiça avalie, se não conseguir avaliar


deverá comunicar o juízo que deverá designar perícia.
 Se o oficial der o valor mas as partes não concordarem podem
requerer perícia.
 A avaliação é feita no auto de penhora que não será refeita, salvo
se for possível demonstrar erro (técnico) no valor da avaliação ou
mudança profunda no valor de mercado.
 É preciso impugnar a avaliação para que haja nova avaliação.
Preclusão (matéria incontroversa)
 Não se faz avaliação quando há cotação da bolsa ou veículos da
tabela FIPE.

Da expropriação dos bens

 Esse é o objetivo da execução


 Resolvida a penhora o próximo passo é a expropriação

13/09/2023

Execução por quantia certa

 PI instruída
a) Título executivo
b) Calculo
c) prova
d) Procuração
 Indica bens à penhora
 Juiz cita o devedor e fixa honorários (pode ser emitida certidão de
ação nas matriculas dos bens do devedor) – pode pedir-se o
arresto (pré penhora) e depois será convertido em penhora.
 Citado o devedor tem 3 dias para pagar (se pagar os honorários
são reduzidos em 50%), se não pagar-se procede-se pela penhora.
o Se for espólio e houver inventariante dativo, deve-se
citar todos os herdeiros (causa de nulidade)
PROCESSO CIVIL IV

 Penhora-se tudo que tenha valor patrimonial bens presentes e


futuros, salvo o que a lei dizer ser impenhorável:
o Art. 833 do CPC
o Leis especiais: lei 8.009/90 – bem de família  casa de
morada do devedor e sua família é impenhorável.
Entendimento do STJ é que até a pessoa que mora
sozinha é família, e, ainda que não more no imóvel, mas
dele extraia frutos será impenhorável. No entanto, se o
bem foi dado em garantia (hipoteca) perde-se a
impenhorabilidade, mas somente frente ao credor ao
qual a garantia foi dada - A impenhorabilidade persiste
frente aos demais credores que não possuem a garantia.
Quando houver dois bens de família, a lei estabelece que
o de menor valor será impenhorável. Se for obrigação
propter rem que aderem a coisa (condomínio) a coisa
responde pelas dividas dela provenientes (IPTU) está fora
da proteção da impenhorabilidade. Dividas decorrentes
da construção afasta a impenhorabilidade.
o Dec. Lei 167/67 – Hipoteca CRH e CRPH os demais
credores não poderão penhorar o bem.
o Investimento em caderneta de popança até 40 salários é
impenhorável. STJ ampliou o conceito para qualquer
operação até 50 salários (mas em prova prevalece o
entendimento de 40 salários)

Ordem de preferência da penhora (art. 835, CPC)

o Critério de liquidez, o que for mais fácil de converter em dinheiro.


o Pode-se inverter a ordem estabelecida do 835 desde que seja
eficaz.
PROCESSO CIVIL IV

 Efetuada a penhora – lavra-se o auto de penhora (oficial de


justiça) ou termo de penhora (secretaria – pode fazer direto com o
bem indicado na petição inicial)
o Deverá conter o número do processo, as partes, a descrição
do bem, avaliação e a nomeação do depositário.
o O oficial poderá fazer a avaliação, mas se não tiver
condições técnicas para tal, avisa o juiz para que seja
nomeado um perito.
o Quando o credor indica o bem, pode avaliá-lo.
o Sendo a penhora de bem imóvel deve-se intimar o cônjuge,
exceto se o regime de casamento for separação total.
o Deve-se intimar eventual credor com garantia real (quando
há penhora de bem hipotecado)
o Intima-se as partes para impugnar a penhora (avaliação,
depositário, descrição).
 Feita impugnação poderá haver perícia e o juiz decide e o próximo
passo é a alienação do bem
a) Se não houver impugnação, não haverá nova avaliação,
salvo se for possível demonstrar que a há erro técnico
(elemento essencial) ou que houve profunda variação no
mercado. Não faz avaliação em bens vendidos em bolsa
(segue a cotação diária da bolsa).

Modalidades de execução

1. Execução de obrigação de entregar de coisa


o Certa (infungível)
o Incerta (quantidade e qualidade)
 P.I instruída:
a) Título
b) Cálculo
c) Prova
PROCESSO CIVIL IV

 Juízo manda citar o devedor (para entregar em 15 dias), fixar


honorários e estabelecer multa diária por atraso
o Pode ocorrer busca e apreensão para móvel e imissão na
posse para imóvel, desde que seja encontrada a coisa.
o Se a coisa estiver em posse de terceiro, somente poderá
discutir a coisa desde que depositada em juízo.
o Se a coisa não for entregue e nem encontrada, a obrigação
será convertida em dinheiro. Se não houver pagamento, há
penhora.

2. Execução de obrigação de fazer e não fazer


a) Fazer é conduta ativa
b) Não fazer é uma abstenção

 P.I  cita-se o devedor para que no prazo razoável faça ou


desfaça. Se o prazo não for razoável cabe agravo.
 Se a obrigação não for feita ou desfeita no prazo, poderá converter
a obrigação em dinheiro ou determinar que outro a faça no lugar
do devedor e as custas deste (o credor adianta o dinheiro e depois
cobra do devedor).

Em todas as ações ainda que cumprida a obrigação, pode-se


continuar a ação cobrando perdas e danos (dano material).

Títulos executivos – previstos em regra no art. 784 do CPC

 Títulos executivos extrajudiciais são privados entre as partes e


que a lei de caráter processual disser que é executivo e leis
esparsas.
 O que dá executividade ao título é a lei e não a mera liberalidade
das partes.
PROCESSO CIVIL IV

 Executivo decorre de norma processual e título de crédito é um


título civil (caráter cambial), não pode-se confundir ambos. A lei
processual dirá se o título de crédito é título executivo.
 Os títulos além de previstos em lei deve ser certo (existir), liquido
(conter todas as descrições) e exigível (estar vencido ou não estar
prescrito).
Nos títulos com vencimento à vista estabelece-se o prazo de
apresentação (1 ano para todos os títulos, exceto o cheque que
tem prazo de 30 ou 60 dias) e decorrido este prazo e não
apresentado o título dispara o prazo prescricional, no entanto
só poderá ser executado após a apresentação, ainda que no
período do prazo correndo da prescrição, que será de 3 anos,
exceto o cheque que é 180 dias.
Todos estes títulos admitem aval e podem ser trocados no
mercado por endosso (deve-se vigiar a cadeia do endosso).
Debentures são títulos emitidos por S.A
No caso das cédulas deve-se localizar a lei que o criou para
saber se é executivo.
Escritura pública ou documento público, por ter caráter
contratual exige-se como garantia pessoal a fiança e deve ser
lavrada em cartório. No entanto a garantia real imóvel deve ser
efetuada por escritura pública, exceto instituição financeira.

28/09/2023

Decisão

1. Mero expediente
o Em tese não admitem recurso, mas cabe quase sempre
Embargos de declaração (art. 1.022, CPC) a fim de sanar
erro material, omissão, contradição e obscuridade.
PROCESSO CIVIL IV

o Não possuem potencial de causar prejuízo, dão andamento


ao feito.
2. Interlocutória
o Tem potencial de causar prejuízo
o Dá prosseguimento ao feito
o Cabível Embargos Declaratórios e Agravo de Instrumento
(art. 1.015, CPC – rol com taxatividade mitigada (tema
repetitivo 988 do STJ: “O rol do art. 1.015 do CPC é de
taxatividade mitigada, por isso admite a interposição de
agravo de instrumento quando verificada a urgência
decorrente da inutilidade do julgamento da questão no
recurso de apelação”)
3. Sentença
o Extingue a ação (caráter terminativo)
o Cabe apelação (art. 1.009, CPC)
o Tem potencial de causar prejuízo.

Juízo de 1º:

P.I com pedido de tutela provisória  juiz decide se defere ou indefere a


tutela  cita-se  AC (pode haver acordo)  Cont.  imp. Cont. 
saneamento  provas - AIJ  S.

o A decisão que defere ou indefere a tutela é uma decisão


interlocutória – possui potencial de causar prejuízo – cabe ED ou
agravo
PROCESSO CIVIL IV

o A decisão de citação é de mero expediente (despacho) não tem


potencial de causa prejuízo, pode caber ED
o A decisão que homologa o acordo em AC - é sentença – cabe
apelação
o Se na contestação houver preliminar de ilegitimidade e o juiz
acata gera sentença (cabe apelação) – quando houver
litisconsórcio passivo e juiz não acatar a preliminar do Réu A mas
acatou a de B, neste caso trata-se de decisão hibrida é será
interlocutória pois o processo continua em curso em relação a A,
sendo cabível agravo contra preliminar acolhida de B.

04/10/2023

Decisões em segundo grau

a) Monocrática:
1. Proferidas pelo relator
2. Vice-presidente (admissibilidade de Resp.)
3. Presidente (admissibilidade do recurso extraordinário)
b) Colegiadas (acórdão)
1. Tomada por uma turma (relator+ 2 vogais)
2. Câmara (relator + 4 vogais)
3. Plenário (todos os desembargadores ou ministros)
4. Em alguns tribunais a corte especial (relator + alguns
desembargadores)

 P.I com pedido de tutela provisória – decisão indefere a tutela


(cabe agravo de instrumento no tribunal)
 O agravo será distribuído para um relator – que efetua um juízo
de admissibilidade (decisão monocrática)
 Os recursos cabíveis contra decisões de primeiro grau, só
admitem um juízo de admissibilidade do tribunal.
PROCESSO CIVIL IV

 Contra decisões monocráticas cabe agravo interno.


 Do acórdão da decisão colegiada poderá caber Resp. Serão
apresentadas as contrarrazões do Resp. e após ocorrerá o juízo de
admissibilidade (pela vice presidência do STJ – “a quo” ou
provisório, o mesmo ocorre com o recurso extraordinário, mas
destinado a presidência)
 Os recursos de segundo grau admitem duplo juízo de
admissibilidade.

Decisões Características Rec. Cabível


1. Mero expediente Não gera prejuízo Apenas Embargos de
declaração
2. Decisões Gera prejuízo Embargos de declaração
interlocutórias ou Agravo de instrumento
3. Sentença Gera prejuízo Emb. Declaração ou
apelação
4. Monocráticas Relator e tem potencial de Agravo interno
Tribunal dano
5. Monocrática Vice-presidência ou Emb. de declaração, Ag.
presidência do tribunal – Interno, ag. Em Resp. ou
tem potencial de prejuízo ag. Em extraordinário
6. Acórdão Tem potencial de causar Emb. Declaração, Resp.
prejuízo (sempre decisão ou RE
colegiada)

Teoria Geral dos Recursos

O recurso é uma modalidade do exercício do direito de agir

1. Requisitos de admissibilidade dos recursos


 São condições de aceitação para análise do recurso (conhecido:
admitido para análise; não conhecido: não admitido para
análise). Quando for provido, quer dizer que foi julgado
procedente.
 Mérito do recurso é diferente do mérito da ação.
Aqui a Gabriela chegou
PROCESSO CIVIL IV

a) Exame de admissibilidade
i- Juízo de admissibilidade simples
 Ag. Instrumento distribuído a um relator (tribunal)
que fará o j. adm. Simples
 Apelação distribuída para um relator (tribunal) que
fará um juízo de admissibilidade simples
ii- Juízo de admissibilidade duplo
Acórdão  resp. (15d)  contrarrazões (15d)  juízo de
adm. (vice- presidência do tribunal a quo/provisório)  vai
para o STJ  distribuído ao Relator que fará novo juízo de
admissibilidade (ad quem/definitiva).
b) Requisitos intrínsecos (recursos cabíveis art. 994, CPC não existe
recurso por analogia, e deve-se acertar o recurso – não recorrer
muito ao princípio da fungibilidade recursal, não funciona bem)
i- Legitimidade: proposta pela parte vencida em algum ponto
da decisão. (art. 966)
ii- Cabimento
iii- Interesse
iv- Impedimento: o recorrente pode a qualquer tempo desistir
do recurso, até o julgamento. Não precisa da anuência da
parte contrária, exceto (não pode desistir); existem recursos
para o STJ e o STF existem barreiras, como: Repercussão
geral no R. extraordinário STF (não se pode desistir por
conta da repercussão constitucional), temas repetitivos.
Pode-se desistir de recursos aos tribunais superiores,
exceto se for admitida a repercussão geral ou tema
repetitivos. O impedimento encaixa na existência de uma
súmula que determina que não se pode recorrer. Se a parte
cumpriu a decisão, renuncia-se ao direito de recorrer
c) Requisitos extrínsecos
i- Tempestividade: todos possuem prazo de interposição de 15
dias, salvo o ED que tem prazo de 5 dias
PROCESSO CIVIL IV

ii- Preparo: custas recursais (comprovar o pagamento das


custas para interposição)
iii- Regularidade formal: Assinatura, qualificação das partes,
fundamentos, pedido de reforma, etc. É possível no prazo
de 5 dias corrigir erros formais (não é possível mudar o
texto, texto é atingido pela preclusão consumativa).

Não se discute fato em recursos aos tribunais superiores (súmula 7 do


STF e STJ)

Súmula 454 do STF: que se recusa a analisar cláusula contratual


(corresponde a súmula 5 do STJ).

Só pode recorrer ao tribunal superior, quando esgotado os recursos no


tribunal de origem (segundo grau)

18/10/2023

Agravo de Instrumento

o Recurso cabível contra decisões interlocutórias que se enquadram


nas hipóteses do art. 1.015, CPC - rol de taxatividade mitigada.
Se demonstrar perigo de dano, urgência e inutilidade da
discussão da matéria em apelação pode-se interpor agravo fora
das hipóteses do 1.015 – tema repetitivo 988 STJ.
o Não cabendo o agravo, a decisão não preclui e poderá ser objeto
de apelação ou contrarrazões a apelação.
o Em regra, só cabe agravo nas hipóteses do 1.015, no entanto
existe a possibilidade da taxatividade mitigada demonstrando o
risco eminente e a inutilidade da discussão em apelação.

a) Modo de interposição
o Interposto diretamente no tribunal – art. 1.016, CPC
PROCESSO CIVIL IV

o Exige-se o nome das partes e os advogados do agravante e


agravado, bem como endereço – não havendo como juntar
todos os documentos obrigatórios, deve citar no agravo que
deixou de juntar e o motivo pelo qual.
o Se juntar documento novo no agravo, deve avisar em
primeiro grau da interposição do agravo e juntar o
documento em primeira instância também.
o O agravante poderá no prazo de 3 dias contados do
protocolo do agravo interpor uma petição em primeiro grau
avisando da interposição e podendo requerer retratação
(sendo processo eletrônico é faculdade, não é obrigatório,
no entanto se juntar documento novo torna-se obrigatório)
o Se o processo for físico, é obrigatória a petição informando
a interposição de recurso (com ou sem documento novo no
prazo de 3 dias) – se não for comprovada em 3 dias a
interposição do recurso o agravo será extinto.
o Diante da petição, o juiz poderá se retratar da decisão –
juízo de retratação, exercendo a retratação e gerando nova
decisão da qual a parte contrária poderá agravar, no
entanto o juiz não poderá exercer novamente o juízo de
retratação.
o O Agravo interposto será distribuído para um relator que
fará o juízo de admissibilidade, verificando:
a) Tempestividade;
b) Preparo – juiz não pode despachar se não tiver o
pagamento de custas, exceto nos causos de gratuidade
(junta-se prova da gratuidade)
c) Adequação – rol do 1.015 e possibilidade de taxatividade
mitigada
o Relator debate ainda o efeito em que recebe o recurso. Em regra
o agravo tem efeito exclusivamente devolutivo (devolve somente a
matéria recorrida). O agravante poderá requerer efeito
PROCESSO CIVIL IV

suspensivo se puder demonstrar o risco de dano irreparável e a


probabilidade de direito invocado.
o O efeito suspensivo ativo é um modificação da decisão que negou
para uma que irá deferir em sede de antecipação da tutela
recursal
o O relator poderá expedir um oficio para o juiz de primeiro grau
para que fale da decisão podendo exercer juízo de retratação
o Relator mandará intimar a parte contrária para contraminuta de
agravo em 15d – contraminuta não é uma peça obrigatória e não
ocorre confissão e revelia.
o Relator poderá determinar que as partes corrijam irregularidades
e intimar as partes da perda do objeto
o Após a turma irá julgar e formará o acórdão.
o Não cabe agravo de instrumento no juizado especial e na justiça
do trabalho.

Agravo Interno

o Agravo interno será oposto ao relator da sua decisão monocrática,


em 15d da decisão – vale para qualquer decisão monocrática
o A parte contrária será intimada para contraminuta de agravo
interno em 15d
o O agravo interno será julgado pela turma e formará acórdão.
o Admitindo o agravo interno, o recurso voltará a correr e será
julgado pela turma, que formará um outro acórdão, e desse
acórdão caberá resp. e se o vice presidente negar seguimento ao
resp, cabe agravo interno, salvo se o fundamento for súmula
vinculante e decisões repetitivas, cabe agravo interno), qualquer
outro motivo caberá agravo em resp.

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