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COISAS II

Direitos Reais de Garantia

- Art. 1419 - 1510 cc


- Penhor, hipoteca, anticrese
- Alienação fiduciária (L. 911/69 e Art. 1361-1368,cc)

- Crédito: A ideia central é um mútuo com o banco, a pessoa pega dinheiro


emprestado, pessoa física ou jurídica .
- Banco: PJ empresta dinheiro a juros subordinado e policiado pelo
banco central.
- para emprestar, exige garantia.

- garantia (caução):
- Fidejussória pessoal → fiança (art. 391 cc) e art. 789, cpc -
cc, art. 818)
- real: pode recair sobre bem móvel ou imóvel, é diferente da
garantia pessoal, na qual, no mútuo, há a garantia que é o
patrimônio do devedor e do fiador.

- garantia real → recai não sobre todo o patrimônio do garantidor, como


ocorre na fiança. Vai recair sobre um bem específico. O bem será
individualizado e especificado no contrato. pode ser oferecido como
garantia. Esse bem será do patrimônio do próprio devedor.
- se o bem dado em garantia for bem móvel = penhor
- se recai sobre imóvel, geralmente é hipoteca.

20.3.2023

Art. 1.419

Nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado em


garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação.

Art. 1.420. Só aquele que pode alienar poderá empenhar, hipotecar ou dar em
anticrese; só os bens que se podem alienar poderão ser dados em penhor,
anticrese ou hipoteca.

§ 1º A propriedade superveniente torna eficaz, desde o registro, as garantias


reais estabelecidas por quem não era dono.
§ 2º A coisa comum a dois ou mais proprietários não pode ser dada em garantia
real, na sua totalidade, sem o consentimento de todos; mas cada um pode
individualmente dar em garantia real a parte que tiver.

- Só se pode dar um bem com a permissão de todos


- exceção: fração
- co proprietário - não pode dar bem integralmente sem garantia mas
poderá dar a fração que ele cabe.

Princípio da indivisibilidade

- direito de garantia é indivisível


- Art. 1.421. O pagamento de uma ou mais prestações da dívida não
importa exoneração correspondente da garantia, ainda que esta
compreenda vários bens, salvo disposição expressa no título ou na
quitação.
- Art. 1.422. O credor hipotecário e o pignoratício têm o direito de excutir
a coisa hipotecada ou empenhada, e preferir, no pagamento, a outros
credores, observada, quanto à hipoteca, a prioridade no registro.
- Parágrafo único. Excetuam-se da regra estabelecida neste artigo as
dívidas que, em virtude de outras leis, devam ser pagas precipuamente a
quaisquer outros créditos.

Princípio da excussão (execução)

- Na hipoteca e no penhor, quando a dívida não é paga, o credor tem direito


a ajuizar ação de execução à coisa dada em garantia.

O credor hipotecário passa a ter um direito de preferência na execução em


relação a outros credores (quirografários, que não tem nenhuma garantia) do
devedor que não tenha essa qualificação de credor hipotecário.

Sucessão de hipotecas - mais de uma hipoteca no mesmo bem imóvel - primeira


hipoteca vai preferir à segunda.

É lícito pacto comissório?

03.04
PENHOR

1.431 e seguintes

Penhor especial - levado a registro no cartório do RGI pois envolve bens ligados
á imóvel;
Art. 1.438 cc

Art. 1.433. O credor pignoratício tem direito:


I - à posse da coisa empenhada;
No penhor especial, o credor pignoratício não terá coisa empenhada
ex: caixa econômica.
II - à retenção dela, até que o indenizem das despesas devidamente
justificadas, que tiver feito, não sendo ocasionadas por culpa sua;
III - ao ressarcimento do prejuízo que houver sofrido por vício da coisa
empenhada;
IV - a promover a execução judicial, ou a venda amigável, se lhe permitir
expressamente o contrato, ou lhe autorizar o devedor mediante
procuração;
V - a apropriar-se dos frutos da coisa empenhada que se encontra em seu
poder;
VI - a promover a venda antecipada, mediante prévia autorização judicial,
sempre que haja receio fundado de que a coisa empenhada se perca ou
deteriore, devendo o preço ser depositado. O dono da coisa empenhada
pode impedir a venda antecipada, substituindo-a, ou oferecendo outra
garantia real idônea.

Art. 1.438. Constitui-se o penhor rural mediante instrumento público ou


particular, registrado no Cartório de Registro de Imóveis da circunscrição em
que estiverem situadas as coisas empenhadas.
Parágrafo único. Prometendo pagar em dinheiro a dívida, que garante com
penhor rural, o devedor poderá emitir, em favor do credor, cédula rural
pignoratícia, na forma determinada em lei especial.

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