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O bem dado como garantia não pode ser alvo de uso e gozo pelo credor, pois se trata de direito
acessório, destinado unicamente à satisfação da obrigação.
Art. 1419 – “nas dívidas garantidas por penhor, anticrese ou hipoteca, o bem dado
em garantia fica sujeito, por vínculo real, ao cumprimento da obrigação. ”
De acordo com o art. 1424 do CC, os contratos perderão a eficácia se não constarem os
seguintes requisitos:
“A palavra penhor vem de pignus ou pignoris, como primeiro direito real de garantia sobre
coisa alheia, o penhor é constituído sobre bens móveis (em regra), ocorrendo a transferência
efetiva da posse do bem do devedor para o credor (também em regra). Diz-se duplamente
em regra, pois, no penhor rural, industrial, mercantil e de veículos, as coisas empenhadas
continuam em posse do devedor, que as deve guardar e conservar, como estabelece o
parágrafo único do art. 1431 do CC de 2002. Com a celebração do negócio, a posse indireta a
da coisa é transmitida ao credor pignoratício, por meio de uma tradição ficta ou presumida,
o constituo possessório. ” – Flávio Tartuci – Direito civil – v.36
- Podem ser objeto de hipoteca os itens que se observa nos incisos do art. 1473 e seus
parágrafos.
a. A hipoteca é um direito real de garantia sobre um imóvel que serve como segurança
para um empréstimo ou financiamento. O devedor continua sendo o proprietário do
imóvel, mas o credor tem o direito de vender o bem para recuperar a dívida em caso
de inadimplência.
b. É amplamente utilizada em operações de financiamento imobiliário, onde o imóvel
adquirido é dado como garantia até que o financiamento seja integralmente quitado.
“De acordo com a doutrina clássica, anticrese vem do grego, anti (em lugar de) + chresis
(uso), ..., por meio desse direito real de garantia, um imóvel é dado em garantia e
transmitido do devedor, ou por terceiro, ao credor, podendo o último retirar da coisa os
frutos para o pagamento da dívida em havendo uma compensação. Como se percebe a
anticrese está no meio do caminho, entre o penhor e a hipoteca, tendo características de
ambos. ” – Flávio Tartuce – Direito Civil – v.36
“Pode o devedor ou outrem por ele, com a entrega do imóvel ao credor, ceder-lhe o direito de
perceber, em compensação da dívida, os frutos e rendimentos. ”
a. A anticrese é um direito real de garantia que envolve a concessão do uso e fruto de um
imóvel ao credor como forma de garantia. O credor tem o direito de usufruir dos
rendimentos gerados pelo imóvel até que a dívida seja paga.
b. É menos comum que o penhor e a hipoteca, mas pode ser utilizado em situações onde
o devedor possui um imóvel cujos rendimentos podem ser utilizados como garantia
para um empréstimo.
Requisitos Gerais:
Portanto, os Direitos Reais de Garantia constituem uma importante ferramenta no âmbito das
relações jurídicas, proporcionando segurança tanto ao credor quanto ao devedor, ao
estabelecer mecanismos eficazes de proteção dos interesses das partes envolvidas em uma
transação.
Resumo esquematizado.
Fig. 1
Fig. 2
Fonte:
Aluno:
Eduardo Vendramin
Ra: 2005408