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EMPRÉSTIMO
Prof ª Ariane Caroline Vieira
É um negócio jurídico pelo qual uma pessoa entrega
uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se
esta a devolver a coisa emprestada ou outra de
mesma espécie e quantidade
MÚTUO
Arts. 586 A 592 CC
COMODATO
Art. 579. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis. Perfaz-se com a
tradição do objeto.
Se assim não faz, passa a responder pela conservação da coisa, devendo arcar com um aluguel - pena a ser
fixada pelo comodante. Cabe, ainda, ação de reintegração de posse.
Se o comodato não tiver prazo convencional irá se presumir o tempo necessário para o uso concedido; (art.
581 CC)
Não pode o comodante, salvo necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e
gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se determine pelo uso outorgado.;
(art. 581 CC)
O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa emprestada,
não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena de
responder por perdas e danos. O comodatário constituído em mora, além de por ela
responder, pagará, até restituí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante.
(art. 582 do CC).
Caindo em risco a coisa emprestada, se o comodatário deixar de salvá-la para salvar coisa
própria, responderá por caso fortuito e força maior (art. 583 do CC).
O comodatário não poderá jamais recobrar do comodante as despesas feitas com o uso
e gozo da coisa emprestada (art. 584 do CC).
No caso de mútuo feneratício de dinheiro (mútuo oneroso), com a cobrança de juros, o art. 591 do CC limita os
mesmos à taxa prevista no art. 406 do CC (1% ao mês).
Obs: A norma não se aplica se o empréstimo for bancário.
Art. 592. Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do mútuo será:
I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o consumo, como
para semeadura;
II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro;
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra coisa fungível.
CONTRATO DE
DEPÓSITO
O contrato de depósito o depositário recebe um objeto móvel e corpóreo, para guardar, até
que o depositante o reclame. Ao contrário do comodato, o depositário não pode usar a coisa,
mas apenas guardá-la, em regra.
Natureza Jurídica
unilateral;
gratuito;
comutativo;
personalíssimo;
real;
temporário;
informal.
Obs: é possível o depósito bilateral e oneroso,
diante de convenção das partes, atividade ou
profissão do depositário;
Modalidades de depósito
Depósito voluntário: resulta da autonomia privada, do acordo de vontade das partes.
Depósito legal – é aquele realizado no desempenho de obrigação decorrente de lei, como ocorre no caso de
depósito legal em caso de incapacidade superveniente, negando-se o depositante a receber a coisa.
Depósito miserável – é aquele efetuado por ocasião de calamidades, como nos casos de inundação,
incêndio, naufrágio ou saque. Em casos tais, o depositário é obrigado a se socorrer da primeira pessoa que
aceitar o depósito salvador.
Depósito do hospedeiro – refere-se à bagagem dos viajantes ou hóspedes nas hospedarias onde eles
estiverem (art. 649 do CC).
As partes contratantes são tecnicamente denominadas por:
depositante aquele que entrega o bem;
depositário aquele que recebe.
Forma e prova do contrato de depósito: A lei não exige nenhuma forma para a substância do contrato de depósito.
Portanto,a forma não é critério para a validade do negócio jurídico de depósito. O que a lei requer, no art. 646 do
CC/02,é a forma escrita para que se prove o depósito voluntário
PRISÃO DO DEPOSITÁRIO
art. 652 do CC/2002 que: “Seja o depósito voluntário ou necessário, o depositário que não o restituir quando
exigido será compelido a fazê-lo mediante prisão não excedente a um ano, e ressarcir os prejuízos”.
O STF acabou por concluir pela inconstitucionalidade da previsão, diante da força supralegal do Pacto de
San José da Costa Rica, tratado internacional do qual o Brasil é signatário e que proíbe a prisão civil por
descumprimento contratual (STF, RE 466.343/SP e HC 87.585/TO).
Tal conclusão gerou a edição da Súmula Vinculante 25 pelo STF, que enuncia: “É ilícita a prisão civil de
depositário infiel, qualquer que seja a modalidade do depósito” (aprovada em 16.12.2009).
CONTRATO DE
TRANSPORTE
Trata-se do contrato pelo qual alguém se obriga, mediante uma determinada remuneração,
a transportar de um local para outro pessoas ou coisas, por meio terrestre (rodoviário e
ferroviário), aquático (marítimo, fluvial e lacustre) ou aéreo.
bilateral;
oneroso;
consensual;
comutativo;
informal.
Na grande maioria das vezes o transporte assume a forma de contrato de consumo (Lei
8.078/1990) ou de adesão. Assim, é possível buscar diálogos entre o CC e o CDC no que se
refere ao contrato em questão, aplicando-se os princípios sociais contratuais.
Transporte de pessoas: O transporte de pessoas é aquele pelo qual o transportador se
obriga a levar uma pessoa e a sua bagagem até o destino, com total segurança, mantendo
incólume os seus aspectos físicos e patrimoniais.
São partes:
transportador;
passageiro
transportador de coisas também assume uma obrigação de resultado, o que justifica a sua
responsabilidade contratual objetiva.