Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
COMODANTE - COMODATÁRIO
Dono da coisa Beneficiário do empréstimo
Trata-se de um contrato unilateral, gratuito, típico, paritário/adesão, real, informal, não solene e
personalíssimo, principal e definitivo.
Pode ser estipulado com encargo, também conhecido como COMODATO MODAL, a exemplo
de fabricantes que emprestam prateleiras, refrigeradores e dispositivos de divulgação a fim de que
o comerciante exponha e venda os produtos de sua fabricação ou exigindo-lhe que comercialize
apenas sua marca.
Em relação ao TEMPO, o contrato de comodato é por tempo determinado. Contudo, não sendo
assinalado prazo, presume-se que o tempo corresponde ao quanto necessário para uso.
Art. 581 do CC/02: Se o comodato não tiver prazo convencional, presumir-se-
lhe-á o necessário para o uso concedido; não podendo o comodante, salvo
necessidade imprevista e urgente, reconhecida pelo juiz, suspender o uso e
gozo da coisa emprestada, antes de findo o prazo convencional, ou o que se
determine pelo uso outorgado.
MUTUANTE - MUTUÁRIO
Cedente da coisa Beneficiário do empréstimo
Trata-se de um contrato unilateral, gratuito ou oneroso (quando se cobra juros moratórios), típico,
paritário/adesão, real, informal, não solene e personalíssimo, principal e definitivo.
A hipótese do mútuo oneroso está autorizada pelo art. 591 do Código Civil. Vejamos:
Art. 591 do CC/02: Destinando-se o mútuo a fins econômicos, presumem-se
devidos juros, os quais, sob pena de redução, não poderão exceder a taxa a
que se refere o art. 406 , permitida a capitalização anual.
Em relação ao TEMPO, o contrato de mútuo é por tempo determinado. Contudo, não sendo
assinalado prazo, presume-se que:
Art. 592 do CC/02: Não se tendo convencionado expressamente, o prazo do
mútuo será:
I - até a próxima colheita, se o mútuo for de produtos agrícolas, assim para o
consumo, como para semeadura;
II - de trinta dias, pelo menos, se for de dinheiro;
III - do espaço de tempo que declarar o mutuante, se for de qualquer outra
coisa fungível.
1
Pablo Stolze e Rodolfo Pamplona Filho, Manual de direito Civil.
Em relação ao MÚTUO FEITO À INCAPAZ, a lei prevê algumas medidas excepcionais em
atenção a princípios como a boa-fé objetiva. Vejamos:
Art. 588. O mútuo feito a pessoa menor, sem prévia autorização daquele sob
cuja guarda estiver, não pode ser reavido nem do mutuário, nem de seus
fiadores.
Art. 589. Cessa a disposição do artigo antecedente:
I - se a pessoa, de cuja autorização necessitava o mutuário para contrair o
empréstimo, o ratificar posteriormente;
II - se o menor, estando ausente essa pessoa, se viu obrigado a contrair o
empréstimo para os seus alimentos habituais;
III - se o menor tiver bens ganhos com o seu trabalho. Mas, em tal caso, a
execução do credor não lhes poderá ultrapassar as forças;
IV - se o empréstimo reverteu em benefício do menor;
V - se o menor obteve o empréstimo maliciosamente.
Por fim, a lei autoriza o mutuante a exigir garantia da restituição, nos termos do art. 590 do Código
Civil, sendo prudente também invocar a exceção do contrato não cumprido, insculpido no art. 477
do mesmo Diploma Legal:
Art. 590 do CC/02: O mutuante pode exigir garantia da restituição, se antes
do vencimento o mutuário sofrer notória mudança em sua situação econômica.
Art. 477 do CC/02: Se, depois de concluído o contrato, sobrevier a uma das
partes contratantes diminuição em seu patrimônio capaz de comprometer ou
tornar duvidosa a prestação pela qual se obrigou, pode a outra recusar-se à
prestação que lhe incumbe, até que aquela satisfaça a que lhe compete ou dê
garantia bastante de satisfazê-la.