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Empréstimo: Comodato
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EMPRÉSTIMO: COMODATO
EMPRÉSTIMO
INTRODUÇÃO
O contrato de empréstimo pode ser conceituado como o negócio jurídico pelo qual
uma pessoa entrega uma coisa a outra, de forma gratuita, obrigando-se esta a devol-
ver a coisa emprestada ou outra de mesma espécie e quantidade.
O negócio em questão é um exemplo claro de contrato unilateral e gratuito, abran-
gendo duas espécies;
O comodato é o empréstimo de coisas infungíveis, isto é, que não podem ser substituídas
outras da mesma espécie, qualidade e quantidade. A matéria é tratada a partir do art. 579
e seguintes do CC.
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TARTUCE
Ainda do art. 581 do CC podem ser retiradas algumas conclusões práticas. De início,
quanto ao comodato com prazo determinado, findo esse, será devida a devolução da
coisa, sob pena de ingresso da ação de reintegração de posse e sem prejuízo de outras
consequências previstas em lei.
Em casos tais, encerrado o prazo, haverá mora automática do devedor (mora ex re),
nos termos do art. 397, caput, do CC. Aplica-se a máxima dies interpellat pro homine (o
dia do vencimento interpela a pessoa).
RESPONSABILIDADE
O comodatário é obrigado a conservar, como se sua própria fora, a coisa empres-
tada, não podendo usá-la senão de acordo com o contrato ou a natureza dela, sob pena
de responder por perdas e danos.
O comodatário constituído em mora, além de por ela responder, pagará, até resti-
tuí-la, o aluguel da coisa que for arbitrado pelo comodante (art. 582, CC).
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• Como regra, não tem de abandonar e não tem de dar prioridade para aquilo que é
dele, pois deve buscar sempre a noção de manutenção e de evitar os riscos da coisa.
a. O comodato é o empréstimo gratuito de coisas não fungíveis e nem sempre tem prazo
determinado, ocasião em que valerá a disposição do art. 581.
b. O comodato perfaz-se na data da tradição do objeto e não da assinatura do contrato (até
porque ele pode ser verbal), e, no caso de comodatários simultâneos, a responsabilidade
é solidária;
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Além do mais, sobre o prazo do comodato, é preciso conhecer o dispositivo do art. 581:
JURISPRUDÊNCIA – BENFEITORIAS
Por ser o comodatário possuidor de boa-fé – diante da existência de um justo título
(art. 1.201, parágrafo único, do CC) –, em regra, terá direito à indenização e direito de
retenção pelas benfeitorias necessárias e úteis, conforme o art. 1.219 do CC.
Além disso, poderá levantar as benfeitorias voluptuárias, se isso não dani-
ficar o bem.
Contudo, podem as partes, em contrato paritário, prever o contrário, sendo per-
feitamente válida a cláusula nesse sentido em tais contratos plenamente discutidos.
De toda a sorte, há julgados que apontam que o comodatário não tem direito a ser inde-
nizado por tais benfeitorias, pela norma do art. 584 do CC:
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Art. 1.219. O possuidor de boa-fé tem direito à indenização das benfeitorias ne-
cessárias e úteis, bem como, quanto às voluptuárias, se não lhe forem pagas, a
levantá-las, quando o puder sem detrimento da coisa, e poderá exercer o direito
de retenção pelo valor das benfeitorias necessárias e úteis.
Art. 96. As benfeitorias podem ser voluptuárias, úteis ou necessárias.
§ 1º São voluptuárias as de mero deleite ou recreio, que não aumentam o uso ha-
bitual do bem, ainda que o tornem mais agradável ou sejam de elevado valor.
§ 2º São úteis as que aumentam ou facilitam o uso do bem.
§ 3º São necessárias as que têm por fim conservar o bem ou evitar que se deteriore.
GABARITO
1. a
2. c
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Concursos, de acordo com a aula
preparada e ministrada pela professora Cristiny Mroczkoski Rocha.
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do con-
teúdo ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela lei-
tura exclusiva deste material.
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