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CONTRATO DE TROCA OU PERMUTA

Com base nas palavras de Carvalho Mendonça, permuta, escambo ou troca, são
sinônimos que correlacionam uma troca por outra na qual não envolve o dinheiro de
fato. O que automaticamente se diferencia do contrato de compra e venda, no qual,
uma das partes consiste no envolvimento do dinheiro.

O objeto usado neste contrato, em regra é “qualquer coisa” ou seja a troca de:
móveis por móveis, casa por casa e qualquer outra coisa que ambas as partes se
propuserem a trocar.

A quantidade varia de contrato para contrato, assim podendo trocar um objeto por
vários objetos, não existindo de fato uma regra para a quantidade e nem precisando
ser pela mesma categoria, desde que seja consensual de ambos os contratantes.

Nesse mesmo pensamento, temos a permuta por coisas futuras como por exemplo,
a troca de um terreno por um apartamento que nele será construído. O que tem
acontecido frequentemente nos dias atuais.,

Em caso de reposição parcial em dinheiro, não necessariamente passaria a ser um


contrato de compra e venda, somente se a parte dada em dinheiro fosse maior que
50% da troca.
Ou seja : se o contratante recebe algo que vale 100,00 e passa sua parte como se
valesse 30,00, complementando 70,00 em dinheiro para o outro contratante, nesse
caso, a troca transmuda em compra e venda.

O contrato de permuta é bilateral, passando uma ideia de obrigações de ambas as


partes, também é oneroso, pois ambos os contratantes se sacrificam de algo para
obter proveito de outro.
Tem caráter obrigacional, ou seja, os permutantes têm obrigação de transferir um
para o outro, a propriedade da coisa determinada.
É consensual e não real, o que necessariamente precisa de um acordo de vontades,
sendo também solene, com exceção quando o objeto for bens imóveis, baseado no
CC, art. 108.
Para finalizar as características, temos um contrato comutativo, tendo em vista as
vantagens e desvantagens de cada parte, pois as prestações são acertadas desde
o início do contrato.

Com apenas duas modificações no art. 533 de acordo com o Legislador, serão
válidas todas as disposições referentes a esta.
Salvo disposições em contrário, cada um dos contratantes pagará por metade as
despesas com o instrumento de troca. Anula-se a troca de valores desiguais entre
ascendentes e descendentes sem consentimento expresso dos outros
descendentes e do cônjuge do alienante.
CONTRATO DE DEPÓSITO

Disposto no art. 627 do CC “ pelo contrato de depósito recebe o depositário um


objeto móvel, para guardar, até que o depositante o reclame” . Esse contrato tem
como uma das partes chamadas de depositário que recebe da outra chamada
depositante.

Tem por finalidade a guarda da coisa que lhe é dada, o que também exige a entrega
da mesma quando pedida ou acertada. O objeto é coisa móvel que por sua vez
impõe ao depositário a obrigação de restituir.

No contrato de Depósito, a maior característica usada é de guarda da coisa alheia,


ao contrário do Comodato, pois nesse caso recebe a coisa para o uso, já no
depósito não se pode usufruir do bem sem licença expressa do depositante.

A obrigação de guardar a coisa é um elemento fundamental e exclusivo, assim o


contrato não fica desnaturado, caso o depositário realize algum serviço na coisa
depositada, no típico acontecimento como garagens e estacionamentos rotativos ou
lavajatos.
Quando entregamos nosso carro para limpeza e nele sendo necessário o uso para
manobras.

A exigência da entrega da coisa, é uma característica do contrato de depósito, pois


o requisito é demonstrar a natureza real do contrato, que só se consuma com a
entrega da coisa determinada.
assim não bastando o acordo de vontades, pois se não houver a entrega não
haverá depósito.

Temos nesse a temporariedade, porque uma vez dada a coisa ao depositário, para
que assim o guarde “até que o depositante o reclame”
Podendo o depositante pedir a coisa antes do prazo prescrito, e mesmo nessa
forma o depositário terá que fazê-lo “logo que se lhe exija”, salvo em algumas
hipóteses previstas no art. 633 CC, porque o depósito é feito em benefício do
depositante e não do depositário.
fazendo com que a obrigação imposta ao depositário seja tamanha, de restituir o
bem logo que lhe for exigido, caso contrário não haverá depósito.

A forma na qual a lei exige é a escrita, para provar a veracidade do depósito,


disposto no art. 646 do CC.
Entretanto, no depósito voluntário não se exige, para sua celebração, forma
especial, a forma escrita é somente para provar sua existência.
No depósito necessário, pode ser por qualquer tipo de prova, não necessariamente
escrita.
Falamos de um contrato de depósito que não é solene já que a lei não exige
nenhuma formalidade para que o faça, tem, sua forma real, é oneroso (bilateral)
sendo também gratuito (unilateral).

Sobre as obrigações do depositante, no depósito oneroso o depositante paga o


depositário de acordo com o contrato feito.
Diferente do contrato gratuito, pois se consuma na entrega da coisa, onde só o
depositário terá obrigações caso haja alguma intervenção maior, terá que restituir o
bem, reembolsar as despesas ou indenizar o depositário pelos prejuízos sofridos.

Como um meio de segurança ao depositário ao fornecer seus serviços, o art 644 do


CC, assegura o direito de retenção, como meio de defesa para que o devedor
efetue o pagamento previamente combinado.

Já na obrigação do depositário temos a guarda da coisa que lhe foi dada, conservar
a coisa como recebida e restituir caso de alguma forma prejudique a integridade do
bem.

O depósito necessário se divide em três, sendo eles:

Depósito legal;
É aquele que decorre do desempenho de obrigação imposta pela lei.
Depósito miserável: se considera miserável (segundo art. 647, II), pois são
aplicados em ocasiões de calamidades, ou eventos da natureza tais como,
terremotos, guerra, furacão etc.
Depósito do hospedeiro ou hoteleiro: também denominado por assimilação que
tem correlação ao depósito legal, tem por objeto as bagagens dos viajantes e
hóspedes.
se estendendo aos hospitais, internatos e outros locais na qual oferecem serviços
de dormitório.

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