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O contrato tem uma função social, pois dele decorre a circulação de riqueza.
Pode ser também considerado uma convecção, que é um acordo entre duas ou mais
pessoas com finalidade jurídica, que cria uma obrigação. Ou seja, tecnicamente, o
contrato é um negócio jurídico bilateral que cria obrigação. Por isso, está diretamente
ligado com as funções desempenhadas pelo corretor de imóveis: é por meio dos
diversos tipos de contratos (compra e venda, aluguel, permuta) que o cliente, por
intervenção e auxílio do corretor, celebrará um acordo de vontades.
Antes da celebração do negócio, as partes podem fixar a obrigação da
contratação por meio de um contrato preliminar, de celebração facultativa. Trata-se de
um cuidado especial e seguro na preparação para a contratação principal.
Nesta fase, ainda não há contrato, mas as partes já se põem em posição jurídica
qualificada pela lealdade e pela boa-fé. Pode surgir, nesta ocasião, responsabilidade
pelos danos que os potenciais proponentes e aceitantes vierem a causar uns aos
outros em decorrência dessas mesmas tratativas preliminares. Esses danos na fase de
tratativas contratuais, caso ocorram, são conhecidos como responsabilidade civil pré-
contratual.
Do ponto de vista dos contratos e dos negócios jurídicos unilaterais, que venham
a se compor como contratos em virtude de aceitação posterior, cabe uma observação
para distingui-los. Nos contratos, têm importância a declaração e a intenção de duas
partes; já nos negócios jurídicos unilaterais, é mais importante a declaração de quem
se manifestou.
De acordo com artigo 108 do Código Civil, a validade do negócio jurídico requer:
I - agente capaz;
II - objeto lícito, possível, determinado ou determinável;
III - forma prescrita ou não defesa em lei.
Capaz é aquela pessoa que pode exercer pessoalmente seus direitos e responder
por suas obrigações. Na formalização dos contratos, as partes comprovam a
capacidade de direito e a capacidade de fato pela certidão de nascimento ou pelo
documento de identidade.
São contratos bilaterais os que impõem às partes obrigações e direitos recíprocos. Por
conseguinte, passam as partes a cumular, concomitantemente, a função de credor e devedor
Apenas os contratos onerosos (aqueles em que cada uma das partes espera um
prestar recíproco, atributivo de vantagens específicas de parte a parte) contêm o
caráter fundamental da vida comercial, relacionado com troca e especulação.
Contratos solenes têm uma forma a ser respeitada. Exemplos: escritura pública
na alienação de imóvel, testamento.
O contrato não solene não obedece a qualquer forma legal. Exemplos: comodato
e contrato de locação.
O contrato atípico celebra negócios bilaterais cujo perfil não se amolda a nenhuma
das espécies contratuais prescritas pelo sistema jurídico. Isso significa que é
celebrado livremente, nos princípios da autonomia privada. Muitas vezes, reúnem-
se elementos de vários contratos para a formação de um negócio bilateral novo.
Contrato bilateral e contrato unilateral
Apenas os contratos onerosos (aqueles em que cada uma das partes espera um
prestar recíproco, atributivo de vantagens específicas de parte a parte) contêm o
caráter fundamental da vida comercial, relacionado com troca e especulação.
Contrato comutativo e contrato aleatório
Contratos solenes têm uma forma a ser respeitada. Exemplos: escritura pública na
alienação de imóvel, testamento.
O contrato não solene não obedece a qualquer forma legal. Exemplos: comodato e
contrato de locação.
Já a autonomia privada, como fonte normativa, está ligada à ideia de poder, isto é,
da possibilidade de realizar principalmente negócios jurídicos bilaterais, como
contratos, criando leis privadas.
A função mais destacada de um contrato é a econômica: propiciar a circulação
da riqueza, transferindo-a de um patrimônio para outro. Isso é muito comum no ramo
imobiliário, em que sempre se trabalha com a transferência de um bem imóvel a
outrem, o que envolve a circulação de riquezas.
Uma observação que deve ser levada em conta é que há uma diferença entre a
proposta do direito civil e a oferta do direito do consumidor. No âmbito do direito civil e
das relações privadas, a proposta é dirigida a alguém especificamente. No sistema do
direito do consumidor, que cuida da segurança jurídica de aspectos próprios da
sociedade de consumo, que se veem alicerçados no anonimato e nas técnicas de
mercado, a oferta não tem um destinatário conhecido: ela atinge um bloco de
possíveis, mas ainda não identificados, consumidores.
Quando há quebra da base subjetiva do negócio jurídico, ele pode ser invalidado
pelos vícios da vontade ou por vícios sociais (ação declaratória de nulidade e ação
desconstitutiva de negócio jurídico). Quando há a quebra da base objetiva do negócio,
é possível sua resolução, sua manutenção ou, ainda, a sua revisão, judicial ou
extrajudicial, para que volte a ser equilibrado.
Por isso, a condição resolutiva tácita se subentende para o caso em que uma das
partes não cumpra a sua obrigação. Por disposição legal, prevista no artigo 474 do
Código Civil, pressupõe-se em todo contrato bilateral a existência de cláusula
resolutória tácita. Por meio dela, a inexecução do contrato autoriza a outra parte a
pedir a sua resolução.
Resilição
Denúncia
Revogação
Distrato
Conclusão
Os contratos têm a sua função social na distribuição das riquezas, sendo, por
isso, importantes nas relações de corretagem. Qualquer ato (compra e venda de um
imóvel, aluguel, permuta, entre outros) deve ser formalizado com um contrato, para
garantir o cumprimento dos direitos e dos deveres das partes contratantes.