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NEGÓCIO JURÍDICO: Conceito, classificação, Interpretação, Pressuposto de Validade e

Existência.
Analisando o cenário atual, o negócio jurídico é uma espécie de um dinheiro mais
amplo que o gênero dos atos jurídico. Os atos jurídicos se dividem em negócio jurídico e atos
não negociais, denominando-se atos jurídico de sentido estreito, tal assunto é bastante
abordado e cobrado em prova de concursos quanto ao seu conceito, classificação,
interpretação e pressupostos de existência e validade, qual será desmistificado.
Assim sendo, negócio jurídico, é aquela espécie de ato jurídico lícito, nascendo da
manifestação de vontade de um ou mais sujeitos, destinados à produção de efeitos na esfera
jurídica de outro sujeito, portanto se tem a ideia de relação jurídica, o elo que se forma entre
duas ou mais pessoas que manifestam vontades buscando produção de efeitos jurídicos.
Da mesma maneira entende ANTÔNIO JUNQUEIRA DE AZEVEDO, que conceitua que
“Negócio Jurídico é todo fato jurídico consistente em declaração de vontade, a que todo
ordenamento jurídico atribui os efeitos designados como querido, respeitados os pressupostos
de existência, validade e eficácia impostos pela norma jurídica que sobre ele incide”. Além de
ser um ato que surge da vontade e que gerará efeitos regulamentados pela manifestação
dessa vontade, respeitando elementos que o ordenamento jurídico estabelece para sua
existência, requisitos para sua validade e por vezes observar fatores que impactam na eficácia.
Em consequência disso a Doutrina majoritária e o Código Civil classificam o negócio
jurídico Quanto ao Número de Declarantes, no qual se dividem em unilaterais que são aqueles
que dependem da manifestação de vontade de apenas uma parte do negócio jurídico, não
necessariamente uma pessoa, bilaterais ou plurilaterais, bem como, em promessa de
recompensa, testamento, notificação entre outros exemplos, outra parte da divisão é a
bilateralidade ou negócio jurídico bilateral que depende da manifestação de vontade das duas
partes envolvidas, não necessariamente duas pessoas, mas duas partes, como, por exemplo, à
manifestação feita no contrato de compra e venda, locação, financiamento dentre outros, por
última divisão quanto ao número de manifestante de vontade do negócio jurídico tem-se
pluralidade de mais de duas partes com interesses da mesma finalidade, porém em sentido
contrário, tal como, acontece no contrato de seguro coletivo, quando a empresa contrata um
seguro, a seguradora como a contratada e tendo os beneficiados que são os empregados
como aqueles que receberão os efeitos do contrato.
Ademais, o negócio jurídico se classifica Quanto as vantagens patrimoniais, dividindo-
se em gratuitos, onerosos, neutros e bifrontes, no qual a primeira uma das partes é
beneficiada, sem uma contraprestação, na segunda ambas as partes poderá obter vantagens,
porém com contraprestação que pode ser comutativo ou aleatórios, em terceira na divisão tem
o negócio jurídico neutro, ou seja, não são gratuitos e não onerosos, por não possuir atribuição
patrimonial, bem como nas instituições de um bem de família, e por quarto e último da divisão
Quanto as Vantagens, o negócio jurídico pode ser bifrontes, capaz de ser gratuitos ou
onerosos, tal como, nos contratos de depósito que pode ser gratuito, ou oneroso, como, por
exemplo, a doação com potencial para ser pura ou com encargo.
Além disso, o negócio jurídico apresenta Classificação Quanto à sua Forma, se
dividindo em formais e solenes, a primeira apresenta forma especial em lei e a segunda não
formais, denominadas como não solenes ou forma livre, tal como, as partes escolhem a forma
do negócio.
Diferente das outras, o negócio jurídico apresenta a Classificação Quanto ao Momento
do pacto produz seus efeitos, no qual é possível ser por Intervivos, produzindo efeitos enquanto
as partes vivas estão ou por Causa Mortis, os quais surtiram efeitos após a morte, tal como, por
exemplo, o testamento.
É notório que o negócio jurídico pode ser classificado, quanto à sua existência, que
categorizam em principais o qual existe por si só ou acessórios que existem em razão de um
contrato principal.
Quanto a Interpretação do negócio jurídico, o qual é fator existente, pois o Código civil
prevê regras específicas, prevista nos artigos 111 ao 114, servindo para todo o negócio
jurídico. Segundo o art. 111, o consentimento dependerá, pois há aquele ditado de quem cala
consente, mas não sendo bem por aí, o código vislumbra a forma de como deve ser essa
interpretação, que diz que o silêncio importará anuência, ou seja, aceitação quando
circunstancias ou uso o autorizarem, e não for necessária a declaração de vontade expressa,
tal como um fiador que expressa a necessidade da aceitação, porque a lei demanda
consentimento expresso e por escrito, outro ponto de vista exprime o consentimento tácito
quando a lei permite, como evidência o art. 303 do CC “O adquirente de imóvel hipotecado
pode tomar a seu cargo o pagamento do crédito garantido; se o credor, notificado, não
impugnar em trinta dias a transferência do débito, entender-se-á dado o assentimento”. Na
temática, o art. 112 do C.C, traz a denominação da teoria da declaração, no qual as partes
declaram o objetivo almejado, ou seja, a intenção, por conseguinte o art. 113, caput e
parágrafos, traz a figura interpretativa de que o negócio jurídico deve se ater a boa-fé objetiva e
ao uso do lugar da celebração, respeitando os bons costumes, como as partes poderão pactuar
regras de preenchimentos de lacunas e de integração do negócio jurídico diversa da prevista
na lei. Por fim, quanto a interpretação, o C.C traz no art. 114, de modo como tem que
interpretar os negócios jurídicos gratuitos, chamados de benéfico, no qual são negócios que
uma das partes nada tem de fazer, tendo somente que aceitar aquela situação, bem como na
doação pura, sem encargo, no qual se interpretam estritamente.
No Direito Civil, especificamente no negócio jurídico, tem grande relevância observarmos
no que tange a sua existência, saber se o negócio é existente, válido e sua eficácias, ou seja,
se o negócio está produzindo efeitos conforme o Código Civil tutela. Conforme o art. 104 do
C.C a validade do negócio jurídico requer agente, objeto, forma e a manifestação de vontade,
dessa forma para existir o negócio jurídico será necessário o plano de existência, no mesmo
contexto os pressupostos de validade, no qual necessariamente é preciso ser o sujeito capaz,
objeto lícito, determinado ou determinável, forma prescrita ou não defesa em lei e enfim a
manifestação livre volitiva.
Dessa forma, percebe-se a importância sobre o assunto, principalmente para o Direito,
sabermos o conceito, classificação, interpretação e os pressupostos de existência e validade
do negócio jurídico é essencial, uma vez que quase tudo na sociedade atual e futura é movido
por manifestações de vontade, que necessitam de conhecimentos específicos sobre o assunto,
visto que os negócios jurídicos, tem de ser de boa-fé objetiva, livre manifestação de vontade
das partes, respeito aos bons costumes e especialmente o ordenamento jurídico.

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