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Material Teórico
• Introdução
• Negócios Jurídicos
• Requisitos
• Espécies
··Negócios jurídicos;
··Conceito;
·· Classificação;
Requisitos de Existência;
· Requisitos de Validade do Negócio Jurídico.
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Unidade: Dos Atos e Fatos Jurídicos
Contextualização
Negócio Jurídico pode ser definido como um ato ou uma pluralidade de atos que
esses relacionam entre si, com finalidade negocial, praticados espontaneamente por uma
ou mais pessoas com a intenção de satisfazer seus interesses, tendo como fim a
produção de efeitos jurídicos com a finalidade a aquisição, modificação ou extinção do
direito.
Tal finalidade negocial decorre de seu conceito, qual seja: ato jurídico com
finalidade negocial, praticados espontaneamente por uma ou mais pessoas com a
intenção de satisfazer seus interesses, tendo como fim a produção de efeitos jurídicos
com a finalidade a aquisição, modificação ou extinção do direito.
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Introdução
Para pensar
Você já se perguntou como se classifica os negócios jurídicos??? Ou
ainda: O que é forma prescrita ou não defesa em lei do negócio
jurídico???
A adoção do termo foi criada por Nettelbladt, no ano de 1.749, entretanto, atribui-
se a Savigny sua definição como “Espécie de fatos jurídicos que não são apenas ações
livres, mas em que a vontade dos sujeitos se dirige imediatamente à constituição ou
extinção de uma relação jurídica.”
Com isso, sua primeira aparição se deu no Código Alemão (BGB), sendo incluído,
posteriormente, nos Códigos Civil da Itália, Espanha e Portugal. O Código Civil Brasileiro
de 1916, seguindo a linha do Código Frances, no entanto, não adotou a distinção entre
negócio jurídico de fato jurídico, adotando a posição unitária.
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Do Negócio Jurídico
Os negócios jurídicos podem ser classificados por classes segundo uma série de
critérios. Em geral, considera-se:
Plurilaterais: são os contratos que envolvem mais de duas partes, como é o caso
das sociedades formadas por mais de duas pessoas
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Unidade: Dos Negócios Jurídicos
Gratuitos: são os negócios jurídicos em que apenas uma das partes consegue
vantagem ou benefício em decorrência dele.
Inter vivos são os negócios celebrados ainda enquanto as partes estão vivas, e
produz efeitos desde logo, tal como o casamento.
Já, o negócio jurídico mortis causa são aqueles que produzem efeitos apenas
após a morte de uma das partes. Um exemplo a ser citado é o testamento.
Acessórios: por outro lado, são aqueles em que a existência dele depende da
existência de outro negócio jurídico. Dessa forma, os contratos acessórios sempre seguem
a sorte do principal.
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Unidade: Dos Negócios Jurídicos
Formais ou solenes, são os negócios jurídicos que devem obedecer a certa forma
prescrita em lei para se aperfeiçoar.
Em contrapartida, os não formais ou não solenes, são aqueles que não precisam
obedecer a qualquer forma prevista em lei para serem considerados validos.
Complexos são aqueles que se formam dada a fusão de vários atos que não
possuem eficácia independente.
Dispositivos são os negócios jurídicos utilizados pelo titular para alienar, modificar
ou extinguir algum direito.
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Unidade: Dos Negócios Jurídicos
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b) Finalidade Negocial: a finalidade negocial é o objetivo de adquirir, conservar,
modificar ou extinguir algum direito. A existência do negócio jurídico depende da
manifestação de vontade das partes em estabelecer uma relação negocial; e
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A) ERRO
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Unidade: Dos Negócios Jurídicos
4) Error in persona: Esta espécie diz respeito à identidade da pessoa com que o
agente pratica o negócio jurídico ou alguma de suas qualidades, por exemplo, A sociedade
XY Eletrônica LTDA contrata José latrina pensando se tratar do famoso José latinhas.
Desta forma, Pablo Stolze Gagliano e Rodolfo Pamplona Filho (2008, p. 138)
afirmam que “desde que não se pretenda descumprir preceito legal, se o agente, de boa-
fé, prática o ato incorrendo em erro substancial e escusável, há que reconhecer, por
imperativo de equidade, a ocorrência do erro de direito”. (ex: alguém eventualmente
celebra contrato de importação de uma determinada mercadoria, sem saber que,
recentemente, for expedido decreto proibindo a entrada de tal produto no território
nacional. Neste exemplo, tem aplicação o erro de direito). (art. 139, III, do CC).
B) DOLO
Conceito: Nossa lei não define dolo, limitando-se o art. 145, do CC a estatuir que
“são os negócios jurídicos anuláveis por dolo, quando este for a causa”.
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3) Dolo de terceiro: ocorre quando o artifício ardil é pratica por uma terceira
pessoa que não integra a relação jurídica, gerando os seguintes efeitos. I - se beneficiário
da vantagem indevida tinha ciência do dolo ou tinha como saber, trata-se de dolo que torna
anulável o negócio; II - porém, se o beneficiário não tinha conhecimento da existência do
dolo praticado pelo terceiro, de modo que o negócio é mantido válido e o terceiro
provocador do dolo responderá pelas perdas e danos causados ao lesado. O dolo de
terceiro, para se constituir em motivo de anulabilidade, exige a ciência de uma das partes
contratantes (RT 485/55). O acréscimo constante do vigente Código é absorção do que a
doutrina e a jurisprudência já entendiam. Caberá ao critério do juiz entender o ato anulável
por ciência real ou presumida do aproveitador do dolo de terceiro. O dolo pode ocorrer, de
forma genérica, nos seguintes casos: 1. dolo direto, ou seja, de um dos contratantes; 2.
dolo de terceiro, ou seja, artifício praticado por estranho ao negócio, com a cumplicidade
da parte; 3. dolo de terceiro, com mero conhecimento da parte a quem aproveita; 4. dolo
exclusivo de terceiro, sem que dele tenha conhecimento o favorecido (VENOSA, 2012, p.
412)
C) COAÇÃO
Conceito: A coação pode ser conceituada como sendo uma pressão de ordem
moral, psicológica, que se faz mediante ameaça de mal sério e grave, que poderá atingir o
agente, membro da família ou a pessoa a ele legada, ou, ainda, ao patrimônio, para que a
pessoa pratique determinado negócio jurídico.
Espécie: Na coação absoluta, coação física ou vis absolutas, não vontade, pois
trata-se de violência física que não concede escolha do coagido. Neste caso a coação
neutraliza completamente a manifestação de vontade tornando o negócio jurídico
inexistente. Imagine a hipótese de um lutador de boxe pegar a mão de uma velhinha
analfabeta, à força, para apor a sua impressão digital m um instrumento de contrato que
ela não quer assinar. Nesta espécie de violência não permite à coagida liberdade de
escolha, pois passa a ser mero instrumento nas mãos do coator.
Desta forma apenas a coação moral, coação relativa ou vis compulsiva acarretará
a anulabilidade do negócio jurídico.
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1) violência psicológica: esta deve ser injusta, pois se o autor da coação moral
acena com a possibilidade de exercer regularmente um direito, tal atitude não tem o poder
de configurar o vício de consentimento. Se a ordem jurídica reconhece o legítimo e regular
exercício de um direito, não se poderá considerar abusiva a ameaça de seu exercício (ex:
se o locatário, tornando-se inadimplente, não poderá alegar haver sido coagido pelo fato
de o locador tê-lo advertido de que se não pagar os aluguéis em atraso recorrerá à justiça).
D) ESTADO DE PERIGO
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3) Perigo deve ter sido a causa do negócio: Se não houvesse o perigo o não
teria sido realizado.
E) LESÃO:
Requisitos:
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Unidade: Dos Negócios Jurídicos
Já existe dívida, mas não há O credor já entrou com uma ação judicial e devedor já foi citado.
ação em andamento.
Há necessidade de ação A ineficácia da venda pode ser decretada nos próprios autos.
pauliana para que seja
decretada a ineficácia da
venda.
Há conluio em fraudar, sendo É presumida, bastando, apenas o eventus damni (prejuízo do credor).
necessário o eventus damni +
consilium fraudis (intenção de
fraudar).
G) SIMULAÇÃO
Não obstante o Código Civil ter retirado o vício da simulação do capitulo afeto aos
defeitos dos negócios jurídicos, transportando-o para o da invalidade, o seu estudo se faz
mais adequado nessa oportunidade, pois na verdade não se tem dúvida de que a
simulação é um vício social.
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2.2) Subjetiva: Verifica-se quando a pessoa declarada no negócio não é real parte
ou beneficiaria do mesmo. Trata-se do que a doutrina chama de interposta pessoa. É o
caso, por exemplo, do sujeito que desejando fazer uma doação à sua amante, transfere o
bem a um amigo que, por sua vez, o transmite à real destinatária da liberalidade, com o
objetivo de fugir da aplicação do 550, do CC.
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Material Complementar
Vídeos:
https://www.youtube.com/watch?v=vOyncM7hJM8&list=PLdarqF3CDzWFBMgnX5J3kAb7vBYws
EA-x&index=1
https://www.youtube.com/watch?v=NFLq6G4pBBk&list=PLdarqF3CDzWFBMgnX5J3kAb7vBYw
sEA-x&index=2
https://www.youtube.com/watch?v=n_svJpUbY4g&list=PLdarqF3CDzWFBMgnX5J3kAb7vBYwsE
A-x&index=3
https://www.youtube.com/watch?v=KR6h-
1MIHZ4&list=PLdarqF3CDzWFBMgnX5J3kAb7vBYwsEA-x&index=4
Livros:
https://direitouninovest.files.wordpress.com/2016/03/direito-civil-brasileiro-
2012-vol-1-parte-geral-carlos-roberto-gonc3a7alves.pdf
https://estudeidireito.files.wordpress.com/2016/03/pedro-lenza-direito-civil-
esquematizado.pdf
Referências
GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil: volume 1 : parte geral. 19. ed. São
Paulo, SP: Saraiva, 2017 1 Livro Eletrônico
LÔBO, Paulo. Direito civil: parte geral. 6. ed. São Paulo, SP: Saraiva, 2017 Livro Eletrônico
NADER, Paulo. Curso de direito civil, v.1 parte geral. 10. Rio de Janeiro Forense 2016 Livro
Eletrônico
TARTUCE, Flávio. Direito civil: volume 1 : Lei de Introdução e parte geral. 13. ed. Rio de
Janeiro, RJ: Forense, 2017 Livro Eletrônico
MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil 1 parte geral. 45. São Paulo
Saraiva 2015 Livro Eletrônico
ATIVIDADES PROPOSTAS
Abra-se para questionar, fazer reflexões, trocar vivências, aproveitar mesmo os estudos.
Reservem tempo para assistir aos vídeos completos sugeridos que são esclarecedores e de
grande sensibilidade.
Estaremos juntos nesse trabalho e, para isso, teremos canais abertos às discussões,
duvidas e aprofundamentos, como o seu SGA e pelo CHAT da disciplina.
Prof. André