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1. NOTAS INTRODUTÓRIAS
Conforme já estipulado anteriormente, negócio jurídico é uma categoria de ato
jurídico lícito, geralmente bilateral (mas que pode ser unilateral), que tem por objetivo
criar, modificar, conservar, transmitir ou extinguir direitos ou relações jurídicas. A
vontade humana tem grande destaque nesse âmbito, pois determina a criação do
negócio jurídico e os efeitos que ele produzirá (eficácia ex voluntate), limitada à boa-fé,
moral, bons costumes, função social e norma prevista em lei. Por isso, diz-se que o
negócio jurídico é a principal forma de manifestação da autonomia privada.
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FIGUEIREDO, Luciano e FIGUEIREDO Roberto. Direito Civil – Parte Geral. Salvador: JusPodivm,
2018, p. 432.
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Professor Stanley Costa / E-mail: stanley-marcus@hotmail.com / Instagram: @ProfStanleyCosta
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existência, validade e eficácia, com o propósito de produzir efeitos admitidos pelo
ordenamento jurídico pretendidos pelo agente.
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c) Plurilateral: Negócio jurídico em que há mais de duas declarações de vontade,
como ocorre, por exemplo, no contrato social e nos consórcios.
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2.4. Quanto à formalidade:
a) Principal: Negócio jurídico que existe em si mesmo e que, por isso, não possui
qualquer relação de dependência para com outro pacto. Exemplos: compra e venda,
permuta, locação e etc.
b) Acessório: Aquele cuja existência e validade depende de um outro negócio,
chamado principal. Exemplos: fiança, cláusula penal, pacto antenupcial, penhor,
hipoteca, anticrese e etc.
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2.7. Quanto ao momento de execução:
a) Execução instantânea: Aquele em que a prestação deve ser cumprida por meio
de um único ato (de uma só vez) realizado imediatamente após sua constituição (quae
unico actu perficiuntur). Nessa modalidade o momento de conclusão do negócio jurídico
(acordo de vontades) coincide com o momento de execução (cumprimento da
obrigação) do mesmo. Citamos como exemplo de negócio jurídico de execução
instantânea a compra e venda de pagamento à vista.
b) Execução diferida: cuja prestação é cumprida em um único ato (de uma só vez),
contudo este ato é realizado apenas em momento futuro, fato que os diferencia da
espécie anterior. O momento de conclusão do contrato é distinto do momento da
execução das prestações. Desta forma, pode ser diferida a obrigação do comprador que
programa o pagamento para trinta dias, ou que paga com cheque pós-datado (embora
seja ordem de pagamento à vista); ou, inversamente analisando, a obrigação de
vendedor que se compromete em fazer a entrega do bem no prazo de 30 dias.
c) Trato sucessivo: Negócio jurídico de execução periódica ou continuada, cujas
prestações são cumpridas em atos reiterados, em parcelas contínuas, em etapas. Trata-
se de obrigação que se protrai no tempo. São exemplos desta modalidade aquela
assumida na compra e venda a prazo, no contrato de locação, no consumo de água ou
de energia elétrica e etc. Especificamente no contrato de locação, que é sinalagmático,
vale fazer menção que a prestação do locador é periódica porque cede o uso e gozo
contínuo do bem, da mesma forma que é periódica a prestação do locatário porque paga
reiteradamente os alugueres.
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b) Impessoal: Negócio jurídico em que a pessoa do negociante não é relevante para a sua
formação. As partes unem-se em razão do objeto que está sendo contratado e não em razão do
sujeito com quem estão contratando. Os exemplos que citamos são, compra e venda, locação e
depósito.
a) Típico: Aquele que encontra expressa previsão na lei. São espécies negociais
com nomen iuris, ou seja, possuem disciplina e regulamentação legal. São exemplos
dessa modalidade, os contratos de compra e venda, troca, contrato estimatório, doação,
locação de coisas, empréstimo e etc.
b) Atípico: Negócio jurídico que não possui expressa previsão legal. Não são
disciplinados ou regulamentados pelo Código Civil ou lei extravagante, todavia, são
autorizados em razão do princípio da autonomia privada. De acordo com artigo 425 do
Código Civil é lícita a criação de contratos atípicos, desde que observadas as normas
gerais fixadas por lei, ou seja, desde que não contrarie norma expressa e não atente
contra os costumes, a boa-fé objetiva e a função social.
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