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I – DOS CONTRATOS

Titulo I – TEORIA GERAL DOS CONTRATOS


Capítulo I – NOÇÃO GERAL:

1) conceito: é a mais comum e mais importante fonte de obrigação.


 é uma espécie de NEGÓCIO JURÍDICO bilateral
 fundamento ético é a vontade humana, desde que atue na conformidade da
ordem jurídica. seu habitat é a ordem legal. Seu efeito, a criação de direitos
e obrigações.
 toda vez que alguém utiliza da manifestação de vontade com a finalidade
precípua de gerar efeitos jurídicos.
 conceito: “um acordo de vontades, na conformidade da lei, e com a
finalidade de adquirir, resguardar, transferir, conservar, modificar ou
extinguir direitos.
 CC/02 disciplina em 20 capítulos, 23 contratos nominados (481 a 853) e 05
declarações unilaterais (854 a 886 e 904 a 909), além dos títulos de crédito
(887 a 926) e um título referente às obrigações por ato ilícitos (927 a 954).

2) Evolução histórica: contractus significa unir, contrair.


 Dto Romano convenção era gênero, do qual contrato e pacto eram
espécies.
 Cód. Napoleônico – era um mero instrumento para aquisição da
propriedade. A transferência dependia exclusivamente da vontade.
 Código Civil Alemão – considera uma espécie de negócio jurídico, que por
si só não transfere a propriedade, como o atual CC.
 Atualmente sinônimos, sendo pacto os contratos acessórios (cláusulas
acessórias que aderem a uma convenção ou contrato, modificando seus
efeitos naturais).
 a ideia de contrato com predominância da autonomia da vontade, em que
as partes discutem livremente as suas condições em situação de igualdade,
é do Código francês e alemão. Hoje, é uma pequena parcela, os contratos
em geral são celebrados com a pessoa jurídica, com a empresa, com os
grandes capitalistas e com o Estado.
 Consensualismo pressupõe igualdade de poder entre os contratantes – que
nunca foi atingido.
 Raramente se contrata com pessoa física.
 Pode-se dizer que os contratos são negócios de massa
 A sociedade hoje é consumista
 O Contrato e não mais a propriedade passa a ser o instrumento fundamento
do mundo negocial, da geração de recursos e da propulsão da economia

2) Função social do contrato


 O princípio da socialidade reflete a prevalência dos valores coletivos sobre
os individuais, sem a perda, porém, do valor fundamental da pessoa
humana.
 Revisão dos direitos e deveres dos 05 principais personagens do direito
privado tradicional: proprietário, contratante, empresário, o pai de família e o
testador.
 Art. 421 – limitação da liberdade de contratar e a função social do contrato
 O atendimento a função social pode ser enfocado sob dois aspectos:
individual - relativo as contratantes, que se valem do contrato para
satisfazer interesses próprios e outro público que é o interesse da
coletividade sobre o contrato. Função social somente estará cumprida
quando sua finalidade – distribuição de riquezas – for atingida de forma
justa, quando representar uma fonte de equilíbrio social.
 A intervenção Estatal é frequente na relação contratual privada, proibindo
ou impondo cláusulas.
 A Força obrigatória não se aprecia tanto à luz de um dever moral de manter
a palavra empenhada, mas sob aspecto de realização do bem comum e de
sua finalidade social.
 função social é cláusula geral – essas são normas orientadoras sob a
forma de diretrizes, dirigidas precipuamente ao juiz, vinculando-o, ao
mesmo tempo em que lhe dão liberdade para decidir.
 NOVO CÓDIGO CIVIL procura inserir o contrato como mais um elemento
de eficácia social, trazendo a ideia de que o contrato deve ser cumprido não
unicamente em prol do credor, mas com benefício da sociedade.
 Art. 2.035

3) Condições de validade do contrato


- Os contratos devem obedecer a teoria geral do negócio jurídico (capacidade do
agente, forma e objeto, vícios de vontade de vícios sociais. Novo Código trouxe
sob o título “negócios Jurídicos” (art. 104 a 184).
- Se o negócio jurídico, enquanto manifestação humana destinada a produzir fins
tutelados por lei, é fruto de um processo cognitivo que se inicia com a solicitação
do mundo exterior, passando pela fase de deliberação e formação da vontade,
culminando, ao final, com a declaração da vontade, parece que não há negar-se o
fato de que a vontade interna e a vontade declarada são faces da mesma moeda.
- Planos de existência: Validade e eficácia aplicáveis ao contrato
 existência: um negócio jurídico não surge do nada, exigindo -
se, para que seja considerado como tal, o atendimento a
certos requisitos.
 validade: o fato de um negócio jurídico ser considerado
existente não quer dizer que ele seja considerado perfeito, ou
seja, aptidão legal para produzir efeitos, o que exige o
atendimento de determinados pressupostos legais.
 eficácia: ainda que um negócio jurídico exi stente seja
considerado válido, ou seja, perfeito para o sistema que o
concebeu, isto não importa em produção imediata de efeitos,
pois estes podem estar limitados por elementos acidentais da
declaração.

3.1) requisitos subjetivos:


a) manifestação de duas ou mais vontades e capacidade genérica –
capacidade de agir em geral;
b) aptidão especifica para contratar - capacidade especial – legitimidade (a
violação acarreta a nulidade por violação legal)
c) consentimento: sobre a existência e natureza do contrato; objeto do contrato; e
as cláusulas manifestação de vontade livre e de boa-fé (vícios de consentimento e
boa-fé), tácita ou expressa

3.2) Requisitos objetivos (104,II): objeto idôneo, lícito, possível, determinado


ou determinável, com valor econômico

3.3) Requisitos formais: forma adequada, prescrita ou não defesa em lei

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