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AULA 01 02/02/2022

DIREITO CIVIL III - CONTRATOS

ClassRoom: pz4d6mz
Link: https://classroom.google.com/c/NDU0NzcxNTMxNTI2?cjc=pz4d6mz

EXAME FINAL
Caso o estudante não atinja a Média Semestral de no mínimo, seis (6,0)
pontos, mas que seja igual ou superior a quatro (4,0) pontos, e ainda tenha
frequentado o mínimo de setenta e cinco por cento (75%) das atividades acadêmicas,
poderá fazer o Exame Final.
Para ser aprovado após o Exame Final, o estudante deverá obter Média Final maior
ou igual a cinco (5,0) pontos.
EXAME FINAL = MÉDIA SEMESTRAL + NOTA DO EXAME FINAL divido por 2.

VADE MECUM
Cada um compra o seu.

REFERÊNCIAS
 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: contrato e atos unilaterais.
18. ed. São Paulo: Saraiva, 2021. v. 3.
 DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro. 20. ed. São Paulo:
Saraiva, 2020, v. 3.
 GAGLIANO, Pablo Stolze. PAMPLONA FILHO, Rodolfo. Novo Curso De Direito
Civil - Contratos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2019, v. 4.
 VENOSA, Silvio de Salvo. Direito civil: contratos. 21. ed. São Paulo: Atlas, 2021.
(Coleção Direito Civil; V. 3).
 TARTUCE, Flávio. Direito Civil – Teoria geral dos contratos e contratos em
espécie. 17. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2022, vol. 3.

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SURGIMENTO DO CONTRATO:
Não há uma data precisa de quanto começou a norma contratual, porém se
usa como referência a época de Roma antiga. Temos nos Romanos uma referência de
contratos, pois tentaram sistematizar o direito.
Não se pode precisar a data ou século de quanto surgiu o contrato. Apareceu
com o desenvolvimento da sociedade.
Antes, haviam guerras, com uso da força. Com o tempo, passou a ser com o
consentimento, exemplo, “eu quero algo que é seu e você quer algo que é meu,
havendo a troca por meio de contrato”.
Para o doutrinador Silvio de Salvo Venosa a grande codificação moderna se
deu no “Código Napoleônico” francês, no século 18.

No contrato pulsa, talvez, o coração do direito civil.

O contrato faz parte da civilização humana.


A base de um contrato é a vontade das partes, que se manifesta pela
autonomia privada. Não há contrato sem a vontade das partes.

DICA: O Código Civil de 2002 disciplina, em vinte capítulos, 23 espécies de contratos


nominados (arts. 481 a 853) e 05 declarações unilaterais da vontade (arts. 854 a 886
e 904 a 909), além dos títulos de crédito (arts. 887 a 926). Ainda há obrigações por
atos ilícitos (arts. 927 a 954).

CONTRATO POR ADESÃO (arts. 423 e 424, do CC)


A pessoa que celebra um contrato por adesão não tem oportunidade de
discutir as cláusulas.
A liberdade é que a pessoa adere ou não.
Os abusos do poder econômico devem ser combatidos.

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Esse contrato não pode ultrapassar determinados limites, como a boa-fé
objetiva e função social.

Nos dias que correm, em que a massificação das relações contratuais


subverteu radicalmente a balança econômica do contrato, a avença não é mais
pactuada sempre entre iguais, mas converteu-se, na grande maioria dos casos, em
um negócio jurídico standardizado, documento em que um simples formulário, em
que a uma parte (mais fraca) incumbe aderir ou não à vontade da outra (mais forte),
sem possibilidade de discussão do seu conteúdo.

Ex. contratos de cartões de crédito, fornecimento de água e luz, telefonia,


empréstimos, seguro, transportes, financiamento habitacional, consórcio e etc.

Todavia, é um instrumento de contratação socialmente necessário e


economicamente útil, considerando o imenso número de pessoas que pactuam, dia a
dia, repetidamente, negócios da mesma natureza, com diversas empresas ou com o
próprio Poder Público. Esse posicionamento tem como base o princípio da função
social e à dignidade da pessoa humana.

CONCEITO
Trata-se de um negócio jurídico bilateral, por meio do qual as partes, visando a
atingir determinados interesses, convergem as suas vontades, criando um dever
jurídico principal (de dar, fazer ou não fazer), e, bem assim, deveres jurídicos anexos,
decorrentes da boa-fé objetiva e do superior princípio da função social. (Pablo Stolze)
Em outras palavras, é um negócio jurídico por meio do qual as partes
declarantes, limitadas pelos princípios da função social e da boa-fé objetiva,
autodisciplinam os efeitos patrimoniais que pretendem atingir, segundo a autonomia
das suas próprias vontades.

PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA

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Princípio da autonomia privada ou da vontade, há duas formas distinta:
a) liberdade de contratar: faculdade de realizar ou não determinado
contrato);
b) liberdade contratual: possibilidade de estabelecer o conteúdo do
contrato.

FUNÇÃO SOCIAL
Quer dizer respeitar a dignidade da pessoa humana, igualdade das partes
contratantes, cláusulas implícitas de boa-fé objetiva, meio ambiente e valor social do
trabalho. Art. 421, do CC. Art. 170, III, da CF.
“é a retirada do sentido egoísta enraizado desde o CC/16, para algo extremamente
preocupado com a coletividade”.

PRINCÍPIO DA FORÇA OBRIGATÓRIA DO CONTRATO (“pacto sunt servanda”


Segundo ORLANDO GOMES, “o princípio da força obrigatória consubstancia-se
na regra de que o contrato é lei entre as partes. Celebrado que seja, com observância
de todos os pressupostos e requisitos necessários à sua validade, deve ser executado
pelas partes como se suas cláusulas fossem preceitos legais imperativos”. (...) “Essa
força obrigatória, atribuída pela lei aos contratos, é a pedra angular da segurança do
comércio jurídico”.
Pacta sunt servanda: pode ser traduzido como a afirmação de força
obrigatória que os pactos, contratos ou obrigações assumidos devem ser respeitados
e cumpridos integralmente.

OBS.: Atualmente, vive-se uma relativização da obrigatoriedade. A doutrina, por sua


vez, estabelece uma limitação clássica (existente desde o CC/16) e uma limitação
moderna (criada através do CC/02).

1. CONDIÇÕES DE VALIDADE DO CONTRATO

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a) De ordem geral: capacidade do agente, objeto lícito, possível, determinado ou
determinável, e forma prescrita ou não defesa em lei (art. 104;
b) De ordem especial: consentimento recíproco ou acordo de vontades.

1.1 REQUISITOS SUBJETIVOS


a) Capacidade genérica: é a capacidade de agir em geral (arts. 3° e 4°, do CC).
b) Aptidão específica de contratar: é a capacidade especial, mais intensa que a
normal, como ocorre na doação, alienação onerosa, as quais se exige poder de
disposição das coisas ou dos direitos que são objeto do contrato.
c) Consentimento: consentimento recíproco ou acordo de vontades.

1.2 REQUISITOS OBJETIVOS


a) Licitude de seu objeto: não atenta contra a lei, a moral ou os bons costumes.
b) Possibilidade física ou jurídica do objeto: o objeto deve ser possível, quanto
impossível será nulo (art. 166, II). Ex. tocar a lua sem tirar os pés da Terra. Deve
também ser possível juridicamente, ocorrendo a impossibilidade quando o
ordenamento jurídico proíbe. Ex. herança de pessoa viva (art. 426).
c) Determinação de seu objeto: deve ser determinado ou determinável no momento
de sua execução.
1.3 REQUISITOS FORMAIS:
a) Forma livre: é qualquer meio de manifestação da vontade, palavra escrita, falada,
escrito público ou particular, gestos, mímicas etc. (art. 107, CC).
b) Forma especial ou solene: é a exigida por lei para assegurar autenticidade dos
negócios. Ex. escritura pública, deserdação por meio de testamento.
c) Forma contratual: é a convencionada pelas partes (art. 109). Os contratantes
podem, para validade do ato, que seja feito instrumento público.

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