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- Princípios contratuais:
4) Aceitação:
Aceitação é a aquiescência a uma proposta formulada. Trata-se da
manifestação de vontade concordante do aceitante ou oblato, devendo ser
livre de vícios de consentimento e pressupõe a plena capacidade do olato.
1) Introdução:
Em consonância com o Princípio da Relatividade Subjetiva dos Efeitos
dos Contratos, as relações contratuais devem efeitos somente entre as
partes. Nesse capítulo, analisaremos as exceções à essa regra.
2.1) Efeitos:
O principal efeito desta modalidade especial de contratação é a
possibilidade de exigibilidade da obrigação tanto pelo estipulante tanto
quanto pelo terceiro (art. 436, § único). Entretanto, essa dupla possibilidade
de exigência somente é aceitável, caso o terceiro anua às condições e
normas do contrato.
Essa anuência, que deve ser expressa, permite que o terceiro tenha
direito de exigir a prestação. É o que se extrai da interpretação do art. 437,
que veda a exoneração do devedor pelo estipulante, caso seja deixado o
direito de reclamar a execução do contrato.
Art. 438 – A faculdade de substituir deve estar registrada
explicitamente no contrato, para que o terceiro não venha a ter seu direito
ofendido.
1) Introdução:
Tanto o vício redibitório quando a evicção são instituto jurídicos que
têm a finalidade de resguardar ou garantir o adquirente de determinada em
contratos translativos da posse ou da propriedade, inclusive doações
onerosas. No caso do vício redibitório, Flávio Tartuce defende que pode
recair tanto sobre os contratos comutativos quantos nos aleatórios, desde
que nesse último o vício seja sobre a quantidade não sobre a qualidade. Já
Rosenvald e Chaves discordam dessa visão: para eles só ocorre em
contratos comutativos.
2) Conceito e características:
São vícios ocultos que diminuem o valor ou prejudicam a utilização da
coisa recebida por força de um contrato comutativo (art. 441).
Vale ressaltar que o defeito deve acompanhar a coisa, quando da sua
tradição.
Stolze estabelece 3 características essenciais do vício redibitório:
a) existência de um contrato comutativo;
b) um defeito oculto existente no momento da tradição;
c) diminuição do valor econômico ou prejuízo à adequada utilização
da coisa.
1) Noções conceituais:
Evição é a perda pelo adquirente (evicto), da posse ou propriedade da
coisa transferida, por força de sentença judicial ou ato administrativo que que
reconheceu direito anterior de terceiro, denominado evictor. É uma garantia
do uso pacífico da coisa.
Participam da evicção de personagens fundamentais:
a) alienante;
b) adquirente (evicto); e
c) terceiro (evictor).
Caso o evicto venha a perder a coisa adquirida para o evictor, pode o
primeiro se voltar contra o alienante, para haver deste a justa compensação
pelo prejuízo previsto.
2) Requisitos:
Extrai-se do art. 447 que quem responde pelos riscos é o alienante.
Além disso, extraem-se 3 requisitos que devem ser conjugados:
a) Aquisição de um bem – Pode se dar de duas maneiras:
contratos onerosos (não estão incluídos contratos gratuitos
translativos de posse e propriedade de bens).
Também pode ser por aquisição em hasta pública → Como
o evicto que arremata o bem o faz para viabilizar que os
credores do devedor executado sejam satisfeitos, nesse
caso, esse devedor se beneficiou de um enriquecimento sem
causa, uma vez que propiciou o a hasta de um bem que de
fato não lhe pertencia. Desse modo, o evicto pode voltar-se
contra o devedor para exercer o direito da evicção que lhe
resulta.
Obs: Arken de Assis defende que não só devedor, como
também o Estado e, caso o devedor for insolvente, poderia o
arrematante voltar-se contra o credor-exequente. Stolze e
Tartuce discordam.
b) Perda de posse ou da propriedade – Basta que se perca a
posse daquilo que legitimamente se transferiu para o evicto
(independente de a sentença transitar em julgado) para
que este possa vale seu direito contra o alienate.
c) Prolação de sentença judicial ou execução de ato
administrativo – Tartuce não admite ato administrativo,
porém Rosenvald e Stolze sim, desde que esse ato
administrativo seja firme o bastante para implicas a efetiva
perda da posse ou propriedade (exemplos: apreensão
policial ou apreensão de produtos por fiscais da alfândega).
3) Direitos do evicto:
Art. 450 – Pretensão tipicamente indenizatória. Poderá pleitear,
salvo disposição em contrário, além da restituição integral do preço ou das
quantias que pagou:
a) Indenização dos frutos que tiver sido obrigado a restituir;
b) Indenização pelas despesas dos contratos e pelos prejuízos que
diretamente resultarem da evicção;
c) As custar judiciais e honorários advocatícios por ele constituído.
Art. 451 – A obrigação presente nesse artigo subsiste para o
alienante, ainda que a coisa esteja deteriorada, exceto se tiver havido dolo do
adquirente, dando causa à deterioração.
Art. 452 – Se o evicto já tiver sido compensado pelas deteriorações, o
alienante poderá deduzir o valor dessas vantagens da quantia que teria de
restituir-lhe.
5) Cláusula de não-evicção:
Art. 448 – Pode-se diminuir, aumentar ou até mesmo excluir a
cláusula de evicção dos contratos, desde que decorra de cláusula expressa.
Esse art. deve ser interpretado tendo em vista os seguintes arts:
- Art. 449 (exclusão convencional da garantia): Mesmo excluindo a
cláusula de evicção, o evicto tem o direito de receber pelo menos o
preço que pagou pela coisa evicta, caso não sabia do risco de
evicção;
- Art. 457 (exclusão legal da evicção) – se sabia que a coisa era
alheia ou litigiosa, é proibido o evicto de demandar pela evicção.
Desse modo, somente será totalmente exluída a evicção caso faça
constar no contrato a cláusula e dê ao adquirente a efetiva ciência
do risco de perda da coisa e de que assume esse risco.
6) Evicção e benfeitorias:
Art. 453 – As benfeitorias necessárias (realizada para evitar estrago
eminente ou a deterioração da coisa principal) e úteis (facilitam a utilização
da coisa) não pagas ao evicto, serão devidas pelo alienante.
Art. 454 – Caso as benfeitorias tenham sido feitas pelo alienantes,
essas serão deduzidas do valor a ser restituído por ele ao evicto.
O código não disciplina os casos de benfeitorias voluptuárias: quando
essas forem realizadas de boa-fé, e desde que não tenham sido pagas,
poderão ser removidas, sem detrimento da coisa. Caso não possam ser
removidas, o evicto as perderá em benefício do evictor.