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R. Não, pois a norma está no plano da validade aplicando-se a lei do momento da celebração
do negócio. Assim, as sociedades anteriores tem direito adquirido, pois a proibição não existia,
nesse sentido o Enunciado 204 CJF/STJ. Parecer 125/2003 DNRC e o julgado TJSP – Apel. Cível
358.867-5-0 Rel. Des. Renato Nalini
Ex2 : De acordo com CC 2002, a falta da outorga conjugal para venda de imóvel, gera
anulabilidade do contrato, (arts. 1647 inc. II e 1649 CC) – venda anulável. Pelo CC de 1916, a
falta da outorga gerava nulidade absoluta, (arts. 235, 242 e 252 CC 165) – venda nula.
Portanto deve-se verificar quando o ato foi praticado sem outorga para concluir se ele é nula
ou anulável.
Ex3: Juros – Plano da eficácia, tendo inicio a mora do devedor ainda na vigência do CC 1916,
são devidos juros de mora de 6% ao ano, até 10-01-2003, a partir de 11-01-2003, passa a valer
a taxa do art. 406 do CC 2002. (12% ao ano e outra SELIC). Enunciado 164 CJF/STJ.
Ex4: Multa – Plano de eficácia, o art. 413 do CC 2002 prevê a redução da cláusula penal como
um dever do magistrado, se a obrigação tiver sido cumprida em parte, ou se a multa for
exagerada. Pergunta: é possível aplicar o art. 413 do CC 2002, a um contrato celebrado na
vigência do CC. 1916? Resposta: Sim, pois a norma está no plano da eficácia, e desde que o
inadimplemento do contrato ocorra na vigência do de 2002. Ex: Sentença caso Boris Casoy x
Rede Record.
Classificar o contrato significa buscar sua natureza jurídica de acordo com os seguintes
critérios:
a) Contrato Unilateral – Contrato que traz deveres para apenas uma das partes, tendo
a outra apenas direitos. Ex: Doação, Comodato e mútuo em regra.
CREDORA DEVEDORA
P1 P2
DEVEDORA CREDORA
c) Contrato Plurilateral – Traz direitos e deveres para várias partes ao mesmo tempo. Ex:
Consórcio e seguro de vida em grupo.
a) Contrato Gratuito – sacrifício patrimonial para apenas uma das partes, tendo a outra
apenas vantagens (contrato benévolo ou benéfico). Esses contratos não admitem
interpretação extensiva. Art. 114 do CC. Ex: Doação, Comodato e Mútuo em regra.
b) Contrato Real – tem aperfeiçoamento de validade com a entrega da coisa. Ex: Comodato,
Mútuo e Depósito. Obs: o contrato real em regra é unilateral, pois após a entrega da coisa
somente haverá deveres em relação àquele que a recebeu.
a) Contrato Comutativo – As partes já sabem quais são as prestação não sendo o risco causa
do negócio. Ex: Compra e Venda em regra.
b1) – Contrato Aleatório - MPTIO SPEI – o risco é maior pois se refere a própria existência e a
quantidade da coisa (a coisa pode não existir).
b2) Contrato Aleatório – MPTIO REI SPERATAE - o risco é menor, pois é fixado um mínimo
como conteúdo do contrato (variação somente quanto a quantidade) pois a coisa é esperada.
a) Contrato típico – tem uma previsão legal mínima com regras fundamentais. Ex: contrato
típico do CC 2002.Ex: Compra e Venda, doação, locação, prestação de serviços, comodato,
mútuo e depósito.
b) Contrato Atípico – não tem uma previsão legal mínima, sendo lícita sua estipulação, desde
que observadas as regras gerais do CC 2002. Art. 425. Segundo Alvaro Vilaça Azevedo o
contrato atípico é uma combinação de outro contratos típicos ou atípicos, por isso contrato
misto. Ex: contrato de garagem ou estacionamento. Se as chaves do carro são deixadas no
estacionamento – misto de prestação de serviços (típico) mais Depósito (típico). Se as chaves
são levadas: prestação de serviços (típico) + locação (típico).