O documento resume os principais conceitos de direito civil sobre contratos em geral, incluindo: (1) definição de contrato como um acordo de vontades que cria obrigações; (2) princípios como autonomia da vontade e função social; (3) elementos essenciais e classificação de contratos.
O documento resume os principais conceitos de direito civil sobre contratos em geral, incluindo: (1) definição de contrato como um acordo de vontades que cria obrigações; (2) princípios como autonomia da vontade e função social; (3) elementos essenciais e classificação de contratos.
O documento resume os principais conceitos de direito civil sobre contratos em geral, incluindo: (1) definição de contrato como um acordo de vontades que cria obrigações; (2) princípios como autonomia da vontade e função social; (3) elementos essenciais e classificação de contratos.
CONTRATOS EM GERAL – Nasce da conjunção de vontade de duas ou mais vontades coincidentes,
em si distintas. Definido como um ato jurídico bilateral, sendo todo e qualquer tipo de convenção ou estipulação derivados de um acordo de vontades, assim como por outros fatores acessórios. Elemento essencial para as obrigações, no âmbito do Direito Privado. Sendo assim, o elemento base para o contrato, é a vontade das partes (assim, atende-se o princípio de autonomia das partes) pretendendo um objeto de cunho patrimonial. Visa-se a criação, modificação ou extinção de direitos de cunho patrimonial. AUTONOMIA DE VONTADE – Possibilidade de livre estipulação de interesses. Ou seja, a autorregulação dos próprios interesses (utilizando até mesmo, o princípio de intervenção mínima do estado, disposto no Art. 421 CC). Contudo, tal liberdade deve respeitar os parâmetros de sua função social, do equilíbrio contratual e do princípio da boa-fé objetiva. RELAÇÃO COM O CDC – Aproximação principiológica. Aborda-se os princípios da vulnerabilidade (estabelece as relações que estarão amparadas pelo CDC, com finalidade de combater qualquer tipo de abuso), da confiança (base de garantia legal de produtos e serviços), da boa-fé (modo que se dará a conduta contratual) e do equilíbrio contratual (combate a qualquer tipo de lesão). Em suma, visa-se a proteção jurídica das partes. FUNÇÃO SOCIAL – Contidos na cláusula-geral, visa atender os interesses da pessoa humana (protegendo sua dignidade na dimensão individual e coletiva – ocasionando na liberdade contratual). É possível dizer também, que a função social possui o objetivo que deseja-se atingir com o estabelecimento do contrato (ex: contrato de compra e venda – possui como função, a circulação de riquezas/ trocas econômicas). Além disso, contendo o interesse das partes na cláusula geral, permite o norteamento do juiz no processo. INTERPRETAÇÃO DE CONTRATOS – Tradução da vontade das partes. DECLARATÓRIA – Tem como objetivo, a descoberta da intenção comum entre as partes no momento da celebração (é algo declarado); CONSTRUTIVA/ INTEGRATIVA – Por meio de normas e princípios, preenche-se as lacunas deixadas pelas partes. PRINCÍPIOS INTERPRETATIVOS: a) PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA – Presume-se que no momento em que as partes exteriorizam sua vontade, irão agir de boa-fé, ou seja, seguirão estritamente a aplicação da norma, numa espécie de padrão social, de acordo com a finalidade econômica do negócio jurídico. b) PRINCÍPIO DO APROVEITAMENTO DO CONTRATO – No caso da norma possuir alguma ambiguidade, prevalece a interpretação que seja capaz de produzir efeitos (o contrato deve possuir alguma utilidade), beneficiando quem estará pagando. TÉCNICAS DE INTERPRETAÇÃO: a) Para avaliação da vontade das partes, observa-se o modo pelo qual vinha se executando o contrato, em comum acordo, antes da lide; b) A interpretação deve ser feita, de maneira a achar a real vontade das partes, sem utilizar a visão técnica (não é possível presumir que as partes conheçam estritamente a lei, logo, a maneira de se presumir sua boa-fé subjetiva, é através da análise das cláusulas – afirmação das vontades); c) Retroação do tempo para buscar a real vontade das partes; d) Em dúvida, interpreta-se o contrato da maneira menos onerosa ao devedor; e) Interpretação da cláusula em conjunto com as demais; DIREITO CIVIL III PROVA 1 f) Nunca prevalece interpretação que resulte na ausência de efeitos (mesmo que a cláusula seja mais benéfica ao devedor, se esta não produzir efeitos, não será passível de interpretação); g) No conflito de cláusulas a contradição é interpretada contra o outorgante, não contra o outorgado; h) Em caso de cláusulas impressas ou digitadas, prevalecem a impressa em detrimento da outra. INTERPRETAÇÃO DE CONTRATOS EM ESPÉCIE – Sempre prevalecendo a proteção do polo passivo (CDC – polo hipossuficiente). a) CONTRATOS DE ADESÃO – Apresentação de cláusulas predispostas por uma das partes, no qual a outra deverá se submeter. A cláusula dúbia/ controversa, interpreta-se em favor do aderente. b) CONTRATOS DE COMPRA E VENDA – Quanto a extensão da coisa, a interpretação é contra o vendedor. c) CONTRATOS DE LOCAÇÃO – A dúvida resolve-se contra o locador; o Em dúvida de gratuidade e onerosidade, presume-se que é onerosidade. o Em contratos gratuitos/ benéficos, considera-se somente o que expressamente o devedor se obrigou (Art. 114 CC). o Súmulas 5 e 7 do STJ. PRINCÍPIOS DO CONTRATO: PRINCÍPIO DA AUTONOMIA PRIVADA DE VONTADE – Poder pelo qual as partes podem regular, no exercício de sua própria vontade, as relações que participam, claro, nos limites da lei. PRINCÍPIO DO CONSENSUALISMO – O contrato só se estabelece, por exigência, com o consenso de ambas as partes. PRINCÍPIO DA BOA-FÉ OBJETIVA – As partes devem agir de maneira ética, nos parâmetros exigidos em lei. Durante o acordo de vontades, com a exteriorização de vontades, as partes devem agir de modo que as obrigações sejam cumpridas do modo determinado, atingindo a finalidade econômica do contrato. Diferencia-se da boa-fé subjetiva, de modo em que esta estabelece que o indivíduo haja de maneira moralmente correta. PRINCÍPIO DA PROBIDADE – Assemelha-se ao princípio da boa-fé, em que as partes agem com lealdade e honra na execução do contrato e sua conclusão (segurança das relações obrigacionais, por meio da justiça). PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA ORDEM PÚBLICA – O interesse da sociedade prevalece sobre o interesse individual. Sendo assim, quando necessário (e quando provocado), o estado pode interferir nas relações contratuais para equilibra-las (ex: lei do consumidor). PRINCÍPIO DA RELATIVIDADE DOS CONTRATOS – Em regra, o contrato possui efeitos somente entre as partes, não podendo prejudicar nem aproveitar a terceiros (exceção em casos de, por exemplo, em estipulação de favor a terceiro). PRINCÍPIO DA OBRIGATORIEDADE DOS CONTRATOS – Pacto Sunt Servanda (o contrato faz lei entre as partes). Assim, as partes devem cumprir com o compromisso assumido (evitando a onerosidade excessiva, poderá haver a participação do estado). DIREITO CIVIL III PROVA 1 PRINCÍPIO DA REVISÃO DOS CONTRATOS – Em virtude da obrigatoriedade dos contratos, muitas vezes encontram-se injustiças. Sendo assim, para evitar os abusos do contrato, poderá haver a revisão judicial. PRESSUPOSTOS E REQUISITOS/ ELEMENTOS DO CONTRATO – Em si, o contrato é um negócio jurídico bilateral. Tem-se como requisitos gerais: Agente capaz e legítimo – Capacidade de exercer direitos e contrair obrigações. Idoneidade do Objeto – Ou seja, deverá ser lícito, possível, determinado ou determinável, sendo um pressuposto para a validade do contrato. Legitimidade – Tanto do sujeito (titular de direito real – ex: pessoa que possui posse de arma de fogo, pode compra-la), quanto do objeto. Consentimento. Obediência a forma – Necessidade de respeitar a forma contratual prevista em lei. Harmonização de interesses distintos – Requisito específico. CLASSIFICAÇÃO DOS CONTRATOS Unilateral e Gratuito – Manifestação de vontade somente de uma das partes (ex: testamente, doação), no qual somente uma das partes sofre sacrifício patrimonial. Bilateral e Oneroso – Obrigações recíprocas entre as partes (ex: compra e venda). Comutativos e Aleatórios – Não é possível antecipar a prestação, comprando-se um risco (ex: seguro de vida). Causais e Abstratos – Vinculados a causa que deve-se constar no próprio negócio jurídico. Condicionam sua ocorrência a um evento incerto/ causal. Solenes – Aqueles contratos que a lei exige forma especial (ex: cartório/ escritura pública). Nominados – Aqueles que a própria lei da denominação própria (ex: contrato de compra e venda). Principais – Sua existência independe de qualquer outro contrato, apenas da manifestação de vontade. Acessórios – Depende da existência de outro contrato (ex: DPVAT). Átipico – Aqueles que não possuem tratamento legislativo particular, mas ainda assim, devem respeitar os preceitos da lei. EXTINÇÃO DO CONTRATO – Poderá ser feita de maneira tradicional, ou seja, com o cumprimento das obrigações entre as partes. Contudo: Resilição – Voltar atrás. Pode ser feita de maneira Unilateral (implicando normalmente no pagamento de multa), ou bilateral (distrato). Resolução – Quando o contrato é encerrado pelo descumprimento das obrigações assumidas (quebra contratual). Havendo cláusula resolutiva expressa, não é necessário retificação judicial. Rescisão – Anulação ou rompimento do contrato, em virtude de um motivo apresentado pelas partes. DIREITO CIVIL III PROVA 1