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Universidade Federal Fluminense – UFF

União das Nações da América do Sul

Direito Internacional Público II

Professor: Evandro Menezes

Grupo: Carine Braga, Gabriela Schneider, Érica Antunes, Luiza Nabuco e Victor
Marques

Niterói, 2019
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Índice

1. Processo de criação da UNASUL


2. Experiência de aproximação diplomática na América Latina
3. Panorama geral da América do Sul
4. Funcionamento e estrutura da UNASUL
5. UNASUL: problemas de eficácia da Organização Internacional
6. Obstáculos do funcionamento da organização
6.1 A iniciativa do PROSUL
7. Bibliografia
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1- Processo de criação da UNASUL

UNASUL, União das Nações Sul-Americanas, trata-se de um “bloco” para além


da proposta própria de integração econômica, assunto este objeto do MERCOSUL: tem
como escopo a consolidação de metas socio-políticas, culturais, ambientais,
tecnológicas, científicas e de proteção unificada, com o objetivo de impulsionar
desenvolvimentos regionais latino-americanos e sedimentar a visionária proposta de
uma zona de livre comércio futura entre os países da América do Sul.

Foi criado em 23 de maio de 2008, resultante da cooperação dos governos de


centro-esquerda que, no início do século XXI, encontravam-se em seu auge e com
grande apoio popular. Composto por doze países, são eles: Argentina, Bolívia, Brasil,
Chile, Colômbia, Equador, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. O
objetivo unificador da busca pelo pleno desenvolvimento destes países se explica pelo
histórico de dependência colonial e a necessidade de “libertação” latina. Tratou-se de
um instrumento para a obtenção da independência e avanço econômico, político e
cultural através de uma atuação conjunta. Foi somente em 2011 que o tratado entrou em
vigor, com a nona assinatura (e última necessária) do Uruguai, ratificando-o.

A UNASUL refletia a ordem político-jurídica da época: A busca da


uniformização de um modelo legal de efetivação de direitos sociais e a propagação dos
ideais democráticos caros as repúblicas participantes, bem como o desenvolvimento
conjuntos dos mesmos. Como aduz Batista e Albuquerque, perseguiam o “objetivo de
uma integração pautada em cooperação política, fins autonomistas e
desenvolvimentistas, baseados em uma identidade sul-americana comum” (2017, p.5)

Diferente de outros blocos que comumente iniciam o processo de integração


através de acordos econômicos para depois avançar para esferas institucionais e
políticas, a UNASUL parece percorrer o caminho inversa, ou seja, surge a partir de
discussões políticas sobre a necessidade de um maior compromisso dos países com
convergência de interesses, que se expressam, em seguida, nas bandeiras de novo
sujeito: a criação do Conselho de Defesa e a coordenação de acordos em diversas áreas.
(BARNABÉ, 2011, p. 40)
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Para além disto, os moldes a que se adequava a proposta da UNASUL advinha


de uma busca – talvez até incessante – de proteção da comunidade latino-americana
frente as externalidades dos países nórdicos e anglo-saxônicos e suas crises de capital. O
contexto preciso de sua criação e provável influenciador se deu durante a crise
econômico-financeira de 2007-2008 , onde o grande banco Lehman Brothers faliu,
desencadeando efeitos econômicos em grandes instituições financeiras, bem como em
toda a estrutura mercantil, chamada também de “crise dos subprimes”. Muitos governos,
principalmente os aliados a políticas socialistas, associaram o desastre financeiro ao
mode de vie capitalista. Era um conveniente pano de fundo para o concerto político de
países sul americanos em desenvolvimento.

O bloco buscou ser tal qual fruto da comunhão de propósitos de seus


criadores: resultante das bases de governos de centro-esquerda propensos aos ditames
sociais, buscavam oposição ao modelo neoliberal propulsor das grandes crises. Refletia
em seus elementos basilares os ditames sociais-democráticos e, também, de um latente
protecionismo contra as forças estrangeiras colonizadoras. A doutrina seguida se
estabelecia muito claramente por todo o tratado: Integração das unidades latino-
americanas no âmbito político, econômico, social, cultural, ambiental, energético e de
infraestrutura . Buscava-se o “avanço de integração regional como alternativa ao
alinhamento hemisférico liberal” (BATISTA E ALBUQUERQUE, 2017, p.3) criando
um espaço “multilateral de coordenação e cooperação interestatal” (BORDA, 2014,
p.230)

No Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva cumpria seu segundo mandato presidencial.
Eleito novamente em 2006, trazia em seu plano de governo temas dominantes em sua
primeira eleição. Tratavam-se da base mantenedora da força política Lulista que
reverberaram nos anos seguintes. Percebe-se a força motriz do discurso populista de
bases socialistas, como a garantia de trabalho e emprego e a manutenção de políticas
sociais, como por exemplo o fome zero e o bolsa família:

Companheiros e companheiras, sou outra vez candidato não por


ambição, mas porque o projeto de mudança do Brasil tem que
continuar. Volto a ser candidato porque o Brasil, hoje, está
melhor do que o Brasil que encontrei três anos e meio atrás,
mas pode --e precisa-- melhorar muito mais.
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Volto a ser candidato porque os pobres estão menos pobres e


poderão continuar melhorando de vida, caso sejam mantidos --e
aprofundados-- os programas sociais que implantamos.

Volto a ser candidato porque conseguimos recuperar uma


economia que encontramos profundamente fragilizada. Porque
provamos que é possível garantir, ao mesmo tempo,
estabilidade, crescimento e distribuição de renda. Porque
provamos que é possível ter crescimento econômico com
geração de empregos e inclusão social. E porque queremos
provar que é possível ampliar estas conquistas ainda mais.

Volto a ser candidato porque demos às classes mais pobres um


alto índice de crescimento de renda e de poder de consumo. E
porque tenho a certeza de que podemos continuar reduzindo a
desigualdade social que ainda é grande no nosso país.

(...)

Volto a ser candidato, porque abrimos as portas do Brasil para


o século 21, lançando projetos que farão o nosso país dar o
grande salto nas áreas de energia, infraestrutura e pesquisa
científica. E esses projetos precisam ter continuidade e apoio
nos próximos anos.

Volto a ser candidato porque o Brasil é hoje uma nação mais


respeitada internacionalmente e, se mantiver o rumo certo,
poderá ampliar cada vez mais o seu papel no mundo . (FOLHA,
2006, online)

O plano governamental de Lula criara condições para sua atuação no plano


estrangeiro. Havia grande interesse estatal na criação de um projeto de inserção
internacional (MPOG, 2004), calcado na cooperação latente entre Brasil, Argentina e
Venezuela, fios condutores para a integração via UNASUL (BATISTA;
ALBUQUERQUE, 2017, p.5). Configuravam o eixo fundamental para o fortalecimento
da criação de um projeto aquém dos interesses comerciais. Barnabé explica:

Fortalecem a integração regional na América do Sul porque possibilitam o


estabelecimento de uma base sólida, um eixo direto que pode conciliar as diferenças e
colaborar para o estabelecimento de um concerto de interesses entre os países da
América do Sul. Uma “hegemonia compartilhada” entre Argentina, Brasil e Venezuela
tem o potencial para persuadir outros países sobre a importância de uma política
regional para o desenvolvimento dos povos. (2012, p. 24 in BATISTA;
ALBUQUERQUE, 2017, p. 5)
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Essa posição Brasileira no contexto internacional não era nova: Em meados de


2006, inicia-se também a coordenação informal entre Brasil, Rússia, Índia e China. Foi
somente em Maio de 2008 que os chanceleres do BRIC realizaram sua primeira reunião,
pautada primordialmente entre temas econômicos e financeiros fomentada pela crise
daquele ano (ITAMARATY, 2018) . Era uma clara demonstração da busca do governo
brasileiro em formas de cooperação internacional para auxiliar aquelas economias
emergentes e países em desenvolvimento. Ademias, fortalece a já estabelecida imagem
do Brasil como cooperador econômico-financeiro e coordenador de políticas
internacionais simpáticas a integração.

O objetivo primordial da atuação brasileira frente ao contexto internacional


refletia a busca por um regionalismo aberto, fortalecendo tanto o Brasil quanto os outros
países participantes na inserção mais ativa no cenário mundial. Ademais, a resultante
necessária era uma expressiva participação nos organismos internacionais, não mais
submetendo-se ao domínio do colonialismo próprio das grandes potências. Uma reação
clara dos países em desenvolvimentos para “demarcar território” e destacar-se em sua
independência.

Neste ano, o Brasil sob a presidência de Jair Bolsonaro denunciou o Tratado


Constitutivo da União de Nações Sul-Americanas, formalizando sua retirada do bloco.
Não tratou-se de decisão surpresa do novo governo, pois já havia sido consolidada a
suspensão de sua participação no bloco em 2018. Ademais, o contexto político deve ser
levado em consideração: A adoção do estado por políticas liberais, como as atuações
chicaguistas de Paulo Guedes, rejeitam veemente as propostas centro-esquerdas inicias
e basilares da UNASUL. Mudam-se os governos, mudam-se as políticas, inclusive
quanto as atuações internacionais.

2- Experiência de aproximação diplomática na América Latina

A União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), estabelecida em 2004, na III


Reunião de Presidentes Sul-Americanos, não foi uma tentativa isolada de aproximação
entre os países da América do Sul para o fortalecimento do subcontinente. Assim,
vejamos o contexto histórico das relações diplomáticas entre tais potências.

A região sul-americana foi, ao longo da história, criando e consolidando


propostas de integração políticas e econômicas que pudessem contribuir para um efetivo
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processo de integração entre as nações da América do Sul, frente à histórica


dependência colonial e a influência histórica dos Estados Unidos.

Inicialmente, vale destacar que no século XIX, a região ficou marcada por duas
grandes ideologias, o Bolivarianismo- que buscou preservar a unidade continental sul-
americana- e a Doutrina Monroe- que através da expressão “América para os
americanos”, buscou afastar a presença europeia no referido continente.

Posteriormente, o Pacto ABC (“Tratado para Facilitar a Solução Pacífica de


Controvérsias Internacionais”), composto pela Argentina, Brasil e Chile, e proposto por
Barão do Rio Branco em 1904, foi uma das primeiras iniciativas de cooperação
multilateral entre os países sul-americanos e de reiteração do pacifismo na sub-região do
Cone Sul.

A marginalização favoreceu a identidade comum entre os países latino-


americanos e, a partir da década de 1950, houve uma maior necessidade de superação
das desigualdades socioeconômicas e um projeto de integração começou a ter início,
tendo como marco, a criação da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe
(CEPAL). A CEPAL serviu de base para mobilizações diplomáticas e converteu-se no
centro de um pensamento alternativo que se diferenciava teórica e doutrinariamente da
OEA, do FMI e do Banco Mundial; ela centrou-se em dois pontos principais: melhores
preços das matérias primas vendidas aos EUA e facilidades de financiamentos para o
processo de industrialização da América Latina.

Outrossim, na década de 1960, sob inspiração da CEPAL, foi criada a


Associação Latino Americana de Livre Comércio (ALALC), por iniciativa da
Argentina, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai,
Venezuela e o México, que, posteriormente, seria reformulada para Associação Latino-
Americana de Desenvolvimento e Intercâmbio (ALADI).

Ademais, o Pacto Andino fundado em 1969, que mais tarde viria a se tornar a
Comunidade Andina das Nações (CAN), também se baseou nos estudos da CEPAL,
pois, a fim de restringir a entrada de capital estrangeiro, foi criada uma União Aduaneira
e Econômica.
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Destaca-se, ainda, o Tratado de Cooperação Amazônica (TCA), assinado em


1978, vindo a tornar-se a Organização do Tratado de Cooperação Amazônica em 1998
(OTCA), que buscou o equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a preservação
do meio ambiente, além do fortalecimento da soberania dos países sobre seu território
amazônico (Brasil, Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela).

Além disso, em 1979, Argentina, Brasil e Paraguai assinaram o Acordo


Tripartite Itaipu-Corpus, que permitiu a compatibilização das represas de Corpus e
Itaipu, superando, assim, divergências históricas sobre o aproveitamento dos recursos
hídricos da Bacia do Prata.

A partir da década de 1980, houve um acordo de cooperação para o


desenvolvimento e a aplicação dos usos pacíficos da energia nuclear, firmado no
Regime Militar. Tratou-se, portanto, de um instrumento fundamental para a redução das
desconfianças entre Brasil e Argentina e para a consolidação de um antigo projeto de
integração dos países da América Latina.

Em 1985, foi celebrada a Declaração do Iguaçu pelo Brasil e Argentina, de forte


inspiração cepalina, que promoveu uma maior integração nas áreas estratégicas como
recuperação do parque fabril, transporte, infraestrutura viária e sistemas elétricos e de
comunicação. Essa inciativa desembocou nas bases para a criação do MERCOSUL.

Posteriormente, o governo de Itamar Franco, em 1993, teve como um dos


objetivos revalorizar a presença do Brasil no cenário mundial, assim, propôs uma Área
de Livre Comércio Sul-Americana (ALCSA), em resposta à proposta estadunidense da
ALCA (Área de Livre Comércio das Américas), contudo, a ideia da ALCSA foi
superada, tendo ocorrido, na verdade, uma ampliação do MERCOSUL.

Dessa forma, iniciou-se um processo de identidade marcadamente sul-


americana, a fim, sobretudo, de reduzir as desigualdades sociais e a superação da ideia
do sul subdesenvolvido.

Desde então, as propostas de maior integração estavam relacionadas ao


MERCOSUL. Como resultado da I Cúpula de Países da América do Sul, realizada no
Brasil em 2000, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso, foi criada a Iniciativa
para a Integração da Infraestrutura Regional Sul-Americana (IIRSA), posteriormente
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incorporada e substituída pelo Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e


Planejamento (COSIPLAN). A partir desse momento, a integração física somou-se a
integração econômica.

E, por fim, foram realizadas treze Cúpulas Sul-Americanas, nas quais


culminaram na formação da UNASUL.

3- Panorama geral da América do Sul

A fim de que se entenda o atual panorama político e econômico dos países que
compõe a região sul do continente americano é necessário traçar um breve histórico que
se inicia na década de 1990 com o Consenso de Washington: recomendação em âmbito
internacional à adoção de políticas neoliberais para fins de desenvolvimento e combate
à crise nos países subdesenvolvidos, condicionando a implantação de medidas como
reforma fiscal, abertura de mercado e privatizações à facilitação do fornecimento de
crédito no FMI. Medidas essas que alteraram significativamente as políticas adotas nos
países da América Latina, inaugurando o chamado neoliberalismo nos países
subdesenvolvidos.

Posteriormente, no início da década de 2000, há no subcontinente um forte


crescimento de lideranças de esquerda, que pautavam suas políticas com base no que
ficou conhecido como Estado de Bem Estar Social. No entanto, um fator que impediu o
pleno desenvolvimento e a prosperidade dessas políticas foi o fato de terem-se optado
na maior parte dos países pela adoção de políticas assistencialistas ao invés de
investimentos produtivos na sociedade, reforçando assim um quadro manutenção da
desigualdade social.

Atualmente, observa-se na América do Sul uma forte guinada das políticas


liberais dos partidos de centro e de direita, dos fatores que deflagraram esse quadro,
destacam-se os escândalos de corrupção que cercaram os governos sociais, aliados à ma
gestão econômica e tendências mundiais de ascensão de políticas econômicas liberais e
adoção de ideologias conservadoras.

No Brasil, relativo à corrupção, houve a deflagração da lava jato, que culminou


com a prisão do ex-presidente da república, Luís Inácio Lula da Silva, a iniciativa
influenciou a adoção de investigações semelhantes nos países vizinhos, tendo como
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exemplo mais expressivo o Peru, que determinou inclusive a prisão por nove meses de
Ollanta Humala, chefe de estado no período de 2011 a 2016. As acusações referiam-se à
recebimento de recursos ilícitos da "Odebrecht" para financiamento de campanha. Na
Argentina, inquérito semelhante foi aberto contra a também ex-presidente, Cristina
Kirchner.

Outro fator já mencionado que tem favorecido a ascensão dos governos de


direita na região refere-se à economia. Brasil e Argentina, maiores economias da região
tem enfrentado períodos de grande inflação, com números preocupantes de desemprego.
Diferentemente, no Chile observa-se certa instabilidade positiva, desde a receção
econômica sofrida em 2008, desencadeada pela desaceleração econômica da China, o
país enfrenta período de crescimento, combinando polícias econômicas liberais a
políticas sociais de bem estar, ainda que mais contidas.

Na Colômbia, observa-se grande instabilidade interna, marcada por uma série de


conflitos, principalmente com as Forças Armadas Revolucionarias da Colômbia
(FARC) que, com viés socialista, resiste a interferências externas, bem como ao
capitalismo massivo. Diverge análises no plano internacional, sendo classificada como
grupo terrorista por parte dos Estados da Europa, EUA, e a própria Colômbia, e
considerada força insurgente com projeto político legítimo e autônomo por outros,
como a Bolívia.

Outro panorama político conflitante da atualidade no continente se observa na


Venezuela, ensejando análises tanto de legalidade constitucional e legitimidade dos
detentores do poder, quanto do reconhecimento internacional do governo venezuelano,
primeiramente com a reeleição de Nicolás Maduro contestada pela oposição como
fraudulenta, e logo após com a proclamação de Juan Guaidó como presidente da
República em janeiro de 2019, atacada por Maduro como uma usurpação de poder.

4- Funcionamento e estrutura da UNASUL

Os membros da UNASUL são Argentina, Brasil, Uruguai, Paraguai, Bolívia,


Colômbia, Equador, Peru, Chile, Guiana, Suriname e Venezuela. Além disso, o Panamá
e México participam como membros observadores.
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Tais membros formam órgão que possuem funções especificas. Como o


Secretário Geral, que é indicado pelo Conselho de Ministros do Exterior e,
posteriormente, nomeado pelos Chefes de Estado e de Governo por um mandato de dois
anos, com um limite de dois turnos consecutivos. Não é permitida que o secretário-geral
seja do mesmo país que o seu antecessor.

As funções do Secretário Geral são: a) Prestar assistência ao conselho de Chefes


do Estado, o Conselho de Ministros do Exterior, o Conselho de Delegados, e o
Presidente pro tempore na realização das suas tarefas, b) Propor iniciativas e
monitorizar o funcionamento adequado das organizações da UNASUL, c)Elaborar e
apresentar o Relatório Anual e os respectivos relatórios para reuniões de órgãos da
UNASUL, d) Servir de depósito legal de Acordos da UNASUR, assim como gerir a
publicação dos mesmos, e) Elaborar e o orçamento anual para consideração de
Conselho de Delegados, e adoptando medidas para administração boa e administração,
f) Elaborar projetos de regulamentos internos para o Secretariado, apresentando-os aos
órgãos constituintes para consideração e aprovação, g) Coordenar o trabalho dado nisto
através dos órgãos da UNASUR e outras entidades de integração e cooperação latino-
americanas e caribenhas, h)Executar, de acordo com os estatutos, todas as actividades
necessárias para a boa administração e gestão do Secretariado.

A Unasul encontra-se sem secretário geral desde 2017, o último foi o Ernesto
Samper, o mandato acabou em janeiro de 2017. Em seguida, quem assumiu as funções
de secretário geral foi o colombiano Yuri Chillian, mas ele ocupava o cargo de chefe de
gabinete. O colombiano renunciou no dia 31-07-2018 e hoje a Unasul encontra-se sem
secretário geral e sem chefe de gabinete.

Outro órgão importante é a Presidência temporária, na qual o presidente possui


mandato de um ano, sendo obrigatória a rotatividade entre os países-membros a cada
reunião da UNASUL. Já presidiram a Unasul: o Chile, de maio de 2008 a agosto de
2009, o Equador, de agosto de 2009 a novembro de 2010, a Venezuela de abril de 2016
a abril de 2017, a Argentina de abril de 2017 a abril de 2018 e atualmente a Bolívia, que
iniciou seu mandato em 17 de abril de 2018.

Ademais, existe o órgão parlamentar que é localizado em Cochabamba, Bolívia.


E o Banco do Sul, que é um fundo monetário e organização de empréstimos da Unasul.
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Ele foi desenvolvido pelo presidente da Venezuela Hugo Chávez. A intenção do banco é
emprestar dinheiro às nações da América Latina para a construção de programas sociais
e de infraestrutura.

A UNASUL é composta por diversos conselhos como o Conselho Sul-


Americano de Desenvolvimento Social, o Conselho Sul-Americano de Combate ao
Tráfico de Drogas, o Conselho Sul-Americano de Combate ao Tráfico de Drogas, o
Conselho Sul-Americano de Educação, Cultura, Ciência, Tecnologia e Inovação, o
Conselho Energético Sul-Americano, o Conselho Sul-Americano de Infraestrutura e
Planejamento, o Conselho Sul-Americano de Economia e Finanças.

Entretanto, o que apresentam maior relevância são: a) o Conselho de Economia e


Finanças, que foi instituído em 12 de agosto de 2011, em Buenos Aires, com a proposta
de estudar medidas para reforçar o comércio regional em moedas nacionais sem o uso
do dólar. b) o Conselho de Defesa Sul-Americano, que foi proposto pelo Brasil e
discutido pela primeira vez em uma reunião de cúpula dos presidentes sul-americanos
em abril de 2008, seus principais objetivos são a promoção do intercâmbio entre as
Forças Armadas de cada país, a realização de exercícios militares conjuntos, a
participação em operações de paz das Nações Unidas e promover a troca de análises
sobre os cenários mundiais de defesa e a integração de bases industriais de material
bélico. c) Conselho de Saúde, que criado e aprovado dia 16 de dezembro de 2008 que
reúne ministros da área de saúde dos estados membros para elaborar programas
regionais na área de saúde pública a serem financiados conjuntamente pelo bloco sul-
americano, para coordenar a política energética da Unasul, é uma entidade
intergovernamental de caráter público que tem como principal objetivo promover o
intercâmbio, a reflexão crítica, a gestão do conhecimento e a geração de inovações no
campo da política e governança em saúde.

Além disso, existem conselhos que atuam como órgãos como o Conselho de
Chefes de Estado e de Governo, que é o corpo mais alto da UNASUL, ficando
responsável por estabelecer as diretrizes políticas, planos de ação, projetos e programas,
assim como detalhes de suas implementações no processo de integração Sul-Americana.
As reuniões oficiais ocorrem uma vez ao ano, sendo que reuniões extras podem ser
solicitadas. O Conselho de Ministros de Relações Exteriores, que é o segundo corpo da
UNASUL e realiza reuniões regulares a cada seis meses, podendo também convocar
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reuniões extras. E o Conselho de Delegados, que é o terceiro corpo da UNASUL e é


constituído por um representante de cada país membro, suas reuniões ocorrem a cada
dois meses no território do país que exerce a Presidência Temporária ou em um outro
local previamente combinado. Tal conselho é responsável pela implementação das
decisões tomadas pelos outros dois Conselhos.

A política de integração da UNASUL é caracterizada por ter um mercado


comum com cooperação de infraestrutura, na qual o objetivo inicial era a eliminação de
tarifas para produtos considerados não sensíveis até 2014 e para produtos sensíveis até
2019. A política monetária visa estabelecer projetos de desenvolvimento de finanças no
curto prazo e estabelecer um moeda sul-americana única no longo prazo. Em relação a
Política de defesa, o objetivo principal é servir como um mecanismo de segurança
regional, promovendo a cooperação militar e a defesa regional. A ideológica
democrática da UNASUL afirma que os estados-membros não tolerarão desafio à
autoridade institucional, sob punição de suspensão do direito de participar nos diferentes
órgãos e instâncias da Unasul e fechamento parcial ou total das fronteiras terrestres com
o Estado afetado, incluindo a suspensão ou limitação do comércio, transporte aéreo e
marítimo, comunicações, fornecimento de energia, serviços e abastecimento.

5- UNASUL: problemas de eficácia da Organização Internacional

A UNASUL enfrentou uma série de dilemas impeditivos da consecução plena de


seus objetivos, principalmente relacionados à integração regional, ocasionados
sobretudo pela assimetria entre os integrantes do organismo, no que tange à economia e
ideologia de governo.

A priori, como já discorrido, a organização tinha como principais objetivos a


coordenação econômica, política e social, bem como promover uma integração militar,
física e energética entre seus membros. No entanto, divergências internas corporis
dificultam o avanço da UNASUL, a exemplo da forma como cada Estado membro se
integra nas relações internacionais. De um lado, os países de esquerda, a exemplo da
Bolívia e Venezuela, que compunham a UNASUL, viam nesta uma forma de se
fortalecer e reduzir assim a dependência em relação aos EUA, de outro, os países que
simpatizam com as políticas estadunidenses e objetivam uma boa relação com este país
a fim de estreitar políticas econômicas e obter subsídios.
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Alguns episódios evidenciam sobremaneira as tensões e divergências


enfrentadas pelos Estados membros da UNASUL. Tensões estas que dificultaram as
atividades da mesma e a plena eficácia da instituição, culminando no desfazimento que
se observa atualmente. Entre eles menciona-se o acordo militar de combate ao
terrorismo e narcotráfico na Colômbia firmado a portas fechadas entre este país e os
EUA em 2009, que ao estabelecer bases das forças armadas estadunidenses na América
do Sul, facilitaria uma possível projeção da potência militar para além do território
colombiano.

No interior da UNASUL o acordo foi visto de maneira controversa, sendo


duramente criticado por lideranças de esquerda, que afirmavam ser esta uma
possibilidade dos EUA ganhar força na região de forma a impor sua ideologia
democrática e liberal.

Outro importante evento que abalou as relações internas estabelecidas entre os


membros da UNASUL diz respeito à crise relacionada ao gás natural entre Brasil e
Bolívia. Após alguns episódios de crise energética, a fim de reduzir sua dependência da
energia elétrica, o Brasil assinou um acordo com a Bolívia que determinava a
construção do gasoduto Bolívia-Brasil, suprimindo o déficit brasileiro do recurso.

A medida em que aumentava a importação do gás, crescia também um ponto de


vulnerabilidade do Brasil em relação à Bolívia. Nesse contexto, em 2006, Evo Morales,
então presidente da Bolívia, determinou a nacionalização da exploração de gás e
petróleo no país. Procedeu-se à isto, a ocupação de empresas energéticas estrangeiras
pelas forças armadas bolivianas, a rigor de um prazo de 180 dias para que os Estados
negociassem com o governo, sob risco de retirada do país sem indenização.

Tais medidas de nacionalização contribuíram para uma forte instabilidade nas


relações internacionais da região, sobretudo com o Brasil em virtude da empresa estatal
Petrobras ser a maior indústria energética estrangeira em solo boliviano à época, e pelo
fato do decreto representar a quebra de contratos firmados entre estes dois países,
abalando relações legítimas de direito internacional.

Como solução mediata os contratos foram reajustados, conferindo, no entanto,


vantagens ao governo boliviano. Apesar das condições desfavoráveis, o Brasil teve de
se submeter ao novo acordo, em razão de sua dependência do recurso. O governo Lula
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foi duramente criticado uma vez que não apresentou medidas eficazes para contornar a
situação. A inércia se deu principalmente pelos investimentos maciços feitos na Bolívia
para a construção do gasoduto. Deixar o país resultaria na perda dos direitos de
exploração sem indenização.

Por fim, outro fator de grande magnitude que contribuiu para a ineficácia da
premissa de integração e cooperação dos Estados membros da UNASUL se deu no
fulcro dos conflitos fronteiriços com a invasão de terras protagonizada pela Colômbia, o
Equador e a Venezuela. As fronteiras dos referidos países andinos possibilitam trocas
econômicas, culturais e populacionais, mas, em contrapartida, sofrem com atividades
ilegais de narcotraficantes e guerrilheiros, bem como com o trânsito de refugiados,
gerando instabilidade nas relações diplomáticas firmadas entre estes países.

Evento polêmico se deu em 2008 quando o governo colombiano atacou um


acampamento da FARC em território equatoriano sem que o Estado em questão tivesse
aprovado o bombardeio, resultando ainda na morte de Raúl Reyes, um dos líderes da
Força. Já no caso da Venezuela, a ausência da vigilância devida faz com que haja um
excesso na migração ilegal, ficando o governo venezuelano com o ônus dos custos dos
refugiados e dos colombianos que ingressam no país sem documentos. Essas e outras
tensões de natureza política, que serão abordadas, desgastaram sobremaneira a
UNASUL enquanto organização incapaz de manter sua eficácia nos Estados membros
que a ela se vincularam.

6- Obstáculos do funcionamento da organização

Nos últimos dois anos, a UNASUL vem passando por crise institucional muito
forte, que, como veremos no próximo tópico, aparentemente acarretou o fim da atuação
do organismo. Tal contexto, sem precedentes em seus 10 (dez) anos de operação foi
desencadeada principalmente pelo aumento da ofensiva conservadora no subcontinente
(JAEGER, 2019). Esta virada ideológica que por vezes rechaça os ideais formadores da
UNASUL, especialmente levando-se em consideração seu contexto de criação, tendo
sido iniciativa dos presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, do Brasil, Hugo Chávez, da
Venezuela e Néstor Kirchner, da Argentina, todos eles símbolos do nacionalismo
progressista que vigorou na América Latina nos anos 2000.
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O contexto político, econômico e social de criação da UNASUL em 2008 não é,


de forma alguma, semelhante ao que vive a América Latina nos dias de hoje. Pelo
contrário, em 2008, as economias dos países em desenvolvimento, especialmente do
Brasil, se encontravam em ascensão e o propósito político de uma integração regional
Sul-Sul vinha se afastando da incidência de influência estadunidense. Por outro lado,
hoje vivemos um período de instabilidade econômica aliada a uma política cada vez
mais alinhada aos interesses do governo do presidente americano Donald Trump e esta
tendência não atinge apenas a nação brasileira, mas sim pelo menos 8 dos 12 países da
América do Sul. Na segunda metade do século XXI, é possível notar um aumento da
dependência econômica de potências extrarregionais, principalmente com o
fortalecimento da Aliança do Pacífico e de acordos bilaterais com os EUA, além da
crescente presença chinesa na economia local, o que teve papel essencial para
desestabilizar as tentativas de integração econômica regional. (SARAIVA, 2014 apud
JAEGER, 2019)

Como já explorado em tópicos anteriores, a integração regional latino-


americana, ao longo dos anos, teve como foco geral a integração energética e
econômica, algo compreensível tendo em vista a abundância de recursos presentes no
subcontinente. Entretanto, crítica pertinente vem a ser a relativa a falta de preocupação
dos governantes em propor perspectivas de integração que visem a participação popular.
É difícil pontuar, embora não impossível, momento em que tenha sido fomentado o
sentimento de pertencimento da sociedade em relação à América do Sul. Com a criação
da UNASUL, não houve mudança neste paradigma, e, sendo inexistente apelo popular
aliado ao desconhecimento populacional acerca da atuação da entidade torna-se mais
viável, por razões meramente políticas o desmantelamento da organização.

Com a crise econômica que vem atingindo o subcontinente nos últimos 4 anos, o
déficit orçamentário atingiu também os cofres da UNASUL. O Brasil, por exemplo, já
possui dívida de 12,5 milhões de dólares com a organização (FOLHA, 2018), que por
sua vez não vem pagando seus funcionários, já tendo reduzido sua mão de obra de 48
para 27 empregados efetivos , além de contar apenas com 2 de 5 diretores previstos.

Podemos citar, como momento chave para a compreensão da crise institucional e


política atual que assola a UNASUL, o Impeachment da Presidente Dilma Rousseff,
ocorrido em 2016 no Brasil. Trata-se de ocasião que reverberou fortemente na política
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global, tendo vital importância para as mudanças na integração regional nos últimos três
anos. Como forma de protesto ao ocorrido e prevendo ruptura democrática na república
brasileira, o então Secretário Geral da UNASUL e ex presidente colombiano, Ernesto
Samper, se afastou do cargo, o que gerou um vácuo ainda não sanado na liderança do
bloco (FOLHA, 2018).

De acordo com o previsto no Tratado de Quito, a Presidência do bloco deveria


ser sucedida por José Octavio Bórdon, embaixador argentino, entretanto, esta hipótese
não foi aceita por Bolívia, Equador e Venezuela e, sendo a UNASUL um bloco cujas
decisões são tomadas por consenso, acabou se tornando inviável sua nomeação. Sendo
assim, assume em 2018, o Ministro das Relações Exteriores boliviano Fernando
Huanacuni, exercendo presidência pro tempore. Seu mandato, porém, já começou
polêmico, tendo Brasil, Argentina, Chile, Colômbia, Paraguai e Peru anunciado suas
suspensões voluntárias do bloco em abril de 2018. De acordo com declarações dadas
pelos governos das nações suspensas, o propósito seria pressionar a UNASUL para que
haja a nomeação de um Secretário Geral Pleno. Entretanto, como veremos a seguir, não
houve preocupação por parte dos chefes de Estado em continuar no bloco.

6.1 A iniciativa do PROSUL

Em 22 de abril de 2019, foi assinado, em Santiago, no Chile, declaração


conjunta que anunciou a criação do PROSUL, novo organismo que vem para substituir
a UNASUL. O bloco, que visa integrar culturalmente e economicamente a América do
Sul, será composto, a priori, por Argentina, Chile, Peru, Paraguai, Colômbia, Equador,
Brasil e Guiana. Estas nações, portanto, declararam no mês de abril que irão sair da
UNASUL, o que compromete completamente o funcionamento desta, tendo em vista
que restaram apenas quatro Estados Membros, quais sejam, Bolívia, Suriname, Uruguai
e Venezuela.

A fim de compreendermos o PROSUL, é preciso primeiro conceituar o termo


muito usado pelo jornalismo político que é utilizado para ilustrar as tendências da
América Latina, especialmente aquela visualizada nas comparações entre Brasil e
Argentina. Trata-se do Efeito Orloff , fenômeno que define as oscilações paralelas que
podem ser vistas nos âmbito político-econômico em diversos Estados latino-americanos
ao mesmo tempo. Tal efeito pode ser notado, por exemplo, no neoliberalismo
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experimentado na América do Sul nos anos 1990, seguidos pela ascensão do Welfare
State no início do século XXI, com o Lulismo no Brasil e de Kirschnerismo na
Argentina. Na atualidade, este padrão se repete e hoje vivemos uma América Latina
cujas eleições presidenciais acusam uma nova retomada da direita política, com
alinhamento direto aos EUA. (Exemplifica-se aqui com as eleições de Jair Bolsonaro no
Brasil, Maurício Macri na Argentina e Sebastián Piñera no Chile)

O primeiro país a se pronunciar publicamente acerca da iniciativa foi a


Colômbia, que se acredita ser a incentivadora do bloco junto com o Chile. (JAEGER,
2019) Trata-se, portanto, de situação diferente daquela previamente vista em integrações
regionais como o Mercosul e a UNASUL, cujos pioneiros foram sempre Brasil e
Argentina, países que demonstram certa hegemonia na sub-região. O fato de o PROSUL
ser de iniciativa diversa poderia, a primeira vista, indicar um pluralismo sem
precedentes na história da América do Sul, sendo supostamente mais democrático.
Entretanto, não se deve esquecer de tomar nota de que, enquanto a UNASUL veio com
2008 com a proposta de englobar todas as nações da América do Sul sem distinções, o
PROSUL, por outro lado, apresenta viés ideológico claro, tendo sido convidados apenas
as nações sul-americanas que recentemente elegeram lideranças liberais
economicamente e conservadores politicamente. De fato, não houve pretensão em
incluir a Venezuela, Uruguai, Suriname e Bolívia.

Por fim, é necessário ressaltar que não há, por hora, confirmação de que o
PROSUL vá se enquadrar na categoria de Organização Internacional, uma vez que a
declaração de Santiago, assinado pelos presidentes dos países que concordaram com a
iniciativa, apenas aponta a Presidência Chilena como responsável pelo próximo ano do
órgão, devendo a Presidência Colombiana o suceder. Entretanto, não sabemos ainda se a
organização possuirá todos os requisitos a fim de ser considerada Organização
Internacional stricto sensu, quais sejam: Sede própria, funcionários próprios, orçamento
próprio e, principalmente, tratado constitutivo, uma vez que, até agora, o que há é
apenas uma declaração conjunta, sem status de tratado internacional.

7- Referências:
19

BATISTA, Ian R. ALBUQUERQUE, Rodrigo B. Multilateralismo


intergovernamental: a Unasul como concerto político. 41º Encontro Anual da
ANPOCS - GT27 Relações internacionais da América Latina.

BARNABÉ, I. Roberto. Del ABC al ABV - el eje Argentina, Brasil y


Venezuela en la integración de América del Sur. Cuadernos sobre Relaciones
Internacionales, Regionalismo y Desarrollo, vol. 7, N. 14. Julho-Dezembro, 2012.

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Internacional. Ano II, nº1, junho, p. 40 – 48, 2011.

BORDA, Sandra. Multilateralismo en transición: La UNASUR. Anuario de la


Integración Regional de América Latina y el Caribe, 10, pp. 223-247, 2014.

CHO, Dae-Hyeon; Os conflitos da UNASUL para a integração regional - dissertação;


Universidade Federal de Pernambuco, Programa de Pós-Graduação em Ciência Política
- Recife, 2012.

FOLHA ONLINE. Íntegra do discurso de Lula, candidato a reeleição. 2006,


Disponível em: <,https://www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u79810.shtml>
Acesso em 01 de junho de 2019.

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<http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/mecanismos-inter-regionais/3672-
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Disponível em: < http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/politica-externa/integracao-
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Jun.2019.

MANRIQUEZ, Saulo de Tarso Silvestre Sanhueza. UNASUL e a integração política


da América Latina: aspectos históricos e perspectivas. Dissertação; Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Direito, Pós Graduação- Porto Alegre,
2014.
20

NAFALSKY, Guilherme Pedroso Nascimento. Unasul: uma perspectiva política de


integração sul-americana. Dissertação; Universidade de São Paulo, Mestrado em
Sociologia- São Paulo, 2010.

ONU. CEPAL: Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe. Disponível


em: < https://nacoesunidas.org/agencia/cepal/>. Acesso em: 10 Jun. 2019.

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