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Dados de agosto de 2018
A fim de compreendermos o PROSUL, é preciso primeiro conceituar o termo muito
usado pelo jornalismo político que é utilizado para ilustrar as tendências da América Latina,
especialmente aquela visualizada nas comparações entre Brasil e Argentina. Trata-se do
Efeito Orloff2, fenômeno que define as oscilações paralelas que podem ser vistas nos âmbito
político-econômico em diversos Estados latino-americanos ao mesmo tempo. Tal efeito pode
ser notado, por exemplo, no neoliberalismo experimentado na América do Sul nos anos 1990,
seguidos pela ascensão do Welfare State no início do século XXI, com o Lulismo no Brasil e
de Kirschnerismo na Argentina. Na atualidade, este padrão se repete e hoje vivemos uma
América Latina cujas eleições presidenciais acusam uma nova retomada da direita política,
com alinhamento direto aos EUA. (Exemplifica-se aqui com as eleições de Jair Bolsonaro no
Brasil, Maurício Macri na Argentina e Sebastián Piñera no Chile)
Por fim, é necessário ressaltar que não há, por hora, confirmação de que o PROSUL vá
se enquadrar na categoria de Organização Internacional, uma vez que a declaração de
Santiago, assinado pelos presidentes dos países que concordaram com a iniciativa, apenas
aponta a Presidência Chilena como responsável pelo próximo ano do órgão, devendo a
Presidência Colombiana o suceder. Entretanto, não sabemos ainda se a organização possuirá
todos os requisitos a fim de ser considerada Organização Internacional stricto sensu, quais
sejam: Sede própria, funcionários próprios, orçamento próprio e, principalmente, tratado
constitutivo, uma vez que, até agora, o que há é apenas uma declaração conjunta, sem status
de tratado internacional.
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O termo surgiu do Slogan da Vodka Orloff nos anos 1990: “Eu sou você amanhã”.