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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS

PRÓ-REITORIA DE ENSINO DE PÓS-GRADUAÇÃO E PESQUISA


PROGRAMA DE PÓS-GRADUÇÃO STRICTO SENSU EM SOCIOLOGIA

ROSEANE RODRIGUES GARCIA

Linha de pesquisa: Processos de Dominação e Disputas Políticas e Socais

O NOVO AVANÇO DA ESQUERDA PROGRESSISTA NA AMÉRICA LATINA:


UMA COMPARAÇÃO DA ONDA ROSA DO INÍCIO DO SECULO XXI E DA
ATUALIDADE E OS DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS, UM CASO
ESPECÍFICO DO BRASIL.

Orientadores: Prof. Dr. Marcos Antônio da Silva e/ou Prof. Dr. Davide Giacobbo Scavo

Dourados – MS
2023
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1. TÍTULO: O NOVO AVANÇO DA ESQUERDA PROGRESSISTA NA


AMÉRICA LATINA: UMA COMPARAÇÃO DA ONDA ROSA DO INÍCIO DO
SECULO XXI E DA ATUALIDADE E OS DESAFIOS A SEREM ENFRENTADOS,
UM CASO ESPECÍFICO DO BRASIL
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2. RESUMO:

Esse projeto tem como objetivo desenhar os caminhos da esquerda social-


democrata do século XXI chamada de onda rosa, seu surgimento e os desafios enfrentados
na época em comparação com o atual cenária de uma nova esquerda progressista, a
existência de diferentes situações, num árduo panorama pós pandêmico, situação bem
complexas que vai desde a perda de investimentos das indústrias chinesas Commodities,
como a nova agenda ambiental, uma esquerda heterogênea voltada para relações mais
domesticas do que regional, menor coesão social, conflitos internacionais entre outros
problemas agravados pela pandemia. Além de potencializar os desafios do atual
presidente do Brasil, José Inácio Lula da Silva e explanar possíveis caminhos a serem
traçados, onde o governante brasileiro terá grandes obstáculos sociais, econômico e
políticos global. Lula enfrentará problemas como a relação com o Congresso, uma
esquerda forte nas ruas com grandes manifestações, relações restritas com as forças
armadas, e problemas causados pós pandemia. Para o desenvolvimento dessa pesquisa
teremos uma metodologia voltada para referências bibliográficas existentes, bem como
artigos em sites de notícias nacionais e internacionais, por se tratar de um tema bem
ressente e pouco estudado, mais bem discutido a nível mundial, justificando assim a
importância desse estudo, detalhado, e aprofundado dos desafios da nova esquerda para
apontamentos da condução desses governos eleitos recentemente e possíveis soluções
quanto essas mudanças a serem enfrentadas.
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3. DELIMITAÇÃO DO TEMA:
O fenômeno denominado de “Onda rosa, maré rosa” (do inglês pink tide) foi usada
por Larry Rohter do jornal New York Times na América Latina para descrever a guinada
à esquerda, virada à esquerda ou pós-neoliberlismo que designava o período do início do
século XXI que pode ser definido no intervalo de tempo restrito de 1998 até 2006, mais
com alguns autores afirmando a ocorrência até 2015, o rosa foi usado em substituição a
cor vermelha usada em alusão ao socialismo, para indicar a ascensão dos ideais social-
democratas da época . Esse evento começou a surgir em contraposição a lideranças
políticas neoliberais e do Estado mínimo da década de 1990 e teve seu ápice no de 2008
em função da quantidade de governantes que estavam no poder. Vale ressaltar que o nome
“onda rosa” teve denominação nas políticas nacionais do Oeste-Europeu em 1990 com
representantes como o Primeiro-Ministro francês Lionel Jospin - Partido Socialista, e o
Primeiro-Ministro britânico Tony Blair - Partido Trabalhista (RIPE, 2020; (Bresser-
Pereira, 2006).

A hegemonia da esquerda do início do século XXI, se solidificou e ganhou espaço


para concorrer a cargos públicos devido aos fracassos ocorridos na região dos governantes
tradicionais que estavam no poder, com relação as políticas de privatização, cortes nos
gastos sociais e investimentos estrangeiros que deixaram os países com altos níveis de
desemprego, inflação e desigualdades sociais. Em 1999, Hugo Chávez se tornou o
primeiro presidente de um governo de esquerda depois de muitas décadas na América
Latina. Posteriormente, com as dificuldades enfrenadas pelos mercados emergentes no
mundo todo, a sociedade latino-americana se afastaram da economia liberal elegendo
assim, líderes da esquerda, que recentemente haviam adotado processos mais
democráticos (Wasserman, 2010).

As ideias iniciais da esquerda social-democrata da época se basearam no


fortalecimento da América do Sul como espaço geopolítico e geoeconômico a partir de
processos autóctones, que se consubstanciaram no reforço do Mercado Comum do Sul
(MERCOSUL), na criação da União das Nações Sul-Americanas (UNASUL), na Aliança
Bolivariana para os Povos da América (ALBA), entre outras ações.

Esses governos tiveram características heterogênicas diversas, que para alguns


analistas, seria de cunho social-democrata ou social-democrata crioula. A popularidade
desses governos dependeu de sua articulação com a China, que na época estava se
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tornando uma nação industrializada e precisava de recursos para sua economia fazendo
parcerias com os governos da esquerda da América Latina que usaram o boom das
Commodities para suas políticas populistas. No entanto, muitos desses países receberam
financiamentos chinês sem nenhuma supervisão, o que gerou gastos excessivos por
alguns países da onda rosa. Na década de 2010 os preços das Commodities despencaram
e se tornaram ainda mais notáveis com a queda do mercado de ações da China
(2015/2016), e com ele levou a rejeição dos governos da esquerda. Isso se tornou ainda
mais forte com a morte de Hugo Chávez na Venezuela em 2013, que era a principal figura
da onda rosa, e foi substituído por um governo mais radial Nicolás Maduro (Wasserman,
2010).

A maré rosa teve seu ápice de declínio em 2015, pois havia mudado suas
características drasticamente. Sucessivamente, o candidato a presidente da esquerda na
Argentina Daniel Scioli perdeu as eleições, e em seguida, no Brasil tivemos o
impeachment da presidente Dilma Rousseff, e no Equador o sucessor de Rafael Corrêa,
Lenín Moreno mudou de posição e foi para a direita e em 2016, assim a onda rosa foi
derrotada por uma nova direita, mostrando o desmoronamento dos esquerdistas na região,
por motivos como a corrupção, desaceleração da economia chinesa e más decisões
econômicas, pois não diversificaram as economias, as políticas de bem-estar foram
insustentáveis e ainda, em alguns casos negligenciaram os comportamentos
democráticos, os quais deram precedentes a abertura do cenário político para novas
administrações com apoio popular apresentando fortes tendenciais político-ideológicas
guiadas por governos neoliberais, dando início a maré azul ou onda conservadora (Cunha
et. al., 2014).

No caso do Brasil, crise foi proveniente dos baixos níveis de crescimento


econômico (PIB) que, por sua vez, combinaram-se com a baixa confiança e crença nas
instituições políticas e sociais brasileiras que estruturam o regime democrático,
fragilizando-o, além de:

“Os escândalos de corrupção, publicizados pela mídia, as novas tecnologias de


informação, a ausência das reformas necessárias ao país, têm aumentado o
descrédito nas instituições democráticas, principalmente no legislativo e no
executivo, além dos partidos políticos que estão na base de sustentação destes
poderes” (Santos, 2019).
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No gráfico a seguir, podemos observar os representantes da onda rosa do início


do século XXI, onde mostra os países e seus representantes. Temos esquerdistas mais
radicais (Hugo Chávez e seu sucessor Nicolás Maduro da Venezuela) ou moderados
(Michelle Bachelet no Chile, Lula e Dilma Rousseff no Brasil) entre outros com
características diferentes mais bem amenas.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guinada_%C3%A0_esquerda

A chamada nova onda rosa começou em 2018, com líderes do espectro político de
esquerda retornando à presidência no continente Latino-Americano, mostrando um novo
cenário político, isso tem em sua grande parte o fato de que os governos da direita não ter
na desigualdade, ou na mitigação da desigualdade a sua principal plataforma,
característica essa do mundo, pois a ideia central é gerar riqueza e não combater as
assimetrias sociais, no entanto, a direita não lidou bem com as consequências
socioeconômicas devastadoras impostas pela pandemia mundial (.

As diversidades entre o avanço da esquerda progressista atual na América Latina


e a “onda rosa” de duas décadas atrás da social-democracia são múltiplos, principalmente
por possuir uma maior heterogeneidade, a desassociação com o social e um cenário global
diferente. Essa nova esquerda que ressurge agora, após a hecatombe da pandemia do
Covid-19, enfrentará desafios econômicos e sociais muito mais complexos,
especialmente os ligados à agenda ambiental, e terá grande dificuldades sem o amparo do
boom das Commodities, apesar de o preço das matérias-primas e de alimentos terem
subido no mercado mundial.
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Na nova guinada da esquerda temos: uma nova esquerda com Gabriel Boric no
Chile e Gustavo Petro na Colômbia; uma esquerda populista como Andrés Manuel López
Obrador no México; uma esquerda tradicional na Argentina com Alberto Fernández, Luis
Arce na Bolívia e Xiomara Castro em Honduras; uma esquerda ditatorial com Nicolás
Maduro na Venezuela, Daniel Ortega na Nicarágua e Miguel Díaz-Canel em Cuba; além
de países como Peru com Dina Ercilia Boluarte Zegarra ex-vice presidente, que assumiu
o lugar de ex-presidente José Pedro Castillo Terrones em 2022 depois de seu
impeachment; e por último temos no Brasil o ex-presidente e também atual José Inácio
Lula da Silva em 2023.

https://www.dw.com/pt-br/onde-a-esquerda-est%C3%A1-no-poder-na-am%C3%A9rica-latina/a-
63599544

Observa-se que nos últimos tempos o voto dos latino-americanos tem sido
pendular, ou seja, da esquerda para direita e agora novamente para esquerda, isso se deu
num contexto de fúria com os políticos, devido a desigualdade social e estagnação
econômica e problemas ambientais, se agravando com o atual cenário mundial de uma
pandemia que mostra nitidamente o encurtamento da direita previsto, porque calhou estar
no poder na América Latina tendo um desgaste no gerir das sociedades durante esse
evento de pandemia mundial, mostrando ainda uma gestão mais desastrada, pois morreu
aqui mais gente que em outros continentes. A cada dia a ideologia política se torna menos
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relevantes nas eleições, os eleitores estão se inclinado para as indicações do centro


político, eles vão para onde os centristas indicam, mais que tem um leve declínio para a
esquerda devido seus ideais, como por exemplo, maior ênfase na ação do Estado para
diminuir a desigualdade econômica (Delgado, 2022; Moreira, 2021).

Segundo Delgado (2022) as pessoas estão votando na nova esquerda porque viram
que sem um estado social forte e um olhar diferenciado ao ambiental, a sociedade não
sobreviverá aos feitos das pandemias e catástrofes climáticas, portanto a esquerda, sob o
ponto de vista programático, terá que demostrar que está à altura do desafio, pois como
dito vão enfrentar não apenas dilemas estruturais da desigualdade social no continente
agravados pela pandemia, como por exemplo a perda educacional enfrentada pelos
alunos, principalmente de escolas públicas que deixaram muitas sequelas, mas também
com a agenda imperativa das mudanças ambientais. Ainda segundo Delgado (2022) essa
nova conjuntura e a entrada da agenda da transição verde na pauta global, de forma
emergencial aumentaram os desafios dessa nova esquerda.

Para Lupion (2022) as eleições de Lula se somam agora a uma série de vitorias
progressistas na região, sendo a mais recentes, de uma sucessão de eleições para
presidentes esquerdistas com resultados positivos, somado a histórica vitória de Gustavo
Petro na Colômbia. Os desafios para os presidentes progressistas dessa nova era, será
conseguir entregar resultados aos seus eleitores e coordenarem iniciativas conjuntamente
uma vez que essa conjuntura política se mostra heterogênea a níveis regionais, embora
haja algumas perspectivas similares os contextos domésticos parecem mais definidores
do que um processo regional. E tão importante quanto, é o fato desses países serem de
cunho presidencialistas, portanto, a correlação de forças entre Executivo e Legislativo
influenciam a linha de cada presidente e sua negociação com o Congresso é fundamental
para definir se esses governantes serão mais vermelhos ou um tom mais ameno, o rosa.

Ainda segundo Lupion (2022) temos um refluxo da globalização, onde há um


cenário mais conflituoso entre as grandes potencias, como a guerra tecnológica entre
Estados Unidos e China e a invasão da Ucrânia pela Rússia, e nesse panorama os países
que não são grandes potencias diminui sua capacidade de barganha no plano
internacional, onde construir laços regionais poderia ser uma alternativa a longo prazo.
Lupion (2022) ainda pontua outro aspecto desafiador para nova era da esquerda, uma
menor coesão social, como podemos ver nas eleições brasileiras onde o atual presidente
José Inácio venceu com 50,8% dos votos validos, Castilho no Peru com 50,12% o qual
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sofreu impeachment no final do ano de 2022, além de Petro na Colômbia com 51,6%
sendo que o mais notável foi de Boric no Chile com 55,8%.

O Brasil encontra-se entre as dez maiores economias do mundo e a maior


economia da América Latina neste início de século XXI. Apesar desta importante posição
econômica no mundo e no continente, do ponto de vista político, quando olhamos para o
âmbito doméstico, as coisas parecem não ter a mesma abrangência institucional. Para o
Brasil só existe um pensamento regional e concreto sobre seu papel na América Latina
com o atual presidente Lula, do compromisso com visão tradicional das relações
internacionais, que no caso de Bolsonaro mostrava não ter grandes ambições geopolíticas,
sendo assim desvinculado de boa parte do continente, pois pode se dizer que o ex-
presidente virou as costas para países vizinhos (Carvalho, et. al; 2016).

Eleito numa vitória apertada, Lula terá grandes desafios pela frente, tanto na área
econômica, como social e ambiental. Na economia terá que conciliar gastos sociais e
investimentos com o equilíbrio das contas públicas pós pandêmica, reverter cortes de
impostos adotados, como a redução do IPI de muitos produtos industrializados e os cortes
de PIS/cofins sobre o combustível que afetara de forma direta uma ramificação que move
a economia brasileira, os caminhoneiros. Já no Congresso vai precisar de muita
articulação para construir uma base de apoio para aprovar suas propostas, entre tanto,
enfrentará uma oposição forte de uma bancada bolsonarista eleita na Câmara e no Senado,
além de uma restrita relação com as forças armadas que tiveram papel de destaque no
governo passado, e como se não bastasse, Lula terá que lidar com uma população
profundamente dividida, com muitas manifestações desfavoráveis (Utida, 2023). O Brasil
terá o papel de se resgatar e servir de base de apoio para o equilíbrio regional da América
Latina, composta por 20 países, sendo que hoje destes, 12 são de esquerda.

Para alguns estudiosos o Itamaraty terá que fazer um trabalho de reconstrução da


política externa depois que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) isolou o Brasil na sua
própria região e também no âmbito do sistema multilateral. O ex-presidente e seus aliados
sempre negaram esse isolamento. Já em relação a situação ambiental o papel do Brasil na
discussão da geopolítica climática é indispensável. Não há como discutir a política do
clima no mundo hoje sem o Brasil (Lupion, 2022).
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4. JUSTIFICATIVA
A américa latina está passando por uma nova onda política de esquerda, diferente
da do início do século XXI, tanto em termo de globalização que vive um cenário mais
conflituoso, como um contexto pós pandemia mundial, onde temos o aumento da
desigualdade social e problemas deixados para serem resolvidos a longo prazo como o
caso da perda irreparáveis da educação nas escolas públicas, assim como uma esquerda
mais heterogênea, cuja onda rosa passada tinha uma identidade maior entre si do que a de
hoje, e uma menor coesão social, pois temos uma maior polarização das sociedades que
mostram mudanças significativas no modo de escolher seus candidatos.

A América Latina em 2020, alcançou índice de 33% da população pobre incluindo


13,1% de extrema pobreza, portanto esses números representaram o maior aumento anual
dos últimos 20 anos, assim como a redução da população nas atividades econômicas que
alcançou 57,8% em 2020 em comparação com 2019 que era de 62,5% e tendo uma
redução na taxa de ocupação de 2,4% que teve como consequência um aumento
considerável da população sem renda com idade entre 15 e 24 anos mostrando os
impactos da pandemia do Covid-19, segundo a Comissão Econômica para América
Latina e o Caribe (CEPAL, 2022), sendo esse um dos grandes desafios para os novos
progressistas da esquerda atual no continente.

No Brasil enfrentamos diversos problemas tanto na economia, como no social e


políticos. Onde, a previsão da Dimac/Ipea para o crescimento do PIB em 2021 é de 4,5%,
menor do que a previsão anterior, de 4,8%. O resultado decorre do menor dinamismo da
economia brasileira, com reflexos em nossas expectativas de crescimento para o quarto
trimestre, que fecha 2021 (Cavalcante, et. al; 2022).

Fonte: Ipea
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Esses apontamentos são somente a ponta do iceberg, os desafios impostos pela


pandemia de Covid-19 e seus impactos de longa duração na vida política, econômica e
social colocam, mais uma vez, muitas questões numa agenda urgente para todos os países
do mundo e, em particular, para aquelas nações nas quais o padrão de exclusão social e
desigualdade são dramáticos – como é o caso do Brasil (Trezzi, 2021).

Faz se assim necessário um estudo mais detalhado e aprofundado desses desafios


da nova esquerda para apontamentos da condução desses governos eleitos recentemente
e possíveis soluções quanto essas mudanças a serem enfrentadas, e principalmente os
desafios a serem assumidos pelo atual presidente do Brasil José Inácio Lula da Silva que
se mostra a principal figura dessa nova onda rosa, segundo alguns autores e estudiosos
em política.
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5. OBJETIVOS:

5.1 Objetivo Geral:

- Apresentar as características da esquerda progressista na atual conjuntura política e suas


diferenças com o passado, mostrando os pontos positivos, negativos e os novos desafios
a serem enfrentados, tendo em especial o caso do Brasil.

5.2 Objetivos Específicos:

- Identificar as possíveis diferenças entre a esquerda atual e a do início do século XXI;

- Mostrar os avanços no atual contexto históricos da esquerda;

- Expor as principais causas que levaram o fortalecimento recente da nova esquerda;

- Apresentar de maneira ampla as características da nova esquerda em toda a América


Latina;

- Apontar os desafios da atualidade, principalmente na área social e ambiental a serem


enfrentados na América Latina e em especial no Brasil;

- Pontuar de forma descritiva os novos desafios do atual presidente do Brasil.


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6. METODOLOGIA:

6.1 Revisão bibliográfica e documental:

Esse projeto tem como método a revisão bibliográfica e a pesquisa em artigos


científicos nacionais e internacionais, que será fundamentada na leitura, interpretação, e
entendimento dos mais diversos pontos de vistas e estudos desse
fenômeno, levantamento de referências teóricas já analisadas, e publicadas por meios
escritos e eletrônicos, como livros, artigos científicos, páginas de web sites, mas sempre
analisando a veracidade dos artigos em site confiáveis de cunho cientifico, além de grupos
de discussão focalizadas com participantes da pesquisa do campo investigado, abre-se
parênteses aqui, pois muito da pesquisa será feita em sites de notícias com apontamento
de estudiosos da área, porque são estudos recentes, dificultando projetos mais
aprofundadas por falta de artigos atuais. Vale ressaltar ainda que essa pesquisa será de
caráter qualitativo, permitindo redescobrir ou reinterpretar diferentes aspectos de um
mesmo tema de estudo, ajudando a identificar lacunas, omissões ou deturpações nas
fontes de referência, pode ainda sugerir novas perspectivas e/ou teorias de análise a partir
da informação obtida, requerendo assim a capacidade de síntese, dedução e estudos,
aonde o autor/pesquisador pode ter autoridade em suas conclusões.
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7. CRONOGRAMA DE ATIVIDADES:
Elaboração do Jan./ Abr. Mai. Jun. Jul. Ago. Set. Out. Nov. Dez.
projeto/tese Mar.
1. Elaboração do X
projeto inicial
2. Revisão X X
bibliográfica e
fichamento de
textos
3. Localização e X
identificação das
fontes de obtenção
de dados e outros
documentos
4. analises dos X X X
documentos,
interpretações e
reinterpretações,
deduções e buscas
de novas fontes
onde pode se ter
confrontações de
ideias.
5. Redação do X X
trabalho final
6. Revisão da X
redação
7. Divulgação dos X
resultados ou
defesa pública (se
houver)
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8. BIBLIOGRAFIA:

CEPAL – COMISSÃO ECONÔMICA PARA A AMÉRICA LATINA E O


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UTIDA, M. Pesquisadoras dizem que Lula pode liderar a nova onda de esquerda na
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