Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
OBJETIVOS DO CAPÍTULO:
Ao longo do livro “Por uma Geografia do Poder”, Claude Raffestin registra com
frequência o fato de que o poder se trata de um objeto gerador de discussões que se
completam lentamente, cujos conceitos e conclusões se constituem como “fotografias” de
determinado momento histórico. Raffestin também busca uma diferenciação de teóricos da
Geografia Política clássica, ramo ao qual direciona incisivas críticas, em principal a Friedrich
Ratzel. Sua principal defesa, obviamente, volta-se ao poder e às concepções que o rodeiam.
Para ele, o que se pode considerar real é o exercício de poder, e não sua posse ou aquisição.
Como uma de suas bases referenciais, emprega as visões de Michael Foucault a respeito do
poder; o que fortalece uma das urgências indicadas por Camille Vallaux: a separação entre
fenômenos sociais e naturais na área das ciências sociais.
Para Raffestin, o conflito entre dois Estados envolve, além da ambição por território, o
objetivo de controle de populações e/ou recursos. Em tal cenário, vê-se frente a jogos de soma
nula. Das populações partem as ações mobilizadoras e origina-se o poder em si. Sem elas, os
territórios nada mais são do que dados estáticos que representam potencialidades. Quanto aos
recursos, são essenciais para definir os horizontes da ação. Com maior eficácia e amplitude,
torna-se possível prever e, posteriormente, chegar aos alcances estabelecidos.
CONSIDERAÇÕES FINAIS: