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Avaliação de

Impacto
Ambiental

CIÊNCIAS DO AMBIENTE
Conjunto de procedimentos
administrativos e técnicos que visam a A AIA é o principal
análise sistemática dos impactos
ambientais do estabelecimento de uma instrumento de
execução da Política
atividade, nas suas diversas fases
(localização, instalação, operação,
ampliação e desativação).
Ambiental no país.
Avaliação de
Objetivos
Impacto Identificar/Predizer/Valorar os

Ambiental
impactos ambientais de uma
atividade/empreendimento
potencialmente poluidor.
Portal Nacional de Licenciamento
Ambiental (PNLA)

Procedimentos do Finalidade
licenciamento ambiental
Estabelecer medidas mitigadoras
e embasar o seu licenciamento
ambiental.
Impacto
Ambienta Qualquer alteração nas características físicas, química
e/ou biológicas do ambiente, causada por qualquer

l forma de matéria ou energia, resultante de atividade


humana, que direta ou indiretamente, afetem:
● a saúde, a segurança e o bem-estar da
população;
● as atividades sociais e econômicas;
● a biota;
● as condições estéticas e sanitárias do
ambiente;
● a qualidade dos recursos naturais.
(Res. Conama nº 01/86)
Classificação dos Impactos Ambientais

Quanto à natureza Quanto ao modo Qto. à época de


Positivo / Negativo. Direto / Indireto ocorrência
C Prazo/L Prazo

Quanto à duração Qto. à reversibilidade Quanto ao efeito


Permanente / Temporário Reversível / Irreversível. Cumulativo / Sinérgico
A perda de matas, lagos e rios
quando do enchimento do Aumento da produção agrícola
reservatório para fins hidrelétricos. em áreas irrigadas.

Quanto à
natureza
Negativo Positivo
quando a ação resulta em quando a ação resulta na
um dano à qualidade de melhoria da
um fator ou parâmetro qualidade de um fator ou
ambiental. parâmetro ambiental.
O aumento da concentração de contaminantes na crescimento populacional decorrente
atmosfera, pela queima de combustíveis do assentamento da população

Quanto
ao modo
Direto Indireto
resultante de uma simples resultante de uma reação
relação de causa secundária em
e efeito relação à ação ou quando
é parte de uma cadeia de
reações.
Curto Prazo ou imediato Médio ou Longo Prazo
quando o efeito surge no instante em que quando o efeito se manifesta certo tempo
se dá a ação. após a ação.
● Aumento do ruído no ambiente ● A erosão e a conseqüente desertificação

quando são ligados eletrodomésticos de solos submetidos a desmatamentos

Permanente
quando, uma vez executada a ação, os efeitos
Temporário
não cessam de se manifestar num horizonte quando os efeitos têm duração determinada
temporal conhecido. ● Os ruídos gerados na fase de construção
● Retenção de sólidos em transporte nas de um empreendimento
barragens
Reversível Irreversível
uando o fator ou parâmetro ambiental afetado, quando, uma vez ocorrida a ação, o fator ou
cessada a ação, retorna às suas condições parâmetro afetado não retorna às suas
originais. condições originais em um prazo previsível
● Construção que produziu aumento do ● O assoreamento de corpos d’água, resultante
tráfego, mas que desapareceu ao acabar do carreamento de materiais da mineração.

Cumulativo Sinérgico
quando os efeitos de uma mesma ação quando o efeito combinado da presença
aumentam, progressivamente, a sua simultânea de várias ações é maior do que
gravidade efeito das ações isoladas.
quando a ação afeta o próprio sítio,
Local ou seja, o efeito surge onde ocorre
a ação ou em suas imediações.

Quanto a quando a ação se faz sentir além


das imediações do sítio onde
Regional
localização ocorre, ou seja, o efeito atinge
dimensão regional.

Globa quando os efeitos da ação


impactante alcançam
l dimensão global no planeta.
Alteração na paisagem
01. (construção...)
Exemplos de
Não há medidas
mitigadoras
negativo, direto, curto prazo,
permanente, irreversível.

classificação Perda da vegetação


de IA Recomenda-se a revegetação
das áreas impactadas e a
02. negativo, direto, curto prazo,
permanente, irreversível.
criação de corredores ecológicos
entre fragmentos florestais

Alteração da Qualidade
03. da Água
Medida mitigadora: Programa de
Monitoramento da Qualidade da negativo, indireto, curto prazo,
Água e Sedimentos)
temporário, reversível.
Diferença entre a situação do meio
ambiente modificado, tal como
resultaria depois de realização do
Impacto
projeto, e a situação do meio ambiente
futuro, tal como havia evoluído
ambiental de
normalmente sem tal atuação.
um projeto
Atividades
Modificadoras
do Meio Para elaboração de relação de atividades modificadoras do

Ambiente meio ambiente, os seguintes critérios foram considerados


(Conama 01/86):
● Impacto físico (qualitativo e quantitativo);
● Extensão da área de influência;
● Utilização dos recursos naturais.

Art. 2º da Res. 01/86 – atividades sujeitas ao licenciamento


ambiental com obrigatoriedade de EIA/RIMA;

Anexo I da Res. 237/97 - atividades sujeitas ao licenciamento


ambiental, c/s apresentação do EIA/RIMA, a critério do
Resolução CONAMA
nº 001/86
Ficam obrigados a elaborar EIA/RIMA, para obtenção de licenciamento:
• estradas de rodagem com duas ou mais faixas de rolamento;
• ferrovias;
• portos, terminais de minério, petróleo e produtos químicos;
• aeroportos, conforme definidos pelo inciso I, artigo 4o, do Decreto-Lei no 32/66;
• oleodutos, gasodutos, minerodutos, troncos coletores e emissários de esgotos
sanitários;
• (…)
Implementação da AIA
Os instrumentos legais de implementação da AIA, são
constituídos pelos documentos técnicos necessários ao
Licenciamento Ambiental, tais como:
◼ EIA/RIMA - Estudo de Impacto Ambiental-EIA e seu respectivo
Relatório de Impacto Ambiental-RIMA (Res. CONAMA 01/86 e
237/97);
◼ RAS – Relatório Ambiental Simplificado;
◼ PCA - Plano de Controle Ambiental;
◼ RCA - Relatório de Controle Ambiental;
◼ PRAD - Plano de Recuperação de Áreas Degradadas;
◼ RDPA - Relatório de Detalhamento dos Programas Ambientais;
◼ TR- Termo de Referência (IBAMA).
Vantagens da AIA
● O custo das ações preventivas, incluindo a AIA, é inferior aos custos para recuperação da área
contaminada/deteriorada por impactos ambientais não previstos;

● A aplicação do procedimento não pressupõe o alargamento dos prazos de execução da obra


Incertezas da AIA
● Variabilidade dos fenômenos ambientais;
● Conhecimento inadequado ou incompleto do comportamento dos componentes do meio;
● Falta de dados de base e informações da zona ou problema a avaliar.

Por isso torna-se necessário um capítulo sobre as incertezas, com análise de riscos ambientais.
Tópicos
do
EIA/RIM
A
Descrição do Determinação da Diagnóstico
ambiental da área
projeto e suas área de influência
de influência
alternativas

Prognóstico Estudo e Programa de


ambiental da área definição de gerenciamento
de influência medidas
O estabelecimento de critérios para o EIA de uma atividade requer a definição
de prioridades. Isto deverá ser feito a partir do conhecimento detalhado de
todos os fatores ambientais importantes da área em estudo, assim como do
entorno, que poderá sofrer os efeitos da implantação da atividade que ali se
pretende instalar. Esses fatores deverão representar as condições biogeofísicas
da área, sócio-econômicas e os interesses da comunidade, que poderá ser
beneficiada ou prejudicada pela implantação da atividade.
CRITÉRIOS PARA ELABORAÇÃO DE
ESTUDO DE IMPACTO AMBIENTAL
o EIA deve obedecer às seguintes
diretrizes
gera
• Atender as legislações pertinentes;
• Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto,
confrontando-as com a hipótese de não execução do mesmo;
• Identificar e avaliar os impactos ambientais gerados sobre a área de influência, nas
fases de implantação e operação da atividade;
• Analisar a compatibilidade do projeto com planos e programas de ação federal,
estadual e municipal, propostos ou em implantação na área de influência do projeto.
DESCRIÇÃO Na fase de construção
limpeza e preparação do terreno, remoção da

DO PROJETO vegetação, terraplanagem, movimentos de


terra; demanda e origem da água e da energia;
origem, tipos e estocagem dos materiais de

E SUAS construção, incluindo jazidas; origem,


quantidade e qualificação da mão-de-obra;

ALTERNATIV Na fase de operação


AS
processos de produção, insumos e produtos; origem, características,
Descrição completa do projeto e suas alternativas
estocagem e manipulação de matéria prima e combustíveis; informação
tecnológicas e de localização, contendo objetivos, sobre tipo e quantidade de cada produto intermediário e final e
subprodutos produzidos; transporte, armazenamento e estocagem de
justificativas, dados econômico-financeiros,
produtos; características das emissões sólidas, líquidas e gasosas; sistemas
localização, área de ocupação, mão-de-obra, fluxo de de tratamento, reciclagem, recuperação e disposição final das emissões
sólidas, líquidas e gasosas; origem, quantidade e qualificação do pessoal
insumos e produtos, lay-out, cronogramas, plantas
empregado na produção e administração; riscos potenciais, ações e
diagramas e quadros, de modo a caracterizar o equipamentos de prevenção de acidentes.

empreendimento,
A definição da deve ser
acompanhada de justificativas e ÁREA DE
mapeamento, considerando bacias
hidrográficas completas, detalhando
INFLUÊNCIA DO
os sítios de localização do projeto e PROJETO
de incidência dos impactos
Caracterizar a situação do meio
ambiente na área de influência do DIAGNÓSTICO DA
projeto, antes da implantação do
projeto, através da completa
ÁREA DE
descrição e análise dos fatores INFLUÊNCIA
Deve descrever o meio físico, biológico e
ambientais e suas interações. antrópico.
Meio físico Meio antrópico
Características geológicas, formação e tipo de ● Ocupação e uso do solo;
solo; topografia, relevo, declividade; recursos ● Usos dos recursos ambientais (dependência
minerais e jazimentos fósseis; regime local dos recursos, nível de tecnologia, fontes
hidrológico e qualidade dos corpos d'água; de poluição);
padrões de drenagem natural e artificial, ● População;
lançamentos e tomadas de água; clima e ● Equipamentos sociais (abastecimento d'água,
qualidade do ar; processos erosivos e sistema de esgotamento sanitário, disposição
sedimentológicos, estabilidade dos sol do lixo, rede de saúde, rede escolar, rede de
suprimentos, segurança, sítios e monumentos
Meio biológico arqueológicos, culturais e históricos, meios de
Inventário de espécies características da fauna e flora
transporte);
natural; inventário de espécies endêmicas, raras ou
● Organização social (forças e tensões sociais);
ameaçadas de extinção e de espécies migratórias;
● Estrutura produtiva (análise dos fatores de
diversidade de espécies; áreas de preservação permanente,
produção, contribuição de cada setor, geração
unidades de conservação da Natureza e áreas protegidas
de empregos e nível tecnológico por setor)
por legislação especial;produtividade e estabilidade dos
ecossistemas; áreas potenciais de refúgio de fauna e flora.
IDENTIFICAÇÃO E ESTIMATIVA DOS
IMPACTOS AMBIENTAIS
Análise do meio e do projeto.
É o resultado da consideração das interações possíveis.

Identificação e classificação dos impactos Previsão da magnitude Atribuição do grau de Prognóstico da qualidade
ambientais das ações do projeto e suas dos impactos importância dos ambiental da área de
identificados impactos em relação ao influência
alternativas
fator ambiental afetado Nos casos de adoção do
Especificar os indicadores
Destacar os impactos mais significativos e em relação à relevância
de impacto, critérios, projeto e suas alternativas
a serem pesquisados em profundidade e conferida a cada um
métodos e técnicas de e na hipótese de sua não
justificando os demais deles pelos grupos
previsão utilizados sociais afetados implantação
Deverão ser definidas medidas que visem
minimizar os impactos negativos, ex:
● Os equipamentos de controle
ESTUDO E
● Sistemas de tratamento de despejos,
DEFINIÇÃO DE
MEDIDAS
Avaliar a eficiência de cada uma delas em
relação aos padrões de qualidade ambiental e
indicando os impactos que não podem ser
evitados ou mitigados.
Assegurar que os padrões
01. ambientais legais não
sejam ultrapassados
PROGRAMAS
DE Assegurar que as medidas
GERENCIAME
Planos com cronograma de
mitigadoras sejam
acompanhamento e
monitoramento das medidas
02. implementadas da maneira
NTO
mitigadoras, nas diferentes
fases do projeto,
descrita no RIMA

Devem incluir estratégias para Possibilitar a detecção imediata


incrementar os impactos
dos danos ao meio ambiente,
positivos identificados
03. para prevenir ou reduzir a
gravidade dos impactos
indesejados.
Conteúdo mínimo previsto no artigo 9o da
Resolução CONAMA no 001/86
01. É um documento público e suas cópias

RELATÓRI
ficam à disposição nos centros de
documentação do IBAMA ou do órgão
estadual

O DE Equipe multidisciplinar

IMPACTO 02. habilitada

AMBIENTA Todas as despesas referentes ao EIA e

L - RIMA
Conclusões do estudo de
impacto ambiental 03.
à elaboração do RIMA, são de
responsabilidade do proponente do
projeto que deverá encaminhar ao órgão
estadual competente ou em caráter
supletivo ao IBAMA
METODOLOGIAS DE AVALIAÇÃO DE
02.
IMPACTOS AMBIENTAIS
Conjunto de normas e de
procedimentos que regem a
Métodos de Avaliação
realização de estudos de de Impactos
impacto sobre o meio
ambiente.
Ambientais - MAIA
Métodos de Metodologia
Avaliação de administrativa
Procedimentos gerais a aos

Impactos
trâmites legais e institucionais
do processo.
.

Ambientais -
MAIA Metodologia
técnica
Meios e mecanismos de AIA
específicos.
Variação
segundo o fator É possível usar tecnologias comprovadas
ambiental em alguns casos, enquanto que em
considerado outros há que basear-se no julgamento e
na experiência de profissionais no
campo.

Existem tecnologias muito adequadas e comprovadas para a


predição dos impactos sobre a qualidade do ar, no que diz
respeito a calcular as concentrações de contaminantes
na atmosfera, porém em troca, os impactos na flora e na
fauna destes contaminantes, ou seja, os efeitos, não são tão
facilmente quantificáveis.
MAIA
● Devem ser flexíveis, aplicáveis em qualquer fase do
processo de planejamento e desenvolvimento da
atividade.
● Devem ser adequadas para poder efetuar uma análise
global, sistemática e interdisciplinar do meio ambiente e
de seus múltiplos componentes.
● Devem ser revisadas constantemente, em função dos
resultados obtidos e da experiência adquirida.
As metodologias devem envolver as
seguintes atividades

identificação de previsão e medição interpretação de


impactos de impactos impactos

identificação de medidas comunicação aos usuários das informações


mitigadoras e dos requisitos sobre os impactos aos responsáveis pela
de monitorização tomada de decisão e membros do público
As técnicas de avaliação, segundo a
função analítica que apresentam, podem
ser divididas em:

• técnicas de identificação; Ao se abordar as classificações dos diferentes métodos


• técnicas de predição; existentes, deve-se ter em conta que nenhum está totalmente
• técnicas de interpretação; desenvolvido, nem absolutamente idôneo para um
• técnicas de prevenção; determinado projeto.
• técnicas de comunicação. Em todos os casos, tem-se que ajustar o modelo à realidade
física e socio-econômica da localização.
Classificação adotada por Warner e
Bormley (1974)

• Métodos " ad hoc ";


• Check list ou Listagem de controle;
• Matrizes;
• Sobreposição de mapas;
• Diagramas;
• Modelos de predição
MÉTODOS "AD HOC" OU
ESPONTÂNEOS

● Compreendem técnicas rápidas de avaliação de impactos, desenvolvidas para


projetos já definidos,
● Método é aplicado apenas para um caso específico, pela equipe solicitada para fazer
a avaliação.
● Não se prendem a métodos já definidos, mas podem aproveitar idéias dos mesmos
para elaborar uma informação qualitativa ampla para comparação de alternativas de
localização ou de processos de operação de um dado empreendimento.
MÉTODOS "AD HOC" OU
ESPONTÂNEOS

● A cartografia é um método ad hoc


● Vantagem considerando o tempo curto e quando há carência de dados para
tratamento sistemático dos impactos, CONTUDO não é possível a realização de
estudos detalhados.
● Torna-se viável quando as informações são escassas
CHECK LIST OU LISTAGEM DE
CONTROLE

É um método de identificação, utilizado principalmente para avaliações preliminares.


Consiste de uma lista de fatores ambientais que podem ser afetados pelo
empreendimento, a ser utilizada para uma avaliação rápida dos impactos ambientais
do mesmo em uma determinada área. Através dessas listas, os impactos ambientais
são identificados de forma qualitativa para tipos específicos de projetos, a fim de
assegurar que todos os itens sejam considerados. Desse modo, elabora-se uma lista
para projetos de recursos hídricos, outra para projetos petroquímicos, etc.
CHECK LIST OU
LISTAGEM DE
CONTROLE
Nas listas de checagem os impactos ambientais podem
ser classificados como diretos/indiretos,
reversíveis/irreversíveis, etc.
Devem ser acompanhadas de um texto que descreva
detalhadamente as possíveis variações dos fatores
ambientais assinalados.
Os impactos assinalados podem também ser valorados,
e, sempre de forma subjetiva, podem ainda ser
ponderados entre si.
Assim, as listas evoluem de listas simples para listas
descritivas, lista de verificação e escala e listas de
verificação, escala e ponderação.
CHECK LIST OU LISTAGEM DE
CONTROLE
MATRIZES

Técnicas de identificação de impactos ambientais, onde as colunas são constituí-


das por uma lista das ações do projeto e as linhas por fatores ambientais que podem
ser afetados por aquelas ações.

O cruzamento das ações do projeto com os fatores ambientais da área, permite a


identificação das relações de causa-efeito, ou seja, dos impactos ambientais.
MATRIZES
Matriz de Leopold et al (1971)
● Na sua composição original possui 88 linhas e 100 colunas, perfazendo um total de 8.800 interações.
● Cada interação assinalada para um empreendimento corresponde a um impacto ambiental.
● Cada impacto assinalado é avaliado segundo a sua magnitude e grau de importância, recebendo
valores de 1 a 10.
○ A magnitude tem caráter quantitativo e diz respeito a dimensão do impacto sobre um setor
específico do meio ambiente,
■ Ex: a carga poluidora lançada no rio.
■ Deve ser precedida de sinal + ou - efeito positivo ou negativo sobre o ambiente.
○ A importância, tem caráter qualitativo, é a medida do peso relativo que o fator ambiental alterado
tem dentro do projeto,
■ Ex: a carga poluidora lançada considerando as condições do rio e a freqüência com que ocorre.
Matriz de Leopold et al (1971)
● Na matriz de Leopold, apenas os impactos diretos podem ser identificados, não sendo possível avaliar
interações mais complexas e impactos indiretos.
○ Como a variável tempo não é considerada, não é possível distinguir
● impactos imediatos daqueles de longo prazo,
● impactos temporários dos permanentes,
● impactos reversíveis dos irreversíveis, etc
SOBREPOSIÇÃO DE MAPAS

● Consiste na utilização de mapas onde a área afetada pelo projeto é dividida em


retículas.
● Obtém-se assim uma série de unidades geográficas e em cada uma delas se estuda
os impactos ambientais através de indicadores previamente estabelecidos.
● Utilizando-se de transparências ou geotecnologias, os resultados obtidos são
assinalados nos mapas correspondentes.
● Sobrepõe-se depois os resultados das distintas transparências e, tratando-se todas
estas informações, chega-se as conclusões finais.
DIAGRAMAS / REDES DE
INTERAÇÃO

● São métodos que tratam da avaliação de impactos indiretos.

● São representações em forma de diagramas da sucessão de impactos, através de


conexões entre os indicadores.
● Proposto por Sorensen (1974), o método organiza uma sequência de efeitos
provocados por cada ação do projeto - os impactos diretos.
○ A partir da identificação dos impactos diretos, a cadeia ou sucessão de impactos
indiretos, seus respectivos efeitos e as medidas mitigadoras, são descritas
através de um fluxograma, ou seja, uma rede ou sistema de interação.
DIAGRAMAS / REDES DE
INTERAÇÃO
MODELOS DE PREDIÇÃO

● A avaliação do impacto de poluentes na atmosfera e nas águas

● Se baseiam em modelos de difusão desses poluentes no ar e nas águas.

● Representação física ou matemática - ou física-matemática -, que reproduz as


características e condições ambientais de um ecossistema real
● Exige programas e equipamentos apropriados

○ Analisando esta informação e as interações, possamos chegar à percepção de tal


sistema frente às ações modificadoras impostas pelo homem.
● Teoricamente é o melhor método, devido à sua capacidade de predição, porém é
um método caro, que exige capacitação, tempo e muitos recursos.
METODOLOGIA PARA
DIAGNÓSTICO
FÍSICO-CONSERVACIONISTA
● Determinar o estado de deterioração ou de conservação em que se encontra uma
dada região
● Correlação de uma série de parâmetros ou variáveis da região, de modo a refletir o
mais exato possível o seu estado.
METODOLOGIA PARA
DIAGNÓSTICO
FÍSICO-CONSERVACIONISTA
● Segundo Filiberto Lopes C. del Llano, o estado de deterioração ou de conservação
de uma região pode ser expresso em função de variáveis que reflitam o clima, o
relevo, a geologia e a cobertura vegetal, correlacionadas como se segue:
METODOLOGIA PARA
DIAGNÓSTICO
FÍSICO-CONSERVACIONISTA
● Modificada por um grupo em Santa Catarina, resultou na expressão abaixo:
03. DESENVOLVIMENTO DO
MÉTODO
COBERTURA VEGETAL
ORIGINAL (CO)
Esta variável expressa o tipo de
cobertura que existia na região,
antes de intervenção humana.

Para análise desta variável, é necessário


preparar mapas das duas coberturas (original e
atual) da região. Para entrar na expressão, o
tipo de cobertura original é representado por
um algarismo romano, seguido de um índice
que expressa o grau de semelhança.
Exemplo: Símbolo (CO)I4 ⇒ Originalmente predominava Floresta. A
vegetação atual tem baixa semelhança com a vegetação original, grau
de semelhança entre 21 e 40%.
O procedimento adotado foi o estabelecido
EROSÃO POTENCIAL por Wischmeier (1959) e Wischmeier &

(E) Smith (1958, 1978). A equação para calcular a

O impacto da água da chuva e o resultante energia cinética da chuva foi:

desprendimento das partículas de solo é a


principal causa da erosão do solo pela água.

Ec = energia cinética em megajoule por hectare-milímetro


de chuva;
I = intensidade de chuva em milímetro por hora.

Os seguintes parâmetros devem ser


considerados: declividade, tipo de clima e a
relação entre o quadrado da precipitação média
mensal e a precipitação média anual (coeficiente
de Fournier). A determinação desta variável,
implica no conhecimento dos totais de chuva da
região, com registros de pelo menos 10 anos.
EROSÃO POTENCIAL
(E)
O impacto da água da chuva e o resultante
desprendimento das partículas de solo é a
principal causa da erosão do solo pela água.

Os seguintes parâmetros devem ser


considerados: declividade, tipo de clima e a
Exemplo: Símbolo E3 ⇒ Erosão potencial média, variando entre 6 e 9
relação entre o quadrado da precipitação média ton./ha.ano.
mensal e a precipitação média anual (coeficiente
de Fournier). A determinação desta variável,
implica no conhecimento dos totais de chuva da
região, com registros de pelo menos 10 anos.
SEDIMENTOS (S)
O estado de deterioração do solo é função,
dentre outras variáveis, do carreamento de
sedimentos.

A quantidade de solo que está sendo perdida na


região, durante o processo erosivo, é expressa
Exemplo: Símbolo S4 ⇒ Alta taxa de sedimentos, correspondendo a
em t/ha/ano e representada pela variável S no um arraste de 9 a 12 ton./ha.ano.
presente diagnóstico.
A medição dos sedimentos produzidos pela
erosão é feita através de métodos específicos.
Ex: ensaio de inderbitzen
DECLIVIDADE MÉDIA
(D)
Quanto maior a declividade, maior será a
velocidade de escoamento da água e,
consequentemente, a sua capacidade de erosão.

De posse do mapa de curvas de nível, um


planímetro e um curvímetro, determina-se a
declividade média do terreno. Com base no valor
encontrado, classifica-se o relevo conforme o
quadro H.5.
Exemplo: Símbolo D4 ⇒ Relevo colinoso, com
declividade média variando entre 10 e 15
%.
LITOLOGIA (L) E
ERODIBILIDADE (R)
O substrato rochoso de uma região, em função de
suas características genéticas e físico-químicas, irá
apresentar um comportamento distinto frente à
atividade intempérica, que a torna mais susceptível
ou menos susceptível ao fenômeno erosivo.

As informações podem ser obtidas através de


pesquisas de campo e/ou de mapas geológicos
ou geomorfológicos realizados anteriormente.
De posse das informações classifica-se as
rochas, através do quadro H.6. Associando-se
sua origem e litotipo, determina-se a sua
susceptibilidade à erosão
COBERTURA ERODIDA
ATUAL (e)
Através deste parâmetro tem-se conhecimento do
estado de erosão do terreno. As informações
devem ser obtidas através de medições no local, de
modo a expressar em termos de percentagem da
área total, quanto da região está sendo atacada
pela erosão.

Exemplo: Símbolo e2 ⇒ 21 a 40 % da área está


Durante a medição os tipos de erosão (Laminar,
afetada pelo processo erosivo, sendo que desse
em Sulcos ou em Voçorocas) devem ser
total, 25% corresponde a erosão em sulcos e o
discriminados em termos de porcentagem da restante a erosão laminar.
erosão total. Com a percentagem obtida, retira-
se do quadro H.8 o símbolo correspondente.
COBERTURA VEGETAL
ATUAL (CA)
Esta variável mede o grau de proteção que a cobertura
vegetal atual confere ao solo para controle da erosão. A
proteção da cobertura vegetal depende de sua natureza,
isto é, dos tipos de vegetação, do seu desenvolvimento e
densidade nos diferentes meses do ano.

Com dados de visitas ao campo e fotografias aéreas atualizadas,


faz-se um mapa com os diferentes tipos de cobertura vegetal
encontrados. Através da análise do mapa determina-se o grau de
proteção que a cobertura vegetal confere ao solo, a qual oscila
entre 0,00 e 1,00: 0,00 (zero) para os solos completamente
erodidos e desnudos; 1,00 (um) para os solos totalmente
protegidos por florestas primárias intactas, conforme classificação
apresentada no quadro H.9
COBERTURA VEGETAL
ATUAL (CA)
Para obter-se o índice de proteção total, procede-se do
seguinte modo:
a. Para cada tipo de cobertura, com uso de um planímetro,
determina-se no mapa da região a área correspondente;

b. Para cada tipo de cobertura determina-se o índice de


proteção, de acordo com o quadro H.9;

c. Multiplica-se os valores obtidos no item (a) pelos valores


obtidos no item (b), determina-se assim, a área
correspondente a cada índice encontrado;
Exemplo: Símbolo (CA)4 ⇒ Solo medianamente protegido,
d. A soma das áreas protegidas obtidas no item (c), dividida índice de proteção total da cobertura vegetal variando entre
pela área total, nos dá o índice de proteção total. 0,40 e 0,59.

Com o índice de proteção total assim obtido, entra-se no


Quadro H.10 e obtém-se o símbolo correspondente.
APRESENT
A-ÇÃO DO
DIAGNÓSTI Com os dados encontrados monta-se a expressão
que sintetiza, mediante a simbologia aplicada, o
CO estado de deterioração ou de conservação do
solo.

O diagnóstico é apresentado em duas partes:


● Na primeira, apresenta-se uma descrição
qualitativa da simbologia encontrada.
● Na segunda parte, faz-se uma análise
quantitativa dos dados, através do valor
crítico calculado.
DETERMINAÇÃO DO
VALOR CRÍTICO
Substituindo-se todos os valores mínimos e máximos,
encontrados nos quadros de 1 a 10, na expressão de Santa
Catarina, obtém-se o seguinte:
DETERMINAÇÃO DO
VALOR CRÍTICO

Com os valores máximos e mínimos, denominados unidades de risco (UR) natural ao processo erosivo, colocados
no eixo das abcissas em um sistema cartesiano e fazendo o valor máximo (41) corresponder à 100 % de
degradação, e o mínimo (8) à 0 %, onde os valores de 0 a 100% representam os valores críticos (VC) colocados no
eixo das ordenadas, obtém-se uma reta.
Com o auxílio da mesma tem-se qualquer valor crítico em %, equivalente a unidades de risco entre 8 e 41. A reta
assim obtida obedece à equação CV% = 3,03UR - 24,24.
As regiões que apresentarem valores iguais ou próximos a 8, encontram-se em muito boas condições com
respeito à ocorrência de erosão. Em contrapartida, as regiões com valores iguais ou próximos a 41, encontram-se
nas piores condições em relação aos processos erosivos.

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