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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

INSTITUTO DE FILOSOFIA E CIENCIAS HUMANAS


FACULDADE DE GEOGRAFIA E CARTOGRAFIA

Davi Borges Maués


Luiz Phelipe Carvalho de Souza
Isabelle Santos Benito
Josué Paulo Saldanha Sousa
Thiago Gustavo F. de Figueiredo

ATIVIDADE AVALIATIVA DE INTRODUÇÃO AS CIÊNCIAS DA TERRA


Professor: Éder de Paula

BELÉM/PARÁ
2021
1.INTRODUÇÃO
Contém a análise da viabilidade ambiental da fábrica de cimento e da lavra de calcário e
argila que a VOTORANTIM CIMENTOS N/NE S/A pretende implantar no município
de Primavera, no Pará.
O EIA-RIMA, de autoria da empresa CEMA Consultoria e Estudos Ambientais Ltda.,
para fins de licenciamento ambiental e obtenção da Licença Prévia (LP), tem o seu
conteúdo estruturado de acordo com o roteiro orientativo, definido no Termo de
Referência da Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Pará – SEMA/PA.
Tanto o local previsto para a implantação da fábrica de cimento quanto à área de lavra de
calcário situa‐ se em terrenos de propriedade da CALMIT Mineração e Participação Ltda,
do mesmo grupo econômico da empresa Votorantim Cimentos N/NE S/A, concedeu a
esta última Termo de Anuência para efetuar pesquisa e/ou exploração mineral ou fazer
uso de qualquer natureza na superfície e/ou no subsolo dos imóveis de sua propriedade.
2. DESCRIÇÃO DO EMPREENDIMENTO
- Tal empreendimento consiste na viabilização da exploração de calcário e fabricação de
cimento na região de Primavera, onde as pesquisas geológicas demonstraram a existência
de uma jazida de mineral suficiente para aproveitamento como matéria prima para
fabricação de cimento.
2.1. Informações Gerais
- A Fábrica integrada prevista para implantação no município de Primavera/PA apresenta
as seguintes características:
1. Matéria‐ prima: calcário minerado localmente;
- Fases do projeto: planejamento, implantação e operação.

3. DIAGNÓSTICO DO MEIO FÍSICO


Diagnóstico ambiental do Meio Físico da região na qual se pretende implantar a fábrica
de exploração de calcário e produção de cimento, dividindo-se em três áreas de influência:
ADA, AID e AII, respectivamente, diretamente afetada, de influência direta e de
influência indireta.
1. ADA: espaço estrito da implantação física do empreendimento, onde as alterações
no ambiente serão intensas;
2. AID: espaço onde as alterações nos fatores do meio ambiente resultam clara e
diretamente dos processos e tarefas inerentes à implantação, operação e
desativação do empreendimento;
3. AII: Abrange o espaço onde se desenvolverão os impactos indiretos da instalação,
operação e desativação do empreendimento, sendo de definição mais precisa para
o meio socioeconômico.
Tal diagnóstico objetiva sintetizar as principais características ambientais levantadas
neste estudo ambiental, tratando dos seguintes tópicos: ruído, climatologia, aspectos
geológicos, geomorfológicos, pedológicos, geotécnicos e hidrológicos.
Aspectos climatológicos da região de Primavera, PA: local onde será instituído a
operação, em tal área predomina um clima com temperaturas elevadas, altos índices
pluviométricos e pequena estiagem na primavera, tendo uma temperatura média anual de
26,3 C°.
Sobre a qualidade do ar, a área é favorável para a instalação de empreendimentos com
potencial poluidor. As emissões residuais de material particulado e óxidos de nitrogênio
emitidas pelas chaminés do forno de clínquer e material particulado dos moinhos de
cimento e ensacadeiras atendem aos limites de estabelecidos por lei.
Aspectos geológicos: os eventuais impactos causados pelo empreendimento
correspondem à, dentre outras coisas: remoção de material terroso/rochoso; incremento
de material desagregado para transporte até os cursos d´água e através destes; incremento
na taxa de deposição de sedimentos recentes nos fundos de vales de drenagem e possível
alteração no relevo com base na taxa de deposição nos fundos de vale.
Aspectos geomorfológicos: considerando as três áreas de influência delimitadas
anteriormente, pode-se afirmar que, sobre a AII, impera um terreno predominantemente
plano com porções levemente onduladas a onduladas; a respeito da AID, ocorrem
influências no relevo representadas por 4 unidades morfológicas pertencentes à Zona
Bragantina, que são: Planalto Costeiro, Planícies Estuárias, Planície de Maré e Sistema
de Lagos; por sua vez, a ADA, área a ser diretamente afetada em decorrência da
implantação do empreendimento proposto, é caracterizada pela presença de unidades
morfológicas pertencentes à Zona Bragantina, contendo principalmente os sistemas de
lagos com domínio de estruturas planas alagadas, principalmente por eventos chuvosos e
pelo nível freático que se encontra muito raso localmente, bem como pela influência de
águas salobras provenientes de canais de maré e pelos manguezais existentes na região.
Aspectos pedológicos: foram levantados 4 diferentes tipos de solo presentes na região:
Neossolos (Areias Quartzosas); Latossolos Vermelho Amarelos; Gleissolos e Argissolos
Vermelho Amarelos. Os solos presentes na AID seguiram a mesma tendência apresentada
para a AII e, também em parte para a ADA, haja vista que o contexto geomorfológico
regional apresenta‐ se igualmente nas 3 áreas de influência citadas. Nesse sentido, é
possível prever que a área objeto das futuras intervenções com a implantação da atividade
minerária a que se pretende licenciar, apresenta predominância de Neossolos
Quartzarenicos, associados à Latossolos e Gleissolos.
.Aspectos geodinâmicos: a respeito da estabilidade do solo, o mesmo se repete para as
áreas AII e AID, desse modo, ocorrem terrenos de Muito Baixa a Baixa suscetibilidade à
ocorrência de processos erosivos; no que concerne à ADA, a suscetibilidade a processos
erosivos é muito baixa a baixa em termos gerais, ocorrendo porções de terrenos
associadas aos trechos de encosta mais declivosos e/ou taludes de corte e barrancos
naturais onde os riscos são maiores, porém ainda de caráter médio ou moderado.
4.DIAGNÓSTICO DO MEIO BIÓTICO

A área do empreendimento se situa na bacia do rio Primavera, localizado na região da


Bragantina, no nordeste do estado do Pará. Com o Bioma Amazônico, onde originalmente
predominava a floresta ombrófila, em ambientes de terra firma, e florestas aluviais em
áreas úmidas e inundáveis. A ocupação dessa região se deu de forma desorganizada e por
isso que pouco se encontra da floresta original.

O objetivo desse estudo é indicar medidas minimizadoras e/ou compensatórias para


reduzir o efeito dos impactos ambientais sobre os ecossistemas, com foco na vegetação e
fauna.

O resultado desse estudo encima dessas áreas, de uma forma geral, enxerga-se que as
unidades da vegetação se encontram muito alteradas, sem nenhuma área inteiramente
integra e os pequenos fragmentos encontrados contêm muitas clareiras e trilhas
decorrentes da exploração do material lenhoso. Dentro dessas áreas foram encontradas as
seguintes Fitofisonomias: Floresta Ombrófila Densa Aluvial (mata de igapó), Formação
Pioneira Arbórea (“manguezal”) e Vegetação Secundária (capoeira) – a mais
predominante na região da Bragantina.

4.1 Pecuária

 Predominasse no nordeste do estado a agricultura de subsistência ou familiar, com


fazendas de médio porte que ocupam um espaço significativo. O tipo de
agricultura familiar mais encontrado na área de estudo é a agricultura itinerante –
derrubada da floresta, queimando-a para preparar a terra pro cultivo em um curto
espaço de tempo, depois que a terra fica improdutiva ocorre o abandono
4.2 Pesca

 Se desenvolve por uma boa parte das pessoas de baixa renda de maneira artesanal,
coletando principalmente camarão, caranguejo e peixes nos rios do município
(Primavera). A pesca é feita predominantemente de forma avulsa, existem poucos
currais na região, e por isso a renda desses pescadores é descontinua.

4.3 Fauna

 Foram utilizadas armadilhas de captura viva e registros através de observação para


poder mapear as espécies de mamíferos que ali viviam. E dentre os vários animais
catalogados, apenas o tamanduá-bandeira é considerado com o estado de
conservação vulnerável.
 Apesar os anfíbios serem de maior predominância na região, a área pode não pode
se considerada rica de espécies de anfíbios, isso também para os repteis.
 Os invertebrados tiveram-se a analise dividida por grupos, começando pelos mais
evoluídos – que apresentam espécies nocivas, dos que se alimentam de seiva, dos
Fitófagos – sugam tanto as partes aéreas como as raízes de vegetais, dando
sequência pelos Acari e Collembolas.
 Grupo dos Bioindicadores: as formigas são bioindicadores, foram registradas uma
diversidade de espécies de formigas para monitoramento da biodiversidade
tropical. Fora outros insetos que se alimentam de fezes e frutos podres, que
auxiliam na manutenção do ecossistema.

 As Avifaunas: muito descaracterizada e com baixa riqueza e abundância de


espécies, não apresentando nenhuma espécie, ameaçada de extinção ou endêmicas
da região. Na Área de Influência Direta (área de instalação da indústria) a riqueza
de espécies se mostrou pouco elevada.

4.4 Ecossistemas aquáticos

 Foram feitas coletas em 05 estações de amostragem na região. Em fase de


diagnóstico, indicaram comunidades específicas de ambientes estuarinos -
ambiente de transição entre água doce e salgada e com riscos de variações de nível
d'água. E entende-se que a área da bacia da Primavera e seus decorrentes são
diretamente afetados e diretamente influenciados pelo projeto da indústria.
 Das coletas efetivadas foram identificadas 38 espécies de peixes - é possível que
essa lista venha a aumentar depois da coleta das chuvas.
 É bem segregado as espécies de peixe dos igarapés de água doce e dos igarapés
de água salobra.

Áreas de Preservação Permanente - APP's

 As APP’s se encontram relativamente preservadas, com mais de 88% de sua área


coberta por vegetação natural. Contudo as pastagens são os principais agentes do
desmatamento nas APP's - com ressalvas que existem áreas de pastagens que
matem a vegetação natural. As maiores áreas preservadas são os terrenos baixos
e/ou inundáveis, coberto de vegetação de manguezal.

5.CARACTERÍSTICAS DO MEIO ANTRÓPICO


5.1 Aspectos Socioeconômicos
A elaboração dos estudos sobre os aspectos socioeconômicos e culturais esteve
baseada em levantamentos de dados secundários obtidos através de bibliografia
específica, além de sítios oficiais: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística‐
IBGE, entre outros. Foi utilizado, também, o diagnóstico resultado de pesquisa
executada pela Associação Brasileira de Desenvolvimento
Sustentável/ABRADESA na Fazenda Santa Julia situada no município de
Primavera, área de Influência Direta do Empreendimento. Para este item, as áreas
de influência estão descritas a seguir:
A influência direta da atividade de mineração na reestruturação territorial do
Estado do Pará é grande. Dela decorre um conjunto de fenômenos como migração,
crescimento urbano, aparelhamento de infraestrutura existente, ampliação e
melhoria dos equipamentos e serviços, estímulo ao comércio, especulação e
expansão imobiliária e atração de novas oportunidades de negócios.
Neste processo, as atividades de mineração, promovem mudança nas relações
sociais de produção, deslocam a concentração de riqueza, do sentido agrário para
o urbano‐ industrial.

5.2 Dinâmica Populacional


 A dinâmica populacional da área é baixa, comparando‐ se com as taxas de
crescimento da população do estado do Pará.
5.3 Condições de Vida das Comunidades Localizadas na Área de Influência
 Os indicadores de qualidade de vida revelam um quadro de pobreza acentuada no
município de Primavera. O IDH do município é muito baixo estando abaixo do
IDH estadual.

5.4 Uso e Ocupação do Solo


 O empreendimento, que contempla a abertura de uma mina de calcário e argila e
a implantação de uma fábrica de cimentos será implantado próximo ao Rio
Morcego em Zona Rural do município de Primavera.
Primavera abrange uma área de 259 km2, com uma população de
aproximadamente 10.993 hab. Esse município vem, nos últimos quatro anos,
perdendo contingente populacional, pois segundo os dados do IBGE, no censo de
1991 o município tinha 17.132 hab., em 1996 a população era de 18.875, já no
censo de 2000 esse número caiu para 9.718 e, finalmente, na última contagem
populacional o número de habitantes era 10.463.
O empreendimento localiza‐ se, em área rural de Primavera. Na AID, as terras
agrícolas são voltadas para a subsistência, com a comercialização dos excedentes
na cidade de Primavera. Os rios apresentam importante função social na região,
uma vez que são áreas de recreação e lazer, além de importante fonte de
subsistência para a população ribeirinha que ali reside, como a comunidade do rio
do Peixe e do rio Primavera.

5.5 Área Diretamente Afetada


 A área destinada ao empreendimento tem um histórico associado às atividades
agropastoris, como pequenas hortas de subsistência e criação de gado de baixa
produtividade.
A questão de saneamento é um dos problemas ambientais mais sérios da área.

6. OS IMPACTOS AMBIENTAIS

No geral, os impactos ambientais causados pela extração, refinamento e fabricação de


calcário e cimento são vários, isso se deve pelo uso de várias ferramentas, automóveis e
a de degradação da fauna e flora local. Em suma as principais causas e áreas afetadas são:
 Ruído.
 Solo.
 Poluição do ar.
 Águas superficiais e do subsolo.
 Degradação da Fauna e Flora.

As Principais causas para os impactos ambientais nos quais tem diretamente relação com
destaques de cima, são respectivamente:

 Geração de ruído da fábrica e de atividades industriais, manejo de maquinas e


automóveis leves e pesados.
 Degradação física e erosão causadas pelo movimento de maquinas pesadas e leves
e transporte de materiais do solo os cursos d’aguas receptores.
 Emissão de gases poluentes causadas por queima de combustível fóssil e outros
materiais durante o processo de produção da fábrica, causando comprometimento
da fauna, flora e da saúde da população local.
 Explorações de recursos hídricos e gerações de resíduos industriais e sanitários
degradando a qualidade das águas superficiais e subterrâneas.
 Remoção de cobertura vegetal, alteração no uso do solo para terraplanagem e
utilização do local para atividades industriais.

Por tanto, a variações em que o meio ambiente é afetado, ou seja, suas causas são várias
o que afetam não só a qualidade do meio ambiente, mas também os trabalhadores dessa
fábrica que podem correr o risco não só de acidentes, mas com doenças causadas pelas
atividades da empresa, como problemas respiratórios, problemas na audição, problemas
na alimentação e problemas psicológicos como estresse e ansiedade. As medidas de
compensação quais foram informadas são a redução de velocidade das maquinas e
manutenção, procedimentos médicos corriqueiros e seguimento de protocolos de
segurança.

Não só os trabalhadores, mas também a vegetação e a fauna serão afetadas pelas as


atividades da fábrica e a modificação do terreno, portanto a proteção ambiental é de suma
importância, principalmente na região amazônica no qual há uma extensa quantidade de
animais e plantas nos quais algumas estão ameaçadas, então é sempre bom está atento nas
medidas compensadoras das empresas do estado. as medias compensatórias se resumem:
A proteção e resgate de animais silvestres e raros, seguindo o relatório da RPPN (Reserva
Particular do Patrimônio Natural), recuperando áreas que podem ser usadas para
recuperação do ecossistema local do PRAD (Programa de Recuperação de Áreas
Degradadas), preservação de áreas não afetadas pelas atividades da fábrica. Os ruídos e a
poluição atmosférica serão tratados com: Manutenção constante das maquinas, controle
de velocidade dos veículos, equipamentos de proteção individual (EPI) e implantação de
cortina vegetal para abafar a sonoridade. Já nos aspectos da poluição do ar, os
procedimentos são: Redução no uso de veículos e maquinas para diminuir a emissão de
gases por queima de combustível fóssil, uso de filtros de mangas para diminuir o
empoeiramento local e dos silos de calcário moído e outros materiais refinados, chaminés
altas para evitar circulação de ar poluído (baixo).

As demais medidas devem ser providenciadas e analisadas pois devemos e eles devem
preservar o espaço para evitar complicações de saúde, destruição do ecossistema local.

7. Planos e Programas Ambientais


Os Planos e Programas Ambientais foram elaborados pensando em prevenir possíveis
ocorrências nas áreas de influência do empreendimento, juntamente com as medidas
preventivas citadas anteriormente.

Dentre estes Programas Ambientais:


Será realizado um Programa de Monitoramento Atmosférico, a fim de que seja contida
a emissão de dióxido de carbono, responsável pela indústria cimenteira mundial, ou que
se mantenha dentro do padrão aceitável do Conselho Nacional do Meio Ambiente
(CONAMA). Este programa visa monitorar a qualidade do ar para evitar a contaminação
atmosférica por poluentes provenientes das atividades da empresa, seja ligada à
mineração, fabricação, atividades do entorno da obra de extração e etc. Os resultados
serão devidamente comparados com os padrões de referência estabelecidos pelas normas
técnicas vigentes, a modo que seja possível aplicar medidas corretivas de controle

Haverá também um Programa de Monitoramento de Ruído, pois os ruídos em excesso


são nocivos à saúde podendo até mesmo gerar problemas permanentes, dependendo de
fatores como tempo de exposição, intensidade e suscetibilidade individual. A intenção do
Programa é saber como a atividade de mineração (áreas de lavra e beneficiamento),
processo e outras atividades interferem no conforto acústico dos colaboradores e da
população do entorno, isso se dará através de análises periódicas. Serão realizadas
medições audiométricas nas áreas de lavra, beneficiamento, fábricas e outros pontos
propagadores de ruído para mapear o nível de ruído gerado na atividade de mineração e
de processo.
Cabe ressaltar que os trabalhadores envolvidos em atividades geradoras de
ruídos deverão estar protegidos por equipamentos adequados e ter a saúde monitorada
segundo as normas do Ministério do Trabalho.

O Programa de Controle de Erosão e Assoreamento visa reduzir gradativamente o


desenvolvimento de processos erosivos e de assoreamento, otimizar as técnicas de
controle preventivo e corretivo. Feito isso, durante a fase de desativação do
empreendimento, deverá ser feita a recuperação das áreas afetadas com atividades que
resultem na movimentação de terras, exposição de solos, como obras de estabilização
geotécnica dos taludes, implantação de sistemas de drenagem e mesmo, de desmontagem
e remoção das estruturas existentes.

Há também o Programa de Monitoramento da Estabilidade de Taludes, que se faz


necessário pois o rompimento dos taludes na área do empreendimento colocaria em risco
a vida de trabalhadores que estejam trabalhando, bem como ocasionar danos ao meio
ambiente, através do solo, águas subterrâneas e cursos d’água próximos. Este programa
está a par de evitar acidentes durante a implantação, operação e na recuperação da área
degradada, evitando escorregamentos ou deslizamentos. Envolverá assim, um
monitoramento geotécnico para tratar os aspectos de segurança do empreendimento no
que diz respeito à estabilidade.

O Programa de Gestão de Drenagem Pluvial tem como objetivo aderir à procedimentos


para controlar a eficiência e a performance do sistema de drenagem nas áreas do
empreendimento, envolvendo desde a concepção do projeto e posterior identificação e
acompanhamento de funcionamento das obras de drenagem durante as etapas de
implantação, operação e desativação do projeto.
Este programa deverá apresentar diagnóstico das causas e mapeamento de estruturas
danificadas que se darão por vistorias de campo. Os resultados destes deverão ser tratados
e registrados em relatório específicos, contendo mapas, tabelas e fotos dos locais
identificados e tratados. Com base nestes resultados serão propostas obras e medidas
corretivas para as áreas com estrutura danificada.

No Programa de Gestão de Efluentes Líquidos a intenção é manter a qualidade da água


prevenindo sua contaminação por águas servidas. Os efluentes gerados passarão por
estações de tratamento antes de serem dispostos nos cursos d’água. Deverá também ser
dispostas instalações sanitárias adequadas tanto nas áreas de beneficiamento, nas áreas
das minas, na área da fabricação e das atividades no entorno como o estacionamento de
caminhões e locais de estocagem de insumos e matérias-primas.

Há também o Programa de Gestão de Recursos Hídricos: Qualidade das Águas


Superficiais e Subterrâneas e Efluentes Líquidos. O monitoramento dos cursos d’água
objetiva acompanhar a evolução da qualidade ambiental, as possíveis alterações nos
parâmetros de qualidade das águas, através de análises periódicas, relacionando-as com
possíveis fontes poluidoras para que assim sejam tomadas medidas de remediação e
precaução, visando sempre a manutenção da qualidade ambiental da bacia.
O programa deverá iniciar durante a implantação da atividade, perdurando por toda a fase
de mineração e de fabricação.

O Programa de Gestão de Recursos Sólidos também se faz necessária pois a disposição


inadequada de resíduos no meio ambiente pode gerar alteração e/ou degradação do solo,
da qualidade atmosférica, das águas superficiais e subterrâneas, tornando os espaço
geográfico e recursos naturais nocivos, causando prejuízos para a saúde humana e da
fauna.
Este programa tem como objetivo garantir o transporte, o tratamento e a disposição final
adequados dos resíduos sólidos gerados no empreendimento, além de estabelecer um
controle quantitativo e qualitativo de sua geração. O Plano de Gerenciamento de Resíduos
deverá conter: a identificação do gerador; tipologia do resíduo gerado; plano de
movimentação de resíduos.

Programa de Monitoramento e Afugentamento da Fauna


Este programa visa identificar e quantificar a fauna de vertebrados terrestres e aquática
durante a implantação do empreendimento , possibilitando assim acompanhar possíveis
interferências e propor medidas para conciliar a atividade mineradora com o respeito ao
meio ambiente. O monitoramento será feito durante a fase de implantação do
empreendimento e empregará técnicas de acompanhamento sistemático qualitativo e
quantitativo específicos para os grupos de fauna terrestre e aquática, tanto nas áreas de
lavra, de instalação da fábrica, como nos remanescentes florestais próximos das mesmas.
O monitoramento deve buscar enfatizar as épocas de reprodução e os locais mais comuns
de trânsito de animais, além de habitats propícios ao desenvolvimento dos mesmos.

Plano de Recuperação das Áreas Degradadas


A necessidade de recuperar os ambientes degradados pela atividade de mineraria,
industrial e entorno após a respectiva utilização ou em caso de desativação da atividade
justifica a adoção deste tipo de programa. Com a adoção deste programa, os efeitos das
operações serão minimizados.
Este plano conta com três programas ambientais:
- Programa de Resgate de Mudas, Sementes e Plantas de Espécies Nativas Retiradas das
Áreas de Supressão de Vegetação;
- Programa de Recuperação e Revegetação de Bancadas e Áreas Alteradas e
- Programa de Controle Ambiental para a Fase de Desativação.

Plano de Prevenção e Combate a Incêndios Florestais


Este programa deverá envolver atividades de orientação junto aos operários, treinamento
de equipe de combate, monitoramento através de sistemas de comunicação e torres de
vigilância. A Votorantim deverá também manter um programa de prevenção, de
orientação e combate junto aos proprietários vizinhos.
A brigada de incêndio deverá possuir treinamentos periódicos e equipamentos necessários
para este tipo de combate, incluindo caminhão pipa e maquinários para combate a
incêndios florestais.

Plano de Descomissionamento
Deverá ser executado um plano de fechamento/desativação da lavra onde deverá constar
pelo menos:
- Relatório dos trabalhos efetuados;
- Caracterização das reservas remanescentes;
- Plano de desmobilização das instalações e equipamentos que compõem a infraestrutura
de mineração e do complexo fabril utilizado no local, indicando o destino a ser dado aos
mesmos;
- Plano de recuperação e reabilitação das áreas degradadas pela mineração e do complexo
fabril; e
- Aptidão e uso futuro da área.
Os compromissos de recuperação de áreas degradadas precisam ter seus cronogramas de
exploração e recuperação vinculados aos compromissos formalmente definidos no escopo
do trabalho que será desenvolvido.

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