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SIG CUIABÁ
Volume 1 – Textos
Foto Capa - Gilberto Scislewski - Vista do contato por discordância angular e erosiva entre os metassedimentos
do Grupo Cuiabá e arenitos da Formação Furnas – Município Chapada dos Guimarães.
MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA
SECRETARIA DE GEOLOGIA, MINERAÇÃO E TRANSFORMAÇÃO MINERAL
SIG CUIABÁ
Volume 1 – Textos
2006
Sistema de Informação Geoambiental de Cuiabá,
Várzea Grande e Entorno
SIG CUIABÁ
Cláudio Scliar
Secretário de Geologia, Mineração e Transformação Mineral
COORDENAÇÃO GERAL
Cássio Roberto da Silva
COORDENAÇÃO EXECUTIVA
Regina Célia Gimenez Armesto
SUPERVISÃO/CHEFIA DO PROJETO
Jamilo José Thomé Filho
INTRODUÇÃO
Texto: Gilberto Scislewski
Jamilo José Thomé Filho
GEOLOGIA
Texto: Gilberto Scislewski
Mapa: Gilberto Scislewski
Gustavo Adolfo Rocha
RECURSOS MINERAIS
Texto: Gilberto Scislewski
Mapa: Gilberto Scislewski
Gustavo Adolfo Rocha
Cadastro Mineral: Gilberto Scislewski
Gustavo Adolfo Rocha
Marcus Vinicius Paes de Barros – METAMAT4
Banco de Dados: Patrícia Wagner Sotério
Gustavo Adolfo Rocha
FORMAÇÕES SUPERFICIAIS
Texto: Gilberto Scislewski
Mapa: Gilberto Scislewski
Gustavo Adolfo Rocha
GEOMORFOLOGIA
Texto: Prudêncio Rodrigues de Castro Junior – UFMT5
Fernando Ximenes de Tavares Salomão – UFMT5
Suíse Monteiro Leon Bordest – UFMT5
Colaboração: Marcelo Eduardo Dantas
Mapa: Prudêncio Rodrigues de Castro Junior – UFMT5
Fernando Ximenes de Tavares Salomão – UFMT5
Suíse Monteiro Leon Bordest – UFMT5
Geoprocessamento: Salatiel Alves de Araújo – METAMAT4
Colaboração: Marcelo Eduardo Dantas
RECONHECIMENTO DE SOLOS
Texto: Edgar Shinzato
Wenceslau Geraldes Teixeira – Embrapa3b
João Souza Martins – Embrapa3a
Mapa: Edgar Shinzato
Wenceslau Geraldes Teixeira – Embrapa3b
João Souza Martins – Embrapa3a
Bruno Barros Xavier Dester – Estagiário1
APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS
Texto: Edgar Shinzato
Wenceslau Geraldes Teixeira – Embrapa3b
Marcos Bacis Ceddia – UFRRJ6
Mapa: Edgar Shinzato
Wenceslau Geraldes Teixeira – Embrapa3b
GEOQUÍMICA
Texto: Eric Santos Araújo
Mapa: Eric Santos Araújo
Amostragem: Claudionor Francisco de Souza
Glauco Morales – METAMAT4
HIDROLOGIA
Texto: Denise Christina de Rezende Melo
Marco Antônio Correntino Cunha
Mapa: Denise Christina de Rezende Melo
Marco Antônio Correntino Cunha
Colaboradores: Lígia Maria Nascimento de Araújo
Ivete Souza de Almeida
Daniel Medeiros Moreira
HIDROGEOLOGIA
Texto: Jamilo José Thomé Filho
Mapa: Jamilo José Thomé Filho
Cadastro de Poços : Thomas Edison de Vasconcelos
Talita Menezes – Prestadora de Serviços2
GEOPROCESSAMENTO
João Henrique Gonçalves
Patrícia Duringer Jacques
Gabriela Figueiredo de Castro Simão
Elaine de Souza Cerdeira
APOIO TÉCNICO
CPRM – Serviço Geológico do Brasil
Fernanda Xavier Araújo – Estagiária1
Hélio Pedro da Silva
José Estevão de Farias
Luiz Carlos de Melo
Luis de Oliveira
Mario Cavalcanti de Albuquerque
Rubens Villar Siqueira – Estagiário1
Valdivino Patrocínio da Silva
Waldemar Abreu Filho
CAPA
DIMARK
1
Estagiários CPRM
2
Prestador de Serviços
3
Embrapa – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária: 4
METAMAT – Companhia Matogrossense de Mineração
3a
Embrapa Solos 5
UFMT – Universidade Federal de Mato Grosso
3b
Embrapa Amazônia Ocidental 6
UFRRJ – Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro
SUMÁRIO
VOLUME 1
APRESENTAÇÃO
1 – INTRODUÇÃO
1.1 – Introdução .................................................................................................... 19
1.2 – Justificativas ................................................................................................. 22
1.3 – Objetivo Geral ............................................................................................. 23
1.4 – Objetivo Específico ...................................................................................... 23
1.5 – Metodologia ................................................................................................. 23
1.6 – Temas Abordados ......................................................................................... 24
1.6.1 – Geologia .............................................................................................. 24
1.6.2 – Recursos Minerais ............................................................................... 24
1.6.3 – Geomorfologia .................................................................................... 25
1.6.4 – Hidrologia ........................................................................................... 25
1.6.5 – Hidrogeologia ...................................................................................... 26
1.6.6 – Geoquímica ......................................................................................... 27
1.6.7 – Solos e Aptidão Agrícola ...................................................................... 28
1.6 8 – Uso Atual das Terras e Cobertura Vegetal ............................................. 28
1.6.9 – Diagnóstico Geoambiental .................................................................. 29
1.7 – Produtos....................................................................................................... 29
2 – GEOLOGIA
2.1 – Introdução .................................................................................................... 31
2.2 – Descrição das Unidades .............................................................................. 31
2.2.1 – Grupo Cuiabá ...................................................................................... 31
2.2.1.1 – Subunidade 3 .......................................................................... 32
2.2.1.2 – Subunidade 4 .......................................................................... 33
2.2.1.3 – Subunidade 5 .......................................................................... 33
2.2.1.4 – Subunidade 6 .......................................................................... 35
2.2.1.5 – Subunidade 7 .......................................................................... 36
2.2.1.6 – Ambiente de Sedimentação ...................................................... 37
2.2.1.7 – Idade ........................................................................................ 37
2.2.1.8 – Metamorfismo e Efeitos de Catáclase ........................................ 37
2.2.2 – Bacia do Paraná ................................................................................... 38
2.2.2.1 – Grupo Rio Ivaí ......................................................................... 38
2.2.2.1.1 – Ambiente de Sedimentação e Idade ............................ 39
2.2.2.2 – Grupo Paraná ........................................................................... 39
2.2.2.2.1 – Formação Furnas ........................................................ 39
2.2.2.2.2 – Formação Ponta Grossa .............................................. 40
2.2.2.2.3 – Ambiente de Sedimentação e Idade ............................ 41
2.2.2.3 – Grupo São Bento ..................................................................... 41
2.2.2.3.1 – Formação Botucatu..................................................... 41
2.2.2.3.2 – Ambiente de Deposição e Idade ................................. 42
2.2.3 – Coberturas Detrítico-lateríticas ............................................................ 42
2.2.4 – Formação Pantanal .............................................................................. 43
2.2.4.1 – Ambiente de Deposição e Idade ............................................... 44
2.2.5 – Aluviões Recentes ................................................................................ 44
2.2.5.1 – Subunidade Q2a1 ..................................................................... 44
2.2.5.2 – Subunidade Q2a2 ..................................................................... 44
2.3 – Geologia Estrutural ....................................................................................... 44
2.3.1 – Introdução ........................................................................................... 44
2.3.2 – Faixa Alto Paraguai .............................................................................. 45
2.3.2.1 – Zonas Estruturais da Faixa Alto Paraguai ................................... 45
2.3.2.2 – Deformações ............................................................................ 45
2.3.2.2.1 – Primeira Fase de Deformação ..................................... 45
2.3.2.2.2 – Segunda Fase de Deformação ..................................... 46
2.3.2.2.3 – Terceira Fase de Deformação ...................................... 46
2.3.2.2.4 – Quarta Fase de Deformação ....................................... 46
2.3.3 – Bacia do Paraná ................................................................................... 46
2.3.4 – Bacia do Pantanal ................................................................................ 46
2.3.5 – Interpretação Estrutural das Feições de Interesse Hidrogeológico .......... 47
2.4 – Bibliografia................................................................................................... 48
3 – RECURSOS MINERAIS
3.1 – Introdução.................................................................................................... 51
3.2 – Situação dos Direitos Minerários na Área do Projeto .................................... 51
3.3 – Descrição das Ocorrências ........................................................................... 52
3.3.1 – Areias e Cascalhos Aluvionares ........................................................... 52
3.3.1.1 – Método de Lavra ....................................................................... 54
3.3.1.2 – Impactos Ambientais ................................................................ 54
3.3.1.3 – Recomendações ....................................................................... 55
3.3.2 – Argila .................................................................................................. 55
3.3.2.1 – Método de Lavra ....................................................................... 59
3.3.2.2 – Impactos Ambientais ................................................................ 59
3.3.2.3 – Recomendações ....................................................................... 59
3.3.3 – Lateritas/Cascalho Laterítico ................................................................. 60
3.3.3.1 – Método de Lavra ....................................................................... 60
3.3.3.2 – Impactos Ambientais ................................................................ 61
3.3.3.3 – Recomendações ....................................................................... 61
3.3.4 – Cascalho de Veios de Quartzo ............................................................. 61
3.3.4.1 – Método de Lavra ....................................................................... 62
3.3.4.2 – Impactos Ambientais ................................................................ 62
3.3.4.3 – Recomendações ....................................................................... 62
3.3.5 – Ouro .................................................................................................... 62
3.3.5.1 – Métodos de Lavra ..................................................................... 63
3.3.5.2 – Impactos Ambientais ................................................................ 65
3.3.5.3 – Recomendações ....................................................................... 65
3.4 – Regimes de Aproveitamento dos Recursos Minerais ...................................... 66
3.4.1 – Tributação Minerária ............................................................................ 67
3.4.2 – Aspectos Institucionais ......................................................................... 68
3.4.3 – Legislação Ambiental ........................................................................... 69
3.4.3.1 – Constituição Federal ................................................................. 69
3.4.3.2 – Normas Federais ...................................................................... 70
3.4.4 – Legislação Ambiental (Estado de Mato Grosso) .................................... 70
ANEXO I ............................................................................................. 72
ANEXO II ............................................................................................ 72
3.4.5 – Normas Municipais ............................................................................. 72
3.4.5.1 – Gerenciamento Urbano de Cuiabá ........................................... 72
3.4.6 – Legislação Minerária ............................................................................ 73
3.4.6.1 – Constituição Federal ................................................................. 73
3.4.6.2 – Normas Federais ...................................................................... 73
3.4.7 – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais .......... 76
3.4.7.1 – Constituição Federal ................................................................. 76
3.4.7.2 – Normas Federais ...................................................................... 76
3.5 – Bibliografia................................................................................................... 77
5 – GEOMORFOLOGIA
5.1 – Introdução.................................................................................................... 91
5.2 – Metodologia ................................................................................................. 91
5.2.1 – Dados Básicos ..................................................................................... 91
5.2.2 – Documentação Cartográfica ................................................................. 93
5.2.3 – Compartimentação Geomorfológica ..................................................... 94
5.3 – Resultados.................................................................................................... 96
5.3.1 – Domínios Morfoestruturais .................................................................. 96
5.3.1.1 – Bacia Sedimentar do Paraná ...................................................... 96
5.3.1.2 – Faixa de Dobramentos Paraguai-Araguaia ................................. 97
5.3.1.3 – Bacia Sedimentar do Pantanal ................................................... 98
5.3.2 – Regiões Geomorfológicas .................................................................... 98
5.3.2.1 – Planalto dos Guimarães ............................................................ 99
5.3.2.2 – Depressão Cuiabana ................................................................. 99
5.3.2.3 – Pantanal Mato-grossense ........................................................ 100
5.3.3 – Unidades Morfológicas ...................................................................... 100
5.3.3.1 – Planalto Conservado ............................................................... 101
5.3.3.2 – Planalto Dissecado ................................................................. 101
5.3.3.3 – Depressão Dissecada ............................................................. 102
5.3.3.4 – Depressão Pediplanada .......................................................... 103
5.3.3.5 – Planícies Fluviais .................................................................... 104
5.3.4 – Formas de Relevo .............................................................................. 104
5.3.4.1 – Chapadas................................................................................ 105
5.3.4.2 – Colinas Amplas ...................................................................... 105
5.3.4.3 – Patamar .................................................................................. 106
5.3.4.4 – Morros e Morrotes Alongados................................................. 106
5.3.4.5 – Colinas Médias e Amplas ....................................................... 107
5.3.4.6 – Escarpa Erosiva ....................................................................... 107
5.3.4.7 – Rampas Coluvionadas ............................................................ 108
5.3.4.8 – Morros com Cristas e Encostas Ravinadas ............................... 109
5.3.4.9 – Morros e Morrotes Alinhados ................................................. 109
5.3.4.10 – Morrotes ............................................................................... 110
5.3.4.11 – Colinas Médias ..................................................................... 110
5.3.4.12 – Rampas Pediplanadas ........................................................... 111
5.3.4.13 – Planície Fluvial - Terraços Altos ............................................. 112
5.3.4.14 – Planície Fluvial - Terraços Baixos........................................... 112
5.3.4.15 – Planície Aluvionar Meandriforme .......................................... 113
5.3.4.16 – Leque Fluvial ........................................................................ 113
5.4 – Conclusões ................................................................................................ 113
5.5 – Bibliografia................................................................................................. 114
6 – SOLOS
6.1 – Aspectos Iniciais ........................................................................................ 117
6.2 – Métodos de Trabalho .................................................................................. 117
6.2.1 – Pesquisa Bibliográfica ........................................................................ 117
6.2.2 – Serviços Iniciais de Escritório e Campo .............................................. 117
6.2.3 – Serviços de Laboratório ..................................................................... 118
6.2.4 – Serviços Finais de Escritório ............................................................... 120
6.2.4.1 – Critérios, Definições e Conceitos para o Estabelecimento
das Classes de Solos e Fases Empregadas ............................... 120
6.3 – Aplicação e Importância do Estudo de Pedologia
para o Projeto SIG Cuiabá .......................................................................... 130
6.4 – Descrição das Classes de Solos .................................................................. 131
6.4.1 – Argissolos .......................................................................................... 131
6.4.1.1 – Argissolo Vermelho-Amarelo .................................................. 131
6.4.2 – Cambissolo Háplico .......................................................................... 133
6.4.3 – Gleissolo Háplico .............................................................................. 135
6.4.4 – Latossolos .......................................................................................... 135
6.4.4.1 – Latossolo Vermelho ................................................................ 136
6.4.4.2 – Latossolo Vermelho-Amarelo .................................................. 137
6.4.5 – Neossolo Litólico ............................................................................... 138
6.4.6 – Neossolo Flúvico ............................................................................... 140
6.4.7 – Neossolo Quartzarênico .................................................................... 141
6.4.8 – Planossolo Nátrico ............................................................................ 143
6.4.9 – Planossolo Háplico ............................................................................ 143
6.4.10 – Plintossolos ..................................................................................... 144
6.4.10.1 – Plintossolo Argilúvico ........................................................... 144
6.4.10.2 – Plintossolo Pétrico ................................................................ 145
6.4.11 – Vertissolo Háplico ........................................................................... 148
6.4.12 – Afloramentos de Rocha .................................................................... 149
6.5 – Legenda de Solos ........................................................................................ 149
6.6 – Conclusões e Recomendações .................................................................... 149
6.7 – Bibliografia................................................................................................. 155
6.8 – Glossário ................................................................................................... 157
9 – HIDROLOGIA
9.1 – Reconhecimento da Área em Estudo ........................................................... 230
9.2 – Características Físicas das Bacias Hidrográficas .......................................... 230
9.2.1 – Forma da Bacia .................................................................................. 231
9.2.2 – Sistema de Drenagem ........................................................................ 231
9.2.3 – Relevo do Terreno .............................................................................. 232
9.3 – Caracterização Climática ............................................................................ 232
9.3.1 – Temperatura do Ar ............................................................................. 232
9.3.2 – Umidade Relativa do Ar..................................................................... 233
9.3.3 – Evaporação Total ................................................................................ 233
9.3.4 – Precipitação Total ............................................................................... 234
Precipitação Média na Área do Projeto .............................................. 236
Máximo Percentual de Contribuição (MPC)........................................ 236
Precipitação Máxima de 1 Dia ........................................................... 237
Número de Dias de Chuva ................................................................ 238
9.4 – Estudo das Vazões ...................................................................................... 238
9.4.1 – Caracterização do Regime Fluvial do Rio Cuiabá ............................... 239
Influência da Barragem no Rio Manso nas Vazões do Rio Cuiabá ....... 239
Estudo de Vazões Mínimas ................................................................. 243
Curva de Permanência das Vazões ..................................................... 243
Vazão Mínima de Sete Dias Consecutivos com Período de
Retorno de 10 Anos (Q7,10) ................................................................. 244
Curva de Recessão ............................................................................. 244
Estudo das Vazões Máximas ............................................................... 245
9.4.2 – Vazões Medidas na Área do Projeto ................................................... 245
9.5 – Sedimentologia ........................................................................................... 246
9.6 – Qualidade da Água..................................................................................... 251
Parâmetros Físicos, Químicos e Biológicos Analisados ....................... 251
Parâmetros Analisados para Detecção de Pesticidas ........................... 254
9.7 – Balanço Hidrológico Mensal ...................................................................... 260
9.8 – Balanço Hídrico ......................................................................................... 260
9.9 – Disponibilidade Hídrica ............................................................................. 260
9.10 – Projeto de Rede Hidrológica ..................................................................... 261
9.11 – Conclusões ............................................................................................... 261
9.12 – Bibliografia ............................................................................................... 263
ANEXO – Tabela A1 – Dados Hidrológicos .............................................. 265
10 – HIDROGEOLOGIA
10.1 – Introdução ................................................................................................ 269
10.2 – Metodologia ............................................................................................. 270
10.2.1 – Distribuição dos Poços .................................................................... 271
10.3 – Trabalhos Anteriores ................................................................................. 271
10.4 – Uso da Água Subterrânea ......................................................................... 272
10.5 – Compartimentação Hidrogeológica .......................................................... 274
10.5.1 – Aqüíferos Porosos ............................................................................ 274
10.5.1.1 – Aluviões - Q2a1/Q2a2 .......................................................... 274
10.5.1.2 – Pantanal - Q1p1 ................................................................... 275
10.5.1.3 – Cobertura Detrito-laterítica - NQdl ....................................... 276
10.5.1.4 – Botucatu - J3K1bt ................................................................. 276
10.5.1.5 – Ponta Grossa - Dpg .............................................................. 276
10.5.1.6 – Furnas/Rio Ivaí - D1f/O3S1rv ................................................ 276
10.5.2 – Aqüífero Fraturado - Cuiabá - NPcu ................................................. 277
10.5.2.1 – Profundidade dos Poços ....................................................... 280
10.5.2.2 – Nível Estático ....................................................................... 280
10.5.2.3 – Nível Dinâmico .................................................................... 281
10.5.2.4 – Vazão ................................................................................... 282
10.5.2.5 – Capacidade Específica .......................................................... 282
10.6 – Qualidade da Água................................................................................... 282
10.7 – Vulnerabilidade dos Aqüíferos .................................................................. 283
10.8 – Reserva Explotável .................................................................................... 284
10.9 – Conclusão ................................................................................................ 285
10.10 – Bibliografia ............................................................................................. 286
1– INTRODUÇÃO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
savanas tropicais, caracterizando-se por xipó e ribeirão Bandeira. Esses rios são
apresentar dois períodos bem definidos, importantes tanto pelas áreas que suas
um seco (inverno) que vai de abril a outu- bacias ocupam como também pelo pa-
bro e outro úmido (verão) de novembro a pel que exercem na economia regional.
março. Desta forma os meses de novem- Essas drenagens apresentam caracte-
bro a março marcam o período mais chu- rísticas diversas, influenciadas pela natu-
voso do ano e também o mais quente reza geológica do terreno, condicionados
quando as temperaturas médias chegam às estruturas, litologias e formas de relevo.
a 35°C. Nos meses de junho a agosto as A bacia do rio Aricá-Açu é a princi-
temperaturas chegam a cair abaixo de pal bacia hidrográfica da área. Ocupa
10°C. A umidade relativa do ar é variável uma área de 1.686km2 e drena a porção
com uma média anual em torno de 74%. leste da região estudada e percorre apro-
A cobertura vegetal é caracterizada ximadamente 80km no sentido de leste
principalmente por cerrado; campos cerra- para oeste infletindo para sul até desa-
dos; matas-galerias e campos pantanosos. guar no rio Cuiabá. Suas nascentes situ-
Predominam os cerrados e campos am-se na Chapada dos Guimarães com
cerrados representados por um extrato ar- altitudes que ultrapassam 600m. Seus
bóreo com árvores muito espaçadas en- principais tributários da margem direita
tre si e um extrato herbáceo constituído são os córregos: Pesqueiro; Taquarussu;
por gramíneas. Em geral as árvores são Chagas; Traíra; Sucuri; das Pedras; Ca-
de pequeno a médio porte, variando de bral e Médico; e os ribeirões: Formosa;
dois a oito metros de altura com troncos e do Couro; Sumidouro e dos Cágados,
galhos retorcidos, folhas graúdas e áspe- além do rio Aricazinho. Pela margem
ras. O extrato de gramíneas em geral não esquerda destacam-se os córregos Poção
ultrapassa 50 centímetros de altura e é e Marcação.
representado principalmente por capim A bacia do rio Pari ocupa uma área
flecha, capim membeca, capim barba-de- de 753km2 na porção oeste do projeto.
bode e capim mimoso. O rio segue de sudoeste para nordeste
As matas-galerias desenvolvem-se ao em percurso de aproximadamente 70km
longo das margens das drenagens consti- até o rio Cuiabá. Suas nascentes estão
tuindo uma vegetação mais densa e com em cotas que não ultrapassam 450m.
árvores de médio a grande porte que so- Pela margem direita seus principais aflu-
bressaem em relação ao cerrado e aos entes são os córregos: Marcelino; Fun-
campos cerrados. do; João Rodrigues; Torrado; Tarumã e
No limite sul da área do projeto na Pitomba. E pela margem esquerda os
baixada do rio Cuiabá tem-se o Pantanal córregos: Aguaçu; Buriti; Jacaré; Salinas
Mato-grossense cuja cobertura vegetal va- e da Lavadeira. Durante o período de
ria de local para local ora com caracterís- estiagem tanto o rio Pari como seus aflu-
ticas da vegetação de planalto, ora com entes secam totalmente, tornando-se a
características de vegetação de baixada região extremamente árida, com fazen-
com uma alternância de espécies hidró- das fechadas e abandonadas pela carên-
filas com mesófilas e xerófilas. Nas por- cia de água para o gado e pastagens.
ções mais elevadas do pantanal são O rio Coxipó drena uma área de
comuns manchas de uma vegetação 676km2 na região nordeste do projeto,
mais densa e alta. percorrendo de nordeste para noroeste
A área é drenada pelas bacias dos cerca de 60km sobre um relevo bastante
rios Cocaes, Pari, Esmeril, Aricá-Açu, Co- acidentado, com leito regular e sinuoso.
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O mapa desse tema representa, por- agrícola das terras, ao potencial mineral,
tanto, um instrumento básico para nortear às águas de superfície e subterrâneas, à
as propostas de redirecionamento da in- beleza cênica e à capacidade de carga)
tervenção humana no território e, enfati- visando à sustentabilidade a médio e lon-
zar a preservação de remanescentes da go prazos.
vegetação existente. Tais recomendações contemplam
Como produto final foi confecciona- áreas destinadas a: mineração, uso agrí-
do um mapa, na escala 1:100.000, en- cola e pastagem, preservação ambiental,
volvendo o uso atual das terras e a recuperação de áreas degradadas e con-
cobertura vegetal. trole ambiental.
As informações sintetizadas nesse
1.6.9 – DIAGNÓSTICO GEOAMBIENTAL diagnóstico buscam fornecer subsídios
para a elaboração de estratégias de de-
Os estudos dos vários temas apresen- senvolvimento da região, identificando e
tados anteriormente foram integrados e caracterizando os principais problemas
sintetizados no Mapa Geoambiental, na ambientais de cada unidade reconheci-
escala 1:100.000, com a espacialização da e mapeada, constituindo assim, as ba-
das informações temáticas, de tal manei- ses técnicas que servirão de apoio ao
ra que forneça indicações quanto as limi- planejamento territorial das RMs.
tações e potencialidades ao uso do
território. 1.7 – PRODUTOS
No Mapa Geoambiental foram indi-
vidualizadas as unidades homogêneas Com a realização do projeto foram dis-
(geoambientais), levando-se em conside- ponibilizados genericamente, dependendo
ração o tipo litológico, relevo, vegetação, das necessidades de cada RM, os seguintes
clima e solos. produtos constituídos por bases de dados,
Definidas as unidades geoambientais, mapas e os respectivos relatórios:
elaborou-se uma legenda matricial, onde 1. Mapa Geológico;
foram descritas as condições naturais do- 2. Mapa de Formações Superficiais;
minantes de cada unidade (uma breve 3. Mapa de Ocorrências Minerais;
descrição da geologia, atividades mine- 4. Mapa Geomorfológico;
rárias, geomorfologia, solos, uso atual das 5. Mapa da Bacia do Rio Cuiabá;
terras, hidrologia, hidrogeologia, aspectos 6. Mapa das Sub-bacias/Rede Hidro-
ambientais e climáticos). Essa legenda in- meteorológica Proposta;
clui recomendações que tratam do uso 7. Mapa Hidrogeológico;
compatível da terra para cada uma das 8. Mapa de Amostragem Geoquímica/
unidades geoambientais, conforme suas Concentrações Geoquímicas Anô-
limitações (relativas ao lençol freático, à malas;
contaminação da água, ao solo e aos se- 9. Mapa de Reconhecimento de Solos;
dimentos de corrente, à fertilidade do solo, 10. Mapa de Aptidão Agrícola das Terras;
ao déficit hídrico, à erosão e à inunda- 11. Mapa de Uso e Cobertura das Terras;
ção) e potencialidades (relativas à aptidão 12. Mapa Geoambiental.
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2 – GEOLOGIA
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2.2.1.3 – SUBUNIDADE 5
Foto 2.2 – Ponto GS-071. Veios de quartzo para-
lelos, perpendiculares e oblíquos a foliação S2 Expõe-se por toda a extensão da área
da Subunidade 3. em estudos. É a unidade com maior área
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A quantidade de clastos aumenta em Luz et al. (op. cit.) estimaram uma es-
direção ao topo. pessura de 800m para essas litologias.
Os metarenitos formam pequenos
corpos alongados na direção NE-SW, so- 2.2.1.5 – SUBUNIDADE 7
bressaindo no relevo devido a maior re-
sistência a erosão. Apresentam cor cinza- Assim como a Subunidade 6, aflora
claro a esverdeado quando inalterados, na porção norte da área, abrangendo um
adquirindo tonalidade avermelhada total de 320km2 representando 6% da
quando alterados. Apresentam textura gra- área total do projeto.
noblástica, granulação fina a média e são É a subunidade que apresenta melhor
friáveis e formados por grãos de quartzo preservação e relevo mais acidentado
subarredondados a angulosos, sericita e principalmente nas proximidades da Cha-
algum feldspato. A foliação S2 é incipien- pada dos Guimarães onde atinge cotas de
te e o sistema de fraturas mostra duas di- até 750m.
reções principais: N30o-60oW e N30o- Litologicamente é constituída por
50oE (Ponto GS-132 – Foto 2.7). metaparaconglomerados petromíticos (di-
amictitos), com raríssimas intercalações de
filitos e metarenitos.
Os metaparaconglomerados possu-
em cor cinza-claro a cinza-esverdeado e
matriz silto-arenosa, na qual encontram-
se dispersos fragmentos angulosos a su-
barredondados de tamanho variando de
grânulos até matacões de quartzo, quart-
zito, filito, granitos, metacalcáreos e rochas
básicas (Ponto GR-116A – Foto 2.8).
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Para o topo forma espessas capas fer- Gonzaga de Campos (1889), deno-
ruginosas semelhantes a uma laterita, di- minou de “gres de Botucatu” a um paco-
ferindo destas por apresentar fragmentos te de arenitos vermelhos que ocorrem na
de rocha totalmente oxidados mas ainda serra de Botucatu entre as cidades de São
preservando a estruturação primária. Paulo e Botucatu (SP).
Na área, aflora na região norte, ocupan-
2.2.2.2.3 – AMBIENTE DE do uma área de 80km2 , o que representa
SEDIMENTAÇÃO E IDADE em torno de 1,5% da área do trabalho.
Litologicamente é formado por are-
Assine (1996) subdividiu a Formação nitos finos a médios, bimodais, verme-
Furnas em três associações faciológicas lhos, com grãos de quartzo bem arre-
distintas: dondados, com boa esfericidade, com
I – Fácies conglomerática com paleo- superfície fosca e recobertos por uma
correntes para oeste, tendo sido deposi- película ferruginosa, sendo comum ci-
tada em sistemas deltaicos de rios entre- mento silicoso ou ferruginoso. Apresen-
laçados em contexto retrogradacional; tam estratificações cruzadas acanaladas
II – Fácies essencialmente arenosa de grande porte, bem como estratifica-
com hummockys, caracterizando um ção cruzada tabular, tangencial na base
ambiente marinho raso, no início predo- e estratificação plano-paralela (Ponto
minando as marés e depois ondas normais GR-073 – Foto 2.16).
e de tempestades; Está diretamente assentado sobre os
III – Fácies dominada por arenitos com arenitos da Formação Furnas por discor-
laminações cruzadas por ondas. A presen- dância erosiva.
ça de Skolithos linearis e restos de plantas A noroeste da cidade de Chapada dos
fósseis levam a um ambiente de offshore Guimarães, nas cabeceiras do rio Claro
transicion. Borghi (op. cit.) descreve como este arenito forma morros de topo pontia-
sendo um ambiente costeiro. gudo a semelhança de edifícios sendo
Quanto à idade devido a transição denominado de “Cidade de Pedra”. Tam-
entre os depósitos litorâneos de topo da for- bém na rodovia MT-251, na região do Por-
mação com os de plataforma rasa da Forma- tão do Inferno, apresenta formas ruinifor-
ção Ponta Grossa, levaram diversos auto- mes com topos pontiagudos (Ponto GR-
res a atribuírem uma idade eo-devoniana. 082 – Foto 2.17).
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2.2.2.3.2 – AMBIENTE DE
DEPOSIÇÃO E IDADE
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3 – RECURSOS MINERAIS
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Tabela 3.2 – Ocorrências minerais com e sem registro no DNPM cadastradas na área do projeto.
Município Regime Areia/Cascalho Casc. Lat. Casc. Veios Qz Casc. Aluv. Casc. Seixos Argila Ouro Cristal Água Min. Total
Requerim. Pesquisa
Requerim.Licença 1 1
Chapada dos Guimarães Concessão Lavra 1 1
Nº Ocorrências c/registro 1 1 2
Nº Ocorrências s/registro 1 1 2
Total 2 1 1 4
Licenciamento 1 2 3
Requerim. Pesquisa 3 4 7
Autoriz. Pesquisa 4 10 14
Cuiabá Concessão Lavra 2 2
Nº Ocorrências c/registro 8 2 16 26
Nº Ocorrências s/registro 20 7 1 1 29
Total 8 22 7 1 16 1 55
Licenciamento
Requerim. Pesquisa 4 4
53
N. Sra. Livramento Autoriz. Pesquisa 10 10
Nº Ocorrências c/registro 14 14
Nº Ocorrências s/registro 10 10
Total 10 14 24
Requerim. Pesquisa 1 1
Autoriz. Pesquisa 4 4
Sto. Antônio Leverger Requerim. Lavra
Nº Ocorrências c/registro 4 1 5
Nº Ocorrências s/registro 1 2 3
Total 4 1 2 1 8
Licenciamento 6 1 7
Requerim. Pesquisa 2 2 1 5
Várzea Grande Autoriz. Pesquisa 2 2
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Nº Ocorrências c/registro 10 2 1 1 14
Nº Ocorrências s/registro 2 6 1 1 10
Total 10 4 6 1 2 1 24
Nº Ocorrências c/registro 22 5 1 32 1 61
Total Nº Ocorrências s/registro 24 25 1 1 1 1 53
Total de Ocorrências 22 29 25 1 1 2 32 1 1 114
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das condições hidrodinâmicas pelo rebai- que este material retorne ao leito ativo e
xamento do leito ativo do rio Cuiabá se- evite a formação de uma barreira que pos-
ria mínima se as lavras ocorressem de sa causar o desvio do leito original.
forma adequada e correta, e até contri- – realizar a dragagem do leito do rio sob
buiriam para o desassoreamento. a forma de leque, de montante para jusan-
Porém, quando essa extração é desen- te, seguindo o eixo principal do canal.
volvida de forma inadequada, pode acar- – construir as estradas e o pátio de de-
retar sérios danos ao meio ambiente uma pósito fora da mata ciliar, evitando assim
vez que as dragas são estacionárias e lo- impactos maiores advindos de sua elimi-
calizadas muito próximas às margens, o nação.
mesmo ocorrendo com as peneiras que – evitar a dragagem nas proximidades
retêm o cascalho, o qual se acumula en- de pilares de pontes ou outras obras de
tre a peneira e a drenagem e em determi- engenharia (distância mínima de 200m).
nado momento retorna ao leito ativo – recomenda-se ainda cuidados espe-
provocando seu assoreamento e muitas ciais quanto ao uso de óleos e graxas e
vezes desvio do canal. remoção de todo o lixo para evitar a con-
O pátio de depósito do material extraí- taminação da drenagem e do solo em suas
do é construído dentro da mata ciliar, pro- proximidades.
vocando sua destruição. O mesmo – não permitir a exploração em áreas
acontece com as estradas de acesso que de lazer (praias, ilhas, foz de córregos e
cortam paralelamente e muito próximas ao reservas pesqueiras).
canal, também causando desmatamento – não permitir a exploração em mean-
da vegetação ciliar e desestabilização das dros abandonados a não ser com a finali-
margens devido ao tráfego de caminhões dade de correção comprovada do canal.
pesados sobre um terreno pouco compac- – não lançar os rejeitos no leito do rio
tado, o que provoca um impacto ambien- ou estocá-los nas margens, devendo os
tal maior do que a própria extração mineral. mesmos serem utilizados para a recupe-
Os óleos e graxas derramados afugen- ração das áreas degradadas.
tam a fauna e causam poluição hídrica. – lançar a água de retorno diretamente
Além disso, podem ser observados outros no leito do rio para impedir a erosão dos
impactos tais como: poluição sonora, barrancos e colocar filtros para que rete-
emissão de gases, concentração de lixo e nham o material sólido em suspensão
vasilhames contaminados. contido nessas águas.
– exigir a construção de barragens de
3.3.1.3 – RECOMENDAÇÕES contenção de rejeitos e de clarificação da
água de retorno.
Sugere-se que para esse tipo de extra- – construir barreiras de proteção
ção mineral (dragas), os mineradores sejam para que o material não escoe para den-
conscientizados da importância de uma la- tro da drenagem ou para a faixa de ve-
vra planejada, de modo que o canal fluvial getação ciliar.
mantenha sua regularidade e configuração
original, e que a areia seja extraída apenas 3.3.2 – ARGILA
do leito ativo e não de barrancos e terraços
aluviais. Além disso, recomenda-se que: As argilas que ocorrem na área do
– as peneiras de retenção de casca- projeto são de origem fluvial e foram de-
lho e outras impurezas sejam instaladas positadas na planícies de inundação dos
afastadas da margem, de modo a impedir rios Cuiabá (predominantemente) e Ari-
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TRF
850oC 900oC 950oC 1.050oC
Kgf/cm Mpa Kgf/cm Mpa Kgf/cm Mpa Kgf/cm Mpa
51,20 5,02 94,58 9,27 172,50 16,91 348,17 34,12
Tabela 3.8 – Análise quantitativa por espectrometria de fluorescência de raio X (dados dos ensaios).
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Foto 3.3 – Aspecto do depósito de argila do rio Foto 3.4 – Vista geral do depósito de argila ex-
Cuiabá, explorada pela COOPENCER. plorado pela COOPENCER no rio Cuiabá.
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cobrindo-o com o solo orgânico que ha- de rocha subjacente, com uma reserva es-
via sido retirado e estocado para esse fim. timada de 94 milhões de metros cúbicos.
Após o recobrimento, reflorestar com
espécies vegetais originais. 3.3.3.1 – MÉTODO DE LAVRA
Se a cava for muito profunda, o que
não ocorre na área do projeto, recomen- As lateritas são explotadas através de la-
da-se a construção de lagoas e criatórios vra por escarificação (raspagem mecânica).
de peixes evitando que sejam utilizadas A lavra consiste basicamente das se-
como depósito de lixo. guintes etapas:
Quadros & Paes de Barros (op. cit.) – Desmatamento da cobertura vegetal
sugerem para o caso das cavas serem uti- quando existente, por meio de trator de
lizadas para a piscicultura, que os tanques esteira com lâmina;
obedeçam aos seguintes parâmetros: – Raspagem do solo que recobre a laterita;
– comprimento - 40 a 80m; – Desmonte do cascalho laterítico por tra-
– largura - 25 a 50m; tor de esteira com escarificador;
– profundidade máxima - 1,70 a 2,00m; – Carregamento do material em caminhões
– taludes (paredes) com 30% de inclina- basculantes; e,
ção; – Transporte para o local de utilização.
– distância entre cavas - mínima de 3,00m. As fotos 3.6 e 3.7 mostram aspectos
desse tipo de exploração.
3.3.3 – LATERITAS/CASCALHO
LATERÍTICO
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Foto 3.9 – Ponto GR-164. Dimensões do shaft Foto 3.12 – Ponto GR-164. Vista da bica cana-
do garimpo de ouro da faz. Santa Edwiges. Ob- dense do garimpo da faz. Santa Edwiges.
serva-se a precariedade do sarilho por onde os
garimpeiros descem e o minério é içado.
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II - rochas e outras substâncias mine- de que com a guia de utilização. Para isso
rais quando aparelhadas para parale- é necessário que o minerador tenha um
lepípedos, guias, sarjetas, moirões e acordo com o proprietário do solo onde
afins; está a jazida, e um estudo prévio das con-
III - argilas usadas no fabrico de cerâ- dições da jazida através de relatório pré-
mica vermelha; vio de pesquisa e também da licença de
IV - rochas, quando britadas para uso operação expedida pelo órgão ambien-
imediato na construção civil, e os cal- tal estadual conforme Resolução nº 9/90
cários empregados como corretivo de do CONAMA.
solo na agricultura.” De acordo com o artigo 22 do De-
O regime de licenciamento para as creto nº 98.812, de 9 de janeiro de 1990,
substâncias minerais acima descritas pres- que regulamentou a Lei nº 7.805 de 18
supõe como determinante que o titular de julho de 1989, a atividade de minera-
minerário tenha autorização do proprie- ção não autorizada é crime:
tário do solo, se isto não for obtido deve “Art. 22 – A realização de trabalhos
então obter autorização da Prefeitura do de extração de substâncias minerais
Município onde se encontra a jazida e sem a competente concessão, permis-
com prazo estipulado. É melhor que esse são ou licença constitui crime sujeito
prazo seja o mesmo autorizado pelo ór- a pena de reclusão de três meses a três
gão ambiental do Estado (FEMA). anos e multa.
No regime de autorização de pesqui- §1º. Constatada ex officio ou por de-
sa ou concessão de lavra o minerador não núncia, a situação prevista neste arti-
precisa de autorização da prefeitura e go, o DNPM comunicará o fato ao
nem de início do superficiário, desde que Departamento de Polícia Federal
a jazida esteja fora do perímetro urbano. (DPF), para instauração do competen-
O DNPM é quem fornece a autorização. te inquérito e demais providências
Se toda a documentação estiver cor- cabíveis.
reta e a área livre de outros requerimentos, § 2º. Sem prejuízo da ação penal e
será outorgado o alvará de autorização de da multa cabível, a extração mine-
pesquisa, que permitirá que se realizem as ral realizada sem competente con-
pesquisas necessárias a cubagem da jazi- cessão, permissão ou licença
da. Depois de realizada a pesquisa é apre- acarretará a apreensão do produto
sentado ao DNPM um relatório dos mineral, das máquinas, veículos e
trabalhos executados. Se este estiver cor- equipamentos utilizados, os quais
reto o pretendente poderá requerer a la- depois de transitada em julgado a
vra de jazida, desde que apresente ao sentença que condenar o infrator,
DNPM o Plano de Aproveitamento Eco- serão vendidos em hasta pública, e
nômico (PAE). Aprovado o PAE e tendo a o produto da venda recolhido à con-
licença de instalação outorgada pelo ór- ta do Fundo Nacional de Minera-
gão ambiental estadual, o processo será ção, instituído pela Lei nº 4.425, de
submetido ao Ministro de Minas e Ener- 8 de outubro de 1964.”
gia que outorgará a concessão de lavra
por prazo indeterminado. 3.4.1 – TRIBUTAÇÃO MINERÁRIA
Mesmo durante os regimes de autori-
zação e concessão, excepcionalmente, Desde a promulgação da Constitui-
qualquer substância mineral poderá ser ção Federal de 1988, a produção e a co-
extraída, ainda na fase de pesquisa, des- mercialização de bens minerais está sujeita
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jusante do ponto de lançamento dos Art. 595 – Quando se localizem nas pro-
efluentes líquidos da própria indústria, ximidades de assentamentos urbanos e/
sendo proibido o despejo de qualquer ou lançarem suas águas servidas em
substância poluente capaz de tornar cursos d’água, deverão automonitorar
as águas impróprias, ainda que tem- a qualidade de seus efluentes, das águas
porariamente, para o consumo e do curso receptor e seus padrões de
utilização normais ou para sobrevi- emissão de gases, partículas e ruídos.”
vência das espécies.
Art. 570 – As edificações e/ou depó- 3.4.6 – LEGISLAÇÃO MINERÁRIA
sitos de unidades industriais, que
armazenam substâncias capazes de 3.4.6.1 – CONSTITUIÇÃO FEDERAL
causar riscos aos recursos hídricos,
deverão ser localizados a uma dis- “Art. 22 – Compete privativamente a
tância mínima de 300m (trezentos União legisle sobre:
metros) de corpos d’água em áreas XII - jazidas, minas, outros recursos mi-
urbanas e 1.000m (mil metros) em nerais e metalurgia.
áreas rurais. Art.176 – As jazidas em lavra ou não,
Art. 571– As empresas que utilizam e demais recursos minerais e os po-
diretamente recursos hídricos, ficam tenciais de energia hidráulica consti-
OBRIGADAS a restaurar e a manter tuem propriedade distinta da do solo,
os ecossistemas naturais, conforme as para efeito de exploração ou aprovei-
condições exigíveis para o local, tamento, e pertencem a União, garan-
numa faixa marginal de 100 m (cem tida ao concessionário a propriedade
metros) dos reservatórios. do produto da lavra.
Art. 594 – A atividade minerária de- § 1º. A pesquisa e a lavra de recursos
verá ser desenvolvida mediante minerais e o aproveitamento dos po-
observância, dentre outras, das se- tenciais a que se refere o caput deste
guintes normas: artigo somente poderão ser efetuados
I - seus efluentes, quer oriundos da mediante autorização ou concessão
extração, lavagem, concentração ou da União.”
beneficiamento, deverão apresentar
qualidade compatível com a classifi- 3.4.6.2 – NORMAS FEDERAIS
cação do rio em cuja bacia a atividade
se desenvolva; Portaria MME nº 380, de 15/07/1943.
II - observar o zoneamento das ati- Regulamenta a liberação de Guias de uti-
vidades minerárias, parte do zonea- lização pelo DNPM.
mento antrópico-ambiental; Portaria MME nº 380, de 17/07/1943.
III - do depósito e descarga de subs- Estabelece as quantias máximas de miné-
tâncias minerais dentro do território rios que podem ser explotadas através de
municipal, bem como de sua locali- Guia de Utilização.
zação; Decreto-Lei nº 227, de 28/02/1967.
IV - de localização em função da de- Código de mineração alterado pela Lei
manda observada a necessidade de nº 9.314, de 14/11/1996.
dragagem; Decreto nº 62.934, de 02/07/1968.
V - do transporte adequado das subs- Regulamento do Código de Mineração
tâncias minerais dentro do território Portaria DG DNPM nº 117, de 17/07/
municipal. 1972. Estabelece instruções sobre os es-
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4 – FORMAÇÕES SUPERFICIAIS
SUBSÍDIOS PARA O PLANEJAMENTO
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Quando esse manto de alteração so- por um relevo colinoso acentuado nas
fre transporte pela ação de processos ero- proximidades da escarpa da Chapada dos
sivo-deposicionais, vão formar as cober- Guimarães tendendo ao aplainamento na
turas alóctones (solos transportados). Os região da Baixada Cuiabana, em direção
processos gravitacionais (movimentos de ao Pantanal Mato-grossense, com solos
massa latu sensu) são os mais marcantes rasos, com espessura de 0,5 a no máximo
neste contexto e tendem a gerar depósi- 2m, com textura argilo-arenosa, conten-
tos de tálus, colúvios e cones de dejeção. do fragmentos de quartzo de veios, e bai-
Já os processos hidro-erosivos (erosão xa permeabilidade. Onde predomina a
laminar, ravinamentos e voçorocamentos) Subunidade 5 os solos são menos espes-
produzem rampas elúvio-coluvionares, sos (inferior a 1 metro), com textura argilo-
leques aluviais e planícies fluviais. Na re- arenosa e pedregosos devido a desagre-
gião foram detectadas três formações su- gação de veios de quartzo. Constituem
perficiais alóctones: uma desenvolvida áreas onde o ouro foi intensamente explo-
em rochas da Bacia do Paraná; as Alu- rado na Baixada Cuiabana, como por
viões Recentes e as aluviões da Forma- exemplo no garimpo do Jatobá e na mina
ção Pantanal. Cidade de Pedra.
Os processos químico-pedológicos O Domínio Residual da Bacia do Pa-
também colaboraram na constituição das raná caracteriza-se por um relevo escar-
formações superficiais, interferindo na pado onde predominam os arenitos do
gênese das Coberturas Detrito-lateríticas. Grupo Rio Ivaí e formações Furnas e Bo-
Na área foram definidas duas gerações tucatu, e tabular onde ocorrem os siltitos
de coberturas lateríticas: uma de idade da Formação Ponta Grossa.
tércio-quaternária, correlacionada a Su- Os solos originados das litologias do
perfície Sul-Americana de King (1956); Grupo Rio Ivaí, caracterizam-se por serem
e outra de idade quaternária, provavel- autóctones, de textura arenosa, com
mente correlacionável ao Ciclo Velhas do fragmentos e seixos de quartzo leitoso,
mesmo autor. pouco espessos e permeáveis. Os solos
Por último, foram caracterizadas tam- oriundos da Formação Furnas originaram-
bém as áreas onde predominam as rochas se da desagregação dos arenitos que for-
aflorantes (solos delgados ou retirados por mam a escarpa da Chapada dos
fenômenos erosivos, expondo assim o Guimarães e foram depositados sobre ro-
saprólito ou a rocha sã. chas do Grupo Cuiabá que ocorrem no
sopé da escarpa, são alóctones mas com
4.3 – CARACTERÍSTICAS GERAIS pouquíssimo transporte, podendo ser con-
DOS DOMÍNIOS siderados autóctones. Em geral são pou-
co expressivos, de textura arenosa e
Como dito anteriormente, foram ob- bastante permeáveis, o mesmo ocorren-
servados na área cinco domínios princi- do com os solos da Formação Botucatu.
pais cada um com suas características Onde predominam os siltitos da Forma-
próprias: Residual de Metassedimentos do ção Ponta Grossa, o relevo é aplainado,
Grupo Cuiabá; Residual de Sedimentos com solos pouco espessos, de textura
da Bacia do Paraná; Residual da Forma- silto-arenosa, poucos permeáveis e geral-
ção Pantanal; Coberturas Detrito-lateríti- mente lateritizados.
cas; e, Domínio das Aluviões recentes. O Domínio da Formação Pantanal
O Domínio Residual de Metassedi- restringe-se a parte oeste da área, às mar-
mentos do Grupo Cuiabá caracteriza-se gens dos rios Cuiabá e Aricá-Açu, for-
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– fiscalizar e controlar o uso das margens viárias serão necessários grande nú-
do rio Cuiabá, com vistas a preserva- mero de canais de drenagem, aterros
ção de suas praias e seus pesqueiros. e obras de contenção de encostas, o
que implica em dificuldades opera-
4.6 – IMPLANTAÇÃO cionais e grandes gastos. Por esses
DE OBRAS VIÁRIAS motivos deve-se evitar a implantação
de obras nesses locais.
Quando da elaboração de projetos – como os solos no Domínio dos metas-
que visem a implantação de obras viárias, sedimentos do Grupo Cuiabá, na região
os planejadores devem considerar as ca- da Baixada Cuiabana, são pouco espes-
racterísticas do meio físico de cada domí- sos, deve-se prever a necessidade de
nio e levar em consideração o seguinte: cortes em rochas de difícil desmonte.
– prever dificuldades na operação de – os cascalhos originados pela desagre-
maquinários no Domínio dos sedimen- gação de veios de quartzo da Subuni-
tos da Bacia do Paraná, Formação Pon- dade 5 do Grupo Cuiabá servem como
ta Grossa, onde o solo é silto-argiloso, matéria-prima para a construção de ater-
muito aderente e plástico, devido ao ros e encascalhamento de rodovias, o
emplastamento. mesmo ocorrendo com as coberturas
– nas regiões da Baixada Cuiabana e no lateríticas existentes na área.
topo da Chapada dos Guimarães, onde – nas áreas onde predomina a Formação
predomina um terreno colinoso muito Pantanal os solos são bastante friáveis
suave a aplainado, com baixos desní- e pouco compactados, e a infiltração
veis altimétricos e por isso com baixo da água das chuvas poderá acarretar
potencial para movimentos de massa, pequenos colapsos, ruptura de taludes
é bem menor a necessidade de aterros, e ravinamento.
pontes, cortes de taludes e portanto são
regiões favoráveis à implantação de 4.6.1 – PROBLEMAS CONSTATADOS
obras viárias.
– nas proximidades da escarpa da serra Os impactos negativos observados
onde o relevo é colinoso acentuado, devido à implantação de obras viárias, sem
a declividade é alta com altos desní- ter sido consideradas as características do
veis altimétricos, devendo-se conside- meio físico foram:
rar que são terrenos instáveis e – deslizamento de taludes em cortes de
sujeitos a grandes movimentações de estrada em razão da falta de obras de
massa. Este risco aumenta nas zonas revestimento.
tectonizadas, nas proximidades da – rompimento de rodovias por enxurra-
escarpa e nas zonas com alta densi- das no período das chuvas devido ao
dade de planos estruturais verticaliza- mau dimensionamento do escoamen-
dos (fraturas e foliações metamórficas). to das águas.
Esses terrenos possuem características – voçorocamento nas encostas devido à
que favorecem os processos de desli- concentração de águas de escoamen-
zamentos e, portanto, os cortes de to superficial.
obras viárias devem ser ortogonais às – retirada inadequada de material de
direções desses planos. Ainda nesses empréstimo (cascalhos) e abandono do
terrenos a existência de vales profun- local sem obras de proteção contra a
dos lhes conferem alto potencial ero- erosão provocam escorregamentos e
sivo e para a implantação de obras entulhamento dos vales.
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cujo lençol freático seja raso, bem como préstimo e pela heterogeneidade e estru-
as áreas propensas a riscos geológicos e turação do substrato.
hidrogeológicos (erosão, escorregamen- A Formação Pantanal, apesar da to-
tos, colapsos, falhas, fraturas abertas, etc.). pografia plana e disponibilidade de ma-
Como critério seletivo, os terrenos terial de empréstimo para a construção de
devem apresentar relevos suaves, 2-5% aterros sanitários, mostra extrema per-
de inclinação, havendo disponibilidade meabilidade, erodibilidade e baixa capa-
de material de empréstimo. cidade de carga, logo com problemas
O Domínio Residual dos metassedi- para a disposição de rejeitos.
mentos do Grupo Cuiabá mostra relevo As Coberturas Detrito-lateríticas são
colinoso, com solos rasos e friáveis, apre- planas, estáveis em seu estado natural,
sentando dificuldades para a construção com boa capacidade de carga e freático
de aterros sanitários. profundo. Não mostram-se problemáticas
O Domínio Residual dos siltitos e are- para a implantação de aterros sanitários.
nitos fora da escarpa da Chapada dos Gui- Por fim, as Aluviões Recentes são to-
marães tem relevo tabular ou de colinas talmente desfavoráveis para a disposição
suaves. O solo é raso, pouco permeável. de rejeitos pelo fato de serem áreas alagá-
Apesar da carência de material de emprés- veis, com freático raso e altamente per-
timo, não mostram maiores problemas para meáveis.
a construção de aterros sanitários.
As áreas com predomínio de sapró- 4.8 – BIBLIOGRAFIA
lito e rocha aflorante mostram relevo
acentuado, com solos rasos ou inexisten- ABNT. Projeto de Norma 001.603.06-
tes; falhas, fraturas e foliações metamór- 006. 1993.
ficas estão generalizadamente distribuí- KING, L. C. A. Geomorfologia do Brasil
das. São áreas com problemas para a Oriental. Revista Brasileira de Geo-
implantação de aterros sanitários pelo ciências, Rio de Janeiro, n. 2, 1956,
relevo, pela carência de material de em- p. 174-265.
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5 – GEOMORFOLOGIA
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Muito Fraco
< 20m 11 12 13 14 15
1
Grau de Entalhamento dos Vales
Fraco
20 a 40m 21 22 23 24 25
3
(Classes) 1º dígito
Médio
40 a 80m 31 32 33 34 35
3
Forte
80 a 160m 41 42 43 44 45
4
Muito forte
> 160m 51 52 53 54 55
5
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Relevos de
Transição
Coluvionadas
Morros com
Cristas e
Encostas
Ravinadas
Depressão
Morros e Morrotes
Faixa de Dissecada
Alinhados
Dobramentos Depressão Morrotes
Paraguai- Cuiabana Colinas Médias
Araguaia
Depressão
Rampas Pediplanadas
Pediplanada
Planície Fluvial e
Planície Fluvial
Terraços Altos
Planície Fluvial e
Bacia do Terraços Baixos
Pantanal
Sedimentar Planícies Fluviais Planície Aluvionar
Mato-grossense
Pantanal Meandriforme
Leque Fluvial
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rampas coluvionares, com fraca disseca- tas, e nos setores de baixa encosta obser-
ção, situada na transição entre a Depres- va-se o escoamento pluvial concentrado
são Dissecada e o Planalto Dissecado. em sulcos preenchidos de vegetação. O
Esta unidade morfológica, definida escoamento pluvial acha-se também con-
por Bordest (1992), caracteriza-se por centrado em canaletas facilitado pelo in-
apresentar formas de relevo do tipo mor- tenso diaclasamento das rochas que
ros e morrotes alongados, colinas médias possibilita a penetração das raízes dos ar-
e amplas, com vales encaixados entalha- bustos e herbáceas e que ao se aprofun-
dos pelo rio Coxipó e seus tributários da darem amplia as fraturas facilitando a
margem esquerda, bem como rampas co- erosão e provocando desabamentos, fato
luvionadas e morros com cristas e encos- que se verifica com freqüência nas bor-
tas ravinadas na transição para a Depres- das de canyons.
são Dissecada, além de formas residuais Os rios que dissecam o planalto for-
com topos planos e vertentes abruptas, a mam uma rede de drenagem superimpos-
exemplo dos morros de São Jerônimo, ta com aprofundamentos de dezenas de
com 850m de altitude, Atmã e Tope de metros entre os topos conservados e os
Fita com 830m de altitude. fundos dos vales principais. Trechos
Geologicamente é sustentada por ro- retilíneos revelam o importante papel de-
chas sedimentares das formações Furnas sempenhado pelas fraturas e falhas duran-
e Ponta Grossa, parcialmente recobertas te a organização da drenagem.
por sedimentos terciário/quaternários de-
trito-lateríticos. Os solos são predominan- 5.3.3.3 – DEPRESSÃO DISSECADA
temente rasos, tendo em vista a ocorrên-
cia de rocha e couraça ferruginosa A Depressão Dissecada corresponde
subaflorantes, mas com ocorrências loca- à unidade morfológica de maior extensão
lizadas de solos profundos (Latossolos e em toda área mapeada, ocupando as por-
Neossolos Quartzarênicos). ções norte, centro-norte, noroeste e oes-
Os ruiniformes que aparecem nesta te, abrangendo formas de relevo com
unidade são sustentados pelos arenitos de dissecação média a forte, amplitude pe-
cor cinza, pertencentes a Formação Fur- quena a média, declividade média a alta,
nas e formam paredões fissurados verti- formando colinas médias, morrotes e mor-
calmente. Lajedos em blocos mais resis- ros, com presença freqüente de lineamen-
tentes ocorrem entre o arenito mais friável; tos e cristas de quartzitos na direção
quando o rio escava o arenito silicifica- SW-NE.
do, surgem grutas e cavernas de pedras, A designação utilizada para esta uni-
como é o caso da “Casa de Pedras”. dade morfológica baseia-se em Latrubes-
Onde afloram os folhelhos argilo-are- se, Rodrigues & Mamede (1998), corres-
nosos da Formação Ponta Grossa, como pondendo a áreas “onde as formas de
acontece preferencialmente na porção ori- relevo são predominantemente modela-
ental da unidade, as formas das vertentes das pelo entalhamento fluvial e pluvial.
são mais suavizadas, tanto para as encos- O entalhe fluvial está associado aos tra-
tas côncavas como para as convexas, balhos de canais perenes, que proporcio-
embora guardem certa retilinidade, e com nam a esculturação das vertentes e
ausência de cornijas. aprofundamento dos vales. O entalhe plu-
A dinâmica superficial nesta unidade vial é promovido apenas nos episódios
reflete a predominância do escoamento chuvosos, onde as águas que escoam em
pluvial difuso nos topos e médias encos- canais temporários proporcionam, em es-
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como o alongamento das formas, o alinha- Por outro lado, em porções aplana-
mento com a estrutura regional, ou ainda das da Chapada, associadas a Plintosso-
o topo aguçado, constituindo Cristas com los, o impedimento de drenagem impos-
Encostas Ravinadas; as Rampas receberam ta pela couraça favorece a processos de
designação relacionadas à sua origem, por alagamento com erosão praticamente
coluvionamento ou pediplanação. ausente.
A Foto 5.1 ilustra a conformação to-
5.3.4.1 – CHAPADAS pográfica da Chapada.
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alta declividade, topos restritos e arredon- 720m, chegando a alcançar 800m de alti-
dados, vertentes com perfis retilíneos a con- tude nas proximidades com a unidade
vexos, drenagem de média densidade, Morros e Morrotes Alongados.
pequenos interflúvios, padrão paralelo a Apresentam formas de relevo com
subdendrítico, vales estreitos, entalhados média dissecação, declividade média, to-
sobre rochas argilíticas da Formação Pon- pos extensos e aplanados, vertentes com
ta Grossa, conforme ilustra a Foto 5.3. perfis retilíneos a convexos, drenagem de
baixa densidade, padrão paralelo, vales
abertos a fechados, às vezes escarpados
com córregos encachoeirados e feições
ruiniformes elaboradas sobre os arenitos
friáveis da Formação Furnas, conforme
ilustra a Foto 5.4.
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6 – SOLOS
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lizado ataque por HCl 0,5N a quente e A seguir, são descritos, de forma resu-
titulação da acidez com NaOH 0,25N, mida, os critérios adotados para a indivi-
com fenolftaleína como indicador. O teor dualização das classes de solo, conforme
de enxofre total foi determinado por gra- estabelecido em Embrapa (1999), com
vimétrica, após ataque com HCl 1:1 (v/v) referência às diferenças que porventura
e precipitação com BaCl2. ocorram em relação ao sistema anterior.
Em horizontes com teores elevados de Como critério adicional para distinção de
sais foram realizadas determinações de unidades de mapeamento foram também
percentagem de água na pasta saturada, empregadas fases, visando prover mais
que refere-se ao percentual (v/p) de água informações sobre as condições ambien-
de saturação contida em preparo pastoso tais da área.
da terra fina, e no extrato obtido por filtra-
ção da pasta saturada determinando a 6.2.4.1 – CRITÉRIOS, DEFINIÇÕES
condutividade elétrica, por condutimetria, E CONCEITOS PARA O ESTABELECI-
e conteúdo de sais solúveis: Ca++, Mg++, MENTO DAS CLASSES DE SOLOS E
K+ e Na+, por métodos similares aos de FASES EMPREGADAS
bases trocáveis, CO3–, HCO3– e Cl– por
volumetria e SO4– por gravimetria. Atributos e Características
Por métodos óticos, com emprego de Diagnósticas
lupa binocular e microscópio petrográfi-
co, e em alguns casos microtestes quími- Material orgânico – refere-se ao ma-
cos complementares, foi realizada a de- terial de solo constituído por quantidades
terminação qualitativa e semiquantitativa expressivas de compostos orgânicos, que
das espécies mineralógicas das frações impõem preponderância de suas proprie-
areia, cascalhos e calhaus, com os resul- dades sobre os constituintes minerais, ca-
tados expressos em percentagem aproxi- racterizados por conteúdos de carbono
mada; para caracterização mineralógica (C) iguais ou superiores a 120g/kg, ou que
da fração argila empregou-se difratome- satisfaçam à equação: C ≥ 80 + 0,067 x
tria de raios X e análise termo-diferencial. teor de argila (g/kg).
A descrição detalhada dos métodos Material mineral – refere-se ao mate-
utilizados em análises para caracterização rial de solo constituído essencialmente
dos solos está contida em Embrapa (1979, por compostos inorgânicos, em graus va-
1997). riáveis de intemperização, misturados ao
material orgânico, porém em quantidades
6.2.4 – SERVIÇOS FINAIS DE inferiores às especificadas acima.
ESCRITÓRIO Atividade da fração argila – refere-se
à capacidade de troca de cátions (CTC)
Com base nos resultados analíticos e atribuída à fração argila, determinada pela
observações de campo, procedeu-se aos divisão do valor T pelo teor de argila. Bai-
ajustes finais do delineamento e foram es- xa atividade (Tb) refere-se a capacidade
tabelecidos em definitivo os conceitos das de troca inferior a 27cmolc/kg de argila(1),
unidades de mapeamento que compõem e alta atividade (Ta) a valores maiores ou
a legenda representativa dos solos da área. iguais a este. Este critério é considerado
Pelo sistema de classificação anteriormente adotado no Brasil, para essa distinção era considerado o valor
(1)
de 24cmolc/kg de argila, referente à atividade da argila calculada após descontar-se a participação da matéria
orgânica, considerada como de 0,45cmolc/g de carbono.
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Pelo sistema de classificação anteriormente adotado no Brasil, para caracterizar o horizonte A chernozêmi-
(2)
co, era exigida saturação por bases igual ou superior a 50%, valor considerado para distinção entre ele e o
horizonte A proeminente (Embrapa, 1988b).
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Pelo sistema anteriormente adotado no Brasil, grau de floculação e teor de argila dispersa em água não constituíam
(3)
requisitos distintivos de B latossólico, assim como 13cmolc/kg era o valor máximo admitido para a CTC da fração
argila, descontada a contribuição da matéria orgânica, considerada como de 0,45cmolc/kg de carbono.
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dura, muito dura ou extremamente dura. cifólio, campo cerrado tropical, campo
O fragipã dificulta ou impede a penetra- tropical, campo tropical higrófilo de vár-
ção das raízes e da água no horizonte em zea e formações rupestres.
que ocorre. Floresta tropical subperenifólia – tam-
Duripã – é um horizonte mineral sub- bém denominada floresta tropical semi-
superficial, com 10cm ou mais de espes- sempre-verde (Bennema, 1966), é uma
sura, que apresenta grau variável de ci- formação densa, alta, rica em espécies,
mentação por sílica, podendo ainda com presença de um estrato de até 20 a
conter óxido de ferro e carbonato de cál- 30m de altura, somente decídua em par-
cio. Como resultado disto, os duripãs va- te. Ocorre em ambientes com estação seca
riam de aparência, porém todos têm con- de 2 a 3 meses, na maioria dos casos com
sistência, quando úmidos, muito firme ou mais de 1.400mm de precipitação anual.
extremamente firme e são sempre que- Muitas das espécies sempre-verdes com-
bradiços, mesmo após prolongado ume- põem o extrato superior. Entretanto, apre-
decimento. sentam propensão a perder suas folhas em
estação seca anormal, constituindo for-
Critérios para Distinção de Fases de mação mesófila.
Unidades de Mapeamento Cerradão Tropical Subcaducifólio –
o cerradão, tipo florestal peculiar, é co-
O critério de fases tem como objetivo mum tanto na área da Baixada Cuiabana
fornecer informações adicionais sobre as quanto nas partes mais elevadas da Cha-
condições ambientais, assim como cha- pada dos Guimarães. Os capões são ra-
mar a atenção para características do solo ros e geralmente bastante devastados. Na
ou do ambiente julgadas importantes, maioria das vezes, suas áreas de ocorrên-
porém, não contempladas pelos critérios cia podem ser apenas visualizadas pelos
de ordenamento taxonômico, de forma a exemplares arbóreos remanescentes. Em
subsidiar as interpretações sobre o poten- geral, o estrato arbóreo é composto por:
cial de uso das terras. Foram utilizadas Terminalia fagifolia Mart. “capitão”, Scle-
fases de vegetação, relevo, pedregosida- rolobium paniculatum Benth. “carvoeiro”,
de, rochosidade e de substrato. Qualea cordata Warm. “pau-terra”, Luehea
paniculata Mart. “açoita-cavalo”, Xylopia
Fases e Condições Edáficas Indicadas grandiflora Mart. “pindaíba, Pterodon
pela Vegetação Primária pubescens Benth. “sucupira-branca”,
Bonwdichia virgiloides H. B. K. “sucupi-
Por permitir inferências com relação ra-preta”, Virola sebifera Aubl. “bicuíba”,
aos regimes térmico e hídrico do solo, so- Aspidosperma macrocarpon Mart. “pero-
bretudo quanto à duração e intensidade ba”, Diospyros sericea D. C. “maria-pre-
do período seco, o tipo de vegetação na- ta”, Erythrina mulungu Mart. “mulungu”,
tural é utilizado como fase distintiva de Machaerium opacum Vog. “jacarandá”,
unidade de mapeamento. É subdividida Guazuma ulmiflora Lam. “mutamba”,
segundo critérios fitofisionômicos, como Qualea dichotoma Mart. “pau-terra”, en-
deciduidade, porte, composição e densi- tre outras.
dade (Embrapa, 1988b e 1999). Foram re- Cerrado Tropical Subcaducifólio –
conhecidos os seguintes tipos de vegeta- formação dominante na área da Baixada
ção, descritos anteriormente: floresta Cuiabana, embora não apresente unifor-
tropical subperenifólia, cerradão tropical midade em seu estrato arbóreo e arbusti-
subcaducifólio, cerrado tropical subcadu- vo, assim como em sua composição florís-
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uso por possuírem baixa retenção de água distrófico, relevo plano e suave ondu-
e de nutrientes a eles incorporados, o que lado, A moderado, fase Cerrado Tropi-
agrava a situação de déficit hídrico deter- cal Subcaducifólio.
minada pelo clima regional. Mesmo ten- – LVAd4 - LATOSSOLO VERMELHO-
do o Latossolo essas boas condições de AMARELO Distrófico típico, textura ar-
drenagem e permeabilidade ou pouca gilosa e média + PLINTOSSOLO PÉTRI-
formação de enxurradas na superfície do CO Concrecionário Distrófico típico ou
solo, é possível observar erosão nesses argissólico, textura média/argilosa, am-
solos, principalmente nos de textura mé- bos A moderado, fase Cerrado Tropical
dia leve que não suportam a carga de Subcaducifólio, relevo suave ondulado.
água, desbarrancando de maneira seme-
lhante aos solos essencialmente areno- 6.4.5 – NEOSSOLO LITÓLICO
sos como os Neossolos Quartzarênicos.
Esses solos mais leves foram mapeados na Nesta classe estão compreendidos
área da chapada em patamares mais bai- solos minerais pouco desenvolvidos, ra-
xos que os Latossolos Vermelhos sendo sos, constituídos por um horizonte A as-
representados pela unidade LVAd3. sentado diretamente sobre a rocha, ou
Os Latossolos ocorrem principalmen- sobre um horizonte C ou B pouco es-
te em associação com os Plintossolos Pé- pesso, e apresentam contato lítico den-
tricos e diferem-se deles pela sua locali- tro de 50cm da superfície do solo (fotos
zação mais central nas colinas, isto é, mais 6.8 e 6.9), que de acordo com o sistema
distantes das linhas de drenagem. Mesmo de classificação enquadram-se no con-
com esse aspecto distinto de diferencia- ceito de Solos Litólicos. Devido a pou-
ção não foi possível, nessa escala de tra- ca espessura, é comum possuírem ele-
balho, individualizar esses solos. vados teores de minerais primários
Foram mapeadas as seguintes unida- pouco resistentes ao intemperismo, as-
des de Latossolos na área de estudo: sim como cascalhos e calhaus de rocha
– LVAd1 - LATOSSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrófico típico, textura ar-
gilosa e média, relevo suave ondulado
e plano + PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário Distrófico típico ou la-
tossólico, textura argilosa, relevo suave
ondulado, ambos A moderado, fase Cer-
rado Tropical Subcaducifólio.
– LVAd2 - LATOSSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrófico típico, textura ar-
gilosa e média, relevo suave ondulado
e plano + PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário Distrófico típico, textu-
ra média/argilosa, relevo suave ondula-
do, ambos A moderado, fase Cerrado
Tropical Subcaducifólio.
– LVAd3 - LATOSSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrófico típico, textura mé-
dia, relevo suave ondulado e plano + Foto 6.8 – Perfil de Neossolo Litólico com ve-
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO Órtico getação de campo cerrado.
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textura média, ambos A moderado, fase mudança textural abrupta entre os hori-
Cerrado Tropical Subcaducifólio, rele- zontes A e Bt, e possuem saturação por
vo plano e suave ondulado. bases superior ou igual a 50%.
O horizonte superficial possui desen-
6.4.8 – PLANOSSOLO NÁTRICO volvimento moderado, estruturas modera-
das, pequenas e médias, granulares e em
Sob essa denominação estão compre- blocos, textura arenosa e média. O hori-
endidos solos minerais, com horizonte B zonte B possui estruturas prismáticas mé-
plânico com caráter sódico imediatamen- dias e grandes, com texturas média e argi-
te abaixo de um horizonte A ou E. Carac- losa. Do ponto de vista químico, alguns
teriza-se pela ocorrência de mudança tex- indivíduos apresentam caráter solódico
tural abrupta, de tal forma marcante que
no solo seco é comum formar-se uma fra-
tura de separação entre este horizonte B
e o sobrejacente. É comum observar nes-
tes solos, nos períodos mais chuvosos do
ano, a formação de um lençol freático
suspenso temporário devido à presença
do horizonte B plânico, de baixa permea-
bilidade. Ocorre também o estabeleci-
mento de um ambiente redutor no seu
topo e na base do horizonte suprajacen-
te. A presença do gradiente textural e da
característica “abrúptica”, constituem fa-
tores que funcionam como indutor dos
processos erosivos, pois favorecem ao
escoamento superficial.
Entre as principais limitações estão os
problemas relacionados à baixa permea-
bilidade devido ao adensamento que
pode ocorrer no horizonte subsuperfical.
Foto 6.14 – Perfil de Planossolo Nátrico desen-
Além disso, os solos são de baixa fertili- volvido em relevo plano.
dade natural apresentando saturação de
bases inferior a 50%, sendo distróficos (fo-
tos 6.14 e 6.15).
Esta classe apenas ocorre associados
aos Plintossolos Argilúvicos como com-
ponente secundário da unidade FTd1
sob relevo plano da planície pantaneira
sob vegetação de cerradão e campo
graminoso.
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6.4.10 – PLINTOSSOLOS
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Foto 6.18 – Perfil de Plintossolo Pétrico, relevo Foto 6.21 – Área com Plinotossolo Pétrico sob
plano com pastagem. pastagem em relevo plano.
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sendo as mais comuns ao longo dos bar- – FFcd2 - PLINTOSSOLO PÉTRICO Con-
rancos em encostas e capeando antigas crecionário Distrífico câmbico, texura
superfícies de erosão. média muito cascalhenta, relevo suave
Trata-se da classe de solos mais signi- ondulado e ondulado + CAMBISSOLO
ficativa da área de estudo abrangendo HÁPLICO Tb Distrófico plíntico ou típi-
mais de 50% da área total, estando asso- co, textura média muito cascalhenta,
ciados na parte oeste, principalmente aos fase pedregosa, relevo ondulado, am-
solos rasos e pouco profundos da classe bos A moderado, Cerrado Tropical Sub-
dos Cambissolos e Neossolos Litólicos e, caducifólio.
nas porções leste e norte, aos Latossolos. – FFcd3 - PLINTOSSOLO PÉTRICO Con-
Em ambos os casos, esses solos ocorrem crecionário Distrófico típico, textura
nas áreas próximas às bordas tanto de média muito cascalhenta e argilosa mui-
colinas como morrotes e morros. Ocor- to cascalhenta, relevo suave ondulado
rem, portanto, em relevo suave ondulado e ondulado + LATOSSOLO VERME-
e plano e subordinadamente em relevos LHO-AMARELO Distrófico típico, tex-
mais declivosos. Nas áreas em associação tura média e argilosa, relevo suave on-
com os Cambissolos é comum observar a dulado, ambos A moderado, fase
ocorrência de petroplintitas envolvendo Cerrado Tropical Subcaducifólio.
cascalhos de quartzo, constituindo-se em – FFcd4 - PLINTOSSOLO PÉTRICO Con-
ambientes de difícil separação dessas di- crecionário Distrófico típico, textura
ferentes classes de solos. média muito cascalhenta e argilosa mui-
Os vários fatores de caráter limitante to cascalhenta, relevo suave ondulado
como pequena profundidade efetiva, bai- e ondulado + LATOSSOLO VERME-
xa fertilidade natural, e grandes quantida- LHO-AMARELO Distrófico típico, tex-
des de concreções e cascalhos, não im- tura média e argilosa, relevo suave on-
pede o uso desses solos, principalmente dulado + ARGISSOLO VERMELHO-
aqueles com maiores profundidades com AMARELO Distrófico plíntico, textura
horizontes B textural e B latossólico (So- média/argilosa, todos A moderado, fase
brinho, 1988). Cerrado Tropical Subcaducifólio.
A pequena espessura desses solos – FFcd5 - PLINTOSSOLO PÉTRICO Con-
somada às características de baixa per- crecionário Distrófico típico, textura mé-
meabilidade, influenciadas principal- dia muito cascalhenta e argilosa muito
mente pela granulometria fina do cascalhenta, relevo ondulado + NEOS-
material de origem, favorece ao escoa- SOLO LITÓLICO Distrófico típico, tex-
mento superficial, mesmo em relevos tura média, relevo forte ondulado e on-
mais suavizados, facilitando o desenvol- dulado + CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
vimento de processos erosivos. Distrófico típico, textura média muito cas-
Foram identificadas as seguintes uni- calhenta, relevo ondulado, todos A mo-
dades de Plintossolos Pétricos: derado, fase Campo Cerrado Tropical.
– FFcd1 - PLINTOSSOLO PÉTRICO Con- – FFcd6 - PLINTOSSOLO PÉTRICO Con-
crecionário Distrófico argissólico, textu- crecionário Distrófico típico ou léptico,
ra média muito cascalhenta/argilosa textura média muito cascalhenta, rele-
muito cascalhenta + LATOSSOLO VER- vo suave ondulado e ondulado + CAM-
MELHO-AMARELO Distrófico típico, BISSOLO HÁPLICO Tb Eutrófico típico
textura média e argilosa, ambos A mo- ou léptico, textura média, cascalhenta,
derado, fase Cerrado Tropical Subcadu- relevo ondulado e suave ondulado +
cifólio, relevo suave ondulado. PLINTOSSOLO PÉTRICO Epiconcre-
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como de média a alta suscetibilidade à ero- pre como componente secundário. Ocor-
são, mesmo no relevo mais suavizado. rem também nos morros remanescentes
Os Vertissolos ocorrem, somente em Santo Antônio do Leverger, morros de
como unidade secundária da unidade de Santo Antônio e do Jacaré. Para sua indi-
Neossolo Flúvico, nas áreas de relevo pla- vidualização são necessários estudos em
no e abaciado, onde é comum observar maior nível de detalhe, que permita car-
murunduns e vegetação de campo gra- tografá-los. Entretanto, ao saber da sua
minoso, com pequenos arbustos esparsos. existência em determinadas unidades já
se pode fazer inferências a seu respeito a
6.4.12 – AFLORAMENTOS DE ROCHA partir das unidades de mapeamento.
Normalmente ocorrem associados
Compreendem os afloramentos de aos solos rasos, como os Neossolos Li-
rochas que ocorrem associados às diver- tólicos e Cambissolos Háplicos, acom-
sas outras classes de solos dentro das uni- panhados do caráter pedregoso e
dades de mapeamento. Podem também rochoso. Da mesma forma que essas uni-
não aparecer como componente da uni- dades, possuem grandes limitações de
dade, sendo apenas inclusões devido ao uso, os Afloramentos de Rocha acabam
fato de conterem menos de 20% da uni- sempre por intensificar essas limitações
dade. Portanto, quando os Afloramentos na unidade.
de Rochas aparecem na unidade eles re-
presentam, no mínimo, 1/5 da unidade. 6.5 – LEGENDAS DE SOLOS
Esses afloramentos se distribuem em
toda a área, principalmente nas partes O Quadro 6.1 ilustra a legenda final
mais declivosas como a borda da Chapa- de solos com as unidades de mapeamen-
da dos Guimarães (Foto 6.24) e na por- to e as respectivas unidades componentes.
ção oeste da região estudada, porém, sem-
6.6 – CONCLUSÕES
E RECOMENDAÇÕES
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Quadro 6.1 – Unidades taxonômicas componentes das unidades de mapeamento de solos das
terras do Projeto SIG Cuiabá.
Unidade de
Classes de Solos
Mapeamento
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura média/
argilosa + PLINTOSSOLO PÉTRICO Concrecionário Distrófico típico
PVAd1
ou argissólico, textura média/argilosa, ambos A moderado, fase
Cerradão Tropical Subcaducifólio, relevo suave ondulado e ondulado.
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura média/
argilosa, Cerradão e Floresta Tropical Caducifólia, relevo ondulado e
PVAd2 forte ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico, textura
arenosa e média, relevo forte ondulado, ambos A moderado, fase
Cerradão Tropical Caducifólio.
ARGISSOLO VERMELHO-AMARELO Eutrófico típico, textura média/
argilosa, relevo ondulado e forte ondulado + CAMBISSOLO HÁPLICO
PVAe
Tb Eutrófico e Distrófico típico, textura argilosa cascalhenta, relevo
ondulado, ambos A moderado, fase Cerradão Tropical Subcaducifólio.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura média
cascalhenta, fase Campo Cerrado Tropical, relevo suave ondulado e
ondulado + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO Distrófico típico ou
CXbd1 câmbico, textura média, fase Cerrado Tropical Subcaducifólio, relevo
suave ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico, textura
média cascalhenta, fase Campo Cerrado Tropical, relevo ondulado e
forte ondulado substrato filito, todos A moderado.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura média
cascalhenta, fase Campo Cerrado Tropical, relevo ondulado e suave
ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico, textura média
CXbd2 cascalhenta, fase Campo Cerrado Tropical, relevo ondulado e forte
ondulado substrato filito + LATOSSOLO VERMELHO-AMARELO
Distrófico típico ou câmbico, textura média, fase Cerrado Tropical
Subcaducifólio, relevo suave ondulado, todos A moderado.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura média
cascalhenta, fase pedregosa, Campo Cerrado Tropical, relevo forte
CXbd3 ondulado e ondulado + NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico,
textura média cascalhenta, fase pedregosa, Campo Cerrado Tropical,
relevo forte ondulado, ambos A moderado.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico típico, textura média, fase
pedregosa, Campo Cerrado e Cerrado Tropical Subcaducifólio +
CXbd4 NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico típico, textura média cascalhenta,
fase pedregosa, Campo Cerrado Tropical, relevo forte ondulado
substrato filitos, ambos A moderado, relevo forte ondulado.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico argissólico, textura média
muito cascalhenta/argilosa muito cascalhenta + LATOSSOLO
CXbd5 VERMELHO-AMARELO Distrófico típico, textura média e argilosa,
ambos A moderado, fase Cerrado Tropical Subcaducifólio, relevo
suave ondulado.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico câmbico, texura média muito
cascalhenta, relevo suave ondulado e ondulado + PLINTOSSOLO
PÉTRICO Concrecionário distrófico, textura média muito cascalhenta
CXbd6
+ CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Distrófico plíntico ou típico, textura
média muito cascalhenta, fase pedregosa, relevo ondulado, todos A
moderado, Cerrado Tropical Subcaducifólio.
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pouco profundo. vide: profundidade dos soma de bases (valor S). é a soma das
solos. quantidades de cálcio, magnésio, po-
profundidade de solos. designa condi- tássio e sódio, em cmolc/kg de solo.
ções de solos nos quais o contato líti- textura. refere-se à composição granulo-
co ocorre conforme os limites especi- métrica do solo, em termos de percen-
ficados a seguir: tagem de areia do tamanho entre 2 e
– muito profundo > 200cm de pro- 0,5mm, silte entre 0,5 e 0,002mm e
fundidade argila no tamanho igual ou menor
– pouco profundo > 50cm < 100cm que 0,002mm. Conforme o teor de
de profundidade argila os solos são classificados em:
– profundo > 100cm < 200cm de pro- – textura arenosa - compreende as
fundidade classes texturais areia e areia franca.
– raso < 50cm de profundidade – textura argilosa - teor de argila entre
profundo. vide: profundidade dos solos. 35 e 60%.
r. sufixo utilizado na nomenclatura de ho- – textura média - teor de argila infe-
rizontes e camadas indicativo de ro- rior a 35% e com mais de 15% de
cha branda ou saprolito. areia, exceto as classes texturais areia
R. utilizado para rocha consolidada. e areia franca.
raso. vide: profundidade dos solos. – textura muito argilosa - teor de argi-
salino. propriedade caracterizada pela la acima de 60%.
presença de sais solúveis que interfe- – textura siltosa - teor de argila infe-
re no desenvolvimento da maioria rior a 35% e de areia inferior a 15%.
das culturas, expressa por condutivi- unidade de mapeamento de solos. gru-
dade elétrica do extrato de saturação po de delineações que representam
igual ou maior que 4 ds/m e menor áreas de paisagens similares, compos-
que 7dS/m (a 25oC). tas de 1 ou mais classes de solos ou
saturação por bases (valor V). percentu- tipos de terreno.
al entre a soma de bases e a capaci- valor S. vide: soma de bases.
dade de troca de cátions (100 x valor valor T. vide: capacidade de troca de cá-
S / valor T). tions.
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7 – APTIDÃO AGRÍCOLA
DAS TERRAS
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rigação na avaliação da aptidão agrícola dão agrícola. As letras indicativas das clas-
das terras. A este respeito vale mencionar ses de aptidão, de acordo com os níveis
que a maioria absoluta dos solos da área de manejo, podem aparecer nos subgru-
apresenta limitações fortes para o empre- pos em maiúsculas, minúsculas ou minús-
go da irrigação. Dentre as principais pode- culas entre parênteses, com indicação de
se mencionar a textura arenosa de boa diferentes tipos de utilização, conforme
parte dos mesmos, a pequena profundi- pode ser observado no Quadro 7.1.
dade e a presença de cascalhos e/ou con- A ausência de letras representativas
creções. das classes de aptidão agrícola na simbo-
No caso da pastagem plantada e da lização dos subgrupos indica não haver
silvicultura, está prevista uma modesta aptidão para uso mais intensivo. Essa si-
aplicação de fertilizantes, de defensivos e tuação não exclui, necessariamente, o uso
de corretivos, que corresponde ao nível da terra com um tipo de utilização menos
de manejo B. Para a pastagem natural está intensivo.
implícita uma utilização sem melhoramen-
tos tecnológicos, condição que caracteri- 7.3.1 – GRUPOS, SUBGRUPOS E CLASSES
za o nível de manejo A. DE APTIDÃO AGRÍCOLA DAS TERRAS
As terras consideradas viáveis de to-
tal ou parcial melhoramento mediante a 7.3.1.1 – GRUPOS DE APTIDÃO
aplicação de fertilizantes e corretivos ou AGRÍCOLA
o emprego de técnicas como drenagem,
controle à erosão, proteção contra inun- Trata-se de mais um artifício cartográ-
dações, remoção de pedras etc., são clas- fico, que identifica, no mapa, o tipo de
sificadas de acordo com as limitações per- utilização mais intensivo das terras, ou
sistentes, tendo em vista os níveis de ma- seja, sua melhor aptidão. Os grupos 1, 2
nejo utilizado. No caso do nível de ma- e 3, além da identificação de lavouras
nejo A, a classificação é feita de acordo como tipos de utilização, desempenham
com as condições naturais da terra, uma a função de representar, no subgrupo, as
vez que esse nível não prevê técnicas de melhores classes de aptidão das terras in-
melhoramento. dicadas para lavouras, conforme os ní-
Em função dos graus de limitação atri- veis de manejo. Os grupos 4, 5 e 6
buídos a cada uma das unidades das ter- apenas identificam tipos de utilização
ras resultará a classificação de sua apti- (pastagem plantada, silvicultura e/ou pas-
Tipo de utilização
Pastagem Pastagem
Lavoura Silvicultura
Classe de plantada natural
aptidão Nível de manejo Nível de manejo Nível de manejo
Nível de manejo
agrícola B B A
A B C
Boa A B C P S N
Regular a b c p s n
Restrita (a) (b) (c) (p) (s) (n)
Inapta – – – – – –
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2
alternativas de uso
Diminuição das
Aumento da
n
3
4
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• Nulo/Ligeiro (N/L) – terras sujeitas à ocor- cipitação está compreendida entre 500
rência de uma pequena falta de água e 700mm por ano, com muita irregula-
disponível durante um período de um a ridade em sua distribuição e com altas
dois meses, limitando o desenvolvimen- temperaturas. A vegetação é tipicamen-
to de culturas mais sensíveis, principal- te de caatinga hipoxerófila ou outras
mente as de ciclo vegetativo longo. A espécies de caráter seco muito acentua-
vegetação normalmente é constituída de do, equivalente à do sertão do rio São
floresta e cerrado subperenifólios e de Francisco. Terras com estação seca me-
alguns campos. nos pronunciada, porém com baixa dis-
• Ligeiro (L) – terras em que ocorre uma ponibilidade de água para as culturas,
considerável deficiência de água dispo- estão incluídas nesse grau, bem como
nível durante um período de três a cin- aquelas que apresentem alta concen-
co meses por ano, o que elimina as pos- tração de sais solúveis, capaz de ele-
sibilidades de grande parte das culturas var o ponto de murchamento. Está im-
de ciclo longo e reduz significativamen- plícita a eliminação de quaisquer pos-
te as possibilidades de dois cultivos de sibilidades de desenvolvimento de cul-
ciclo curto, anualmente. As formações turas de ciclo longo não adaptadas à
vegetais que normalmente se relacio- falta de água.
nam a esse grau de limitação são o cer- • Muito Forte (MF) – corresponde a uma
rado e a floresta subcaducifólia, bem severa deficiência de água, que pode
como a floresta caducifólia em solos durar mais de 9 meses, com uma pre-
com alta capacidade de retenção de cipitação normalmente abaixo de
água disponível. 500mm, baixo índice hídrico (Im =
• Moderada (M) – terras nas quais ocorre > -30) e alta temperatura. A vegetação
uma acentuada deficiência de água du- relacionada a este grau é a caatinga
rante um longo período, normalmente hiperxerófila.
quatro a seis meses. As precipitações os-
cilam de 700 a 1.000mm por ano, com 7.4.1.3 – EXCESSO DE ÁGUA OU
irregularidade em sua distribuição, e DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO
predominam altas temperaturas. A ve-
getação que ocupa as áreas dessas ter- Normalmente relaciona-se com a
ras é constituída, normalmente, de flo- classe de drenagem natural do solo, que
resta caducifólia, transição de floresta e por sua vez é resultante da interação de
cerrado para caatinga e caatinga hipo- vários fatores (precipitação, evapotrans-
xerófila, ou seja, de caráter seco menos piração, relevo local e propriedades do
acentuado. Terras com estação seca solo). Estão incluídos na análise desse
menos marcante, porém com baixa dis- aspecto os riscos, freqüência e duração
ponibilidade de água, pertencem a esse das inundações a que pode estar sujei-
grau. As possibilidades de desenvolvi- ta à área. São os seguintes os graus de
mento de culturas de ciclo longo não limitação:
adaptadas à falta de água estão seriamen- • Nulo (N) – terras que não apresentam
te comprometidas, e as de ciclo curto problemas de aeração ao sistema radi-
dependem muito da distribuição das chu- cular da maioria das culturas durante
vas na sua estação de ocorrência. todo o ano. São classificadas como ex-
• Forte (F) – terras com uma severa defi- cessivamente e bem drenadas.
ciência de água durante um período • Ligeiro (L) – terras que apresentam certa
seco que oscila de 7 a 9 meses. A pre- deficiência de aeração às culturas sen-
170
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
171
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
172
Quadro 7.4 – Quadro-guia de avaliação da aptidão agrícola das terras – região tropical úmida.
APTIDÃO AGRÍCOLA GRAUS DE LIMITAÇÃO DAS CONDIÇÕES AGRÍCOLAS DAS TERRAS PARA OS NÍVEIS MANEJO A, B e C
TIPO DE UTILIZAÇÃO
DEFICIÊNCIA DE DEFICIÊNCIA DE EXCESSO DE SUSCEPTIBILIDADE IMPEDIMENTOS À INDICADO
GRUPO SUBGRUPO CLASSE
FERTILIDADE ÁGUA ÁGUA À EROSÃO MECANIZAÇÃO
A B C A B C A B C A B C A B C
N
1 1ABC BOA N/L N/L1 N2 L/M L/M L/M L L1 N/ L1 L/M N/L1 N2 M L
LAVOURAS
2 2abc REGULAR L/M L1 L2 M M M M L/M1 L2 M L/M1 L2 M/F M L
3 3(abc) RESTRITA M/F M1 L2/M2 M/F M/F M/F M/F M1 L/M2 F* M1 L2 F M/F M
4P BOA M1 M F1 F1 M/F1 M/F
PASTAGEM
4 4p REGULAR M/F1 M/F F1 F1 F1 F
PLANTADA
4(p) RESTRITA F1 F F1 F1 MF F
5S BOA M/F1 M L1 L1 F1 M/F
5s REGULAR F1 M/F L1 L1 F1 F
5(s) RESTRITA MF F L/M1 L/M1 MF F SILVICULTURA E/OU
173
5 PASTAGEM
5N BOA M/F M/F M/F F MF NATURAL
5n REGULAR F F F F MF
5(n) RESTRITA MF MF F F MF
SEM APTIDÃO PRESERVAÇÃO DA
6 6 AGRÍCOLA – – – – –
FLORA E DA FAUNA
NOTAS: 1 Os algarismos sublinhados correspondem aos níveis de viabilidade de melhoramento Graus de Limjitação: N - Nulo
das condições agrícolas das terras. Os demais representam os grupos de aptidão. L - Ligeiro
– Terras sem aptidão para lavouras em geral, devido ao excesso de água, podem ser M - Moderado
indicadas para arroz de inundação. F - Forte
* No caso de grau forte por susceptibilidade à erosão, o grau de limitação por deficiência MF - Muito Forte
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
de fertilidade não deve ser maior do que ligeiro a moderado para a classe restrita - 3(a). I - Intermediário
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
174
Quadro 7.5 – Aptidão agrícola das terras do Projeto SIG Cuiabá, Várzea Grande e Entorno.
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
175
textura média/argilosa, A forte 4(p) RESTRITA para pastagem Terras com aptidão
moderado, fase Cerradão e ondulado. plantada. RESTRITA para pastagem
PVAd2 Floresta Tropical Caducifólia. 4(p)* plantada. * Há na
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico associação componente
típico, textura arenosa e média, A relevo forte Terras sem aptidão com aptidão inferior.
6
moderado, fase Cerradão Tropical ondulado. agrícola.
Caducifólio.
ARGISSOLO VERMELHO- ondulado e Terras com aptidão BOA
AMARELO Eutrófico típico, textura forte 1Ab para o nível de manejo A,
média/argilosa, A moderado, fase REGULAR no B e INAPTA Terras com aptidão BOA
ondulado.
Floresta Tropical Subcaducifólia. no nível C. para o nível de manejo A,
1Ab* REGULAR no B e INAPTA
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
suave Terras com aptidão
Distrófico típico, textura média 4(p)
ondulado e RESTRITA para pastagem
cascalhenta, A moderado, fase
ondulado. plantada.
Campo Cerrado Tropical.
LATOSSOLO VERMELHO- Terras com aptidão
AMARELO Distrófico típico ou Terras com aptidão RESTRITA para pastagem
CXbd1 suave RESTRITA para lavouras
câmbico, textura média, A 3(bc) 4(p)** plantada.** Há na
ondulado. nos níveis de manejo B e
moderado, fase Cerrado Tropical associação componente
Subcaducifólio. C e INAPTA no nível A. com aptidão superior.
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico
ondulado e
típico, textura média cascalhenta, Terras sem aptidão
forte 6
A moderado, fase Campo Cerrado agrícola.
ondulado.
176
Tropical.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb ondulado e Terras com aptidão
Distrófico típico, textura média suave RESTRITA para pastagem
cascalhenta, A moderado, fase 4(p)
ondulado. plantada.
Campo Cerrado Tropical.
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico Terras com aptidão
típico, textura média cascalhenta, ondulado e Terras sem aptidão RESTRITA para pastagem
CXbd2 forte 6 4(p)*
A moderado, fase Campo Cerrado agrícola. plantada. * Há na
Tropical. ondulado. associação componente
LATOSSOLO VERMELHO- com aptidão inferior.
Terras com aptidão
AMARELO Distrófico típico ou suave RESTRITA para lavouras
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico típico, textura média forte
cascalhenta, fase pedregosa, A ondulado e 6 Terras sem aptidão
moderado, Campo Cerrado ondulado. agrícola.
CXbd3 Tropical. Terras sem aptidão
6 agrícola.
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico
típico, textura média cascalhenta, forte Terras sem aptidão
ondulado. 6
fase pedregosa, A moderado, agrícola.
Campo Cerrado Tropical.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico típico, textura média, forte Terras sem aptidão
A moderado, fase pedregosa, ondulado. 6
agrícola.
177
Campo Cerrado e Cerrado Tropical
CXbd4 Subcaducifólio. 6 Terras sem aptidão
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico agrícola.
típico, textura média cascalhenta, forte 6 Terras sem aptidão
fase pedregosa, A moderado, ondulado. agrícola.
Campo Cerrado Tropical.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico argissólico, textura
suave Terras com aptidão
média muito cascalhenta/argilosa 4(p)
ondulado. RESTRITA para pastagem
muito cascalhenta, A moderado, Terras com aptidão
plantada.
fase Cerrado Tropical RESTRITA para pastagem
CXbd5 4(p)*
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Subcaducifólio. plantada. * Há na
LATOSSOLO VERMELHO- Terras com aptidão associação componente
AMARELO Distrófico típico, REGULAR para lavouras no com aptidão inferior.
suave
textura média e argilosa, A 2(b)c nível de manejo C,
ondulado.
moderado, fase Cerrado Tropical RESTRITA no B e INAPTA
Subcaducifólio. no A.
Quadro 7.5 (continuação)
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
178
fase pedregosa, relevo ondulado, natural.
A moderado, Cerrado Tropical
Subcaducifólio.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico latossólico, textura suave Terras com aptidão
média muito cascalhenta e ondulado e 4(p) Terras com aptidão
RESTRITA para pastagem
argilosa muito cascalhenta, A ondulado. RESTRITA para pastagem
plantada.
moderado, fase Cerrado Tropical plantada. Aptidão
CXbd7 Subcaducifólio. 4(p)** RESTRITA para pastagem
LATOSSOLO VERMELHO- Terras com aptidão natural. ** Há na
AMARELO Distrófico típico, suave REGULAR para lavouras no associação componente
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
textura média e argilosa, A ondulado. 2(b)c nível de manejo C, com aptidão superior.
moderado, fase Cerrado Tropical RESTRITA no B e INAPTA
Subcaducifólio. no A.
Quadro 7.5 (continuação)
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico latossólico, textura ondulado e Terras com aptidão
média muito cascalhenta e suave 4(p) RESTRITA para pastagem
argilosa muito cascalhenta, A ondulado. plantada.
moderado, fase Cerrado Tropical
Subcaducifólio. Terras com aptidão
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico RESTRITA para pastagem
CXbd8 típico, textura média cascalhenta, suave Terras sem aptidão plantada. * Há na
6 4(p)*
fase pedregosa, A moderado, fase ondulado. agrícola. associação componente
Cerrado Tropical Subcaducifólio. com aptidão inferior.
LATOSSOLO VERMELHO- Terras com aptidão
AMARELO Distrófico típico, suave REGULAR para lavouras no
179
textura média e argilosa, A ondulado. 2(b)c nível de manejo C,
moderado, fase Cerrado Tropical RESTRITA no B e INAPTA
Subcaducifólio. no A.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico latossólico, textura Terras com aptidão
média muito cascalhenta, A ondulado. 4(p) RESTRITA para pastagem
plantada. Terras com aptidão
moderado, fase Campo Cerrado
RESTRITA para pastagem
CXbd9 Tropical.
4(p)* plantada. * Há na
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico associação componente
típico, textura média, relevo forte com aptidão inferior.
forte Terras sem aptidão
ondulado, substrato arenito, A 6
ondulado. agrícola.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico plíntico, textura média suave Terras com aptidão
muito cascalhenta, A moderado, ondulado e 4(p) RESTRITA para pastagem
fase Cerrado Tropical ondulado. plantada.
Subcaducifólio.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Distrófico típico, textura média ondulado e Terras com aptidão Terras com aptidão
CXbd10 muito cascalhenta, A moderado, suave RESTRITA para pastagem
4(p) RESTRITA para pastagem 4(p)
fase Cerrado Tropical ondulado. plantada. plantada.
Subcaducifólio.
PLINTOSSOLO PÉTRICO
Epiconcrecionário Distrófico, Terras com aptidão
suave
180
textura média/argilosa, A 4(p) RESTRITA para pastagem
ondulado. plantada.
moderado, fase Cerrado Tropical
Subcaducifólio.
GLEISSOLO HÁPLICO Tb e Ta
Terras com aptidão
Eutrófico, textura argilosa, A plano. 5n REGULAR para pastagem
moderado, fase Floresta Tropical
natural.
Hidrófila de Várzea.
NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb Terras com aptidão
Eutrófico e Distrófico vérticos ou Terras com aptidão 5n** REGULAR para pastagem
GXbe típico, textura média/argilosa/ plano. 4p REGULAR para pastagem natural. ** Há na
arenosa A moderado, fase Floresta plantada. associação componente
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
181
e INAPTA no A. para lavouras no nível de
LVd1 1(b)C
LATOSSOLO VERMELHO plano e Terras com aptidão BOA manejo C, RESTRITA no B
Distrófico típico, textura argilosa, suave 1(b)C para lavouras no nível de e INAPTA no A.
A moderado, fase Cerrado Tropical ondulado. manejo C, RESTRITA no B
Subcaducifólio. e INAPTA no A.
LATOSSOLO VERMELHO- suave Terras com aptidão BOA
AMARELO Distrófico típico, ondulado e 1bC para lavouras no nível de
textura argilosa e média, fase manejo C, REGULAR no B Terras com aptidão BOA
plano. para lavouras no nível de
Cerrado Tropical Subcaducifólio. e INAPTA no A.
LVAd1 manejo C, RESTRITA no B
PLINTOSSOLO PÉTRICO 1bC* e INAPTA no A. * Há na
Concrecionário Distrófico típico suave Terras com aptidão
associação componente
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
182
ondulado e 1bC para lavouras no nível de Terras com aptidão BOA
textura média, A moderado, fase plano. manejo C, REGULAR no B para lavouras no nível de
LVAd3 Cerrado Tropical Subcaducifólio. e INAPTA no A. manejo C, RESTRITA no B
1bC*
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO e INAPTA no A. * Há na
plano e Terras com aptidão
Órtico distrófico, A moderado, 4(p) associação componente
suave RESTRITA para pastagem
fase Cerrado Tropical com aptidão inferior.
ondulado. plantada.
Subcaducifólio.
LATOSSOLO VERMELHO-
AMARELO Distrófico típico, Terras com aptidão BOA
suave 1bC para lavouras no nível de Terras com aptidão BOA
textura argilosa e média, A
ondulado. manejo C, REGULAR no B para lavouras no nível de
moderado, fase Cerrado Tropical
Subcaducifólio. e INAPTA no A. manejo C, RESTRITA no B
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
LVAd4 1bC*
PLINTOSSOLO PÉTRICO e INAPTA no A. * Há na
Concrecionário Distrófico típico Terras com aptidão associação componente
suave 4(p) com aptidão inferior.
ou argissólico, textura média/ RESTRITA para pastagem
ondulado.
argilosa, A moderado, fase plantada.
Cerrado Tropical Subcaducifólio.
Quadro 7.5 (continuação)
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
183
Cerrado Tropical Subcaducifólio. Terras sem aptidão
6
RLd2 CAMBISSOLO HÁPLICO Tb agrícola.
Distrófico típico, textura média forte ondu-
Terras sem aptidão
cascalhenta, A moderado, fase lado e 6
agrícola.
pedregosa, Cerrado Tropical ondulado.
Subcaducifólio.
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico
típico, textura média cascalhenta, forte 6 Terras sem aptidão
A moderado, fase pedregosa, ondulado. agrícola.
Campo Cerrado Tropical.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Terras sem aptidão
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
184
moderado, fase Cerrado Tropical 6 agrícola.
RLd5 ondulado. 6 Terras sem aptidão
Subcaducifólio, substrato arenito.
agrícola.
forte
Terras sem aptidão
AFLORAMENTOS DE ROCHA. ondulado e 6 agrícola.
ondulado.
NEOSSOLO FLÚVICO Tb Terras com aptidão BOA
Distrófico típico, textura média/ para lavouras no nível de
argilosa/ arenosa, A moderado, plano. 1(a)Bc Terras com aptidão BOA
manejo B, REGULAR no C
fase Floresta e Campo Tropical e RESTRITA no A. para lavouras no nível de
RYbd1 Hidrófila de Várzea. manejo B, REGULAR no C
1(a)Bc*
Terras com aptidão e RESTRITA no A. * Há na
GLEISSOLO HÁPLICO Tb
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
NEOSSOLO FLÚVICO Ta e Tb
Eutrófico e Distrófico vérticos ou Terras com aptidão
típico, textura média/argilosa/ plano. 4p REGULAR para pastagem Terras com aptidão
arenosa, A moderado, fase Floresta plantada. RESTRITA para pastagem
RYbd2 Tropical Hidrófila de Várzea. plantada.** Há na
4p**
GLEISSOLO HÁPLICO Ta associação componente
Terras com aptidão com aptidão superior.
Eutrófico, textura argilosa, A
plano. 5n REGULAR para pastagem
moderado, fase Floresta Tropical
natural.
Hidrófila de Várzea.
VERTISSOLO HÁPLICO Órtico
gleico ou típico, textura argilosa e Terras com aptidão
muito argilosa, A moderado, fase plano. 5n REGULAR para pastagem
185
Floresta Tropical Hidrófila de natural. Terras com aptidão
RQo1 4(p) RESTRITA para pastagem
Várzea.
plantada.
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO suave Terras com aptidão
Órtico típico, A moderado, fase ondulado. 4(p) RESTRITA para pastagem
Cerrado Tropical Subcaducifólio. plantada.
NEOSSOLO QUARTZARÊNICO plano e Terras com aptidão
Órtico típico, A moderado, fase suave 4(p) RESTRITA para pastagem Terras com aptidão
Cerrado Tropical Subcaducifólio. ondulado. plantada. RESTRITA para pastagem
RQo2 LATOSSOLO VERMELHO- 4(p)** plantada.** Há na
plano e Terras com aptidão
AMARELO Distrófico típico, 4p associação componente
suave REGULAR para pastagem
textura média, A moderado, fase com aptidão superior.
ondulado. plantada.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário Distrófico
Terras com aptidão
argissólico, textura média muito suave 4(p) RESTRITA para pastagem
cascalhenta/ argilosa muito Terras com aptidão
ondulado. plantada.
cascalhenta, A moderado, fase RESTRITA para pastagem
FFcd1 Cerrado Tropical Subcaducifólio. 4(p)** plantada.** Há na
LATOSSOLO VERMELHO- Terras com aptidão BOA associação componente
AMARELO Distrófico típico, para lavouras no nível de com aptidão superior.
suave 2bC
textura média e argilosa, A manejo C, REGULAR no B
ondulado.
moderado, fase Cerrado Tropical e INAPTA no A.
Subcaducifólio.
PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário Distrófico suave Terras com aptidão
câmbico, texura média muito ondulado e 4(p) RESTRITA para pastagem
Terras com aptidão
186
cascalhenta, A moderado, Cerrado ondulado. plantada.
RESTRITA para pastagem
Tropical Subcaducifólio.
FFcd2 4(p)* plantada. * Há na
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb associação componente
Distrófico plíntico ou típico, Terras com aptidão com aptidão inferior.
textura média muito cascalhenta, ondulado. 5(n) RESTRITA para pastagem
fase pedregosa, A moderado, natural.
Cerrado Tropical Subcaducifólio.
PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário Distrófico típico, suave Terras com aptidão
textura média muito cascalhenta e ondulado e 4(p) RESTRITA para pastagem
argilosa muito cascalhenta, A ondulado. Terras com aptidão
plantada.
moderado, fase Cerrado Tropical RESTRITA para pastagem
4(p)**
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário Distrófico típico,
Terras com aptidão
textura média muito cascalhenta e
ondulado. 4(p) RESTRITA para pastagem
argilosa muito cascalhenta, A
plantada.
moderado, fase Campo Cerrado Terras com aptidão
Tropical. RESTRITA para pastagem
FFcd4 4(p)* plantada. * Há na
NEOSSOLO LITÓLICO Distrófico
ondulado e Terras sem aptidão associação componente
típico, textura média, A moderado, 6
ondulado. agrícola. com aptidão inferior.
fase Campo Cerrado Tropical.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb
Terras com aptidão
Distrófico típico, textura média
ondulado. 5(n) RESTRITA para pastagem
muito cascalhenta, A moderado,
natural.
187
fase Campo Cerrado Tropical.
PLINTOSSOLO PÉTRICO
Concrecionário Distrófico típico suave Terras com aptidão
ou léptico, textura média muito ondulado e 5(n) RESTRITA para pastagem
cascalhenta, A moderado, fase ondulado. natural.
Cerrado Tropical Subcaducifólio.
CAMBISSOLO HÁPLICO Tb Terras com aptidão RES-
Distrófico típico, textura média ondulado e Terras com aptidão TRITA para pastagem
FFcd5 muito cascalhenta, A moderado, suave 5(n) RESTRITA para pastagem natural. ** Há na associa-
fase Cerrado Tropical ondulado. natural. 5(n)**
ção componente com
Subcaducifólio. aptidão superior.
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
PLINTOSSOLO PÉTRICO
Epiconcrecionário Distrófico, Terras com aptidão
suave RESTRITA para pastagem
textura média/argilosa, A 4(p)
ondulado. plantada.
moderado, fase Cerrado Tropical
Subcaducifólio.
Quadro 7.5 (continuação)
Aptidão da Aptidão da
Unidade de Relevo dos Aptidão dos Aptidão dos
Componentes Unidade de Unidade de
Mapeamento Componentes Componentes Componentes
Mapeamento Mapeamento
PLINTOSSOLO ARGILÚVICO
Distrófico típico, textura arenosa/ Terras com aptidão
plano, com
média e média/argilosa, A 5n REGULAR para pastagem Terras com aptidão
murundus.
moderado, fase Campo Cerrado natural. REGULAR para pastagem
FTd1 (covoal). 5n* natural. * Há na
PLANOSSOLO HÁPLICO Eutrófico associação componente
solódico e típico, textura média/ Terras sem aptidão com aptidão inferior.
argilosa, A moderado, fase Floresta plano. 6 agrícola.
Tropical Subcaducifólia.
PLINTOSSOLO ARGILÚVICO plano e
suave Terras com aptidão Terras com aptidão
FTd2 Distrófico arênico, textura
ondulado, 5(n) RESTRITA para pastagem 5(n) RESTRITA para pastagem
arenosa/média, A moderado, fase
188
com natural. natural.
Campo Cerrado (covoal).
murundus.
PLINTOSSOLO ARGILÚVICO
plano, com Terras com aptidão
Distrófico típico, textura média/
5n REGULAR para pastagem Terras com aptidão
argilosa, A moderado, fase Campo murundus.
natural. REGULAR para pastagem
Cerrado (covoal).
FTd3 5n* natural. * Há na
PLINTOSSOLO ARGILÚVICO associação componente
Terras com aptidão
Distrófico arênico, textura plano, com com aptidão inferior.
5(n) RESTRITA para pastagem
arenosa/média, A moderado, fase murundus.
natural.
Campo Cerrado (covoal).
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
189
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
190
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
191
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
192
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
8 – GEOQUÍMICA
193
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
194
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
195
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 8.1 – Elementos analisados nos sedimentos de corrente coletados nas duas fases e respectivos
limites de sensibilidade dos métodos analíticos.
Tabela 8.2 – Elementos analisados nas amostras de água coletadas nas duas fases e respectivos
limites de sensibilidade dos métodos analíticos.
196
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Mn-Co-Y
Nível de correlação muito forte > 0,84 Ba-Sc-Sr-Al
Cd-Fe-Te
Zn-Cu-Li
Nível de correlação forte > 0,5 < 0,84 Mn-Au-Pb
K-Mg
197
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
198
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Observação:
Sn, Nb, Sb, Ag, Mo e Bi não foram considerados por apresentarem, em todas as
amostras, valores abaixo do nível de detecção.
1ª ordem valores > X+ 3S;
2ª ordem valores entre X+2S e X+3S;
3ª ordem valores entre X+S e X+2S.
X – Média aritmética
S – Desvio-padrão aritmético
199
Tabela 8.4a – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (sedimento de corrente).
200
CF-S-034C 615257 8283019 Córrego Pires 11534.40 4.70 100.19 31.26 15.22 38.57 13.00 50732.66 6.62 1038.79 5.81
CF-S-035C 612597 8301410 xxxxx 0.67 51.77
CF-S-045C 603489 8277461 Córrego Gomital 2210.39 26310.51
CF-S-048C 608618 8257646 Cór. Aricazinho 22.51
CF-S-049C 607560 8252708 Cór. Almoço
CF-S-051C 597219 8248147 xxx 32.82 24.01 25.97 35753.96
CF-S-052C 596000 8259449 Cór. Morrinho 13686.27 20.73 4.86 130.81 29.42 33.75 41.95 14.76 45899.74 7.40 923.55 16.86
CF-S-053C 596508 8262220 Faz. Quinta Boa Vista 13.36 26.66 26.81 29.92 17.20 35941.49 6.59
CF-S-057C 602593 8273473 Córrego Moinho
CF-S-058C 598765 8271833 Córrego Barbado 4.01 2325.73 11.72
CF-S-061C 603859 8297815 2.2 km a NE do Bal. Letícia
CF-S-064C 596846 8278078 Córrego Quarta Feira 14.99 11.88 24484.55
CF-S-065C 592458 8272118 Córrego General 8634.53 5.05 95.00 10.08 17.62 26572.26 5.77
CF-S-066C 595190 8265536 Córrego Água Limpa 22.61
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.4b – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (sedimento de corrente).
201
CF-S-034C 615257 8283019 Córrego Pires 1009.37 22.53 1.97 14.43 77.34 5.84 78.73
CF-S-035C 612597 8301410 xxxxx 1022.71 5.48 9.42
CF-S-045C 603489 8277461 Córrego Gomital 24.20 27.74 1.52 5.97
CF-S-048C 608618 8257646 Cór. Aricazinho 37.38
CF-S-049C 607560 8252708 Cór. Almoço 38.74
CF-S-051C 597219 8248147 xxx 0.34 11.42 37.25
CF-S-052C 596000 8259449 Cór. Morrinho 1058.64 13.84 21.88 4.97 0.35 8.98 13.74 84.36 2.55 11.60 112.67
CF-S-053C 596508 8262220 Faz. Quinta Boa Vista 570.81 13.80 25.62 3.16 9.81 11.94 49.40 9.51 82.29 6.87
CF-S-057C 602593 8273473 Córrego Moinho 1.59
CF-S-058C 598765 8271833 Córrego Barbado 8.21 1.95
CF-S-061C 603859 8297815 2.2 km a NE do Bal. Letícia 9.49 58.81
CF-S-064C 596846 8278078 Córrego Quarta Feira 35.18 1.46
CF-S-065C 592458 8272118 Córrego General 1263.35 547.89 10.40 61.38 33.72 2.36 12.61 35.26 1.93 7.65 8.98
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.4c – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (sedimento de corrente).
202
CF-S-100C 560308 8274219 Córrego Fundo 11097.89 5.32 90.14 14.90 13.45 30.21 13.97 26210.96 7.68 877.22 38.70
CF-S-101C 557025 8269981 Córrego dos Macacos
CF-S-102C 555778 8271234 Córrego Jacaré 17.41
CF-S-103C 553327 8274537 Córrego do Lopes 11135.86 3.86 93.55 26613.57 5.34 1505.80
CF-S-104C 552559 8274016 Córrego Aguaçú 11429.14 3.51 117.00 27.94 20.20 41.72 15.35 26531.01 11.06 2398.24
CF-S-105C 552347 8273020 Córrego das Onças 9893.74 3.55 10.36 26555.46 5.19 1025.89 39.83
CF-S-106C 550561 8264147 Córrego Maciel 11431.30 3.20 81.41 21.23 16.87 42.55 18.45 26530.53 10.20 51.16
CF-S-107C 546936 8262622 Córrego Fundo 14.63 26549.81 5.28 937.38
CF-S-108C 541822 8264810 Cór. Aguaçú do Monjolo 10985.21 1538.57
CF-S-109C 537815 8259865 xxxxx 15.22
CF-S-110C 537519 8258147 Córrego Parizinho 46.31
CF-S-112C 571634 8276035 xxxxx 2.94
CF-S-113C 565521 8276604 Fazenda Canindé 3.99
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.4d – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (sedimentos de corrente).
203
CF-S-100C 560308 8274219 Córrego Fundo 1499.52 662.37 13.33 32.69 9.93 11.33 1701.67 1.96 10.13
CF-S-101C 557025 8269981 Córrego dos Macacos 24.79 1808.74
CF-S-102C 555778 8271234 Córrego Jacaré 65.61 8.91 3630.97
CF-S-103C 553327 8274537 Córrego do Lopes 1632.06 467.22 8.66 21.10 13.70 69.70 8.97 1851.72 6.13
CF-S-104C 552559 8274016 Córrego Aguaçú 3502.69 483.07 19.09 44.50 1.83 12.94 72.53 18.50 1704.36 48.69 2.48 6.89 15.76
CF-S-105C 552347 8273020 Córrego das Onças 1704.64 430.44 10.17 8.84 44.42 10.44 2211.95 1.42 5.64 6.63
CF-S-106C 550561 8264147 Córrego Maciel 2285.63 468.56 19.94 38.03 12.39 16.09 1606.68 2.83 6.00 59.73 14.78
CF-S-107C 546936 8262622 Córrego Fundo 12.29 2245.33
CF-S-108C 541822 8264810 Córrego Aguaçú do Monjolo 2346.18 9.14
CF-S-109C 537815 8259865 xxxxx
CF-S-110C 537519 8258147 Córrego Parizinho
CF-S-112C 571634 8276035 xxxxx 1134.64
CF-S-113C 565521 8276604 Fazenda Canindé 27.40 1457.81
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
sendo aqueles não paralelos à foliação tes do rio Pari, que está encaixado na Su-
mineralizados em ouro. Esta mesma bunidade 5 do Grupo Cuiabá, onde é
associação no extremo-oeste está en- comum a presença de corpos lateríticos.
quadrada além da Subunidade 5 na Uni- A associação Ba-Sc-Sr-Al (figuras 8.5,
dade 3, composta predominantemente 8.6, 8.7 e 8.8), também está distribuída pre-
de filitos com veios de quartzo. Nas pro- ferencialmente na Subunidade 5 do Grupo
ximidades existem ainda garimpos inter- Cuiabá, apresentando concentrações
mitentes com intercalações de quartzito menos significativas. Chamou atenção
e veios de quartzo. uma anomalia no extremo-nordeste, prin-
A nordeste de Cuiabá esta associação cipalmente para Ba-Sc e Sr.
está relacionada com corpos lateríticos e A associação Cd-Fe-Te (figuras 8.9,
veios residuais, constituindo as “casca- 8.10 e 8.11) está representada por aflu-
lheiras”. Na região noroeste esta mesma entes do rio Pari (amostras CF-S-052,
associação está relacionada com afluen- CF-S-053 e CF-S-051), ao sul da Gran-
204
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
205
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
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SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
211
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Cd-Cu-Pb
Nível de correlação muito forte > 0,84 Ca-Ba-Sr-Fe
Sc-Si
SO4-Cl-F
Nível de correlação forte > 0,5 < 8 Li-Sc-Si
Mg-Sr
212
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
213
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
214
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
2ª Ordem 3ª Ordem
1ª Ordem
Elem. Xmin Xmax X S entre X+2S e entre X+S e
>X+3S
X+3S X+2S
Al 0,003 0,419 0,043 0,06 > 0,223 0,163-0,223 0,103-0,162
As 0,014 0,046 0,028 0,013 > 0,067 0,054-0,067 0,041-0,053
Ba 0,0 0,083 0,014 0,015 > 0,059 0,044-0,059 0,029-0,043
Ca 0,011 25,829 3,340 5,750 > 20,590 14,84-20,59 9,09-14,83
Cd 0,001 0,318 0,018 0,067 > 0,219 0,152-0,219 0,085-0,151
Cr 0,002 0,007 0,004 0,001 > 0,007 0,006-0,007 0,002-0,005
Cu 0,0 0,292 0,003 0,08 > 0,243 0,163-0,243 0,083-0,162
Fe 0,003 3,173 0,422 0,528 > 2,006 1,478-2,006 0,950-1,477
Hg 0,002 0,024 0,011 0,006 > 0,029 0,023-0,029 0,017-0,022
K 0,005 8,847 2,250 2,094 > 8,532 6,438-8,532 4,344-6,437
Li 0,0 0,008 0,003 0,001 > 0,006 0,005-0,006 0,004-0,005
Mg 0,06 14,455 2,462 2,524 > 10,034 7,510-10,034 4,986-7,509
Mn 0,0 2,548 0,083 0,349 > 1,130 0,781-1,130 0,432-0,780
Mo 0,001 0,021 0,007 0,004 > 0,019 0,015-0,019 0,011-0,014
Na 0,118 27,359 9,118 9,236 > 36,826 27,590-36,826 18,416-27,589
Ni 0,001 0,062 0,045 0,010 > 0,075 0,065-0,075 0,055-0,064
Pb 0,0 0,274 0,034 0,065 > 0,229 0,164-0,229 0,099-0,163
Sc 0,0 0,004 0,002 0,001 > 0,005 0,004-0,005 0,003-0,004
Se 0,004 0,130 0,003 0,026 > 0,081 0,055-0,081 0,029-0,054
Si 0,77 5,195 1,354 1,487 > 5,815 4,328-5815 2,841-4,327
Sn 0,001 0,081 0,027 0,021 > 0,090 0,069-0,090 0,048-0,068
Sr 0,0 0,236 0,030 0,043 > 0,159 0,116-0,159 0,077-0,115
V 0,0 0,005 0,001 0,001 > 0,004 0,003-0,004 0,002-0,003
W 0,02 0,029 0,013 0,006 > 0,031 0,025-0,031 0,019-0,024
Zn 0,001 0,144 0,026 0,024 > 0,098 0,074-0,098 0,050-0,073
Cl 0,02 17,50 2,11 3,76 > 13,39 9,63-13,39 5,87-9,62
F 0,01 1,76 0,096 0,195 > 0,681 0,486-0,681 0,291-0,485
NO3 0,02 714,0 37,883 94,377 > 321,014 226,637-321,014 132,260-226,636
SO4 0,02 26,3 1,196 3,171 > 10,709 7,538-10,709 4,367-7,537
215
Tabela 8.7a – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (água).
216
CF-A-019C 621798 8264672 Córrego Marcação 0.006 0.019
CF-A-020C 622134 8270138 Córrego Acorizal
CF-A-021C 624374 8269162 Córrego Leonor
CF-A-022C 626490 8296368 Córrego Coxipozinho? 0.013
CF-A-023C 624591 8295010 Córrego Indepêndencia 0.004 0.011
CF-A-024C 616256 8271815 Bairro Pedra 90 0.004
CF-A-025C 617698 8272883 Córrego Água Limpa 0.005
CF-A-026C 616812 8274997 Córrego Bêbado 0.005
CF-A-027C 618940 8282005 Córrego Fundo 0.004
CF-A-028C 617559 8287749 Rio Aricazinho 0.005 0.013
CF-A-029C 616465 8287618 Afl.Marg.Dir.Rio Aricazinho 0.006 0.013
CF-A-030C 618895 8302235 Córrego Salgadeira 0.018 0.004 0.013
CF-A-031C 618915 8301379 Chacara Sispuc 8.847 0.006
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.7b – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (água).
217
CF-A-019C 621798 8264672 Córrego Marcação 0.004 3.029
CF-A-020C 622134 8270138 Córrego Acorizal 0.003
CF-A-021C 624374 8269162 Córrego Leonor 26.563 0.003 0.021
CF-A-022C 626490 8296368 Córrego Coxipozinho? 0.033
CF-A-023C 624591 8295010 Córrego Indepêndencia 0.003 0.029
CF-A-024C 616256 8271815 Bairro Pedra 90 24.278 0.003 8.07
CF-A-025C 617698 8272883 Córrego Água Limpa 23.896 0.003 0.030 3.708
CF-A-026C 616812 8274997 Córrego Bêbado 24.097 0.004
CF-A-027C 618940 8282005 Córrego Fundo 24.438 0.003 3.110
CF-A-028C 617559 8287749 Rio Aricazinho 22.270 0.003 4.610 0.004 148.0
CF-A-029C 616465 8287618 Afl.Marg.Dir.Rio Aricazinho 23.613 0.003 2.936
CF-A-030C 618895 8302235 Córrego Salgadeira 24.631 0.003 0.053
CF-A-031C 618915 8301379 Chacara Sispuc 22.528 0.003 5.195
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.7c – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (água).
218
CF-A-057C 602593 8273473 Córrego Moinho
CF-A-058C 598765 8271833 Córrego Barbado 0.313 0.292 0.024
CF-A-060C 601388 8294888 Córrego do Cocho 4.394 0.005
CF-A-061C 603859 8297815 2.2 km a NE do Bal. Letícia 4.765 0.004
CF-A-062C 593207 8290187 Córrego do Ouro
CF-A-063C 596822 8279212 Ribeirão da Ponte 0.014
CF-A-064C 596846 8278078 Córrego Quarta Feira 0.059 21.047 2.262 0.560
CF-A-065C 592458 8272118 Córrego General 0.037 23.623 4.625 5.197
CF-A-066C 595190 8265536 Córrego Água Limpa
CF-A-067C 593490 8265158 Córrego Traira 16.147 6.644 0.005
CF-A-068C 593450 8265096 Córrego Piçarrão 0.083 2.377 0.018
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.7d – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (água).
219
CF-A-057C 602593 8273473 Córrego Moinho 60 5.55
CF-A-058C 598765 8271833 Córrego Barbado 0.274 8.89 7.69
CF-A-060C 601388 8294888 Córrego do Cocho 24.358 4.667
CF-A-061C 603859 8297815 2.2 km a NE do Bal. Letícia 22.295 0.004 0.060 4.309
CF-A-062C 593207 8290187 Córrego do Ouro 0.020
CF-A-063C 596822 8279212 Ribeirão da Ponte
CF-A-064C 596846 8278078 Córrego Quarta Feira 0.219 10.6 0.62 8.90
CF-A-065C 592458 8272118 Córrego General 0.110 10.1 5.42
CF-A-066C 595190 8265536 Córrego Água Limpa 0.030
CF-A-067C 593490 8265158 Córrego Traira 0.064 12.0 0.44 5.55
CF-A-068C 593450 8265096 Córrego Piçarrão 0.121 0.021 8.21
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.7e – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (água).
220
CF-A-097C 563856 8284694 Córrego Salinas 0.305 0.275
CF-A-100C 560308 8274219 Córrego Fundo 0.154 3.173
CF-A-101C 557025 8269981 Córrego dos Macacos 8.264
CF-A-102C 555778 8271234 Córrego Jacaré 0.179 0.992
CF-A-103C 553327 8274537 Córrego do Lopes 0.110 5.320
CF-A-104C 552559 8274016 Córrego Aguaçú
CF-A-105C 552347 8273020 Córrego das Onças 0.105
CF-A-106C 550561 8264147 Córrego Maciel
CF-A-107C 546936 8262622 Córrego Fundo 8.663
CF-A-108C 541822 8264810 Córrego Aguaçú do Monjolo 23.966 14.455
CF-A-109C 537815 8259865 xxx 19.233 0.004 13.669
CF-A-110C 537519 8258147 Córrego Parizinho 0.047 10.136 10.964
CF-A-112C 571634 8276035 xxx 1.138
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
Tabela 8.7f – Amostras selecionadas com concentrações de 1ª, 2ª e 3ª ordem (água).
221
CF-A-097C 563856 8284694 Córrego Salinas 0.267
CF-A-100C 560308 8274219 Córrego Fundo
CF-A-101C 557025 8269981 Córrego dos Macacos 0.058 0.002
CF-A-102C 555778 8271234 Córrego Jacaré
CF-A-103C 553327 8274537 Córrego do Lopes 8.12
CF-A-104C 552559 8274016 Córrego Aguaçú 0.028 6.84 1.76
CF-A-105C 552347 8273020 Córrego das Onças 0.30 8.34
CF-A-106C 550561 8264147 Córrego Maciel 0.056 0.026
CF-A-107C 546936 8262622 Córrego Fundo 0.019
CF-A-108C 541822 8264810 Córrego Aguaçú do Monjolo 0.057 0.086 0.053
CF-A-109C 537815 8259865 xxx 0.058 0.082 0.027 0.052
CF-A-110C 537519 8258147 Córrego Parizinho 0.057 0.159 0.144
CF-A-112C 571634 8276035 xxx
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1ª ORDEM
2ª ORDEM
3ª ORDEM
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
222
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
223
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
224
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
225
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
na Faz. Quinta da Boa Vista. A média fia líquida, foi muito importante para a
aritmética (37,8mg/L) apresenta-se tam- caracterização da distribuição dos ele-
bém acima do Valor Máximo Permiti- mentos químicos e para o entendimen-
do pelo CONAMA (10mg/L). Na to das anomalias.
Tabela 8.8 são apresentadas as con- Chamou atenção, apesar de não es-
centrações para NO 3. tar correlacionado com nenhum dos
As concentrações de NO3 estabele- elementos analisados, o NO3 que carac-
cem duas áreas bem definidas: a região terizou geograficamente duas áreas,
nordeste onde se encontra a Grande mostrando uma contaminação antrópi-
Cuiabá, e a região sudeste caracterizan- ca no entorno de Cuiabá e outro pólo
do uma contaminação antrópica na de contaminação em Várzea Grande.
região de Várzea Grande. Os teores de nitrato obtidos nas
Estes valores correspondem a 36,2% análises químicas das amostras de
das amostras coletadas, mostrando uma água resultaram em valores muito al-
grande incidência de valores anômalos tos, chegando até 714mg/L na amostra
e caracterizando alta contaminação CF-A-53 coletada na Faz. Quinta da
antrópica. Boa Vista. A média aritmética (37,8mg/L)
apresenta-se também acima do Valor
8.7 – CONCLUSÕES Máximo Permitido pelo CONAMA
(10 mg/L). Estes valores caracterizam
A metodologia de amostragem com uma contaminação antrópica no entor-
a coleta de sedimentos de corrente e no de Cuiabá e na região NE da área
água com uma densidade média de 1 estudada.
amostra/20km 2 foi suficiente para de- Em afluentes do ribeirão Pari, no cór-
tectar possíveis fontes naturais e/ou an- rego Pirapora (amostra CF-S-095), ape-
trópicas. sar de não se ter informações sobre
A análise química multielementar garimpos, ocorre uma forte anomalia
para os cátions, através de ICP/OES, e para ouro. Este fato também foi observa-
para os ânions, através de cromatogra- do no córrego Jacaré (amostra CF-S-102).
226
Tabela 8.8 – Concentração de NO3 nas amostras, mostrando valores acima dos VMP (valores máximos permitidos) pelo CONAMA (10 mg/L).
CF-A-001C 644618 8265019 Córrego Conceição 108,0 CF-A-045C 603489 8277461 Córrego Gomital 13,1
CF-A-002C 647125 8267443 Córrego Tamanduá 280,0 CF-A-048C 608618 8257646 Córrego Aricazinho 18,5
CF-A-003C 648507 8268502 Córrego Angical 29,7 CF-A-052C 596000 8259449 Córrego Morrinho 63,1
CF-A-004C 649333 8270640 xxxxx 66,7 CF-A-053C 596508 8262220 Faz. Quinta Boa Vista 714,0
CF-A-005C 653892 8273580 Rio Aricá-Açu 43,0 CF-A-066C 595190 8265536 Córrego Água Limpa 56,5
CF-A-008C 643773 8275661 Córrego Taguarussú 348,0 CF-A-071C 590759 8247586 2,2km a NE do Bal. Letícia 11,4
CF-A-009C 645697 8280272 Córrego Urubamba 14,3 CF-A-073C 586136 8262142 Córrego Carandazinho 325,0
CF-A-011C 642542 8278409 Córrego Formosa 122,0 CF-A-074C 586097 8262590 Córrego Formigueiro 11,9
CF-A-012C 639272 8268889 xxxxx 152,0 CF-A-083C 575940 8287235 Córrego Guanandi 118,0
CF-A-017C 628404 8275506 Córrego do Médico 191,0 CF-A-086C 577432 8277026 Fazenda São José 18,0
227
CF-A-020C 622134 8270138 Córrego Acorizal 12,5 CF-A-087C 577219 8272700 Córrego Texeirinha 78,8
CF-A-024C 616256 8271815 Bairro Pedra 90 27,2 CF-A-089C 580017 8258673 Córrego Barbeiro 139,0
CF-A-028C 617559 8287749 Rio Aricazinho 148,0 CF-A-091C 579325 8252610 Córrego Tobatinha 14,0
CF-A-029C 616465 8287618 Afl. marg.dir. Rio Aricazinho 14,3 CF-A-095C 563734 8272495 Córrego Pirapora 31,2
CF-A-032C 618503 8304066 Rio Claro 47,8 CF-A-099C 562251 8283709 Córrego Esmeril 10,3
CF-A-034C 615257 8282019 Córrego Pires 266,0 CF-A-103C 553327 8274537 Córrego do Lopes 23,3
CF-A-036C 608590 8297744 Rio dos Peixes 20,8 CF-A-105C 552347 8273020 Córrego das Onças 95,3
CF-A-043C 608994 8280701 Córrego Pirapora 39,2 CF-A-112C 571634 8276035 xxxxx 33,3
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
CF-A-044C 609758 8275951 Coxipó Mirim 11,7 CF-A-113C 565521 8276604 Fazenda Canindé 169,0
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
228
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
9 – HIDROLOGIA
229
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
230
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.1 – Características físicas das principais bacias hidrográficas dentro da área do projeto.
231
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
232
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Característica(1) Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Tméd ( C)
o
26,7 25,3 26,5 26,1 24,6 23,5 22,0 24,7 26,6 27,4 27,2 26,6 25,6
Tmín (oC) 23,2 22,9 22,9 22,0 19,7 17,5 16,6 18,3 22,1 17,1 22,9 23,0 20,6
Tmáx (oC) 32,6 32,6 32,9 32,7 31,6 30,7 31,8 34,1 34,1 34,0 31,1 32,5 32,5
ET (mm) 89,4 76,2 78,1 40,5 93,2 106,2 132,8 173,6 156,2 143,4 111,0 92,7 1293
UR (%) 80,7 81,6 81,0 79,5 74,2 73,7 65,4 57,3 61,8 69,9 74,2 78,5 73,1
PT (mm) 202 194 206 127 52 21 6 15 56 120 164 195 1.391
Fonte: INMET, 9º Distrito de Meteorologia.
90 30
29
85
28
80
Umidade Relativa do Ar (%)
27
Temperatura do ar (ºC)
75
26
70 25
24
65
23
60
22
55
21
50 20
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
(1)
Tméd = temperatura média; Tmín = temperatura mínima; Tmáx = temperatura máxima;
ET = evaporação total; UR = umidade relativa do ar; PT = precipitação total.
233
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
250 200
180
200 160
140
Precipitação Total (mm)
150 120
100
100 80
60
50 40
20
0 0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
234
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Estação Código Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Cuiabá (PCD INPE) 01556002 207 199 218 126 47,4 24,5 5,66 17,3 65,7 127 177 202
Santa Edwiges 01556007 261 176 202 103 46 15 6 7 70 107 195 224
Nossa Sra. do Livramento 01556001 217 209 226 111 46 18 3 20 52 92 158 187
Chapada dos Guimarães 01555001 327 337 304 189 94 34 22 23 86 189 250 303
Cuiabá-Campus Universitário 01556009 212 200 196 122 47 22 11 26 61 127 149 187
235
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
400
300
250
200
150
100
50
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Santa Edwiges Nossa Sra. do Livramento Chapada dos Guimarães Cuiabá (PCD INPE)
3500
3000
Totais pluviométricos médios anuais (mm)
2500
2000
1500
1000
500
0
1974 1976 1978 1980 1982 1984 1986 1988 1990 1992 1994 1996 1998 2000 2002
Figura 9.4 – Totais anuais por ano hidrológico das precipitações na esta-
ção Cuiabá (PCD INPE).
236
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Figura 9.5 – Mapa de isoietas das médias dos totais anuais de precipitação para a área
do projeto.
Santa Edwiges 85,9 62,8 51,2 54,2 44,7 26,3 7,9 4,7 6,2 33,6 41,3 56,1 52,9 114
Nossa Sra. do Livramento 86,8 48,6 52,1 50,7 28,6 22,6 10,5 3,3 10,1 23,9 39,3 52,3 45,6 125
Chapada dos Guimarães 103 64,5 69,7 57,9 58,5 40,6 17,6 12,6 12,8 34,1 58,6 60,5 56,9 147
237
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.7 – Precipitação máxima de 1 dia para diferentes períodos de retorno (Tr em anos).
Precipitação Máxima (mm)
Estação Código
Tr = 2 Tr = 5 Tr = 10 Tr = 25 Tr = 50 Tr = 100
Cuiabá (PCD INPE) 01556002 99,7 113 128 145 159 172
Santa Edwiges 01556007 102 122 137 155 169 183
Nossa Sra. do Livramento 01556001 84,5 101 112 126 137 148
Chapada dos Guimarães 01555001 85,3 108 124 144 159 174
Estação Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Ano
Cuiabá
19 18 17 11 6 3 1 2 6 11 13 17 129
(PCD INPE)
Santa Edwiges 13 11 10 5 3 1 1 1 4 6 10 12 79
Nossa Senhora
24 15 19 10 4 2 0 0 8 10 12 13 122
do Livramento
Chapada dos
18 13 0 0 0 2 0 1 7 8 13 13 88
Guimarães
238
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.9 – Dias de chuva no ano (NDC) e os maiores períodos de estiagem (MPE).
239
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.10 – Vazões médias mensais do rio Cuiabá na estação Cuiabá (período 1962 a 2002).
Vazão média Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
Média (m /s)
3
698 808 745 451 243 155 124 107 114 158 246 464
Máxima (m 3/s) 1354 1407 1383 878 469 203 145 124 173 356 582 1.027
Mínima (m3/s) 316 417 385 268 170 133 110 97,7 96,4 101 124 204
Média específica
30,0 34,79 32,08 19,42 10,46 6,67 5,34 4,61 4,91 6,80 10,59 19,98
(l/s.km 2 )
Máxima específica
58,3 60,58 59,55 37,80 20,19 8,74 6,24 5,34 7,45 15,33 25,06 44,22
(l/s.km 2 )
Mínima específica
13,6 17,95 16,58 11,54 7,32 5,73 4,74 4,21 4,15 4,35 5,34 8,78
(l/s.km 2 )
70
60
Vazões médias específicas(l/s.km2)
50
40
30
20
10
0
Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez
240
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.11 – Vazões anuais do rio Cuiabá na estação Cuiabá (1962 a 2002).
Embora com dados insuficientes, fo- 2000 a 2002 ficou abaixo da média do
ram feitas comparações entre os dois pe- período 1962-1999.
ríodos das séries de vazões médias, No caso das vazões mínimas, pode-
máximas e mínimas, através dos gráficos se perceber na Figura 9.8 que a média
das figuras 9.7 a 9.9. do período de 2000 a 2002 ficou aci-
Observa-se na Figura 9.7 que a mé- ma das médias dos períodos 1962-
dia das vazões médias do período de 1999.
241
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
700
600
(m3/s)s)
Vazões médias anuais (m3/ 500
400
300
200
100
0
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005
Figura 9.7 – Vazões médias anuais do rio Cuiabá na estação Cuiabá, antes
e depois do fechamento das comportas da Usina do Manso.
160
140
120
(m3/s)s)
Vazões mínimas anuais (m3/
100
80
60
40
20
0
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005
3500
3000
(m3/s)s)
Vazões máximas anuais (m3/
2500
2000
1500
1000
500
0
1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000 2005
242
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
2250
2000
1750
Vazões diárias (m3/s)
(m3/s)
1500
1250
1000
750
500
250
0
jan- mai- ago- dez- abr- ago- dez- abr- ago- dez- abr- ago- dez- abr- ago- dez-
98 98 98 98 99 99 99 00 00 00 01 01 01 02 02 02
dias
243
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
sete pontos da curva entre 5% e 100%. das vazões durante as estiagens prolon-
A Figura 9.11 mostra o desenho da gadas, correspondendo às contribuições
curva de permanência das vazões. subterrâneas.
A curva de recessão é definida por
Vazão Mínima de Sete Dias uma equação simplificada para a hidró-
Consecutivos com Período de grafa do período de estiagem, podendo
Retorno de 10 Anos (Q7,10) ser representada por: Qt = Q0.e-kt, onde
Utilizando a série de vazões mínimas Q0 é a vazão em um tempo inicial, verifi-
diárias da estação Cuiabá, foi calculada, cada logo após cessarem os escoamen-
através do ajuste da distribuição de Gum- tos superficiais; Qt é a vazão ao final de
bel, a vazão Q7,10, encontrando-se um um tempo t em dias; k é o coeficiente de
valor igual a 60,7m3/s. depleção que depende das características
Comparando-se as vazões Q 7,10 da bacia, principalmente da regularização
(= 60,7m3/s) e Q95 (= 77,2m3/s), verifica-se, do rio e das características hidráulicas do
como esperado, que o valor de Q95 é aqüífero. Quanto menor o valor de k,
maior que o de Q7,10, esta, portanto, é mais regularizado é o trecho do rio.
mais restritiva como valor de referên- Os parâmetros da curva de recessão
cia para cálculos de outorga. para Cuiabá foram definidos usando as
vazões mínimas diárias do ano mais seco
Curva de Recessão da série histórica da estação Cuiabá, o
As descargas de recessão ou deple- ano de 1969, obtendo-se a seguinte
ção de descargas de base são as variações equação: Qt = Q0.e-0,013.t
2500
2000
/s )
1500
m3/s)
3
vazão ((m
1000
500
0
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
Permanência ( % )
244
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
200
180
160
140
(m3/s)
/s)
(m33/s)
120
vazões (m
100
80
60
40
20
0
0 20 40 60 80 100 120
dias
245
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
246
Tabela 9.14 – Resumo das vazões medidas nos afluentes do rio Cuiabá dentro da área do projeto(2).
Período das medições
Ponto Curso d’água Área set-04 dez-04 mar-05 jul-05 out-05
(km2) Q(m3/s) q(l/s.km2) Q(m3/s) q(l/s.km2) Q(m3/s) q(l/s.km2) Q(m3/s) q(l/s.km2) Q(m3/s) q(l/s.km2)
M01 Córrego Gambá 2,42 0,10 rio seco rio seco
M02 Rio Cocaes 40,3 0,052 1,30 0,100 2,47 0,212 5,26 0,019 0,470 0,00014 0,0035
M03 Rio Cocaes 154 rio cortado rio cortado 0,892 5,78 1,22 7,90 rio seco rio seco
M04 Rio Cocaes 492 rio seco rio seco 6,41 13,02 rio seco rio seco
M05 Rio Pari 5,22 rio seco rio seco 0,0046 rio seco rio seco
M06 Rio Pari 59,9 rio seco rio seco 2,06 34,5 0,044 0,736 0,023 0,384
M07 Rio Pari 505 rio seco rio seco 14,5 28,6 rio seco rio seco
M08 Rio Pari 712 0,009 0,013 1,22 1,71 2,53 3,55 0,00045 0,0006 rio seco rio seco
M09 Rio Pari 747 rio cortado rio cortado 2,93 3,93
M10 Rio Esmeril 5,81 rio seco rio seco 0,016 rio seco rio seco
M11 Rio Esmeril 52,3 rio seco rio seco 3,48 66,5 0,121 2,31 rio seco rio seco
M12 Rio Esmeril 258 rio cortado rio cortado 0,226 0,877 0,331 1,28 rio seco rio seco rio seco rio seco
M13 Rio Bandeira 5,82 rio seco rio seco 0,036 rio seco rio seco
M14 Rio Bandeira 30,8 rio seco rio seco 0,346 11,2 rio seco rio seco
247
M15 Rio Bandeira 212 rio cortado rio cortado 1,99 9,37 rio seco rio seco 0,153 0,72
M16 Rio Coxipó 16,7 0,010 0,078 0,559 0,035 0,043
M17 Rio Coxipó 47,4 0,040 0,847 0,137 2,88 0,857 18,1 0,074 1,55 0,472 9,95
M18 Rio Coxipó 259 3,74 14,4 4,29 16,6 6,14 23,7 3,94 15,2 4,02 15,5
M19 Rio Coxipó 524 5,29 10,1 5,20 9,93 8,50 16,2 4,92 9,40 5,81 11,1
M20 Rio Coxipó 667 5,04 7,56 5,15 7,73 10,1 15,2 4,93 7,39 6,02 9,02
M21 Córrego Salgadeira 0,350 0,426 0,409 0,397 0,435 0,476
M22 Rio Claro 33,0 1,76 2,18
M23 Córrego Mutuca 64,4 1,30 1,567 1,67 1,21 1,58
M24 Rio dos Peixes 46,1 0,067 0,096
M25 Rio Aricá-Açu 21,4 0,456 0,203 0,151
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
M26 Rio Aricá-Açu 118 0,908 7,71 1,10 9,30 5,01 42,5 1,15 9,74 0,897 7,61
M27 Rio Aricá-Açu 253 0,836 3,31 1,34 5,32 14,4 57,1 1,21 4,77 1,30 5,16
M28 Rio Aricá-Açu 1.273 1,27 1,00 4,15 3,26 43,8 34,4 1,77 1,39 1,05 0,83
M29 Rio Aricá-Açu 1.668 0,949 0,569 5,10 3,06 17,1 10,2 1,54 0,92 0,984 0,59
F1 Rio Cuiabá 23.226 602 25,9
(2)
A descrição da localização dos pontos pode ser encontrada em anexo.
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Foto 9.1 – Ponto M02 - Rio Cocaes na ponte da Foto 9.5 – Ponto M15 - Rio Bandeira próximo à
estrada para Nossa Sra. do Livramento. foz.
Foto 9.2 – Ponto M06 - Rio Pari no segundo pon- Foto 9.6 – Ponto M16 - Rio Coxipó na nascente.
to do rio, de montante para jusante.
Foto 9.3 – Ponto M08 - Rio Pari à montante da Foto 9.7 – Ponto M17 - Rio Coxipó no balneário
ponte da BR-163. Cachoeirinha.
Foto 9.4 – Ponto M12 - Rio Esmeril à jusante Foto 9.8 – Ponto M18 - Rio Coxipó no balneário
ponte da BR-163. próximo à confluência com o córrego Mutuca.
248
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Foto 9.9 – Ponto M19 - Rio Coxipó à montante Foto 9.13 – Ponto M25 - Rio Aricá-Açu na
da antiga ponte de ferro. nascente.
Foto 9.10 – Ponto M20 - Rio Coxipó à jusante da Foto 9.14 – Ponto M26 - Rio Aricá-Açu no
ponte da avenida Fernando Corrêa. segundo ponto, situado à montante da ponte.
Foto 9.11 – Ponto M21 - Córrego Salgadeira, Foto 9.15 – Ponto M27 - Rio Aricá-Açu na ponte à
afluente do rio Coxipó, no balneário Santa Rita. montante da confluência com o ribeirão Formosa.
Foto 9.12 – Ponto M23 - Córrego Mutuca, afluente Foto 9.16 – Ponto M28 - Rio Aricá-Açu próximo
do rio Coxipó, próximo à ponte da MT-305. à ponte da BR-364.
249
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250
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
1000
750
500
cota (cm)
250
-250
-500
0 50 100 150 200 250
distância (m)
251
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.16 – Parâmetros analisados e seus limites para as águas doces de classe 2.
(3)
pH = Potencial Hidrogeniônico; OD = Oxigênio Dissolvido (mgO 2/L); DBO = Demanda
Bioquímica de Oxigênio (mg/L); Turb = Turbidez (uT); Cor = cor verdadeira do rio (mg Pt/l);
FT = Fosfato Total (mg/LP); NO 3 = Nitrato (mg/L); STD = Sólidos Totais Dissolvidos (mg/L).
252
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Ambiente de Mato Grosso – FEMA-MT vam com valores acima dos limites em al-
à manutenção e preservação da vida guns pontos da área.
aquática. Para uma análise visual, as figuras 9.14
As águas nos pontos de coleta atendem, e 9.15 mostram, respectivamente, os valo-
segundo as resoluções do CONAMA nos res dos parâmetros oxigênio dissolvido com
274/2000 e 357/2005, as condições para a temperatura, e da DQO com os Sólidos
águas doces de classe 2, de acordo com os Totais Dissolvidos, nos pontos de coleta de
valores obtidos nas campanhas realizadas amostras, no mês de março de 2005.
em março de 2005 e julho de 2005. Observando as tabelas 9.21 e 9.22,
Os dados de qualidade da água ob- pode-se perceber que os parâmetros Fos-
tidos em março de 2005 e a correspon- fato Total e DBO apresentaram valores aci-
dente classificação são apresentados, ma dos limites da classe 2 em muitos
respectivamente, nas tabelas 9.19 e pontos. Também apresentaram valores
9.20, enquanto que os dados de quali- acima em alguns pontos da área, os parâ-
dade da água obtidos em julho/05 e sua metros Alcalinidade Total, DQO e Cor.
(4)
DQO = Demanda Química de Oxigênio (mg/L); Condutividade = Condutividade Elétrica (µmho/
cm-1); DT = Dureza Total (mg/L CaCO3); AT = Alcalinidade Total (mg/LCaCO3).
(5)
A Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde estabelece para a Dureza Total o teor de 500mg/L em
termos de CaCO3 como o valor máximo permitido para água potável.
253
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Para melhor análise dos resultados ço de 2005 e os valores obtidos dos pa-
obtidos, as figuras 9.16, 9.17 e 9.18 mos- râmetros: DBO, fosfato total, coliformes
tram os valores, respectivamente, da totais e fecais, analisados em julho de
DBO com Fosfatos Totais, DBO com tem- 2005.
peratura, e Coliformes Termotolerantes
(fecais) com Coliformes Totais, nos pon- Parâmetros Analisados para Detecção de
tos de coleta de amostras, no mês de ju- Pesticidas
lho de 2005.
As figuras 9.19 e 9.20 mostram per- Em setembro de 2004, quando exe-
fis de qualidade da água dos rios Coxi- cutava medição de vazão no ponto M17
pó, Aricá-Açu e Pari, apresentando os do rio Coxipó, no balneário Cachoeiri-
valores obtidos dos parâmetros: condu- nha, a equipe de hidrologia soube, por
tividade elétrica, oxigênio dissolvido, uma funcionária do local, que em meses
temperatura e pH, analisados em mar- anteriores haviam sido encontrados
254
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.20 – Comparação dos resultados das análises da campanha de março/2005 com limites
para classe 2 (CONAMA nº 357/05) e da Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde (FEMA-MT).
(7)
Parâmetros de Qualidade da Água Medidos: Temp = Temperatura da água (°C); Turb = Turbidez (uT);
DT = Dureza Total (mg/LCaCO3); AT = Alcalinidade Total (mg/LCaCO3); FT = Fosfato Total (mg/LP);
DBO = Demanda Bioquímica de Oxigênio (mg/L); DQO = Demanda Química de Oxigênio (mg/L);
NO3 = Nitrato (mg/L); STD = Sólidos Totais Dissolvidos (mg/L); Cor = cor verdadeira do rio; CT =
Coliformes Totais (NMP/100mL); CF = Coliformes Termotolerantes (Fecais) (NMP/100mL).
255
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.22 – Comparação dos resultados das análises da campanha de julho/2005 com limites
para classe 2 (CONAMA nº 357/05) e da Portaria nº 518/2004 do Ministério da Saúde (FEMA-MT).
9
Oxigênio dissolvido (mg/ l)
4
20 25 Temperatura (ºC) 30 35
M01 - Afluente do Rio Cocaes - Córrego Gambá M02 - Rio Cocaes M03 - Rio Cocaes
M04 - Rio Cocaes M05 - Rio Pari M06 - Rio Pari
M07 - Rio Pari M08 - Rio Pari M09 - Rio Pari
M10 - Rio Esmeril M11 - Rio Esmeril M12 - Rio Esmeril
M13 - Rio Bandeira M14 - Rio Bandeira M15 - Rio Bandeira
M16 - Rio Coxipó M17 - Rio Coxipó M18 - Rio Coxipó
M20 - Rio Coxipó M21 - Afluente do Coxipó - Córrego Salgadeira M23 - Afluente do Coxipó - Córrego Mutuca
M26 - Rio Aricá-Açu M27 - Rio Aricá-Açu M28 - Rio Aricá-Açu
M29 - Rio Aricá-Açu
Figura 9.14 – Oxigênio dissolvido e temperatura nos pontos de coleta de amostras (março/2005).
60
50
DQO (mg / L)
40
30
20
10
0
0 25 50 75 100 125 150
Sólidos Totais Dissolvidos (mg / L)
M01 - Afluente do Rio Cocaes - Córrego Gambá M02 - Rio Cocaes M03 - Rio Cocaes
M04 - Rio Cocaes M05 - Rio Pari M06 - Rio Pari
M07 - Rio Pari M08 - Rio Pari M09 - Rio Pari
M10 - Rio Esmeril M11 - Rio Esmeril M12 - Rio Esmeril
M13 - Rio Bandeira M14 - Rio Bandeira M15 - Rio Bandeira
M16 - Rio Coxipó M17 - Rio Coxipó M18 - Rio Coxipó
M19 - Rio Coxipó M20 - Rio Coxipó M21 - Afluente do Coxipó - Córrego Salgadeira
M23 - Afluente do Coxipó - Córrego Mutuca M25 - Rio Aricá-Açu M26 - Rio Aricá-Açu
M27 - Rio Aricá-Açu M28 - Rio Aricá-Açu M29 - Rio Aricá-Açu
Figura 9.15 – DQO e os Sólidos Totais Dissolvidos nos pontos de coleta de amostras (março/2005).
256
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
25
20
DBO (mg / L)
15
10
0
0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5
Fosfato total (mg / LP)
M02 - Rio Cocaes M06 - Rio Pari M08 - Rio Pari
M16 - Rio Coxipó M17 - Rio Coxipó M18 - Rio Coxipó
M19 - Rio Coxipó M20 - Rio Coxipó M21 - Afluente do Coxipó - Córrego Salgadeira
M23 - Afluente do Coxipó - Córrego Mutuca M25 - Rio Aricá-Açu M26 - Rio Aricá-Açu
M27 - Rio Aricá-Açu M28 - Rio Aricá-Açu M29 - Rio Aricá-Açu
Figura 9.16 – DBO e Fosfatos Totais nos pontos de coleta de amostras (julho/2005).
25
20
DBO (mg / L)
15
10
0
15 20 25 30
Temperatura da água (ºC)
Figura 9.17 – DBO e temperatura da água nos pontos de coleta de amostras (julho/2005).
5500
5000
Coliformes totais (NMP / 100 mL)
4500
4000
3500
3000
2500
2000
1500
1000
500
0
0 500 1000 1500 2000 2500 3000
Figura 9.18 – Coliformes totais e termotolerantes (fecais) nos pontos de coleta de amos-
tras (julho/05).
257
Figura 9.19 – Perfil da qualidade da água dos rios Pari, Aricá-Açu e Coxipó (valores de março/2005).
Data: 17/3/2005 Data: 11/3/2005 Data: 10/3/2005 Data: 9/3/2005 Data: 9/3/2005
Ponto M05 Ponto M06 Ponto M07 Ponto M08 Ponto M09
Q = 0,005 m3/s Q = 2,06 m3/s Q = 14,46 m3/s Q = 2,529 m3/s Q = 2,93 m3/s
Condutividade elétrica Condutividade elétrica = Condutividade elétrica = Condutividade elétrica Condutividade elétrica
= 209 µmho/cm-1 81 µmho/cm-1 106 µmho/cm-1 = 102 µmho/cm-1 = 113 µmho/cm-1
OD = 7,16 mO2/L OD = 6,45 mO2/L OD = 5,34 mO2/L OD = 6,22 mO2/L OD = 5,99 mO2/L
T = 24,2°C T = 26,5°C T = 26,3°C T = 28,0°C T = 27,3°C
RIO PARI pH = 7,27 pH = 6,77 pH = 6,85 pH = 6,83 pH = 6,78
RIO
Nascente
2,17 km 12,72 39,98 19,52 3,91 km 3,78 km CUIABÁ
Data: 12/3/2005 Data: 3/3/2005 Data: 2/3/2005 Data: 3/3/2005 Data: 4/3/2005
Ponto M25 Ponto M26 Ponto M27 Ponto M28 Ponto M29
Q = 0,456 m3/s Q = 5,01 m3/s Q = 14,44 m3/s Q = 43,75 m3/s Q = 17,07 m3/s
Condutividade elétrica Condutividade elétrica Condutividade elétrica = Condutividade elétrica Condutividade elétrica
= 76 µmho/cm-1 = 41 µmho/cm-1 38 µmho/cm-1 = 28 µmho/cm-1 = 35 µmho/cm-1
258
OD = 6,33 mO2/L OD = 6,91 mO2/L OD = 7,07 mO2/L OD = 5,57 mO2/L OD = 4,21 mO2/L
T = 26,3°C T = 27,4°C T = 26,2°C T = 27,7°C T = 29,4°C
RIO ARICÁ-AÇU pH = 7,01 pH = 6,80 pH = 6,50 pH = 6,60 pH = 6,40
Nascente RIO
9,68 km 9,20 km 9,20 km 23,73 32,55 4,04 km CUIABÁ
Data: 8/3/2005 Data: 8/3/2005 Data: 7/3/2005 Data: 4/3/2005 Data: 4/3/2005
Ponto M16 Ponto M17 Ponto M18 Ponto M19 Ponto M20
Q = 0,559 m3/s Q = 0,857 m3/s Q = 6,14 m3/s Q = 8,49 m3/s Q = 10,11 m3/s
Condutividade elétrica Condutividade elétrica Condutividade elétrica Condutividade elétrica Condutividade elétrica
= 10 µmho/cm-1 = 10 µmho/cm-1 = 8 µmho/cm-1 = 15,5 µmho/cm-1 = 50 µmho/cm-1
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
OD = 6,84 mO2/L OD = 6,90 mO2/L OD = 7,39 mO2/L OD = 7,11 mO2/L OD = 8,21 mO2/L
T = 25,7°C T = 24,1°C T = 26,2°C T = 30,7°C T = 28,7°C
RIO COXIPÓ pH = 6,83 pH = 7,23 pH = 6,90 pH = 7,02 pH = 6,79
RIO
Nascente
CUIABÁ
4,20 km 7,91 km 15,43 22,49 20,15 2,07 km
Figura 9.20 – Perfil da qualidade da água dos rios Pari, Aricá-Açu e Coxipó (valores de julho/2005).
Data: 21/7/2005 Data: 21/7/2005 Data: 20/7/2005 Data: 20/7/2005 Data: 21/7/2005
Ponto M25 Ponto M26 Ponto M27 Ponto M28 Ponto M29
Q = 0,203 m3/s Q = 1,15 m3/s Q = 1,21 m3/s Q = 1,77 m3/s Q = 1,54 m3/s
Temperatura = 19,5°C Temperatura = 20,3°C Temperatura = 17,8°C Temperatura = 18,2°C Temperatura = 21,4°C
DBO = 2,00 mg/L DBO = 3,50 mg/L DBO = 6,00 mg/L DBO = 6,00 mg/L DBO = 7,00 mg/L
259
FT = 0,030 mg/LP FT = 0,060 mg/LP FT = 0,120 mg/LP FT = 0,100 mg/LP FT = 0,180 mg/LP
CF = 0 NMP/100 mL CF = 55,0 NMP/100 mL CF = 118 NMP/100 mL CF = 190 NMP/100 mL CF = 420 NMP/100 mL
RIO ARICÁ-AÇU CT = 120 NMP/100 mL CT = 370 NMP/100 mL CT = 660 NMP/100 mL CT = 730 NMP/100 mL CT = 900 NMP/100 mL
Nascente RIO
9,68 km 9,20 km 9,20 km 23,73 32,55 4,04 km CUIABÁ
Data: 26/7/2005 Data: 22/7/2005 Data: 26/7/2005 Data: 22/7/2005 Data: 20/7/2005
Ponto M16 Ponto M17 Ponto M18 Ponto M19 Ponto M20
Q = 0,035 m3/s Q = 0,074 m3/s Q = 3,94 m3/s Q = 4,92 m3/s Q = 4,93 m3/s
Temperatura = 18,1°C Temperatura = 18,7°C Temperatura = 22,4°C Temperatura = 22,8°C Temperatura = 19,0°C
DBO = 2,80 mg/L DBO = 2,60 mg/L DBO = 7,00 mg/L DBO = 1,40 mg/L DBO = 12,0 mg/L
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
FT = 0,05 mg/LP FT = 0,030 mg/LP FT = 0,014 mg/LP FT = 0,020 mg/LP FT = 0,400 mg/LP
CF = 4,00 NMP/100 mL CF = 14,0 NMP/100 mL CF = 30,0 NMP/100 mL CF = 8,00 NMP/100 mL CF = 2640 NMP/100 mL
RIO COXIPÓ CT = 303 NMP/100 mL CT = 152 NMP/100 mL CT = 516 NMP/100 mL CT = 97 NMP/100 mL CT = 3800 NMP/100 mL
RIO
Nascente
CUIABÁ
4,20 km 7,91 km 15,43 22,49 20,15 2,07 km
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
resíduos de pesticidas nas águas daquele sica de apoio à decisão sobre a outorga
ponto do rio, provenientes de hortas situa- de direito de uso de recursos hídricos.
das a montante do balneário. Além disso, a disponibilidade não se re-
Assim, na campanha de julho de fere apenas à quantidade de água, mas a
2005 foi acrescentada a coleta de amos- condições relativas aos parâmetros quali-
tras de água para análise da presença de tativos, que podem indicar maior ou me-
pesticidas naquele local. Foram escolhi- nor capacidade de diluição de poluentes,
dos para os testes os pesticidas mais co- Cruz (2001).
mumente utilizados: Aldrin, DDT, A disponibilidade hídrica máxima de
Dieldrin, Endosulfan, Malathion, Para- um curso d’água é determinada pela va-
thion Methyl. Os resultados da análise zão média, pois esta é a maior vazão que
realizada não detectaram as referidas pode ser regularizada. Porém, em vários
substâncias na amostra. projetos as vazões mínimas, como Q95 e
Q7,10 são utilizadas como valor de referên-
9.7 – BALANÇO HIDROLÓGICO cia para verificação da disponibilidade
MENSAL hídrica, considerando também os aspec-
tos de variabilidade e sazonalidade da re-
O balanço hidrológico mensal foi efe- gião estudada.
tuado considerando a pluviosidade e a A avaliação da disponibilidade hídri-
lâmina escoada, tendo como base a esta- ca de pequenas bacias é necessária para
ção fluviométrica de Cuiabá. A Tabela definir a vazão de projeto de pequenos
9.23 apresenta um balanço hidrológico aproveitamentos de recursos hídricos, pre-
para o local da seção dessa estação, lo- servação ambiental e instrução de proces-
calizada na cidade de Cuiabá. sos de outorga. A ausência de dados de
Parâmetros Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Anual
Pluviosidade (mm) 207 199 218 126 47 25 6 17 66 127 177 202 1.424
Lâmina escoada (mm) 80 84 86 50 28 17 14 12 13 18 27 53 482
Déficit de escoamento (mm) 127 115 132 76 19 8 -8 5 53 109 150 149 942
Coeficiente de escoamento (%) 39 42 39 40 60 68 - 71 20 14 15 26 34
260
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Tabela 9.25 – Vazões para verificação da disponibilidade hídrica do rio Cuiabá em Cuiabá.
Vazão Média
Vazão Média Q95 Q7,10 q 95 l/s.km² q7,10 l/s.km²
Específica
361 m3/s 15,54 l/s.km 2 77,2 m3/s 60,7 m3/s 3,3 2,6
261
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o rio Cuiabá dispõe de estação com série tiagem. Verificaram-se tais características
de mais de 30 anos de dados. nas nascentes dos rios Coxipó, Bandeira,
As estações de responsabilidade das Esmeril, podendo-se destacar o rio Pari
entidades ambientais locais não dispõem que se encontrava quase seco ao longo
de séries contínuas de dados de vazão, de todo seu curso.
além disso, os pontos de monitoramento Há influência geológica e hidrogeo-
existentes concentram-se ao longo do rio lógica no regime das águas superficiais.
Cuiabá não havendo monitoramento Além da situação crítica de escassez
principalmente nas nascentes dos rios Co- e qualidade da água em que se encon-
xipó, Pari, Aricá-Açu, Bandeira, Esmeril e tram os cursos d’água da região, verifica-
Cocaes, que são os principais afluentes se uma carência de estudos hidrológicos,
do rio Cuiabá localizados dentro da área bem como de investimentos para recupe-
estudada. ração e monitoramento dos mananciais
Pôde-se perceber durante o reconhe- nessa região. Isto demonstra a importân-
cimento da bacia hidrográfica em setem- cia do presente estudo, que através da
bro/04, que muitos córregos e rios da verificação da disponibilidade hídrica su-
região são intermitentes, ocorrendo brus- perficial e da degradação ambiental, con-
cas interrupções no fluxo, ou mesmo seca tribuirá bastante com subsídios para a
total, durante vários dias na época de es- gestão e o planejamento da região.
262
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264
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
ANEXO – Tabela A1
DADOS HIDROLÓGICOS
265
Tabela A1 – Dados coletados nos afluentes do rio Cuiabá dentro da área do projeto.
1
Ponto Curso d' água Área Coordenadas Data Qmed qmed Sedimentometria Parâmetros de qualidade da água
2 3 2
(km ) Latitude Longitude (m /s) (l/s.km ) CMSS DSS Temp OD pH Cond Turb DT AT FT DBO DQO NO3 STD Cor CT CF
M01 Córrego Gambá 2,33 15 44 37,4 56 22 24,5 22/9/2004 0,00022
17/12/2004
2 2
16/3/2005 24,2 5,82 7,06 246 1,3 112,6 50,5 <0,005 4,2 <0,01 138 2,5 9,3x10 9,3x10
29/7/2005 rio seco rio seco
M02 Rio Cocaes 42,8 15 44 41,0 56 20 8,3 22/9/2004 0,052 1,215
17/12/2004 0,100 2,336
3 3
16/3/2005 0,212 4,953 24,2 5,47 6,98 198 6,7 91,6 30,6 0,009 9,3 <0,01 126 50 2,1x10 1,5x10
29/7/2005 0,019 0,444 20,0 3,6 90 164 0,28 9 14 0,13 114 20 451 39
6/10/2005 0,00014 0,003
M03 Rio Cocaes 157 15 47 32,5 56 13 51,0 22/9/2004 rio cortado rio cortado
17/12/2004 0,892 5,689
4 3
16/3/2005 1,219 7,774 18,04 1,9 26 6,56 6,89 71 12 22,1 40,5 0,01 11,3 <0,01 44 85 1,1x10 2,4x10
29/7/2005 rio seco rio seco
M04 Rio Cocaes 495 15 45 52,9 56 8 54,3 22/9/2004 rio seco rio seco
3 3
15/3/2005 6,41 12,951 27,6 6,76 6,32 66 22 30,9 22,5 0,012 13,8 <0,01 39 120 1,5x10 1,5x10
28/7/2005 rio seco rio seco
M05 Rio Pari 5 15 47 53,1 56 42 31,3 22/9/2004 rio seco rio seco
2 2
17/3/2005 0,0046 24,2 7,16 7,27 209 1,1 0,0 0,0 0,012 12,4 <0,01 124 7,5 2,0x10 1,5x10
27/7/2005 rio seco rio seco
M06 Rio Pari 60 15 44 0,0 56 38 4,7 22/9/2004 rio seco rio seco
4 3
11/3/2005 2,06 34,474 26,5 6,45 6,77 81 44 26,5 45,9 0,012 15,42 <0,01 22 225 1,1x10 4,6x10
29/7/2005 0,044 0,736 20,5 30 110 190 0,4 21 36 4 161 78 3970 1896
1/10/2005 0,023 0,384
M07 Rio Pari 505 15 35 6,8 56 21 6,5 22/9/2004 rio seco rio seco
3 3
10/3/2005 14,46 28,640 26,3 5,34 6,85 106 60 27,6 28,8 0,022 22,3 0,02 60 225 2,1x10 1,5x10
266
27/7/2005 rio seco rio seco
M08 Rio Pari 712 15 36 10,6 56 12 14,3 22/9/2004 0,009 0,013 28,55 6,238
16/12/2004 1,22 1,711
3 3
9/3/2005 2,53 3,552 28 6,22 6,83 113 23 23,2 29,7 0,018 13,1 0,02 70 120 1,5x10 1,5x10
25/7/2005 0,00045 0,001 19,7 36 70 110 0,38 18 31 3 189 90 5200 3100
1/10/2005 rio seco rio seco
M09 Rio Pari 747 15 34 46,2 56 9 56,0 22/9/2004 rio cortado rio cortado
3 2
9/3/2005 2,93 3,929 27,3 5,99 6,78 102 32 13,2 20,7 0,012 14,1 0,02 63 250 1,5x10 4,3x10
M10 Rio Esmeril 5,4 15 34 11,9 56 29 5,6 22/9/2004 rio seco rio seco
2 2
17/3/2005 0,016 25 6,79 7,1 156 10 97,2 80,2 0,012 14,4 <0,01 92 55 9,3x10 4,3x10
27/7/2005 rio seco rio seco
M11 Rio Esmeril 52,3 15 31 22,7 56 25 11,3 22/9/2004 rio seco rio seco
16/12/2004 3,48 66,452
3 3
15/3/2005 0,121 2,313 26,4 6,76 6,71 60 11 24,3 31,5 0,02 13,4 <0,01 36 75 4,6x10 2,4x10
26/7/2005 rio seco rio seco
M12 Rio Esmeril 258,0 15 28 45,2 56 17 24,3 22/9/2004 rio cortado rio cortado
16/12/2004 0,226 0,877
4 4
15/3/2005 0,331 1,284 45,47 1,3 26,5 6,07 7,2 56 16 19,9 29,7 0,022 18,2 <0,01 33 100 1,1x10 1,1x10
27/7/2005 rio seco rio seco
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267
15/12/2004 0,409
8/3/2005 0,397 1,05 0,036 26,2 6,31 6,33 2 0,5 0,0 5,4 0,016 9,3 <0,01 2 <2,50 4,6x103 2,4x10 3
22/7/2005 0,435 26,0 0,6 1,1 7 0,02 1,2 2,5 0,05 17 2,5 76 3
5/10/2005 0,476
M22 Rio Claro 33,5 15 20 13,1 55 53 44,9 18/9/2004 1,76
15/12/2004 2,18
M23 Córrego Mutuca 58,2 15 21 55,0 55 57 18,9 18/9/2004 1,30
14/12/2004 1,57
3 3
7/3/2005 1,67 5,67 0,817 25 8,17 6,6 4 8 0,0 7,2 0,016 58,6 <0,02 3 40 4,6x10 4,6x10
26/7/2005 1,21 22,0 3 2 19 0,1 4 7 0,11 23 5 240 2
7/10/2005 1,58
M24 Rio dos Peixes 42,0 15 23 40,1 55 59 17,8 19/9/2004 0,067
14/12/2004 0,096
4 2
M25 Rio Aricá-Açu 22,1 15 36 51,8 55 33 2,8 12/3/2005 0,456 26,3 - 7,01 76 2,7 24,3 40,5 0,012 7,32 <0,01 45 <2,50 1,1x10 4,3x10
21/7/2005 0,203 19,5 1 4 11 0,03 2 3,6 0,12 24 2,5 120 0
4/10/2005 0,151
M26 Rio Aricá-Açu 119 15 38 12,4 55 36 46,3 20/9/2004 0,908 7,659
13/12/2004 1,10 9,241
3 3
3/3/2005 5,01 42,247 22,77 9,856 27,4 6,91 6,8 41 18 8,8 24,3 0,016 5,5 0,02 25 50 2,4x10 2,1x10
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Qmed = Vazão média AT = alcalinidade total (mg/LCaCO 3) Ponto Estação Fluviométrica Curso d'água Código
qmed = Vazão média específica FT = fosfato total (mg/LP) F01 Cuiabá Cuiabá 66260001
CMSS = Concentração Média do Sedimento Suspensão (mg/L) DBO = demanda bioquímica de oxigênio (mg/L) F02 Sto. Ant. Leverger Cuiabá 66270000
DSS = Descarga sólida em suspensão (ton/dia) DQO = demanda química de oxigênio (mg/L)
Temp = temperatura da água (ºC) NO 3 = nitrato (mg/L) Ponto Estação Pluviométrica Código
OD = oxigênio dissolvido (mgO2/L) STD = sólidos totais dissolvidos (mg/L) P01 Cuiabá-Campus Universitário 01556009
-1
Cond = condutividade elétrica (mmho/cm ) CT = coliformes totais (NMP/100 mL) P02 Cuiabá (PCD INPE) 01556002
Turb = turbidez (uT) CF = coliformes fecais (NMP/100 mL) P03 Santa Edwirges 01556007
DT = dureza total (mg/LCaCO3) P04 Nossa Senhora do Livramento 01556001
P05 Chapada dos Guimarães 01555001
1
Localização dos pontos de coleta de dados: Locais sugeridos para instalação de estações da Rede Hidrológica proposta:
268
M01 Córrego Gambá Afluente do Rio Cocaes na fazenda a 200m da estrada p/ BR-070 Ponto Curso d'água Latitude Longitude Estação* Localização
M02 Rio Cocaes Na ponte da estrada para Nossa Senhora do Livramento SF01 Rio Cocaes -15º47’32” -56º13’51” Fluviométrica No ponto M03
M03 Rio Cocaes Trecho médio do Rio Cocaes SF02 Rio Pari -15º44’02” -56º38’04” Fluviométrica Entre os pontos M06 e M07
M04 Rio Cocaes Próximo à foz do Rio Cocaes SF03 Rio Pari -15º36’10” -56º12’14” Fluviométrica No ponto M08
M05 Rio Pari Nascente do Rio Pari SF04 Rio Pari -15º36’07” -56º12’13” Fluviométrica No ponto M09
M06 Rio Pari Segundo ponto do Rio Pari SF05 Rio Esmeril -15º34’12” -56º29’06” Fluviométrica No ponto M10
M07 Rio Pari Trecho médio do Rio Pari SF06 Rio Esmeril -15º28’45” -56º17’24” Fluviométrica No ponto M12
M08 Rio Pari A montante da ponte da Rodovia BR-163 SF07 Rio Bandeira -15º24’28” -56º02’19” Fluviométrica No ponto M14
M09 Rio Pari Próximo à foz do Rio Pari SF08 Rio Bandeira -15º28’27” -56º08’45” Fluviométrica No ponto M15
M10 Rio Esmeril Nascente do Rio Esmeril SF09 Rio Coxipó -15º24’21” -55º49’21” Fluviométrica No ponto M17
M11 Rio Esmeril Trecho médio do Rio Esmeril SF10 Córrego Salgadeira -15º21’08” -55º52’15” Fluviométrica A jusante do ponto M21
M12 Rio Esmeril A jusante da ponte da Rodovia BR-163 SF11 Rio dos Peixes -15º23’40” -55º59’18” Fluviométrica No ponto M24
M13 Rio Bandeira Nascente do Rio Bandeira SF12 Rio Coxipó -15º32’33” -55º58’34” Fluviométrica No ponto M19
M14 Rio Bandeira Trecho médio do Rio Bandeira SF13 Rio Aricá-Açu -15º36’52” -55º33’03” Fluviométrica No ponto M25
M15 Rio Bandeira Próximo à foz do Rio Bandeira SF14 Rio Aricá-Açu -15º39’15” -55º42’02” Fluviométrica No ponto M27
M16 Rio Coxipó Nascente do Coxipó 10m a montante da ponte da estrada SF15 Ribeirão Formosa -15º38’18” -55º41’59” Fluviométrica Afluente do rio Aricá-Açu após pto. M27
M17 Rio Coxipó No Balneário Cachoeirinha SF16 Rio Aricá-Açu -15º39’54” -55º51’21” Fluviométrica Após o Ribeirão do Couro
M18 Rio Coxipó A montante da confluência com o Córrego Mutuca SF17 Rio Aricazinho -15º39’34” -55º53’31” Fluviométrica Próximo à foz
M19 Rio Coxipó A montante da antiga ponte de ferro SF18 Rio Aricá-Açu -15º41’52” -55º53’02” Fluviométrica No ponto M28
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M20 Rio Coxipó A jusante da Ponte Fernando Corrêa SP1 --- -15º40’43” -56º32’58” Pluviométrica Bacia Córrego Maciel (afluente Rio Pari)
M21 Córr. Salgadeira Afluente do Rio Coxipó - no Balneário Santa Rita SP2 --- -15º18’34” -55º54’20” Pluviométrica Bacia Rio Claro (afluente Coxipó)
M22 Rio Claro Afluente do Rio Coxipó - no balneário jusante da ponte da MT-305 SP3 --- -15º28’39” -55º44’44” Pluviométrica Estação Chapada dos Guimarães (P05)
M23 Córrego Mutuca Afluente do Rio Coxipó - no balneário próximo à ponte da MT-305 SP4 --- -15º37’59” -55º39’36” Pluviométrica Bacia Córr. Pesqueiro (afluente Rio Aricá-Açu)
M24 Rio dos Peixes Afluente do Rio Coxipó - na ponte da rodovia MT-305 * Estação com registrador
M25 Rio Aricá-Açu Nascente do Rio Aricá-Açu
M26 Rio Aricá-Açu A montante da ponte da estrada
M27 Rio Aricá-Açu Na ponte a montante da confluência com o ribeirão Formosa
M28 Rio Aricá-Açu Na ponte da Rodovia BR-364
M29 Rio Aricá-Açu A montante da ponte da estrada para Santo Antônio Leverger
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
10 – HIDROGEOLOGIA
269
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
270
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
ca, como profundidade, vazão, nível es- uma pelítica (com laminação plano-pa-
tático e nível dinâmico. Na representação ralela) e uma argilo-areno-conglomeráti-
pontual, a numeração obedece à seqüên- ca, esta com melhor característica de
cia adotada no SIAGAS, suprimido o pre- produtividade. Na Formação Rio Coxipó
fixo 520000. individualizou duas associações litológi-
cas: os metadiamictitos de matriz argilosa
10.2.1 – DISTRIBUIÇÃO DOS POÇOS e os metadiamictitos de matriz arenosa.
Concluiu que a principal área de re-
Foram cadastrados 506 poços na área carga tem direção N40-50oE, concordan-
do projeto. Comparando-se o número de te com o trend regional e que,
poços com a área de estudo, que é de aparentemente, coincide com uma zona
5.230km², obtém-se um índice de apro- de charneira de antiforme invertida. Estu-
ximadamente 10 poços/km², o que seria dou 288 poços com dados completos ob-
uma excelente amostragem para a escala tendo, por meio da estatística dos
proposta. No entanto, a distribuição desi- parâmetros, as seguintes médias: profun-
gual dos poços, citada anteriormente, não didade = 121m, nível estático = 9m, ní-
proporcionou uma amostragem que re- vel dinâmico = 55m, vazão = 13,7m³/h,
fletisse a realidade de forma mais aproxi- capacidade específica = 0,52m³/h/m.
mada. Soma-se a essa deficiência o fato Apresentou também um modelo hidro-
de muitos poços terem dados incomple- geológico para a área.
tos. Por exemplo, nenhum poço foi ca- Realizou um estudo da qualidade fí-
dastrado na Formação Botucatu e no sico-química e bacteriológica das águas
Grupo Rio Ivaí. Há somente dois pontos concluindo que, de um modo geral, as
com dados da Formação Furnas. Apesar águas subterrâneas são de boa qualidade
de 69 poços atravessarem os aqüíferos físico-química, porém os parâmetros bac-
aluvionares formados pelas coberturas do teriológicos (coliformes totais e/ou fecais)
Quaternário, em nenhum deles há infor- apresentam valores elevados, decorren-
mação sobre captação desses aqüíferos tes de falhas no saneamento básico da
superficiais. Mesmo no Grupo Cuiabá os região, aliadas a inadequadas técnicas
poços estão concentrados na Subunida- construtivas dos poços tubulares. Confir-
de 5, onde foram cadastrados em núme- mou a alta vulnerabilidade do aqüífero
ro de 423, de um total de 445 com dados fraturado. Detectou, também, alguns ca-
nesse grupo. sos de concentração elevada de ferro.
Devido à escala (e também à área de
10.3 – TRABALHOS ANTERIORES trabalho, que é pouco mais de 10% da
área do SIG Cuiabá), a subdivisão das su-
Migliorini (1999), num trabalho pio- bunidades 5 e 6 do Grupo Cuiabá, pro-
neiro, estudou uma área de 584km², cor- posta por Migliorini (1999), não foi
respondendo à área urbana de Cuiabá/ adotada na área do projeto.
Várzea Grande. Executou o mapeamen- Apoitia et al. (2004) enfocaram a qua-
to geológico na escala 1:25.000, propon- lidade da água subterrânea na área ur-
do para o Grupo Cuiabá uma subdivisão bana de Cuiabá. Concordam com as
em Formação Miguel Sutil, corresponden- observações apresentadas por Migliorini
te à Subunidade 5 do Projeto Coxipó (Luz (1999) quanto à caracterização dos sis-
et al., 1980) e Formação Rio Coxipó, cor- temas fraturados e apresentam estatística
respondendo à Subunidade 6. Observou de parâmetros de poços compatíveis com
duas litofácies na Formação Miguel Sutil: os dados daquele autor. Analisaram infor-
271
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
Figura 10.1 – Usos da água subterrânea na área do projeto. O uso para irriga-
ção, no caso específico da área, é aquele destinado a jardins e gramados.
Doméstico, destinado ao abastecimento residencial unifamiliar ou condomi-
nial. Múltiplo, destinado a usos em estabelecimentos rurais, comerciais, ór-
gãos públicos e outros. Público, ligado a uma rede de distribuição, mesmo
para pequenas comunidades.
272
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
273
SISTEMA DE INFORMAÇÃO GEOAMBIENTAL DE CUIABÁ, VÁRZEA GRANDE E ENTORNO
va dos territórios municipais está fora da área Os aqüíferos da área podem ser
do projeto, onde não houve cadastramen- classificados em dois grandes grupos: Po-
to. É o caso de Chapada dos Guimarães, roso, composto pelas formações arenosas
onde apenas uma pequena parte do territó- da Bacia Sedimentar do Paraná e pelas
rio do município está na área do projeto. formações superficiais do Cenozóico; e
Muitos poços são perfurados e, por Fraturado, composto pelas rochas do Gru-
diversas razões, abandonados. Na área do po Cuiabá.
projeto esse número é significativo, como
mostrado na Figura 10.3. Diante desse 10.5.1 – AQÜÍFEROS POROSOS
quadro, é importante a atenção das auto-
ridades no sentido de exigirem dos pro- Os aqüíferos porosos são representa-
prietários que usem as técnicas corretas dos na área por dois tipos principais: aque-
quando da paralisação ou abandono de les ditos clássicos, formados pelas
poço. Um poço mal construído e/ou aban- camadas de arenitos e conglomerados, de
donado de forma incorreta é um ponto considerável espessura e continuidade la-
de entrada de contaminante com alto po- teral, pertencentes à Bacia Sedimentar do
tencial de dano ao aqüífero. Paraná que afloram ao longo da borda da
Chapada dos Guimarães; e os constituí-
10.5 – COMPARTIMENTAÇÃO dos pelas formações superficiais do Ce-
HIDROGEOLÓGICA nozóico, pouco espessos e pouco
contínuos, situados principalmente nas
A divisão estratigráfica e a cartografia proximidades do rio Cuiabá e na bacia
geológica apresentadas nesse capítulo são do rio Aricá-Açu.
as mesmas descritas no capítulo Geolo- As formações arenosas, que têm as
gia. A distribuição desigual dos poços, ci- mesmas características aqüíferas ou estão
tada anteriormente, não proporcionou interconectadas, foram agrupadas num
uma amostragem uniforme dos aqüíferos único aqüífero no Mapa Hidrogeológico.
que ocorrem na área. Soma-se a essa defi- Na identificação dos mesmos, foram usa-
ciência o fato de muitos poços terem da- das as mesmas siglas do Mapa Geológico.
dos incompletos. Com exceção do aqüí- As Coberturas Lateríticas (Qdl), que
fero representado pelo Grupo Cuiabá, ocorrem na Baixada Cuiabana, são mui-
onde há grande quantidade de poços, as to finas. Marcam eventos de flutuação da
informações sobre os aqüíferos aqui apre- superfície do lençol freático. Não foram
sentadas baseiam-se na interpretação das consideradas com aqüífero, sendo englo-
características litológicas e estruturais das badas na unidade subjacente no Mapa
formações geológicas, sob o ponto de vis- Hidrogeológico.
ta hidrogeológico. Essa interpretação re-
sultou na compartimentação hidrogeo- 10.5.1.1 – ALUVIÕES - Q2a1/Q2a2
lógica mostrada no mapa na escala
1:100.000 (em anexo). Na divisão adotada no Mapa Geo-
Espera-se que a continuidade dos tra- lógico foram individualizadas duas uni-
balhos de cadastramento de poços na dades de aluviões: as depositadas ao longo
área venha a melhorar a amostragem, de dos canais ativos das drenagens e as de-
forma a fornecer meios para conclusões positadas nas áreas sujeitas a inundações
mais seguras a respeito das características sazonais. No Mapa Hidrogeológico essas
dos aqüíferos, principalmente daqueles unidades são agrupadas como um aqüí-
sobre os quais há poucos dados. fero intergranular extenso, livre, compos-
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to por lentes e camadas de areia e con- viões é bastante variável. Os poucos da-
glomerado, intercaladas com sedimentos dos constantes do registro dos poços
variando de argilo-arenosos a argilosos. apontam para espessuras de até 38m.
Devido ao caráter errático das lentes
e camadas de granulometrias diferentes, 10.5.1.2 – PANTANAL - Q1p1
a permeabilidade varia tanto vertical
como lateralmente, conforme a composi- A Formação Pantanal mais para sul,
ção do material das lentes, sendo de mé- dentro da bacia sedimentar quaternária
dia a alta nas porções arenosas e homônima, possui uma razoável espes-
conglomeráticas, e baixa nas argilosas. sura, podendo atingir 400m ou mais. A
O regime de recarga anual está inti- complexidade da sedimentação afetada
mamente ligado ao regime das chuvas, pela história paleoclimática e epirogené-
não só pela infiltração direta da precipi- tica do conjunto área-fonte/bacia de de-
tação. Um fator de grande importância é posição, leva a conclusão de que
a variação do nível dos cursos d’água e a subdivisões estratigráficas surgirão para
conseqüente inundação de grandes designar melhor esse pacote de sedimen-
áreas. A característica perene dos cursos tos, ainda em processo deposição.
d’água, como a verificada na bacia do rio A área do projeto está na borda dessa
Aricá-Açu, está intimamente ligada à bacia sedimentar, onde há evidências de
formação dos estoques propiciados pela mudanças no nível de base ocasionada
recarga anual desse aqüífero. por soerguimento. Nessa área os depósi-
A vulnerabilidade natural à poluição tos aluviais são bastante delgados, repou-
varia conforme a composição da parte sam sobre as rochas do Grupo Cuiabá e
aflorante, ou seja, menos vulnerável onde estão em processo de dissecação. Prova-
afloram as porções argilosas e mais vul- velmente correspondam cronologica-
nerável onde afloram areias e conglome- mente aos sedimentos basais depositados
rados. Mesmo assim, devido à pouca mais ao sul.
espessura e ao fato do nível freático ser Formam um aqüífero intergranular
raso, a vulnerabilidade natural é predo- descontínuo, livre, constituído de terra-
minantemente alta. ços aluviais sub-recentes, composto por
Essas coberturas são importantes na sedimentos arenosos e areno-argilosos
proteção do aqüífero fraturado subjacen- semiconsolidados, com intercalações ou
te, por formarem uma barreira filtrante du- afloramento de concreções limoníticas
rante a recarga indireta anual e mesmo (Qdl). Localmente ocorrem lentes con-
retendo algum eventual fluxo poluente. glomeráticas.
Nenhum poço cadastrado forneceu O caráter errático dessas lentes e ca-
informação de captação nesse aqüífero. madas faz a permeabilidade variar tanto
No entanto, ele pode ser explotado por vertical como lateralmente, sendo de mé-
poços escavados de grande diâmetro e dia a alta nas porções arenosas e conglo-
poços tubulares rasos. meráticas e baixa nas argilosas. Mesmo
As medidas do nível d’água nesse assim, devido à pouca espessura e ao fato
aqüífero livre foram obtidas dos dados dos do nível freático ser raso, a vulnerabilida-
poços que o atravessam para captar água de natural é predominantemente alta.
no meio fraturado subjacente, apresen- A recarga anual está intimamente li-
tando média do nível estático de 9,8m. gada ao regime das chuvas tanto pela in-
Sabe-se que, pela natureza da forma- filtração direta como pela elevação do
ção geológica, a espessura dessas alu- nível d’água das drenagens. Localmente
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estocam água que ajudam a perenizar os aqüífero intergranular extenso livre, for-
cursos d’água. mado de arenito fino a grosso, grãos bem
Essas coberturas são importantes na arredondados, com alta esfericidade, de
proteção do aqüífero fraturado subjacen- origem eólica.
te, por formarem uma barreira filtrante A permeabilidade é alta e, conseqüen-
durante a recarga indireta anual. temente, a vulnerabilidade também é alta,
Nenhum poço cadastrado forneceu devido ao fato de encontrar-se exposto.
informação de captação nesse aqüífero. A recarga ocorre na forma de infiltra-
No entanto, ele pode ser explotado por ção direta das precipitações.
poços escavados de grande diâmetro e Próximo à borda da Chapada, o efei-
poços tubulares rasos. to de drenagem provocado pela escarpa
Informações obtidas de poços que faz com que retenha pouca água. No in-
atravessam o aqüífero, para captar água terior do planalto, no entanto, pode ser
no meio fraturado subjacente, forneceram explotado por poços tubulares, fornecen-
dados do nível estático que resultaram do boas vazões.
numa média de 11m.
Interpretando os dados obtidos dos 10.5.1.5 – PONTA GROSSA - Dpg
poços cadastrados, conclui-se que a pro-
fundidade dessa formação varia, de pou- Formação impermeável a semiper-
cos metros nas cabeceiras do Aricá-Açu, meável, composta por siltitos e siltitos
a 36m no Distrito Industrial de Cuiabá. com lentes de arenito fino.
Ocorre em uma área restrita no alto
10.5.1.3 – COBERTURA da Chapada, onde tem uma porção sob
DETRITO-LATERÍTICA - NQdl os arenitos da Formação Botucatu, e uma
porção, aflorante, que recobre os areni-
São as lateritas mais espessas que tos da Formação Furnas. Funciona como
ocorrem numa área muito pequena den- proteção ao Aqüífero Furnas e forma uma
tro do projeto. Formam um aqüífero inter- barreira impermeável que propicia o sur-
granular descontínuo livre. gimento de algumas nascentes na borda
Fora da área do projeto, no interior da Chapada. Uma dessas fontes é apro-
do planalto, tem importância como área veitada para produção de água mineral.
de recarga, funcionando como um esto- Permite a recarga do aqüífero inferior
que temporário que escoa lentamente somente através de fraturas. Não foi ca-
para o aqüífero subjacente. dastrado poço atravessando a unidade.
Possui alta vulnerabilidade natural à
poluição, considerando o aqüífero em si; 10.5.1.6 – FURNAS/RIO IVAÍ - D1f/O3S1rv
no entanto, serve de barreira de proteção
ao aqüífero subjacente. Esse aqüífero corresponde ao conjun-
to de rochas sedimentares representado
10.5.1.4 – BOTUCATU - J3K1bt pelas unidades geológicas Formação Fur-
nas, no topo e Grupo Rio Ivaí, na base. O
Os arenitos da Formação Botucatu Grupo Rio Ivaí é composto pelas forma-
formam o maior e talvez o mais impor- ções Alto Garças, no topo e Formação
tante aqüífero brasileiro, estendendo-se Vila Maria, na base.
por toda a Bacia Sedimentar do Paraná. Afloram na escarpa da borda da Cha-
Na área do projeto ocorre em uma pada e também em superfície as forma-
área pequena na borda da Chapada. É um ções Furnas e Alto Garças. Esse conjunto
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comportam-se, dentro dos pacotes fratu- Nas figuras 10.5 e 10.6 pode ser
rados, como zonas porosas, ampliando observado, pela distribuição percentual
a capacidade de armazenamento. dos poços, que há uma tendência das
Na Tabela 10.1 podem ser observa- vazões e capacidades específicas serem
das as médias dos parâmetros dos poços maiores nos poços que captam água em
que explotam o aqüífero fraturado. A es- partes do aqüífero que estão sob cobertu-
tatística dos dados foi feita a partir das ras de aqüífero poroso.
informações de 445 poços, com dados Apesar do número relativamente pe-
completos de profundidade, nível estáti- queno de dados estatísticos, cabe algu-
co, nível dinâmico e vazão. ma discussão sobre a razão da tendência
Comparando os parâmetros vazão e observada. Aparentemente, a principal
capacidade específica entre os poços que causa dessa tendência de aumento na
explotam o aqüífero em zonas com co- capacidade dos poços seria a ampliação
Tabela 10.1 – Parâmetros dos poços que explotam o Aqüífero fraturado Cuiabá. Mostra também a
variação das médias dos parâmetros correlacionadas à existência ou não de cobertura de aqüíferos
porosos sobre o aqüífero fraturado.
* Todos os poços que explotam o aqüífero fraturado indistintamente, com e sem cobertura de
aqüífero superficial.
**Todos os poços onde há cobertura das unidades geológicas Q1p1, Q2a1 e Q2a2, que formam
os aqüíferos porosos que recobrem as rochas do Grupo Cuiabá.
bertura de sedimentos aluvionares com das reservas de água propiciada pelo meio
aqueles em zonas sem essas coberturas, poroso que, estando saturado – NE raso –
observa-se que a profundidade média dos ampliaria também a quantidade de fratu-
níveis estático e dinâmico é maior nos ras alimentadas. No entanto, observando-
poços sem cobertura. A média do abai- se as estruturas geológicas da área
xamento (S = NE - ND) também é maior e deduz-se que outro fator, igualmente im-
a da vazão, menor. Conseqüentemente, portante, pode ser aventado.
há um aumento na média da capacidade No Mapa Hidrogeológico (volume
específica (vazão/abaixamento) dos poços 2) estão plotados 73 poços com capa-
que explotam zonas sob os aqüíferos po- cidade específica igual ou maior que
rosos formados pelas coberturas sedimen- 0,75m³/h/m. Observa-se que uma parte
tares quaternárias. significativa desses poços atravessa co-
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Figura 10.5 – Distribuição por faixa de vazão dos poços que explotam o
aqüífero fraturado, comparando as situações com e sem cobertura de
aqüíferos porosos.
Figura 10.6 – Distribuição por faixa de vazão dos poços que explotam o
aqüífero fraturado, comparando as situações com e sem cobertura de
aqüíferos porosos.
berturas porosas. Esses e outros, fora das pecífica elevada podem ser observa-
coberturas, têm em comum o fato de se dos. São paralelos e têm direção apro-
concentrarem também em zonas de fa- ximada N40 o E, e cortam a área
lhas e fraturas. metropolitana de Cuiabá/Várzea Gran-
Dois trends principais com concen- de. Em Cuiabá, concentram-se na re-
tração de poços com capacidade es- gião dos bairros Distrito Industrial e
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Fig 10.8 – Nível estático dos poços que explotam o aqüífero fraturado.
Fig 10.9 – Nível dinâmico dos poços que explotam o aqüífero fraturado.
O nível estático pode ser considerado servada na Figura 10.9. A maioria de-
uma característica natural do aqüífero. Nesse les – 57% – está na faixa de 40 a 80m.
ambiente de aqüífero livre é um dado tam- Ressalva-se que os dados aqui apresen-
bém de interesse geotécnico, pois a técni- tados são os obtidos com a vazão de
ca construtiva da maioria dos poços não teste.
isola a pressão dos níveis mais profundos O parâmetro rebaixamento (repre-
do aqüífero. Nesses casos, o NE dos poços sentado pela letra S) obtido pela diferen-
confunde-se com a superfície do freático. ça entre as profundidades dos níveis
estático (NE) e dinâmico (ND) não será
10.5.2.3 – NÍVEL DINÂMICO apresentado nesse relatório, num item es-
pecífico sobre o mesmo. Será abordado
A distribuição da profundidade do no item capacidade específica, parâme-
nível dinâmico dos poços pode ser ob- tro este que contém o valor de “S”.
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Fig 10.11 – Capacidade específica dos poços que explotam o aqüífero fraturado.
Tabela 10.2 – Resultado de análises que mostram o número de poços com qualidade imprópria para
consumo humano. *Padrão de potabilidade estabelecido pela Portaria nº 518 de 25 de março de
2004, do Ministério da Saúde.
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11 – UNIDADES DE
CONSERVAÇÃO E LEGISLAÇÃO -
ECOTURISMO
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Referem-se a áreas públicas e/ou pri- ras nascentes de córregos e rios. Proteger
vadas, muito extensas, com certa ocupa- e preservar as cavernas, sítios arqueopa-
ção humana, onde as atividades leontológicos e a fauna.
produtivas exercidas são orientadas e su- A lei de criação restringe na área as
pervisionadas, disciplinando o processo seguintes atividades:
de ocupação das terras e promovendo a “Art. 5º –
proteção dos recursos abióticos e bióti- I - a implantação de atividades indus-
cos dentro de seus limites, resguardando triais potencialmente poluidoras, ca-
as condições ecológicas locais e man- pazes de afetar os mananciais de água
tendo as paisagens e atributos culturais e as matas em seus entornos;
relevantes. II - a realização de obras de terrapla-
Nas áreas das APAs sob domínio pú- nagem e abertura de canais que pre-
blico, a visitação e pesquisas científicas judiquem ou impliquem em alterações
dependem de autorização do IBAMA. das condições ecológicas locais;
Na área trabalhada existe apenas III - o exercício de atividades capazes
uma APA. de provocar acelerada erosão ou as-
soreamento dos mananciais hídricos;
11.2.1.1.1 – APA DA CHAPADA DOS IV - o exercício de atividades que
GUIMARÃES ameacem extinguir as espécies raras
da biota, o patrimônio espeleológico
Foi criada pelo Decreto Estadual nº 537 e arqueológico, as manchas de vege-
de 21/11/95 e efetivada pela Lei Estadual tação primitiva e as nascentes dos cur-
nº 7.804 de 05/12/02, abrangendo uma sos d’água existentes na região.
área de 251.847,93ha nos municípios de Art. 6º – A abertura de vias de comuni-
Cuiabá, Chapada dos Guimarães, Campo cação e a implantação de projetos de
Verde e Santo Antônio de Leverger. urbanização, sempre que importarem
A APA foi criada tendo em vista que na realização de obras de terraplana-
a região por ela abrangida é de uma bio- gem, bem como a realização de gran-
diversidade riquíssima, com suas escar- des escavações e obras que causem
pas abruptas, onde nascem córregos e alterações ambientais, dependerão de
rios que formam belas cachoeiras, com licença ambiental junto à FEMA, que
matas galerias que se integram ao ambi- somente poderá concedê-la após con-
ente de cerrados e campos cerrados com sulta ao Município interessado.
grande diversidade de flora, fauna e be- Parágrafo único. Quando da conces-
leza cênica. são de licença ambiental para os em-
Além disso, a fragilidade das escar- preendimentos relacionados no caput
pas formadas por arenitos friáveis e a cres- deste artigo, a FEMA indicará as res-
cente substituição do cerrado por trições necessárias à salvaguarda dos
plantações principalmente de soja e pas- ecossistemas atingidos.
tagens e o turismo desorganizado colo- Art. 7º – Ficam estabelecidas como
cam em risco toda a região. Zonas de Conservação Hídrica as nas-
Assim, seu objetivo principal é o de centes dos rios e córregos denomina-
preservar as feições geomorfológicas das dos Coxipó, Coxipó-Açu, Água Fria,
escarpas e do planalto da Chapada dos Bom Jardim, Cachoeirinha, Aricazi-
Guimarães, as matas ciliares, os cerrados, nho e Formoso.
campos cerrados e demais formas de ve- Art. 8º – A APA Chapada dos Guima-
getação originárias da região, e as inúme- rães será implantada, supervisionada,
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tos no Brasil. O acesso é realizado pela carpa da serra, em uma cota de 845m
rodovia MT-251 que liga Chapada dos acima do nível do mar.
Guimarães a São José da Serra, até a en- Apresenta um relevo plano, esculpi-
trada da fazenda Medianeira e deste pon- do em siltitos parcialmente laterizados e
to até o estacionamento por estrada de contendo restos e moldes de conchas de
terra. Do estacionamento até a caverna brachiópodos que comprovam terem es-
são aproximadamente 3,5km de trilhas sas rochas se depositado em ambiente
através de campos cerrados, veredas e marinho, pertencentes à Formação Ponta
matas galerias, em um percurso agradá- Grossa de idade devoniana (345 a 395
vel onde podem-se observar várias escul- milhões de anos). Na beirada da escarpa
turas produzidas pela erosão nos arenitos observa-se o contato gradacional com os
como a Ponte de Pedra (Foto 11.2). arenitos da Formação Furnas também de-
A caverna foi esculpida em areni- positados no Período Devoniano, porém
tos do Grupo Rio Ivaí depositados du- em ambiente predominantemente conti-
rante o Período Neo-Ordoviciano, com nental e que formam a escarpa da serra.
Em dia claro a vista que se descortina
(Foto 11.3) é maravilhosa, podendo ser ob-
servada a escarpa da serra em várias dire-
ções, as nascentes do rio Coxipó e vários
outros córregos, a Baixada Cuiabana, a ci-
dade de Cuiabá e vários espelhos de água
e lagos derivados de pequenas barragens
e da exploração garimpeira de ouro.
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Foto 11.11 – Morro de Santo Antônio. Foto 11.13 – Cupinzeiros típicos das zonas de
Coordenadas UTM: 597257/8256734. inundação do Pantanal Mato-grossense.
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12 – MAPA GEOAMBIENTAL -
NOTA EXPLICATIVA
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60°0'0"W 56°0'0"W 52°0'0"W
10°0'0"S
MATO GROSSO
14°0'0"S
CUIABÁ
18°0'0"S
www.cprm.gov.br
www.sicme.mt.gov.br