O documento regulamenta a emissão de guias de utilização (GU) para extração de substâncias minerais em áreas tituladas antes da concessão de lavra. A GU é um documento excepcional que permite a extração limitada para viabilidade técnica, ensaios industriais ou garantia de fornecimento. A portaria define os requisitos, prazos de validade e obrigações para emissão e extinção da GU.
O documento regulamenta a emissão de guias de utilização (GU) para extração de substâncias minerais em áreas tituladas antes da concessão de lavra. A GU é um documento excepcional que permite a extração limitada para viabilidade técnica, ensaios industriais ou garantia de fornecimento. A portaria define os requisitos, prazos de validade e obrigações para emissão e extinção da GU.
O documento regulamenta a emissão de guias de utilização (GU) para extração de substâncias minerais em áreas tituladas antes da concessão de lavra. A GU é um documento excepcional que permite a extração limitada para viabilidade técnica, ensaios industriais ou garantia de fornecimento. A portaria define os requisitos, prazos de validade e obrigações para emissão e extinção da GU.
Dispe sobre a regulamentao do 2o do art. 22 do Cdigo de Minerao, que trata da extrao de substncias minerais antes da outorga de concesso de lavra. Situao: Em vigor
PORTARIA N 144, DE 03 DE MAIO DE 2007.
(Alterada o Anexo II pela portaria n 530, de 27/07/2011) Dispe sobre a regulamentao do 2 o do art. 22 do Cdigo de Minerao, que trata da extrao de substncias minerais antes da outorga de concesso de lavra. O DIRETOR-GERAL DO DEPARTAMENTO NACIONAL DE PRODUO MINERAL - DNPM, usando da atribuio que lhe confere o Decreto n 4.640, de 21 de maro de 2003, e considerando o disposto no 2 o do art. 22 do Decreto-lei no 227, de 28 de fevereiro de 1967 (Cdigo de Minerao), com a redao dada pela Lei n o 9.314, de 14 de novembro de 1996, resolve: Objeto Art. 1 Esta Portaria dispe sobre o requerimento, processamento, concesso e extino da Guia de Utilizao de que trata o 2 do art. 22 do Cdigo de Minerao. Conceito Art. 2 Denominar-se- Guia de Utilizao (GU) o documento que admitir, em carter excepcional, a extrao de substncias minerais em rea titulada, antes da outorga da concesso de lavra, fundamentado em critrios tcnicos, ambientais e mercadolgicos, mediante prvia autorizao do DNPM, em conformidade com o Modelo-Padro e Tabela constantes nos Anexos I e II, respectivamente, desta Portaria. Pargrafo nico. Para efeito de emisso da GU sero consideradas como excepcionais as seguintes situaes: I aferio da viabilidade tcnico-econmica da lavra de substncias minerais no mercado nacional e/ou internacional; II a extrao de substncias minerais para anlise e ensaios industriais antes da outorga da concesso de lavra; e
III a comercializao de substncias minerais face necessidade de
fornecimento continuado da substncia visando garantia de mercado, bem como para custear a pesquisa. Tabela de substncias e quantidades Art. 3 A Tabela constante no Anexo II desta Portaria fixa as substncias minerais e respectivas quantidades mximas que podero ser objeto de GU. Pargrafo nico. A critrio da autoridade competente, conforme art. 8, poder ser concedida GU para outras substncias no relacionadas na Tabela de que trata o caput desde artigo, mediante parecer fundamentado, bem como as quantidades mximas previstas podero sofrer acrscimo quando da emisso de novas GU, desde que comprovadamente demonstrada a necessidade de incremento da produo para atendimento do mercado. Requerimento Art. 4 A primeira GU ser pleiteada pelo titular do direito minerrio em requerimento a ser protocolizado no Distrito do DNPM em cuja circunscrio est localizada a rea objeto do processo administrativo do qual se originou o Alvar de Pesquisa, dirigido ao respectivo Chefe do Distrito, devendo conter os seguintes elementos de informao e prova: I justificativa tcnica e econmica, elaborada por profissional legalmente habilitado, descrevendo, no mnimo, as operaes de decapeamento, desmonte, carregamento, transporte, beneficiamento, se for o caso, sistema de disposio de materiais e as medidas de controle ambiental, reabilitao da rea minerada e as de proteo segurana e sade do trabalhador; II indicao da quantidade de substncia mineral a ser extrada; e III planta em escala apropriada com indicao dos locais onde ocorrer a extrao mineral, por meio de coordenadas em sistema global de posicionamento GPS, datum SAD 69, dentro dos limites do alvar de pesquisa, sendo plotados em bases georeferenciadas; Pargrafo nico. O DNPM poder, a seu critrio, solicitar dados adicionais necessrios anlise do pedido. Anlise e procedimento Art. 5 O requerimento de GU ser analisado por tcnico do DNPM que, considerando a justificativa tcnica, os dados relativos aos depsitos potencialmente existentes ou passveis de estimativa e a
extenso da rea, exarar parecer sugerindo a emisso da GU ou o
indeferimento do pedido. Art. 6 Na hiptese de procedncia do pedido sero adotadas as seguintes providncias: I o tcnico responsvel sugerir no parecer de que trata o caput do artigo anterior o prazo de vigncia da GU, bem como a quantidade mxima da substncia a ser extrada e comercializada, transferida ou consumida anualmente; II - o titular ser notificado por ofcio para fins de instruo do processo de licenciamento ambiental junto ao rgo competente; e III aps instrudo o pedido com a licena ambiental e observados os demais requisitos do art. 9 desta Portaria, o processo ser encaminhado autoridade competente para deciso. Art. 7 Caber recurso contra a deciso que indeferir o pedido de emisso de GU no prazo de 10 (dez) dias contados da cincia do interessado. Pargrafo nico. O Chefe fundamentos do recurso:
de
Distrito
dever,
apreciando
os
I - manter o ato de indeferimento, caso em que determinar o
encaminhamento dos autos ao Diretor-Geral do DNPM, autoridade mxima e ltima instncia administrativa da Autarquia, para apreciao; ou II reconsiderar a deciso, hiptese em que a remessa do recurso ao Diretor-Geral restar prejudicada. (Redao dada pelo art. 12 da Portaria DNPM n 564, de 19/12/2008) Competncia Art. 8 Compete ao Chefe de Distrito em cuja circunscrio est localizada a rea objeto do pedido a autorizao e emisso da GU. Pargrafo nico. Compete ao Diretor-Geral do DNPM a autorizao e emisso de GU: I - para substncia no prevista na Tabela do Anexo II desta Portaria; II - para quantidade que exceda o limite mximo fixado na Tabela a que se refere o inciso I deste artigo, cabendo ao Distrito Regional competente analisar o pedido, instruir o processo e encaminh-lo Sede, em Braslia, para deciso. III - REVOGADO pelo art. 31 da Portaria n 564, 19/12/2008.
Requisitos para emisso da GU
Art. 9 A GU somente ser emitida se o titular: I - apresentar todos os documentos de que trata o art. 4 desta Portaria quando do requerimento; II - estiver com a Taxa Anual por Hectare - TAH devidamente quitada; e II - apresentar ao DNPM a necessria licena ambiental ou documento equivalente. Pargrafo nico. Em caso de atividade de lavra ilegal a GU somente ser emitida aps concluda a apurao do fato com a paralisao das atividades, levantamento das substncias e quantidades explotadas e comunicao ao rgo ambiental, ao Ministrio Pblico Federal e Advocacia Geral da Unio. (Pargrafo acrescido pelo o art. 14 da Portaria DNPM n 564, de 19/12/2008) Emisso da GU Art. 10. Autorizada pela autoridade competente ser emitida a GU conforme Modelo-Padro constante no Anexo I desta Portaria. 1 O DNPM poder fixar condicionantes especficas, inclusive sobre a extenso da rea definida para os trabalhos de extrao, na emisso da GU. 2 Se o requerimento de GU envolver mais de uma substncia mineral, o deferimento do pedido ensejar a emisso de uma GU para cada substncia. 3 Ser publicado no Boletim Interno do DNPM extrato contendo informaes sobre a GU emitida. 3 Ser publicado no Dirio Oficial da Unio, extrato contendo informaes sobre a GU emitida, para fins de atualizao no cadastro mineiro do DNPM. (Redao dada pelo art. 1 da Portaria 415, de 12/11/2009, DOU de 16/11/2009). Prazo Art. 11. O prazo de validade da GU no poder ser superior vigncia da licena ambiental apresentada ou do Alvar de Pesquisa, quando em vigor, prevalecendo o prazo que vier a vencer primeiro.
Art. 12. Vencido o prazo da autorizao de pesquisa a primeira GU
somente ser emitida aps a prorrogao do alvar, aplicando-se quanto ao respectivo prazo o disposto no artigo anterior, ou aps a aprovao do relatrio final de pesquisa pelo prazo de vigncia da licena ambiental. Art. 12. Vencido o prazo da autorizao de pesquisa, a primeira GU somente ser emitida se o titular de pesquisa tiver apresentado, no prazo prprio, o pedido de prorrogao do correspondente alvar acompanhado do relatrio parcial dos trabalhos de pesquisa realizados. 1o Enquanto o DNPM no se manifestar sobre eventual pedido de prorrogao de alvar de pesquisa, a GU ser emitida com o mesmo prazo de vigncia da licena ambiental. 2o O indeferimento do pedido de prorrogao do alvar acarretar o cancelamento imediato da GU eventualmente emitida. (Redao dada pelo art. 1 da Portaria 415, de 12/11/2009, DOU de 16/11/2009). Extino Art. 13. A outorga da concesso de lavra implica na perda da eficcia da GU. Art. 14. O DNPM poder solicitar dados adicionais, cassar, cancelar ou suspender a GU, aps vistoria in loco acompanhada de relatrio sucinto, abordando aspectos tcnicos, interesses sociais ou pblicos, oportunidade na qual relacionar as obrigaes a serem cumpridas pelo titular. Pargrafo nico. O Chefe do Distrito dever comunicar a cassao, o cancelamento e a suspenso da GU ao rgo ambiental competente. Art. 15. Extinta a GU o titular dever promover a recuperao ambiental da rea . Art. 16. Na hiptese de extino do direito minerrio por qualquer motivo a GU perder o seu objeto, cabendo ao titular paralisar a atividade de extrao mineral imediatamente extino do direito minerrio e promover a recuperao da rea explorada. Obrigaes do titular Art. 17. Fica o titular do direito minerrio, quando da emisso da GU, sujeito s seguintes obrigaes: I - executar os trabalhos de extrao com observncia da legislao minerria; II - confiar, obrigatoriamente, a direo dos trabalhos de extrao a tcnico legalmente habilitado ao exerccio da profisso;
III - no dificultar ou impossibilitar o aproveitamento ulterior da jazida;
IV - responder pelos danos e prejuzos a terceiros, que resultarem, direta ou indiretamente, da extrao; V - promover a segurana e a salubridade das habitaes existentes no local; VI - evitar o extravio das guas e drenar as que possam ocasionar danos e prejuzos aos vizinhos; VII - evitar poluio do ar ou da gua, que possa resultar dos trabalhos de extrao; VIII - tomar as providncias indicadas pela Fiscalizao dos rgos Federais; IX - manter a(s) frente(s) de extrao em bom estado, no caso de eventual interrupo temporria dos trabalhos de extrao, de modo a permitir a retomada das operaes; e X - apresentar ao DNPM, at o dia 15 de maro de cada ano, relatrio das atividades de extrao (RAE) realizadas no ano anterior, por meio eletrnico conforme modelo disponibilizado no stio do DNPM na internet, exceto quando extinto o direito minerrio conforme disposto no art. 16, hiptese em que o RAE dever ser apresentado no prazo de 30 (trinta) dias contado da extino do direito, informando as atividades de extrao desenvolvidas at aquela data. (Redao dada pelo art. 12 da Portaria DNPM n 564, de 19/12/2008) 1 At que o DNPM disponibilize o RAE de que trata o inciso X deste artigo por meio eletrnico, o titular de alvar de pesquisa com guia de utilizao dever apresent-lo por meio do formulrio do relatrio anual de lavra-RAL, disponvel no stio eletrnico do DNPM na internet, preservadas as atuais atribuies legais de cada categoria profissional. (Pargrafo acrescido pelo o art. 13, da Portaria DNPM n 564, de 19/12/2008) 2 A entrega do RAE na forma do pargrafo anterior desobriga o titular da apresentao de RAL no regime de autorizao de pesquisa com guia de utilizao. (Pargrafo acrescido pelo o art. 13, da Portaria DNPM n 564, de 19/12/2008) Inadimplemento das obrigaes Art. 18. Na hiptese de inobservncia das obrigaes de que tratam os arts. 15 e 16 desta Portaria, bem como se constatada a extrao em desacordo com os critrios fixados na GU, o DNPM tomar as
providncias cabveis, inclusive com a comunicao do fato ao rgo
ambiental competente e ao Ministrio Pblico Federal em face das disposies da Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, que dispe sobre os crimes ambientais, sem prejuzo das sanes previstas na legislao minerria. Art. 19. A inobservncia das obrigaes de que trata o art. 17 desta Portaria ensejar a aplicao das sanes previstas no Cdigo de Minerao e seu Regulamento. Pedido e emisso de nova GU Art. 20. Para emisso de nova GU o titular dever instruir o pedido com os seguintes documentos: I - relatrio parcial de atividades de pesquisa mineral at ento desenvolvidas ou relatrio final de pesquisa, em sendo o caso, incluindo informaes sobre as atividades de extrao; II - nova justificativa tcnico-econmica apenas se for prevista modificao nas condies operacionais definidas no inciso I do art. 4 desta Portaria; III comprovao do recolhimento da Compensao Financeira pela Explorao de Recursos Minerais - CFEM, referente quantidade da substncia mineral extrada; e IV licena ambiental vigente ou documento comprobatrio equivalente; Art. 21. A fim de que no haja interrupo das atividades de extrao, o titular dever protocolizar o requerimento de uma nova GU, instrudo com os documentos de que trata o artigo anterior, no prazo de at 60 (sessenta) dias antes do vencimento da GU vigente. Pargrafo nico. At que o DNPM decida sobre o requerimento de nova GU apresentado na forma do caput deste artigo, fica assegurada a continuidade dos trabalhos de extrao nas condies fixadas na GU j emitida. Art. 22. Se estiver pendente de anlise requerimento de prorrogao da autorizao de pesquisa, relatrio final dos trabalhos de pesquisa ou requerimento de concesso de lavra, o pedido de nova GU ser apreciado de forma simultnea anlise do evento pendente, podendo ser emitida a GU sem vistoria imediata da rea, a critrio do DNPM. Pargrafo nico. Na hiptese de relatrio final de pesquisa apresentado com requerimento de sobrestamento da deciso, somente ser emitida GU aps a realizao de vistoria na rea com parecer conclusivo e desde que destinada exclusivamente para o fim
previsto no inciso II do art. 2 desta Portaria, ficando vedada a
comercializao da substncia mineral autorizada. Art. 22. Durante o perodo compreendido entre a apresentao do relatrio final de pesquisa e a outorga da concesso de lavra, a GU poder ser emitida pelo mesmo prazo de vigncia da licena ambiental e sem vistoria imediata da rea. 1 A emisso da GU depender da apresentao tempestiva do relatrio final de pesquisa e do requerimento de lavra, conforme o caso. 2 Ato que negar aprovao ao relatrio final de pesquisa, reconhecer a caducidade do direito de requerer a lavra ou indeferir o requerimento de lavra, conforme o caso, dever tambm efetuar o cancelamento da GU. 3 Na hiptese do relatrio final de pesquisa apresentado com requerimento de sobrestamento da deciso, somente ser emitida GU aps a realizao de vistoria na rea, com parecer conclusivo e desde que destinada exclusivamente para o fim previsto no inciso II do artigo 2 desta Portaria, ficando vedada a comercializao da substancia mineral autorizada." (A nova Redao de todo o art. 22 foi dada pelo art. 1 da Portaria 415, de 12/11/2009, DOU de 16/11/2009). Disposies transitrias Art. 23. At manifestao definitiva do DNPM sobre requerimentos de nova GU j protocolizados, considera-se prorrogado de forma ininterrupta o prazo da GU vencida na vigncia da Portaria n 367, de 27 de agosto de 2003, at a data de validade da licena ambiental, desde que o pedido de nova GU tenha observado os requisitos fixados naquela Portaria. 1 O Diretor-Geral do DNPM estabelecer prazo para anlise e deciso dos pedidos de nova GU de que trata o caput deste artigo. 2 Para os casos previstos no caput deste artigo o DNPM emitir GU suplementar, com o mesmo nmero da anterior, fazendo referncia sua prorrogao. 3 Na vigncia da GU suplementar o titular dever registrar no RAE toda produo ocorrida desde o inicio da prorrogao at o seu termo final. Art. 24. O disposto nesta Portaria aplica-se, no que couber, aos pedidos de GU ainda pendentes de deciso. 1 O DNPM dever formular exigncias para adequao dos pedidos de GU aos novos dispositivos legais.
2 A cobrana dos emolumentos somente devida nos pedidos de
GU protocolizados a partir da publicao desta Portaria. Vigncia e revogaes Art. 25. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicao. Art. 26. Ficam revogadas as Portarias DNPM n 367, de 27 de agosto de 2003, e n 236, de 16 de junho de 2004, e o subitem 1.5.3.2.1 do Anexo I da Portaria n 237, de 18 de outubro de 2001. MIGUEL ANTONIO CEDRAZ NERY Diretor-Geral do DNPM