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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO
EM RECURSOS MINERAIS
ii
2.4.5- Dados necessários para um mapa geológico completo 29
2.5- Interpretação dos mapas geológicos 30
2.5.1- Características importantes dos mapas geológicos 30
2.5.2- Zonas de afloramento 30
2.5.3- Limites da zona de afloramento 31
2.5.4- Símbolos da direção 32
2.5.5- Estratos concordantes 32
2.5.6- Rochas eruptivas 33
2.5.7- Discordâncias 33
2.5.8- História geológica 33
iii
1- INTRODUÇÃO
1
1718, a mina de estanho de Cornish foi drenada por bombeamento. Este foi um
grande avanço que possibilitou a lavra de veios à grandes profundidades.
A máquina a vapor e o compressor de ar amplificaram enormemente a
energia em relação ao esforço muscular humano, até então aplicado na
mineração. No final do século XIX, as perfuratrizes de rocha, sob carretas, foram
introduzidas. A descoberta da eletricidade deu grande ímpeto à mecanização e
tornou a aplicação de maquinaria mais flexível.
A introdução da pá-mecânica, a vapor, na mineração à céu aberto, um
pouco antes da primeira Guerra Mundial, foi um outro acontecimento importante
para o aumento de produtividade.
O progresso tecnológico da indústria mineral foi bastante acentuado após
a Primeira Guerra Mundial. Hoje em dia já é possível utilizar mineradores
contínuos em lavras subterrâneas, dispensando o uso da perfuração e desmonte
por explosivos. O transporte do material também pode ser feito de modo
contínuo, por correias transportadoras, até a superfície.
Em mineração à céu aberto, já na década de 70 era utilizada drag line
com capacidade de caçamba de 220 jardas cúbicas e shovel com 180 jardas
cúbicas, em lavras por tiras.
A tendência ao aumento de mecanização e a projeto de usinas com alta
capacidade de produção tem aumentado consideravelmente a eficiência das
atividades de mineração e tem sido responsável por ganhos em produtividade,
tudo isto como conseqüência do aumento na demanda por minerais.
Não só a evolução dos equipamento de mineração foram responsáveis
pela evolução da mineração mas sobretudo o desenvolvimento de tecnologia
aplicada ao processo produtivo. Neste aspecto, devem ser considerados o
desenvolvimento da geoestatística, da mecânica das rochas, da pesquisa
operacional e da utilização cada vez mais intensa de recursos de informática nas
várias fases da mineração.
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Embora a sequência normal seja aquela apresentada acima, as fases não
são realizadas isoladamente. É muito comum ocorrer sobreposição de fases como
a lavra experimental, durante a pesquisa, ou mesmo, a pesquisa mineral continuar
após o início da lavra, como é o caso da geologia de mina, que nada mais é do
que uma pesquisa de detalhamento durante a lavra. Desse modo, as fases da
mineração devem ser encaradas sob o ponto de vista de suas finalidades, de
acordo com as caracterísiticas do depósito.
Atualmente, tem sido usado o termo Tecnologia Mineral de forma mais
abrangente englobando, além das 4 fases citadas acima, também o
beneficiamento mineral e os problemas causados ao meio ambiente.
1.1.1 - Prospecção
1.1.2 - Exploração
3
A partir dos resultados da exploração, é feito o estudo de viabilidade
econômica de lavra do depósito mineral. Todo o planejamento de lavra é feito
com base nos dados desta fase, estando portanto, o sucesso da lavra diretamente
ligado à qualidade desses dados. Como esses dados são obtidos através de
amostras e, considerando que os depósitos minerais são quase sempre muito
complexos quanto a distribuição de teores, a representatividade da amostra é o
ponto chave da exploração.
Nesta fase são tomadas as principais decisões do projeto de mineração, a
partir das quais é feito todo o investimento inicial. Tais decisões se baseiam nos
resultados da avaliação econômica do depósito, resultados estes que somente
serão confirmados após a lavra, quando todo o material for extraído. Essa
avaliação é feita através de estimação das variáveis de interesse, a partir das
amostras. Caso esta estimação apresente um erro maior do que o esperado, isto
somente será descoberto após os investimentos iniciais terem sido feitos, daí a
grande importância da etapa de amostragem do depósito mineral.
1.1.3 - Desenvolvimento
1.1.4 - Lavra
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durante a lavra. Ela possibilita um conhecimento mais detalhado do depósito,
além de fornecer subsídios para o controle de qualidade na lavra.
Propriedades Médodos
1. Ópticas - Escolha Óptica (cor, brilho, fluorescência)
(Manual, Automática)
2. Densidade - Líquido denso, Meio denso, Jigues, Mesas, Espirais,
Cones, Ciclones, Ciclones de meio denso, Bateia,
Classificação, Hidrosseparação, Sluice etc.
3. Forma - Idem 2
4. Susceptibilidade Magnética - Separação Magnética
5. Condutibilidade Elétrica - Separação Eletrostática
6. Radioatividade - Escolha com Contador
7. Textura-Friabilidade - Cominuição, Classificação, Hidrosseparação ou
Peneiramento
8. Reatividade Química - Hidrometalurgia
9. Reatividade de Superfície - Flotação, Agregação ou Dispersão Seletiva,
Eletroforese, Aglomeração Esférica
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A extração de minerais e combustíveis fósseis da Terra não é possível
sem alterar as características ambientais naturais. Uma mina requer estradas de
acesso, energia e água, além das escavações que devem ser feitas no terreno
para a extração do bem mineral. Áreas da mina devem ser alocadas para as
instalações de processamento, oficinas, escritórios, instalações de armazenagem
etc. Os rejeitos devem ser depositados, podendo ser sólidos, líquidos e/ou
gasosos. Em adição, há a atmosfera da mina e outros agentes poluentes que
devem ser controlados para salvaguardar a saúde dos trabalhadores.
O controle ambiental tem sido aplicado à mineração há muito tempo,
incluindo restauração do terreno, purificação da água, supressão de poeiras e
dispersão de gases nocivos. As técnicas para esse controle vem sendo
desenvolvidas de modo a reduzir os efeitos adversos da mineração sobre o
ambiente. A legislação ambiental tem sido cada dia mais rigorosa, impondo
restrições para as minerações, de maior ou menos grandeza, dependendo das
condições de cada caso particular. Deste modo, as empresas de mineração devem
dispor de métodos e equipamentos para realizar o controle de poluição desejado,
bem como recuperar o terreno, considerando os prazos de recuperação e os
custos adicionais sobre o empreendimento.
Tendo em vista que a demanda por minerais e combustíveis aumenta de
ano para ano, particularmente por causa do aumento de população, mas também
devido ao aumento no padrão de vida dos povos, as indústrias extrativas
continuam fundamentais para a humanidade. Paradoxalmente, produtos da
indústria mineral são necessários em máquinas e processos de controle ambiental.
Atualmente tem-se buscado o uso múltiplo ordenado dos terrenos, onde minerais
são extraídos utilizando-se meios que minimizem o impacto ambiental e em
seguida o terreno é restaurado visando outras utilizações para o mesmo.
O primeiro tratado sobre tecnologia mineral escrito por Agricola há mais
de quatrocentos anos já revela preocupações quanto ao impacto ambiental
inerente à produção de metais e ligas. Por outro lado, Agricola salienta
enfaticamente em sua obra a imprescindibilidade dos metais para a vida
civilizada.
Apesar do impacto ambiental não ser exclusividade da mineração, poucas
atividades produtivas geram tantas controvérsias quanto a mineração. Os
benefícios da mineração têm sido constantemente demonstrados, situando-a como
uma atividade imprescindível ao bem estar social. Deste modo, já está bem
caracterizado o conflito entre a necessidade do exercício da tecnologia mineral e
a minimização de seu impacto ambiental.
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1.3 - NOÇÕES DE ECONOMIA MINERAL
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Com a evolução das técnicas de mineração que têm conduzido à
necessidade de processar grandes quantidades de informações, o uso do
computador torna-se imprescindível. Associadas à rapidez de cálculo do
computador estão as facilidades de representação gráfica que o computador pode
propiciar tornando possível não só a execução dos cálculos do projeto, como a
realização de desenhos e gráficos dos mais variados tipos.
A moderna mineração tem utilizado o computador cada vez com mais
freqüência em todas as suas operações. Além da utilização crescente em todos os
estágios da tecnologia mineral, todos os serviços auxiliares têm sido implantados
em computador.
Na prospecção, programas de computador são largamente utilizados nos
levantamentos geofísicos e geoquímicos. Durante a exploração, o computador é
usado na determinação da estratégia de amostragem. Os resultados da
amostragem também são descritos e analisados por computação gráfica e
representações em 3 dimensões são disponíveis para representação de desvios de
furo, recuperação de testemunhos etc.. Na fase de estimação de reservas por
geoestatística ou por um processo tradicional, o tratamento de um grande número
de dados já não é viável sem o computador.
Durante o planejamento e projeto de lavra é freqüente a utilização de
programas, normalmente apoiados em recursos de pesquisa operacional como por
exemplo o método do caminho crítico (CPM) e técnicas de análise e avaliação de
projeto (PERT), dentre outros.
No âmbito do planejamento do empreendimento mineiro, programas de
computador completos são disponíveis. Esses programas tornam as tarefas de
gerenciamento e tomada de decisão, nos projetos de mineração mais rápidas e
eficazes. Técnicas de otimização são empregadas para os pontos críticos ao longo
do projeto como na decisão final de exeqüibilidade.
Apesar da grande contribuição da informática para o aprimoramento das
técnicas e métodos utilizados no projeto de mineração, muitas vezes a sua
utilização indevida tem conduzido a erros irreparáveis. As limitações e condições
dos programas devem ser muito bem conhecidas por quem os utiliza, sob pena de
obter resultados completamente diversos da realidade sem ter controle sobre o
processo.
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A habilidade em reconhecer as formas topográficas é indispensável a
variados ramos de atividade. Como formas topográficas são classificadas as
colinas, vales, planícies, praias, escarpas etc. A maioria das formas topográficas é
produto dos agentes de erosão e sedimentação que atuam na superfície terrestre.
Algumas vezes, entretanto, as formas topográficas são resultantes da ação de
forças subterrâneas como a tectônica ou os vulcões.
A ciência que estuda as características ou acidentes da superfície da Terra
(sua forma, natureza, origem, evolução e interrelações) é conhecida como
geomorfologia.
A topografia (do grego topos = lugar + grafia = descrição, desenho) é a
ciência que estuda a representação detalhada de um trecho da Terra, considerado
plano. Ela tem como finalidade a determinação da forma dos terrenos e da forma
e posição de coisas nele contidas ( obras civis, divisas de propriedades, minas,
plantações etc.), bem como a representação de tudo isto em desenhos. A
utilização da topografia exige o conhecimento dos instrumentos e dos métodos
que se destinam a efetuar a representação do terreno sobre uma superfície plana,
representação esta que, naturalmente, estará sujeita a algumas hipóteses
fundamentais.
A topografia provém da necessidade que o homem tem de descrever um
lugar, figurando nesta descrição todos os detalhes existentes, como rios, lagos,
montes, vales, casas, estradas, divisas etc.. Através de desenhos, essa descrição
minuciosa é feita pela topografia tomando como base recursos matemáticos e
geométricos de tal modo que os resultados obtidos possam traduzir a verdade.
Sendo a Terra um esferóide, torna-se necessário que façamos a hipótese
de um plano horizontal sobre o qual iremos projetar todos os acidentes e todos os
detalhes a serem representados. Tal plano é tangente ao esferóide terrestre num
ponto que está situado dentro da área a ser levantada. Esse plano recebe o nome
de Plano Topográfico. Com essa hipótese do Plano Topográfico fica afastada a
necessidade de ser levada em consideração a forma da terra, de vez que o estudo
fica limitado ao levantamento dos acidentes, projetando-os nesse plano. A figura
1 mostra a projeção do plano topográfico representada por "HH1" com os vértices
"V2V2' " e "V1V1' ", embora as verdadeiras sejam o prolongamento "OV 1" e
"OV2".
9
v'
2 v'
1
H v2 v1 H 1
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Assim, há uma diferença bem grande entre planta, carta e mapa, sendo a
planta objeto da topografia e não cogitando a forma da Terra, enquanto que carta
e mapa são objetos da Geodésia e consideram a forma terrestre.
Os mapas que representam os estados do Brasil, por exemplo, podem ser
feitos em escala 1:1 000 000. Para certos fins, todavia, são necessárias escalas
maiores. Por isso, o estado é dividido em quadrículas, por exemplo, em escala
1:100 000. A cada quadrícula corresponde uma carta.
O levantamento, isto é, trabalho topográfico e sua representação, pode ser
denominado:
1) Planimétrico, quando visa tão somente a determinar a projeção do
terreno e das coisas nele contidas sobre uma superfície horizontal;
2) planialtimétrico, quando além disso, determina a elevação de pontos do
terreno, sobre uma superfície horizontal de referência.
Uma vez terminados os trabalhos de levantamento no campo, a fase
seguinte será a representação por meio de desenho de plantas e perfis. A
execução do desenho topográfico exige a utilização de elementos padronizados
que possibilitem uma fácil interpretação por parte de quem utiliza tais desenhos.
A seguir serão descritos os principais aspectos a serem considerados no desenho
topográfico.
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como pomares, matas, gramados etc.. Raramente são usadas mais do que estas
cores.
Existem muitas convenções para os sinais convencionais dos desenhos,
todas elas procurando mostrar de modo simples os detalhes da área representada.
Assim, os cursos d'água são representados por linhas paralelas que acompanham
a sinuosidade do talvegue, ao mesmo tempo que deve ser indicado por uma seta o
sentido da corrente. Se é navegável, coloca-se uma âncora nos trechos onde
correm os barcos.
A tabela 2 a seguir apresenta alguns sinais convencionais usuais.
Igreja Usina
Casas Marco Geodésico
Cemitério Navegação
Rodovia Fábrica
Ferrovia Picada
Mineração Marco
Nas plantas , o relevo pode ser representado por curvas de nível, meia
perspectiva, pontos cotados, sombreados etc.. Em alguns casos são adotados
mais de um método. Entretanto, as curvas de nível são utilizadas em quase todas
as situações, pelo fato de ser o único método onde é possível fazer medidas
satisfatórias de altitude, inclinação e distância.
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O sistema de curvas de nível foi empregado pela primeira vez em 1737,
por F. Bonache. Consiste no emprego de planos horizontais eqüidistantes uns dos
outros, cortando o terreno.
Os traços horizontais com o terreno, projetados num plano horizontal de
referência, são as curvas de nível, (Fig. 2). Como todos os pontos de uma
H4
H3
H2
H1
H
Seção aa'
a a'
curva de nível têm a mesma cota ou a mesma altitude, basta marcar a cota de um
deles para se conhecer a de todos. Deste modo, o desenho da planta fica muito
simplificado, porque evita acúmulo de números. Tendo o cuidado de manter os
planos de intersecção eqüidistantes, obter-se-á, pela simples inspeção do desenho,
não só a forma mas também o declive do terreno. Sendo a diferença de nível entre
duas curvas sempre a mesma, se duas curvas se aproximam é porque o declive
aumenta, pois existe o mesmo desnível para uma distância horizontal menor, se
as curvas se afastam significa que o declive diminui.
A figura 2 mostra em sua parte inferior as curvas de nível, e na sua partes
superior um perfil do terreno, obtido a partir da projeção das curvas de nível em
uma seção vertical, segundo uma direção dada.
As curvas de nível podem ser definidas como o lugar geométrico dos
pontos de mesma altitude. Nas curvas, algumas são desenhadas em traços mais
cheios. Tais curvas denominam-se curvas mestras. Por exemplo, se a
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eqüidistância entre as curvas é de 2m, podem ser adotadas como mestras as
curvas com altitudes múltiplas de 10, sendo as quatro curvas intermediárias feitas
com traço mais fino. Isso torna a visualização das curvas mais fácil.
As curvas de nível são obtidas através da interpolação de pontos cotados.
Existem vários modos de fazer tal interpolação, inclusive utilizando computador.
O modo mais simples é procurar entre cada dois pontos cotados consecutivos,
quais os planos que devem interceptar o terreno, fazendo esta distribuição
uniformemente. Por exemplo, na figura 3, entre os pontos "A" e "B" devem
passar 4 curvas, isto é, 11-12-13-14, se a eqüidistância entre as curvas for de 1
metro. Entre os pontos "B" e "C" passam as curvas 11 e 12. O espaço "AB" é
dividido uniformemente para encaixar as 4 curvas, o mesmo fazendo para os
outros pontos.
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Esc 1:10000 e = 10m
Dependendo da necessidade de realçar algum detalhe, este critério pode
ser desobedecido.
2.1.3 - Escala
2.1.4 - Orientação
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representada, a legenda, a escala, a eqüidistância das curvas de nível o plano de
referência e o rumo.
2.1.7 - Legenda
Fig. 4 - Legenda
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Para os mapas e plantas geológicos existem convenções de sinais
utilizados para representar os variados aspectos geológico-estruturais
apresentados nos desenhos.
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pode-se acentuar a posição de colinas e vales. Habitualmente, recomenda-se o
uso de escalas naturais, principalmente quando são feitas medidas sobre o perfil.
Para fazer um perfil ao longo da linha "AB", (Fig. 6), pode-se utilizar uma
tira de papel aplicada sobre "AB". Sobre o bordo do papel, alinhado com "AB",
marca-se um ponto cada vez que "AB" corta uma curva de nível, e um sinal
convencional se atravessa algum detalhe interessante, por exemplo um curso
d'água. Une-se os pontos correspondentes à curva superior de cada colina por
uma linha curva (h na Fig. 5), para indicar onde estão situadas as colinas. Do
mesmo modo, une-se os pontos que representam os talveques (l, fig. 367), para
representar fundo de vale. A seguir, sobre uma folha de papel milimetrado traça-
se XY = AB como linha de base do perfil. Neste caso, a escala horizontal do
perfil é igual a escala da planta. Raramente esta escala é diferente da escala da
planta. Quando isso é necessário, os pontos levantados na planta devem ser
corrigidos.
Escolhida a escala vertical traçam-se linhas horizontais paralela a "XY", a
intervalos iguais à eqüidistância das curvas de nível. Feito isso, transporta-se os
pontos da folha de papel para a linha "XY" e os levanta até a cota correspondente
no perfil. Após terem sido marcados todos os pontos, os mesmos são
interligados.
Na figura 7, o ponto mais baixo do corte "AB" se encontra no lago cuja
elevação sobre a base escolhida está um pouco abaixo da cota de 180m.
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Fig. 7 - Perfil do corte "AB" na figura 6
Portanto, a cota de 100m será conveniente para a base do corte. A primeira curva
de nível cortada por "AB" á a de 240m de cota, representada por "a" sobre "XY".
Toma-se um ponto verticalmente sobre "a" seguindo a ordenada de 240m.
Verticalmente também, por cima de "b", a posição da curva de nível de 260m é
representada por um ponto sobre a ordenada de 260m. Similarmente, transfere-se
para a ordenada apropriada cada ponto marcado sobre "XY". A união de todos os
pontos marcados forma a curva "MN" que é o perfil do corte "AB". Nota-se no
corte que a parte superior das colinas tem uma elevação superior a 260m, mas
inferior a 280m e que o fundo do canal do rio se acha a menos de 200m, embora
acima de 180m e que a superfície do lago está abaixo da cota de 180m e acima da
de 160m.
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Fig. 8 - Ampliação de um corte
Ao estudar uma planta com curva de nível pode ocorrer que se deseje
saber com certeza qual é o sentido ascendente e o descendente segundo uma
determinada direção que atravessa as curvas. Esta curiosidade pode ser satisfeita
pela leitura das cotas indicadas sobre as curvas que são sucessivamente
atravessadas, ou de outro modo, observando a disposição geral de todas as
curvas sem particular referência àquelas que estão cotadas.
Muitas vezes em determinados locais da planta é dificil escrever a cota
nas curvas ou mesmo acompanhar a curva de nível cotada devido a variações
bruscas no relevo. Neste caso, é importante considerar os seguintes aspectos em
relação ao relevo:
a) As curvas de nível nos vales estão dispostas de modo que aquelas
externas aos vértices têm cota maior;
b) O terreno eleva-se no sentido perpendicular aos talvegues;
c) Ao atravessar um vale, a última curva de nível atravessada antes de
chegar ao talvegue é a primeira que deve ser encontrada ao passar o talvegue.
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d) A curva de nível mais alta de um divisor de água deve ser cruzada duas
vezes sem encontrar nenhuma outra curva mais alta ou mais baixa.
Normalmente, os divisores de água são caracterizados por cristas ou
colinas, os quais são indicados por curvas de nível mais juntas umas das outras.
A parte interior de tais curvas é a mais elevada. O cume ou ponto mais elevado
da linha divisória é um pouco mais elevado que a curva mais alta, embora menos
que a curva seguinte em altitude.
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b as curvas estão mais juntas na base de uma superfície convexa e no
cume da superfície côncava.
Quando várias curvas se juntam em uma só linha, isto indica uma escarpa,
ou se a escala do mapa é pequena, um declive muito acentuado.
Na figura 10, "abc" é o perfil de uma colina. Num mapa com curvas de
nível, a distância de "a" até "c", medida sobre a superfície da colina, é expressa
pelo segmento de reta horizontal "de". A curva "abc" se chama original e a reta
"de" sua projeção. De um modo geral, pode-se afirmar que uma linha que corta
as curvas de nível sobre o plano da planta, representa uma distância menor que a
original sobre a superfície do terreno. Uma aproximação à distância real entre
dois pontos dados pode ser obtida construindo-se um perfil à escala natural que
passe por estes pontos, medindo-se o comprimento do perfil. Este método não
pode ser bastante exato devido ao fato dos mapas com curvas de nível
oferecerem apenas uma aproximação correta somente nas curvas. Dentro do
limite entre duas curvas contíguas, o terreno pode apresentar uma inclinação
uniforme ou ser irregular.
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Fig. 11 - Ângulo de inclinação de uma superfície
Nestas plantas, o relevo deve ser analisado através das curvas de nível e
pelo menos dois cortes devem ser feitos em cada planta construindo-se os perfis
topográficos correspondentes a estes cortes. Nos perfis, considerar tanto a escala
horizontal quanto a vertical iguais à escala da planta.
Exercícios de localização de pontos nas plantas e determinação de
coordenadas desses pontos também serão feitos a título de fixação do
aprendizado.
Os dois perfis (P 2.766.600 e P 2.766.800) serão analisados em
correspondência com a planta topográfica na escala 1:1000.
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A distribuição de rochas sobre um mapa geológico é indicada por
diversas tramas ou cores e as lineações tais como, linhas de falhas, contatos
eruptivos, limites etc., são representadas por linhas de diferentes classes e
espessuras. Todos estes símbolos empregados na planta devem ser devidamente
identificados na legenda.
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Fig. 13 - Tipos de linha para representar contatos geológicos
a) contato indicando o mergulho, b) contato indefinido, c) contato oculto
Entre rochas de duas espécies, que não possuem estrutura definida do tipo
de estratificação, a linha de contato pode ser traçada à metade da distância entre
os afloramentos mais próximos, porém sua trajetória deve ser determinada pela
correlação de afloramentos em uma extensa superfície (Fig. 15).
25
Fig. 15 - Inferência de contato irregular
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Se a superfície é vertical, o bordo de seu afloramento será uma linha reta
sobre o mapa, sem qualquer relação com a topografia (Fig. 17).
27
Fig. 20 - Relação entre estratos inclinados e curvas de nível
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Fig. 21 - Planta geológica de afloramentos
Entre estes pontos de interseção sobre o mapa traça-se uma linha curva "UVW",
que indica a posição do afloramento contínuo do plano de contato sobre a
superfície do terreno. A perpendicular levantada em "d" não corta a curva de
nível de 100m pois o vale no centro do mapa não é bastante profundo para
alcançar o contato.
Considerando-se agora "fg" (Fig. 21A) que atravessa a direção de uma
série de estratos, suponha que nos afloramentos "o", "p" e "s", tenham-se
registrado contatos entre estratos e que "n" e "p" se encontram no mesmo
horizonte. A estrutura, que se infere um sinclinal, pode ser manifestada num corte
transversal. Desejando-se fazer um mapa geológico das rochas e estruturas
representadas neste corte, cada afloramento será representado tal como foi
explicado para "n".
A figura 21A mostra a distribuição dos contatos de cinco afloramentos.
Entre eles, os diferentes estratos são indicados com sombreados de raias
inclinadas e ponteados. O limite que passa por "o" não continua através do vale,
pois o curso d'água cortou este horizonte, eliminando por completo uma grande
parte da capa sobreposta (Fig. 21A).
Na cartografia geológica não se costuma localizar contatos com precisão
matemática, a menos que seja exigida particularmente uma grande exatidão. Uma
vez adquirida alguma familiaridade com os efeitos gerais da topografia sobre a
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distribuição de afloramentos pode-se esboçar os limites entre estratos sobre um
mapa com curvas de nível com suficiente precisão, sem ajuda da geometria,
contanto que se conheçam os mergulhos e se observe o relevo e que as diferentes
camadas nas séries tenham sido localizadas ao longo de vários itinerários.
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As linhas que limitam os afloramentos geológicos nos mapas representam
os bordos a descoberto das superfícies de contato, ou seja, são aquelas que
separam os estratos concordantes, ou superfícies de discordância, os contatos
eruptivos e as falhas.
Se o afloramento de uma superfície não é atravessado por curvas de nível,
a superfície é horizontal (Fig. 16).
Se a linha de afloramento é retilínea e não tem relação fixa com as cur-vas
de nível, a superfície de contato é vertical ou fortemente inclinada (Fig. 17).
Se a linha que limita o afloramento é sinuosa e corta as curvas de nível, a
superfície é moderadamente inclinada (Fig. 18).
A direção de uma superfície plana inclinada pode ser obtida traçando-se
uma reta entre dois pontos de interseção de uma curva de nível dada, com o
afloramento da supefície (segmento "ab" Fig. 22). A inclinação aproximada de tal
superfície pode ser achada do seguinte modo: a partir do ponto de interseção "c"
(Fig. 22A) do afloramento da superfície em uma curva de nível qualquer que não
seja a que contenha os pontos "a" e "b", traça-se a reta "cd", perpendicular a
"ab". Na figura 22 parte A, utiliza-se a segunda curva de nível abaixo de "a".
Traça-se um segmento de reta horizontal (Fig. 22B), XY = 2cd e no extremo
correspondente à curva de nível mais elevada (y, que corresponde a "d" na figura.
22A levanta-se "YZ" perpendicular a "XY", tomando "XY" igual a quatro vezes
a equidistância das curvas de nível. O ângulo "ZXY" expressa o mergulho da
superfície inclinada e este ângulo pode ser calculado posto que "XY" mede-se
sobre o mapa e "ZY" é conhecido.
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Nos mapas que contêm afloramentos de estratos dobrados, o rumo geral
da direção das dobras dá uma certa idéia da estrutura. Basicamente, existem três
variedades na disposição da direção:
a) direções retas e paralelas; o dobramento pode ser homoclinal,
monoclinal, sinclinal ou anticlinal. (Fig. 23 A, B e C).
b) direções que convergem alternativamente (Fig. 24A); a estrutura se
compõe de anticlinais e sinclinais.
c) direções que se dispõem formando uma curva completa, a qual pode
ser aproximadamente circular ou oval; a curva é uma abóboda ou domo (Fig.
24B), ou uma dobra em forma de bacia.
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A maioria dos casos citados para rochas estratificadas é aplicável às
rochas eruptivas. Os diques manifestam a influência de suas faixas de
afloramento sobre a topografia, do mesmo modo que os mantos interestratificados
e estratos.
As chaminés são indicadas nos mapas por manchas circulares ou ovais, os
cones vulcânicos são reconhecidos por serem compostos de materiais
piroclásticos ou de lava e quando são recentes apresentam com frequência
crateras.
Os batólitos que a erosão pôs a descoberto são de maior extensão e de
forma muito irregular.
2.5.7 - Discordâncias
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3 - AMOSTRAGEM
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A amostragem utilizada na prospecção tem como finalidade fornecer
subsídios para o estudo geológico da ocorrência. Por isto mesmo, nesta fase,
normalmente a amostragem não é conduzida de maneira sistemática, mas em
função das necessidades de interpretação geológica. Portanto, é mais correto
afirmar que tal amostragem na realidade é uma coleta de espécimes.
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técnicas de amostragem bastante confiáveis. Existem processos numéricos para
estabelecer o volume das amostras bem como, para controlar a redução das
mesmas.
Tendo em vista que a amostragem durante o tratamento pode ser mais
representativa do que aquela realizada no depósito mineral, é possível utilizar
seus resultados para otimizar o processo de amostragem utilizado no controle da
lavra
a) Amostragem sistemática
Este tipo de amostragem é muito utilizado em pesquisa mineral. Seu
emprego porem deve ser feito em função das características estruturais do
depósito, pois existe a possibilidade dos pontos de amostragem coincidirem com
subdivisões naturais do corpo mineral, conduzindo a enviezamento nos
resultados. Como exemplo, considere um depósito apresentando dobramentos
com a mineralização se acumulando nas cristas das ondulações. Estas cristas
podem ser igualmente espaçadas, podendo levar os pontos de amostragem,
sistematicamente distribuídos a coincidirem com o espaçamento das cristas.
Sendo assim, nem toda classe de teores de minério presente no depósito seria
representada e um enviesamento possivelmente seria introduzido nos resultados.
A amostragem sistemática consiste basicamente de uma sequência de
amostragem, repetida num intervalo definido. Este intervalo normalmente é
representado pela distância entre pontos de amostragem. Como na amostragem
sistemática da estatística, a condição para que ela seja probabilística é que o
primeiro ponto deve ser escolhido aleatoriamente.
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Uma utilização bastante comum da amostragem sistemática é o sistema de
malha regular para furos de sonda (Fig. 25) na qual a superfície a ser amostrada é
subdividida em uma malha regular e um furo de sonda é feito no centro de cada
superfície elementar da malha. A distância entre furos e a disposição dos mesmos
determinam a malha que deve ser implantada aleatoriamente.
a = b ou a ≠ b
Fig. 25 - Malha regular de amostragem
c) Amostragem "intencional"
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vários fatores ligados aos objetivos da amostragem e às características da
ocorrência. Por exemplo, com base na litologia, os pontos a serem amostrados
podem ser escolhidos de maneira que só o corpo de minério seja amostrado. Com
isso, os pontos de coleta da amostra sempre ficam distribuídos irregularmente, o
que dificulta a avaliação. Este tipo de amostragem não é muito confiável,
conduzindo quase sempre a erros significativos.
Segundo sua finalidade, a amostragem pode ser dividida em 4 tipos
principais: amostragem ordinária, amostragem técnica, amostragem tecnológica e
amostragem para controle de qualidade.
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substância mineral, de forma a assegurar os índices técnico-econômicos mais
importantes.
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A seguir serão apresentados os métodos pontuais mais comuns.
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Fig. 27 - Método de amostragem por fragmentos em frente de lavra
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Peso de
Número de porções de Peso total das
Características da fragmento
fragmentos por desmonte amostras por
mineralização s
em aberturas horizontais desmonte (kg)
(kg)
Irregular 20 - 25 0,25 5 - 6
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Fig. 28 - Canais de amostragem
A- canal na linha de potência
B- canais horizontal e vertical
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quais são empregados em função do tipo de material e da finalidade do serviço.
Todo equipamento de sondagem é caracterizado por fazer furos longos com
coleta de amostras a intervalos determinados. A sondagem fornece basicamente
dois tipos de amostras: a amostra por tesmunho contínuo e a amostra de
fragmentos do furo. O testemunho é cortado através de uma coroa anular, sendo
coletado no interior de um barrilete. A amostra composta de fragmentos é
coletada através do líquido de limpeza do furo que os conduz até o exterior.
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grande massa de minérios. Também é indispensável para testar propriedades
físicas e mecânicas dos minérios e das encaixantes.
A massa das amostras deve ser escolhida entre 100kg e 1 tonelada,
podendo em alguns casos chegar a 3 toneladas ou mais dependendo da
variabilidade do corpo e do grau de confiabilidade desejado.
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3.5 - TRATAMENTO DOS DADOS FORNECIDOS PELA AMOSTRAGEM
46
inerente ao método, a erros de medida, a erro humano etc.. Os erros sistemáticos
são devidos principalmente a deficiências nas técnicas de amostragem, métodos
de análise e preparação da amostra.
A estimação do erro de amostragem pode ser feita através de
procedimento estatístico e/ou geoestatístico, pela determinação da variância.
A variância de estimação pode ser definida como a variância do erro
cometido, quando uma variável num volume "V" é estimada por uma variável
num suporte "v". Técnicas geoestatísticas podem ser usadas para deduzir a
variância de estimação de um teor médio "zV", por exemplo, por outro teor
médio "zv". Os teores médios "zV" e "zv" podem ser definidos em qualquer
suporte, ou seja, "V" pode representar um bloco de lavra e "v" o conjunto de
testemunhos de sondagem.
A variância de dispersão nada mais é do que a medida da dispersão dos
teores observados em amostras de volume constante em relação ao teor médio
destas amostras. Existem dois fenômenos de dispersão bem conhecidos no campo
da engenharia de minas. O primeiro está ligado à dispersão em torno do valor
médio de um conjunto de dados coletados dentro de um domínio "V" que cresce
com a dimensão de "V". O segundo fenômeno se baseia no fato de que a
dispersão dentro de um domínio fixo "V" decresce quando cresce o suporte "v"
no qual cada dado é definido: os teores médios de blocos de lavra são menos
dispersos do que os teores médios de testemunhos de sondagem.
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Tal relação ótima pode ser conseguida pela otimização dos três aspectos
seguintes:
a) método de amostragem;
b) malha de amostragem;
c) suporte da amostra.
Dentre os métodos de amostragem deve ser escolhido aquele que garanta
maior representatividade ao menor custo possível. Se por um lado a
representatividade melhora com a diminuição da malha de amostragem e o
aumento do suporte, por outro esta situação implica num aumento do custo da
amostragem. Por este motivo, a otimização da amostragem torna-se difícil.
Todos estes aspectos dependem de fatores de ordem geológica, técnica e
econômica. Em algumas situações as peculiaridades geológicas de um depósito
são decisivas, embora em outros a escolha do método de amostragem, malha de
amostragem e do suporte da amostra é determinada somente por considerações
técnicas e econômicas. Entretanto, na maioria dos casos todos os três fatores
devem ser considerados.
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Considerando as características de variabilidade dos depósitos minerais,
um programa de amostragem deve ser elaborado com base na escala de
observação e no conjunto de propriedades a serem estudadas. Estes dois aspectos
interferem diretamente na representatividade da amostra. Considerando um
mesmo método de amostragem, quanto maior a escala de observação, ou seja,
quanto menor a distância entre amostras e quanto maior o volume das amostras,
mais representativa será a amostra: por outro lado, quanto mais heterogênea e
quanto maior a anisotropia apresentada pela variável de interesse (teor,
granulometria etc) tanto menor será sua representatividade.
Se por um lado o aumento do número e volume das amostras melhora a
representatividade, por outro lado implica num aumento de custo da amostragem,
preparação e análise das amostras. Por este motivo, a amostragem deve utilizar
métodos que considerem as características particulares da mineralização e a
finalidade da amostragem com o objetivo de otimizá-la. Isto implica sempre uma
disputa entre custo e representatividade.
BIBLIOGRAFIA
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