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GREIPHIL MINAS LTDA.

RELATÓRIO FINAL DE PESQUISA

Proc.: 850.004/2015

Proc.: 850.005/2015

BELÉM – PA
Agosto de 2018
GREIPHIL MINAS LTDA
TV. Barão do Triunfo, Nº 3864 – Marco – Belém / PA
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SUMÁRIO
1. GENERALIDADES .......................................................................................................... 7
1.1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................... 7
1.2 SITUAÇÃO LEGAL .................................................................................................... 8
1.3 MEMORIAL DESCRITIVO ......................................................................................... 8
1.4 LOCALIZAÇÃO E ACESSO ....................................................................................... 9
2. FISIOGRAFIA ................................................................................................................ 11
2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS ................................................................................. 11
2.2 CLIMA ...................................................................................................................... 11
2.3 VEGETAÇÃO ........................................................................................................... 11
2.4 RELEVO................................................................................................................... 11
2.5 HIDROGRAFIA ........................................................................................................ 12
3. GEOLOGIA REGIONAL ................................................................................................ 13
4. TRABALHOS REALIZADOS ......................................................................................... 15
4.1 SONDAGEM ROTATIVA ......................................................................................... 15
4.2 DESCRIÇÃO DOS TESTEMUNHOS ....................................................................... 18
4.3 AMOSTRAGEM E ANÁLISE QUÍMICA .................................................................... 18
4.4 SERVIÇOS TÉCNICOS ........................................................................................... 19
5. GEOLOGIA LOCAL ....................................................................................................... 21
5.1 ESTRATIGRAFIA ..................................................................................................... 21
5.1.1 Sedimentos Carbonáticos e carbonático-siliciclásticos ...................................... 22
5.1.2 Argilas Negras e Margas ................................................................................... 23
6. CÁLCULO DE RESERVAS ........................................................................................... 24
6.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA UNIVARIADA ................................................................... 24
6.2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS .............................................................. 25
6.3 METODOLOGIA DE ESTIMATIVA .......................................................................... 26
6.4 CUBAGEM DO CALCÁRIO ..................................................................................... 28
7. RESULTADOS OBTIDOS ............................................................................................. 29
7.1 PERFIS DE SONDAGEM ........................................................................................ 29
7.2 ANALISE QUÍMICA .................................................................................................. 33
8. INVESTIMENTO NA PESQUISA ................................................................................... 35
9. EXEQUIBILIDADE ECONÔMICA E LAVRA .................................................................. 36

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9.1 MINA ........................................................................................................................ 36


9.1.1 Método de Lavra ................................................................................................ 37
9.2.1 Licenciamento Ambiental ................................................................................... 37
9.3 DADOS BÁSICOS E CRITÉRIOS DE LAVRA DO PROJETO ................................. 37
9.4 PARÂMETRO GEOTÉCNICO ................................................................................. 38
9.5 MODELO GEOMECÂNICO ..................................................................................... 38
9.6 PARÂMETROS ECONÔMICOS .............................................................................. 38
9.7 DEFINIÇÃO DE CAVA ............................................................................................. 39
9.8 RESERVAS LAVRÁVEIS E RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO ................................... 39
9.9 PLANEJAMENTO SEQUENCIAL DE LAVRA .......................................................... 39
9.10 CRITÉRIOS ............................................................................................................ 39
9.11 PROGRAMA DE PRODUÇÃO ............................................................................... 40
9.12 DESENVOLVIMENTO DA MINA............................................................................ 41
9.13 DEPOSIÇÃO DO ESTÉRIL DA MINA .................................................................... 41
9.14 PILHA DE MINÉRIO DE CALCÁRIO ..................................................................... 42
9.15 PLANO DE DRENAGEM DA MINA........................................................................ 42
9.16 EQUIPAMENTOS DE LAVRA ................................................................................ 42
9.16.1 Seleção e dimensionamento............................................................................ 43
9.17 SISTEMA DE APOIO À MINA ................................................................................ 43
9.16.1 Topografia........................................................................................................ 44
9.17.2 Drenagem da área da mina ............................................................................. 44
9.17.3 Manutenção de estradas e acessos da área da mina ..................................... 44
9.17.4 Controle de pré-lavra e de lavra ...................................................................... 44
9.17.5 Serviços de Apoio à Mina ................................................................................ 44
9.18 ESTUDOS DE LAVRA ........................................................................................... 45
9.18.1 Detalhamento da pesquisa geológica .............................................................. 45
9.18.2 Quadro de pessoal .......................................................................................... 45
9.18.3 Investimentos iniciais na mina ......................................................................... 45
9.18.4 Estimativa de custos operacionais de mina ..................................................... 46
9.18.5 Custo de lavra.................................................................................................. 46
9.19 TRATAMENTO DO MINÉRIO ................................................................................ 46
9.20 VIABILIDADE ECONÔMICA .................................................................................. 47

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9.20.1 Tributação ........................................................................................................ 47


9.20.2 Fluxo de Caixa ................................................................................................. 48
9.21 CAPEX ................................................................................................................... 48
10. CONCLUSÃO .............................................................................................................. 50
11. SEGURANÇA E PROTEÇÃO AMBIENTAL ................................................................ 51
11.1 MEDIDAS MITIGATÓRIAS .................................................................................... 51
11.1.1 Medidas de minimização ................................................................................. 52
11.1.2 Armazenamento do Material Orgânico no Decapeamento .............................. 52
11.1.3 Sistemas provisórios de controle de óleos e graxas, efluentes Domésticos e
Lixo ............................................................................................................................. 52
11.1.4 Sistema Integrado de Controle da Qualidade do Ar ........................................ 52
11.1.5 Programa de Comunicação Social .................................................................. 53
11.1.6 Gestão de Resíduos Sólidos ........................................................................... 53
11.1.7 Sistemas de Controle de Óleos e Graxas ........................................................ 53
11.1.8 Tratamento de Efluentes Sanitários ................................................................. 54
11.1.9 Plano de Desativação ...................................................................................... 54
11.1.10 Reabilitação ................................................................................................... 54
11.2 COMPENSAÇÃO ................................................................................................... 54
11.2.1 Viveiros de Mudas ........................................................................................... 54
11.2.2 Compensação Florestal ................................................................................... 54
11.2.3 Educação Ambiental ........................................................................................ 55
11.2.4 Monitoramento ................................................................................................. 55
11.3 PROTEÇÃO A SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR ............................. 55
11.3.1 Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional – PCMSO ................ 55
11.3.2 Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR .............................................. 56
ANEXOS

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LISTA DE FIGURAS
Figura 1. Mapa de localização do Projeto Nova Timboteua.............................................. 10
Figura 2. Relevo local predominantemente plano com desníveis acentuados. ................. 12
Figura 3. Mapa geológico regional. .................................................................................... 14
Figura 4. Sondagem rotativa em execução. ..................................................................... 15
Figura 5. Mapa de localização da sondagem rotativa. ....................................................... 17
Figura 6. Logs esquemáticos de sondagem com os intervalos de rocha e material
geológico. .......................................................................................................................... 20
Figura 7. Coluna estratigráfica esquemática local. ............................................................ 21
Figura 8. Fotos de calcários fossilífero (A) e afossilífero (B). ............................................. 22
Figura 9. Intervalos de argilito negro (esquerda) e marga (direita). ................................... 23
Figura 10. Histograma do teor de CaO nas amostras das sondagem. .............................. 25
Figura 11. Localização das sondagens realizadas nos processos minerais. ..................... 25
Figura 12. Seção geológica AA’ mostrando a continuidade lateral da camada de calcário
com suas espessuras. ....................................................................................................... 30
Figura 13. Seção geológica BB’ mostrando corte transversal da camada de calcário. ..... 31
Figura 14. Seção geológica CDE com a geometria e continuidade longitudinal da camada
de calcário. ........................................................................................................................ 32
Figura 15. Fluxo do processamento do calcário da mina até a pilha de minério. .............. 47
Figura 16. Fluxo de Caixa do empreendimento. ................................................................ 49

LISTA DE TABELAS

Tabela 1. Tabela de Processos – Projeto Nova Timboteua. ................................................ 8


Tabela 2. Memorial descritivo – Processo 850.004/2015. ................................................... 8
Tabela 3. Relação dos furos de sondagem rotativa exploratórios. .................................... 16
Tabela 4. Relação de amostras por furo de sondagem e processo. .................................. 18
Tabela 5. Estatística descritiva dos dados de sondagens ................................................. 24
Tabela 6. Valores tabulados para o cálculo de reserva medida na área: 850.004/2015. .. 26
Tabela 7. Valores tabulados para o cálculo de reserva indicada na área: 850.004/2015. . 26
Tabela 8. Valores tabulados para o cálculo de reserva inferida na área: 850.004/2015. .. 27

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Tabela 9. Valores tabulados para o cálculo de reserva medida na área: 850.005/2015. .. 27


Tabela 10. Valores tabulados para o cálculo de reserva indicada na área: 850.005/2015.
........................................................................................................................................... 27
Tabela 11. Valores tabulados para o cálculo de reserva inferida na área: 850.005/2015. 27
Tabela 12. Declaração de reservas estimadas de calcário, por categoria, na área:
850.004/2015 e 850.005/2015. .......................................................................................... 28
Tabela 13. Intervalos de minério de calcário. .................................................................... 34
Tabela 14. Investimentos realizados durante a pesquisa mineral na área nº 850.004/2015.
........................................................................................................................................... 35
Tabela 15. Dados e parâmetros básicos do projeto. ......................................................... 38
Tabela 16. Reserva total de calcário. ................................................................................ 39
Tabela 17. Relação estéril-minério para área selecionada. ............................................... 39
Tabela 18. Programa de produção para 20 anos. ............................................................. 40
Tabela 19. Relação dos equipamentos, máquinas e veículos usados na mina. ............... 43
Tabela 20. Quadro de pessoal próprio. ............................................................................. 45
Tabela 21. Estimativa de investimentos iniciais na lavra. .................................................. 46

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1. GENERALIDADES

1.1 INTRODUÇÃO

Este relatório final de pesquisa integrado, de caráter positivo, tem por objetivo relatar
os trabalhos de pesquisa mineral desenvolvidos para a avaliação econômica do depósito
de calcário no município de Nova Timboteua-PA, aqui denominado Projeto Nova
Timboteua, abrangido pelo Alvará 5.539, de 06/08/2015, numa área de 991,34 ha,
referente ao processo nº 850.004/2015, sob a titularidade de Greiphil Minas Ltda.
A pesquisa resultou na descoberta de calcário da Formação Pirabas em subsuperfície,
de forma continua e qualidade similar aos utilizados pela indústria cimenteira da região.
As reservas totais foram estimadas em 9.019.119 toneladas de calcário calcítico, sendo
8.110.345 toneladas de reservas medida, 760.352 toneladas de indicada e 148.422
toneladas de inferida. As reservas declaradas para cada área de pesquisa está
demonstrada no Capitulo 6, deste relatório.
A Greiphil Minas Ltda. vem participando ativamente, nos últimos anos, no
desenvolvimento de atividades de pesquisa geológica na região nordeste do estado do
Pará, principalmente na identificação de depósitos de calcário e argila, para uso na
fabricação de cimento. Para isso, foi requerido um conjunto de 7 alvarás de pesquisa para
calcário nos municípios de Nova Timboteua e Peixe Boi, nordeste do Pará. Esse conjunto
de áreas totalizando 6.925,09 ha foi denominado de Projeto Nova Timboteua. Os
trabalhos de exploração foram realizados nos anos de 2015 a 2018 simultaneamente em
todos os alvarás de pesquisa, e resultou na identificação de um horizonte de calcário
continuo relacionado à Formação Pirabas. Essa nova substancia reforçou o interesse da
empresa em desenvolver recursos minerais para subsidiar novos empreendimentos
industriais na região.

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1.2 SITUAÇÃO LEGAL

A Greiphil Minas é detentora de um par contiguo de 02 (dois) alvarás de pesquisa


mineral que compõem esse relatório final integrado, totalizando 1.965,09 ha de área para
pesquisa de calcário. Os alvarás foram outorgados em 2015 e abrangem os municípios
de Nova Timboteua e Peixe Boi (Figura 1). Em setembro de 2015 foi comunicado o início
das pesquisas.
As informações referentes a cada área serão mostradas na Tabela 1, abaixo:

Tabela 1. Tabela de Processos – Projeto Nova Timboteua.

PROCESSO D.O.U ALVARÁ MUNICÍPIO ÁREA (ha)


850.004/2015 06/08/2015 5.539 Nova Timboteua 991,34
850.005/2015 06/08/2015 5.540 Nova Timboteua 973,75

TOTAL: 1.965,09

1.3 MEMORIAL DESCRITIVO

O memorial descritivo será referente à área 850.004/2015, referida neste relatório. O


Ponto de Amarração situado no 1º vértice da poligonal é definido pelas coordenadas
geográficas: Lat: 01º15’07,615”N e Long: 47º24’14,449”W; (Tabela 2), datum Sirgas2000.

Tabela 2. Memorial descritivo – Processo 850.004/2015.

Latitude Longitude
01°15'07''615 47°24'14''449
01°15'07''615 47°22'54''014
01°17'17''413 47°22'54''014
01°17'17''413 47°24'14''449
01°15'07''615 47°24'14''449

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1.4 LOCALIZAÇÃO E ACESSO

As áreas do Projeto Nova Timboteua estão localizadas nos municípios de Nova


Timboteua e Peixe Boi, nordeste do estado do Pará (Figura 1).
O acesso às áreas é feito, a partir de Belém do Pará, pela rodovia federal BR- 316
com destino a Capanema. Após a sede do município de Santa Maria, o acesso também
pode ser feito pela rodovia estadual PA-324, em direção à sede do município de Nova
Timboteua.

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Figura 1. Mapa de localização do Projeto Nova Timboteua.


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2. FISIOGRAFIA

2.1 CARACTERÍSTICAS GERAIS

As áreas de pesquisa estão situadas na Mesorregião Nordeste Paraense e à


Microrregião Bragantina, inseridas nos municípios de Nova Timboteua e Peixe Boi.
O município de Nova Timboteua possui uma população de 14.942 habitantes (IBGE,
2017 estimado) e abrange uma área de 489,8 km 2. São limítrofes ao norte o Município de
Santarém Novo; a leste os Municípios de Peixe-Boi e Bonito; ao sul os Municípios de
Bonito e Santa Maria do Pará, e a oeste os Municípios de Santa Maria do Pará e Igarapé-
Açu.
O município de Peixe Boi possui uma população de 7.860 habitantes (IBGE, 2017
estimado) e abrange uma área de 451,3 km2. São vizinhos os municípios de Nova
Timboteua, Capanema e Bonito. Peixe-Boi se situa a 15 km a sudoeste de Capanema, a
maior cidade nos arredores.

2.2 CLIMA

O clima é classificado como Am de acordo com a Köppen e Geiger, de características


generalizadamente úmidas, equatorial megatérmico, apresenta, como em toda a região,
temperaturas elevadas, em média de 25 ºC, com variação de 1.6 °C.
O regime pluviométrico em torno de 2.467 mm, com maior incidência entre janeiro e
junho. Também apresenta elevada umidade, oscilando em torno de 85%. Existe uma
diferença de 445 mm entre a precipitação do mês mais seco e do mês mais chuvoso.

2.3 VEGETAÇÃO

A cobertura vegetal predominante era a Floresta Primitiva, que hoje se apresenta


substituída pela Floresta Secundária (capoeiras em vários estágios). Isto se deve à
alteração sofrida com os desmatamentos da região Bragantina durante a implantação da
ferrovia, hoje extinta.

2.4 RELEVO

A região é dominada por um relevo que acompanhando a litologia, com formas suaves
de tabuleiros e elevações ligeiramente colinoformes, com cotas variando de 30 a 50
metros, além de terraços e várzeas nas áreas fluviais (Figura 2). Por esse

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condicionamento, apresenta-se, regionalmente, fazendo parte da unidade morfoestrutural


do Planalto Rebaixado da Região Bragantina.

Figura 2. Relevo local predominantemente plano com desníveis acentuados.

2.5 HIDROGRAFIA

A rede de drenagem é constituída pela bacia do rio Maracanã, que serve de limite
natural entre Nova Timboteua e Igarapé-Açu. Pertencem ao Município somente os
afluentes da margem direita do rio Peixe-Boi, que passa ao norte do distrito de Timboteua.
Outros afluentes do Maracanã, de menor importância, são: o rio Taciteua, que serve de
limite com Santa Maria do Pará; os rios e igarapés Tracuateua, Cariteua, da Areia e
Igarapé-Miri, sendo que este último atravessa a sede do Município.

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3. GEOLOGIA REGIONAL

O contexto geológico regional é representado basicamente por rochas de idade


Terciaria pertencentes ao Grupo Barreiras e Formação Pirabas, de acordo com o
mapeamento geológico (Figura 3). Toda essa sequência sedimentar repousa sobre um
substrato cristalino, representado por granitos e gnaisses de idade Proterozóica.
O Grupo Barreiras corresponde a uma sequência de sedimentos siliciclásticos
constituídos por argilitos, siltitos, arenitos e conglomerados, que formam extensas zonas
de Platôs, de formas tabulares com altitudes ao redor de 50 metros, consideradas como
testemunhos de uma antiga superfície de erosão, da qual restam alguns morros de forma
alongada com bordos abruptos e fortemente ravinados, que se destacam na paisagem
monótona do pediplano regional.
A Formação Pirabas está representada por sedimentos marinhos do Mioceno Inferior,
com influência lagunar, formados por calcários fossiliferos, às vezes com folhelho e
margas associados. O ambiente de deposição foi nerítico e litorâneo, de águas rasas e
límpidas e clima eminentemente quente. Litologicamente, predominam leitos de calcários
com espessuras centimétricas a métricas, altamente fossilíferos, com alternância de leitos
de folhelho esverdeado a negro, piritoso. São descritos três fácies da unidade:
Biocalcirudito, Folhelho Negro Piritoso e Calcilutito.
O fácies Biocalcirudito trata-se de um calcário duro, maciço, de coloração cinza-
esbranquiçada, às vezes amarelada, bastante fossilífero, com conteúdo faunístico
diversificado, de tamanho variando desde milimétrico, até no máximo 20 cm, inteiros ou
fraturados. O fácies Folhelho Piritoso é constituída de folhelho negro piritoso e fossilífero,
que ocorre em forma de lentes de dimensões máximas de 1 a 3 metros, com cristais de
gipso milimétricos, distribuídos aleatoriamente. Nos planos de laminação do folhelho
observam- se intercalações milimétricas de areia fina, assim como estrutura linsen, dada
por lentes de areia grossa, de dimensões centimétricas.
O fácies Calcilutito é formada por uma camada de calcário friável, com espessura de
até 7 metros e lentes centimétricas a métricas, e às vezes endurecido, maciço, de cor
amarelo-esbranquiçada, intercalado com níveis centimétricos de folhelho de cor
esverdeada, contendo fósseis vegetais e icnofósseis, em cujos planos de laminação
encontra-se areia fina a média, com cimento carbonático formando finos níveis arenosos.
Os fósseis são muito esparsos e na maioria das vezes ausentes.
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Figura 3. Mapa geológico regional.


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4. TRABALHOS REALIZADOS

Foram realizadas atividades técnicas de suporte as atividades de exploração e


pesquisa geológica por meio de sondagem rotativa. Essas atividades são resumidas em:
➢ Descrição e amostragem de testemunhos de sondagem;
➢ Analise química de amostras de calcário dos testemunhos;
➢ Levantamento topográfico do terreno e das bocas dos furos de sondagem;
➢ Montagem e validação do banco de dados geológico;
➢ Modelamento geológico e definição do envelope de minério;
➢ Estimativa de reservas minerais;
➢ Elaboração do relatório final de pesquisa.
Todos os dados de campo, sondagem e analise foram inseridos num banco de dados
geológico de forma a organizar e preservar as informações para continuidade em etapas
futuras.
Também foram feitos contatos com os superficiários locais e atingidos pelos trabalhos
de pesquisa de campo, e obtidas as autorizações de acesso quando necessárias.

4.1 SONDAGEM ROTATIVA

Foram realizados 18 furos de sondagem rotativa com total de 656,205 metros lineares
perfurados (Figura 4). Os furos foram realizados preferencialmente ao longo dos acessos
preexistentes e áreas antropizadas. A sondagem foi vertical e a profundidade máxima em
alguns furos atingiu o embasamento cristalino. A Figura 5 mostra a localização dos furos
exploratórios na área de abrangência do Projeto Nova Timboteua.

Figura 4. Sondagem rotativa em execução.


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As informações referentes à campanha de sondagem rotativa exploratória são


apresentadas na Tabela 3.

Tabela 3. Relação dos furos de sondagem rotativa exploratórios.

ÁREAS COORDENADAS UTM ESPESSURAS (m)


FURO COTA PROF.
PROCESSO X Y Capeamento Fm Pirabas
FNT-01 234810 9858554 29 25,45 6,55 18,90
FNT-02 234445 9858859 44 14,00 14,00 -
FNT-03 233747 9859397 31 24,15 8,80 15,35
FNT-04 232693 9860360 33 23,30 5,45 17,85
FNT-13 232840 9859178 22 22,35 7,10 15,25
FNT-14 858.004/2015 233615 9859312 24 48,00 5,25 42,75
FNT-15 233002 9860204 25 63,25 6,35 50,70
FNT-16 233004 9859933 30 59,35 11,45 43,55
FNT-17 233749 9858627 32 62,40 17,30 45,10
FNT-18 234215 9858614 36 63,30 8,40 50,80
FNT-20 233615 9859429 30 60,15 12,65 45,35
FNT-06 236131 9859352 31 18,25 9,50 8,75
FNT-07 236073 9859844 36 26,65 18,50 8,15
FNT-08 237379 9862913 40 24,05 24,05 -
FNT-09 858.005/2015 236502 9861118 43 25,00 20,30 4,70
FNT-10 237327 9860733 32 17,45 17,45 -
FNT-11 236749 9859598 24 22,70 5,55 17,15
FNT-19 236510 9859627 31 56,40 15,30 41,10
TOTAL 656,20 m

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Figura 5. Mapa de localização da sondagem rotativa.


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4.2 DESCRIÇÃO DOS TESTEMUNHOS

Todos os testemunhos de sondagem foram descritos e fotografados. As fotografias


dos testemunhos encontram-se nos Anexos desse relatório. A descrição foi orientada na
identificação da rocha e identificação das texturas e estruturas existentes, e bem como,
mineralogia e grau de intemperismo. Os registros foram inseridos em formulários padrão
(log’s) da Greiphil Minas e planilha eletrônica para montagem do banco de dados.
A Figura 6 apresenta os logs esquemáticos dos furos de sondagem com os
respectivos intervalos de rocha e material geológico descrito nos testemunhos de
sondagem. Percebem-se as alternâncias das intercalações das unidades carbonáticas e
argilosas da Formação Pirabas, revelando feições relacionadas ao ambiente deposicional.

4.3 AMOSTRAGEM E ANÁLISE QUÍMICA

Foram coletadas 335 amostras de testemunhos de sondagem dos diferentes materiais


encontrados, conforme demonstrado na Tabela 4. Os resultados das análises estão
demonstrados nos strip-logs e boletins de análise, ambos nos Anexos.

Tabela 4. Relação de amostras por furo de sondagem e processo.

Processo Furo Nº Amostras Laboratório


FNT-01 1 SGS
FNT-04 2 SGS
FNT-14 42 CSN
FNT-15 51 CSN
850.004/2015
FNT-16 38 CSN
FNT-17 46 CSN
FNT-18 62 CSN
FNT-20 43 CSN
FNT-08 2 SGS
FNT-09 2 SGS
850.005/2015 FNT-10 1 SGS
FNT-11 1 SGS
FNT-19 44 CSN
TOTAL: 335
As amostras foram enviadas para preparação e análise química no laboratório da
SGS-GEOSOL, em Belo Horizonte. As análises químicas foram realizadas pelo método
de fluorescência de Raios-X (fusão com tetraborato de lítio) os seguintes óxidos: Al2O3,
CaO, Fe2O3, K2O, MgO, MnO, Na2O, P2O5, SiO2, TiO2 e perda ao fogo (LOI).
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Também foi utilizado o laboratório da CSN (Companhia Siderúrgica Nacional), que


contribuiu nas análises das amostras de calcário em seu laboratório particular. O método
de análise utilizado foi de fluorescência de Raio-X.

4.4 SERVIÇOS TÉCNICOS

Os serviços técnicos especializados realizados foram de topografia, modelamento


geológico e estimativa de reservas. Todos esses serviços foram terceirizados por
empresas especializadas e de capacidade técnica comprovada.
O serviço de topografia foi realizado com o levantamento da boca de todos os furos de
sondagem, ou seja, com a medição das coordenadas geográficas e UTM dos furos.
O modelamento geológico foi acompanhado da análise geoestatística dos dados e a
busca do melhor variograma que se ajusta ao modelo gerado. No modelamento geológico
serão consideradas as camadas de calcário e margas, considerando a geometria continua
e sub-horizontal desses corpos. Também será modelado o envelope de minério, restrito a
camada de calcário com teores acima do teor de corte.
O modelamento geológico foi acompanhado da análise estatística dos dados químicos
para CaO. No modelamento geológico foram consideradas as camadas de calcário e
margas, e a sua geometria tabular, continua e sub-horizontal desses corpos. Também
será modelado o envelope de minério, restrito a camada de calcário com teores acima do
teor de corte. Por ser um deposito sedimentar e de pouca variabilidade de teor não foi
feita analise geoestatística.
.

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Figura 6. Logs esquemáticos de sondagem com os intervalos de rocha e material geológico.


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5. GEOLOGIA LOCAL

A geologia local é representada por sedimentos Cenozóicos pertencentes ao Grupo


Barreiras e Formação Pirabas, sendo esse último formado por uma sequência de
sedimentos carbonáticos e carbonático-siliciclásticos, margas e folhelhos carbonosos.
Esses sedimentos estão depositados em um substrato cristalino de composição granítica.

5.1 ESTRATIGRAFIA

A partir das descrições dos testemunhos de sondagem foi possível elaborar uma
coluna estratigráfica representativa da estratigrafia local, conforme demonstrado na Figura
7, a seguir:

Figura 7. Coluna estratigráfica esquemática local.

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Os sedimentos do Grupo Barreiras, mais recentes, estão representados por uma


sequência predominantemente clástica continental, formada por arenito quartzoso de
granulometria fina, cor variando de branca a níveis marrom avermelhado (oxidado) e
bastante friável. Localmente, ocorrem níveis conglomeráticos com seixos centimétricos de
quartzo. Secundariamente ocorrem intervalos de silte-argila de coloração branca
(caulinítica) à avermelhada (ferruginosa). A espessura dessa unidade teve uma variação
de 1 a 17 metros.
Mais inferior na estratigrafia local ocorre uma sequência de eventos deposicionais em
ambiente marinho e costa, ocorridos no Mioceno. O ambiente marinho proporcionou a
deposição de calcário (Figura 8), relacionado a Formação Pirabas. Ainda nessa
sequência, são evidentes os registros de eventos de transgressão e regressão marinha,
representados pela repetição dos sedimentos argilosos lacustres, com passagem
gradacional marcada pelos horizontes de argilito negro e marga. A espessura dessa
unidade teve uma variação de 4 a 50 metros.

(A) (B)

Figura 8. Fotos de calcários fossilífero (A) e afossilífero (B).

5.1.1 Sedimentos Carbonáticos e carbonático-siliciclásticos

São intervalos de calcário duro ou macio intemperizado, coloração cinza de


tonalidade clara e branca a branco-amarelada. Ocorrem calcário fossilífero (conchas) e
afossilífero, sendo o primeiro predominante. O calcário fossilífero corresponde ao fácies
Biocalcirudito, mais poroso e friável. Enquanto que o calcário afossilífero (fácies

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Calcilutito) é duro e maciço (Figura 8B). Foram descritos grãos de quartzo limpo na matriz
carbonática desse intervalo.

5.1.2 Argilas Negras e Margas

São descritos intervalos de folhelho negro contendo fósseis e níveis carbonosos,


possivelmente associado a ambientes lacustres redutores (Figura 9). Localmente verifica-
se intercalação de lâminas carbonáticas intercaladas às argilas negras e intervalos
predominantemente argilosos, de cor cinza, com porções de calcário duro na forma de
lâminas, nódulos ou canais. Esse material efervesce na presença de ácido e foi descrito
como marga.

Figura 9. Intervalos de argilito negro (esquerda) e marga (direita).

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6. CÁLCULO DE RESERVAS

Neste capítulo serão apresentados os cálculos de estimativa referente às amostragens


feitas através das sondagens de pesquisa mineral.
Como etapas do trabalho, foram realizadas:
• Análises estatística univariadas dos dados;
• Mapa de localização dos pontos;
• Metodologia de estimativa;
• Cubagem do calcário.

6.1 ANÁLISE ESTATÍSTICA UNIVARIADA

A variável principal que foi analisada foi o CaO, que define o teor de calcário minério e
do minério marginal (margas e calcário silicoso).

Os parâmetros estatísticos estão demonstrados na Tabela 5, abaixo:

Tabela 5. Estatística descritiva dos dados de sondagens


Desciptive statistics
Data Grid N Mean Variance Min Max SUM Skewness Kurtosis
Cao Greiphil 449 17.3174 248.44 0.01 48.47 7775.5 0.355093 -1.3046

Ordered statistics
Data Grid Min P10 P20 P30 P40 Median P60 P70 P80 P90
Cao Greiphil 0.01 0.06 0.85 1.32 7.92998 15.88 21.983 26.4352 34.935 40.8845

A Figura 10 a seguir apresenta o histograma das amostras dos dados dos furos
realizados na campanha de sondagem. A distribuição tem maior concentração no
intervalo de menor valor devido falta de análise química das amostras.
Na fase de exploração estatística não foi possível se verificar áreas em destaque, pois
estes valores se encontram entre os baixos valores conforme verificado entre os teores,
porém a direção dos melhores teores parece acompanhar a direção de alongamento do
banco de dados (NE/SW).

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Figura 10. Histograma do teor de CaO nas amostras das sondagem.

6.2 MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS PONTOS

A área pesquisada (Figura 11), apresenta teores altos distribuídos entre as amostras e
furos, porém conforme os parâmetros estatísticos dos dados, o coeficiente de variação
encontra-se alto em relação a mediana, isso é explicado devido estarem relacionados
todas as unidades geológicas, porém a média e a mediana encontram-se próximos,
podendo inferir uma distribuição gaussiana, o que se confirma através do Histograma das
amostras a seguir.

Figura 11. Localização das sondagens realizadas nos processos minerais.

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6.3 METODOLOGIA DE ESTIMATIVA

Neste trabalho todo o processamento, foi feito no software SGeMS - Stanford


Geostatistical Modeling Software (Remy et al., 2009), que executa os principais algoritmos
estatísticos e geoestatísticos para uma análise de geoespacial com fins geoestatístico,
com o diferencial de se combinar uma variedade de ferramentas com interface gráfica e
intuitiva. O outro software utilizado foi o Microsoft Excel 2011, para execução das rotinas
da avaliação.
Como metodologia utilizada, foi verificado através da geologia os intervalos referente a
litologia Calcário, pois nessa litologia, encontram-se os teores de CaO, justamente
relacionados ao minério de interesse. Isso é corroborado através das análises descritivas
das amostras, juntamente com as análises químicas do material.
Foi utilizado método da área de influência dos furos de sondagem, considerando a sua
espessura de calcário, o teor de CaO% e a largura da área de influência.
A seguir é apresentado os valores tabulados através das reservas Medidas, Indicadas
e Inferidas para área: 850.004/2015 (Tabelas 6, 7 e 8).

Tabela 6. Valores tabulados para o cálculo de reserva medida na área: 850.004/2015.

Furo Teor médio CaO % Espessura Largura Densidade Tonelagem (t)


FNT-014 27.75 22.50 800.00 2.50 1.248.750
FNT-015 40.06 26.50 800.00 2.50 2.123.180
FNT-016 39.27 15.00 800.00 2.50 1.178.100
FNT-017 41.45 9.00 800.00 2.50 746.100
FNT-018 36.18 12.00 800.00 2.50 868.320
FNT-020 36.05 36.25 800.00 2.50 1.163.625
TOTAL 7.328.075

Tabela 7. Valores tabulados para o cálculo de reserva indicada na área: 850.004/2015.

Furo Teor médio CaO % Espessura Largura Densidade Tonelagem (t)


FNT-014 33.28 4.05 400.00 2.50 53.784
FNT-015 33.55 2.20 400.00 2.50 29.810
FNT-016 42.41 1.00 400.00 2.50 12.410
FNT-017 34.10 7.00 400.00 2.50 98.700
FNT-018 35.21 7.00 400.00 2.50 106.470
FNT-020 33.18 3.10 400.00 2.50 40.858
FNT-004 42.60 4.05 400.00 2.50 51.030
FNT-013 42.60 6.25 400.00 2.50 78.750
FNT-001 42.60 3.70 400.00 2.50 46.620
TOTAL 518.432
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Tabela 8. Valores tabulados para o cálculo de reserva inferida na área: 850.004/2015.

Furo Teor médio CaO % Espessura Largura Densidade Tonelagem (t)


FNT-014 38.00 4.15 400.00 2.50 33.200
FNT-015 37.38 3.00 400.00 2.50 22.140
FNT-016 38.76 1.00 400.00 2.50 8.760
FNT-018 37.02 3.00 400.00 2.50 21.060
TOTAL 85.160

O mesmo procedimento é apresentado para área: 850.005/2015 (Tabelas 9, 10 e 11).

Tabela 9. Valores tabulados para o cálculo de reserva medida na área: 850.005/2015.

Furo Teor médio CaO % Espessura Largura Densidade Tonelagem (t)


FNT-011 45.00 1.00 800.00 2.30 90.000
FNT-019 35.65 7.90 800.00 2.30 563.270
FNT-006 30.00 2.15 800.00 2.30 129.000
TOTAL 782.270

Tabela 10. Valores tabulados para o cálculo de reserva indicada na área: 850.005/2015.

Furo Teor médio CaO % Espessura Largura Densidade Tonelagem (t)


FNT-010 32.60 12.80 400.00 2.30 161.280
FNT-007 38,00 3.15 400.00 2.30 39.690
FNT-009 39,20 1.00 400.00 2.30 12.600
FNT-008 38.60 2.25 400.00 2.30 28.350
TOTAL 241.920

Tabela 11. Valores tabulados para o cálculo de reserva inferida na área: 850.005/2015.

Furo Teor médio CaO % Espessura Largura Densidade Tonelagem (t)


FNT-019 36.73 9.40 400.00 2.30 63.262
TOTAL 63.262

Para reserva medida foi utilizado todo calcário com teor de CaO acima de 35%.
Para os cálculos dos volumes de reserva indicada, foram escolhidos os furos com
análises litológicas que apresentaram misturas de litologias familiares ao calcário, como
margas e outras com bastante semelhanças. Além disso, esses volumes calculados,
foram carimbados com essa denominação, devido ao arranjo estratigráfico, pois o pacote
calcário, se encontra na mesma cota estratigráfica, e em alguns casos ocorre logo abaixo

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ou acima, com pequenas variações topográficas. Isso é possível observar com o


modelamento geológico, através dos perfis horizontais.

6.4 CUBAGEM DO CALCÁRIO

A Tabela 12 apresenta o resumo das reservas estimadas por categoria em seus


respectivos alvarás de pesquisa.

Tabela 12. Declaração de reservas estimadas de calcário, por categoria, na área: 850.004/2015 e
850.005/2015.

850.004/2015 850.005/2015 TOTAL


Área / Categoria
Tonelagem (t) Tonelagem (t) Tonelagem (t)
MEDIDO 7.328.075 782.270 8.110.345
INDICADO 518.432 241.920 760.352
INFERIDO 85.160 63.262 148.422

TOTAL 7.931.667 1.087.452 9.019.119

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7. RESULTADOS OBTIDOS

Os resultados obtidos foram positivos quanto à identificação de um horizonte calcário


contínuo e de qualidade para uso na indústria cimenteira. A Formação Pirabas foi
interceptada pela maioria dos furos de sondagem e obteve sua maior espessura em torno
de 50 metros (Tabela 3). Considerado, neste caso, um pacote excepcional.

7.1 PERFIS DE SONDAGEM

Foram construídas três seções representativas com a interpretação geológica das


unidades mapeadas (Figuras 12, 13 e 14). A seção geológica A-A’ da Figura 12, orientada
segundo NW-SE demonstra a continuidade horizontal da Formação Pirabas e seu
horizonte carbonático por uma extensão de 2,8 km. Nota-se uma variação na espessura
do pacote da Formação, tendo sua maior expressão nos furos FNT-14 com 25,05 metros.
Também nos furos FNT-15 e FNT-16 as espessuras foram de 14,5 m e 14,3 metros,
respectivamente.
A seção B-B’ (Figura 13) também corta transversalmente a camada de calcário e
mostra a continuidade lateral e a espessura significativa nesse intervalo.
A seção C-D-E (Figura 14) corta longitudinalmente a camada de calcário e mostra a
sua geometria e continuidade lateral.

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Figura 12. Seção geológica AA’ mostrando a continuidade lateral da camada de calcário com suas espessuras.

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Figura 13. Seção geológica BB’ mostrando corte transversal da camada de calcário.
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Figura 14. Seção geológica CDE com a geometria e continuidade longitudinal da camada de calcário.

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7.2 ANALISE QUÍMICA

Os resultados de análise química de amostras de testemunhos de sondagem rotativa


revelaram intervalos de calcário com teor de CaO acima dos 40%, sendo definidos como
minério. Esses intervalos estão demonstrados na Tabela 13.
Destacam-se os intervalos mineralizados com suas respectivas espessuras e teor de
CaO:
• 5 metros @ 40,69% CaO no furo FNT-014
• 4,5 metros @ 39,87% CaO no furo FNT-015
• 13 metros @ 44,06 % CaO no furo FNT-016
• 9 metros @ 42,06% CaO no furo FNT-017
• 2 metros @ 42,91% CaO no furo FNT-018
• 9 metros @ 39,78% CaO no furo FNT-018
• 6 metros @ 40,28% CaO no furo FNT-019
• 5 metros @ 39,99% CaO no furo FNT-019
• 10 metros @ 40,72 % CaO no furo FNT-020

Os intervalos variaram de 2 a 13 metros de calcário com teor de CaO ≥ 40%.


Adicionalmente os teores de sílica também tiveram variação entre 11,32% a 23,68% SiO 2,
sendo o material mais silicoso ou impuro. O magnésio obteve valores, em média, entre
0,72% e 3,24% MgO. Nenhum problema ocorre com relação ao MgO, que sempre se
mostrou inferior ao limite de 4,00%.
O calcário mais silicoso poderá ser utilizado em mistura com os outros tipos com baixo
teor de sílica. Tendo assim um aproveitamento mais racional desse recurso mineral.

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Tabela 13. Intervalos de minério de calcário.


PROJETO NOVA TIMBOTEUA
ANÁLISE QUÍMICA - LABORATÓRIO CSN - RAIO- X

PROCESSO HOLE SAMPLE ID FROM TO LENGTH SiO2 Al2O3 Fe2O3 CaO MgO TiO2 P2O5 Na2O K2O MnO LOI
NT-273 35,75 36,75 1,00 21,82 1,02 0,68 41,38 0,78 0,03 0,29 0,09 0,03 0,04 33,13
850.004/2015

NT-274 36,75 37,75 1,00 26,06 1,14 0,94 39,06 0,71 0,03 0,35 0,05 0,03 0,04 30,99
FNT-14 NT-275 37,75 38,60 0,85 20,50 1,15 0,74 42,34 0,72 0,03 0,27 0,07 0,03 0,04 33,63
NT-276 38,60 39,45 0,85 20,04 1,15 0,78 42,65 0,58 0,04 0,17 0,07 0,02 0,06 34,28
NT-277 39,45 40,75 1,30 24,76 1,29 0,95 38,00 2,27 0,05 0,50 0,08 0,04 0,08 31,57
Médias 5,00 22,64 1,15 0,82 40,69 1,01 0,04 0,32 0,07 0,03 0,05 32,72
NT-051 36,40 37,40 1,00 17,60 1,42 1,49 39,44 1,02 0,06 0,32 0,05 0,11 0,09 36,45
850.004/2015

NT-052 37,40 38,50 1,10 18,64 1,37 1,29 41,50 0,91 0,06 0,34 0,02 0,11 0,09 34,19
FNT-15
NT-053 38,50 39,70 1,20 13,52 1,23 1,14 44,64 0,77 0,05 0,26 0,04 0,10 0,08 36,51
NT-054 39,70 40,90 1,20 21,39 1,18 1,44 33,90 6,34 0,07 0,45 0,03 0,09 0,09 33,29
Médias 4,50 17,79 1,30 1,34 39,87 2,26 0,06 0,34 0,04 0,10 0,09 35,11
NT-215 27,00 28,00 1,00 9,63 1,01 1,10 46,90 2,01 0,04 0,17 0,08 0,10 0,14 38,37
NT-216 28,00 29,00 1,00 10,97 0,79 0,86 46,87 1,53 0,04 0,35 0,06 0,07 0,07 37,96
NT-217 29,00 30,00 1,00 17,51 0,70 0,87 44,10 1,17 0,03 0,29 0,03 0,07 0,06 35,18
NT-218 30,00 31,00 1,00 26,95 0,63 1,01 38,78 1,06 0,03 0,34 0,02 0,06 0,04 31,04
NT-219 31,00 32,00 1,00 25,95 0,72 0,96 37,55 2,28 0,04 0,40 0,03 0,05 0,05 31,69
850.004/2015

NT-220 32,00 33,00 1,00 19,05 0,85 1,04 40,03 2,96 0,05 0,28 0,05 0,07 0,04 34,43
FNT-16 NT-221 33,00 34,00 1,00 18,41 1,12 1,03 41,90 2,01 0,05 0,27 0,03 0,10 0,03 34,64
NT-222 34,00 35,00 1,00 10,59 1,82 1,25 43,96 3,09 0,06 0,21 0,07 0,16 0,03 38,00
NT-223 35,00 36,00 1,00 10,45 1,37 0,95 46,48 1,56 0,05 0,24 0,07 0,12 0,04 37,79
NT-224 36,00 37,00 1,00 10,76 0,74 0,79 47,93 0,91 0,03 0,30 0,04 0,09 0,06 38,05
NT-225 37,00 38,00 1,00 10,30 0,76 0,78 48,47 0,76 0,03 0,28 0,07 0,08 0,07 38,32
NT-226 38,00 39,00 1,00 12,10 0,82 0,88 47,26 0,69 0,03 0,25 0,05 0,07 0,08 37,60
NT-227 39,00 40,00 1,00 18,59 1,09 0,96 42,86 0,95 0,05 0,33 0,06 0,10 0,08 34,46
Médias 13,00 15,48 0,96 0,96 44,08 1,61 0,04 0,28 0,05 0,09 0,06 35,96
NT-167 25,00 26,00 1,00 17,33 1,66 1,22 40,94 2,59 0,07 0,23 0,03 0,13 0,05 34,80
NT-168 26,00 27,00 1,00 27,33 1,82 1,39 35,86 1,80 0,09 0,21 0,02 0,12 0,05 30,32
NT-179 37,00 38,00 1,00 10,78 0,63 0,95 46,52 1,81 0,03 0,23 0,03 0,06 0,07 37,99
850.004/2015

NT-180 38,00 39,00 1,00 13,09 0,74 0,90 45,60 1,36 0,04 0,19 0,03 0,07 0,04 37,35
FNT-17 NT-181 39,00 40,00 1,00 21,36 1,30 1,31 39,94 1,57 0,06 0,38 0,03 0,13 0,05 32,75
NT-182 40,00 41,00 1,00 17,41 0,55 0,80 44,00 1,30 0,03 0,25 0,04 0,05 0,04 35,53
NT-183 41,00 42,00 1,00 23,95 0,85 0,95 40,27 1,00 0,05 0,28 0,01 0,08 0,04 32,29
NT-184 42,00 43,00 1,00 18,04 0,73 0,67 43,94 0,68 0,04 0,18 0,05 0,06 0,06 34,91
NT-185 43,00 44,00 1,00 21,13 0,64 0,83 41,63 1,46 0,04 0,30 0,04 0,35 0,08 33,52
Médias 9,00 18,93 0,99 1,00 42,08 1,51 0,05 0,25 0,03 0,12 0,05 34,38
AM-09 9,00 10,00 1,00 9,62 1,82 1,29 43,03 4,17 0,08 0,15 0,06 0,12 0,08 38,47
FNT-18
AM-10 10,00 11,00 1,00 13,02 2,35 1,36 42,87 2,31 0,10 0,20 0,06 0,11 0,07 36,28
Medias 2,00 11,32 2,09 1,32 42,95 3,24 0,09 0,18 0,06 0,12 0,08 37,38
AM-16 16,00 17,00 1,00 17,76 1,96 1,46 39,94 2,59 0,08 0,24 0,03 0,07 0,05 34,36
19,28 1,70 1,31 38,93 1,67 0,08 0,22 0,04 0,08 0,05 35,71
850.004/2015

AM-17 17,00 18,00 1,00


AM-28 28,00 29,00 1,00 18,42 0,81 1,66 41,82 2,01 0,04 0,31 0,02 0,07 0,07 33,94
AM-29 29,00 30,00 1,00 20,40 0,80 1,08 41,85 1,13 0,05 0,29 0,01 0,07 0,05 33,72
FNT-18 AM-30 30,00 31,00 1,00 19,53 0,84 1,17 42,96 0,80 0,05 0,31 0,00 0,09 0,05 34,17
AM-31 31,00 32,00 1,00 30,38 0,77 1,19 35,73 1,71 0,05 0,35 0,00 0,04 0,05 29,48
AM-32 32,00 33,00 1,00 27,64 0,94 1,07 38,31 0,78 0,04 0,24 0,00 0,05 0,04 30,73
AM-33 33,00 34,00 1,00 28,52 0,89 0,85 38,03 0,69 0,05 0,24 0,00 0,06 0,03 30,09
AM-34 34,00 35,00 1,00 15,24 1,56 1,15 40,40 3,33 0,08 0,17 0,01 0,13 0,05 36,24
Médias 9,00 21,91 1,14 1,21 39,78 1,63 0,06 0,26 0,01 0,07 0,05 33,16
FNT-77 16,90 17,90 1,00 12,93 3,31 1,24 40,36 2,20 0,14 0,11 0,04 0,20 0,03 37,26
FNT-78 17,90 18,90 1,00 14,12 3,23 1,27 41,99 1,68 0,13 0,14 0,06 0,19 0,03 35,71
FNT-79 18,90 19,90 1,00 14,88 3,63 1,38 41,11 1,70 0,14 0,15 0,06 0,19 0,03 35,21
FNT-19
FNT-80 19,90 20,90 1,00 17,81 4,28 1,85 37,27 1,88 0,15 0,17 0,04 0,29 0,04 33,51
14,46 3,65 1,41 40,92 2,41 0,12 0,17 0,04 0,17 0,04 35,49
850.005/2015

FNT-81 20,90 21,90 1,00


FNT-82 21,90 22,90 1,00 17,71 2,25 1,21 40,01 1,36 0,08 0,18 0,16 0,91 0,03 35,35
Médias 6,00 15,32 3,39 1,39 40,28 1,87 0,13 0,15 0,07 0,33 0,03 35,42
FNT-91 31,00 32,00 1,00 17,02 0,90 1,75 38,51 4,88 0,05 0,49 0,05 0,08 0,12 34,88
FNT-92 32,00 33,00 1,00 15,16 1,83 2,04 38,92 4,88 0,08 0,28 0,03 0,08 0,07 35,47
FNT-19 FNT-93 33,00 34,00 1,00 23,58 0,70 1,17 39,78 1,05 0,03 0,34 0,03 0,05 0,07 31,86
FNT-94 34,00 35,00 1,00 24,01 0,60 1,07 40,76 0,63 0,03 0,28 0,02 0,05 0,05 32,16
FNT-95 35,00 36,00 1,00 21,76 0,60 0,84 41,99 0,78 0,04 0,28 0,01 0,03 0,06 33,28
Médias 5,00 20,31 0,92 1,37 39,99 2,44 0,05 0,34 0,03 0,06 0,07 33,53
FNT-129 26,80 27,80 1,00 18,97 0,51 0,90 43,37 0,77 0,03 0,22 0,03 0,04 0,11 34,27
FNT-130 27,80 29,15 1,35 32,10 0,65 1,01 35,36 0,64 0,04 0,28 0,02 0,04 0,06 28,08
FNT-131 29,15 30,15 1,00 30,95 0,52 1,12 36,85 0,54 0,04 0,37 0,01 0,04 0,06 28,38
1,00
850.004/2015

FNT-132 30,15 31,15 22,58 0,57 0,86 41,39 0,61 0,03 0,32 0,01 0,03 0,06 32,47
FNT-133 31,15 32,15 1,00 27,99 1,37 1,05 37,44 0,84 0,06 0,22 0,01 0,08 0,06 30,29
FNT-20
FNT-134 32,15 33,30 1,15 17,60 0,67 0,89 44,22 0,81 0,04 0,16 0,01 0,07 0,08 35,19
FNT-135 33,30 34,30 1,00 22,11 0,58 0,79 41,77 0,76 0,04 0,27 0,03 0,04 0,06 33,26
FNT-136 34,30 35,30 1,00 21,96 0,53 0,80 42,00 0,76 0,04 0,28 0,02 0,05 0,06 33,31
FNT-137 35,30 36,30 1,00 19,75 0,53 0,71 43,22 0,81 0,03 0,21 0,02 0,03 0,07 34,46
FNT-138 36,30 36,85 0,55 22,77 0,54 0,84 41,57 0,68 0,04 0,29 0,01 0,05 0,07 32,88
Médias 10,05 23,68 0,65 0,90 40,72 0,72 0,04 0,26 0,02 0,05 0,07 32,26

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8. INVESTIMENTO NA PESQUISA

O investimento realizado na pesquisa mineral durante os três anos de vigência deste


alvará foi de R$ 1.341.000.
Os gastos com a pesquisa mineral no alvará objeto desse relatório estão demonstrados
na Tabela 14, abaixo:

Tabela 14. Investimentos realizados durante a pesquisa mineral na área nº 850.004/2015.

ITEM DESCRIÇÃO DOS SERVIÇOS CUSTO TOTAL (R$)

1.0 Despesas Administrativas (folha pagamento, contabilidade, jurídico, EPI, escritório Belém) 113.000
2.0 Infraestrutura e logística (hospedagem, alimentação, viagens e transportes) 180.000
3.0 Serviços de Geologia (material e equipamentos de campo, e mapeamento) 320.000
3.0 Sondagem rotativa (perfuração, descrição e amostragem) 396.000
4.0 Análises Químicas (testemunho e testes químicos) 82.000
5.0 Serviços técnicos (topografia/banco de dados/estimativa de reservas e relatório final) 250.000

CUSTO TOTAL (R$) 1.341.000

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9. EXEQUIBILIDADE ECONÔMICA E LAVRA

9.1 MINA

O conceito operacional a ser adotado prevê a implantação de uma infraestrutura mínima


necessária para uma operação eficiente e produtiva. Considerando duas áreas de pesquisa
contiguas (Procs.: 850.004/2015 e 850.005/2015) e que o minério de calcário faz parte da
mesma jazida mineral, se faz necessário um planejamento de lavra único, visto a
possibilidade futura de criar um grupamento mineiro.
O método de exploração será o de lavra a céu aberto, conduzida em bancadas, com
escavação mecânica dos materiais (minério e estéril), resultando em uma única cava
situada entre as drenagens naturais existentes na área da propriedade, preservando desta
forma, as Áreas de Preservação Permanente (APPs). A totalidade do material estéril será
depositada novamente dentro das cavas, sendo feito um enchimento parcial das cavas que
já foram explotadas. Uma das principais vantagens deste método de lavra reside na
minimização dos impactos ambientais ao longo da vida do empreendimento, uma vez que a
recuperação das áreas lavradas ocorre em paralelo com o desenvolvimento de novas áreas
reduzindo assim a geração de potenciais passivos ambientais
A jazida é sedimentar horizontalizada, onde se tem uma camada de estéril arenoso/
argiloso de aproximadamente 16 metros de espessura. Abaixo deste estéril tem‐se a
camada de calcário. Logo para se ter acesso ao calcário, sempre será preciso a retirada
desta camada de estéril de cobertura.
O minério será lavrado utilizando-se retroescavadeiras e caminhões para o transporte
até a pilha de britagem.
O minério de calcário será destinado à indústria cimenteira, fazendo parte assim de um
único sistema industrial. A Greiphil Minas Ltda. pretende fornecer calcário, através de venda
direta do ROM (run-of-mine) para empresas cimenteiras locais. O calcário não será britado.
Atualmente as empresas Votorantim Cimentos e Cibrasa estão em operação nos municípios
de Primavera e Capanema, respectivamente. Também desta forma a empresa fomenta a
instalação de novos empreendimentos cimenteiros na região.

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9.1.1 Método de Lavra

A lavra se dará a céu aberto, denominada de “open pit”, numa única cava. A primeira
fase será o decapeamento da jazida até que seja encontrada a camada de minério
(calcário). Não será usado explosivo devido à baixa dureza do material e por se apresentar
como um depósito sedimentar. O solo orgânico proveniente das áreas desmatadas e
serviços de terraplenagem, constituído pela vegetação que eventualmente cobre a área a
ser lavrada, e a camada de terra superficial do solo serão armazenados temporariamente,
para serem reutilizados nos processos de reabilitação das áreas lavradas.
Este decapeamento será feito por máquina retroescavadeira e por caminhões rodoviários
convencionais. O estéril da mina correspondente ao corte inicial será adequadamente
acomodado em pilhas controladas e drenadas, em local previamente escolhido. A partir daí,
o material estéril gerado durante a operação da lavra será então colocado dentro da própria
cava, sempre regenerando-se a área lavrada. Essa área é então recoberta com o solo
vegetal anteriormente estocado e reflorestada, não necessitando de novos depósitos de
estéril em área próxima.
O decapeamento da jazida será feito de forma gradual, sendo retirada a quantidade do
estéril de cobertura à medida que seja possível a operacionalização da mina e
abastecimento da fábrica.
A segunda fase será a escavação do calcário. Da mesma forma não será usado
explosivos devido à friabilidade deste material.
O calcário será escavado por retroescavadeira e posteriormente carregado em
caminhões rodoviários convencionais até uma pilha pulmão próxima a área da mina. O
calcário estocado estará disponível para venda comercial às industrias cimenteiras locais.

9.2.1 Licenciamento Ambiental

Será elaborado o EIA‐RIMA para fins de licenciamento ambiental e obtenção da Licença


Prévia (LP), e submetido à Secretaria do Meio Ambiente do Estado do Pará – SEMA/PA
para aprovação.

9.3 DADOS BÁSICOS E CRITÉRIOS DE LAVRA DO PROJETO

Para os estudos de lavra, adotaram-se os seguintes dados e parâmetros básicos de


projeto apresentados na Tabela 15.

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Tabela 15. Dados e parâmetros básicos do projeto.

Item Descrição Unid Valor


1 Escala de produção
1.3 Produção de calcario inicial tpa 300.000
3
1.4 Produção de esteril inicial m / ano 414.000
2 Umidade média do minério in situ % 25,0
3 Densidade média
3.1 Minério úmido (natural) - Maciço t/m3 2,50
3.2 Estéril (natural) t/m3 1,85
4 Empolamento médio
4.1 Minério % 45%
4.2 Estéril e Solo % 45%
5 Regime de trabalho
5.1 Número de dias /ano dia/ano 330
5.2 Número de turnos/dia turno/dia 1
5.3 Duração dos turnos h/turno 8
5.4 Refeições/lanches h/dia 1
6 Recuperação média na lavra % 95%

9.4 PARÂMETRO GEOTÉCNICO

Para esta fase de estudos não foram feitos ensaios e estudos geotécnicos específicos
para os materiais que irão compor os taludes da cava. Para a avaliação geomecânica foram
feitos reconhecimentos geológico-geotécnicos de campo, e avaliação de alguns
testemunhos de sondagem e dos materiais expostos nos poços de pesquisa.

9.5 MODELO GEOMECÂNICO

Os materiais ocorrentes variam de solo a rocha muito alterada e com resistência baixa.
Como os taludes terão altura média em torno de 9 metros, os ângulos dos taludes finais com
a horizontal a serem praticados, poderão ser entre 70 e 80º.
Outro fator importante que deverá ser observado é a drenagem das águas superficiais,
para que as mesmas não drenem pelas faces dos taludes. Para isso, deverão ser
construídas canaletas de drenagem periféricas e canaletas de drenagem na base das
bermas, bem como a elaboração de projeto de drenagem da cava como recomendado nos
estudos hidrológicos.

9.6 PARÂMETROS ECONÔMICOS

As variáveis utilizadas na estimativa do produto final de calcário será o teor de CaO% e a


umidade natural.

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9.7 DEFINIÇÃO DE CAVA

A reserva final foi obtida trabalhando-se os resultados da pesquisa geológica até agora
realizada para as variáveis mencionadas no item acima.
Na determinação da reserva foram seguidos alguns critérios:
• Horizontes de calcário continuo friável ou compacto;
• Teor de corte de 30% CaO;

9.8 RESERVAS LAVRÁVEIS E RELAÇÃO ESTÉRIL/MINÉRIO

A reserva de calcário obtida com aplicação dos critérios de qualidade definidos é


apresentada na Tabela 16.

Tabela 16. Reserva total de calcário.

Reserva (t) Densidade


MEDIDO 8.110.345 2,5
INDICADO 760.352 2,5
INFERIDO 148.422 2,5
TOTAL 9.019.119

A REM calculada é de 1,38 t/m3 e foi obtida considerando-se toda camada de calcário,
conforme a Tabela 17.

Tabela 17. Relação estéril-minério para área selecionada.

Estéril / Calcário
REM 1,38

9.9 PLANEJAMENTO SEQUENCIAL DE LAVRA

Definida a reserva lavrável, o passo seguinte foi a elaboração de um sequenciamento


anual de lavra, abrangendo 20 anos de operação da mina.
O planejamento será elaborado com base no desenvolvimento da mina no longo, médio
e curto prazos. Obedecendo o plano de produção estipulado para esses períodos.

9.10 CRITÉRIOS

Os critérios utilizados na determinação da sequência de lavra foram os mesmos


empregados para a definição da reserva total, acrescido o fato de se procurar uma relação
estéril/minério menor que a média do depósito nos primeiros anos do projeto.

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Como meta de produção a ser alcançada anualmente, empregou-se a curva de produção


definida e exibida na Tabela 10.
Os furos contidos na envoltória da reserva lavrável atendem às especificações de
qualidade, deste modo a preocupação na sequência de lavra recaiu sobre o atendimento da
curva de produção e na relação estéril/minério.
A massa de calcário contida em cada furo e sua relação estéril/minério foi colocada em
um mapa da malha de sondagem. A partir daí, somando-se estas massas e respeitando a
área de influência de cada furo, traçou-se a envoltória anual. Outros aspectos observados
foram a continuidade lateral da lavra e a forma geométrica da área a ser lavrada, devendo
ser a menos poliédrica.

9.11 PROGRAMA DE PRODUÇÃO

O programa de produção obtido para 20 anos do projeto ficou assim definido, conforme
Tabela 18.
O uso de calcário na indústria cimenteira é, sem dúvida, o seu maior uso. A relação de
consumo deste insumo mineral é de cerca de 1,65 toneladas para cada tonelada de
cimento.
O plano de produção é sustentado pela demanda da fábrica, ou seja, todo calcário será
vendido para fabricação de cimento. Assim, foi considerado nesse planejamento, uma
programação inicial de 300.000 toneladas por ano de calcário (Tabela 7). Eventualmente um
aumento da capacidade de produção implicará em mais reservas de calcário ou na redução
do tempo do empreendimento.

Tabela 18. Programa de produção para 20 anos.

Ano Calcário (t) REM (m3/t) Estéril (m3)


1 300.000 1,38 414.000
2 300.000 1,38 414.000
3 300.000 1,38 414.000
4 300.000 1,38 414.000
5 300.000 1,38 414.000
6 300.000 1,38 414.000
7 300.000 1,38 414.000
8 300.000 1,38 414.000
9 300.000 1,38 414.000
10 300.000 1,38 414.000
11 300.000 1,38 414.000
12 300.000 1,38 414.000

40
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13 300.000 1,38 414.000


14 300.000 1,38 414.000
15 300.000 1,38 414.000
16 300.000 1,38 414.000
17 300.000 1,38 414.000
18 300.000 1,38 414.000
19 300.000 1,38 414.000
20 300.000 1,38 414.000
Total 6.000.000 8.280.000

Este programa de produção considera não apenas a expectativa de crescimento de


vendas do produto, mas também o crescimento da capacidade de produção da mina até
atingir sua capacidade máxima considerada no projeto.

9.12 DESENVOLVIMENTO DA MINA

O desenvolvimento da lavra prevê a explotação nas duas áreas. Os parâmetros de lavra,


definidos pelo projeto básico são:
- Altura de bancada: 10 m;
- Largura das bermas: de 10 m;
- Ângulo de talude de face das bancadas: 60 º
O desenvolvimento da mina é a etapa de sua preparação para início da produção de
minério. Consta, basicamente, da abertura dos acessos iniciais, desmatamento da área a
ser desenvolvida, remoção e estocagem do solo vegetal, e abertura do “box cut”.
Decapeamento ou retirada do solo orgânico e de cobertura do corpo de minério para poder
acessá‐lo, em volumes compatíveis com a produção anual prevista. O solo orgânico será
estocado em local apropriado para posterior utilização na recuperação de áreas
degradadas.
Os custos envolvidos nessa etapa do projeto serão considerados como investimentos
iniciais.

9.13 DEPOSIÇÃO DO ESTÉRIL DA MINA

Conforme apresentado na descrição do método de lavra, o estéril será temporariamente


depositado junto aos limites da cava retornando posteriormente a cava. Não haverá um
depósito de estéril em área que já não seja impactada pela atividade da mineração, pois
todo o material estéril será depositado dentro das cavas em que já foram explotadas.

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A espessura da camada de estéril sempre será menor que a espessura da camada de


minério, assim, haverá espaço para depositar todo o material estéril dentro das cavas
exauridas.
Dessa forma, não serão necessárias áreas externas aos limites da lavra, para a
deposição do estéril. Isso evita a necessidade de desmatamento e desfiguração de áreas
adicionais. Portanto, esse método favorece a reabilitação das áreas já lavradas, uma vez
que a topografia original vai sendo recomposta, à medida que a frente de lavra avança, além
de evitar riscos de acidentes, já que não há, praticamente, formação de pilhas de estéril fora
dos limites da cava de extração do minério.

9.14 PILHA DE MINÉRIO DE CALCÁRIO

Haverá uma pilha de minério de calcário situada dentro da área da mina e próxima ao
acesso de saída. Esse material será destinado a venda e suprir o fornecimento do insumo
para o britador/planta industrial das cimenteiras.

9.15 PLANO DE DRENAGEM DA MINA

O Plano de drenagem da mina tem por objetivo controlar e drenar as águas superficiais
provenientes da precipitação, do desague da mina, e também determinar o melhor plano de
gestão para captação de água bruta, rebaixamento do lençol freático, etc.
A água no interior da cava deverá ser proveniente principalmente da chuva e
secundariamente do lençol subterrâneo quando o nível freático for atingido pelo fundo da
cava. A água contida no interior da cava será bombeada para fora da cava para desague na
drenagem natural.

9.16 EQUIPAMENTOS DE LAVRA

Nesta fase do estudo, assumiu-se que a lavra da jazida de calcário será conduzida por
equipamentos próprios, incluindo operação e manutenção.
Os equipamentos a serem utilizados na operação da lavra da mina serão retro‐
escavadeiras, caminhões rodoviários convencionais, moto niveladora, trator de esteiras,
caminhão pipa, pá carregadeira.
Assim sendo, é apresentado a seguir um estudo preliminar de seleção e
dimensionamento de equipamentos de lavra.

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9.16.1 Seleção e dimensionamento.

O equipamento mais indicado na escavação e carregamento minério de calcário é a


escavadeira hidráulica, de porte adequado à seletividade requerida. Para o transporte,
poderá ser utilizado o caminhão basculante convencional. A manutenção dos acessos,
principalmente no período de chuvas, permite a utilização deste tipo de caminhão
basculante.
Segue abaixo na Tabela 19 a relação preliminar dos equipamentos, máquinas e veículos
previsto para as atividades de mina.

Tabela 19. Relação dos equipamentos, máquinas e veículos usados na mina.

Equipamentos, máquinas e veículos Quantidade


Caminhões basculantes de 350 HP –6x4 6
Escavadeira hidráulica de esteira, diesel, de 140 HP e 21.000 kg, marca
1
CAT‐320C ou similar
Trator de esteira, diesel, de 310 HP, peso de 37.500 kg, modelo CAT‐ D8R
1
ou similar
Retroescavadeiras hidráulicas de esteiras, diesel, de 410 HP e 65.000 kg,
2
marca CAT‐365C ou similar
Carro‐pipa (caminhão), tração 6x2, diesel, 400 HP 1
Moto‐niveladora de lâmina, diesel, de 140 HP, do tipo CAT‐120H ou similar 1
Automóvel, VW, modelo Gol ou similar 2

9.17 SISTEMA DE APOIO À MINA

O sistema de apoio à mina é constituído por todas as atividades e serviços necessários à


produção do minério para abastecimento da fábrica, dentro das especificações
estabelecidas.
Constam, basicamente, de:
• Topografia da área da mina;
• Drenagem da área da mina;
• Manutenção de estradas e vias de acesso da mina;
• Controle de pré-lavra e de lavra;
• Manutenção de equipamentos de lavra e suprimento.
• Supressão da vegetação, quando necessário;
• Abertura de vias de acesso às bancadas de lavra, de acordo com o projeto da
mina;
• Trabalhos de drenagem e proteção da área da mina visando evitar o afluxo das
águas da chuva para dentro da cava da mina;

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• Outros trabalhos eventualmente necessários ao desenvolvimento racional e


seguro do projeto da mina e que complemente a pesquisa mineral;
• Decapeamento e terraplenagem na área da mineração da mina;

9.16.1 Topografia

O serviço de topografia é de fundamental importância para a atividade de mineração.


Esse serviço a princípio será terceirizado.
A topografia será empregada na locação das obras e projetos de geologia e engenharia.
Também será utilizada no monitoramento do avanço da mina, reconciliação da lavra de
minério e cubagem de estéril e rejeitos da mina.

9.17.2 Drenagem da área da mina

A drenagem da mina será objeto do planejamento e controle do setor de planejamento e


de gestão do serviço da lavra, com pessoal próprio.

9.17.3 Manutenção de estradas e acessos da área da mina

Analogamente ao item anterior, esse serviço será contemplado nas atividades da mina.

9.17.4 Controle de pré-lavra e de lavra

Essa atividade é essencial para a garantia da qualidade do produto a ser fornecido à


britagem e fábrica.
Caberá ao setor de planejamento e controle, com pessoal próprio, definir os métodos e
processos para obter os melhores resultados, técnicos e econômicos, dessa atividade.
O controle de lavra deverá ser feito através de amostragens representativas no produto
desareado, visando confirmar os resultados esperados através do controle de pré-lavra.
Qualquer desvio deverá ser analisado, adotando-se as medidas corretivas cabíveis.

9.17.5 Serviços de Apoio à Mina

9.17.5.1 Abastecimento/ Manutenção e Reparos no Campo

Será implantada uma estrutura mínima de manutenção para a frota de equipamentos de


lavra que permita a realização de reparos mais simples no próprio campo e reparos em nível
de subconjuntos em oficina a ser instalada. O posto de abastecimento, além dos
equipamentos de mina deverá atender à frota local de veículos leves.

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Reparos mais complexos e recuperação de equipamentos (básculas de caminhões,


conchas das retroescavadeiras, etc.), serão preferencialmente realizados na mina. O
conserto de subconjuntos e motores será realizado em centros especializados.
Para os trabalhos de mineração, o combustível a ser usado nos veículos e equipamentos
pesados será o óleo diesel e para os veículos leves (automóveis de apoio) há as opções de
veículos multi‐flex à gasolina, álcool ou gás.

9.18 ESTUDOS DE LAVRA

9.18.1 Detalhamento da pesquisa geológica

As informações geológicas que deram suporte ao presente estudo encontram-se num


nível adequado ao início das operações de lavra. No entanto, trabalhos adicionais de
sondagem serão necessários para fechamento da malha nos trechos onde as reservas
foram indicadas e inferidas.

9.18.2 Quadro de pessoal

O quadro de pessoal próprio estimado para operações de mina está demonstrado na


Tabela 20 abaixo:

Tabela 20. Quadro de pessoal próprio.


Função Nº de Cargos
Gerente do projeto 1
Engenheiro de minas - planejamento de lavra 1
Geólogo de mina 1
Técnico de mineração - operacional mina 1
Supervisor operação - usina 1
Supervisor manutenção 1
Mecânico 4
Operador de maquinas pesadas 5
Operador de caminhões 7
Administrativo 1
Auxilar de campo - mina 4
Auxiliar serviços gerais 2
Total 29

9.18.3 Investimentos iniciais na mina


Os investimentos iniciais na mina de calcário serão orientados para a abertura da cava e
preparação do “box cut”, desmatamento da área da cava, sondagem de detalhe e
construção de acessos. Também estão contemplados aquisição dos equipamentos pesados
(escavadeira hidráulica, trator sobre esteira), caminhões (basculante convencional, pipa,
munck).

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Na Tabela 21, a seguir, são resumidos os investimentos iniciais previstos no total de R$


9.427.750,00 para implantação da mina e lavra do calcário.

PTabela 21. Estimativa de investimentos iniciais na lavra.


Custo Unit. Custo Total
Discriminação Unid. Qde
(R$) (R$)
Sondagem para pesquisa geol. de detalhe m 800 350,00 280.000
Análises químicas am. 450 120,00 54.000
Desmatamento m2 125.000 2,30 287.500
Remoção de solo vegetal m3 62.500 4,50 281.250
Abertura de estradas e acessos km 6 60.000 360.000
3
Abertura do box cut m 625.000 4,20 2.625.000
Equipamentos de mineração vb 1 5.300.000 5.300.000
Energia, segurança, comunicação, senalização vc 1 240.000 240.000
Total : ............................................................................................................... R$ 9.427.750

9.18.4 Estimativa de custos operacionais de mina

Os custos operacionais de mina são relacionados à remoção de estéril e lavra do


minério, incluindo as atividades secundárias de abertura e manutenção de acessos,
drenagem pluvial e controle de poeira.
Serão utilizados custos atuais de operações similares de outras operações semelhantes
as definidas na mina de calcário como referência para análise econômica e financeira do
projeto.

9.18.5 Custo de lavra

O custo de lavra estimado para esse projeto é considerado com os seguintes valores:
• Remoção do estéril e solo = R$ 0,50 /t
• Lavra do calcário = R$ 1,3 /t
Considerando os quantitativos de estéril e minério movimentados no ano e os serviços
complementares de mina, o custo total da mina é de R$ 1,7 / t.

9.19 TRATAMENTO DO MINÉRIO

O processo de tratamento do minério (ROM) está demonstrado na Figura 15 e consiste


no desmonte mecânico do calcário na mina, carregamento, transporte, o circuito de britagem
primária do calcário e o transporte do britado até a fábrica.
Todo o processo será a seco, portanto, não necessitando de bacia de decantação nem
de pátio para secagem – onde a água escorre das pilhas. Portanto, na área do pátio de

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britado, será necessária construção de canaletas para desaguamento das pilhas. O terreno
deve ser forrado e compactado, para a movimentação dos caminhões e carregadeiras.

Figura 15. Fluxo do processamento do calcário da mina até a pilha de minério.

9.20 VIABILIDADE ECONÔMICA

O estudo de viabilidade econômica, de caráter preliminar, considerou um período de 20


anos para o empreendimento, sendo ainda não prevista inflação, flutuação da taxa de
cambio do dólar americano e variação de preço de venda na análise.
Análise mais detalhada do projeto será apresentada no PAE – Plano de Aproveitamento
Econômico após aprovação deste relatório final de pesquisa.
A taxa de cambio usada foi de R$ 3,80 por 1,0 US$ (BRL/USD) e o preço do calcário
ROM foi estabelecido a R$ 12,70/t.
A taxa de depreciação aplicada de 5% está em forma linear para todas as categorias de
dispêndio de capital, não havendo diferença entre os valores de depreciação e os
contabilizados. Não foi considerado financiamento nesta análise.

9.20.1 Tributação

O ICMS incidente foi estimado em 7% no total das vendas. A possibilidade de


aproveitamento dos créditos de ICMS não foi considerada, possibilitando a compensação ou
correção de erros nas previsões de gastos.
A CFEM (Compensação financeira pela exploração mineral) foi prevista na Constituição
Federal de 1988, instituída pelas Leis nº 7.990/1990 e 8.001/1990. Foi regulamentada pelo
Decreto nº 01/1991 e, a partir de então, passou a ser exigida das empresas mineradoras em
atividade no país.

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Conforme definiu o decreto, a CFEM incide 2% sobre o faturamento líquido, no caso da


venda do minério bruto e beneficiado, ou no custo intermediário de produção, quando o
produto mineral e consumido ou transformado em um processo industrial. Entretanto, com a
medida provisória 789/2017, na hipótese de saída por venda, passou a ser a receita bruta,
deduzida apenas dos tributos incidentes sobre a venda que foram pagos ou compensados.
Adotamos a alíquota de 15% para o Imposto de Renda, mais a alíquota de 9% para a
Contribuição Social sobre o lucro, dando um total de 24% incidente sobre o lucro tributável.

9.20.2 Fluxo de Caixa

O fluxo de caixa do empreendimento (Figura 16) foi elaborado com base nos parâmetros
descritos acima.
Com base no valor do balanço final do fluxo de caixa em cada um dos anos
considerados, calculou-se o Valor Presente Líquido (VPL) do empreendimento, à Taxa de
Desconto de 12% ao ano, obtendo-se como resultado o valor de R$ 7.946.400,00. O VPL
obtido é considerado atraente, em função do tipo de investimento a ser realizado e do nível
de risco para este tipo de empreendimento.
A Taxa Interna de Retorno (TIR) é estimada em 27%, resultado considerado também
muito atrativo para o empreendimento.

9.21 CAPEX

O investimento (CAPEX) total do empreendimento estimado é de R$ 9.427.750,00 ou


equivalente a cerca de US$ 2,48 milhões conforme demonstrado na Tabela 13.
No primeiro ano do projeto será feito o investimento no valor de R$ 9.427.750.
Também foi considerado investimento em reposição da frota da mina no décimo ano, no
valor de R$ 5.300.00,00.

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Ano 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Entradas e Saídas
Quantidades da Reservas (ROM) Mil ton 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Produção calcário Mil tpf 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300 300

Preço de minério de calário FOB R$ / t - 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7 12,7
Receita Bruta R$ Mil - 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810 3.810
PIS/COFINS/ICMS R$ Mil - 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406 406
Receita Liquida R$ Mil - 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404 3.404
Cefem R$ Mil - 68 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
Despesas operacionais R$ Mil - 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46 46
EBITDA R$ Mil - 3.290 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359 3.359
Depreciação Equipamentos R$ Mil - 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265 265
Lucro Antes do Imposto R$ Mil - 3.555 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624 3.624
IR (15%) R$ Mil - 533 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544 544
CSSL (9%) R$ Mil - 320 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326 326
Lucro Liquido R$ Mil - 2.702 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754

Investimentos
Investimento corrente - Mina R$ Mil 9.427 5.300
(box cut /acessos/segurança)

Fluxo de Caixa livre 9.427 2.702 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.546 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754 2.754

Figura 16. Fluxo de Caixa do empreendimento.

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10. CONCLUSÃO

Os trabalhos de pesquisa mineral executados nas áreas dos processos: 850.004/2015 e


850.005/2015 permitiram bloquear reservas medidas, indicadas e inferidas de minério de
calcário totalizando cerca de 9,0 milhões de toneladas de calcário calcítico.
A pesquisa geológica realizada, descrita e demonstrada neste relatório cumpriu seu
objetivo de delimitar um corpo mineral de calcário e viabilizar seu aproveitamento
econômico. O calcário possui características físicas e químicas para uso na indústria para
fabricação de cimento.
Apesar de todo trabalho de pesquisa ter sido concentrado na porção central da área,
onde a mineralização de calcário ocorre, a empresa mantém interesse na manutenção de
toda área do alvará. Assim, poderá garantir local para uso na operação (instalações
industriais, pilhas e bota-fora) e áreas de servidão.
O empreendimento se mostrou lucrativo pela análise financeira e seus indicadores.
Consideramos que os dados apresentados são consistentes e suficientes para a aprovação
desse relatório final de pesquisa.

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11. SEGURANÇA E PROTEÇÃO AMBIENTAL

A implantação de projetos mineiros é sempre alvo de discussão e desconforto das


entidades ambientais e da população de um modo geral. No entanto, com a definição de
regras claras e ajustadas a realidade da região os novos projetos já são elaborados dentro
dessas normas e adequados às exigências legais. Temos exemplos da implantação de
projetos minerais que demonstram ser perfeitamente compatível a implantação e a operação
de empreendimentos mineiros, na região Amazônica, com a preservação do meio ambiente.
Estudos serão conduzidos para que a mineração da jazida de calcário em Nova
Timboteua seja realizada de tal maneira a se eliminar, ou minimizar as possíveis fontes de
poluição e/ou os seus impactos sobre o ambiente regional.
A preservação dos ecossistemas das regiões de atuação é uma condição indispensável
à própria viabilização das atividades produtivas nas áreas de jazidas minerais, pois a má
ocupação e exploração podem trazer graves consequências às futuras operações.
O exemplo de empresas com projetos mineiros bem sucedidos, principalmente através
da implantação de Projetos na Região Amazônica, é demonstrado que é perfeitamente
compatível a implantação e operação de empreendimentos mineiros, nessa inigualável
região de florestas tropicais, com a preservação do meio ambiente.

11.1 MEDIDAS MITIGATÓRIAS

As medidas mitigatórias são apresentadas em três níveis distintos:


• Minimização, que corresponde a medidas que têm efeito sobre a origem do
impacto, eliminando-o ou reduzindo-o; naturalmente, essas medidas apresentam
resultados mais imediatos e, portanto, são prioritárias em relação às demais;
• Reabilitação, que corresponde a medidas corretivas sobre impactos que não
podem ser eliminados (minimizados);
• Compensação, que corresponde a medidas que têm como objetivo compensar
impactos que não possam ser minimizados, ou para os quais não exista
reabilitação; podem corresponder também a medidas que visem aumentar os
efeitos positivos do empreendimento, independentemente da existência de
impacto ligado à compensação.
Para um mesmo impacto podem ser propostos, simultaneamente, os três níveis de
mitigação.

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11.1.1 Medidas de minimização

As medidas de minimização podem ser subdivididas em três grandes grupos, conforme a


cronologia do projeto: implantação, operação e desativação. As medidas de minimização
que serão incorporadas ao projeto de calcário são:
• Drenagens industriais;
• Sistemas e equipamentos de controle de emissão atmosféricas;
• Proteção de taludes.

11.1.2 Armazenamento do Material Orgânico no Decapeamento

O material orgânico proveniente do desmatamento e serviços de terraplanagem,


constituído pela vegetação que eventualmente cobre a área a ser degradada, e a camada
de terra superficial do solo serão armazenados, temporariamente, para serem reutilizados
nos processos de reabilitação das áreas degradadas.
O armazenamento deste material será realizado de forma diferenciada, conforme
descrito a seguir:
• Sementes: serão coletadas antes e durante o abate da vegetação;
• Madeira: serão destinadas para lenha, mourões e serraria, dependendo de sua
qualidade e diâmetro;
• Folhas, galhos finos, restos vegetais: serão envolvidos na terra orgânica de
cobertura, que será estocada e reaproveitada para a reabilitação das áreas.

11.1.3 Sistemas provisórios de controle de óleos e graxas, efluentes Domésticos e


Lixo

Será feita a instalação de um sistema de controle de óleos e de graxas para os lavadores


e oficinas, fossas sépticas nos escritórios, e a coleta e disposição final de lixo e resíduos
sólidos segundo um plano específico a ser elaborado quando do projeto executivo.

11.1.4 Sistema Integrado de Controle da Qualidade do Ar

Além das medidas tradicionais de minimização de impactos, do tipo irrigação


permanente de vias e pátios, etc., será desenvolvido um programa de monitoramento e
controle ambiental por sistemas automáticos.

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11.1.4.1 Controle de Particulados

O sistema de controle dos particulados tem início na fase de mineração, com a


umectação das pistas de rodagem dos caminhões.
Também a umectação do minério e do estéril, quando necessário, antes do
carregamento para redução das poeiras fugitivas no ato do carregamento.
Na britagem serão aspergidos as transferências de correias transportadoras, pontos de
descarga dos caminhões e a descarga final da saída da britagem.
Também serão construídos filtros de mangas nos principais equipamentos onde somente
a aspersão não seja suficiente para a redução das emissões.

11.1.5 Programa de Comunicação Social

Será iniciado plano de comunicação social e de integração com a comunidade, que


promoverá a identificação e avaliação permanente dos impactos referentes tanto ao meio
antrópico quanto aos outros meios.

11.1.6 Gestão de Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos, gerados no empreendimento e caracterizados como resíduos


industriais e domésticos recicláveis, são: papel, plástico, vidros, sucatas, óleos
regeneráveis, etc. Esses resíduos serão estocados em áreas especiais para serem
reciclados.
Os resíduos orgânicos, tais como: restos de refeições, podas de plantas serão
recuperados sob a forma de composto orgânico – adubo.
Resíduos não inertes ou perigosos, tais como pontas de eletrodos, óleos contaminados,
embalagens de produtos químicos, cadinhos, etc., serão depositados em valas
impermeabilizadas.

11.1.7 Sistemas de Controle de Óleos e Graxas

Os sistemas deverão ser instalados em local à jusante da área de oficinas e dos


lavadores de equipamentos pesados, prevendo-se a colocação de caixas separadas de
óleos e graxas com adição de sulfato de alumínio para quebra da emulsão química, de tal
forma que as lavagens de veículos e do piso contendo solo sedimentáveis, óleos, graxas e
detergentes sigam, por gravidade, para esses sistemas de controle.

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11.1.8 Tratamento de Efluentes Sanitários

Os efluentes gerados nas atividades higiênicas e de limpeza desenvolvidas na mina e


nas demais instalações serão encaminhados para um sistema de tratamento e disposição
final, denominado estação de tratamento de efluentes sanitários (ETE), de maneira a
impedir a ocorrência de impactos indesejáveis sobre o meio ambiente e a saúde pública.

11.1.9 Plano de Desativação

Durante a vida útil da mina, serão efetuadas revisões e adequações do plano de


desativação de projeto, contemplando a operação da lavra de acordo com o planejamento
de curto, médio e longo prazo. Essas revisões e adequações incluirão medidas de
reabilitação ambiental visando, ao final da vida da mina, todas as ações ligadas à
desmobilização física e de pessoal da empresa, além do tratamento de seus efeitos
negativos.

11.1.10 Reabilitação

A área de disposição de estéreis, pilhas pulmão, estradas e demais instalações serão


recuperadas conforme apresentado nos itens anteriores.

11.2 COMPENSAÇÃO

11.2.1 Viveiros de Mudas

A produção de mudas deverá ser contínua e apropriada, além de regionalmente


adaptada. Serão usadas mudas de espécies locais para reflorestamento.

11.2.2 Compensação Florestal

Será feito o plantio de gramíneas e espécies nativas em todas as áreas do projeto, para
prevenção de processos erosivos.
O plantio será feito utilizando-se as mudas produzidas no viveiro, calculadas por lotes
anuais, que são definidos a partir do tamanho da área a ser plantada e da capacidade da
empresa em produzi-los.

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11.2.3 Educação Ambiental

Será implantado um programa de educação ambiental para funcionários e a comunidade


local. A divulgação das informações é efetuada através de palestras e atividades didáticas
em escolas e em outros locais pertinentes, abordando-se a importância da conservação de
ambientes naturais, proteção dos mananciais, plantio de espécies nativas, etc. Dar-se-á
ênfase à coibição de atividades predatórias de coleta e de caça de animais silvestres, bem
como de coleta seletiva de madeira.

11.2.4 Monitoramento

11.2.4.1 Plano de Monitoramento de Qualidade das Águas

As drenagens, à jusante e a montante da área da mina, disporão de pontos de


monitoramento para controle das águas superficiais. Serão mantidos esses pontos de
monitoramento e, caso seja necessário, estabelecidos novos pontos.

11.2.4.2 Monitoramento de Emissão e Qualidade do Ar

O monitoramento da qualidade do ar se encontra inserido no sistema integrado de


controle da qualidade do ar. Basicamente, o monitoramento se desenvolverá na etapa de
operação.

11.3 PROTEÇÃO A SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR

O ponto de partida para o planejamento e programação das atividades de proteção à


saúde e de prevenção à segurança do trabalhados será a fundação da CIPAMIN, de acordo
com as Normas Reguladores da Mineração-NRM. Entre as atividades da CIPAMIN estão: o
estabelecimento d regras de monitoramento do ambiente e do controle dos parâmetros que
afetam a saúde do trabalhados, através do Programa de Controle Médico e de Saúde
Ocupacional-PCMSO e o de elaborar e implementar um programa de gerenciamento de
risco – PGR.

11.3.1 Programa de Controle Médico e de Saúde Ocupacional – PCMSO

O planejamento e a aplicação das normas existentes e dos controles da saúde dos


trabalhadores pelos exames médicos previstos nas Normas Reguladoras do Ministério do
Trabalho e Emprego, em especial a NR-7 – Programa de Controle Médico de Saúde

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Ocupacional (PCMSO) tem como objetivo prevenir doenças profissionais dos trabalhadores
diretamente envolvidos seja funcionários da empresa ou contratada.

11.3.2 Programa de Gerenciamento de Riscos – PGR

No âmbito regional do trabalho serão mapeadas todas as situações de riscos,


classificadas pelo componente Plano de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA), contendo
o Mapa de Risco, aprovado pela CIPAMIN, conforme NR-9, dando-se plena divulgação com
o objetivo de comunicar e informar a todo pessoal e chefias envolvidos no trabalho sobre as
situações de riscos a serem enfrentadas, com objetivo de eliminar ou neutralizar os
acidentes e as doenças do trabalho.

Belém, 06 de agosto de 2018.

Responsável Técnico:

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Javier Marcelo Cahuana Villegas
Geólogo
CONFEA/CREA - 1503032078

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ANEXOS

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