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FLORIANÓPOLIS
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2002
VITOR HUGO DALL'ASTA FILHO
FLORIANÓPOLIS
2002
VITOR HUGO DALL'ASTA FILHO
Este Trabalho de Conclusão de Estágio foi julgado adequado e aprovado em sua forma
final pela Coordenadoria de Estágios do Departamento de Ciências da Administração da
Universidade Federal de Santa Catarina, em (dia, mês e ano) .
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Pedro C los Schenini
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andre Marino Costa
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Membro
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AGRADECIMENTOS
O objetivo deste trabalho é efetuar estudos para elaborar um roteiro para a implantação de
Sistema de Gestão Ambiental - SGA em empresas madeireiras, sendo que para chegar na
elaboração faz se necessário avaliar o setor, identificar seus processos e seus produtos, e
A
identificar os aspectos e impactos ambientais. metodologia aplicada quanto a abordagem da
pesquisa foi qualitativa, o tipo de pesquisa foi exploratório/descritivo, foram realizadas
entrevistas para coleta de dados juntamente com a observação não participante e a análise
A
documental, quanto a análise dos dados' foram feitas de forma qualitativa. análise dos dados
obtidas na pesquisa mostra como as empresas madeireiras tem mn mercado em crescimento e
que para poder conseguir uma vantagem competitiva é necessária a adoção de estratégias,
como o foco está voltado para o meio ambiente uma forte estratégia competitiva é a adoção de
um SGA. Com os aspectos e impactos ambientais que estas empresas possuem pôde-se
desenvolver um roteiro específico para o setor, mostrando todas as fases da implementação do
SGA que neste trabalho foi elaborado de acordo com a norma ISO 14001. Através do SGA as
empresas podem se adaptar ao desenvolvimento sustentado, para que esta geração não afete 0
meio de vida das gerações futuras.
LISTA DE TABELAS
LISTA DE FIGURAS _________________________________________________ __
1-INTRODUÇÂÚ ...................................................... ..
13 JUSTIFICATIVAS ................................................ _.
3-METODOLOGIA .................................................. ._
6-REFERÊNCIAS .............................. ._
1-ANEXOS ........................................... _.
LISTA DE TABELAS
1 INTRODUÇÃO
l.1 CONTEXTO
O cenário do mercado mundial está cada vez mais preocupado com qualidade, preço e
prazo de entrega. Mas atualmente o mercado mundial começou a se preocupar com outro fator
importante, o meio ambiente. Com isto as empresas de todo o mundo estão se conscientizando
das mudanças que isto pode trazer, pois processos produtivos que eram somente voltados aos
podem ser adotadas pelas organizações. Estas formas de enquadramento fazem com que as
empresas tenham uma vantagem competitiva frente às outras empresas, pois estarão adotando
medidas que condizem com o novo cenário mundial. Uma das formas que pode ser adotada
pela empresa e'
a adoção de um sistema de gestão ambiental. Com este sistema a empresa
obterá uma série de melhorias tanto em âmbito interno como externo da empresa.
13
1.2 OBJETIVOS
1.3 JUSTIFICATIVA
Este trabalho se toma viável no momento em que não existe um roteiro específico para
o setor madeireiro com exemplificações de cada etapa a ser adotada, bem como a facilidade
de entendimento e fontes que podem ser pesquisadas para quaisquer duvidas. Este trabalho
1.4 ESTRUTURA
gestão ambiental. Pois como será observado no trabalho, futuramente se tomará inevitável
que as empresas passem a adotar um sistema de gestão ambiental.
Em sua fundamentação teórica o trabalho possui uma grande fonte para que possamos
entender a finalidade da questão ambiental através do estudo das limitações espaciais de nosso
planeta, também mostrará que através dos impactos empresariais no meio ambiente os
recursos que são finitos em nosso planeta são rapidamente consumidos ou poluídos. Em tun
segundo capítulo 0 trabalho descreverá como o desenvolvimento sustentável se originou e
como foi sendo adotados pelas empresas, bem como as principais ações sustentáveis no que
diz respeito às adequações as Leis, o uso de tecnologias limpas gerenciais e operacionais. Em
outro capítulo serão descritos os padrões de competitividade e como as empresas podem
adquirir uma vantagem competitiva com a adoção do sistema de gestão ambiental. E
finalizando a fundamentação teórica será abordado a ISO 14001 através da descrição do
histórico, e das etapas do processo de implantação do sistema de gestão ambiental. Na
metodologia será mostrada a abordagem da pesquisa, o tipo de pesquisa, os instrumentos de
coleta de dados e como os dados foram analisados. No desenvolvimento do trabalho serão
observados os dados do setor madeireiro, mostrando os processos e o perfil do setor, a
avaliação das empresas madeireiras descrevendo as oportunidades e vantagens que o setor
possui bem como a melhor forma do setor prosperar, também mostrará os aspectos e impactos
ambientais do setor no meio ambiente e finalmente será exposto um roteiro para a
gestão ambiental. V
15
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
fatores pertinentes aos momentos em que a situação do planeta estava, pois ambas tiveram
fatores marcantes para a melhoria da relação homem e meio ambiente.
A Conferência de Estolcomo foi a primeira conferência sobre a relação do homem
com o meio ambiente, e surgiu devido às condições em que 0 mundo explorava seus recursos
de forma predatória, e o desenvolvimento econômico não aconteceria se as questões
ambientais fossem levadas em consideração. O principal objetivo segundo Castro (1996) era a
conscientização dos países com relação à limpeza do ar nas grandes cidades, a limpeza dos
rios e bacias hidrográficas e a poluição do mar. O .fato marcante desta conferência foi a
16
criação da PNUMA - Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, que é uma
instituição para tratar de questões ambientais em âmbito mundial.
Em 1982 quando a ONU comemorava os dez anos da Conferência de Estocolmo,
outro fator começou a preocupar que era o qual as atividades humanas, em algumas áreas,
estavam excedendo a assimilação da natureza. Com isto a preocupação voltou-se para o
esgotamento dos recursos naturais juntamente com a absorção por parte da natureza dos
resíduos das atividades humanas, como será visto no item 2.1.1 Limitações espaciais. Estas
questões então começaram a serem tratadas pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento que foi' criado pela ONU, através do PNUMA. Que constatou urna
expectativa de aumento populacional elevada, 0 crescimento da poluição ambiental em face
da situação social, a diferença de consumo dos recursos dos países desenvolvidos e dos países
em desenvolvimento e a redução da disponibilidade de água. Para solucionar estes problemas
a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente elaborou uma proposta em forma de um relatório
Neste capítulo será visto como os recursos de nosso planeta são finitos e a definição de
poluição ambiental e como esta torna estes recursos ainda menores.
oito bilhões de pessoas para 2025. Segundo Castro (1996) as projeções para a população
mundial para 2010 já terá como valor mínimo oito bilhões de pessoas, valor médio dez
bilhões e meio de pessoas e valor máximo quatorze bilhões de habitantes. Com dados
estatísticos Heer (1972) projetou a população mundial até 2400, a tabela 01 a seguir mostra
esta projeção.
TABELA_01 _
PROJEÇAO DA POPULAÇAO MUNDIAL
Fonte: Heer, D.M. 1972, p. 32.
Esta tabela mostra que a projeção feita está de acordo com a projeçãodo (IPT-1995)
onde para o ano de 2025 a população estará em tomo de oito a dez bilhões de pessoas.
Possivelmente conforme o autor da tabela estes números terão que ser repensados, pois vários
estudiosos não acreditam que em 2400 o número seja tão exagerado.
Segundo o autor, a taxa de crescimento deverá diminuir devido aos meios de
subsistência, pois se a taxa de crescimento continuar aumentando e os meios de subsistência
não acompanharem a taxa, a mortalidade aumentará.
Isto comprova que com o aumento considerável da população, os meios de
subsistência chegarão a ponto de acabarem causando uma parada no processo de evolução do
ser humano. Para que isto ocorra não é necessário muito tempo, pois a forma com que os
meios ou recursos vêem sendo explorados isto já pode afetar a próxima geração.
18
Sabendo das limitações espaciais de nosso planeta que se refere aos meios de
subsistência, o ser humano ainda faz com que estes recursos se tomem mais escassos através
A poluição ambiental não é somente como estamos acostumados a pensar que são os
lixos industriais, os despejos industriais, a emissão de gases na atmosfera. A poluição abrange
os fatores que fazem com que o meio ambiente não consiga voltar a ser 'o mesmo antes de
degradado, ou seja, ficar da mesma forma com que estava antes de ser poluído. É a alteração
da natureza, onde cada ser humano pode estar poluindo no simples ato de jogar lixo reciclável
juntamente com o lixo comum.
Concordando com a idéia do autor acima citado Valle (1995) descreve com detalhes o
conceito de poluição ambiental com clareza e objetividade:
O agente causador da poluição ambiental pode ser qualquer indivíduo, sendo pessoa
física ou jurídica, de direito público ou privado. Basta agir conforme 'o autor menciona acima,
de forma direta ou indireta.
Esses problemas de poluição são na maioria das vezes locais, mas dependendo de sua
grandeza podem se tornar regionais, nacionais ou internacionais. A poluição local tem
soluções que são aplicadas de forma localizada, como o tratamento de esgotos sanitários e a
coleta de lixo urbano. Com a contribuição de cada local onde a poluição ocorre em nosso
19
soluções para a solução dos problemas da poluição ambiental deixaram de serem locais e
passaram a serem globais.
Mesmo que as soluções devem ter um âmbito global cada país deve ter suas
precauções e suas soluções. Sendo assim o govemo brasileiro toma suas providências para
preservar este meio ambiente da poluição através de Leis, Decretos, Resoluções ou Normas
tendo como órgão responsável a SEMA-Secretaria Especial para o Meio Ambiente.
Valle (1995) observa através da figura O1 a seguir, os efeitos de uma fonte poluidora
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FIGURA 01
PROPAGAÇAO DOS EFEITOS DA POLUIÇAG
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solo através da deposição e da água através do despejo. A poluição não termina desta maneira,
pois os recursos naturais estão interligados. O solo contamina a água através da lixiviação, a
água o solo através da infiltração e também contamina a vida animal. A atmosfera contamina
20
a respiração animal e através da absorção foliar atingi a vegetação, que através dos
é devastador, pois poluindo qualquer um dos recursos naturais também irão afetar os outros.
FIGURA 02
POLUENTES DO AR, SOLO E AGUAS
,
A figura anterior mostra os poluentes mais comuns e que também são os que mais
afetam a integridade dos recursos ambientais. Estes produtos devem ser totalmente
controlados para a preservação dos recursos existentes em nosso planeta, pois são produtos na
maioria de uso industrial e seu controlepode ser elaborado.
Este capítulo mostrou os recursos de nosso planeta bem como o seu caráter finito, e
deixou claro de como devemos controlar o crescimento populacional tendo em vista o meio
de subsistência que não cresce da mesma proporção. Também deixou claro como a poluição
ambiental agride estes recursos tomando-os cada vez mais escassos, bem como acontece a
poluição ambienta e seus principais agentes de poluição. V
21
Este capítulo irá mostrar os impactos das empresas no meio ambiente, como isto
Os impactos ambientais são causados por mudanças no meio ambiente, que tem como
agente as atividades exercidas por humanos, que possam modificar as condições de vida ou
hídrica: V
23
SETOR INTENSIDADE(g/US$)
DBO METAIS PESADOS
Minerais não metálicos 0,0 0,0
Metalúrgica 0,5 1 ,3
Borracha 0,1 --
Farmacêutica 59,9 --
Alimentícia .
32,1 0,0
A
Bebidas 139,1 --
TABELA 02
INDICADORES DE INTENSIDADE DE POLUIÇÃO HÍDRICA
Fonte: Motta, R.S. in Abarca, 1996, in Schenini, 2000
Notas: (i) DBO: demanda bioquímica de oxigênio
(ii) Intensidade: poluição remanescente (após controle)/PIB do setor
(iii) Data de referência:l998
(iv) Inclui estados: SP, RJ, MG, ES, RS, SC, PR, GO, BA, PE, MA, PA
(V) --: não existe; 0,00: zero por arredondamento
Como podemos ver na tabela acima o setor de madeira, que é o objeto de estudo deste
trabalho, está um pouco acima da média por setor no que diz respeito a DBO, sendo que o
maior poluidor é o setor de couros e peles, seguido pelo setor de bebidas. Já em metais
pesados, o setor da madeira não possui um valor significante sendo que seu arredondamento é
0,0 e novamente o setor que é o maior poluidor é o de couros e peles.
A tabela 03 mostra a intensidade de poluição atmosférica dos mesmos setores
SETOR rNTENs1DADE(g/Us$)
Partic. SOz NOX NC CO
Minerais não metálicos 261,37 51,00 10,92 0,23 3,65
Metalúrgica 1 1 1,40 50,65 17,21 6,21 1.214,93
Madeira A
mostrando que o setor de madeira está abaixo da média setorial em todos os poluentes, seu
valor mais significativo é o CO com 90,27, mas como podemos Ver o maior poluidor com
1.214,93 a indústria metalúrgica tem um valor muito maior que o setor da madeira.
A análise do ciclo de vida dos produtos também analisa os fatores que influenciam no
processo produtivo e o efeito do uso do processo e do produto.
Graedel (1995) in Schenini, observa que os elementos para a análise do ciclo de vida
dos produtos são: V
'
Neste capítulo vimos que no começo da industrialização dos países nenhum teve a
preocupação com a questão ambiental e que os impactos que as empresas provocam no meio
ambiente podem ser devastadores. Através dos quadros indicadores pode-se fazer uma
comparação entre os setores sendo que, o setor objeto do estudo, estava sempre abaixo da
média dos demais setores. Finalizando 0 capítulo foi exposta a definição da análise do ciclo
de vida do produto importante instrumento para análise dos impactos das empresas no meio
ambiente, pois mostra que os impactos ambientais podem acontecer em todos as etapas de
produção.
Como vimos no capítulo anterior sobre a questão ambiental, foi a partir da década de
70 que a preocupação com o meio ambiente começou a ser discutida e com 0 relatório
elaborado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento. Com 0
surgimento do desenvolvimento sustentado, muitos paradigmas foram sendo quebrados, para
que as 'empresas pudessem se adequar, seus sistemas produtivos tiveram que ser modificados.
O desenvolvimento sustentável não se refere somente às empresas, mas sim para vários
26
setores da sociedade que devem ter em mente segundo Castro (1996) algumas ações
estratégicas para poderem alcançar o desenvolvimento sustentável. Estas ações estão descritas
na Figura 03 a seguir.
e Redução da pobreza;
0 Novo estilo de vida, poupador de energia e de recursos naturais, principalmente por
parte da população dos países desenvolvidos, maiores responsáveis pela degradação
ambiental do planeta;
0 Ritmo mais acelerado no desenvolvimento de tecnologias que aumentem ainda mais a
eficiência da utilização de energia e do consumo de recursos naturais nas atividades
econômicas;
0 Ação educacional em todos os níveis nos países em desenvolvimento com vistas à
FIG_URA 03 -
MUNDIAL `
assumisse os custos ambientais juntamente com as gerações futuras. Isto até a Rio 1992 onde
foi consolidado o conceito de desenvolvimento sustentado.
Como adequação às leis a Constituição Federal dispõe através do artigo 225 com
relação ao meio ambiente:
Para urna definição complementar pode se usar a definição de Misra (1966) que afirma
que as tecnologias limpas são processos de manufatura que permitem a redução da quantidade
de efluentes que poluem o meio ambiente e realiza o uso mais racional para matérias primas e
energia com custos mais razoáveis.
Segundo o mesmo autor as empresas estão cada vez mais sujeitas a pressões para a
utilização de tecnologias limpas, mas somente essas pressões não são suficientes para a
empresa decidir em fazer investimentos na área. Então existem outros eventos que tem o
papel de incentivar o uso dessas tecnologias, esses eventos podem ser:
a) Eventos extemos: regulamentações novas, o custo de multas e taxas,
intensidade da pressão -da vizinhança, e incidentes ou acidentes que tenham oconido em
outras instalações. .
_
b) Eventos intemos: nível de qualidade dos produtos acabados, custo atual dos
_
Valle demonstra esses eventos externos através da figura 04 a seguir.
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29
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FIGURA 04
RELACIONAMENTO EXTERNO DA EMPRESA
Fonte: Valle, C. E. do. 1995, p.57.
Para que estas tecnologias limpas sejam implantadas em qualquer setor é necessário
um grupo de métodos que podem ser escolhidos de acordo com o problema específico do
setor ou da empresa. Segundo Misra (1996) as principais metodologias para a implantação
dessas tecnologias são: (a) otimização do processo existente; (b) modificação nos processos; e
trazendo por consequência melhorias e resultados positivos para as empresas. Misra (1996)
exemplifica algumas melhorias obtidas através do uso de tecnologias limpas conforme figura
O5 a seguir:
30
v proteção ambiental;
0 melhoria nas condições de trabalho;
0 economia em matéria-prima e energia;
0 melhoria na qualidade dos produtos;
0 diminuição dos custos e perdas; e
0 incremento na produtividade e lucratividade.
FIGURA 05
MELHORIAS OBTIDAS ATRAVES DE TECNOLOGIAS LIMPAS
V
Outras formas que estão sujeitas à mudança são descritas por Valle (1995) após uma
reavaliação no processo produtivo são:
produtos.
O uso de tecnologias limpas gerencias segundo Schenini (2000), está relacionado com
a área de administração, sendo que as principais formas de uso de tecnologia limpa gerencial
FIGURA 06 .
normas ISO com a numeração ISOl4001 que será exposta nesta fundamentação teórica no
item 2.4 ISO14001.
O uso de tecnologias limpas operacionais segundo o mesmo autor, está relacionado
monitoramento fixos e móveis para água, ar, solo e vegetação, (3) sistema de monitoramento
c)
tecnologia de ponta com emissão zero, biotecnologias, (3) controle de emações, efluentes e
resíduos sólidos, e (4) eliminação ou substituição de processos não ecológicos;
d) Tecnologias de produtos: (1) análise do ciclo de vida, (2)
para os diversos setores de produção, contudo podemos terminar o capitulo com a seguinte
análise:
32
Com o uso de tecnologias limpas os beneficios adquiridos fazem com que a empresa
tenha um melhor uso de seus processos e produtos sem que estes possam poluir o meio
ambiente. Com isto as empresas irão ter uma forte imagem perante a sociedade em relação à
Neste capítulo será (visto como a competitividade da empresa pode ser alterada
e) resistência às mudanças; e
Í) baixa flexibilidade.
Uma fonna de se estar sempre competitivo e ter uma produtividade que conforme
Campos (1992) é produzir cada vez mais e, ou melhor, com cada vez menos.
33
sempre aplicar novas técnicas e novos métodos. Em geral a produtividade é a maneira como
os recursos podem ser utilizados. Pode ser medida em três níveis: no nível da operação é a
relação entre a quantidade produzida e os recursos a ela aplicados; no nível da empresa é a
relação entre o faturamento e os custos totais; e no nível de nação é a relação entre o Produto
Interno e a população.
corretos trará uma forte vantagem competitiva para a empresa, pois será adquirido um valor
maior para os produtos que em seu processo não agridam o meio ambiente.
Com isto podemos notar que uma forte corrente de consumidores está mudando seus
hábitos de consumo para poderem beneficiar as empresas que estão buscando a eco-eficiência.
Segundo Porter (1997) um terço do desempenho das organizações é influenciado pela
estrutura do setor onde está inserida, e dois terços pela posição em que ela ocupa no setor. Ele
completa este pensamento:
Para se obter esta vantagem competitiva no setor, faz-se necessário que as empresas
adotem as fonnas propostas por Porter (1989):
V
competitivo mais importante para as empresas. Por esse motivo várias empresas de diversos
Neste capítulo iremos descrever a tecnologia limpa gerencial ISO 14001, começando a
partir de um histórico de como surgiu esta norma, e depois serão descritos os procedimentos
de adoção deste sistema de gestão ambiental.
2.4.1 Histórico
minimos ou nenhum impacto ambiental. Com isto surgiram os rótulos ecológicos ou “selos
verdes” dos mais variados tipos e abrangência. O selo' verde é o mais alto grau de
conformidade no qual atesta que o produto não impacto ou impacto minimamente o meio
ambiente.
Para proteção de seus mercados vários países começaram a estipular seus próprios
selos verdes. Esta situação fez com que a ISO - International Organization for
Standardization, que é uma organização não-governamental com sede em Genebra na Suíça e
fimdada em 1947 que atua como uma federação mundial de organismos nacionais de
normatização, criasse em 1991 o SAGE - Strategic Advisory Group on Environment com o
objetivo de propor ações necessárias para uma abordagem comum a normatização ambiental e
sua certificação. -
aceitas.
empresas possam ter influência. A norma ISO 14001 se aplica às organizações que desejem
implementar, manter e aprimorar um sistema de gestão ambiental; assegurar-se de sua
conformidade com sua política ambiental definida; demonstrar tal conformidade a terceiros;
buscar certificação/registro do seu sistema de gestão ambiental por uma organização externa;
e realizar uma auto avaliação e emitir uma autodeclaração de conformidade com esta norma.
0 Requisitos gerais;
0 Política ambiental;
0 Planejamento;
0 Implementação e operação;
0 Verificação e ação corretiva; e
0 Análise crítica pela administração.
FIGURA 08
ETAPAS PARA IMPLANTAÇÃO DA ISO 14001
_ _
Estes itens do quadro acima são necessários para que se possa seguir para a elaboração
estas normas para toda a empresa ou parte dela em unidades específicas. A complexibilidade
da adoção do sistema ambiental também varia de acordo com o tamanho da empresa.
Conforme a NBR ISO 14001 (1996), através do sistema de gestão ambiental a empresa possa:
2.4.4 Planejamento
correspondem aos aspectos nos quais a empresa pode ter influência para determinar os que
podem ou causam impacto no meio ambiente.
'
É
recomendado que tal processo considere o custo e 0 tempo
necessários para a análise e a disponibilidade de dados confiáveis.
Informações já desenvolvidas para fins regulamentares ou outros
podem ser utilizadas neste processo. (NBR ISO 14001, 1996, p.8-9)
anteriores.
existem critérios que as organizações certificadoras exigem que sejam demonstradas quanto a
adequação à legislação como pré-requisito mínimo para a certificação.
organização.
(C) Objetivos e metas: Os objetivos e metas devem estar associados à relevância dos
aspectos ambientais de uma organização. Os objetivos da organização devem ser específicos
enquanto as metas devem ser mensuráveis. Para a elaboração deste requisito deve-se observar
os requisitos legais e outros requisitos, deve se ter como base para a elaboração a tecnologia
disponível e os custos financeiros. A política ambiental deve ser observada neste processo.
Os objetivos e metas podem ser aplicados podem ser aplicados para toda a
organização, ou pode ser elaborado visando somente em partes da organização ou atividades
individuais.
(D) Programa(s) de gestão ambiental: Para atingir seus objetivos e metas a empresa
deve elaborar programa(s) de gestão ambiental, no(s) qual(is) são estabelecidos atribuições de
responsabilidades para execução do programa, e meios e prazos nos quais os programas
identificar os membros da empresa que tem atribuições que possam causar algum tipo de
situação de emergência.
`
Nesta etapa do processo de implantação existem quatro etapas que atuam como fonte
para a verificação das normas e se estas estão sendo implementadas e mantidas, bem como,
analisar o processo da implementação do sistema ambiental para estabelecer ações corretivas.
(1) Monitoramento e medição: A organização deve documentar este processo que
consiste em realizar medições periódicas nas suas operações para analisar se os objetivos e
metas estão sendo cumpridos. Para isto a empresa deve elaborar mapas de controle para
42
identificar quais os processos não estão de acordo com o sistema de gestão ambiental por ela
definido.
análise critica pela administração que tem como fundamento básico a mellloria continua, a
43
adequação e a eficácia do sistema de gestão ambiental. Esta análise deve ser feita de forma
abrangente, pois deve se analisar o sistema por inteiro. Esta análise irá envolver os resultados
Com este capítulo é encerrada a fundamentação teórica, onde foram estudados os motivos de
implantação de um sistema ambiental, bem como, os passos necessários para se atingir a esta.
Com os estudos realizados na fundamentação teórica se tornou possível alcançar os objetivos
do trabalho para a elaboração do roteiro de implantação.
44
3 METODOLOGIA
Quanto aos fins o tipo de estudo desenvolvido foi exploratório/descritivo pois segundo
VERGARA(1990), este tipo de estudo foi realizado em uma área onde há pouco
diretiva, pois essa técnica apenas indica ao entrevistador a natureza geral do problema de
(RICHARDSON, 1989).
identificando as relações entre os fenômenos, o texto do trabalho foi elaborado de forma que
será possível fazer uma relação da fundamentação teórica com os dados obtidos nas empresas
Araucária (Araucária angustifólia) que existia em grande quantidade e era a principal matéria-
prima deste setor foi substituído pelo Pinus das espécies Pinus taeda e Pinus elliotti, pois por
intervenção do governo 0 pinheiro Araucária foi proibida a extração por se tratar de uma
espécie regional nativa que não se desenvolve em nenhum outro lugar do mundo e sua
plantadas.No setor as pesquisas com madeiras alternativas para a fabricação de seus produtos
estão muito adiantadas. Com as novas .tecnologias empregadas na produção do eucalipto nas
ordem econômica do país e também dos países importadores do produto deste setor, o
mercado deverá se retrair e consequentemente suas vendas diminuírem.
Como perfil do setor, pode-se se dizer que a maioria das empresas madeireiras são
c) 'tecnologia média. _
qual é o custo de produção nas empresas. Um fato é que a abertura econômica no começo da
década de 1990, forçou muitas empresas do setor a desenvolverem-se para poderem continuar
competitivas no mercado nacional e internacional. No mercado mundial as empresas
madeireiras brasileiras representam somente três por cento da madeira consumida no mundo.
Uma estratégia setorial para melhorar a competitividade no setor madeireiro deve ter
0 Reestruturação setorial
0 Modernização produtiva
0 Fatores conjunturais
FIGURA 09
ITENS PARA UMA ESTRATEGIA SETORIAL
I
madeireiras é a de promover uma maior especialização das empresas nos diversos segmentos,
algumas ações devem ser desenvolvidas visando uma maior cooperação entre as empresas,
uma maior integração entre as empresas. Essas micro regiões já possuem tradição na indústria
madeireira e as respectivas economias giram, basicamente, em torno do setor madeireiro.
Para que isto aconteça às associações de classe, os sindicatos e as agências regionais
do SEBRAE têm um papel extremamente relevante na aproximação das empresas. Um estudo
de viabilidade para a implementação da cooperação entre as empresas dessas regiões poderá
ser desenvolvido, pois poderá solucionar outros problemas do setor como exemplo a área de
abastecimento onde empresas fomecedoras poderiam ser estimuladas a instalar-se na região
como forma de potencializar a competitividade desses pólos industriais.
Para a modemização produtiva a principal medida a ser adotada para que as empresas
possam modemizar suas instalações industriais é a continuidade da redução de tarifas e
desatualização tecnológica da indústria brasileira de máquinas para este setor e dos altos
preços exigidos pelos equipamentos nacionais. Não seriam necessários esquemas especiais de
financiamento de grandes quantias, pois muitas empresas poderiam utilizar os créditos
oferecidos pelos fabricantes intemacionais, mas de qualquer fonna existem várias linhas
excessiva carga tributária, que onera em demasia as exportações brasileiras, e aos elevados
fretes portuários. O custo elevado dos fretes afeta a competitividade externa das empresas,
Em relação aos tributos, é necessário que o Governo Federal promova uma reforma
tributária que reduza a incidência dos tributos indiretos. Pois não é possível sustentar uma
forte posição competitiva externa se as empresas brasileiras enfrentam a concorrência de
países onde a incidência tributária é bem menor. A redução destes tributos contribuiria
também para equilibrar a concorrência nacional de diversos segmentos do setor, e contribuiria
para que seus clientes, cada vez mais exigentes, possam ter o produto com maior qualidade e
reflorestamento de pinus taeda e pinus elliotti, bem como reflorestamento de outras espécies
na qual tenha autorização do IBAMA para realizar a extração. Os processos do setor
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Madeira seca
Madeira verde )
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Produtos de
madeira
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FIGURA 10
PROCESSOS DO SETOR MADEIREIRO
Fonte: Dados da Pesquisa.
autorização e aprovação do plano de corte pelo IBAMA, caso contrário estará sujeito às penas
previstas em lei. A extração das árvores é efetuada na maioria dos casos utilizando-se de
equipamentos de tecnologia média, como moto-serras, tratores com guincho e tratores munck.
Após o corte das arvores as toras são levadas para as serrarias por caminhões. Para o processo
de extração já existe uma alta tecnologia com equipamentos sofisticados, mas como as
maiorias das empresas são pequenas e médias o custo benefício para a aquisição destes
são serradas por equipamentos também de média tecnologia em sua maioria. A serragem da
madeira consiste em serrar as toras e transforma-las em tábuas. Existem duas maneiras de
para que não ocorra o que é chamado de “azulamento”, este faz com que a madeira deprecie
seu valor comercial, pois este ocorre devido a presença de fungos. Com o tratamento a
51
madeira pode ficar no tempo para secar que não irá azular. Os processos de uma empresa
madeireira podem acabar neste momento, tendo como os principais produtos a “madeira
tratada verde” (com umidade relativa alta) e a madeira seca no tempo. O Tratamento só não é
feito quando a madeira irá para o processo de secagem.
Na secagem da madeira em estufas o processo é único, baixar a umidade relativa da
madeira ao ponto que os fungos não possam agir. Primeiramente é necessário ressaltar que as
estufas são em sua maioria a vapor e para isto deve existir uma caldeira. A caldeira tem como
fonte de energia normalmente a casca da madeira serrada picada e resíduos de madeira,
gerando o vapor necessário para 0 funcionamento das estufas. As estufas secam a madeira que
antes está por volta de 80 e 90 graus de umidade para um valor entre 8 e 25 graus. Este
processo é bastante complexo, pois se a madeira baixar rapidamente a umidade poderá rachar
e entortar, por isso dentro da secagem existem processos que ajudam a minimizar estes
Após a madeira estar seca então pode ser vendida em tábuas de madeira ou passar para
o processo seguinte que é o processamento da madeira seca. O processamento da madeira
ocorre nas fábricas de produtos onde matérias-primas secundárias são acrescentadas à madeira
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53
órgão fiscalizador o IBAMA; Os resíduos sólidos são os galhos e folhas que se acumulam na
retirada das árvores; A erosão acontece quando é aberto estradas ou quando as arvores são
para corte e pelos veículos de transporte; Os ruídos são dos equipamentos usados pela
extração; Os riscos biológicos estão presentes em todos os ambientes uns com maior e outros
com menor grau de risco; Ergonômicos devido às condições de trabalho; e Riscos de
acidentes com os equipamentos e a forma com que a madeira é extraída.
b) Na serragem com tratamento; Os resíduos que não são utilizados para picar ou não
são queimados pelas caldeiras são acumulados nos terrenos; Para banhar a madeira são
utilizados produtos químicos, que pode prejudicar o solo, e se for esgotado o tanque de banho
a água não é tratada podendo contaminar a água; Os ruídos devido aos equipamentos
utilizados para serrar; Ergonômico pelos esforços e trabalhos repetitivos dentro da serraria; e
motores da caldeira e das estufas; O calor da caldeira gerando um risco físico; Os vapores que
são gerados pela caldeira são tratados com produtos químicos, sendo assim, existe risco
químico para a Atmosfera e para a água; As emanações aéreas são provenientes da chaminé
da caldeira; e riscos de acidentes e biológicos.
e) Na secagem no tempo que é quando a madeira é tratada, o aspecto é o elemento
químico que a madeira adquiriu do banho que pode contaminar o solo com o escorrimento
deste produto ou contaminar os seres htunanos que irão gradear (processo para preparar a
mais comuns. Os resíduos sólidos são oriundos de serragem, tocos de madeira, cola seca,
poeira, latas vazias (cola, tinta, etc.); Os ruídos são dos equipamentos utilizados; As radiação
são de máquinas de alta freqüência utilizadas para colar a madeira; Os compostos químicos
são as colas, tintas, etc.; Ergonômicos pelo trabalho repetitivo e esforço; e riscos de acidentes.
Com isto podemos gerar a Figura 12 que é um mapa de risco das condições de
trabalho que mostrará os setores de uma empresa madeireira e os risco que possui cada setor
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Legenda
Riscos Físicos I Alto risco 3
Riscos Ergonômicos I
Riscos de Acidente
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FIGURA 12
MAPA DE RISCO DOS PROCESSOS
Fonte: Dados da Pesquisa
Os riscos acima se referem aos riscos do ambiente de trabalho, que está relacionado
impactos ambientais deste setor, será possível a criação de um roteiro específico para este
SGA serve para garantir que as atividades e processos produtivos de uma empresa sejam
compatíveis com o meio ambiente, ou seja, não o agridam nem alterem significativamente.
Com a implementação do SGA, é esperado que a empresa reduza os custos com a disposição
de resíduos, o consumo de energia e insumos, a diminuição da poluição global trazendo para a
empresa uma imagem positiva perante os órgãos ambientais, clientes e comunidade.
Os principais motivos que levam uma empresa a adotar um sistema de gestão
A
ambiental são:
Para a implantação da ISO 14001 são necessárias algumas etapas, que devem ser
0 Política ambiental;
e Planejamento;
ø Implementação e operação;
0 Verificação e ação corretiva; e
0 Análise crítica pela administração.
FIGURA 13
ETAPAS PARA O ROTEIRO DE IMPLANTAÇAO
_
implantação que a empresa deverá seguir, para o processo de certificação da ISO 14001.
Para isto é necessário que a empresa exponha em sua política ambiental os fatores que
demonstre qual a missão, a visão, os valores essenciais para a implantação. Faz parte também
da política ambiental o desejo de melhoria contínua, aprevenção de poluição, a conformidade
com os regulamentos e leis ambientais que a empresa irá adotar e o anseio de minimizar
POLÍTICA AMBIENTAL
futura. -
5. Estabelecer objetivos e metas com base na avaliação dos aspectos ambientais de suas
atividades e produtos e no compromisso com a melhoria contínua;
6. Ser pró-ativo com a comunidade interna e externa, mantendo canal de comunicação aberto
FIGURA 14
MODELO PARA POLITICA AMBIENTAL
i
No final desta declaração que foi proposta como uma politica ambiental da empresa, e'
necessário que esta esteja assinada pelo diretor da empresa. Esta declaração deve se tomar
Para o setor madeireiro a política ambiental deve sempre estar relacionada com a
preocupação com o manejo sustentado das florestas e a utilização dos resíduos da madeira
visando o uso total das arvores.
4.4.2 Planejamento
etc.;
Como demonstrado acima são vários os impactos que a empresa pode estar
contribuindo para a poluição ambiental, então é de extrema importância que a empresa
relacione todos os itens que podem causar 0 impacto ambiental e manter essas informações
sempre bem atualizadas para que seu controle ambiental seja eficiente.
A segunda etapa no planejamento é os requisitos legais e outros requisitos. A questão
básica do SGA - ISO 14001 é o compromisso com o cumprimento dos requisitos legais
municipais, estaduais e federais e outras regras que a empresa assumiu em atender. Para a
utilizada pela empresa, até a disposição final dos seus resíduos. Um programa de certificação
ambiental que pode ser analisado para a implantação no setor é o Cerflor (Certificado de
certificadores, onde se uma empresa não conseguir seguir ficar de acordo com a legislação ela
será caracterizada da seguinte forma:
a). Não conformidades legais incidentais: o certificado só será mantido quando for
registrado o problema e um plano de ação corretivo for elaborado;
b) Não confonnidades legais estruturais: o certificado será suspenso até que as ações
corretivas estejam implantadas.
ambiental global, decorrente de uma política ambiental, que a empresa se propõe a atingir,
como exemplo a redução do uso dos recursos naturais (madeira). Já a meta é o detalhamento
em termos de prazo e quantidade, que precisam ser atendidos para que os objetivos sejam
atingidos, como exemplo a redução de cinco por cento do consumo de madeira por produto
produzido até o ano 2002. Os objetivos e metas devem estar de acordo com as possibilidades
da empresa, pois não adianta estipular objetivos ambientais elegantes sendo que a empresa
não poderá cumpri-los, ou estipular objetivos como melhorar a qualidade de trabalho na
serraria enquanto na extração estão agindo de forma predatória. Os objetivos e metas devem
ser estabelecidos da forma em que leve ea uma minimização de impactos significativos.
A última etapa do planejamento refere-se ao programa(s) -de gestão ambiental. É
preciso que sejam descritos as ações, os responsáveis, os recursos e os prazos para alcançar os
operacionalizar o plano de gestão ambiental definido anteriormente. Para isso a empresa irá
61
meio ambiente, também é necessário possibilitar treinamento e prover recursos. Nesta etapa
as empresas do setor madeireiro podem definir sua estrutura e responsabilidade conforme o
seu tamanho. Uma empresa de grande porte pode definir dentro de seu nível hierárquico um
departamento ambiental, uma empresa de médio porte pode definir as responsabilidades entre
duas ou três pessoas da empresa, já uma pequena ou micro empresa 0 próprio dono pode ser o
responsável. Estes responsáveis têm como função àimplementação da gestão ambiental e
manter de acordo com a norma, bem como, relatar a alta administração o desempenho do
sistema de gestão ambiental. Sendo que nesta etapa também são definidas e documentadas as
responsabilidades de cada um dos membros da empresa conforme suas tarefas que possam
influenciar o meio ambiente.
executa atividades que possam causar danos ao meio ambiente esteja apto para exercerem
corretamente suas atividades. Para isto se faz necessário que os membros da empresa estejam
consciente da sua parcela de responsabilidade na implementação e manutenção do sistema de
recursos humanos entra com importante contribuição, pois deve verificar qual a melhor forma
para o treinamento, uma forma de efetuar esta etapa é a contribuição que o SENAI e outros
órgãos podem dar paraa empresa através de palestras e ajuda no treinamento no local de
trabalho. ~
e o público que esta deseja atingir. Quanto melhor for o canal de comunicação escolhido pela
empresa melhor será sua transparência nas questões ambientais pertinentes a ela.
(D) Documentação do sistema de gestão ambiental: Tudo que é realizado deve estar
documentado. É preciso documentar a descrição das atividades, as responsabilidades
Esta documentação deve ser feita em todo o processo de produção, como exemplos podem
citar:
a) Extração: Como fazer para realizar o corte não deixando galhos e outros
etc.;
b) Serragem: Como realizar o corte das toras diminuindo os resíduos, como fazer
disponíveis a todos os membros que executem tarefas que possam causar algum efeito ao
meio ambiente. Os documentos devem ter facilidade de localização e livre acesso, bem como,
devem passar por processos contínuos de atualização. Quando algum documento for alterado
é necessário que este seja comunicado aos membros do qual a alteração posga atingir. Os
documentos que não tem mais uso devem ser removidos para não causarem algum uso não
intencional.
(F) Controle operacional: É preciso estabelecer e manter controles para garantir que os
processos e atividades, que geram ou podem gerar impactos ambientais, operem em condições
previamente definidas. O controle operacional está relacionado com os procedimentos
operacionais onde deve ter documentado como fazer 0 tratamento de residuos, efluentes,
fazer uma descrição documentada das ações a serem tomadas em caso de emergência.
63
Devem-se prevenir tais situações, reduzindo o impacto sobre o meio ambiente. Esta
(A) Monitoramento e medição: Tem como premissa básica à coleta de dados em vários
pontos do processo, com o objetivo de medir e monitorar o desempenho real em comparação
com em legislação ambiental ou com os padrões estabelecidos pela
os requisitos definidos
empresa quando não existir uma definição pela legislação ambiental. Este monitoramento
deve ser feito no setor madeireiro em lugares como: nos efluentes líquidos das estufas,
emissões atmosféricas das chaminés das caldeiras, e o monitoramento da conformidade com a
legislação.
(B) Não conformidade e ações corretivas e preventivas: Este requisito abrange a etapa
seguinte à coleta e análise dos dados. Visa a segregação e mitigação dos problemas, além da
correção e eliminação das causas e não conformidades reais ou potenciais para que não
(D) Auditoria do sistema de gestão ambiental: O sistema de gestão ambiental deve ser
também avaliado, esta avaliação deve ser efetuada através de auditorias, que fornece um
madeireiro não é uma questão impossível, para a implementação do sistema basta que a
empresa tenha como prioridade de gestão o sistema ambiental e o empenho da alta
administração e o restante dos membros da empresa. A norma ISO 14001 pode ser facilmente
implantada sem custos muito elevados basta à empresa ter criatividade nas soluções de seus
problemas que possam afetar o meio ambiente.
`
65
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
tipo de exploração os recursos naturais que antes eram imaginados como infinitos passaram a
ser finito e então originou o conceito de desenvolvimento sustentável. O desenvolvimento
sustentável passa a compor a curva de custos dos processos produtivos e da conservação dos
novos mercados, mas sim uma série de benefícios. A minimização de custos: eliminação dos
desperdícios, menor custo de produção e de tratamento de resíduos, racionalização da
dos riscos: segurança legal, segurança das informações, minimização dos acidentes e passivos
ambientais, identificação das vulnerabilidades e evita incômodos e custo com penalidades; e a
minimização do impacto ambiental: Minimização ou eliminação de matérias-primas tóxicas,
emissões atmosféricas minimizadas, redução no consumo de madeira, combustíveis e energia,
e redução da poluição do meio ambiente.
Algumas sugestões de como melhorar os aspectos ambientais das empresas
madeireiras que o resultado da pesquisa demonstrou são: utilizar matérias-primas de florestas
renováveis, na extração os galhos e sobras podem ser picados e usados como combustível
para caldeiras, toras mais finas podem ser utilizadas em empresas de papel e celulose; nas
serrarias utilizar motores mais eficientes para reduzir o consumo de energia, a serragem
originada do corte da madeira bem como as cascas da madeira picada podem ser usadas como
66
Com a conclusão deste trabalho foi atingido os objetivos do trabalho. Neste trabalho
0
67
6 REFERÊNCIAS
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CAMPOS, A. Trancoso e GODINHO, R. Ciências do Ambiente: textos selecionados, Belo
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gi) 2634108. fax: (21)2611-6511, 1.~mäiI: bvq¡@m0fl1reaI.com.I1r - -_ abnrmhnrorgor- mr:0abn1_orohr - conrzraz Frederico José Marques É)nla1o:CIáud¡oCa11Ws.Gaeme«gen1'^.-
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Rua Sete de Selembro_ 55 - 15' am1ar,20050-004 - fllo de Janeiro - RJ Rua Helena. - 6' 30031 - Wi Ollmpra 04562-050 ‹ São Paulo - SP , Pano - SP - M.: 11) 55008930. l31L(11)S5lH-8940. Hnailt
- lel.:
(21) 509-7232, lax: (21) 5094232, e-mail: ¡lsl.:11866‹662fi-la1‹.:(I1)B66‹3084.e-mail: rosflnaryivl .mm ~ Corllalo: Rosefmry Vranm. Gere1!c~
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ANEXO O2 - Número de certificados ISO.
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EUA
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ANEXO 03 - Maiores benefifios da ISO 14001
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ANEXO 04 - Preocupação com o meio ambiente.
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ANEXO 06 - Classificação das atividades e potencial poluidor
ADUICULTIIRA K
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Piscicultura Área lnundada(lra) É3 >2'.€I0 > I0 Baixo
~
Ranieultura Área um (mz) É 3000 > 3000 E S 5000 > 5000 Baixo
ATIVIDADES AGRDPECUARIAS
-
Avicultura:
-
Granja de matrizes N= Cabeças 2 1000?. é 10000 > 10000 E f. lnunnn âz l000n0 Baixo
-
Grania de poedeiras N- Cabeças 2 1000 E 5 10000 > l0000i~1‹: 100000 100000 Baixo
-
Unidade de frango de corte N» Cabeças 2 I000 E 5 10000 > 1000012 « t0000‹› 100000 Baixo
-
Unidade de pinto de i dia (incubatorio) N› Cabeças 12 1000 E 5 mudo > 1000015 < l00000 -, 100000 Médio
-
Suinocultura:
A
Grania de ciclo conipleio N› Matrizes Ê? I5 E '_'
40 'z-
40 E S R0 > R0 Alto
-
Unidade de produção de leitão (liPLl N= Matrizes E 30 If. 120 >- I20 E 14260 > 260 Alto
-
Unidade de crescimento terminação N= Cabeças 260)-15 lt'›0 >I(›0E;'-400 > 400 Alto
consrnuçrio cnru
~
Barragem Área inundada (ha) 2 >2 E5 10 > til Alto
-
Ponte Comprimento (Km) s 0.5 > 0.5 I; :~ l > l Médio
ruoúsrnrri os aeerons
DE
-
Fabricação de Cerveiaslctiopp/malte. Área úriirmzl É I000 > I000 E 5 5000 > 5000 Aim
inclusive lêvedo de cerveia
-
Fabricação de refrigerante Área Útil(m2) I000 > I000 E 5 5000 > 5000 Médio
‹
Fabricação de sucos Área uiâlrmz) É I000 > I000 E É 5000 >- 5000 Médio
-
Fabricaçao de roupas proiissionais e Área Útil (m2) 5 I000 > I000 E É 5000 > 5000 Médio
acessórios para segurança industrial e
pessoal
eúrzlf
fix
urrro.os Ponte
AHWDADE MEDIDA
_p
Pequeno Médio Grande
'
~
Fabricação de chapas e placas de madeira Área Útil(m2) S 1000 > 1000 E S 5000 > 5000 Baixo
âglomerada/prensada e fabricação de
Tiadeira compensada revestida ou não com
t
rnaterial plástico ;Í .i
-
Serrarias e fabricação de produtos de Àrea urârlmz) :Ê 1000 > I000 E S 5000 '>
5000 Médio .A
›
I
iãminas da madeira
Y '“
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moúsmrn memúacrcn
-
Fabricação de artefatos de ireiilados de Área dilema) í 1000 * 1000 E S 5000 > 5000 Baixo
ferro eaço e deiinelal não›lerroso.
.i_~.
-
Fabricação de embalagens metálicas a Área irtil(m2) S 1000 > 1000 E S 5000 > 5000 Medio
partir de reaproveitamento de embalagens
usadas -
-
Fabricação de estruturas metálicas Área Útil(m2) S 1000 > 1000 E S 5000 > 5000 Baixo
-
Serviço de galvanotecnica (cobreagem. Área L'lrri(m2) S 1000 > 1000 E S 5000 > 5000 Alto
cromagem, estanhagem, niquelagem.
zincagem etc.)
iiioúsmln oo illorntriinio
W
-
Fabricação de móveis de madeira Área Útil(m2) 'Á l00fi > 1000 E 5 5000 > 5000 Baixo
-
Fabricação de moveis de metal ou com Área útil (m2) É 1000 > 1000 E S 5000 > 5000 Médio .
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predominância de metal
_
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›¡z›.
' '
›
Fabricaçao de papel. papelao, cartolina e Àrea Útil(m2) 1000 > 1000 E 5 5000 > 5000 A110 se
mecânica il'
-
Fabricação de papel, papelão. cartolina e Área Útil(m2) S 1000 > 1000 E .SÉ 5000 > 5000 Médio
cartão a partir de aparas ou
-
‹¡.
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reaproveitamenio de papel
z -1
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subprodutos
-
Abatedouros de reses ie preparação de Área Úrrrrmzi s l000 > 1000 E S 5000 > 5000 Alto
i
-
Fabricação de doces em massa ou em Área útil(m2) 5 1000 > 1000 E 3 5000 > 5000 Alto â
pasta
-
Fabricação de produtos de mandioca Área úiri(m2) sf loiro > 1000 E S 5000 > 5000 Alto
Í'
~
Beneticramento de pedras(marmores, aÂfBâWÚlÍi(m2) S 1000 > '1000 E S 5000 > 5000 Médio i
›
granito. ardosia. etc...) ‹
me ) > 5000
le
Área Úrrl ( S 1000 > 100012 S 5000 Alto :F
Bnlamenlo de pedras
i _
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-
Fabricação de material cerâmico - Ârea Úlil(m2) É 1000 >-1000 E S 5000 > 5000 Médio u
Í
relraláiios
UNID. DE FÚRTE Potencial
ATIVIDADE
MEDÍUR Pequeno Médio Grande Poluidor
uroúsrnirl ouimrcrt
Fabricação de adubos, fertilizantes, Área Útil(m2) S I000 > l000 E S 5000 > 5000 Médio
zorretivosdo solo, exclusive uréia e pó
calcário
Fabricação de agrotóxicos Área Úmrmzi S 1000 > 1000 E S 5000 > 5000 Alto
uroúsrnm rêxm
Beneficiamento de fibras têxteis vegetais e Area Útil(m2) S l000 > l000 E S 5000 > 5000 Alto
de materiais têxteis de origem animal
fração Área úm(m2) 5 l000 > 1000 E S 5000 > 5000 Médio
fiação e tecelagem Área Úfil(m2) S I000 > 1000 IE. S 5000 > 5000 Alto
tecelagem Área (ultima) 5 1000 > l000 E S 5000 > 5000 Alto
Fabricação de artigos de passamanaria. Área Útil(m2) :Ê 1000 > l000 E S 5000 > 5000 Médio
oioeçarla. cordoaria. estopa e sacaria
u
FMCELAMENTO DO SOLO 4
Coleta e tratamento de esgoto sanitário Populaçao Atendida 5 50000 > 50000 E 5 150000 > l50000 Alto
Destinaçao final de resíduo solidov uroano População Atendida 5 50000 > 50000 E 5 l0000o > l00000 Alto
ANEXO 07- Quadro geral dos principais impactos ambientais- região sul
Santa Catarina -
Compactação do solo
Rio Grande do Sul -
Erosão dos solos- Contaminação
dos solos por agrotóxicos
-
Desequilibrios ecológicos ~
pragas
- Assoreamenlo dos cursos dágua
Matadouros e curtumes Rio Grande do Sul -
Poluição das aguas preiuiros
-
ii
Extração de Carvão Mineral Santa Catarina - vários municípios do Poluição das aguas
`
ltaiai
-
SC -
Impacto sobre o meio urbano -