Você está na página 1de 275

Relatório Ambiental Simplificado

(RAS) para:
Instalação de Aterro Sanitário

RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO - RAS


ATERRO SANITÁRIO

SÃO BORJA (RS), 11/2020


LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1 - Esquema etapas encerramento ............................................................................... 46


Gráfico 2 - Cobertura ................................................................................................................ 47
Gráfico 3 - Evolução populacional ......................................................................................... 156
Gráfico 4 - Gênero .................................................................................................................. 166
Gráfico 5 - Faixa Etária .......................................................................................................... 167
Gráfico 6 - Nível de Escolaridade........................................................................................ 167
Gráfico 7 – Lixo produzido .................................................................................................. 168
Gráfico 8 - Ciência da destinação final de resíduos ........................................................... 168
Gráfico 9 - Implantação de Aterro Sanitário em São Borja - RS .................................... 169
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Panorama dos resíduos sólidos nos municípios a serem atendidos pelo novo PGR
Aterro Sanitário ........................................................................................................................ 20
Tabela 2 - Características do Aterro ......................................................................................... 28
Tabela 3 - Identificação por classes de Resíduos ..................................................................... 28
Tabela 4 - Média Nacional da Variação da Composição dos RSU .......................................... 32
Tabela 5 - Quantidade de resíduos estimada ............................................................................ 33
Tabela 6 - Relação de trabalhadores ......................................................................................... 36
Tabela 7 - Peso específico de resíduos ..................................................................................... 39
Tabela 8 - Volume mensal de recebimento .............................................................................. 48
Tabela 9 - Cálculo vida útil célula Ema ................................................................................... 49
Tabela 10 - Volume mensal de recebimento ............................................................................ 52
Tabela 11 - Cálculo vida útil Célula Espinilho ........................................................................ 53
Tabela 12 - Especificações técnicas da geomembrana ............................................................. 68
Tabela 13 - Valores de K para aplicação do Método Suíço ..................................................... 82
Tabela 14 - Climatologia São Borja/ RS .................................................................................. 82
Tabela 15 - Critérios de segurança Taludes.............................................................................. 90
Tabela 16 - Problemas x Soluções / Chuva .............................................................................. 91
Tabela 17 - Tomada de Medidas .............................................................................................. 92
Tabela 18 - Classes de Vulnerabilidade dos Aquíferos .......................................................... 104
Tabela 19 - Tratamento Estatístico dos Dados ....................................................................... 108
Tabela 20 - Dados dos Poços .................................................................................................. 124
Tabela 21 - Aves ..................................................................................................................... 144
Tabela 22 - Anfíbios e Répteis ............................................................................................... 145
Tabela 23 - Mamíferos ........................................................................................................... 145
Tabela 24 - Caracterização geral do território ........................................................................ 152
Tabela 25 - Caracterização especifica do território ................................................................ 152
Tabela 26 - Síntese demográfica do munícipio ...................................................................... 157
Tabela 27 - Projeção Populacional de São Borja de 2014 a 2034 .......................................... 158
Tabela 28 - Apresentação dos cenários considerando a ampliação ou não do empreendimento
................................................................................................................................................ 178
Tabela 29 - Impactos Ambientais ........................................................................................... 182
Tabela 30 - Ações de medidas compensatórias e mitigadoras dos impactos ambientais ....... 184
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Localização de São Borja no Rio Grande do Sul .................................................... 22


Figura 2 - Localização de São Borja no Brasil ......................................................................... 22
Figura 3 - Área de interesse ...................................................................................................... 23
Figura 4 - Célula Mãe ............................................................................................................... 30
Figura 5 - Composição gravimétrica dos RSU no Brasil ......................................................... 32
Figura 6 - Caminhões a serem utilizados na implantação da PGR ........................................... 34
Figura 7 - Caminhões a serem utilizados na operação da PGR ................................................ 35
Figura 8 - Esquema operação ................................................................................................... 38
Figura 9 - Rota de Acesso ........................................................................................................ 39
Figura 10 - Pontos de monitoramento ...................................................................................... 45
Figura 11 - Fórmula Tronco de Pirâmide ................................................................................. 49
Figura 12 - Fórmula Tronco de Pirâmide ................................................................................. 52
Figura 13 - Corte longitudinal da célula do Módulo de Aterramento na forma tronco piramidal
.................................................................................................................................................. 56
Figura 14 - Corte longitudinal da célula do Módulo de Aterramento na forma tronco piramidal
.................................................................................................................................................. 58
Figura 15 - Área de empréstimo ............................................................................................... 60
Figura 16 - Volume Escavação das Células ............................................................................. 61
Figura 17 - Área de uso e movimentação de solo..................................................................... 63
Figura 18 - Situação atual ......................................................................................................... 64
Figura 19 - Situação futura ....................................................................................................... 65
Figura 20 - Detalhamento ......................................................................................................... 67
Figura 21 - Drenagem superficial - Célula Ema ....................................................................... 70
Figura 22 - Drenagem superficial - Célula Espinilho ............................................................... 70
Figura 23 - Drenagem Superficial ............................................................................................ 74
Figura 24 - Detalhamento Sistema de Drenagem Superficial .................................................. 75
Figura 25 - Representação esquemática sistema de drenagem de gases Célula Ema............... 77
Figura 26 - Representação esquemática sistema de drenagem de gases Célula Espinilho....... 78
Figura 27 - Saída para controlar movimentação de gás em aterro sanitário............................. 79
Figura 28 - Drenos verticais para gases .................................................................................... 80
Figura 29 - Dimensionamento drenagem de percolados - Célula Ema .................................... 84
Figura 30 - Dimensionamento de drenagem de percolado - Célula Espinilho ......................... 85
Figura 31 - Mapa Cartográfico ................................................................................................. 93
Figura 32 - Mapa com dados de drenagem, curvas de nível, e rodovias do município de São
Borja – RS ................................................................................................................................ 94
Figura 33 - Coordenadas Geográficas da área em estudo ........................................................ 94
Figura 34 - Área a ser licenciada .............................................................................................. 95
Figura 35 - Área a ser licenciada em alta definição. ................................................................ 95
Figura 36 - Bacias e Sub-Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul .................................... 96
Figura 37 - Mapa de Bacias Hidrográficas de São Borja ......................................................... 97
Figura 38 - Mapa da Área da Bacia do Paraná ......................................................................... 98
Figura 39 - Mapa Geológico de São Borja ............................................................................. 100
Figura 40 - Geomorfologia São Borja .................................................................................... 101
Figura 41 - Relevo na Área do Empreendimento ................................................................... 102
Figura 42 - Mapa Hidrogeológico do Estado do Rio Grande do Sul ..................................... 103
Figura 43 - Diagrama explicativo da metodologia “GOD” .................................................... 104
Figura 44 - Ausência de Pontos de Captação de Água Subterrânea Entorno da Área do
Empreendimento ..................................................................................................................... 105
Figura 45 - Tipo de Solo que Ocorre no Local do Empreendimento ..................................... 107
Figura 46 - Localização dos Pontos de Sondagens................................................................. 109
Figura 47 - Equipamento Utilizado para Perfuração das Sondagens ..................................... 109
Figura 48 - Sondagem 1 ......................................................................................................... 110
Figura 49 - Sondagem 2 ......................................................................................................... 111
Figura 50 - Sondagem 3 ......................................................................................................... 112
Figura 51 - Sondagem 4 ......................................................................................................... 113
Figura 52 - Sondagem 5 ......................................................................................................... 114
Figura 53 - Sondagem 6 ......................................................................................................... 115
Figura 54 - Sondagem 7 ......................................................................................................... 116
Figura 55 - Sondagem 8 ......................................................................................................... 117
Figura 56 - Sondagem 9 ......................................................................................................... 118
Figura 57 - Sondagem 10 ....................................................................................................... 119
Figura 58 - Sondagem 11 ....................................................................................................... 120
Figura 59 - Sondagem 12 ....................................................................................................... 121
Figura 60 - Sondagem 13 ....................................................................................................... 122
Figura 61 - Execução das Sondagens Realizadas na Área do Estudo .................................... 123
Figura 62 - Execução das Sondagens Realizadas na Área do Estudo .................................... 123
Figura 63 - Mapa Equipotenciométrico .................................................................................. 125
Figura 64 - Sentido do Fluxo das Águas Subterrâneas ........................................................... 125
Figura 65 - Localização dos Poços Utilizados para Elaboração do Mapa Equipotenciométrico
................................................................................................................................................ 126
Figura 66 - Balanço Hídrico São Borja/RS ............................................................................ 128
Figura 67 - Excedente Hídrico................................................................................................ 128
Figura 68 - Vista da área alvo do licenciamento .................................................................... 140
Figura 69 - Vista dá área após colheita de arroz..................................................................... 141
Figura 70 - Cobertura de Rebrote do Arroz Colhido .............................................................. 141
Figura 71 - Exemplares de eucaliptos no Entorno do Empreendimento ................................ 142
Figura 72 - Vista de exemplares de Espinilho e Eucaliptos no entorno da área..................... 142
Figura 73 - Vista de vegetação do entorno da área Espinilho e Buvas .................................. 143
Figura 74 - Vista da área alvo do licenciamento .................................................................... 146
Figura 75 - Vestígios de pegadas de Ave identificada como Ema ......................................... 147
Figura 76 - Gaviões Sobrevoando a Área ............................................................................... 147
Figura 77 - Garça na área do Empreendimento ...................................................................... 148
Figura 78 - Fezes Animais ...................................................................................................... 148
Figura 79 - Emas no Entorno da Área .................................................................................... 149
Figura 80 - Perdiz no Entorno do Empreendimento ............................................................... 149
Figura 81 - Vias de acesso do município................................................................................ 151
Figura 82 - Estrutura de saúde do município .......................................................................... 152
Figura 83 - Programas de saúde do município ....................................................................... 153
Figura 84 - Estrutura de educação do município .................................................................... 153
Figura 85 - Estrutura de segurança do município ................................................................... 153
Figura 86 - Estrutura de comunicação do município .............................................................. 153
Figura 87 - Infraestrutura social do município ....................................................................... 154
Figura 88 - Abrangência abastecimento de água .................................................................... 154
Figura 89 - Tipos de esgotamento sanitário no município ..................................................... 155
Figura 90 - Tipos de descarte final de resíduos ...................................................................... 155
Figura 91 - Percentual da população atendida pela coleta de RSU ........................................ 155
Figura 92 - Rota das Missões ................................................................................................. 160
Figura 93 - Cemitério Paraguaio ............................................................................................ 161
Figura 94 - Cemitério Jardim da Paz e Lápide de João Goulart ............................................. 161
Figura 95 - Museu João Goulart ............................................................................................. 162
Figura 96 - Mausoléu Getúlio Vargas .................................................................................... 162
Figura 97 - Museu Getúlio Vargas ......................................................................................... 163
Figura 98 - Museu Ergológico de Estância ............................................................................ 163
Figura 99 - Museu Apparício Silva Rillo ............................................................................... 164
Figura 100 - Cais do Porto...................................................................................................... 164
Figura 101 - Ponte da Integração ............................................................................................ 165
Figura 102 - Realização de entrevista in loco......................................................................... 166
Figura 103 - Lixão em São Borja I ......................................................................................... 170
Figura 104 - Lixão em São Borja II ........................................................................................ 170
Figura 105 - Trabalho de catadores no lixão de São Borja .................................................... 171
Figura 106 - Presença de animais, pessoas e barracos ........................................................... 171
Figura 107 - Crianças e animais expostos a riscos ................................................................. 172
Figura 108 - Mapa em raio de 2 km do empreendimento ...................................................... 175
Figura 109 - Certidão Negativa FEPAM ................................................................................ 208
Figura 110 - Certidão Negativa IBAMA ................................................................................ 209
SUMÁRIO
RELATÓRIO AMBIENTAL SIMPLIFICADO (RAS) PARA: .......................................... 1
INSTALAÇÃO DE ATERRO SANITÁRIO ......................................................................... 1
1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 14
1.1 INFORMAÇÕES GERAIS ....................................................................................... 16
1.1.1 Objeto do licenciamento .......................................................................................... 17
1.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR ............................................................ 18
1.2.1 Melhorias no processo ............................................................................................. 19
1.3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO .................................................. 21
1.3.1 Localização e Especificações Técnicas do Empreendimento ............................... 21
1.3.2 Aspectos legais e institucionais ............................................................................... 23
1.3.3 Classificação dos Resíduos que o empreendimento receberá .............................. 27
1.3.4 Características do Aterro ........................................................................................ 28
1.3.5 Origem dos resíduos ................................................................................................ 28
1.3.6 Método Construtivo ................................................................................................. 29
1.3.7 Armazenamento dos Resíduos Sólidos Não Inertes (Classe II-A) ....................... 31
1.3.8 Quantificação e composição do material ............................................................... 31
1.3.9 Quantidade diária/mensal de recebimento ............................................................ 33
1.4 CÉLULAS PARA RESÍDUOS - NÃO INERTES .................................................... 33
1.5 PREVISÃO DE TRÁFEGO DE VEÍCULO NAS FASES DE CONSTRUÇÃO E
OPERAÇÃO............................................................................................................................. 33
1.5.1 MÃO DE OBRA PREVISTA PARA AS FASES DE IMPLANTAÇÃO E
OPERAÇÃO. .......................................................................................................................... 35
1.5.2 INFRAESTRUTURA – CANTEIRO DE OBRAS ............................................... 36
1.5.3 Caracterização da Implantação e Operação ......................................................... 37
1.6 CONTROLE ENTRADA E SAÍDA DE CAMINHÕES .......................................... 39
2 MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO .............................................................. 40
3 DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES DOS ELEMENTOS DO PROJETO ..... 47
3.1 TEMPO DE VIDA ÚTIL DOS MÓDULOS DE ATERRAMENTO ....................... 48
3.2 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA EMA. ......................................................... 48
3.3 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA ESPINILHO ............................................... 52
3.4 IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO .......................................... 56
3.4.1 Preparação do Terreno/Compactação – Célula EMA.......................................... 56
3.4.1.1 Balanço Volumétrico de terra – Célula Ema.......................................................... 57
3.4.2 Preparação do Terreno/Compactação – Célula ESPINILHO ............................. 58
3.4.2.1 Balanço Volumétrico de terra – Célula Espinilho .................................................. 59
3.4.2.2 Balanço Volumétrico de terra – Área de Empréstimo ........................................... 59
3.5 VOLUME ESCAVAÇÃO DAS CÉLULAS ............................................................. 61
3.6 DEMANDA DE VOLUME DOS ATERROS .......................................................... 61
3.7 VOLUME TOTAL .................................................................................................... 62
3.8 CONCLUSÃO DOS VOLUMES .............................................................................. 62
3.9 ÁREA DE USO E MOVIMENTAÇÃO DE SOLO .................................................. 63
3.10 LEVANTAMENTO DOS TALUDES – CÉLULA EMA E ESPINILHO ............... 66
3.10.1 Impermeabilização do Módulo de Aterramento ................................................... 66
3.10.2 Solda por Termofusão ............................................................................................. 67
3.10.3 Proteção Mecânica da Geomembrana ................................................................... 68
3.10.4 Ancoragem da Geomembrana ................................................................................ 69
4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL ...................... 69
4.1 DRENAGEM SUPERFICIAL E AFASTAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS ..... 69
4.2 VAZÃO DE PICO ..................................................................................................... 71
4.2.1 Dimensionamento de Valores da Vazão de Pico – Célula Ema ........................... 71
4.2.2 Dimensionamento de Valores da Vazão de Pico – Célula Espinilho (fase 2)...... 72
4.2.3 Dimensionamento das Calhas ................................................................................. 72
4.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES .................................. 75
4.3.1 Drenagem dos Gases ................................................................................................ 75
4.3.2 Dimensionamento do Sistema de Drenos de Gases ............................................... 76
4.3.3 Dimensionamento dos Drenos de Gases – Célula Ema ........................................ 76
4.3.4 Dimensionamento dos Drenos de Gases – Célula Espinilho: ............................... 77
4.3.5 Descrição dos Elementos do Sistema de Drenagem dos Gases ............................ 78
5 SISTEMA DE DRENAGEM E REMOÇÃO DE PERCOLADO ....................... 81
5.1.1 Drenagem do Percolado .......................................................................................... 81
5.1.2 Dimensionamento do Sistema de Drenagem do Percolado .................................. 81
5.1.3 Descrição dos Elementos do Sistema de Drenagem de Percolados ..................... 83
5.1.4 Elementos do Sistema de Drenagem de Percolados – Célula Ema...................... 84
5.1.5 Elementos do Sistema de Drenagem de Percolados – Célula Espinilho ............. 85
5.1.6 Colchão Drenante .................................................................................................... 85
5.1.7 Flange de Passagem ................................................................................................. 86
5.1.8 Canalização do Percolado ....................................................................................... 86
5.1.9 Sistema tratamento dos líquidos percolados ......................................................... 86
5.2 CONTROLE GEOTÉCNICO .................................................................................... 89
5.3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DOS MARCOS SUPERFICIAIS ....................... 89
5.4 ESTUDO DE ESTABILIDADE DOS TALUDES ................................................... 90
6 PLANO DE EMERGÊNCIA .................................................................................. 91
6.1 ÉPOCAS CHUVOSAS.............................................................................................. 91
6.2 INCÊNDIOS .............................................................................................................. 91
7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL ............................................................................. 92
7.1 LOCALIZAÇÃO ....................................................................................................... 93
7.2 HIDROLOGIA REGIONAL ..................................................................................... 96
7.3 DESCRIÇÃO GEOLÓGICA .................................................................................... 97
7.4 DESCRIÇÃO GEOTÉCNICA ................................................................................ 100
7.5 DESCRIÇÃO HIDROGEOLÓGICA ...................................................................... 102
7.6 DESCRIÇÃO PEDOLÓGICA ................................................................................ 105
7.7 LIMITES DE ATTERBERG ................................................................................... 107
7.8 PERFIS DAS SONDAGENS .................................................................................. 108
7.8.1 Sondagem 1 ............................................................................................................. 110
7.8.2 Sondagem 2 ............................................................................................................. 111
7.8.3 Sondagem 3 ............................................................................................................. 112
7.8.4 Sondagem 4 ............................................................................................................. 113
7.8.5 Sondagem 5 ............................................................................................................. 114
7.8.6 Sondagem 6 ............................................................................................................. 115
7.8.7 Sondagem 7 ............................................................................................................. 116
7.8.8 Sondagem 8 ............................................................................................................. 117
7.8.9 Sondagem 9 ............................................................................................................. 118
7.8.10 Sondagem 10 ........................................................................................................... 119
7.8.11 Sondagem 11 ........................................................................................................... 120
7.8.12 Sondagem 12 ........................................................................................................... 121
7.8.13 Sondagem 13 ........................................................................................................... 122
7.9 MAPA EQUIPOTENCIOMÉTRICO...................................................................... 124
7.10 CONCLUSÕES LAUDO GEOLÓGICO ................................................................ 126
8 LAUDO DE DETERMINAÇÃO DO EXCEDENTE HÍDRICO ...................... 127
9 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPESATÓRIAS ........................................ 129
9.1 EMISSÃO DE RUÍDOS .......................................................................................... 129
10 AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE DO AQUIFERO ............................ 130
10.1.1.1 Meio Biótico ........................................................................................................ 131
10.1.1.2 Ecossistemas terrestres ...................................................................................... 133
10.1.1.3 Ecossistemas aquáticos ...................................................................................... 134
10.1.1.4 Ecossistemas de transição .................................................................................. 135
10.1.1.5 Unidades de conservação ................................................................................... 135
10.2 COBERTURA VEGETAL ...................................................................................... 135
10.3 METODOLOGIA UTILIZADA ............................................................................. 136
10.4 DESCRIÇÃO DA VEGETAÇÃO OCORRENTE NO MUNICÍPIO DE SÃO
BORJA... ................................................................................................................................ 136
10.5 DESCRIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA ............................................ 138
10.6 RELAÇÃO DE ALGUMAS ESPÉCIES NATIVAS E EXÓTICAS
ENCONTRADAS NO ENTORNO EM RAIO DE 1.000M DA ÁREA EM ESTUDO. ...... 139
10.7 RELAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS NO LOCAL DO
LICENCIAMENTO. .............................................................................................................. 139
10.8 IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES RARAS, ENDÊMICAS, AMEAÇADAS DE
EXTINÇÃO E IMUNES AO CORTE (CONFORME DECRETO ESTADUAL Nº. 52.109
DE 09 DE DEZEMBRO DE 2014). ....................................................................................... 139
10.9 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP. .......................................... 140
10.10 POSICIONAMENTO DO PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELO LAUDO
SOBRE O USO DA ÁREA E SEUS IMPACTOS NA COBERTURA VEGETAL,
INDICANDO MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS: ............................... 140
10.11 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO DA ÁREA E SEU ENTORNO ........................... 140
10.11.1 Fauna ................................................................................................................... 143
10.11.2 Metodologia utilizada......................................................................................... 144
10.11.3 Levantamento da fauna ocorrente na área e entorno do empreendimento .. 144
10.11.4 Identificação das espécies ameaçadas de extinção, criticamente em perigo ou
vulneráveis (conforme Decreto Estadual nº 54797 de 08 de setembro de 2014, que
reconhece as espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção) ................................... 145
10.11.5 Identificação/Descrição dos locais de reprodução, alimentação e
dessedentação da fauna. ....................................................................................................... 145
10.11.6 Identificação/Descrição dos corredores ecológicos ocorrentes na gleba e no
seu entorno ............................................................................................................................ 146
10.11.7 Posicionamento do profissional responsável pelo laudo sobre o uso da área e
seus impactos ambientais na fauna, indicando medidas mitigadoras e compensatórias146
10.11.8 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO AMBIENTAL ............................................ 146
10.11.8.1 Síntese .............................................................................................................. 150
10.12 MEIO ANTRÓPICO (SOCIOECONÔMICO) ....................................................... 150
10.13 CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO ..................................... 150
10.14 INFRAESTRUTURA .............................................................................................. 151
10.15 ASPECTOS SOCIAIS E DE INFRAESTRUTURA DA COMUNIDADE ........... 152
10.16 POPULAÇÃO ......................................................................................................... 156
10.17 USO DO SOLO, PAISAGISMO E RECURSOS HÍDRICOS. ............................... 158
10.18 ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS. ......................................................... 159
11 COLETA DE DADOS ........................................................................................... 165
11.1 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPESATÓRIAS ............................................ 173
 Emissão de ruídos .................................................................................................. 173
11.2 ALTERAÇÃO NA PAISAGEM ............................................................................. 174
12 RESPONSABILIDADE TÉCNICA ..................................................................... 176
12.1.1 ANÁLISE INTEGRADA ...................................................................................... 177
12.2 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS .................................................. 180
12.3 METODOLOGIA - AMBIENTAL ......................................................................... 180
12.4 MEDIDAS OTIMIZADORAS, MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS............ 184
12.5 ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E MONITORAMENTO .......................... 185
12.6 PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL ............................................. 186
12.7 IMPLANTAÇÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL DO CORTINAMENTO
VEGETAL .............................................................................................................................. 187
12.8 INSPEÇÃO DAS ESTRUTURAS FÍSICAS DO EMPREENDIMENTO ............. 187
12.9 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS .............................. 187
12.10 MONITORAMENTO E CONTROLE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS................ 187
12.11 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR E ODORES............................. 188
12.12 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DOS
FUNCIONÁRIOS..... ............................................................................................................. 188
12.13 PROGRAMA DE CONTROLE DE EROSÃO E ASSOREAMENTO .................. 188
12.14 PROGRAMA DE MONITORAMENTO, CONTROLE E REDUÇÃO DAS
EMISSÕES ATMOSFÉRICAS. ............................................................................................ 189
12.15 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS ..................... 191
12.16 PROGRAMA DE CONTROLE DE TRÁFEGO .................................................... 192
12.17 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL ..................................................... 193
12.18 PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO DAS COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES
DE CATADORES .................................................................................................................. 194
12.19 PLANO DE OPERAÇÃO ....................................................................................... 195
12.20 PLANO DE ENCERRAMENTO ............................................................................ 196
12.20.1.1 MONITORAMENTO DO BIOGÁS ................................................................ 197
12.20.1.2 MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS ................................... 198
12.20.1.3 MONITORAMENTO DO CHORUME........................................................... 198
12.20.1.4 MANUTENÇÃO DA ÁREA ........................................................................... 199
12.20.1.5 USO FUTURA DA ÁREA .............................................................................. 199
12.21 PLANO DE ENCERAMENTO DA ÁREA COM GERAÇÃO DE
ENERGÉTICO...... .......................................................................................................... .......199
12.22 APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DO BIOGÁS DO ATERRO
SANITÁRIO...... ..................................................................................................................... 200
12.23 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS ........................ 200
12.24 APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS ................... 201
12.25 O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO - MDL............................. 201
12.26 AÇÕES E METAS .................................................................................................. 202
12.26.1 Quadro resumo de programas ambientas ........................................................ 203
12.27 ANÁLISE CONCLUSIVA...................................................................................... 205
13 ANEXOS ................................................................................................................. 207
1 INTRODUÇÃO

O presente Relatório Ambiental Simplificado tem como objetivo determinar a


abrangência, procedimentos e critérios para viabilização ambiental de implantação de Aterro
Sanitário de Resíduos Sólidos Urbanos, na cidade de São Borja, no estado do Rio Grande do
Sul.
Sendo assim, apresentados as justificativas para concepção do projeto em questão,
contendo memorial técnico descritivo, metodologia de operação adotada para casa fase, bem
como todos os elementos técnicos necessários para a execução e posterior operação do
empreendimento denominado PGR Aterro Sanitário e Tratamento de Resíduos Ltda.
A disposição de resíduos em aterros ainda se faz necessário, porém em razão do
contínuo desenvolvimento tecnológico e da crescente preocupação dos cidadãos com o meio
ambiente, há maior planejamento dos aterros de resíduos. A redução do impacto ambiental
dos aterros envolve a seleção do local, seu projeto global, os componentes do sistema, os
materiais empregados, a operação, o monitoramento e o planejamento para o fechamento e
pós-fechamento.
O conceito de aterro de resíduos compreende um sistema devidamente preparado para
a disposição dos resíduos em geral, englobando, determinados componentes e práticas
operacionais, tais como: divisão em células, compactação dos resíduos, cobertura, sistema de
impermeabilização, sistema de drenagem e tratamento para líquidos e gases, monitoramento
geotécnico e ambiental, entre outros. O termo aterro de resíduos refere-se, portanto, à
instalação completa e às atividades que nela se processam; ou seja, inclui o local, a massa
residual, as estruturas pertinentes e os sistemas de implantação, operação e monitoramento, de
forma a controlar a emissão de contaminantes para o meio ambiente, com finalidade de
reduzir a possibilidade de poluição das águas superficiais e subterrâneas, do solo e do ar, e
eliminar impactos adversos.
Como o objetivo é manter os resíduos confinados para que não causem danos ao meio
ambiente, representados tanto por escorregamentos como por emissão de poluentes, o aterro
não pode estar sujeito a deslocamento externos e internos indesejáveis que comprometam a
estabilidade da massa de resíduos, a estanqueidade das camadas impermeáveis ou o
funcionamento dos sistemas de drenagem.
Diante de todos esses itens e caracteres descritos anteriormente, o empreendimento
PGR ATERRO SANITÁRIO, visa preencher a lacuna existente na região da Fronteira,
onde atualmente o lixo está sendo destinado a um lixão céu aberto, e assim, o
15

empreendimento vem para dar a destinação correta de resíduos sólidos urbanos à


localidade, proveniente das diversas atividades humanas, sendo responsáveis pela sua
correta destinação final, passando pela coleta, transporte e o respectivo tratamento
cabível.
A opção pela adoção de um Aterro Sanitário se encontra fundamentada nas diversas
vantagens apresentadas por este tipo de unidade, tais como:
 Capacidade de absorver, diariamente, grandes quantidades de resíduos;
 Custo acessível de implantação, operação e manutenção;
 Condições especiais para a decomposição biológica da matéria orgânica
presente no lixo;
 Capacidade de receber uma grande diversidade de resíduos.
Assim projeta-se à construção de Células de Aterramento, com todas as condições
técnicas de projeto de Aterro Sanitário, fundamentado em critérios de engenharia e normas
operacionais vigentes e específicas, articulando tecnologias já consolidadas e seguras, que
deverão minimizar os impactos negativos inerentes a esta atividade.
16

1.1 INFORMAÇÕES GERAIS

CONTRATANTE / EMPREENDIMENTO:
PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESIDUOS LTDA.
Endereço: Acesso à Rodovia BR 287, KM 532, Granja União, Vista Alegre, 1º Distrito de São
Borja / RS – CEP: 97.670-000
CNPJ: 33.729.746/0001-90
Proprietário/Representante Legal: Valdemir Possenti
E-mail: gisele@planetareciclagem.com.br
Fone: (54) 9.9123-2192

CONTRATADOS – EQUIPE MULTIDISCIPLINAR responsável pelos estudos


apresentados:

Engenheira Civil - Bruna Bianc Schmitt


CREA/SC: 147468-9
Obs: Visto válido para atuação no RS.
Endereço: R. Emilio Zandavalli, N° 99E, Bairro: Saic, Chapecó – SC, CEP: 89.802-040
E-mail: bruna@scpisos.eng.br
Fone: (49) 9-9950 0193

Bióloga - Fabiana Favero Loureiro Machado


CR-Bio: 41381 03 D
Endereço: Av. Pinheiro, N° 249, Centro, Trindade do Sul – RS, CEP: 99615-000
E-mail: fabianafaveromachado@hotmail.com
Fone: (54) 9-9929 8840

Engenheiro Agrônomo – Roberto Brunetto


CREA/SC: 76015-7
Obs: Visto válido para atuação no RS.
Endereço: Rua João Argenta 154, Bairro Quiri. Ronda Alta - RS
E-mail: robertobrunetto@yahoo.com.br
Fone: (54) 99175-9846
17

Engenheira Ambiental e Sanitarista – Auriane Bueno


CREA/SC: 164207-7
Endereço: R. Laguna, 281E, Bairro Eldorado, Chapecó – SC, CEP: 89810-180
E-mail: auriaane.bueno@gmail.com
Fone: (49) 98826634

Engenheiro de Minas – Jonathas Gaboardi


CREA/RS: 171.817
Endereço: Rua São Paulo, nº 161, Torre B, ap. 1003, Centro, Erechim – RS, CEP: 99700-302
E-mail: jonathasgaboardi@yahoo.com.br
Fone: (54) 99647-6968

1.1.1 Objeto do licenciamento

O Objeto deste licenciamento trata-se da implantação de um Aterro Sanitário para


disposição e tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos, na cidade de São Borja / RS.
O Aterro em questão está registrado sob o CNPJ: 33.729.746/0001-90 Pessoa Jurídica
de nome: PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA, com
endereço com acesso à Rodovia BR 287, KM 532, Granja União, Vista Alegre, 1º Distrito de
São Borja / RS – CEP: 97.670-000. O Aterro Sanitário receberá Resíduos Sólidos Urbanos de
Classe IIA e IIB, não possuirá Central de triagem, sendo assim, os resíduos dos caminhões
serão dispostos diretamente nas células, para o tratamento adequado. A área total do
empreendimento possui 83,00 ha (830.000 m²), que prevê para este projeto a execução de 2
Células, denominadas: Célula EMA, a qual estará dividida em 4 fases de operação, e Célula
ESPINILHO, também dividida em 4 fases, tendo em caráter especifico a instalação do aterro
sanitário, para atendimento das necessidades municipais locais, e próximas, bem como,
colaborar de forma responsável com o meio ambiente e destinação adequada de resíduos.
O empreendimento será feito em etapas, sendo executada primeiramente a Célula
EMA (fase A) e posteriormente, as demais fases, conforme a demanda projetada de
capacidade for sendo atingida, até a 4° e última fase (fase D) da Célula EMA. Sendo então
que em outro momento, dar-se a construção da Célula ESPINILHO, também elaborada em 4
fases (A,B,C,D).
A projeção de instalação do aterro sanitário considerou os parâmetros: localização;
direção dos ventos, especificamente da área urbana para o local; disposição dos recursos
18

hídricos superficiais e subterrâneos; acessibilidade; drenagem; área total disponível; e


possibilidade de integração com o entorno para aproveitamento futuro da área após o
encerramento das atividades de operação do aterro.
Tendo em vista essas demandas, o presente memorial técnico descritivo refere-se ao
projeto de construção do aterro sanitário da EMPRESA PGR, com recebimento estimado para
até 500 t/dia, dispostos para as Células EMA e ESPINILHO, tendo as seguintes
características:
Célula EMA: área de 98.873,90 m², com volume total estimado de disposição de
1.504.547,9m³.
Célula ESPINILHO: área de 77.689,60 m², com volume total estimado de disposição
de 1.187.388,26m³.
Os critérios aqui estabelecidos têm base nas seguintes regulamentações legais:
- Diretriz Técnica N° 04/2017 da FEPAM; Item 7.2 Critérios Para elaboração de
projetos (LI);
- NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação;
- NBR 10005 – Lixiviação de Resíduos – Procedimento;
- NBR 10703 – Degradação do Solo – Terminologia;
- NBR 11174 – Armazenamento de resíduos classes IIA – não inertes e IIB – inertes;
- NBR 1183 – Transporte de Resíduos;
- NBR 8419 – Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos –
Procedimento;
- NBR 13896 – Aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto, implantação e
operação – Procedimento;
- NBR 13895 – Construção de poços de monitoramento e amostragem – Procedimento;
A área do empreendimento, contará ainda com a instalação de balança para pesagem
dos caminhões que farão o transporte dos resíduos, escritório para desenvolvimento das
atividades administrativas, refeitório, banheiro e alojamento para os futuros colaboradores.
Sendo, as obras principais, voltadas para a construção das células de disposição de resíduos, e
dos ambientes mencionados acima.

1.2 IDENTIFICAÇÃO DO EMPREENDEDOR

a) PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS


b) CNPJ: 33.729.746/0001-90
19

c) Endereço: Acesso à Rodovia BR 287, KM 532, Granja União, Vista Alegre, 1º


Distrito de São Borja / RS – CEP: 97.670-000
d) Fone: (54) 9.9123-2192
E-mail: gisele@planetareciclagem.com.br
e) Certidão Negativa de Débitos Ambientais junto à FEPAM, DEFAP/SEMA e ao
IBAMA: CONSTANTE NOS ANEXOS, AO FINAL.
f) Representante legal / Pessoa de contato: Valdemir Possenti
CPF: 452.246.330-87
Endereço: Rua Porto Alegre, N° 350, Bairro/Distrito: Fátima, CEP: 99.250-000
Serafina Corrêa/RS
Fone: (54) 9.9123-2192
E-mail: gisele@planetareciclagem.com.br

1.2.1 Melhorias no processo

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determina uma ordem de prioridade


para a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos no Brasil, a saber: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos e disposição final ambientalmente adequada.
Os primeiros itens elencados pela política, da não geração até a reciclagem, estão
diretamente ligados ao comportamento da população frente aos resíduos sólidos que
produzem.
O atendimento a esses itens interfere diretamente na vida útil a ser alcançada pelo
aterro sanitário, já que quanto maior a conscientização sobre não geração, redução,
reutilização e reciclagem dos resíduos pela comunidade, menor a quantidade de resíduos
destinada ao empreendimento, que segundo a PNRS, deve receber somente os rejeitos que não
forem passíveis de reutilização e reciclagem.
Dessa forma, a maneira mais eficaz para o atendimento à política é a promoção da
consciência ambiental da população local acerca dos resíduos sólidos. Para tanto, a empresa
PGR Aterro Sanitário irá desenvolver um programa de educação ambiental com toda a
população da região afetada pelo empreendimento, de forma a sensibilizar a comunidade em
relação ao cenário atual dos resíduos sólidos, buscando enfatizar a importância da
participação individual na redução da quantidade de resíduos destinados ao aterro, e seu
protagonismo na busca de um meio ambiente equilibrado, que proporciona maior qualidade
de vida.
20

Outra ação importante para a melhoria do processo de destinação dos resíduos é a


inclusão das cooperativas e associações de catadores, bem como a realização de coleta
seletiva nos municípios. A Tabela 1 apresenta o panorama da presença de associações e
cooperativas de catadores e coleta seletiva, bem como a média diária dos resíduos gerados,
segundo dados repassados pelos municípios que serão atendidas pelo novo aterro sanitário.

Tabela 1 - Panorama dos resíduos sólidos nos municípios a serem atendidos pelo novo
PGR Aterro Sanitário
Cooperativa/associações Coleta Geração média
Município
de catadores seletiva diária de resíduos
Uruguaiana X X 95 ton./dia
Alegrete X X 58 ton./dia
São Borja X X 50 ton./dia
Santiago X X 45 ton./dia
Itaqui X X 35 ton./dia
São Luiz Gonzaga X* X* 25 ton./dia
Santo Antônio das
- - 7 ton./dia
Missões
Manuel Viana X X 5 ton./dia
Bossoroca X - 5 ton./dia
Itacurumbi - - 3 ton./dia
Capão do Cipó X - 3 ton./dia
Unicarda - - 2 ton./dia
Macarambá X - 2 ton./dia
Garrunchos - - 2 ton./dia
Total 337 ton./dia
*Município em processo de implantação de cooperativa e coleta seletiva.

De acordo com o observado na Tabela 1, a maior parte dos municípios da região conta
com coleta seletiva e organizações de catadores. Os municípios que ainda não possuem esse
tipo de gestão são os que geram menos resíduos, entre 2 e 7 toneladas por dia. Essa é uma
informação importante já que, devido a triagem feita pelos próprios municípios, os resíduos
que chegarão ao novo aterro sanitário serão aqueles que não puderam ser reaproveitados.
Para fortalecer essas organizações, será desenvolvido pelo empreendimento um
programa de inclusão dos catadores, de forma a aumentar a eficiência de seu trabalho e
colaborar com a qualidade de vida dos colaboradores.
21

Para os municípios onde essas organizações de trabalhadores ainda não existem,


indica-se que sejam criadas, com apoio e suporte do futuro empreendimento, para que os
catadores possam ser organizados, aumentando seu emprego e renda.
Ao final de todo o processo de manejo dos resíduos sólidos, encontra-se o tratamento e
destinação adequada dos resíduos que não puderam ser reutilizados ou reciclados. Esse papel
será desempenhado pela PGR Aterro Sanitário, que busca solução para um dos graves
problemas ambientais do Brasil, que é a destinação incorreta dos resíduos sólidos,
substituindo os lixões a céu aberto por aterros sanitários como medida de proteção ao meio
ambiente.
Dessa forma, todos estes aspectos abrangidos pelo empreendimento condizem com a
proposta da Política Nacional de Resíduos Sólidos, que fala sobre a responsabilidade
compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos.

1.3 CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO

1.3.1 Localização e Especificações Técnicas do Empreendimento

A área onde será implantado o empreendimento consta de um sítio localizado no


Município de São Borja, Estado do Rio Grande do Sul, Acesso à Rodovia BR 287, KM 532,
Granja União, Vista Alegre, 1º Distrito de São Borja / RS – CEP: 97.670-000.
São Borja está localizado no oeste do estado do RS, entre as regiões do Pampa e das
Missões e na fronteira com a República Argentina, distante a aproximadamente 594 km da
capital, Porto Alegre (via rede rodoviária). A abrangência geográfica limita-se nas divisas do
Município, que tem:
− Ao Norte: Município de Garruchos e Santo Antônio
− Ao Sul: Município de Maçambara e Itaqui
− Ao Leste: Município de Itacurubi e Unistalda
− Ao Oeste: Município de Santo Tomé/Argentina.

Abaixo as Figura 1 e Figura 2 ilustram em mapas a localização da cidade de São Borja.


22

Figura 1 - Localização de São Borja no Rio Grande do Sul

Figura 2 - Localização de São Borja no Brasil

Na sequência a Figura 3, com imagem área, demonstra a localização de instalação do


empreendimento, com a devida demarcação.
23

Figura 3 - Área de interesse

1.3.2 Aspectos legais e institucionais

Constituição
Na Constituição Federal de 1988, Título VIII, Capítulo VI – Do Meio Ambiente, o
Artigo 225 diz textualmente em seu enunciado: “Todos tem direito ao meio ambiente
ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de
vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para
as presentes e futuras gerações”.
24

Em seu Parágrafo 1º, para assegurar a efetividade desse direito, incumbe ao poder
público nos incisos IV, V, VII, respectivamente: “exigir, na forma da lei, para instalação de
obra ou atividade potencialmente causadora de significativa degradação do meio ambiente,
estudo prévio de impacto ambiental, a que se dará publicidade”; “controlar a produção, a
comercialização e o emprego de técnicas, métodos e substâncias que comportem risco para a
vida, a qualidade de vida e o meio ambiente”; e “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma
da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de
espécies ou submetam os animais a crueldade”.
No parágrafo 3º dispõe: “As condutas e atividades consideradas lesivas ao meio
ambiente sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, a sanções penais e
administrativas, independentemente da obrigação de reparar os danos causados”.

Legislação Federal
Lei N. º 12.305, de 02 de agosto de 2010 – Institui a Política Nacional de Resíduos
Sólidos.
Lei N. º 6.938, de 31 de agosto de 1981 – Dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação, e dá outras providências.
Lei N. º 7.347, de 24 de julho de 1985 – Disciplina a ação civil pública de
responsabilidade por danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, a bens e direitos de
valor artístico, histórico, turístico e paisagístico, e dá outras providências.
Lei N. º 9.985, de 18 de julho de 2000 – Institui o Sistema Nacional de Unidades de
Conservação da Natureza e dá outras providências.
Portarias Minter N. º 53, de 1 de março de 1979 – Estabelece normas aos projetos
específicos tratamento e disposição de resíduos sólidos, bem como a fiscalização de sua
implantação, operação e manutenção.
Resolução CONAMA N. º 001, de 23 de janeiro de 1986 – Define Impacto Ambiental.
Estudo de Impacto e Relatório de Impacto Ambiental e demais disposições gerais.
Resolução Conama N. º 371, de 05 de abril de 2006 – Estabelece diretrizes aos órgãos
ambientais para o cálculo, cobrança, aplicação, aprovação e controle de gastos de recursos
advindos de compensação ambiental, conforme a Lei N. º 9.985, de 18 de julho de 2000.
Portaria IBAMA N. º 440, de 9 de agosto de 1989 – Dispõe sobre a obrigatoriedade de
reposição florestal.
Portaria Normativa IBAMA N. º 01, de 4 de janeiro de 1990 – Institui a cobrança do
fornecimento de Licença ambiental, e dá outras providências.
25

Portaria Normativa IBAMA N. º 45, de 29 de junho de 1995 – Constitui a Rede


Brasileira de Manejo Ambiental de Resíduos – REBRAMAR, integrada à Rede Pan-
Americana de Manejo Ambiental de Resíduos – REPAMAR, com o objetivo de promover o
intercâmbio, difusão e acesso aos conhecimentos e experiências ao manejo de resíduos.

Legislação Estadual
CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, de 3 de outubro de
1989.
Lei Estadual N. º 10.330, de 27 de dezembro de 1994 - Dispõe sobre a organização do
Sistema Estadual de Proteção Ambiental, a elaboração, implementação e controle da política
ambiental do Estado e dá outras providências.
Lei Estadual N. º 9.921, de 27 de julho de 1993 – Dispõe sobre a gestão dos resíduos
sólidos.
Lei Estadual N. º 13.597, de 30 de dezembro de 2010 – Institui a Política Estadual de
Educação Ambiental.
Lei Estadual N. º 9.519, de 21 de janeiro de 1992 – Institui o Código Florestal do
Estado do Rio Grande do Sul e dá outras providências.
Lei Estadual N. º 14.528, e 16 e abril de 2014 – Institui a Política Estadual de
Resíduos Sólidos e dá outras providências.
Lei Estadual N. º 15.434, de 09 de janeiro de 2020 – Institui o Código Estadual do
Meio Ambiente do Estado do Rio Grande do Sul. 3.
Lei Estadual N. º 13.575, de 21 de dezembro de 2010 – Dispõe sobre a organização do
Sistema Estadual de Proteção Ambiental, a elaboração, implementação e controle da política
ambiental do Estado e dá outras providências.
Lei Estadual N. º 13.761, de 15 de julho de 2011- Institui o Cadastro Técnico Estadual
de Atividades Potencialmente Poluidoras ou Utilizadoras de Recursos Ambientais, integrante
do Sistema Nacional do Meio Ambiente - SISNAMA -, a Taxa de Controle e Fiscalização
Ambiental - TCFA-RS.
Decreto Estadual N. º 53.202, de 26 de setembro de 2016 – Dispõe sobre as infrações e
as sanções administrativas aplicáveis às condutas e às atividades lesivas ao meio ambiente
estabelecendo o seu procedimento administrativo no âmbito do Estado do Rio Grande do Sul.
Decreto Estadual N. º 34.256, de 26 de agosto de 1992 – Regulamenta o Sistema
Estadual de Unidades de Conservação - SEUC e dá outras providências.
26

Portaria FEPAM N. º 18, de 05 de março de 2018 – Dispõe sobre critérios e diretrizes


gerais, bem como define os estudos ambientais e os procedimentos básicos a serem seguidos
no âmbito do licenciamento ambiental de aterros sanitários.
Diretriz Técnica FEPAM N. º 03/2018 – Diretriz técnica para os critérios de exigência
de EIA/RIMA nos licenciamentos ambientais para atividades de tratamento e destinação final
de resíduos sólidos urbanos, resíduos sólidos da construção civil e resíduos sólidos de
serviços de saúde.
Diretriz Técnica FEPAM N. º 04/2017 - Diretriz técnica para o licenciamento
ambiental da atividade de disposição final de resíduos sólidos urbanos.
Diretriz Técnica FEPAM N. º 02/2019 - Diretriz técnica para o licenciamento de
tecnologias de tratamento e processamento de resíduos sólidos.

Legislação Municipal
Lei Municipal N. º 1.947, de 23 de setembro de 1992 – Institui o plano diretor do
município de São Borja e dá outras providências.
Lei Municipal N. º 1.915, de 26 de maio de 1992 – Autoriza o executivo municipal a
criar autarquia para exploração da usina de reciclagem e compostagem de lixo e dá outras
providências.
Lei Municipal N. º 5.486, de 11 de março de 2019 – Institui o Programa "Adote uma
Lixeira", e dá outras providências.
Lei Municipal N. º 4.901, de 01 de agosto de 2014 – Dispõe sobre a coleta e
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial para reaproveitamento com destinação
final ambientalmente adequada.
Lei Complementar Municipal N. º 24, de 20 de dezembro de 2001 – Dispõe sobre a
Política Ambiental de Proteção, Controle, Conservação e Recuperação do Meio Ambiente,
regula o Licenciamento Ambiental no âmbito do Município de São Borja, cria a Taxa de
Fiscalização Ambiental e a Taxa de Licenciamento Ambiental, define valores e dá outras
providências.
Decreto Municipal N. º 16.122, de 16 de outubro de 2015 – Aprova o Plano Municipal
de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de São Borja – PMGIRS e dá outras providências.

Normas Técnicas
NBR 10.004: Resíduos Sólidos – Classificação;
NBR 10.005 – Lixiviação de Resíduos – Procedimento;
27

NBR 10.703 – Degradação do Solo – Terminologia;


NBR 11.174 – Armazenamento de resíduos classes IIA – não inertes e IIB – inertes;
NBR 1.183 – Transporte de Resíduos;
NBR 8.419 – Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos
urbanos – Procedimento;
NBR 13.896 – Aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto, implantação
e operação – Procedimento;
NBR 13.895 – Construção de poços de monitoramento e amostragem – Procedimento.

1.3.3 Classificação dos Resíduos que o empreendimento receberá

De acordo com a ABNT/NBR 10.004/2004, os resíduos sólidos que serão destinados


ao Aterro da empresa PGR, são classificados como Resíduos Sólidos Urbanos, de Classe
IIA e IIB.
Os resíduos Classe IIB (não perigosos e inertes) são aqueles que não possuem, em sua
massa, concentrações de compostos ou substâncias que conferem toxicidade ao meio
ambiente. Em um extrato lixiviado desse tipo de resíduo, não deve ser liberada qualquer
substância tóxica. Além disso, nenhum de seus constituintes solubilizados deve possuir
concentrações superiores aos padrões de potabilidade da água, excetuando-se aspecto, cor,
turbidez, dureza e sabor.
Os resíduos Classe IIA (não-perigosos e não-inertes) são aqueles que não se
enquadram nas classificações de resíduos Classe I (perigosos) ou de resíduos Classe IIB (não-
perigosos e inertes), nos termos da norma em questão (NBR 10004/04). Os resíduos sólidos
provenientes dos serviços de coleta regular dos municípios (domiciliares e comerciais), dos
serviços de conservação de logradouros públicos, de limpeza e varrição, incluindo podas, são
classificados como Classe IIA, principalmente pela presença de matéria orgânica
biodegradável.
Á capacidade medida de porte do empreendimento será de 500 toneladas/dia.
28

1.3.4 Características do Aterro

Tabela 2 - Características do Aterro

1.3.5 Origem dos resíduos

Os resíduos sólidos que serão recebidos no Aterro da PGR serão estritamente urbanos,
oriundos das atividades humanas. Serão RSU de origem residencial e comercial, ou seja,
podem ser classificados em: a) urbanos: aqueles em que se enquadram os residenciais,
comerciais, de variação, de feiras livres, de capinação e poda.
Sendo assim, na Tabela 3, apresentam-se as principais atividades e processos
geradores de resíduos bem como as classes mais preponderantemente geradas.

Tabela 3 - Identificação por classes de Resíduos


Atividade/Processo Classe de Resíduos
Preponderantemente Gerada
Classe I Classe II-A
Agroindústrias e Frigoríficos (abatedouros X
de aves, bovinos, suínos, etc.)
29

Curtumes e Indústria Calçadista (curtimento X X


de peles ao cromo, acabamento e
beneficiamento de couros e peles)
Fábricas de Artefatos em Fibra (piscinas, X
caixas d’água, etc.)
Incubatórios (frangos) X
Indústrias Gráficas X X
Indústrias Alimentícias X
Industrialização de Bebidas (cervejarias, X
vinícolas, fábricas de refrigerantes e sucos)
Indústrias de Confecção X
Indústrias de Embalagens Plásticas X X
Indústrias de Material de Transporte X X
Indústrias de Óleos Vegetais X
Indústrias de Papel e Celulose X X
Indústrias de Reciclagem de Materiais X
Plásticos
Indústrias de Recuperação de Placas de X
Baterias
Indústrias de Tratamento de Superfícies X X
Metálicas
Indústrias do Setor Madeireiro (moveleira, X X
de compensados, cortiça, laminados, etc.)
Indústrias Fumageiras X X
Indústrias Metal-mecânicas X X
Indústrias Metalúrgicas X X
Indústrias Petroquímicas X
Indústrias Químicas (fábricas de X X
detergentes, tintas, fertilizantes, etc.)
Indústrias Siderúrgicas X X
Indústrias Sucro-alcooleiras X X
Lacticínios X
Lavanderias industriais X X
Oficinas mecânicas X X
Postos de combustíveis X
Postos de Lavagem X
Recapadoras de Pneus X
Fecularias X

1.3.6 Método Construtivo

Para a construção do Aterro Sanitário da empresa PGR, adotaremos o Método da


Área, técnica geralmente empregada em locais de topografia plana. Nessas áreas serão
criados desníveis com os próprios resíduos.
30

Inicialmente os resíduos serão descarregados em um ponto definido do terreno, onde


iniciará o aterro, e servirá de base para a construção das demais. Conforme exemplo da Figura
4.

Figura 4 - Célula Mãe

No método adotado, os resíduos são amontoados e compactados, formando uma


elevação do formato de um tronco de pirâmide, que recebe o recobrimento com manta ao final
da operação de um dia, evitando que os resíduos se espalhem e que venha a ter vetores no
local.
Neste tópico serão apresentadas as justificativas para concepção do projeto em
questão, contendo memorial técnico descritivo, memorial de cálculo, metodologia de
operação adotada para casa fase, bem como todos os elementos técnicos necessários para a
execução e posterior operação do empreendimento denominado PGR ATERRO
SANITÁRIO, que prevê para este projeto a concepção de duas novas Células, denominadas:
Os critérios aqui estabelecidos têm base nas seguintes regulamentações legais:
- NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação;
- NBR 10005 – Lixiviação de Resíduos – Procedimento;
- NBR 10703 – Degradação do Solo – Terminologia;
- NBR 11174 – Armazenamento de resíduos classes IIA – não inertes e IIB – inertes;
- NBR 1183 – Transporte de Resíduos;
- NBR 8419 – Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos
urbanos – Procedimento;
- NBR 13896 – Aterros de resíduos não perigosos – critérios para projeto, implantação
e operação – Procedimento;
31

- NBR 13895 – Construção de poços de monitoramento e amostragem –


Procedimento;
- Diretriz Técnica N° 04/2017 – FEPAM.
Assim projeta-se à construção de Célula de Aterramento, com todas as condições
técnicas de projeto de Aterro Sanitário, fundamentado em critérios de engenharia e normas
operacionais vigentes e específicas, articulando tecnologias já consolidadas e seguras, que
deverão minimizar os impactos negativos inerentes a esta atividade, otimizando os processos
de aterramento, aumentando a eficiência e diminuindo os riscos.

1.3.7 Armazenamento dos Resíduos Sólidos Não Inertes (Classe II-A)

Da NBR 11.174/89, a qual fixa condições exigíveis para obtenção das condições
necessárias ao armazenamento de resíduos Classe II-A e Classe II-B, extrai-se
primordialmente que os resíduos Classe II-A e II-B em hipótese alguma devem ser
acondicionados de forma conjunta com os resíduos Classe I (Perigosos) sob pena de toda a
mistura resultante vir a ser caracterizada como resíduo Classe I, fato que enaltece a
importância da identificação e segregação correta dos resíduos.
Nas mesmas condições estabelecidas pela NBR 12.235, está NBR também preconiza
que os resíduos Classe II-A e Classe II-B poderão ser acondicionados em containers,
tambores, tanques ou a granel, considerando, aspectos relativos ao isolamento, sinalização,
acesso à área, medidas de controle de poluição ambiental, treinamento de pessoal e segurança
da instalação.
Considerando a hipótese em que sejam recebidos resíduos incompatíveis com o seu
método de estocagem, a empresa deverá providenciar a sua segregação e armazenamento
seguros e providenciar sua destinação final ambientalmente adequada.

1.3.8 Quantificação e composição do material

O conhecimento das características e propriedades dos RSU é fundamental para


elaboração de um projeto de aterro sanitário. No entanto, a determinação de certas
propriedades é um pouco limitada. Isso ocorre devido à alta heterogeneidade dos RSU, que
varia de região para região de acordo com as condições socioeconômicas, à falta de
procedimentos de amostragem e ensaios padronizados, à alteração das propriedades dos RSU
com o tempo (SANTOS, 2012).
32

A composição gravimétrica dos RSU é uma característica que costuma variar de


região para região. Pode-se esperar que regiões mais ricas apresentem uma porcentagem de
matéria orgânica inferior à de uma região menos favorecida, devido a uma menor
manipulação de alimentos (SANTOS, 2012 apud LAMARE NETO, 2004). A Figura 5
apresenta a composição gravimétrica dos resíduos sólidos no Brasil em 2012.

Figura 5 - Composição gravimétrica dos RSU no Brasil

A proporção da matéria orgânica é importância, pois influencia diretamente na


quantidade de chorume e gás produzido pelo aterro sanitário, na sua compressibilidade e na
geração de poropressão (BOSCOV, 2008).
Abaixo, a Tabela 4 demonstra a média nacional de variação da composição dos RSU.

Tabela 4 - Média Nacional da Variação da Composição dos RSU


Tipo de Material Composição (%)

Material orgânico 52,2

Papel e papelão 18,8

Metais ferrosos e não ferrosos 4,3

Vidros 3,0

Plásticos 7,2

Outros 14,1

Fonte: Gomes (1989) e Jardim et al. (1995)


33

1.3.9 Quantidade diária/mensal de recebimento

De acordo com o projeto, a medida de porte máxima será 500 toneladas/dia de


resíduos recebidos, gerando mensalmente 15.000 toneladas de RSU, os quais serão destinados
totalmente ao aterro sanitário, por não haver central de triagem. Assim, a capacidade de
recebimento estabelecida gera a seguinte Tabela 5:

Tabela 5 - Quantidade de resíduos estimada


Diária (t) Mensal (t) Anual (t)

500 15.000 180.000

1.4 CÉLULAS PARA RESÍDUOS - NÃO INERTES

Na formação de um aterro, é de fundamental importância as proporções das células


diárias. O volume da célula corresponde ao volume aterrado diariamente (compactado).
Sendo assim:
Foi adotado para a densidade média (Massa especifica do resíduo) do lixo
compactado:
℘ = 0,70 t/m³
a) Massa de lixo gerada por dia:
M = 500t/dia

Uma vez determinada, a quantidade de resíduos que deverão ser aterrados nos
próximos anos, em uma matriz em que constem pesos e volumes, determinar-se-á o tempo de
vida útil do aterro. Os volumes anuais e os acumulados ao longo dos anos possibilitarão o
cálculo do tempo de vida útil do empreendimento, o qual deverá atender a margem de no
mínimo 10 anos.

1.5 PREVISÃO DE TRÁFEGO DE VEÍCULO NAS FASES DE CONSTRUÇÃO E


OPERAÇÃO.

A PGR ATERRO SANITÁRIO será um empreendimento apto a fazer a recepção,


tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos, a ser instalado no município de São
Borja, próximo a BR 287 para atender os municípios da região. O acesso ao empreendimento
34

ocorrerá no KM 532, por uma via sem asfalto, com boas condições de tráfico, rampas e curvas
no seu percurso.
Um dos principais fatores de influência na análise dos impactos no sistema viário será
o tráfego de veículos de carga, que durante a implantação do empreendimento, contara com
tráfego diário estimado de, no máximo, 60 viagens por dia (para transporte de argila) em
caminhões com 26t, e de rachão, com 45t.

Figura 6 - Caminhões a serem utilizados na implantação da PGR

A previsão do tráfego de veículos está baseada nos estudos realizados no período de


10 a 12 de Março de 2020, exatamente no trecho KM 532, que dá acesso ao empreendimento,
e a metodologia utilizada, para o ponto de contagem, foi a de qualificar e quantificar os
veículos motorizados, não motorizados, ciclistas e pedestres que utilizavam a via, em ambos
os sentidos, em intervalos de 15 minutos, durante até quatro horas, considerando um fluxo
médio/hora, a média da soma de quatro intervalos de 15 minutos.
A contagem foi realizada durante 03 (três dias), em períodos alternados, especificados
a seguir:
- Dia 10/03/2020: período de 13h00 as 17h00;
- Dia 11/03/2020: período de 8h00 as 12h00;
- Dia 12/03/2020: período de 11h30 as 15h30;
Considerando a média estimada dos três dias, observou-se que o volume de trafego de
veículos motorizados (autos de passeio e motos) é mais representativo que os demais.
Se compararmos o fluxo médio dos três dias entre utilitários, caminhões e outros
veículos motorizados, constatamos que ônibus e carretas tem a menor intensidade dentre os
veículos motorizados.
Considerando as informações registradas, sugere-se que o fluxo diário de autos e
motos são praticamente proporcionais aos dias, havendo somente uma pequena diferença nas
segundas-feiras.
35

Neste período, não foram observadas a presença de carroças, somente caminhões de


soja e arroz, e caminhões de leite, cuja frequência maior foi registrada no início da semana.
Na fase de operação, a PGR terá operação diária com atendimento das: 7h00 – 12h00 e
13:00h - 20:00h, com previsão de picos de funcionamento nos horários entre 10h00 e 12h00,
e 14h00 até as 18h00. Estes horários de pico são provenientes da operação de todos os
caminhões coletores, da limpeza pública dos municípios, onde a rotina impões o caminhão
vazio no início de cada jornada de trabalho.

Figura 7 - Caminhões a serem utilizados na operação da PGR

1.5.1 MÃO DE OBRA PREVISTA PARA AS FASES DE IMPLANTAÇÃO E


OPERAÇÃO.

As fases de implantação e operação da PGR Aterro Sanitário utilizarão mão de obra


com vários níveis de qualificação. Por se tratar do empreendimento particular, o serviço será
terceirizado. Nesta fase os quantitativos deverão variar em função das etapas construtivas,
prevê-se que o número de trabalhadores irá variar entre 30 e 60 por um período de (06) seis
meses, incluindo técnicos, gerentes e trabalhadores.
Na fase de operação, o total de mão de obra na PGR deverá alcançar cerca de 12
pessoas entre técnicos, administrativos, vigilância e trabalhadores braçais.
Alguns serviços poderão ser terceirizados, podendo ocorrer aumento de trabalhadores
conforme a demanda de mão de obra.
Conforme a Tabela 6 a seguir, apresenta a relação de mão de obra discriminada por
atividade e turno de trabalho.
36

Tabela 6 - Relação de trabalhadores


ATIVIDADE DIURNO NOTURNO
Administrativa 2 -
Vigilância 1 1
Controle (balanceiro) 1 -
Manutenção (limpeza) 1 -
Manutenção estruturas 1 -
(elétrica e civil)
Operador de Máquina 1 -
Motoristas 1 -
Técnicos (engenheiros, 3 -
biólogos)
TOTAL: 12

1.5.2 INFRAESTRUTURA – CANTEIRO DE OBRAS

O canteiro de obras deve proporcionar condições ideais de operação ao pessoal locado


nas instalações e assegurar boas condições de controle e fiscalização dos diversos setores e
área, atendendo também às questões de segurança. Assim, para o fechamento externo das
áreas, serão utilizadas cercas em todo o perímetro de canteiro de obras.
Serão instalados portões monitorados para que seja assegurado o controle de acesso de
pedestres e veículos as áreas do aterro e edificações de apoio.
O canteiro de obras específico para a obra de implantação deverá ser instalado e
idealizado de maneira que as unidades fiquem agrupadas em decorrência da lógica funcional
das diversas atividades a serem executadas, obedecendo as prescrições contidas nas normas
regulamentadora NR-17, para melhor aproveitamento do espaço disponível; adequação dos
acessos e circulação do pessoal e veículos; administrar e controlar a entrada, manuseio e saída
de materiais, pessoal e resíduos; minimizar as distâncias de transporte; e facilitar a vigilância
e segurança do canteiro.
De acordo com a função de reavaliação das demandas, os setores do canteiro de obras
poderão ter suas dimensões básicas ajustadas para as condições operacionais, porém, não
devem alterar sua concepção básica.
37

O abastecimento de energia elétrica do canteiro de obras será feito através da rede de


distribuição fornecida pela concessionária prestadora desse serviço no município de São
Borja- RS.
O abastecimento de água durante as obras será obtido através da rede de distribuição
local ou com auxílio de caminhões pipa.
As áreas do canteiro de obras serão isoladas das áreas adjacentes para garantir
segurança e privacidade aos locais de trabalho. Internamente, deve haver divisórias entre os
setores. Deverá haver controle dos fluxos de materiais, veículos e funcionários.
Todos os setores componentes do canteiro de obras devem receber mobiliário,
equipamentos e utensílios necessários as suas funções técnicas administrativas e de apoio.
Estes mobiliários podem ter características simples, mas, devem ser práticos, higiênicos e
resistentes.

1.5.3 Caracterização da Implantação e Operação

Os procedimentos de operação devem seguir uma sequência lógica, que se inicia no


recebimento do lixo e é finalizado com o transporte, no caso o caminhão de lixo, partindo do
aterro sanitário.
Os caminhões para coleta do material nos municípios serão feitos por empresa coletora
especializada e terceirizada, caminhões do tipo basculante e compactadores próprios,
seguindo os calendários de coleta dos municípios.
Os caminhões/motoristas serão identificados na guarita do empreendimento, sendo
então, o recebimento realizado na portaria do aterro sanitário. Após, o caminhão será pesado
em balança, antes e depois da descarga, para se ter controle do volume diário/mensal disposto
no aterro sanitário.
Após a pesagem o material disposto nos caminhões é direcionado a célula que estará
em uso. Já, na frente de operação, o resíduo deve ser regularizado e compactado por
equipamentos apropriados para o trabalho, ex: trator esteira ou trator com rodas
compactadoras.
O esquema abaixo demonstra detalhadamente esses procedimentos mencionados.
38

Figura 8 - Esquema operação

Dos equipamentos que serão utilizados:


- Trator de Esteira: usado para a disposição, compactação e cobertura do Lixo, bem
como para a abertura e manutenção de acessos provisórios, e outros serviços eventuais;
- Retro-escavadeira: equipamento fundamental para a abertura de drenos, escavação
de solo para cobertura e carregamento do caminhão basculante;
- Caminhão Basculante: utilizado para o transporte do solo de cobertura e demais
materiais necessários durante a operação.
Logo que se tenha concluído o dia de trabalho, o lixo será coberto com manta
apropriada, e com solo (60 cm) ao final de cada patamar (3,5m), que irá provir do material
excedente das operações de corte/escavações das valas e rampas e área de empréstimo na
própria aérea do empreendimento.
A cobertura impede o arraste de materiais pela ação de vento, evita catação,
proliferação de insetos e vetores, evita o aspecto de lixo exposto, facilitando a movimentação
das máquinas e veículos sobre o aterro, e propiciando o escoamento superficial, dificultando a
infiltração das águas precipitadas sobre o aterro.
A Células do empreendimento, terão uma profundidade de 3,5 m, com 5 patamares,
gerando uma altura final de 17,5 m, com taludes de 1H:1V.
39

Na Tabela 7, constam informações de pesos específicos de alguns resíduos como base


para estudos:

Tabela 7 - Peso específico de resíduos


Tipo de Material Peso Específico (kg/m³)
Plástico em chapas e canos 2100
Vidro 2400 à 2600
Madeira leve Até 600
Papel 1400 à 1600
Alumínio 2600
Aço 7800
Zinco 7200
Resinas 1000
Entulho de obra 1500
Lenha 500

1.6 CONTROLE ENTRADA E SAÍDA DE CAMINHÕES

Os veículos responsáveis pelo transporte dos resíduos terão acesso ao empreendimento


pela estrada que liga a sede do município de São Borja, a localidade de Bororé (Maçambará),
com acesso pela BR 287, conforme Figura 9.

Figura 9 - Rota de Acesso


40

Já na localidade sede da PGR Aterro Sanitário, os veículos deverão identificar-se na


Guarita projetada, identificando-se com a respectiva placa do veículo de descarga e motorista,
após, adentraram no empreendimento, designando-se para a balança, onde será emitido ticket
de pesagem. Em sequência partindo para a descarga dos resíduos na célula em operação.
Após a descarga, o veículo deverá se retirar do local, para a chegada do próximo.
Sendo que, dentro do empreendimento haverá área para lavagem de caminhões e
abastecimento caso seja necessário, e área destinada a manobras.
O empreendimento contará ainda, com estrada de acesso em todo seu entorno, para
acesso as células e manutenções caso sejam necessárias.
Conforme Layout do Empreendimento e croqui de circulação dos veículos, em anexo.

2 MEMORIAL DESCRITIVO PROJETO

Todo projeto de aterro sanitário deve ser elaborado segundo as normas preconizadas
pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, que descrevem as diretrizes técnicas
dos elementos essenciais aos projetos de aterros, tais como: impermeabilização da base e
impermeabilização superior, monitoramento ambiental e geotécnico, sistema de drenagem de
lixiviados e de gases, disposição das células, apresentação do manual de operação do aterro e
definição de qual será o uso futuro da área do aterro após o encerramento das atividades
(VAN ELK, 2007).
De acordo a NBR 8419/1984, o projeto de um aterro sanitário deve ser
obrigatoriamente constituído das seguintes partes: memorial descritivo, memorial técnico,
apresentação de estimativas, cronogramas, plantas e desenhos técnicos (VAN ELK, 2007).
Sendo assim, a metodologia a ser aplicada para o tratamento dos resíduos da Empresa
PRG, consiste no sistema integrado, de maneira que fiquem definidos os seguintes
componentes de projeto:
- Estudos Preliminares: pesquisa de dados da realidade local, no desenvolvimento de
estudos técnico-científicos e o levantamento de parâmetros necessários à elaboração de uma
estratégia para solução do problema.
- Sistema de Tratamento dos Resíduos a serem dispostos: o sistema tem a função
de orientar a concepção do projeto do aterro sanitário, cumprindo a função sanitária e de
conservação ambiental. Este sistema deve garantir a qualidade da vida no entorno do aterro
com mínimas influências para o meio ambiente.
41

- Sistema de Tratamento de Base (impermeabilização): O sistema de tratamento de


base tem a função de proteger a fundação do aterro, evitando a contaminação do subsolo e
aquíferos adjacentes, pela migração de percolados e/ou dos gases. Um sistema de tratamento
de base deve apresentar as seguintes características:
 estanqueidade;
 durabilidade;
 resistência mecânica;
 resistência às intempéries climáticas;
 compatibilidade físico-química-biológica com os resíduos a serem aterrados.

Dentre os materiais, comumente empregados em tratamento de base de aterros,


destacam-se as argilas compactadas e as geomembranas. As camadas impermeabilizantes
devem ser executadas com controle tecnológico e atender características tecnológicas de baixa
permeabilidade, mínimas espessuras, representando barreiras à migração de poluentes. Em
virtude das condições do solo local, optou-se para o tratamento de base do aterro das células
de aterramento a utilização de geomembrana de PEAD com 2,0 mm de espessura, como
sistema de impermeabilização da base do aterro.
- Sistema de Operação: O sistema de operação deve levar em consideração, os
aspectos relacionados à otimização dos recursos humanos, materiais e financeiros, bem como
a forma de gerenciamento.
O sistema de operação deve, também, prever o controle do funcionamento do aterro
sanitário, cumprindo recomendações básicas relacionadas ao volume de lixo recebido,
zoneamento dos locais de disposição, tratamento dos resíduos e dos efluentes gerados pela
disposição. O controle de recebimento do lixo consiste na implantação guarita com portão
para identificação e balança localizada próxima a entrada do aterro sanitário, onde os veículos
que entram e saem da área deverão ser pesados.
Os efluentes líquidos e gasosos, provenientes da geração dos resíduos dispostos no
aterro, causados pela degradação dos mesmos, devem ser coletados e submetidos a processos
de tratamento adequados às condições locais e à concepção do projeto de aterro sanitário.
Os métodos operacionais citados descrevem apenas o processo de formação
geométrica das células de lixo.
- Sistema de Drenagem de Percolado: Sob o sistema de tratamento de base do aterro
sanitário é conveniente projetar-se um sistema drenagem de fundação para a coleta de águas
42

naturais do subsolo. Este sistema deve ser acessado pelo sistema de monitoramento ambiental
do aterro, de maneira a atestar as boas condições de desempenho do sistema de tratamento de
base, durante a vida útil do aterro e após o seu encerramento.
- Sistema de Cobertura: O sistema de cobertura tem a função de proteger a superfície
das células de lixo, minimizando impactos ao meio ambiente, visando à eliminação da
proliferação de vetores, à diminuição da taxa de formação de percolados, à redução da
exalação de odores, impedir a catação, permitir o tráfego de veículos coletores sobre o aterro,
à eliminação da queima dos resíduos e à saída descontrolada dos gases. Além destas
características, o sistema de cobertura deve ser resistente a processos erosivos e, adequado à
futura utilização da área.
O nível de compactação previsto para o dimensionamento das células do Módulo de
Aterramento está embasado na operação do trator de esteira que, com o mínimo de (05) cinco
passagens sobre a camada de lixo disposta na rampa (30 a 40cm), deverá obter uma massa
específica aparente de 0,70 ton/m3.
O uso de proteção vegetal é recomendado, com o objetivo de integrar a massa final ao
meio ambiente local. Os materiais componentes do sistema de cobertura final deverão ser
especificados de maneira a atender os requisitos técnicos. A garantia de bom desempenho
depende de controle tecnológico durante a execução.
- Sistema de Drenagem de Águas Pluviais: Este sistema tem a finalidade de
interceptar e desviar o escoamento superficial das águas pluviais, durante e após, a vida útil
do aterro, evitando sua infiltração na massa de resíduo. O dimensionamento da rede de
drenagem é dependente, principalmente, da vazão a ser drenada. Nos aterros, em geral, o
sistema de drenagem de águas pluviais é constituído por estruturas drenantes de meias calhas
de concreto (canaletas) associadas a escadas d'água e tubos de concreto, conforme for o caso.
- Sistema de Captação e Drenagem de Líquidos Percolados: O sistema de
drenagem de líquidos percolados deve coletar e conduzir os líquidos percolados, que
atravessam a massa do aterro, através de drenos internos, reduzindo as pressões atuantes dos
líquidos na massa de resíduo e minimizando o potencial de migração do mesmo no subsolo.
Para o dimensionamento desse sistema de drenagem é fundamental o conhecimento da
vazão a ser drenada e das condicionantes geométricas da massa de resíduos. A sua concepção
depende da alternativa de tratamento adotado para o aterro sanitário, podendo inclusive estar
associada ao sistema de drenagem de gases.
- Sistema de Drenagem de Gases: tem a função de drenar os gases provenientes da
decomposição da matéria orgânica resultante do processo de digestão, evitando sua migração
43

através dos meios porosos que constituem o subsolo. A migração dos gases deve ser
controlada através da execução de rede de drenagem adequada, constituída por drenos
verticais colocados em pontos estratégicos nas células.
Estes drenos atravessam toda a célula no sentido vertical, desde a camada de
impermeabilização até as camadas superiores. Estes drenos podem ser interligados ao sistema
de drenagem de percolados, dependendo da alternativa de solução de tratamento adotada para
o aterro sanitário.
- Análise da Estabilidade dos Maciços dos Resíduos Sólidos Dispostos: A
estabilidade dos maciços de terra, da fundação e da massa de resíduos sólidos dispostos nas
células do aterro deve ser analisada a partir de parâmetros e métodos de análise adequados ao
local. O objetivo da análise de estabilidade é a definição de geometria estável do aterro e seus
entornos, com critérios de segurança adequados.
- Sistema de Tratamento dos Líquidos Percolados: No aterro sanitário, deve ser
previsto sistema de coleta e tratamento dos líquidos percolados, não sendo admissível sua
descarga em cursos d'água, fora dos padrões normalizados. Usualmente é composto de uma
rede de valas subsuperficiais, preenchidas com material drenante (de forma tal que se evite
sua colmatação ao longo do tempo) e dispostas de forma difusa em toda a base do aterro,
inclusive, se for o caso, ao longo dos seus taludes intermediários, de modo a captar e conduzir
para o correspondente sistema de tratamento, todos os líquidos efluentes da massa de resíduos
aterrados.
A coleta deverá ser realizada através de drenos com materiais inertes com tubos que
compõem o sistema de drenagem de percolado, os quais conduzirão os líquidos percolados
coletados até as caixas de passagem e conduzidas para o sistema de tratamento de efluentes,
que consiste em um tratamento biológico dos efluentes gerados (chorume) provenientes do
aterro sanitário, sendo que serão estimadas 02 lagoas de tratamento, com mais 01 lagoa
reserva, que deveram ser totalmente cercadas com tela e placas de identificação.
Após, o chorume proveniente das lagoas irá para o ETE – Estação de Tratamento de
Efluentes, fazendo o uso do equipamento de ELECTROX, uma tecnologia limpa a base de
energia elétrica, técnica versátil e de fácil operação. Ela é produzida por reações de oxidação e
redução com a dissolução anódica do material a ser aplicado como eletrodo e/ou a produção
de hidróxidos através da hidrólise da água promovendo a remoção dos poluentes por
eletrocoagulação ou eletrooxidação.
Optou-se pelo tratamento secundário com sistema de lodos ativados para promover a
remoção biológica, tanto da matéria orgânica quanto do nitrogênio, presente no efluente. E no
44

tratamento terciário, através de eletrólise (ELECTROX R9000®) para remoção de metais


pesados e clarificação do efluente final, conforme MEMORIAL DESCRITIVO DO
SISTEMA DE TRATAMENTO DE EFLUENTES, EM ANEXO.
Será realizada coleta de efluentes para as análises com periodicidade trimestral, até o
30º dia dos meses de novembro, fevereiro, maio, e agosto, laudos de análise do efluente
(lixiviado) bruto e após a última lagoa de tratamento, acompanhado da respectiva
interpretação, determinando os parâmetros: Temperatura, Condutividade Elétrica, pH, OD,
DBO5, DQO, Sólidos Suspensos, Sólidos Sedimentáveis, Coliformes Fecais, Coliformes
Totais, Nitrogênio Total, Nitrogênio Amoniacal, Fósforo Total, Ferro, Manganês, Magnésio,
Sódio, Potássio, Cloretos, Sulfatos, , Cádmio, Chumbo, Cromo, Mercúrio e Níquel.
Também deveram ser realizados e apresentados à FEPAM anualmente, até o mês de
maio, laudo de análises do efluente (lixiviado) bruto e tratado contemplando os seguintes
parâmetros: Turbidez, Óleos e Graxas, Nitratos, Nitritos, Sulfetos, Fosfato Total, Alumínio,
Arsênio, Boro, Bário, Manganês, Zinco, Cromo hexavalente e Cromo total;
A coleta será realizada atendendo os parâmetros da FEPAM, sendo as amostras
preservadas conforme determinação dos parâmetros a serem analisados, os mesmos após
coleta serão preservados, refrigerados e coletados de maneira segura (estéril) para posterior
encaminhamento de análise em laboratório credenciado junto a FEPAM.
- Sistema de Tratamento dos Gases: A drenagem e controle dos gases provenientes
de aterro consistem na redução das emissões atmosféricas de metano (CH4) e gás carbônico
(CO2), gerado pela decomposição anaeróbia dos resíduos sólidos aterrados, o que diminui
odores e minimiza a migração de gases para áreas vizinhas. O correto controle desses gases
gerados evita também a ocorrência de incêndios espontâneos e explosões por carga de pressão
na operação de compactação dos resíduos. O sistema de drenagem e tratamento desses gases
constitui-se de malha de chaminés de captação e escoamento e queimadores de gases,
dispostos diretamente sobre a extremidade superior das chaminés de captação.
- Sistema de Monitoramento: tem a função de conhecer e avaliar o impacto causado
pelo empreendimento através de monitoramento contínuo e sistemático, sendo composto por
monitoramento geotécnico e ambiental. O sistema de monitoramento geotécnico consistirá
em:
 controle de deslocamentos verticais;
 controle do nível de percolado e pressões de gases no corpo do aterro;
 controle da descarga de percolado através de drenos;
45

 inspeções periódicas;

O sistema de monitoramento ambiental consiste em:


 controle da qualidade das águas superficiais;
 controle da qualidade do ar;
 controle da poluição do solo;
 controle dos vetores propagadores de doenças.

O monitoramento deverá ser efetuado através de coleta de águas superficiais 1 ponto a


montante e outros 3 pontos a jusante do empreendimento, medidores de deslocamentos
verticais, medidores de vazão, análises físico-químicas e biológicas. A frequência de coleta
das amostras para as análises, assim como a técnica e os métodos utilizados de coleta são
indicados pelos órgãos de controle ambiental.
- Monitoramento do das águas superficiais: Se faz necessário o monitoramento das
águas superficiais através de análises físico-químicas e bacteriológicas, em períodos pré-
determinados, geralmente em intervalos de 3 (três) meses. Para realizar esse monitoramento é
recomendada a coleta de 01 (um) ponto a montante e 03 (três) a jusante das instalações,
(parte mais baixa), e estrategicamente locado na direção do fluxo das águas superficiais.

Figura 10 - Pontos de monitoramento


46

- Proteção dos Taludes: A ocorrência de um processo erosivo depende da natureza do


solo, de sua permeabilidade, inclinação e de como se encontra a cobertura vegetal. O plantio
de gramas e a cobertura vegetal passa a ser um elemento importância na estabilização desses
taludes. As espécies vegetais das gramíneas são as mais indicadas para essa cobertura.
- Fechamento Final do Aterro: Esta operação objetiva a concepção de um plano de
encerramento do aterro sanitário, prevendo-se a recuperação da área utilizada e sua ocupação
final. O dimensionamento do sistema de fechamento do aterro sanitário é função do
tratamento dos resíduos, adotado durante a vida útil do mesmo.
Após finalização da operação das etapas A, B, C e D das células de aterro sanitário,
denominadas: Ema e Espinilho, as seguintes etapas vão ser realizadas para o encerramento
das atividades.

Gráfico 1 - Esquema etapas encerramento


Célula encerrada Processo de Monitoramento
cobertura final do aterro

A cobertura do aterro será feita com a utilização de uma camada de solo compactado
pouco permeável, após será colocada uma camada definitiva de 50 cm de espessura de solo
argiloso, sendo semeada sobre ela uma camada de gramínea. Para evitar entrada de água está
camada de material argiloso será compactado com passada de três a seis vezes de trator
esteira. No Gráfico 2, a seguir, encontra-se a ordem das camadas de cobertura.
47

Gráfico 2 - Cobertura

Gramíneas

Argila

Resíduos

Geomembrana

Nos taludes não é necessário a camada de material argiloso, sendo executadas somente
a revegetação destes locais, com a inserção de sementes, mudas e placas de gramíneas, estas
ajudaram na proteção dos cortes e taludes, principalmente das chuvas, pois proporcionam
aumento da estabilidade e diminuição de erosões na área.
Não existe uso programado para a área após o enceramento das atividades, pois está se
encontra distante do município não sendo viável a construção de áreas de lazer, sendo
somente cultivadas com gramíneas a fim de inserir o aterro finalizado ao meio ambiente.
As drenagens que circundam a área aterrada, as vias de acesso e os sistemas de
monitoramento deverão ser mantidos em funcionamento após o encerramento do aterro. Os
sistemas de drenagem e tratamento dos líquidos percolados e dos gases deverão ser mantidos
em operação durante todo o tempo em que os líquidos e gases apresentarem potencial
poluidor. A cobertura final de terra deverá ser executada de maneira a evitar o surgimento de
vetores de doenças e a percolação indevida de líquidos e gases.
O monitoramento deverá ser mantido e as leituras realizadas periodicamente, até a
estabilização da massa de resíduos.

3 DESCRIÇÃO E ESPECIFICAÇÕES DOS ELEMENTOS DO PROJETO

Nesse tópico são apresentadas as descrições e especificações dos elementos que se


fazem importantes para o bom desempenho e funcionamento do projeto em análise.
48

3.1 TEMPO DE VIDA ÚTIL DOS MÓDULOS DE ATERRAMENTO

A previsão da vida útil do módulo de aterramento do Aterro Sanitário do


empreendedor PGR Aterro Sanitário e Tratamento de Resíduos LTDA, é calculada através da
observação dos seguintes dados técnicos:
Serão construídas 02 células, sendo elas denominadas Célula EMA e Célula
ESPINILHO com áreas respectivas de 98.873,90m² e 77.689,60m².
A célula EMA possuirá no final da sua vida útil 17,5 metros de altura, sendo 1,8
metros escavados, conforme estudo geológico, com taludes de 3,5 metros de altura os quais
respeitarão um recuo de 4 metros de patamar, para início do talude seguinte.
A célula ESPINILHO possuirá no final da sua vida útil 17,5 metros de altura, sendo
1,3 metros escavados, conforme estudo geológico, com taludes de 3,5 metros de altura os
quais respeitarão um recuo de 4 metros, para início do talude seguinte.
A capacidade de volume total da célula EMA é de 1.504.547,9 m³, e o volume da
célula ESPINILHO é 1.187.388,26 m³.

3.2 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA EMA.

Para os cálculos de vida útil, foram usados os seguintes dados:

Tabela 8 - Volume mensal de recebimento

VOLUME DE RESIDUOS

Resíduos dia Densidade TOTAL Resíduos Considerado Volume mensal


(t) Resíduos Compactado 26 dias (m³)

500 0,7 714 18571,429

Com base nos dados acima, utilizou-se ainda a fórmula do tronco de pirâmide, Figura
11, para dimensionamento dos volumes:
49

Figura 11 - Fórmula Tronco de Pirâmide

Sendo assim, nas tabelas abaixo, constam-se os dimensionamentos, com geração em


cálculo de vida útil.

 Cálculo da vida útil para a Fase A, da Célula EMA:

Tabela 9 - Cálculo vida útil célula Ema


DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES - CÉLULA EMA
Célula
Ema - Fase Vida Útil Vida Útil
ab AB H Volume A
A– (meses) (Anos)
1° Talude
24373,4 25679,5 3,5 87582,7 M³ 4,7 0,4

Célula
Ema - Fase Vida Útil Vida Útil
ab AB H Volume A
A– (meses) (Anos)
2° Talude
23060,3 24373,4 3,5 82998,3 M³ 4,5 0,4
Célula
Ema - Fase Vida Útil Vida Útil
ab AB H Volume A
A– (meses) (Anos)
3° Talude
21779,6 23060,3 3,5 78459,1 M³ 4,2 0,4

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume A
A– (meses) (Anos)
4° Talude
20531,5 21779,6 3,5 74033,8 M³ 4,0 0,3

Célula
Ema - Fase Vida Útil Vida Útil
ab AB H Volume A
A– (meses) (Anos)
5° Talude
19315,9 20531,5 3,5 69722,2 M³ 3,8 0,3
CELULA EMA - FASE A 1,8 ANOS
50

 Cálculo da vida útil para a Fase B, da Célula EMA:

DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES
Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
B– (meses) (Anos)
1° Talude
22907,9 24336,7 3,5 82665,4 M³ 4,5 0,4

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
B– (meses) (Anos)
2° Talude
21521,2 22907,9 3,5 77738,3 M³ 4,2 0,3

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
B– (meses) (Anos)
3° Talude
20176,4 21521,2 3,5 72958,0 M³ 3,9 0,3

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
B– (meses) (Anos)
4° Talude
18873,6 20176,4 3,5 68324,7 M³ 3,7 0,3

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
B– (meses) (Anos)
5° Talude
17612,7 18873,6 3,5 63838,2 M³ 3,4 0,3
CELULA EMA - FASE B 1,6 ANOS

 Cálculo da vida útil para a Fase C, da Célula EMA:

DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES
Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
C - 1° (meses) (Anos)
Talude
26337,2 27757,8 3,5 94655,4 M³ 5,1 0,4
51

Celula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
C - 2° (meses) (Anos)
Talude
25026,9 26337,2 3,5 89877,5 M³ 4,8 0,4

Celula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
C - 3° (meses) (Anos)
Talude
23709,2 25026,9 3,5 85277,8 M³ 4,6 0,4

Celula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
C - 4° (meses) (Anos)
Talude
22424,0 23709,2 3,5 80722,6 M³ 4,3 0,4

Celula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
C - 5° (meses) (Anos)
Talude
21171,3 22424,0 3,5 76281,3 M³ 4,1 0,3
CELULA EMA - FASE C 1,9 ANOS

 Cálculo da vida útil para a Fase D, da Célula EMA:

DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES
Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
D - 1° (meses) (Anos)
Talude
19868,6 21000,0 3,5 71510,9 M³ 3,9 0,3

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
D - 2° (meses) (Anos)
Talude
18762,4 19868,6 3,5 67595,0 M³ 3,6 0,3

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
D - 3° (meses) (Anos)
Talude
17687,0 18762,4 3,5 63777,2 M³ 3,4 0,3
52

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
D - 4° (meses) (Anos)
Talude
16642,1 17687,0 3,5 60066,5 M³ 3,2 0,3

Célula
Ema - Fase Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
D - 5° (meses) (Anos)
Talude
15627,9 16642,1 3,5 56463,1 M³ 3,0 0,3
CELULA EMA - FASE D 1,4 ANOS

PORTANTO, REALIZADO OS CÁLCULOS, A célula EMA terá um volume


total de: 1.504.547,9 m³, e vida útil total de: 6 anos e 7 meses.

3.3 DIMENSIONAMENTO DA CÉLULA ESPINILHO

Para os cálculos de vida útil da Célula Espinilho foram usamos os seguintes dados:

Tabela 10 - Volume mensal de recebimento

VOLUME DE RESIDUOS

Resíduos dia Densidade TOTAL Resíduos Considerado Volume mensal


(t) Resíduos Compactado 26 dias (m³)

500 0,7 714 18571,429

Com base nos dados acima, utilizou-se ainda a fórmula do tronco de pirâmide, Figura
12, para dimensionamento dos volumes:

Figura 12 - Fórmula Tronco de Pirâmide

Sendo assim, nas tabelas abaixo, constam-se os dimensionamentos, com geração em


cálculo de vida útil.
53

 Cálculo da vida útil para a Fase A, da Célula ESPINILHO:

Tabela 11 - Cálculo vida útil Célula Espinilho


DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES - CÉLULA ESPINILHO
Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume A
Fase A - 1° (meses) (Anos)
Talude
21855,1 23150,2 3,5 78748,3 M³ 4,2 0,4

Celula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume A
Fase A - 2° (meses) (Anos)
Talude
20591,4 21855,1 3,5 74270,4 M³ 4,0 0,3

Celula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume A
Fase A - 3° (meses) (Anos)
Talude
19363,0 20591,4 3,5 69909,15 M³ 3,8 0,3

Celula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume A
Fase A - 4° (meses) (Anos)
Talude
18169,9 19363,0 3,5 65671,4 M³ 3,5 0,3

Celula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume A
Fase A - 5° (meses) (Anos)
Talude
17016,2 18169,9 3,5 61564,6 M³ 3,3 0,3
CELULA ESPINILHO - FASE A 1,6 ANOS

 Cálculo da vida útil para a Fase B, da Célula ESPINILHO:

DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES
Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
Fase B - 1° (meses) (Anos)
Talude
17307,4 18470,6 3,5 62600,5 M³ 3,4 0,3
54

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
Fase B - 2° (meses) (Anos)
Talude
16181,5 17307,4 3,5 58594,6 M³ 3,2 0,3

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
Fase B - 3° (meses) (Anos)
Talude
15093,1 16181,5 3,5 54719,6 M³ 2,9 0,2

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
Fase B - 4° (meses) (Anos)
Talude
14042,2 15093,1 3,5 50975,7 M³ 2,7 0,2

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume B
Fase B - 5° (meses) (Anos)
Talude
13028,6 14042,2 3,5 47362,8 M³ 2,6 0,2
CELULA ESPINILHO - FASE B 1,2 ANOS

 Cálculo da vida útil para a Fase C, da Célula ESPINILHO:

DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES
Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
Fase C - 1° (meses) (Anos)
Talude
19263,5 20310,0 3,5 69245,6 M³ 3,7 0,3

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
Fase C - 2° (meses) (Anos)
Talude
18228,8 19263,5 3,5 65603,3 M³ 3,5 0,3

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
Fase C - 3° (meses) (Anos)
Talude
17216,6 18228,8 3,5 62021,0 M³ 3,3 0,3
55

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
Fase C - 4° (meses) (Anos)
Talude
16266,9 17216,6 3,5 58588,2 M³ 3,2 0,3

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume C
Fase C - 5° (meses) (Anos)
Talude
15259,7 16266,9 3,5 55162,15 M³ 3,0 0,2
CELULA ESPINILHO - FASE C 1,4 ANOS

 Cálculo da vida útil para a Fase D, da Célula ESPINILHO:

DIMENSIONAMENTO DE VOLUMES
Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
Fase D - 1° (meses) (Anos)
Talude
15946,7 17026,8 3,5 57693,2 M³ 3,1 0,3

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
Fase D - 2° (meses) (Anos)
Talude
14896,6 15946,7 3,5 53965,2 M³ 2,9 0,2

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
Fase D - 3° (meses) (Anos)
Talude
13878,2 14896,6 3,5 50345,4 M³ 2,7 0,2

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
Fase D - 4° (meses) (Anos)
Talude
12901,8 13878,2 3,5 46854,6 M³ 2,5 0,2

Célula
Espinilho - Vida Util Vida Útil
ab AB H Volume D
Fase D - 5° (meses) (Anos)
Talude
11957,1 12901,8 3,5 43492,6 M³ 2,3 0,2
CELULA ESPINILHO - FASE D 1,1 ANOS
56

PORTANTO, REALIZADO OS CÁLCULOS, A célula ESPINILHO terá um


volume total de: 1.187.388,26 m³, e vida útil total de: 5 anos e 3 meses.
Dessa forma, as duas Células geram uma vida útil do módulo de aterramento para
o empreendimento da PGR, estimada em: 12 anos.

3.4 IMPERMEABILIZAÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO

Nesse item são apresentados os métodos de impermeabilização inferior e superior da


PGR ATERRO SANITÁRIO.

3.4.1 Preparação do Terreno/Compactação – Célula EMA

Inicialmente deverão ser implantados os taludes laterais do Módulo de Aterramento,


conforme NBR 11682/1991, para deposição dos resíduos, deixando de forma perimétrica uma
drenagem pluvial escavada no topo (ou crista) do talude no terreno natural. A seguir, deverá
ser efetuada a decapagem do horizonte de solo correspondente à superfície de implantação do
Módulo de Aterramento, Célula Ema com execução das fases, conforme forem sendo
saturadas (Fase A,B,C,D), considerando um talude de contenção (H1:V1), com altura de
3,5m, e altura final máxima de h = 17,5m e. Abaixo segue, demonstração esquemática da
Figura 13.

Figura 13 - Corte longitudinal da célula do Módulo de Aterramento na forma tronco


piramidal

BASE MAIOR SUPERFÍCIE

BASE MENOR SUPERFÍCIE

A compactação deverá ter uma espessura aproximada de 30 cm considerando toda a


superfície da base menor e dos taludes. Este solo de decapagem deverá ser estocado na área
57

lateral ou contígua, para ser utilizado posteriormente na cobertura final do depósito de


resíduos do Módulo de Aterramento.
O volume total a ser escavado para a Célula Ema é estimado em 222.466,27m³. Está
argila, proveniente de escavação, será estocada junto à área do módulo para levantar os
taludes e posteriores coberturas e selamentos durante as operações. Considera-se, ainda, que o
comprimento do Módulo de Aterramento fique paralelo ao limite do terreno.
Após a escavação até as cotas previstas, a superfície da base da vala será escarificada e
mecanicamente compactada com argila. As camadas impermeabilizantes de argila deverão ser
executadas com controle tecnológico de compactação, com as seguintes características:
camadas compactadas de no máximo de 30 cm de espessura; com Proctor normal 95%, uma
camada de geomembrana sintética com espessura de 2,00 mm, tipo PEAD 2,00mm, umidade
em torno da umidade ótima obtida no ensaio de compactação; coeficiente de permeabilidade
de no máximo, 10-7 cm/s.

3.4.1.1 Balanço Volumétrico de terra – Célula Ema

Para o cálculo volumétrico de terra disponível a ser escavado na Célula Ema, foram
considerados:

 Área: 98.873,90m²
 H (escavação): 1,8 m
V = 177.973,02 m³
Fazendo uso, da seguinte fórmula, considerando taxa de empolamento de 25%:

Vs = 177.973,02 x (1+ 0,25)


Vs = 222.466,27 m³
58

Sendo assim, a Célula Ema, terá disponível após escavação 222.466,27 m³ de solo.

3.4.2 Preparação do Terreno/Compactação – Célula ESPINILHO

Inicialmente deverão ser implantados os taludes laterais do Módulo de Aterramento,


conforme NBR 11682/1991, para deposição dos resíduos, deixando de forma perimétrica uma
drenagem pluvial escavada no topo (ou crista) do talude no terreno natural. A seguir, deverá
ser efetuada a decapagem do horizonte de solo correspondente à superfície de implantação do
Módulo de Aterramento, Célula Espinilho com execução das fases, conforme forem sendo
saturadas (Fase A,B,C,D), considerando um talude de contenção (H1:V1), com altura de
3,5m, e altura final máxima de h = 17,5m e. Abaixo segue, demonstração esquemática da
Figura 14.

Figura 14 - Corte longitudinal da célula do Módulo de Aterramento na forma tronco


piramidal

BASE MAIOR

BASE MENOR

A compactação deverá ter uma espessura aproximada de 30cm considerando toda a


superfície da base menor e dos taludes. Este solo de decapagem deverá ser estocado na área
lateral ou contígua, para ser utilizado posteriormente na cobertura final do depósito de
resíduos do Módulo de Aterramento.
O volume total a ser escavado para a Célula Espinilho é estimado em 126.245,60m³.
Está argila, proveniente de escavação, será estocada junto à área do módulo para levantar os
taludes e posteriores coberturas e selamentos durante as operações. Considera-se, ainda, que o
comprimento do Módulo de Aterramento fique paralelo ao limite do terreno.
Após a escavação até as cotas previstas, a superfície da base da vala será escarificada e
mecanicamente compactada com argila. As camadas impermeabilizantes de argila deverão ser
executadas com controle tecnológico de compactação, com as seguintes características:
camadas compactadas de no máximo de 30 cm de espessura; com Proctor normal 95%, uma
camada de geomembrana sintética com espessura de 2,00 mm, tipo PEAD 2,00mm, umidade
59

em torno da umidade ótima obtida no ensaio de compactação; coeficiente de permeabilidade


de no máximo, 10-7 cm/s.

3.4.2.1 Balanço Volumétrico de terra – Célula Espinilho

Para o cálculo volumétrico de terra disponível a ser escavado na Célula Espinilho,


foram considerados:

 Área: 77.689,60m²
 H (escavação): 1,3 m
V = 100.996,48 m³

Fazendo uso, da seguinte fórmula, considerando taxa de empolamento de 25%:

Vs = 100.996,48 x (1+0,25)
Vs = 126.245,60 m³

Sendo assim, a Célula Espinilho, terá disponível após escavação 126.245,60m³ de


solo.

3.4.2.2 Balanço Volumétrico de terra – Área de Empréstimo

O empreendimento possui uma área de empréstimo próximo a área licenciada, o qual


será destinado 195.121,28 m² para retirada de solo, conforme Figura 15:
60

Figura 15 - Área de empréstimo

Sendo assim, segue cálculo de volume gerado por essa área:

 Área: 195.121,28m²
 H (escavação): 2,0 m
V = 390.242,56 m³

Fazendo uso, da seguinte fórmula, considerando taxa de empolamento de 25%:

Vs =390.242,56 x (1+0,25)
Vs = 487.803,20 m³

Sendo assim, a Área de empréstimo, terá disponível após escavação 487.803,20 m³


de solo.
61

3.5 VOLUME ESCAVAÇÃO DAS CÉLULAS

Figura 16 - Volume Escavação das Células

Considerando as áreas a sofrerem escavações: Célula Ema + Célula Espinilho + Área


de empréstimo, tem-se um Volume Total de = 930.388,69 m³, de terra disponível.

3.6 DEMANDA DE VOLUME DOS ATERROS

 VOLUME DE COBERTURA DIÁRIA

30 m³/dia x 26 dias = 780 m³/mês


62

780 m³/mês x 12 meses = 9.360 m³/ano


9.360 m³/ano x 12 anos (vida útil) = 112.320 m³/vida útil

Portanto, para cobertura diária vamos precisar um volume de 112.320 m³/vida


útil para atender as duas células.

3.7 VOLUME TOTAL

 TALUDES EMA: 174.667,14 m³


 TALUDES ESPINILHO: 153.681,86 m³

 COBERTURA EMA: 233.943,91 m³


 COBERTURA ESPINILHO: 178.314,74 m³

 TOTAL: 174.667,14 m³ + 153.681,86 m³ + 233.943,91 m³ + 178.314,74 m³ + 112.320


m³/
TOTAL DE VOLUMES PARA OPERAÇÃO DO ATERRO: 852.927,65m³

3.8 CONCLUSÃO DOS VOLUMES

Conforme dados do levantamento da quantidade de volume previsto para a execução e


operação das células EMA e ESPINILHO, podemos concluir que o empreendimento dispõe
de área com solo suficiente.
COM A ÁREA DE EMPRÉSTIMO DE SOLO + SOLO RETIRADO DAS
ESCAVAÇÕES DAS CÉLULAS EMA E ESPINILHO TEMOS UM VOLUME DE
SOLO DISPONIVEL 930.388,69 m³, E PARA OPERAÇÃO DO ATERRO 852.927,65
m³.
ASSIM, TEMOS SOLO DISPONÍVEL PARA OPERAÇÃO DA VIDA ÚTIL DO
ATERRO, CONSTRUÇÃO DOS TALUDES E COBERTURA.
Se houver necessidade de mais solo para operação futura da célula ESPINILHO,
conforme alinhado junto a FEPAM, apresentaremos uma nova área de retirada.
63

3.9 ÁREA DE USO E MOVIMENTAÇÃO DE SOLO

O empreendimento possuirá uma área de uso e movimentação de solo, que ficará


dentro das dimensões da área pertencente ao aterro sanitário, e servirá como fonte de extração
deste solo, para uso nas células projetadas.

Figura 17 - Área de uso e movimentação de solo

Fonte: Autor (2020)

Na figura anterior, Figura 17 também é demarcada a área de reserva legal, a qual será
mantida sobre suas condições naturais, sem nenhum tipo de intervenção humana.
Os canais de drenagem demonstrados na imagem a seguir, Figura 18, e que também
fazem parte do projeto já apresentado junto ao órgão, tratam-se da situação atual do local e
referem-se a canais de irrigação devido ao antigo uso da área: plantio de arroz, tais canais
drenantes, não são recursos naturais, e sim, canais executados pela ação do homem, sendo
estes superficiais.
64

Figura 18 - Situação atual

Fonte: Autor (2020)

Os canais atuais passaram a não existir, logo no início das construções de instalação
do empreendimento. Pois os mesmos serão desviados na área de divisa com a propriedade
vizinha, que construirá um novo curso d’agua. Conforme demonstrado na Figura 19.
65

Figura 19 - Situação futura

Fonte: Autor (2020)

Como ação e para controle na remoção de camadas de solo, deverão ser realizadas
práticas conservacionistas e medidas preventivas, como a implantação de drenagem
superficial, mesmo que temporárias, visando o escoamento de águas superficiais, bem como,
conduzi-las para locais convenientes.
Os materiais removidos das atividades de escavação serão estocados lateralmente, de
forma que evitem o escoamento de águas superficiais para o interior das áreas escavadas e
conduzam o seu escoamento para locais adequados e devidamente protegidos.
Será também, mantido um espaçamento de 5 metros do limite a área de reserva legal,
para o início das atividades de escavação, como forma de redobrar os cuidados, e manter
intacta a área em questão. As figuras aqui apresentadas podem ser analisadas com mais
detalhes nos projetos, conforme protocolado anexo a este oficio.
66

3.10 LEVANTAMENTO DOS TALUDES – CÉLULA EMA E ESPINILHO

Os taludes internos, após a escavação, terão alturas médias de 3,5m nas Células Ema e
Espinilho, sendo respeitando 4m de patamar, para início de um novo talude (1V:1H).
Compactado a 98% e com altura máxima final de 17,5m para ambas as Células.

3.10.1 Impermeabilização do Módulo de Aterramento

A camada de impermeabilização da base e das laterais deve garantir a segura


separação da disposição de resíduos do subsolo, impedindo a contaminação do lençol freático
e do meio natural através de infiltrações de percolados e/ou substâncias tóxicas.
O sistema de impermeabilização de base para as duas células em questão, Célula Ema
e Célula Espinilho, deverá ser feito com solo argiloso compactado, com uma camada inferior
e superior, de espessura igual a 30,00cm cada, e entre estas duas camadas será assentada uma
camada de geomembrana de Polietileno de Alta Densidade - PEAD de espessura igual a
2,0mm. A compactação das camadas argilosas deverá chegar à densidade máxima, com
coeficiente de permeabilidade inferior a 1x10-7 cm/s.
Deverão ser realizados os seguintes procedimentos:
 Regularização da superfície interna dos taludes e retirada de qualquer material
irregular para o bom assentamento da geomembrana;
 Abertura da vala de ancoragem da geomembrana, a 1m da borda do módulo;
 Implantação da Geomembrana, devendo está ser realizada por profissionais
especializados neste tipo de serviço;

Na aplicação da camada de impermeabilização de base (ou inferior) empregando-se


solo argiloso, o fator que determinará o desempenho do sistema é a compactação realizada em
campo. Durante os trabalhos, é fundamental um rigoroso controle de compactação em cada
espessura de solo espalhado para verificar se o tratamento da base está de acordo com o
projeto. Segue detalhamento na Figura 20.
67

Figura 20 - Detalhamento

Para as técnicas operacionais de construção e empacotamento e acomodação final dos


resíduos no Módulo de Aterramento deve-se utilizar o Método da Área, conforme conceitos já
mencionados.

3.10.2 Solda por Termofusão

Na instalação da geomembrana de PEAD, as emendas de cada rolo serão agrupadas


por fusão térmica, fusão está realizada através de máquina autopropulsora dotada de cunha
e/ou de sistema gerador de ar quente e com orientação do fabricante da geomembrana. A
solda é de linha dupla com um canal de pressurização, para verificação da sua estanqueidade.
O trespasse da geomembrana será de 10cm.
Algumas orientações deverão ser seguidas para a colocação da geomembrana:
 Deverão ser feitos trespasses entre os painéis, de 10cm nas soldas, por termo-
fusão;
 A geomembrana deverá ser instalada verticalmente no sentido da inclinação
do talude;
 Deverá ser observado para que ocorra o mínimo possível de rugas e
ondulações, mas com folga mínima, para que não fique tensionada ao dilatar
ou contrair;
 Deve ser efetuada ancoragem temporariamente com sacos de areia;
 As soldas verticais deverão estar na direção da inclinação do talude;
 Observar para que haja uma boa conexão de passagem da tubulação de
chorume, possuindo uma boa vedação através da geomembrana.
68

A geomembrana a ser instalada deve ter, no mínimo, as seguintes especificações


conforme apresentadas na Tabela 12.

Tabela 12 - Especificações técnicas da geomembrana


PROPRIEDADES UNIDADE VALOR

Espessura mm 2,0
Densidade g/cm3 0,94
Índice de Fluidez g/10 min 5 Kg 1
Resistência à tração no escoamento N/mm2 17
(méd.mín.)
Resistência à tração na ruptura (méd.mín.) N/mm2 53
Deformação no escoamento (méd.mín.) % 12
Deformação na ruptura (méd.mín.) % 700
Módulo de Elasticidade N/mm2 420
Dureza Shore D Din 53505 58
Estabilidade Dimensional % 1,5
Teor de Negro de Fumo % 2-3
Resistência Tenso Fissuramento Horas 5.000
Resistência ao Puncionamento N 250
-4
Coeficiente Dilatação Térmico Linear X10 cm/cm °C 1,8
Tempo Indução Oxidativa O2/1atm/200°C 140

3.10.3 Proteção Mecânica da Geomembrana

Para evitar qualquer dano à impermeabilização da base, a camada de


impermeabilização superior ou segunda camada, com espessura de 30 cm, deverá ser
assentada para proteção da geomembrana e deve ser construída com solo argiloso compactado
somente na área da base, deixando-se livre a geomembrana dos taludes. Deve-se evitar a
utilização de solo pedregoso para que algumas pedras presentes não exerçam uma ação
mecânica sobre a geomembrana e provoquem rompimentos. Esta segunda camada de argila
deverá ser compactada a 98%. Junto aos taludes a espessura da argila será maior para evitar
que a brita do colchão drenante entre em contato com a geomembrana.
69

3.10.4 Ancoragem da Geomembrana

Na parte de cima dos taludes a geomembrana deverá ter uma ancoragem para evitar
que haja deslizamentos e soltura. A ancoragem é feita em valas escavadas no solo, em
canaletas, abertas na superfície do terreno e com uma distância da borda do talude da vala de
1,0m; dependendo da inclinação e da altura do talude. As canaletas deverão medir 0,50m de
largura e 0,50 m de altura ao longo do seu comprimento de forma perimétrica nos taludes dos
módulos.

4 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM SUPERFICIAL

4.1 DRENAGEM SUPERFICIAL E AFASTAMENTO DAS ÁGUAS PLUVIAIS

Constituído do sistema de drenagem das áreas superficiais que tendam a escoar para a
área do aterro sanitário, bem como das águas que se precipitam diretamente sobre essa área. A
drenagem superficial se faz pelas linhas d’água naturais e pelo sistema formal construído que
deve estar em acordo com as características do relevo para permitir o escoamento das águas e
controle da erosão no terreno.
A drenagem ineficiente das águas de chuva poderá provocar maior infiltração nos
módulos, aumentando o volume de chorume gerado. Por isso, deve-se evitar ao máximo a
entrada de chuva na área dos módulos. Caso a drenagem interna e a impermeabilização da
base sejam mal feitas, poderá haver a contaminação do solo e das águas subterrâneas. Todos
os dispositivos de drenagem devem ser mantidos desobstruídos para impedir a entrada de
água no aterro, evitando a contaminação e maior volume de água.
Para aterros sanitários são propostos dois sistemas de drenagem: superficial e sub-
superfícial. O sistema de drenagem superficial tem como finalidade desviar as águas da bacia
de contribuição para fora da área do aterro, diminuindo o volume de líquido percolado durante
e após a execução do aterro, além de possibilitar a sua operação, inclusive em dias de chuva.
Este sistema prevê a construção de um sistema perimetral ao redor dos Módulos de
Aterramento, com a instalação de canaletas, que passaram por um sistema de escoamento,
através de escadas, que levaram para 4 caixas coletoras finais, dispostas nas dimensões da
célula, conforme detalhado em projeto, nos anexos.
70

Figura 21 - Drenagem superficial - Célula Ema

O mesmo sistema de construção anteriormente citados cabe para a Célula Espinilho.


Conforme projetos nos anexos.

Figura 22 - Drenagem superficial - Célula Espinilho


71

O sistema de drenagem sub-superficial visa coletar e conduzir os líquidos percolados


para uma unidade de tratamento, evitando o comprometimento do lençol freático; esse sistema
será constituído de estruturas drenantes com escoamento em meio poroso e é formado por
drenos horizontais, preenchidos com britas, com inclinação de fundo de no mínimo 2%.

4.2 Vazão de Pico

A partir da instalação pluvial, podem ser estimadas as vazões e as dimensões dos


elementos que compõem o sistema de micro drenagem (calhas, valas e canaletas). Estes
elementos manterão um nível de declividade mínimo de 2% para o escoamento das águas,
garantindo uma declividade mínima que permita uma velocidade mínima de 1m/s.
A vazão será dada pela seguinte fórmula:
Q = C × Im × A
Onde,
Q = vazão de pico em L/s;
C = coeficiente de escoamento superficial ou de deflúvio, função de características da
bacia (adimensional);
Im = intensidade média da precipitação em L/s/m2;
A = área total da bacia de drenagem em m2.

4.2.1 Dimensionamento de Valores da Vazão de Pico – Célula Ema

O coeficiente de escoamento superficial será adotado conforme o tipo e uso do solo.


Para o cálculo da vazão de projeto, utilizando-se o Método Suíço:
Q = C. i. A

Serão adotados os seguintes valores:


C = 0,45 (para áreas gramadas ou descobertas);
A = área total da bacia considerada, é a área de influência direta ao Módulo de
Aterramento, que será de A = 98.873,9m2.
Normalmente os valores de i (intensidade de precipitação) estão em torno de 0,025 a
0,040 L/s/m2. Será adotado i = 0,030 L/s/m2.
72

Cálculo da vazão (Q) para Célula Ema:


Q = 0,45 x 0,030 x 98.873,9
Q = 1.334,79 L/s ou 1,334 m3/s.

4.2.2 Dimensionamento de Valores da Vazão de Pico – Célula Espinilho (fase 2)

O coeficiente de escoamento superficial será adotado conforme o tipo e uso do solo.


Para o cálculo da vazão de projeto, utilizando-se o Método Suíço:

Q = C. i. A

Serão adotados os seguintes valores:


C = 0,45 (para áreas gramadas ou descobertas);
A = área total da bacia considerada, é a área de influência direta ao Módulo de
Aterramento, que será de A = 77.689,60m2.
Normalmente os valores de i (intensidade de precipitação) estão em torno de 0,025 a
0,040 L/sm2. Será adotado i = 0,030 L/s/m2 ou 126 mm/h.

Cálculo da vazão (Q) para Célula Espinilho:


Q = 0,45 x 0,030 x 77.689,6
Q = 1048,8 L/s ou 1,04 m3/s.

4.2.3 Dimensionamento das Calhas

De acordo com a NBR 8419, deve ser previsto sistema de drenagem das águas
superficiais que tendam a escoar para a área do aterro sanitário, bem como das águas que se
precipitam diretamente sobre essa área.
As calhas de condução das águas pluviais serão dimensionadas para atender os
critérios de velocidade máxima e mínima, considerando a declividade, o material, os
sedimentos transportados, entre outros.
O relacionamento entre os aterros sanitários e água, é sempre delicado. A presença de
água em excesso nos aterros, na construção pode impossibilitar a compactação e cobertura
dos resíduos ou, até impedir o acesso aos veículos que transportam os resíduos. Quando
73

encerrados, os aterros podem ter suas estruturas destruídas pelas erosões, caso não sejam
tomadas medidas preventivas.
Para o regime pluviométrico que acessará as Células Ema e Espinilho deve-se
considerar os seguintes tipos de águas pluviais:
 Águas que precipitam à montante das células de aterro escoamento através
desta;
 Águas que precipitam nas células de aterro durante período operacional igual
contaminação;
 Águas que precipitam sobre o aterro encerrado percolam através da massa de
resíduos;

O sistema de drenagem proposto, então, baseia-se nas seguintes premissas básicas:


 evitar que as águas das chuvas provoquem alagamentos nas vias locais ou
erosões na própria área e nas suas cercanias;
 coletar toda a vazão do chorume gerado nas células para encaminhá-lo até o
sistema de tratamento, evitando que esse chorume venha a provocar poluição
do solo ou do lençol freático local;

No topo do talude da camada final e na base dos taludes das demais camadas deverão
ser construídas linhas de drenagem para a captação das águas que escoam superficialmente.
Essas linhas de drenagem são constituídas por canaletas revestidas de meias-canas de
concreto, de 50cm de largura x 30 cm de profundidade, que captam e conduzem essas águas
para fora do aterro, através das suas laterais, Conforme exemplificado na Figura 23. Tendo
ainda 4 pontos de escoamento nas extremidades de cada Célula, construídas na forma de
caixas de concreto, com tubos de 60 cm de diâmetro, que conduziram através dessas caixas
coletoras, as águas para fora do aterro.
74

Figura 23 - Drenagem Superficial

A utilização de meias-canas de concreto é interessante porque nessas regiões não


podem ocorrer erosões em hipótese alguma, sob pena de terem-se as laterais do aterro
seriamente comprometidas. Como as meias canas não formam uma estrutura inteiramente
rígida, podem funcionar satisfatoriamente.
Para condução das águas pluviais, foi projetado um sistema constituído por peças pré-
moldadas em concreto, em forma de meia cana ou calha de fácil e rápida instalação. As calhas
em concreto ( = 0,50m) serão implantadas ao redor dos Módulos de Aterramento, na parte de
cima do talude e ao redor do aterro, numa disposição perimetral, respeitando-se a distância de
1,00m de todo o sistema de ancoragem da geomembrana, e considerando um afastamento de
50cm do sistema de reaterro, totalizando uma distância da borda de 1,50m, seguindo uma
declividade do terreno (1V:1H).
O sistema terá dois tipos de calhas:
a) aquelas que serão assentadas nas bernas superiores para evitar que as águas pluviais
entrem no aterro e possam aumentar a quantidade de chorume, e
b) aquelas que constituirão as valetas de proteção de aterro, as quais têm o objetivo de
interceptar as águas que escorrem pelo terreno a montante, impedindo-as de atingir o pé do
aterro.
O sistema de drenagem superficial será constituído por canaletas de concreto com
diâmetro de 0,50m. As canaletas, assentadas, serão escavadas manualmente, numa valeta com
largura de 0,50m de base e 0,30m de profundidade, contando do nível do terreno até a base da
escavação. O espaço entre a canaleta e o solo será preenchido por brita nº 0 (zero) com
cimentagem entre as peças das calhas. Se esta rede de drenagem cruzar vias de tráfego, a
seção deverá ser em tubos de concreto de 300mm e com cobertura também em concreto. Na
sequência os líquidos pluviais drenados passarão por caixas de passagem de concreto armado.
75

Podem ser observados os detalhamentos do sistema de Drenagem superficial das Células Ema
e Espinilho na Figura 24 e em mais detalhes, no projeto anexo.

Figura 24 - Detalhamento Sistema de Drenagem Superficial

4.3 DESCRIÇÃO DO SISTEMA DE DRENAGEM DE GASES

4.3.1 Drenagem dos Gases

O processo de geração de gases na massa de resíduos é um parâmetro que varia com as


características de cada aterro. Dentre as causas que afetam esta produção estão:
 quantidade de matéria orgânica presente;
 umidade e temperatura do lixo;
 dimensões dos módulos;
 densidade e fatores físico-químicos;
 ingresso de oxigênio, entre outros.

Nos RSU, que contém matéria orgânica biodegradável considerável (mais de 60 %, no


caso do Brasil), quando disposto no aterro sanitário, ocorre um intenso processo de digestão
anaeróbica, pela ação de microrganismos, gerando gases. Os principais são o metano (CH4,
acima de 55% do total), dióxido de carbono (CO2, acima de 30%), nitrogênio (N2), hidrogênio
(H2), Oxigênio (O2) e gás sulfídrico (H2S). Para cada tonelada de resíduos, são gerados em
média 200 N/m3 de gases. Dos produtos da decomposição o gás de aterro, o gás metano (CH4)
76

poderá ocasionar explosões, caso sua concentração na atmosfera seja superior a 5%. Torna-se,
portanto, necessária à sua drenagem.

4.3.2 Dimensionamento do Sistema de Drenos de Gases

Não existem para o dimensionamento de drenos de gás modelos de cálculos


comprovados, sendo construídos de forma empírica, prevalecendo o bom senso e experiência
do projetista.

4.3.3 Dimensionamento dos Drenos de Gases – Célula Ema

Para este módulo, adotaram-se drenos com raios de influência média de 60 m, entre si.
O sistema de drenos será efetivado, para uma maior eficiência do sistema, pela implantação
de 17 (dezessete) drenos, em toda extensão da Célula Ema. A Figura 25, representa o
detalhamento dos drenos de gases, referente a Célula Ema, sendo segmentados de forma
alinhada.
77

Figura 25 - Representação esquemática sistema de drenagem de gases Célula Ema

4.3.4 Dimensionamento dos Drenos de Gases – Célula Espinilho:

Para este módulo, adotou-se drenos com raios de influência média de 60 m, entre si. O
sistema de drenos será efetivado, para uma maior eficiência do sistema, pela implantação de
14 (quatorze) drenos, drenos, em toda extensão da Célula Ema. A Figura 26, representa o
detalhamento dos drenos de gases, referente a Célula Espinilho, sendo segmentados de forma
alinhada.
78

Figura 26 - Representação esquemática sistema de drenagem de gases Célula Espinilho

4.3.5 Descrição dos Elementos do Sistema de Drenagem dos Gases

O sistema de drenagem de gás é um sistema convencional de tubos perfurados,


colocados verticalmente desde a base do aterro até imediatamente abaixo da camada de
cobertura final. Esses drenos são construídos com a superposição de tubos de concretos ou
PVC ( = 12”) revestidos de brita nº 4. Conforme exemplificado na Figura 27.
79

Figura 27 - Saída para controlar movimentação de gás em aterro sanitário

Após a colocação dos tubos, em seu centro será colocado o tubo perfurado de concreto
ou PVC (12” de diâmetro), com altura de 3,5m sendo o espaço restante preenchido com brita
nº 4, na forma de “gaiola” considerando a espessura da camada de brita utilizada de
aproximadamente 50cm maior que o diâmetro interno do tubo.
A construção se faz com utilização de um tubo guia dentro do qual são colocadas as
britas n° 4, com o tubo sendo elevado à medida que se aumente a cota do aterro.
A “gaiola” de brita será fixada numa base de concreto sobre a base do Módulo de
Aterramento, anteriormente preparada, permitindo sua interligação física com brita e
aumentando sua eficiência, conforme apresentado na Figura 28.
80

Figura 28 - Drenos verticais para gases

A estrutura dos drenos de gases, construído de tubos de concreto ou PVC perfurados e


brita, estará disposta verticalmente desde o solo até a camada superior, de preferência sobre a
rede de drenagem do líquido percolado, e superposta à medida do enchimento do aterro.
O sistema de construção dos drenos verticais deverá ser o mais simples possível. O
princípio baseia-se na elevação da tubulação conforme o aumento de altura do módulo. Os
tubos de concreto ou de PVC perfurados serão apenas sobrepostos uns sobre os outros com
encaixe e perfurados conforme um plano de furos especificado para cada tubulação.
A principal proteção dos drenos constitui-se na camada de brita que os envolvem, com
o objetivo de não permitir o contato do lixo diretamente com o dreno (diminuição da
possibilidade de tamponamento dos orifícios), como também para facilitar o escoamento
vertical de percolado para o sistema de drenagem da base do módulo.
À medida que o dreno for sendo colocado (aumentado em sua altura), a camada de
brita (“gaiola”) que o envolve deverá ser reposta. Para facilitar a execução da mesma, deve-se
usar uma tela de aço galvanizado para confinamento das pedras, não permitindo a perda de
pedras para dentro da massa de lixo. A malha da tela deverá ser menor que 1½”, sendo
obrigatoriamente inferior ao diâmetro médio das brita.
81

5 SISTEMA DE DRENAGEM E REMOÇÃO DE PERCOLADO

5.1.1 Drenagem do Percolado

O processo da decomposição predominantemente anaeróbia em aterros sanitários gera,


como subproduto da atividade bacteriana, o chorume ou “sumeiro” (líquido negro, ácido e
desagradável). A produção desta substância é difícil de ser avaliada, pois ocorre em função do
teor de umidade encerrado na matéria orgânica.
Pode-se dizer seguramente que em aterros sanitários essa produção é normalmente
reduzida. O problema maior reside nas águas pluviais não desviadas da área do aterro, como
também na precipitação sobre o mesmo nos períodos de chuva prolongada. Estas águas
podem se infiltrar no aterro e, após atingirem o ponto de saturação da massa de lixo,
escorrerem arrastando o chorume e outros elementos prejudiciais, tanto para o lençol
subterrâneo como para as águas superficiais próximas do aterro.

5.1.2 Dimensionamento do Sistema de Drenagem do Percolado

Uma sistemática empírica para determinação da vazão de percolado é denominada


Método Suíço. Neste método, estima-se que uma certa porcentagem da precipitação infiltra
nos resíduos, atinge a camada de impermeabilização na base da plataforma e,
consequentemente, deve ser drenada. Esta porcentagem é, normalmente, estipulada em função
do peso específico dos resíduos dispostos no aterro e da experiência do projetista. O método
suíço considera como elementos principais a precipitação pluviométrica sobre a cobertura e o
grau de compactação dos resíduos. Para o cálculo da vazão do percolado nos Módulos de
Aterramento, utilizando-se o Método Suíço é dado pela equação:

Q = (P.S.K)/t

Onde:
Q = vazão de chorume (l/s),
P = chuva média (mm/ano),
S = área do aterro (m2),
K = coeficiente de compactação (tabelado),
t = tempo contido em um ano (365 d x 86400 s = 31.536.000s).
82

Dependente do grau de compactação dos RSU. Os valores são definidos segundo a


Tabela 13:

Tabela 13 - Valores de K para aplicação do Método Suíço


Tipo de Aterro Peso Específico do Lixo (ton/m³) K
Fracamente compactado 0,4 a 0,7 0,25 a 0,50
Fortemente compactado Acima de 0,7 0,15 a 0,25

Considerando uma precipitação média anual de 1.699mm/ano, conforme Tabela 14:

Tabela 14 - Climatologia São Borja/ RS

Como parâmetro de projeto o grau de compactação adotado é de 0,7t/m³. Portanto


tem-se para a Célula Ema:

a) A vazão (Q) do percolado dada por:


Q = (P.S.K)/t  Q = (1699 x 98.873,90 x 0,25) / 31.536.000)
Q = 1,33 L/s ou 133 m³/d
83

b) A velocidade (V) do percolado será dada por:


Q = V . A  V = Q/A  V = 133  98.873,90m2
 V = 1,33m/s

c) O diâmetro (D) dos Drenos será dado por:


Sendo Q = 1,08 x 10-4 m³/s
D2 = (4 x Q) / ( x V)  D = [(4 x 1,08 x 10-4) /( x 0,00133)]
D  0,1033m  100mm

Considerando a mesma precipitação média anterior e o mesmo grau de compactação,


tem-se para a Célula Espinilho:

a) A vazão (Q) do percolado dada por:


Q = (P.S.K) /t  Q = (1699 x 77.689,60 x 0,25) / 31.536.000)
Q = 1,04 L/s ou 104 m³/d

b) A velocidade (V) do percolado será dada por:


Q = V. A  V = Q/A  V = 104  77.689,60m2
 V = 1,32m/s

c) O diâmetro (D) dos Drenos será dado por:


Sendo Q = 0,080 x 10-3 m³/s
D2 = (4 x Q) / ( x V)  D = [(4 x 0,080x10-3) /( x 0,00132)]
D  0,0771m  100mm

5.1.3 Descrição dos Elementos do Sistema de Drenagem de Percolados

O sistema de drenagem do chorume nos Módulos de Aterramento, tanto na Célula


Ema quanto na Célula Espinilho, será constituído por tubos de drenagem, no formato
espinha de peixe, com um tubo coletor axial central, assentado na base, com inclinação de
2%.
A rede de drenagem será confeccionada em tubo de PEAD, corrugado, anelado e
flexível, fornecido em rolos dotado de aberturas para captação de águas infiltradas no solo,
84

destinando-se à drenagem, com 160mm de diâmetro, com comprimento total da tubulação,


perfazendo toda a extensão dos Módulos. A tubulação ficará 50% enterrada na argila de
proteção mecânica e 50% dentro da brita do colchão drenante.

5.1.4 Elementos do Sistema de Drenagem de Percolados – Célula Ema

A tubulação na Célula Ema, terá 16 (dezesseis) drenos secundários que se encontram


na parte central do módulo com o tubo principal com extensão de 370,12 de Sul a Norte. Cada
conjunto de drenos serão paralelos e espaçados entre si por uma média de 40,00m. Cada dreno
secundário terá um comprimento variável de mais ou menos 100,00m, com saída num ângulo
de 45°. Na Figura 29 encontra-se a, representando o esquema de drenagem na respectiva
Célula.

Figura 29 - Dimensionamento drenagem de percolados - Célula Ema


85

5.1.5 Elementos do Sistema de Drenagem de Percolados – Célula Espinilho

A tubulação na Célula Espinilho, terá 14 (quatorze) drenos secundários que se


encontram na parte central do módulo com o tubo principal com extensão de 318,21 de Sul a
Norte. Cada conjunto de drenos serão paralelos e espaçados entre si por uma média de
40,00m. Cada dreno secundário terá um comprimento variável de mais ou menos 85,00m,
com saída num ângulo de 45°. Na encontra-se a, representando o esquema de drenagem na
respectiva Célula. Na Figura 30 está à esquematização do sistema da Célula Espinilho.

Figura 30 - Dimensionamento de drenagem de percolado - Célula Espinilho

5.1.6 Colchão Drenante

O colchão drenante constitui-se numa camada de material permeável que conduz o


percolado produzido no aterro e será composto por uma ou mais camada deste material,
86

colocado em toda a extensão a ser drenada. A captação das águas do percolado no colchão
drenante deverá ser feita através de coletores. Este sistema será constituído de 20cm de brita
n° 2, colocada sobre a argila de proteção mecânica, sendo que sobre a tubulação de PEAD,
corrugado, do percolado será deixada uma espessura mínima de 20cm.
O colchão drenante será recoberto paulatinamente com uma camada de, no mínimo,
50cm de resíduos para a sua proteção frente ao futuro trânsito de máquinas.

5.1.7 Flange de Passagem

Será confeccionada em PEAD, com angulação de 60° em PEAD, corrugado, soldável


para tubo de PEAD de 160mm de diâmetro nominal.

5.1.8 Canalização do Percolado

Será efetuada externamente ao Aterro Sanitário até a Estação de Tratamento de


Efluentes - ETE e construído em tubos de PVC, com 100mm de diâmetro. A declividade da
tubulação será de 2% no sentido Nordeste/Sudoeste, junto à lateral das Células em direção a
ETE.
Recomenda-se que à medida que as camadas de resíduos forem formando as células
diárias, poderá ser necessária a construção de drenos internos horizontais e verticais, os quais
devem ser interligados para melhor eficiência na drenagem dos gases e chorume, gerados na
decomposição dos resíduos sólidos.

5.1.9 Sistema tratamento dos líquidos percolados

No aterro sanitário, deverá sempre ser previsto um sistema de coleta e tratamento dos
líquidos percolados, não sendo admissível sua descarga em cursos d'água, fora dos padrões
normalizados. Usualmente é composto de uma rede de valas sub superficiais, preenchidas
com material drenante (de forma tal que se evite sua colmatação ao longo do tempo) e
dispostas de forma difusa em toda a base do aterro, inclusive, se for o caso, ao longo dos seus
taludes intermediários, de modo a captar e conduzir para o sistema de tratamento, todos os
líquidos efluentes da massa de resíduos aterrados.
A coleta deverá ser realizada através de drenos com materiais inertes com tubos que
compõem o sistema de drenagem de percolado, os quais conduzirão os líquidos percolados
87

coletados até as caixas de passagem e conduzidas para o sistema de tratamento de efluentes já


edificadas.
O sistema de tratamento em operação consiste em um tratamento biológico dos
efluentes gerados (chorume) provenientes do aterro sanitário, sendo que a mesma será
totalmente cercada com tela e placas de identificação, drenagem pluvial e grama em todo seu
entorno para circulação, onde será construída 03 (lagoas), sendo:

 1ª lagoa: com área de 880,00m², sendo 22,00m de largura x 40,00m de


comprimento e 2,00m de profundidade, tendo uma capacidade de
armazenamento de 1.760,00 m³.
 2ª lagoa: com área de 880,00m², sendo 22,00m de largura x 40,00m de
comprimento com 2,00m de profundidade, tendo uma capacidade de
armazenamento de 1.760,00 m³.
 3ª lagoa: com área de 880,00 m², com 22,00m de largura x 40,00m de
comprimento e 2,00m de profundidade, tendo uma capacidade de
armazenamento de 1.760,00 m³.

Assim, as 03 (lagoas) terão no total uma capacidade de armazenamento de 5.280,00


m³.
Além das lagoas, será implantando um sistema de tratamento de lixiviados (chorume),
denominado, eletrólise, que se trata de uma tecnologia limpa a base de energia elétrica,
técnica versátil e de fácil operação. Ela é produzida por reações de oxidação e redução com a
dissolução anódica do material a ser aplicado como eletrodo e/ou a produção de hidróxidos
através da hidrólise da água promovendo a remoção dos poluentes por eletrocoagulação ou
eletrooxidação.
O efluente de aterro sanitário será tratado biologicamente para, após, passar pelo
sistema de eletrólise para remoção dos contaminantes remanescentes. Após isso, o efluente
tratado será enviado para fertirrigação.
O equipamento vai trabalhar com a capacidade de 50m³/dia, e podendo atingir no
total de 1500m³/mês de lixiviado tratado.
De acordo com Pessin (2003), o lixiviado, em decorrência de sua composição, é um
efluente de elevado potencial poluidor, por isso deve ser controlado e monitorado
constantemente. A caracterização do percolado é feita para verificar a eficiência do sistema
de tratamento de efluentes (BOSCOV, 2008).
88

Para as coletas de lixiviados podem ser utilizados os frascos de acondicionamento,


seguindo as orientações da NBR 9898/87 - Preservação e técnica de amostragem de efluentes
líquidos e corpos receptores. Também é seguida a determinação da FEPAM atendendo a
ABNT 15847/2010 – Amostra de monitoramento – Método de purga. O monitoramento dos
efluentes gerados no aterro sanitário estão sendo realizado conforme determinação da Licença
de Operação Nº 07243/2017.
As coletas de efluentes para as análises são realizadas com periodicidade trimestral,
até o 30º dia dos meses de novembro, fevereiro, maio, e agosto, laudos de análise do efluente
(lixiviado) bruto e após a última lagoa de tratamento, acompanhado da respectiva
interpretação, determinando os parâmetros: Temperatura, Condutividade Elétrica, pH, OD,
DBO5, DQO, Sólidos Suspensos, Sólidos Sedimentáveis, Coliformes Fecais, Coliformes
Totais, Nitrogênio Total, Nitrogênio Amoniacal, Fósforo Total, Ferro, Manganês, Magnésio,
Sódio, Potássio, Cloretos, Sulfatos, , Cádmio, Chumbo, Cromo, Mercúrio e Níquel.
Também deverá ser realizado e apresentado à FEPAM anualmente, até o mês de maio,
laudo de análises do efluente (lixiviado) bruto e tratado contemplando os seguintes
parâmetros: Turbidez, Óleos e Graxas, Nitratos, Nitritos, Sulfetos, Fosfato Total, Alumínio,
Arsênio, Boro, Bário, Manganês, Zinco, Cromo hexavalente e Cromo total;
A coleta será realizada atendendo os parâmetros da FEPAM, sendo as amostras
preservadas conforme determinação dos parâmetros a serem analisados, os mesmos após
coleta serão preservados, refrigerados e coletados de maneira segura (estéril) para posterior
encaminhamento para análise em laboratório credenciado junto a FEPAM.
Serão realizadas vistorias mensais e envio de relatório trimestral no que se referem às
condições das instalações da estação de tratamento de efluente, sendo verificados problemas
estruturais, condições da geomembrana encontram-se dentro das normalidades, percentual de
líquidos (efluentes) depositados e a necessidade de recirculação de efluentes.
Caso ocorra uma intempérie climática com precipitação pluviométrica fora da
normalidade, existe a opção e eventualmente é realizada a recirculação do efluente para cima
da célula do aterro em operação, onde ocorre o lançamento na superfície, ocorre a infiltração
no interior do aterro através da irrigação na forma de aspersão, para isso é utilizada uma
bomba com capacidade de 5.000,00 litro/hora.
89

5.2 CONTROLE GEOTÉCNICO

O monitoramento geotécnico apresentará a descrição das condições geotécnicas e do


aterro, decorrentes de inspeções realizadas in loco e da análise e interpretação dos dados
obtidos pela instrumentação instalada com o objetivo de medir a integridade do aterro. A fim
de facilitar a análise e para que se consiga um melhor entendimento do comportamento do
aterro, deverão ser analisadas como série histórica, sendo registradas também as
características das principais operações e eventos transcorridos.
Os trabalhos se darão através de inspeções de campo, que deverão ser realizadas
trimestralmente, realizadas por profissional capacitado como:
engenheiro/geotécnico/assistente técnico de operação ou encarregado operacional. Ao final
são preenchidos registros internos referentes à vistoria.
Primeiramente, será observado, o comportamento do maciço de resíduos, de forma
visual, verificando eventuais manifestações de problemas de ordem geotécnica ou anômalo
que possa levar a tais problemas, inspecionando taludes, bernas e elementos de drenagem. Os
possíveis problemas anômalos buscando nas vistorias envolvem:
 Fissuras, trincas, erosões nas camadas de cobertura/taludes; o que pode causar
a exposição de resíduos;
 Surgimento de lixiviado nas bernas ou taludes;
 Danos nos elementos de drenagem de águas pluviais instalados no maciço;
 Conservação dos elementos de medição (marcos superficiais).

O procedimento interno especifico para o monitoramento geotécnico do


empreendimento deverá estabelecer que, constatados quaisquer comportamentos considerados
anômalos no maciço de resíduos, os mesmos serão registrados por meio de fotografias e
escrita pelo responsável. Sendo que, imediatamente se providenciará junto a equipe de
operação/manutenção as adequações necessárias, garantindo a segurança do empreendimento.

5.3 LEITURA E INTERPRETAÇÃO DOS MARCOS SUPERFICIAIS

Deverão ser instalados marcos superficiais, os quais ficarão disponíveis para


monitoramento dos deslocamentos do maciço de resíduos.
90

O procedimento geral de análise das leituras topográficas dos marcos superficiais


consiste basicamente na determinação de:
 Deslocamentos verticais (acumulados, parciais, velocidades);
 Deslocamentos horizontais (acumulados, parciais, velocidades);
 Avaliação da tendência da condição de estabilidade do talude, em função da
direção resultante dos vetores de deslocamento vertical x descolamento
horizontal.

As posições espaciais dos marcos superficiais, instalados fora do maciço, serão


monitorados trimestralmente, com leituras realizadas através de aparelhos topográficos,
medindo assim, as coordenadas geográficas (Norte, Este e cota) de cada marco.
Posteriormente as leituras geradas, serão registradas em planilhas, sendo assim, calculados os
possíveis deslocamentos e recalques, tanto horizontais quanto verticais, bem como os ângulos.
Serão levados em consideração como critérios de segurança, os parâmetros apresentados na
Tabela 15.

Tabela 15 - Critérios de segurança Taludes


CRITÉRIOS VEL. DE DESLOCAMENTO
HORIZ. E VERT.
Aceitável Menor que 2,5 cm/dia
Intervenções localizadas Entre 2,5 cm/dia e 1,5m/dia
Paralização imediata das operações Entre 1,5m/ dia e 0,3m/h
Acionamento da defesa civil Maior que 0,3m/h

Os deslocamentos verticais deverão ser analisados com maior cuidado de forma a não
confundir adensamento do maciço de lixo com movimentos anômalos.

5.4 ESTUDO DE ESTABILIDADE DOS TALUDES

O estudo de estabilidade deverá ser realizado trimestralmente ou de acordo com


definição do órgão ambiental, utilizando-se os dados coletados e o levantamento topográfico.
O estudo de estabilidade dos taludes é feito a partir da avaliação do fator de segurança,
que visa caracterizar o risco de ruptura instantânea através do conceito de equilíbrio limite,
quando as tensões atuantes se igualem á resistência do solo. Esta avaliação é de suma
91

importância para avaliar a estabilidade de aterros sanitários, de modo a impedir ou alertar


sobre possíveis rupturas dos mesmos.

6 PLANO DE EMERGÊNCIA

A seguir serão esplanadas algumas condições adversas que podem ocorrer no Aterro
Sanitário, porém que foram tomadas atenção e precauções no presente memorial técnico
descritivo, memorial de cálculo e projeto, analisadas por cada responsável da equipe, para que
não venham a acontecer. Entretanto caso alguma adversidade ainda assim ocorra, seguem
algumas medidas para adotar-se.

6.1 ÉPOCAS CHUVOSAS

Indica-se principalmente no período chuvoso, ter um estoque de material de cobertura,


de material granular para dreno e de cascalho para possíveis reparos. A Tabela 16 segue como
exemplo de problemas e soluções.

Tabela 16 - Problemas x Soluções / Chuva

6.2 INCÊNDIOS

O combate a incêndios se inicia na prevenção. Elementos inflamáveis (madeira,


combustíveis, papéis, etc.) devem ser mantidos afastados dos que geram calor (cigarros
acesos, lâmpadas, chamas de maçaricos, entre outros).
Não surtindo efeito nas medidas de prevenção, algum acidente pode provocar um
início de incêndio. Mas, antes de combatê-lo, deve-se:
 desligar a entrada de força,
92

 ligar a emergência,
 evacuar a área.
Um bom controle da drenagem dos gases e da sua queima garante também a segurança
do aterro sanitário.
É preciso também, antes da tomada de demais atitudes, identificar o tipo de incêndio
para escolher o equipamento correto, pois um erro na escolha pode piorar a situação. Para
isso, segue-se a Tabela 17.

Tabela 17 - Tomada de Medidas

O empreendimento deve ainda, possuir caixa de primeiros socorros, com o mínimo


necessário de materiais adequados, e realizar treinamentos periódicos com seus
colaboradores.

7 DIAGNÓSTICO AMBIENTAL

O presente diagnóstico ambiental visa atender as condicionantes correspondentes ao


Laudo Geológico, abordando as principais características geológicas, geotécnicas, estruturais,
93

geomorfológicas e hidrogeológicas da área destinada à construção das novas células do Aterro


Sanitário de resíduos sólidos urbanos, através de sondagens geotécnicas e teste de
permeabilidade realizados no local.
O referido Laudo Geológico está vinculado a ART N°: 10679116.

7.1 LOCALIZAÇÃO

A área em questão refere-se ao empreendimento de PGR ATERRO SANITÁRIO E


TRATAMENTO DE RESÍDUOS a qual se destina a construção das células do Aterro
Sanitário, localizado na Rodovia BR 287 KM 532 S/N, no município de São Borja RS.
Pertencente a região da fronteira do estado do Rio Grande do Sul.
Foi utilizado como cartas bases as folhas de levantamento do DSG (Diretório de
Serviço Geográfico) do Exército Brasileiro, em escala 1:50.000 que permitiram a definição do
uso e ocupação do município.

Figura 31 - Mapa Cartográfico


94

Figura 32 - Mapa com dados de drenagem, curvas de nível, e rodovias do município de


São Borja – RS

Fonte: UFSM – Universidade Federal de Santa Maria

A visualização da área em estudo pode ser observada nas figuras a seguir feito através
dos equipamentos Google Earth e usamos Drones para melhor coleta de informações, e área
situada nas coordenadas geográficas:

Figura 33 - Coordenadas Geográficas da área em estudo

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).


95

Figura 34 - Área a ser licenciada

Fonte: Google Earth (2019).

Figura 35 - Área a ser licenciada em alta definição.

Fonte: Elaborado pelo autor (2019).


96

7.2 HIDROLOGIA REGIONAL

Quanto aos recursos hídricos superficiais o empreendimento localiza-se nos domínios


da Bacia Hidrográfica do Uruguai, Sub-bacia Hidrográfica dos Rios Butuí – Piratinim -
Icamaquã.
O município de São Borja apresenta uma hidrografia diversificada com a presença de
açudes, barragens, banhados, nascentes de sangas e arroios que formam a rede de drenagem.
O empreendimento localiza-se em uma área das Sub-Bacias de Arroios com Afluentes
diretos do Rio Uruguai, apresentando em conjunto com os demais afluentes diretos do Rio
Uruguai, uma área de 1.259,3 km² e estão localizados ao norte e centro-oeste do município.
Os arroios de maior ordem de drenagem são Sanga do Lagoão, da Estiva, do Matadouro, do
Padre e Grande de 3ª ordem e pelos arroios do Salso (4ª ordem) e os Arroios Urucutaí e Santa
Luzia (5ª ordem).
As Figura 36 e Figura 37, apresentam as Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul e
o Mapa de Bacias Hidrográficas de São Borja, respectivamente.

Figura 36 - Bacias e Sub-Bacias Hidrográficas do Rio Grande do Sul

Fonte: SEMA (2002).


97

Figura 37 - Mapa de Bacias Hidrográficas de São Borja

Fonte: Atlas Geoambiental de São Borja (2007).

Os açudes e barragens são áreas onde ocorre o represamento das águas,


principalmente, das cabeceiras de drenagem, apresentam uma área total de 82,35 km² e estão
localizados de forma dispersa pela área do município, sendo que ao sul aparecem em maior
quantidade. Os canais da rede de drenagem são constituídos pelos arroios, sangas e restingas
que totalizam uma extensão de 3.451,6 km com uma elevada quantidade de nascentes. Os
banhados são porções de terras baixas inundadas pelos rios e arroios totalizando uma área de
482,66 km². Os banhados se apresentam bastante drenados pelas atividades de lavouras.

7.3 DESCRIÇÃO GEOLÓGICA

A geologia do município de São Borja está apresentada por rochas pertencentes à


Bacia do Paraná e a depósitos recentes associados aos rios e arroios da região.
Depósitos da Bacia do Paraná: A Bacia do Paraná representa uma vasta região
constituída predominantemente de rochas sedimentares e sequência de rochas vulcânicas.
Dentro de seus limites, alojam-se porções territoriais do Brasil meridional, Paraguai oriental,
nordeste da Argentina e norte do Uruguai, numa área total que se aproxima de 1.500.000 km²,
conforme pode-se visualizar na Figura 38.
98

Figura 38 - Mapa da Área da Bacia do Paraná

Fonte: Modificado de Milani (1997).

A Bacia do Paraná é conhecida como Bacia Intracratônica, por sua posição no interior
do continente.
O conjunto de rochas da bacia têm idade de 450 milhões de anos, final do Paleozóico,
a 60 milhões de anos, final do Mesozóico. Na região de São Borja, as rochas da Bacia do
Paraná aflorantes representam um período entre aproximadamente 170 milhões a 120 milhões
de anos, ou seja, da Era Mesozóica entre o Período do Jurássico Superior ao Cretáceo.
A sequência de base, aflorante em pequena área nas nascentes do arroio Putiã, região
sudoeste do município, está representada por arenitos médios a conglomeráticos, com
estratificações cruzadas acanaladas e plano-paralelas, depositadas por um sistema fluvial
entrelaçado, correspondendo estratigraficamente a Formação Guará.
Sobrepostos ocorrem afloramentos, na região leste do município, de arenitos com
origem eólica, representando grandes dunas de um ambiente desértico.
O topo da sequência de rochas, amplamente dominante no município, está
representado por derrames vulcânicos, pelo menos 2 derrames. A origem está relacionada
com a ruptura do continente Gondwana, que se apresenta associado no tempo e no espaço
com extensos e espessos pacotes de lava de natureza básica loteítica, os quais constituem o
chamado vulcanismo de platô. Em algumas províncias de grande expressão areal e
volumétrica, os estudos demonstram que a quase totalidade dos derrames é extravasada em
menos de 10Ma, o que é um tempo muito curto se considerado o volume de lava envolvido.
99

Esse panorama magmático complexo é registrado em sua totalidade no território do


Rio Grande do Sul, onde mais da metade da área do Estado, na região setentrional, é revoberta
por uma pilha vulcânica de derrames basálticos sobrepostos ou intercalados com unidades
ácidas, que constituem a Formação Serra Geral da Bacia do Paraná.
Estruturação de um derrame: A estruturação interna de um derrame de lava é formada
de quatro partes ou zonas, que de acordo com a velocidade de resfriamento se dispõem de
forma distinta. A base de um derrame é constituída de um material vítreo, formado a partir do
rápido resfriamento da lava em contato com superfície fria. Por sobre a base vítrea, forma-se
uma camada de basaltos microcristalinos, que se dispõem de forma horizontal, formando uma
espécie de grandes chapas devido às diaclases horizontais. Nesta zona pode ocorrer a
formação de vesículas mais alongadas horizontalmente, porém, são em pequeno número. No
centro do duto/canal de lava, as diaclases são verticais, constituídas de um basalto mais
grosseiro. Essa disposição vertical se deve a seu lento resfriamento.
No topo do derrame, forma-se a zona vesicular, que é uma faixa caracterizada pela
presença de vesículas e amigdalas. Estas vesículas se formam porque as fases gasosas do
magma não conseguem escapar por causa do rápido resfriamento da lava. Podem aparecer sob
formas e tamanhos diferentes e podem estar preenchidas por zeólita, ágata, cristais de rocha e
ametista. As ametistas que são gemas importantes no Estado ocorrem, principalmente, nesta
porção do derrame.
A faixa vesicular e a de diaclase horizontal são mais frágeis quando se trata de
decomposição, isso porque retém maior quantidade de água. Por este motivo, é nestas zonas
que afloram as fontes de água e se desenvolvem as vegetações.
O pacote vulcânico da Bacia do Paraná no Rio Grande do Sul representa até o presente
momento a unidade litoestratigráfica com maior importância econômica para o Estado pelas
rochas como pétreo na construção civil.
Depósitos Recentes: Os sedimentos depositados pelos rios e arroios são classificados
como de canal, e de transbordamento. Os depósitos de canal correspondem a seixos, cascalhos
ou areia depositados no leito do rio. Os depósitos de transbordamento se formam em períodos
de cheias e correspondem aos diques marginais e planícies de inundação. Os depósitos de
dique marginal são arenosos e formam pequenas elevações que seguem o canal. Hoje estão
muito degradados devido a retirada da vegetação ciliar. Os depósitos da planície de inundação
correspondem as frações silte/argila e são comumente utilizados para a fabricação de tijolos.
Outro tipo de depósito está representado por terraços fluviais. As mudanças climáticas
ocorridas durante o Quaternário influenciaram decisivamente na mudanças hifrodinâmicas de
100

sistema fluvial, devido à implicação no revestimento vegetal e na distribuição das chuvas. A


passagem do cima semi-árido para úmido provoca aumento da descarga concomitante com o
aumento da vegetação. Dessa forma, as vertentes tendem a estabilizar-se e os cursos d’água
passam a encaixar-se. O fundo do vale sofre erosão até o reestabelicimento de um novo
equilíbrio.
Os cascalheiros constituem em grande parte a estrutura fundamental dos terraços
fluviais encontrados ao longo do rio Uruguai.
Conforme é possível verificar na Figura 39, na área do empreendimento ocorre o 3º
derrame constituído por rocha Vulcânica Brechóide.

Figura 39 - Mapa Geológico de São Borja

Fonte: Atlas Geoambiental de São Borja (2007).

7.4 DESCRIÇÃO GEOTÉCNICA

Para a avaliação geotécnica foi considerada a geomorfologia da área em estudo que


localiza-se no Domínio Morfoestrutural Bacias e Coberturas Sedimentares, Região
Geomorfológica Planalto da Campanha, Unidade Geomorfológica Planalto de Uruguaiana
(Nível Alto), Figura 40.
101

Figura 40 - Geomorfologia São Borja

Fonte: Modificado de IBGE (2003).

As altitudes no município de São Borja aumentam de Oeste para Leste. Na porção


norte, as maiores altitudes estão ao redor de 120 metros com ponto cotado atingindo 143
metros, no divisor do Arroio Amânoa. Na porção centro-leste, as altitudes são em torno de
140 metros e no extremo leste as altitudes chegam a 200 metros. O ponto mais elevado no
município de São Borja encontra-se no extremo sudeste, junto ao divisor do Arroio Putiã, na
localidade conhecida como Matos do Paredão, com altitude de 255 metros. Na porção
sudoeste, ocorrem as menores altitude, junto ao rio Uruguai, com valores ao redor de 50
metros.
Na área do empreendimento a declividade está entre 2% e 5% sendo classificada como
relevo brando.
102

Figura 41 - Relevo na Área do Empreendimento

Fonte: Autor (2020).

7.5 DESCRIÇÃO HIDROGEOLÓGICA

A área do estudo faz parte do Sistema Aquífero Serra Geral II. Este sistema aquífero
ocupa a parte oeste do Estado, os limites das rochas vulcânicas com o rio Uruguai e as
litologias gonduânicas além da extensa área nordeste do planalto associada com os derrames
da Unidade Hidroestratigráfica Serra Geral. Suas litologias são predominantemente riolitos,
riodacitos e em menor proporção, basaltos fraturados. A capacidade específica é inferior a 0,5
m³/h/m, entretanto, excepcionalmente em áreas mais fraturadas ou com arenitos na base do
sistema, podem ser encontrados valores superiores a 2 m³/h/m. As salinidades apresentam
valores baixos, geralmente inferiores a 250 mg/l. Valores maiores de pH, salinidade e teores
de sódio podem ser encontrados nas áreas influenciadas por descargas ascendentes do Sistema
Aquífero Guarani.
A Figura 42, apresenta o Mapa Hidrogeológico do Estado do Rio Grande do Sul. O
município de São Borja localiza-se na mesorregião Sudoeste Rio-Grandense onde ocorre o
aquífero Sistema Aquífero Serra Geral II.
103

Figura 42 - Mapa Hidrogeológico do Estado do Rio Grande do Sul

Fonte: CPRM (2005).

Para a análise das classes de vulnerabilidade do aquífero utilizou-se o método “GOD”


proposto por FORTER & HIRATA (1988). Esse método considera a avaliação de três
parâmetros referentes à capacidade de atenuação e inacessibilidade hidráulica dos poluentes:
A) Tipo de ocorrência da água subterrânea (G), onde os valores são obtidos dentro
de um intervalo de 0 a 1.
Valor obtido para aquífero livre (coberto): 0,6.
B) Classificação dos estrados acima da zona saturada do aquífero em termos do
grau de consolidação e caráter litológico (O), esta propriedade conduzirá a um segundo ponto
na escala de 0,4 a 1,0.
Valor obtido para rochas ígneas: 0,6.
C) Determinação da profundidade do nível freático (D), que definirá o terceiro
ponto, na escala de 0,4 a 1,0.
Valor obtido para profundidade do lençol freático 5 - 20 m: 0,8.
A Figura 43, a seguir representa o diagrama explicativo da metodologia “GOD”:
104

Figura 43 - Diagrama explicativo da metodologia “GOD”

Fonte: Foster (1993).

Após a pontuação das três etapas acima é feito o produto dos valores obtendo-se a(s)
classe(s) de vulnerabilidade do aquífero, esses que deverão ser classificados de acordo com os
seguintes intervalos de significância representados na Tabela 18:

Tabela 18 - Classes de Vulnerabilidade dos Aquíferos

Fonte: Modificada de Hirata (2001).

Assim sendo a vulnerabilidade ao aquífero = AxBxC = 0,6x0,6x0,8 = 0,288 foi


considerada baixa.
Para identificar os possíveis pontos de captação de água subterrânea no entorno da
área do empreendimento recorreu-se ao SIOUT RS – Sistema de Outorga de Água do Rio
Grande do Sul na página eletrônica www.siout.rs.gov.br. Através do SIG SIOUT – Sistema de
105

Informações Geográficas foi possível verificar a ocorrência de poços para captação de água
subterrânea com cadastro no sistema. No entanto, em um raio de 500 m entorno da área do
empreendimento, não foi identificado nenhum ponto de captação de água subterrânea através
de um poço tubular profundo, Figura 44.

Figura 44 - Ausência de Pontos de Captação de Água Subterrânea Entorno da Área do


Empreendimento

Fonte: SIOUT (2020).

7.6 DESCRIÇÃO PEDOLÓGICA

O levantamento pedológico realizado na região do empreendimento foi elaborado a


partir de revisão bibliográfica, tomando-se como base o Sistema Brasileiro de Classificação
de Solos (EMBRAPA, 1999) e o Levantamento de Reconhecimento de Solos do Rio Grande
do Sul (BRASIL, 1973), sendo realizada posteriormente investigação a campo para
confirmação dos dados.
No decorrer do levantamento procurou-se identificar os tipos de solos ocorrentes. As
análises a campo foram realizadas conforme metodologia proposta no Manual de Descrição e
Coleta de Solo no Campo, atentando para parâmetros tais como textura, estrutura, cor,
plasticidade, serosidade, etc., ou seja, das propriedades essenciais utilizadas em classificação
de solos.
Após a conclusão dos trabalhos de campo, efetuou-se a descrição dos tipos de solos
identificados, caracterizando-os com base no Sistema Brasileiro de Classificação de Solos
(Embrapa, 1999) e Levantamento de Reconhecimento de Solos do Rio Grande do Sul (Brasil,
1973) e Solos do Rio Grande do Sul, EMATER (2ª edição revisada e ampliada 2008).
106

Na região em estudo, verifica-se a ocorrência de associação de solos Nitossolo


Vermelho e Luvissolo Háplico.
Para determinação das características do solo encontrado na área proposta para
implantação do aterro sanitário, foram utilizados os dados dos Ensaios de Mecânica dos Solos
realizados com as amostras coletadas através das 13 sondagens realizadas na área do
empreendimento; conforme segue:
A matriz destes solos como um todo, apresenta-se granular com mais de 50% retido na
peneira número 40 e menos que 10% passando na peneira número 200, tratando-se mais
especificamente de Areias pedregulhosas com siltes. A expectativa do comportamento desta
matriz granular areno-pedregulhosa com silte é de regular trabalhabilidade como material de
construção, semi-impermeáveis à impermeáveis, boaresistência compactada e saturada,
compressibilidade pequena, médio valor como fundação e excelente drenagem. Quanto a
parte fina da matriz que não é predominante, em média comporta-se para Casa Grande, como
uma argila de baixa compressibilidade (CL) e media plasticidade, com Limite de Liquidez =
39%; Limite de Plasticidade = 25%; Índice de Plasticidade = 14%; e desta fração pode-se
esperar, resistência e compressibilidade medias e um mau comportamento como fundação.
Sendo assim, por se tratarem de areias pedregulhosas com siltes, ressalta-se que os resultados
dos limites de Atterberg, são representativos apenas da parte fina, que não é predominante no
material (Fonte: PAVIBRAS EMPREENDIMENTOS EIRELI – ME - 2020). Na sequência, a
Figura 45, apresenta o tipo de solo que ocorre no local.
107

Figura 45 - Tipo de Solo que Ocorre no Local do Empreendimento

Fonte: Autor (2020).

7.7 LIMITES DE ATTERBERG

Os Limites de Atterberg foram determinados através de ensaios de mecânica dos solos


realizados através da coleta de amostras das 13 sondagens realizadas na área do estudo.
Observando os dados médios obtidos (Tabela 19), para a parte fina dos solos, pode-se
afirmar que os valores representativos médios dos solos estudados são: Limite de Liquidez =
39%; Limite de Plasticidade = 25%; Índice de Plasticidade = 14%; Classificação
granulometria por peneiramento =Areias pedregulhosas com siltes; Análise da parte fina –
Ábaco de Casa Grande – CL.
108

Tabela 19 - Tratamento Estatístico dos Dados

Fonte: PAVIBRAS EMPREENDIMENTOS EIRELI – ME (2020).

Os dados completos dos ensaios de mecânica dos solos para determinação dos Limites
de Atterberg podem ser visualizados no Relatório Experimental de Engenharia contido nos
anexos.

7.8 PERFIS DAS SONDAGENS

Para verificar a espessura da camada de solo, colher amostra para os ensaios de


mecânica dos solos, determinar a profundidade do lençol freático e a profundidade de
ocorrência de rocha, foram realizadas 13 sondagens na área proposta para implantação do
aterro sanitário, através da utilização de uma perfuratriz rotativa (Figuras 46 a 60).
Na Figura 46, estão locados os pontos que correspondem às sondagens realizadas para
determinação do perfil do solo. As perfurações/sondagens foram realizadas a seco.
109

Figura 46 - Localização dos Pontos de Sondagens

Fonte: Google Earth (2020).

Figura 47 - Equipamento Utilizado para Perfuração das Sondagens

Fonte: Autor (2020).


110

7.8.1 Sondagem 1

Figura 48 - Sondagem 1

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 1 – Coordenadas: 28°46'09.94"S ; 55°52'05.68"O.


Altitude: 87 m
Profundidade: 2,20 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 2,20 m.
Rocha - 2,20 m.
111

7.8.2 Sondagem 2

Figura 49 - Sondagem 2

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 2 – Coordenadas: 28°46'08.30"S ; 55°51'54.26"O.


Altitude: 87 m
Profundidade: 3,20 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 3,20 m.
Rocha - 3,20 m.
112

7.8.3 Sondagem 3

Figura 50 - Sondagem 3

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 3 – Coordenadas: 28°46'07.47"S ; 55°51'42.98"O.


Altitude: 88 m
Profundidade: 3,5 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 3,5 m.
Rocha - 3,5 m.
113

7.8.4 Sondagem 4

Figura 51 - Sondagem 4

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 4 – Coordenadas: 28°46'05.08"S ; 55°51'44.89"O.


Altitude: 87 m
Profundidade: 2,20 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 2,20 m.
Rocha - 2,20 m.
114

7.8.5 Sondagem 5

Figura 52 - Sondagem 5

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 5 – Coordenadas: 28°46'02.84"S ; 55°51'50.86"O.


Altitude: 85 m
Profundidade: 2,70 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 2,70 m.
Rocha - 2,70 m.
115

7.8.6 Sondagem 6

Figura 53 - Sondagem 6

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 6 – Coordenadas: 28°45'59.65"S ; 55°51'48.52"O.


Altitude: 84 m
Profundidade: 2,70 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 2,70 m.
Rocha - 2,70 m.
116

7.8.7 Sondagem 7

Figura 54 - Sondagem 7

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 7 – Coordenadas: 28°45'56.84"S ; 55°51'50.56"O.


Altitude: 84 m
Profundidade: 2,00 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 2,00 m.
Rocha - 2,00 m.
117

7.8.8 Sondagem 8

Figura 55 - Sondagem 8

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 8 – Coordenadas: 28°45'58.52"S ; 55°51'55.80"O.


Altitude: 83 m
Profundidade: 1,80 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 1,80 m.
Rocha - 1,80 m.
118

7.8.9 Sondagem 9

Figura 56 - Sondagem 9

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 9 – Coordenadas: 28°45'59.72"S ; 55°52'01.71"O.


Altitude: 81 m
Profundidade: 1,30 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 1,30 m.
Rocha - 1,30 m.
119

7.8.10 Sondagem 10

Figura 57 - Sondagem 10

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 10 – Coordenadas: 28°46'00.76"S ; 55°52'05.61"O.


Altitude: 83 m
Profundidade: 2,50 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 2,50 m.
Rocha - 2,50 m.
120

7.8.11 Sondagem 11

Figura 58 - Sondagem 11

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 11 – Coordenadas: 28°46'02.12"S ; 55°52'10.64"O.


Altitude: 83 m
Profundidade: 2,10 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 2,10 m.
Rocha - 2,10 m.
121

7.8.12 Sondagem 12

Figura 59 - Sondagem 12

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 12 – Coordenadas: 28°46'04.72"S ; 55°52'04.68"O.


Altitude: 84 m
Profundidade: 1,90 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 1,90 m.
Rocha - 1,90 m.
122

7.8.13 Sondagem 13

Figura 60 - Sondagem 13

Fonte: Autor (2020).

Sondagem 13 – Coordenadas: 28°46'04.10"S ; 55°51'56.89"O.


Altitude: 85 m
Profundidade: 3,00 m
Altura do Nível Freático: O lençol freático não foi interceptado até a profundidade
investigada.
Camadas Interceptadas: Solo - De 0,0 a 3,00 m.
Rocha - 3,00 m.

As Figura 61 e Figura 62 ilustram a realização das sondagens na área de estudo.


123

Figura 61 - Execução das Sondagens Realizadas na Área do Estudo

Fonte: Autor (2020).

Figura 62 - Execução das Sondagens Realizadas na Área do Estudo

Fonte: Autor (2020).


124

7.9 MAPA EQUIPOTENCIOMÉTRICO

Este item tem como finalidade a elaboração do mapa equipotenciométrico definindo o


fluxo e dinâmica das águas subterrâneas na área proposta para implantação de um aterro
sanitário no interior do município de São Borja.
Considerando que as 13 sondagens realizadas na área do estudo atingiram a camada de
rocha sem interceptar o lençol freático, obteve-se o sentido do fluxo da água subterrânea
através da determinação da superfície equipotenciométrico de 8 poços tubulares profundos
localizados em um raio de 10.000 m entorno da área do empreendimento, medindo-se os
níveis de água dos poços e correlacionando-os com as cotas altimétricas acima do nível do
mar.
Os dados dos 8 poços, necessários para a confecção do mapa equipotenciométrico
foram extraídos do SIAGAS (Sistema de Informações de Águas Subterrâneas) na página
eletrônica www.cprm.gov.br onde se encontra uma base de dados, sendo como produto, um
cadastro de poços para água subterrânea no Brasil (SIAGAS). Conforme tabela abaixo.

Tabela 20 - Dados dos Poços


Poço Longitude (m E) Latitude (m S) SUP. POT. (m)

4300008918 620118 6814855 111,90

4300009512 620003 6814820 95,00

4300009511 619735 6815401 87,90

4300026207 616014 6818039 112,50

4300008920 612773 6813512 113,00

4300009703 606177 6813197 94,00

4300008903 604618 6824950 94,00

4300008943 603537 6812665 100,40

Fonte: SIAGAS (2020).

Os dados obtidos foram agrupados no programa Microsoft Excel. Posteriormente estes


dados foram transferidos paro o programa Surfer 17, onde foi possível gerar o mapa
equipotenciométrico.
125

Figura 63 - Mapa Equipotenciométrico

Fonte: Surfer 17 (2020).

Figura 64 - Sentido do Fluxo das Águas Subterrâneas

Fonte: Surfer 17 (2020).


126

Através do mapa equipotenciométrico, foi possível verificar que o fluxo da água


subterrânea na área do aterro sanitário segue o sentido L - O.
A Figura 65, contém a localização dos poços tubulares profundos utilizados como
referência para elaboração do mapa equipotenciométrico.

Figura 65 - Localização dos Poços Utilizados para Elaboração do Mapa


Equipotenciométrico

Fonte: Autor (2020).

7.10 CONCLUSÕES LAUDO GEOLÓGICO

Considerando que, em relação ao meio físico:

 A área é estruturalmente estável, não sujeita a instabilidades geotécnicas como


desmoronamentos, deslizamentos e subsidências;
 As declividades da área situam-se entre 2% (1,14º) e 20% (11,30º);
 O lençol freático não foi interceptado pelas 13 sondagens realizadas na área;
 A expectativa do comportamento do solo é de semi-impermeável à impermeável.
Conclui-se este laudo técnico geológico de avaliação com um posicionamento
favorável a implantação do empreendimento na área proposta. Contanto que:
 Seja mantida a distância de 2 metros entre a base da célula do aterro e o nível da água
do lençol freático;
127

 Sejam respeitadas as APPs - Áreas de Preservação Permanente conforme disposto no


Art. 4º da Lei Federal 12.651, de 25 de maio de 2012 e do Art. 155 da Lei Estadual
11.520, de 03 de agosto de 2000.

8 LAUDO DE DETERMINAÇÃO DO EXCEDENTE HÍDRICO

O excedente hídrico foi calculado através de um aplicativo disponível no site do


INMET (Instituto Nacional de Meteorologia), o aplicativo desenvolve o Balanço Hídrico pelo
método de Thornthwaite, oferecendo o valor do Excedente Hídrico, entre outros parâmetros,
para qualquer ponto do território nacional.
Os valores são previamente calculados para pontos de uma grade com espaçamento de
0,5 graus (aproximadamente 55 km) utilizando series de valores mensais de chuva e
temperatura, obtidos por análises gradeadas realizadas pela Universidade de Delaware, que
utilizam dados climáticos de diversas fontes, incluindo a rede de estações meteorológicas do
INMET. O aplicativo, quando acionando para uma dada localidade no território nacional,
busca os valores associados ao ponto da grade mais próximo aquela localidade.
A base de dados climatológicos utilizada refere-se a um período de 47 anos (1961 a
2008). O excedente hídrico é calculado para cada um desses anos, obtendo-se uma
distribuição estatística de valores. O valor de excedente hídrico informado corresponde ao
percentil de 75%, isto é um valor que, com 75% de chance, não será ultrapassado pelo
excedente anual observado na localidade em questão.
Os parâmetros adotados para cálculos são os seguintes:
 Declividade do solo local, adotados os 7% indicados na NBR 15849/2010 para
cobertura do aterro;
 Cobertura vegetal, adotada como pastagem (gramíneas);
 Capacidade de Água Disponível, CAD: para solo argiloso, CAD=250, solo
siltoso, CAD=200 e solo arenoso, CAD=150;
 Coeficiente de escoamento superficial na estação seca: para solo argiloso – 0,18,
solo siltoso – 0,14 e solo arenoso – 0,10;
 Coeficiente de escoamento superficial na estação úmida: para solo argiloso – 0,22,
solo siltoso – 0,19 e solo arenoso – 0,15;
128

O Balanço Hídrico é feito para a camada de cobertura do aterro, considerando-a com


um metro de espessura, como determinado na NBR 15849. Considera-se também que o
Excedente Hídrico determinado percorrerá esta camada e o maciço de resíduos, atingindo o
solo da base do aterro, cujas características serão apontadas pelos usuários do aplicativo.

Figura 66 - Balanço Hídrico São Borja/RS

Utilizou se para localização a coordenada UTM – 28,7870842548572 e -


55,7693385494651 para cálculo do excedente hídrico, juntamente com a classificação do solo
como argiloso. O valor determinado de excedente hídrico para a área é de 393.16
mm/ano.

Figura 67 - Excedente Hídrico


129

9 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPESATÓRIAS

Identificação dos impactos ambientais que advirão da implantação do empreendimento


sobre o meio físico:
Os impactos ambientais ocasionados pelo referido empreendimento terão maior
incidência durante a fase de implantação, abaixo serão descritos os principais impactos, e as
medidas mitigadoras e compensatórias que serão implantadas no local.

I. exposição do solo;
II. aumento de partículas (poeira);
III. diminuição da oferta de obrigo e alimento à fauna;
IV. Impactos durante execução de obras

9.1 EMISSÃO DE RUÍDOS

Durante a fase de implantação (execução de obras) e operação do aterro sanitário


deverão ser observadas emissões sonoras perturbadoras; não sendo evidenciada nenhuma
forma significativa de geração destas emissões nas demais fases do empreendimento. As
emissões sonoras serão aquelas relativas ao trânsito de máquinas pesadas (tratores, rolos
compactadores, outros), equipamentos e veículos (caminhões).
Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes medidas
mitigadoras:

 Realização de trabalho de informação / orientação dos usuários frequentes das


vias de acesso, a ser realizado no período de pré-obras;
 Efetuar manutenção periódica das máquinas, equipamentos e veículos, quanto
ao perfeito funcionamento dos motores;
 Aspersão com água nos trechos das vias de acesso, através de caminhão pipa,
devendo ser dada atenção especial à manutenção da limpeza das rodas dos
equipamentos, quando estes forem circular em vias públicas;
 Sinalização adequada para orientação do tráfego.
130

Alteração na paisagem
A localização do Aterro Sanitário, é afastada do centro urbano, em área rural, sem
construções vizinhas, minimiza impactos decorrentes de alteração de paisagem, dispersão de
lixo e possíveis odores.

Geração de lixiviado
Na fase de operação do empreendimento, deverá ser observada a geração de lixiviado
(chorume), decorrente da atividade de degradação microbiológica dos resíduos sólidos
dispostos na célula, podendo ocorrer a contaminação das águas subterrâneas e superficiais, e
do solo próximos ao empreendimento.
Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes medidas
mitigadoras:
Após a abertura da trincheira (célula), primeiramente, será realizada a compactação do
solo de fundo (argiloso), com uso de rolos compactadores adequados, a fim de obter-se maior
resistência do solo e menor permeabilidade. Feito este processo, será iniciado a construção
dos sistemas de impermeabilização de fundo e das laterais e sistema de drenagem de
lixiviado. Após será feita a introdução dos geossintéticos, geomembranas, os quais serão
responsáveis pela impermeabilização. Estes são os principais fatores que iram garantir uma
execução correta quanto à eficiência na disposição dos resíduos nas células, bem como nos
processos de drenagem e de impermeabilização, impedindo a contaminação do solo e,
possível, contaminação subterrânea.
O lixiviado será direcionado para as lagoas de tratamento.

10 AVALIAÇÃO DA VULNERABILIDADE DO AQUIFERO

Os riscos de contaminação das águas subterrâneas e superficiais são de baixo grau,


uma vez que não ocorrem zonas de recarga e descarga do aquífero Guarani na área do
empreendimento ou próximo à mesma.
Após a abertura da trincheira (célula), primeiramente, será realizada a compactação do
solo de fundo (argiloso), com uso de rolos compactadores adequados, a fim de obter-se maior
resistência do solo e menor permeabilidade. Feito este processo, será iniciado a construção
dos sistemas de impermeabilização de fundo e das laterais e sistema de drenagem de
lixiviado. Após será feita a introdução dos geossintéticos, geomembranas, os quais serão
responsáveis pela impermeabilização. Estes são os principais fatores que irão garantir uma
131

execução correta quanto à eficiência na disposição dos resíduos nas células, bem como nos
processos de drenagem e de impermeabilização, impedindo a contaminação do solo e,
possível, contaminação subterrânea.
A existência de poços de monitoramento a montante e a jusante das células de
disposição dos resíduos tem a finalidade de monitorar as condições da água subterrânea da
formação geológica quanto ao nível da água e suas características físico-químicas.
A localização estratégica dos poços de monitoramento, aliadas a métodos eficientes de
coleta, acondicionamento e análise de amostras, permitem resultados bastante precisos sobre a
influência do método de disposição dos resíduos, na qualidade da água subterrânea.

10.1.1.1 Meio Biótico

O diagnóstico ambiental referente ao meio biótico visa identificar e caracterizar os


ambientes encontrados na área de estudo, bem como realizar um levantamento da biota
ocorrente na área do empreendimento.
A área em estudo localizasse no Bioma Pampa que representa a maior extensão de
pastagens naturais do mundo, abrangendo o estado do Rio Grande do Sul no Brasil, Uruguai e
Argentina. No Rio Grande do Sul, o Bioma ocupa 63% da área do Estado e abrangem parte do
Planalto das Missões, os campos do Planalto Médio, além de toda a metade sul do Estado.
Comparados às florestas e às savanas, os campos têm importante contribuição na preservação
da biodiversidade, principalmente por atenuar o efeito estufa e auxiliar no controle da erosão.
As paisagens naturais do Pampa são variadas, de serras a planícies, de morros
rupestres a coxilhas. O bioma exibe um imenso patrimônio cultural associado à
biodiversidade. As paisagens naturais do Pampa se caracterizam pelo predomínio dos campos
nativos, mas há também a presença de matas ciliares, matas de encosta, matas de pau-ferro,
formações arbustivas, butiazais, banhados, afloramentos rochosos, etc. O Pampa apresenta
flora e fauna próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência.
Estimativas indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade
de gramíneas, são mais de 450 espécies. Formações florestais não são comuns nesse bioma e,
quando ocorrem, são do tipo floresta ombrófila densa (árvores altas) e floresta estacional
decidual (com árvores que perdem as folhas no período de seca).
O relevo aplainado entre 500m e 800m de altitude, o clima subtropical com
temperaturas amenas, chuvas constantes e solo fértil contribuíram para que a atividade
132

agropecuária se desenvolvesse rapidamente, contribuindo fortemente com a economia local e


de todo o país.
O clima nos campos sulinos é caracterizado com altas temperaturas no verão,
chegando a 35ºC, e o inverno é marcado com geadas e neve em algumas regiões, marcando
temperaturas negativas. A precipitação anual situa-se em torno de 1.200 mm, com chuvas
concentradas nos meses de inverno. O clima é frio e úmido.
Em relação às áreas naturais protegidas no Brasil o Pampa é o bioma que menor tem
representatividade no Sistema Nacional de Unidades de Conservação (SNUC), representando
apenas 0,4% da área continental brasileira protegida por unidades de conservação. A
Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), da qual o Brasil é signatário, em suas metas
para 2020, prevê a proteção de pelo menos 17% de áreas terrestres representativas da
heterogeneidade de cada bioma. As “Áreas Prioritárias para Conservação, Uso Sustentável e
Repartição de Benefícios da Biodiversidade Brasileira”, atualizadas em 2007, resultaram na
identificação de 105 áreas do bioma Pampa, destas, 41 (um total de 34.292 km2) foram
consideradas de importância biológica extremamente alta. Estes números contrastam com
apenas 3,3% de proteção em unidades de conservação (2,4% de uso sustentável e 0,9% de
proteção integral), com grande lacuna de representação das principais fisionomias de
vegetação nativa e de espécies ameaçadas de extinção da fauna e da flora. A criação de
unidades de conservação, a recuperação de áreas degradadas e a criação de mosaicos e
corredores ecológicos foram identificadas como as ações prioritárias para a conservação,
juntamente com a fiscalização e educação ambiental.
O fomento às atividades econômicas de uso sustentável é outro elemento essencial
para assegurar a conservação do Pampa. A diversificação da produção rural a valorização da
pecuária com manejo do campo nativo, juntamente com o planejamento regional, o
zoneamento ecológico-econômico e o respeito aos limites ecossistêmicos são o caminho para
assegurar a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento econômico e social.
A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é
mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da
biodiversidade e dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante
contribuição no sequestro de carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de
variabilidade genética para diversas espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar.
133

10.1.1.2 Ecossistemas terrestres

Por ser um conjunto de ecossistemas muito antigos, o Pampa apresenta flora e fauna
próprias e grande biodiversidade, ainda não completamente descrita pela ciência. Estimativas
indicam valores em torno de 3000 espécies de plantas, com notável diversidade de gramíneas,
são mais de 450 espécies (campim-forquilha, grama-tapete, flechilhas, brabas-de-bode,
cabelos de-porco, dentre outras). Nas áreas de campo natural, também se destacam as espécies
de compostas e de leguminosas (150 espécies) como a babosa-do-campo, o amendoim-nativo
e o trevo-nativo. Nas áreas de afloramentos rochosos podem ser encontradas muitas espécies
de cactáceas. Entre as várias espécies vegetais típicas do Pampa vale destacar o Algarrobo
(Prosopis algorobilla) e o Nhandavaí (Acacia farnesiana) arbusto cujos remanescentes podem
ser encontrados apenas no Parque Estadual do Espinilho, no município de Barra do Quaraí.
A fauna é expressiva, com quase 500 espécies de aves, dentre elas a ema (Rhea
americana), o perdigão (Rynchotus rufescens), a perdiz (Nothura maculosa), o quer-quero
(Vanellus chilensis), o caminheiro-de-espora (Anthus correndera), o joão-de-barro (Furnarius
rufus), o sabiá-do-campo (Mimus saturninus) e o pica-pau do campo (Colaptes campestres).
Também ocorrem mais de 100 espécies de mamíferos terrestres, incluindo o veado-campeiro
(Ozotoceros bezoarticus), o graxaim (Pseudalopex gymnocercus), o zorrilho (Conepatus
chinga), o furão (Galictis cuja), o tatu-mulita (Dasypus hybridus), o preá (Cavia aperea) e
várias espécies de tuco-tucos (Ctenomys sp). O Pampa abriga um ecossistema muito rico,
com muitas espécies endêmicas tais como: Tuco-tuco (Ctenomys flamarioni), o beija-flor-de-
barba-azul (Heliomaster furcifer); o sapinho-de-barriga-vermelha (Melanophryniscus
atroluteus) e algumas ameaçadas de extinção tais como: o veado campeiro (Ozotocerus
bezoarticus), o cervo-do-pantanal (Blastocerus dichotomus), o caboclinho-de-barriga-verde
(Sporophila hypoxantha) e o picapauzinho-chorão (Picoides mixtus) (Brasil, 2003).
Desde a colonização ibérica, a pecuária extensiva sobre os campos nativos tem sido a
principal atividade econômica da região. Além de proporcionar resultados econômicos
importantes, tem permitido a conservação dos campos e ensejado o desenvolvimento de uma
cultura mestiça singular, de caráter transnacional representada pela figura do gaúcho.
A progressiva introdução e expansão das monoculturas e das pastagens com espécies
exóticas têm levado a uma rápida degradação e descaracterização das paisagens naturais do
Pampa. Estimativas de perda de hábitat dão conta de que em 2002 restavam 41,32% e em
2008 restavam apenas 36,03% da vegetação nativa do bioma Pampa (CSR/IBAMA, 2010).
134

A perda de biodiversidade compromete o potencial de desenvolvimento sustentável da


região, seja perda de espécies de valor forrageiro, alimentar, ornamental e medicinal, seja pelo
comprometimento dos serviços ambientais proporcionados pela vegetação campestre, como o
controle da erosão do solo e o sequestro de carbono que atenua as mudanças climáticas, por
exemplo. A área em estudo como já relatado é uma área antropizada pelo cultivo de arroz
irrigado.

10.1.1.3 Ecossistemas aquáticos

A riqueza e a produtividade das áreas úmidas propiciam a utilização desses ambientes


como fonte de alimento por uma infinidade de invertebrados, sendo eles mesmos fonte de
alimento dos vertebrados.
Muitas espécies de peixes necessitam de águas rasas e sem correnteza dos banhados
temporários das margens dos rios e arroios para postura dos ovos e crescimento dos filhotes.
Grande parte das espécies de anfíbios (entre elas os sapos e pererecas) vivem e se reproduzem
nos banhados. Estes vertebrados são exímios comedores de mosquitos.
Os grandes mamíferos que ocorrem nesse tipo de ambiente são hoje, espécies
ameaçadas de extinção, procurados pela qualidade da pele ou da carne, como a ariranha,
lontra, e o servo do pantanal. Outras espécies conseguiram subsistir apesar da caça ilegal,
como os ratões-do-banhado e capivaras.
Das 600 (seiscentas) espécies de aves presentes no Rio Grande do Sul, cerca de 1/3
utilizam as áreas úmidas em algum momento do seu ciclo de vida. Destas, cerca de 100
necessitam desses ambientes para nidificar, como as marecas, o marecão, a saracura, e o cisne
de pescoço preto, que é uma espécie considerada vulnerável.
A vegetação predominante é grama boiadeira, unha de gato, água pé e junco,
enquanto, nas partes mais periféricas das matas encontra-se a corticeira, a caliandra e o
maricá.
O número de espécies macrófitas aquáticas estão estimadas em torno de 500
exemplares, as plantas aquáticas encontradas nesse ecossistema podem ser utilizadas na
depuração dos corpos de água, como captadores de poluentes e de metais pesados, e na
retenção do excesso de nutrientes provenientes da adubação artificias em lavouras de arroz e
outras. Além, disso outras plantas aquáticas como o capim santa fé, são utilizadas como
forrageiras para o gado, na confecção de cestas, esteiras, chapéus e na cobertura de casas.
135

Na área do empreendimento não ocorrem ecossistemas aquáticos, somente área com


cultivo de arroz irrigado.

10.1.1.4 Ecossistemas de transição

Na área do entorno do empreendimento ocorre ecossistemas de transição entre o meio


terrestre e aquático, em perfeito equilíbrio ecológico. Salientamos novamente, que no local
não irá ocorrer intervenção nos ecossistemas terrestres e aquáticos, tendo em vista, que no
local de instalação do Aterro Sanitário, não ocorrerá supressão de vegetação e nem
intervenção em área de preservação ambiental.

10.1.1.5 Unidades de conservação

De acordo com o Código Estadual do Meio Ambiente – Lei Estadual nº 11.520/00,


Capítulo VIII, ART. 55, parágrafo único: “Quando se tratar de licenciamento de
empreendimentos e atividades localizados em até 10 km (dez quilômetros) do limite da
Unidade de Conservação deverá também ter autorização do órgão administrador da mesma”.
Em consulta com a Prefeitura de São Borja/RS, a mesma encaminhou declaração da
não existência de Unidades de Conservação no raio de 10 km da área de instalação do
empreendimento, a mesma encontra-se em anexo ao presente relatório.

10.2 COBERTURA VEGETAL

O objetivo deste Laudo Técnico é realizar o levantamento da cobertura vegetal na de


83 hectares, área pertencente à Empresa PRG Aterro Sanitário e Tratamento de Resíduos
Ltda.
A empresa pretende instalar neste local a atividade de aterro sanitário de resíduos
sólidos urbanos, para atender a demanda do Município de São Borja e municípios do entorno
que atualmente não dispõem de local adequado para a destinação dos resíduos sólidos urbanos
produzidos, tendo dificuldades quanto à logística de destinação correta.
Dentro desta área de 83 hectares, está prevista a reserva legal de 20%, área para
remoção de solo, área futura e área atual de instalação.
136

Dentro da área de 83 hectares não ocorre a presença de área de preservação


permanente, sendo que no entono ocorre a presença de um córrego sem denominação, sendo
que o mesmo será preservado, conforme mapa de recursos hídricos.
Em vistoria no local pode-se observar que em 100% da área, alvo do licenciamento
prévio, ocorre presença de solo cultivável com o plantio de lavoura de arroz irrigado. No
momento da realização dos estudos pode-se observar que a colheita do arroz já tinha sido
realizada e o solo só apresentava a cobertura formada pela palha do arroz e alguns grãos que
pós colheita germinaram. A área apresentava vários dutos (canais) de irrigação que
posteriormente serão fechados não permitindo mais que a área seja irrigada e ocorrendo a
drenagem natural no local.
Neste laudo será descrito o enquadramento da vegetação dentro do Bioma Pampa,
tendo como base de estudo a área do entorno do empreendimento, pois o local propriamente
em estudo não possui nem um tipo de vegetação tratando se de área antropizada pelo cultivo
de arroz irrigado.

10.3 METODOLOGIA UTILIZADA

A metodologia escolhida para análise e posterior desenvolvimento do Relatório


Técnico, foi a seguinte:
 Práticas de observação (visualização).
 Coleta de dados.
 Análise de dados coletados, tais como: recurso hídrico, solo, fauna e flora.
 Amostragem de fotografias da área em estudo (em anexo).
 Estudo bibliográfico.
Como material utilizado para a pesquisa pode-se citar: planilha de anotações, luvas,
botas, máquina fotográfica, binóculo, GPS, livros e outros

10.4 DESCRIÇÃO DA VEGETAÇÃO OCORRENTE NO MUNICÍPIO DE SÃO BORJA.

O município de São Borja e, por conseguinte a área atual do empreendimento está


inserida na região hidrográfica do Rio Uruguai, inserido na Bacia Hidrográfica dos Rios Butuí
– Icamaquã, que se situa a noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.
137

O município de São Borja pertence ao Bioma Pampa e localiza-se numa área de tensão
ecológica, ou seja, de contatos entre diversos tipos de vegetação. Assim sendo aqui ocorrem
espécies da Floresta Estacional Decídua (Mata caducifólia), Savana Estépica (Campanha
gaúcha), Estepe (campos). Nas margens dos rios temos as chamadas Matas de Galeria.
No Município predomina vegetação de baixo porte denominada campo, onde ocorrem
principalmente as gramíneas (Paspalum sp) grama forquilha, (Axonopus sp) grama
missioneira, capim caninha, capim limão, capim rabo-de-burro (Andropogom bicornes) entre
outras. Também associadas a essas plantas ocorrem espécies da família das compostas como a
carqueja (Bacharis trimera), maria-mole (Senecio brasiliense), buva (Conyza canadensis).
Outras espécies de porte baixo formam associações com as gramíneas dependendo das
condições e tipos de solo. Existe um grande número de plantas herbáceas, arbustivas e
arbóreas com características de pioneiras, tais como: espinilho (Acacia caven), molhe
(Schinus poligama), lantana silvestre, aroeira periquita (Schinus therebenthifolia), aroeira
anacauita (Schinus molle), curupi, taleira, etc. Ainda são vistos bosques nativos nas coxilhas
com as espécies citadas e a presença de guajuviras (Patagonula americana), angico
(Parapiptadenia rigida), ipê roxo (Tabebuia ipe), camboatá (Matayba eleagunoides), mamica-
de-cadela, carvalhinho (Casearia silvestris), canafístula (Pelthophrum coronilha (Sideroxylon
optusifolium), canela amarela (Nectandra lanceolata), timbaúva (Enterolobium
contortilisiquum), açoita cavalo (Luehea divaricata), cerejeira (Eugenia involucrata), guabijú
(Myrciantes pungens), guabiroveira (Campomanesia xanthocarpa), pitangueira (Eugenia
uniflora), está com característica de pioneira e também vegetando sob a copada das árvores
mais altas.
A espécie pau-ferro (Myracroduon balansae) ocorre formando maciços, tendo
distribuição principalmente próxima ao rio Icamaquã e seus afluentes. A mata ciliar típica,
mata de galeria, contém as espécies já referidas e ingazeiros, jerivá (Arencastrum
romanzoffiana), sendo que a canafístula e o ipê-roxo sobressaem-se pelo porte mais elevado.
A mata ciliar do Rio Uruguai contém espécies arbóreas que não são vistas as margens dos
seus afluentes aqui no Município. Assim sendo espécies que ocorrem nas matas da região do
alto Uruguai podem também ocorrer aqui no Município, tal como a cabreúva (Myrocarpus
frondosus), alecrim (Holocalyx balansae), guatambú (Balfourodendrun riedelianum), maria-
preta (Diatenopteryx sorbifolia).
Podemos acrescentar ainda as seguintes essências nativas: primavera (Brunfelsia
uniflora), chá-de-bugre (Casearia sylvestris), aguai vermelho (Chrysophyllum marginatum),
louro mole (Cordia ecalyculata), camboatá vermelho (Cupania vernales), veludinho
138

(Guettarda uruguensis), aroeira brava ( Lithraea molleoides), guamarim (Myrcia sp), canela-
guaíca (Ocotea puberula), umbú (Phytolacca dioica), sabugueiro (Quillaja brasilensis),
ariticum (Rollinia sp), branquilho-leiteiro (Sebastiania brasilensis), esporão-de-galo
(Strychnos brasilensis).
Na região dos campos finos de solos da Unidade Escobar, as gramíneas ocorrem
associadas com trevos nativos, constituindo pastagens excelentes. As florestas não se
expandiram mais em virtude das queimadas que agem sobre a vegetação pioneira. Também os
desmatamentos para fins diversos reduziram a área de matas no Município.
A paisagem do município de São Borja é caracterizada pela presença de banhados,
campos com bosques de mata nativa e cursos da água com matas ciliares típicas do Bioma do
Pampa. Nestas áreas desenvolvem-se as atividades rurais de pecuária, pastoreio e cultivos
anuais como arroz irrigado, soja e trigo.
Os banhados remanescentes e as várzeas têm vegetação típica, ocorrendo juncos,
entre os quais o papiro (Ciperos giganteus), gravatá (Eringium pandanifolium) em associação
com outras espécies, que podem ser arbóreas como a corticeira-do-banhado (Eritrina crista-
galli), salgueiro (Salix humboldtiana), chapéu de couro (Echinodorus grandiflorus).
A estrutura da vegetação dos campos – se comparada à das florestas e das savanas – é
mais simples e menos exuberante, mas não menos relevante do ponto de vista da
biodiversidade e dos serviços ambientais. Ao contrário: os campos têm uma importante
contribuição no sequestro de carbono e no controle da erosão, além de serem fonte de
variabilidade genética para diversas espécies que estão na base de nossa cadeia alimentar.
As relações ecológicas com o entorno do empreendimento são formadas por áreas de
cultivo de lavouras de arroz, soja e trigo e áreas formada por vegetação rasteira e alguns
exemplares de vegetação arbustiva, com presença de pequenos mamíferos e aves, e pode-se
observar a presença de açudes para irrigação. A área próxima ao empreendimento apresenta-
se com intensa atividade antrópica, sendo utilizada no seu entorno para o cultivo de lavouras
extensivas e pastagens nativas.

10.5 DESCRIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Na área do empreendimento como descrito anteriormente, não à presença de vegetação


alguma, pois 100 % da área em estudo é formado por lavoura de cultivo de arroz irrigado.
139

10.6 RELAÇÃO DE ALGUMAS ESPÉCIES NATIVAS E EXÓTICAS ENCONTRADAS


NO ENTORNO EM RAIO DE 1.000M DA ÁREA EM ESTUDO.

Espécie Vegetal Família Nome Científico


Pata-de-vaca Caesalpinioideae Bauhinia candicans
Unha-de-gato Fabaceae Acacia bonariensis
Espinilho Fabaceae Acacia caven
Cinamomo Meliaceae Melia azedarach
Eucalipto Myrtaceae Eucaliptus grandis
Vassoura Asteraceae Baccharis sp
Fumero-bravo Solanaceae Solanum auriculatum
Carqueja Asteraceae Bacharis trimera

10.7 RELAÇÃO DAS ESPÉCIES ENCONTRADAS NO LOCAL DO LICENCIAMENTO.

Em relação à área em análise, destinada ao licenciamento ambiental e sucessivamente


instalação do aterro sanitário, observa-se o predomínio de espécies vegetais rasteiras.
Conforme descrição abaixo:

Espécie Vegetal Família Nome Científico


Grama forquilha Gramineae Axonopus sp
Grama larga Gramineae Axonopus affinis
Maria-mole Asteraceae Senecio brasiliense
Buva Asteraceae Conyza canadensis

10.8 IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES RARAS, ENDÊMICAS, AMEAÇADAS DE


EXTINÇÃO E IMUNES AO CORTE (CONFORME DECRETO ESTADUAL Nº.
52.109 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2014).

No local de instalação do empreendimento não foram observadas espécies arbóreas


rara, endêmicas, ameaçadas de extinção e imunes ao corte.
140

10.9 ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE – APP.

No local de instalação do empreendimento não foi identificado área de preservação


permanente.

10.10 POSICIONAMENTO DO PROFISSIONAL RESPONSÁVEL PELO LAUDO


SOBRE O USO DA ÁREA E SEUS IMPACTOS NA COBERTURA VEGETAL,
INDICANDO MEDIDAS MITIGADORAS E COMPENSATÓRIAS:

Como profissional responsável pela área em análise e pelo laudo de cobertura vegetal,
me posiciono favoravelmente a instalação do empreendimento de aterro sanitário, pois como
já citado acima, toda a área do projeto é utilizada para o cultivo de arroz irrigado, não será
necessário a supressão de vegetação, somente será necessário fechar os dutos de irrigação
para ocorrer a secagem do solo. Posterior ao licenciamento prévio toda a área deverá ser
cercada com tela e deverá ser implantado um cortinamento vegetal no entorno como medida
mitigatória, com a finalidade de minimizar os impactos gerados como odores, auxiliando no
aspecto visual e conservação do solo.

10.11 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO DA ÁREA E SEU ENTORNO

Figura 68 - Vista da área alvo do licenciamento


141

Figura 69 - Vista dá área após colheita de arroz

Figura 70 - Cobertura de Rebrote do Arroz Colhido


142

Figura 71 - Exemplares de eucaliptos no Entorno do Empreendimento

Figura 72 - Vista de exemplares de Espinilho e Eucaliptos no entorno da área


143

Figura 73 - Vista de vegetação do entorno da área Espinilho e Buvas

10.11.1 Fauna

O objetivo deste Laudo Técnico é realizar o levantamento da fauna na área de 83


hectares pertencente à Empresa PRG Aterro Sanitário e Tratamento de Resíduos Ltda.
A empresa pretende instalar neste local a atividade de aterro sanitário de resíduos
sólidos urbanos, para atender a demanda do Município de São Borja e municípios do entorno
que atualmente não dispõem de local adequado para a destinação dos resíduos sólidos urbanos
produzidos, tendo dificuldades quanto a logística de destinação correta.
Em vistoria no local pode-se observar que em 100% da área, alvo do licenciamento
prévio, ocorre presença de solo cultivável com o plantio de lavoura de arroz irrigado. No
momento da realização dos estudos pode-se observar que a colheita do arroz já tinha sido
realizada e o solo só apresentava a cobertura formada pela palha do arroz e alguns grãos que
pós colheita germinaram. A área apresentava vários dutos (canais) de irrigação que parte já foi
fechado e outros serão fechados após a obtenção da licença prévia, não permitindo mais que a
área seja irrigada e ocorrendo a drenagem natural no local.
Neste laudo será descrita a fauna visualizada no local da instalação do
empreendimento, tendo como base do estudo a área do entorno do empreendimento, pois o
144

local propriamente dito não possui nem um tipo de vegetação tratando se de área antropizada
pelo cultivo de arroz irrigado.

10.11.2 Metodologia utilizada

A metodologia escolhida para análise da fauna existente no local foi à seguinte:


 Práticas de observação e identificação de espécies através da própria
visualização e através de vestígios deixados como: tocas, ninhos, pegadas e
fezes.
 A visualização das espécies foi realizada em horários diferenciados, nas
primeiras horas da manhã e ao anoitecer, a fim de observar animais de hábitos
diurnos e noturnos.
 Amostragem de fotografias da área em estudo (em anexo).
O levantamento de campo ocorreu no período de uma semana, dividido em duas
etapas: pesquisa de campo e bibliográfica. Sendo realizada pesquisa de campo em horários
diferenciados: duas horas pela parte da manhã, e outras duas ao anoitecer. O restante de horas
foi utilizado para a realização dos relatórios.
Como material utilizado para a pesquisa pode-se citar: planilha de anotações, lanterna,
luvas, botas, máquina fotográfica, binóculo, livros e outros.

10.11.3 Levantamento da fauna ocorrente na área e entorno do empreendimento

Após a realização de pesquisa e observação podemos citar representantes de aves,


répteis, anfíbios e mamíferos de pequeno porte.

Tabela 21 - Aves
Andorinha Notiochelidon cyanoleuca
Bem-te-vi Pitangus sulphuratus
João-de-barro Furnarius rufus
Pomba rola Zenaida auriculata
Pomba juriti Leptotila verreauxi
Pardal Passer domesticus
Quero-quero Vanellus chilensis
Garça- branca- pequena Egretta thula
Gavião Caracará Caracara plancus
Urubu- de -cabeça- preta Coragyps atratus
145

Pica-pau do campo Colaptes campestris


Cardeal Paroaria coronata
Coruja- do- campo Speotyto cunicularia
Ema Rhea americana
Perdiz Rhynchotus rufescens

Tabela 22 - Anfíbios e Répteis


Sapo Troglodytes aedon
Rã Rana pipiens
Lagarto Lacerta lépida
Perereca Osteocephalus taurinus
Cobra coral Erythrolamprus aesculapii

Tabela 23 - Mamíferos
Preá Cavia aperea
Gambá Didelphis marsupialis
Zorrilho Conepatus chinga

10.11.4 Identificação das espécies ameaçadas de extinção, criticamente em perigo ou


vulneráveis (conforme Decreto Estadual nº 54797 de 08 de setembro de 2014, que
reconhece as espécies da fauna brasileira ameaçada de extinção)

Após realização de pesquisa e levantamento podemos concluir que não foram


observadas espécies ameaçadas de extinção, criticamente em perigo, em perigo ou
vulneráveis, conforme legislação estabelecida.

10.11.5 Identificação/Descrição dos locais de reprodução, alimentação e dessedentação


da fauna.

A área objeto de estudo não apresenta locais de reprodução, alimentação e


dessedentação da fauna, num raio de 2 km no entorno do empreendimento ocorre pequenas
formações de áreas verdes que podem servir como um local de reprodução e alimentação das
espécies observadas, mas isso não impede a instalação do empreendimento, dento em vista
que não será necessária a supressão de vegetação, sendo que o empreendimento não coloca
146

em risco algum a reprodução, alimentação e dessedentação da fauna no local, não afetando


com isso o equilíbrio ecológico.

10.11.6 Identificação/Descrição dos corredores ecológicos ocorrentes na gleba e no seu


entorno

Não foram observados corredores ecológicos no entorno da área.

10.11.7 Posicionamento do profissional responsável pelo laudo sobre o uso da área e seus
impactos ambientais na fauna, indicando medidas mitigadoras e compensatórias

Mediante a observação e análise da fauna ocorrente no local mostrar-se importante,


mas não apresentar animais em risco de extinção e se tratar de uma área rural, como
profissional responsável pelo laudo de fauna me posiciono a favor do empreendimento
consciente que o meio ambiente no caso a fauna não vai sofrer alterações significativas,
ocasionando extinção ou agressão à fauna ocorrente no local vistoriado.
Como medidas compensatórias destacamos a instalação de cortinamento vegetal e
instalação de telas no entorno das instalações.

10.11.8 RELATÓRIO FOTOGRÁFICO AMBIENTAL

Figura 74 - Vista da área alvo do licenciamento


147

Figura 75 - Vestígios de pegadas de Ave identificada como Ema

Figura 76 - Gaviões Sobrevoando a Área


148

Figura 77 - Garça na área do Empreendimento

Figura 78 - Fezes Animais


149

Figura 79 - Emas no Entorno da Área

Figura 80 - Perdiz no Entorno do Empreendimento


150

10.11.8.1 Síntese

Realizando a análise final do meio biota pode-se concluir que no entorno da área de
instalação do empreendimento os ecossistemas terrestres e aquáticos não sofrerão impactos
que venham a causar destruição aos exemplares identificados nos laudos de fauna e flora do
entorno.
Na área de instalação do empreendimento não irá ocorrer supressão de vegetação e
muito menos intervenção em área de preservação permanente.

10.12 MEIO ANTRÓPICO (SOCIOECONÔMICO)

No presente item apresentam-se informações referentes à caracterização do meio


antrópico que poderá ser afetado de formas negativas e positivas, pelas atividades de
instalação e operação do empreendimento PGR ATERRO SANITÁRIO.

10.13 CARACTERIZAÇÃO GEOGRÁFICA DO MUNICÍPIO

O município de São Borja está localizado a oeste do estado do Rio Grande do Sul, na
Região Sudoeste Riograndense. Está inserido na mesorregião Sudoeste Riograndense –
Região Pampa Gaúcho e na Microrregião Campanha Ocidental – Fronteira Gaúcha. Pertence
à Associação dos Municípios das Missões – AMM, distante da Capital do Estado 594 km.
Tem como via de acesso a BR 285, BR 287, BR 472. Conforme exemplificado na Figura 81.
151

Figura 81 - Vias de acesso do município

Fonte: DAER, 2014.

São Borja nasceu a partir do desmembramento do município de Rio Pardo em


12/12/1887, através da Lei nº 1.614. Ocupando atualmente uma área de 3.616,680 km².

10.14 INFRAESTRUTURA

Os dados de território e ambiente apresentam 62,2% de domicílios com esgotamento


sanitário adequado, 96,7% de domicílios urbanos em vias públicas com arborização e 12,4%
de domicílios urbanos em vias públicas com urbanização adequada (presença de bueiro,
calçada, pavimentação e meio-fio), (IBGE, 2010).
Em relação à economia do município, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística - IBGE, o IDH (índice de desenvolvimento humano) é de 0,736, dados de 2010, o
PIB (produto interno bruto) é de R$1.681.891,03 e o PIB per capita é de R$ 26.740,40, dados
de 2016. A economia local deriva principalmente das atividades do setor primário, incluindo o
parque de beneficiamento de grãos, com destaque para a produção e o beneficiamento de
arroz.
O município de São Borja desenvolve atividades turísticas das seguintes modalidades:
cultural, desportivo, náutico, pesca amadora, rural e ecoturismo, estando ainda, nas rotas
comerciais do MERCOSUL devido a sua localização estratégica de fronteiras.
152

Tabela 24 - Caracterização geral do território

Fonte: IBGE, 2010.

Tabela 25 - Caracterização especifica do território

Fonte: IBGE, 2010.

10.15 ASPECTOS SOCIAIS E DE INFRAESTRUTURA DA COMUNIDADE

Consultas realizadas junto aos dados da prefeitura de São Borja – RS, referente aos
sistemas públicos disponibilizados para a comunidade e seus índices, tem-se os seguintes
dados.

Figura 82 - Estrutura de saúde do município

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).


153

Figura 83 - Programas de saúde do município

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).

Figura 84 - Estrutura de educação do município

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).

Figura 85 - Estrutura de segurança do município

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).

Figura 86 - Estrutura de comunicação do município

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).


154

Figura 87 - Infraestrutura social do município

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).

Figura 88 - Abrangência abastecimento de água

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).


155

Figura 89 - Tipos de esgotamento sanitário no município

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).

Figura 90 - Tipos de descarte final de resíduos

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).

Figura 91 - Percentual da população atendida pela coleta de RSU

Fonte: Prefeitura Municipal de São Borja (2014).

A implantação da PGR Aterro sanitário visa principalmente, mudar o cenário


apresentado nas duas últimas tabelas anteriores. Com o uma capacidade de 500 toneladas/dia,
o empreendimento buscar resolver a lacuna de déficit na disposição final dos resíduos gerados
no município, aliados a coleta mais abrangente, tanto na área urbana, quanto na área rural,
está ultima, a qual possui atendimento apenas em torno de 10% das residências rurais
(PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BORJA, 2014). Objetivando também, modificar o
quadro dos tipos de destinação do lixo não adequados, como: lixo queimado e enterrado em
propriedades, jogado em locais inapropriados e outros com destino incerto.
156

10.16 POPULAÇÃO

Segundo dados, dados do último censo realizado no ano de 2010, o município possui
uma população de 61.671 habitantes, e densidade demográfica de 17,05 hab./km² (IBGE,
2018), sendo, seu alto percentual de população concentrado na área urbana.
A população é constituída pelas etnias: indígena, espanhola, portuguesa, africana,
germânica, italiana, polonesa, árabe, entre outras.
A taxa de alfabetização é de 86,56 %, taxa de escolarização de 6 a 14 anos de idade é
de 97,5% (IBGE, 2010), sendo que o município conta com 35 estabelecimentos de ensino
fundamental e 11 de ensino médio (IBGE, 2018).
No que se refere à saúde, possui taxa de mortalidade infantil para o ano de 2017 de
10,94 óbitos por mil nascidos vivos, e 1,4 internações por diarreia por mil habitantes (IBGE,
2016). Relacionado à prestação de serviços de saúde apresenta 23 estabelecimentos SUS
(IBGE, 2009).
Levando-se em conta, estudos realizados pela prefeitura de São Borja, e que integram
O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos – PMGIRS, Decreto N° 16.122,
de 16 de outubro de 2015, teve-se a identificação de um decréscimo populacional, no
munícipio, conforme demonstrado abaixo na Gráfico 3 e Tabela 26.

Gráfico 3 - Evolução populacional

Fonte: IBGE, 2010.


157

Tabela 26 - Síntese demográfica do munícipio

Fonte: IBGE, 2010.

Tendo em vista, tal decréscimo, o munícipio elaborou estudos de projeção


populacional simplificada de 2014 a 2034 levando em conta a análise dos ritmos de
crescimento populacional, estatísticas e tendências, levando em conta que a população do
município reduziu, entre os Censos Demográficos de 2000 e 2010, à taxa de -0,50% ao ano.
Exemplificado na Tabela 27.
158

Tabela 27 - Projeção Populacional de São Borja de 2014 a 2034

Fonte: PMGIRS - Prefeitura Municipal de São Borja (2015).

O Município de São Borja, de acordo Lei Complementar nº 08 de 01 de agosto de


1997, é dividido entre zona urbana e zona rural, sendo:

 População residente urbana: 55.138 pessoas, distribuídas em um total de


71.104.552,909 m², com um perímetro de 37.140,79 m. (IBGE, 2010).
 População residente rural: 6.533 pessoas. (IBGE, 2010).

10.17 USO DO SOLO, PAISAGISMO E RECURSOS HÍDRICOS.

Com relação ao uso do solo no município de São Borja, identifica-se um intenso uso
na região para fins destinados a agricultura, com percentuais entre 70% e 100% em quase
todas as áreas da Região Hidrográfica, com uso para lavouras e pastagens, sem variações
159

significativas ao longo do tempo. Entretanto, as práticas agrícolas exercidas de forma


inadequada e o desmatamento, representam um problema grave para a região.
A paisagem do município de São Borja é caracterizada pela presença de banhados,
campos com bosques de mata nativa e cursos da água com matas ciliares típicos do Bioma do
Pampa, área sob a qual se estende uma grande parte do Aquífero Guarani, a maior reserva de água
doce subterrânea do planeta. Nestas áreas desenvolvem-se as atividades rurais de pecuária,
pastoreio e cultivos anuais como arroz irrigado, soja e trigo.
No quesito, recursos hídricos, estes são importantes indutores do desenvolvimento
regional, cabendo destacar, através deste recurso o: Desenvolvimento Urbano, Produção De
Energia e Produção Agrícola.

10.18 ASPECTOS CULTURAIS E HISTÓRICOS.

A cidade São Borja nasceu a partir do desmembramento do município de Rio Pardo


em 12/12/1887, através da Lei nº 1.614. A Comarca foi criada através da lei 1.020, de
11/03/1833 desmembrado de Rio Pardo. Sendo assim, o núcleo habitacional permanente mais
antigo do território sul rio-grandense do sul, povoado inicialmente por tribos indígenas e
posteriormente por Jesuítas, os quais foram responsáveis pelas iniciativas pecuárias, de
artesanato, e cultivo da terra.
O município está inserido na Região das Missões (Figura 92), a qual integra uma
região turística, num percurso que mescla história com natureza pelas antigas estradas
missioneiras que ligavam as reduções jesuíticas-guarani, com visitas recorrentes de turistas do
Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Europa.
160

Figura 92 - Rota das Missões

Fonte: Rota Missões (2020)

Ao longo do trajeto estão três patrimônios nacionais: sítios arqueológicos de São


Nicolau, São Lourenço (em São Luiz Gonzaga) e São João Batista (em Entre-Ijuis), e um
patrimônio da humanidade, São Miguel Arcanjo no município de São Miguel das Missões,
além de dezenas de outros atrativos culturais e naturais. Entre os locais turísticos do município
destacam-se o:
Cemitério Paraguaio (Figura 93): marco do combate entre brasileiros e paraguaios,
tendo como símbolo uma cruz e um pórtico para homenagem. Sua história está ligada à
invasão de São Borja em 10/01/1865 pelas forças de Francisco Solano López, militar e ex-
presidente paraguaio.
161

Figura 93 - Cemitério Paraguaio

Fonte: Portal das Missões (2020).

São Borja é ainda conhecida como: Primeiro dos Sete Povos das Missões e Terra dos
Presidentes, pelo fato de ser a cidade natal dos ex-presidentes do Brasil: Getúlio Vargas e João
Goulart. Destaque para os itens turísticos ligados aos ex-presidentes como:
Cemitério Jardim da Paz (Figura 94): Local onde estão sepultados o ex-presidente
da República João Goulart (Jango) e o ex-governador Leonel Brizola, além da família Vargas.
Lá também estão os restos mortais do Barão de São Lucas e do republicano abolicionista
Aparício Mariense da Silva.

Figura 94 - Cemitério Jardim da Paz e Lápide de João Goulart

Fonte: Portal das Missões (2020).

Memorial João Goulart (Figura 95): Casa onde viveu o ex-presidente, datada de
1927, hoje funciona como museu, para destacar a trajetória de Jango.
162

Figura 95 - Museu João Goulart

Fonte: Portal das Missões (2020).

Mausoléu Getúlio Vargas (Figura 96): Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, e
inaugurado em 2004, na passagem dos 50 anos do falecimento de Getúlio Vargas, no local
estão enterrados seus restos mortais.

Figura 96 - Mausoléu Getúlio Vargas

Fonte: Portal das Missões (2020).

Museu Getúlio Vargas (Figura 97): Casa onde viveu o ex-presidente, constituída de
livros, quadros, mobílias, e fotografia, formando um acervo de 2 mil itens que rememoram a
trajetória do estadista gaúcho.
163

Figura 97 - Museu Getúlio Vargas

Fonte: Portal das Missões (2020).

Museu Ergológico de Estância (Figura 98): reúnem elementos da cultura gauchesca


que, ajudaram o homem da região das Missões e da Fronteira, mobiliário datado de 1920, é
dos únicos museus ergológicos do Brasil e dos mais importantes do Estado do RS.

Figura 98 - Museu Ergológico de Estância

Fonte:
Portal das Missões (2020).

Museu Apparício Silva Rillo (Figura 99): Museu municipal, foi instalado no prédio
atual em 1969, é biblioteca e conta com uma valiosa coleção estatuária missioneira, raríssimas
peças de escultura em madeira da época das missões jesuítas e religiosas em arte barroca.
164

Figura 99 - Museu Apparício Silva Rillo

Fonte: Portal das Missões (2020).

Cais do Porto (Figura 100): junto ao Rio Uruguai oferecem lazer, diversão e esportes,
em um ambiente característico da cidade, com gastronomia típica e pratos a base de peixe.

Figura 100 - Cais do Porto

Fonte: Portal das Missões (2020).

Ponte da Integração (Figura 101): liga os municípios de São Borja no Brasil e Santo
Tomé na Argentina, sendo possível visitar a República Argentina, a partir do o município,
beneficiando e movimentando além do turismo, os aspectos econômicos locais.
165

Figura 101 - Ponte da Integração

Fonte: Portal das Missões (2020).

Além dos locais de interesse turístico, São Borja também apresenta os mais autênticos
usos e costumes gauchescos, nas artes, na cultura e na gastronomia, tanto no meio rural quanto na
cidade, a exemplo do: chimarrão, música, churrasco e a hospitalidade características próprias das
terras dos Pampas e Missões.

11 COLETA DE DADOS

Foram realizados entrevistas, referentes à implantação do Aterro Sanitário PGR, com


uma quantidade de: 50 pessoas, sendo estas, população de São Borja (local da implantação) e
também da comunidade de Nhu-Porã, a qual fica em torno de 10 km do local de implantação
do aterro, sendo a população mais próxima da localidade.
Tais entrevistas (Figura 102) foram realizadas nos período de 22 e 23 de julho de
2020, utilizando-se do método de questionário. Após a coleta de dados, obtiveram-se os
gráficos e porcentagens, expressos na sequência.
166

Figura 102 - Realização de entrevista in loco

Fonte: Autor (2020)

Das pessoas entrevistadas, 56% são do sexo masculino e 44% do sexo feminino, com
destaque para a faixa etária acima dos 41 anos, conforme detalhado no Gráfico 4 e Gráfico 5.

Gráfico 4 - Gênero

Gênero
Feminino Masculino

44%

56%

Fonte: Autor (2020)


167

Gráfico 5 - Faixa Etária

Faixa Etária
17 á 20 anos 21 á 25 anos 26 á 35 anos 36 á 40 anos 41 anos ou mais

11%
6%

22%
61%

Fonte: Autor (2020)

Com as entrevistas, constatou-se (Gráfico 6) que a grande maioria, mais


especificamente 73% (entre fundamental incompleto e completo) da população, possui um
nível de escolaridade baixa, carente de instruções, principalmente no que se refere às questões
ambientais, como normas, leis e até mesmo práticas comuns de manuseio e descarte de lixo.

Gráfico 6 - Nível de Escolaridade

Escolaridade
Fundamental Incompleto Fundamental Completo Médio Incompleto
Médio Completo Superior Completo

5%
5% 17%

17%

56%

Fonte: Autor (2020)


168

Quanto ao lixo produzido (Gráfico 7), 78% da população descartam os mesmos em


lixeiras comuns e conjuntas, enquanto apenas 11% faz a separação dos itens de reciclagem,
para posterior descarte. E na mesma proporção, 11% confirma descartar o lixo produzido em
terrenos baldios e no chão. Sendo ainda, que na amostra, constatou-se que 56% (Gráfico 88)
dos entrevistados, não tem ideia, para onde vão os resíduos que produz, após descarta-los.

Gráfico 7 – Lixo produzido

O que faz com o lixo produzido?


Joga no Lixo Separa Joga em terrenos/chão

11%

11%

78%

Fonte: Autor (2020)

Gráfico 8 - Ciência da destinação final de resíduos

Lixo produzido x Destinação do lixo


Não Sabe Sabe

44%

56%

Fonte: Autor (2020)


169

A maior parcela dos entrevistados, sendo estes 83% (Gráfico 9), mostram-se
favoráveis a implantação do aterro sanitário no município. Como é o caso da entrevistada
Carolina dos Santos, 25 anos, residente em São Borja, quando perguntado se a mesma, achava
importante a implantação de um aterro sanitário no município: “Sim, porque teria um lugar
adequado para o lixo, geraria renda, e também a proteção do meio ambiente” SANTOS,
CAROLINA DOS, (2020).
E do entrevistado, André dos Santos Melo, 40 anos, morador da comunidade de Nhu-
Porã, quando também, perguntado se o mesmo achava importante a implantação de um aterro
sanitário em São Borja: “Sim, porque ajudaria na geração de empregos e eliminaria o atual
lixão” MELO, ANDRÉ DOS SANTOS, (2020).

Gráfico 9 - Implantação de Aterro Sanitário em São Borja - RS

Posicionamento quanto a implantação de


Aterro Sanitário em São Borja
Favorável Contra

17%

83%

Fonte: Autor (2020)

Os demais entrevistados que fazem parte da parcela de favoráveis, dividem-se entre as


mesmas opiniões dos entrevistados mencionados anteriormente, aliando a instalação do aterro
sanitário, com a geração de empregos, destinação e cuidado adequado dos resíduos, e
principalmente eliminando o atual lixão, existente no munícipio de São Borja, conforme
demonstrado nas imagens a seguir.
170

Figura 103 - Lixão em São Borja I

Fonte: Autor (2020)

Figura 104 - Lixão em São Borja II

Fonte: Autor (2020)


171

Figura 105 - Trabalho de catadores no lixão de São Borja

Fonte: Autor (2020)

Figura 106 - Presença de animais, pessoas e barracos

Fonte: Autor (2020)


172

Figura 107 - Crianças e animais expostos a riscos

Fonte: Autor (2020)

Na parcela de 17% da população que se diz contra a implantação do empreendimento,


o motivo gera em torno de: mau cheiro e doenças. Porém, de forma técnica, podemos concluir
que um Aterro Sanitário, como o que será implantando, que seguira dentro das normas de
segurança e meio ambiente, não oferece esse tipo de risco à comunidade, entretanto, o atual
cenário, aqui constatado pelas fotos, já geram esses riscos, que essa parte da população
menciona. Além da poluição ambiental, dos recursos hídricos e solo.
O projeto tem o interesse na priorização em suas contratações por mão de obra local,
além da aquisição de insumos, gerando benefícios como:
 Visão real da comunidade em relação à PGR ATERRO SANITÁRIO,
 Difusão nas comunidades das práticas de gestão e operação da PGR ATERRO
SANITÁRIO;
 Oportunidades de trabalho e renda local;
 Inclusão social.

Quanto aos benefícios econômicos do empreendimento podemos citar:


 Arrecadação de impostos e tributos;
173

 Aumento do poder de compra do munícipe;


 Fortalecimento do setor produtivo e da cadeia de fornecedores;
 Melhoria na infraestrutura;
 Empregos diretos e indiretos;
 Redução de custos com saúde, devido à eliminação de um lixão a céu aberto,
que gera problemas de contaminação, tanto do solo, água, animais e pessoas
que tem contato sem proteção adequada ao local.

Podendo ser, ao longo da vida útil do empreendimento adotado outros programas


baseados na necessidade das comunidades.

11.1 MEDIDAS MITIGADORAS E COMPESATÓRIAS

Os impactos ambientais ocasionados pelo referido empreendimento, sobre o meio


físico, terão maior incidência durante a fase de implantação, abaixo estão descritos os
principais impactos, e as medidas mitigadoras e compensatórias que serão implantadas no
local.

V. Exposição do solo;
VI. Aumento de partículas (poeira);
VII. Diminuição da oferta de obrigo e alimento à fauna;
VIII. Impactos durante execução de obras.

 Emissão de ruídos

Durante a fase de implantação (execução de obras) e operação do aterro sanitário


deverão ser observadas emissões sonoras perturbadoras; não sendo evidenciada nenhuma
forma significativa de geração destas emissões nas demais fases do empreendimento. As
emissões sonoras serão aquelas relativas ao trânsito de máquinas pesadas (tratores, rolos
compactadores, outros), equipamentos e veículos (caminhões), sendo as movimentações mais
intensas nos períodos de obras.
174

Para atenuar estes impactos propõe-se que sejam adotadas as seguintes medidas
mitigadoras:

 Realização de trabalho de informação / orientação dos usuários frequentes das


vias de acesso, a ser realizado no período de pré-obras;
 Efetuar manutenção periódica das máquinas, equipamentos e veículos, quanto
ao perfeito funcionamento dos motores;
 Aspersão com água nos trechos das vias de acesso, através de caminhão pipa,
devendo ser dada atenção especial à manutenção da limpeza das rodas dos
equipamentos, quando estes forem circular em vias públicas;
 Sinalização adequada para orientação do tráfego.
 Os veículos transportadores serão otimizados de tal forma que se consiga
transportar o maior volume gerado no município, buscando reduções de
viagens, e consequentemente redução de custos.
 Nenhum dos equipamentos possuirá dimensões superiores ao padrão de
transporte rodoviário, dispensando escolta para transporte dos mesmos.

11.2 ALTERAÇÃO NA PAISAGEM

A localização do Aterro Sanitário é afastada do centro urbano, em área rural, sem


construções vizinhas nos seus limites, e em um raio de 2 km (Figura 108) encontram-se
apenas duas unidades habitacionais de caráter rural, bem como apresentam alocados o Aterro
Sanitário a ser implantado, e a principal estrada de acesso, ligando o empreendimento à
cidade de São Borja, e a área urbana do município.
175

Figura 108 - Mapa em raio de 2 km do empreendimento

Fonte: Google Earth (2020)

Como se trata de um local, atualmente com cobertura vegetal rala, o mesmo não
sofrerá drasticamente com alteração na sua paisagem, entretanto, como forma de minimizar a
pequena parcela de impactos paisagísticos, devido à disposição de lixo, possíveis odores e
crescimento dos taludes, em toda o entorno do aterro, será implantada uma cortina vegetal,
com árvores, numa largura de 10m, auxiliando na paisagem e possíveis odores.
Demais itens, fatores e detalhes ligados às medidas mitigadoras e compensatórias do
empreendimento, estão disponibilizados no RAS.
176

12 RESPONSABILIDADE TÉCNICA

A responsabilidade técnica do estudo socioeconômico, desenvolvido para a


Implantação do Aterro Sanitário da empresa PGR, na cidade de São Borja – RS é redigida e
firmada, através da Responsável Técnica: Assistente Social – SILIONE MECCA, CPF:
946.182.080-15, com registro no CRESS/RS 9813.
Foram utilizados como amostra para elaboração dos estudos uma parcela da população
de: 50 entrevistados, residentes na Cidade de São Borja e comunidade de Nhu Porã – RS.

SILIONE MECCA
ASSISTENTE SOCIAL
CRESS/RS 9813
177

12.1.1 ANÁLISE INTEGRADA

A análise integrada corresponde às atividades previstas em todas as fases


(planejamento, instalação e operação) do empreendimento, considerando variáveis
dependentes, uma vez que se vinculam a natureza. Importante destacar, que em alguns casos o
mesmo aspecto ambiental pode acarretar diferentes impactos ambientais: ao mesmo tempo em
que, em outros casos, diferentes aspectos podem acarretar o mesmo tipo de impacto
ambiental.
Desse modo, a identificação dos impactos foi elaborada nos atributos ambientais da
região em estudo, bem como nas características do empreendimento, e na experiência
vivenciada no setor pela equipe responsável, pela elaboração deste RAS.
A elaboração da análise integrada, por meio da adaptação das medidas mitigatórias e
compensatórias, meios bióticos e físico. O Prognostico ambiental pretende prever e
caracterizar dois cenários distintos:
- Com a construção do aterro sanitário
- Sem a construção do aterro sanitário
É relevante frisar que o prognostico ambiental não prevê o futuro, e sim organiza os
cenários alternativos da construção ou não do aterro, de forma a subsidiar a adoção de
estratégias e tomada de ações, possibilitando antecipar o planejamento até os pós
encerramento do empreendimento.
A Tabela elaborada, a seguir, trata do prognostico aborda a relação direta dos impactos
ambientais com o meio envolvido, considerando os dois cenários propostos, ou seja, com ou
sem instalação do Aterro Sanitário.
178

Tabela 28 - Apresentação dos cenários considerando a ampliação ou não do


empreendimento
Estudo de Impacto Ambiental- Ampliação Aterro Sanitário
Meio
Fase

Impacto identificado Cenário – COM ATERRO Cenário – SEM ATERRO

Geração de empregos
Nenhum emprego adicional
temporários, envolvidos com a
gerado. - Desligamento dos
Antrópico

elaboração do projeto executivo,


atuais funcionários ao final
P Geração de emprego e renda de operação e desativação.
da vida útil. - Redução
Aumento na arrecadação de
drástica com a paralisação
impostos, e pagamentos das
das atividades.
taxas

Manutenção dos impostos


Antrópico

referentes a contratação de mão


O Dinamização da economia de obra, serviços e produtos Sem ocorrência.
referentes as atividades de
disposição.

A situação permanece a
Probabilidade de ocorrência mesma, tendo em vista a
Possibilidade de alteração da remota, pois são adotados possibilidade de processos
FÍSICO

O qualidade da água sistemas de proteção ambiental erosivos associadas a


superficial como sistema provisório e declividade característica do
definitivo de drenagem pluvial. local, associando a
declividade do local.
ANTRÓPICO /

Pouco significativa, a geração de


BIÓTICO

Aumento da concentração de gases é gradualmente reduzida


Sem alteração do quadro
OE gases de efeito estufa na com a evolução da
atual.
atmosfera. biodegradação dos resíduos em
estágio avançado.

Ocorre, entretanto, sem


ultrapassar os padrões de
legislação. Acréscimo na
Alteração da qualidade do ar geração de material particulado e
Físico

A situação atual não se


O e desconforto à população do emissões de gases veiculares.
altera.
entorno. Quanto as gases gerados, será
realizada a queima. A cobertura
diária impede dissipação dos
odores.
179

Probabilidade remota de
ocorrência, pois os sistemas de

Físico / biótico / Antrópico


proteção ambiental
(impermeabilização de base;
drenagem, captação e tratamento
de efluentes percolados;
Possibilidade de Sem alterações, ou
drenagem pluvial, entre outros) e
OE contaminação da água
de monitoramento evitam que tal
probabilidade de ocorrer
subterrânea e solo também na fase atual.
possibilidade ocorra, Para tal
prevenção de que este cenário
ocorra, serão realizados
monitoramentos periódicos para
detectar qualquer alteração e
implantar as medidas corretivas.

Pouco significativa, visto que o


Físico

Alteração das condições aterro foi dimensionado para tal Sem alterações da situação
O geotécnicas originais capacidade, irá ocorrer a perda atual.
da vida útil somente.

Reduzida, pois a movimentação


de veículos, equipamentos se
ANTRÓPICO /

restringe na operação, a
BIÓTICO

movimentação no aterro para a


Incômodos causados à Sem alterações do quadro
O população por ruídos
disposição do material e na
atual.
central para a triagem do
material. Dificilmente será
perceptível a vizinhança, visto
distanciamento urbano
ANTRÓPICO / BIÓTICO

Existente, entretanto pouco


Afugentamento e distúrbios
significativa, considerando a Sem ocorrência
à fauna
reduzida diversidade local.

Com incremento pouco


significativo devido ao aumento Sem alterações, pois a
Interferências no fluxo local
Física

da capacidade de recebimento, estrada de acesso ao


O e regional de veículos pelo
tendo em vista que é uma empreendimento é a mesma
aumento do tráfego
ampliação ou seja, já existe um do aterro em operação.
aterro em operação.
180

Pouco significativa devido a área


do aterro ser rural, o acesso dá
passagem somente ao
Antrópico Alterações nos valores empreendimento e o entorno está
O imobiliários das caracterizado por ser Sem ocorrência.
propriedades próximas. predominantemente utilizada
para o plantio de culturas anuais,
mata nativa e como divisa ainda
existe a rodovia estadual.

Pequena probabilidade de
Antrópico

Proliferação de vetores e ocorrência, considerando que a


OI incremento de espécies operação é dotada de cobertura Sem ocorrência
sinantrópicas. diária, intermediária e final,
atraindo nas operações diárias

12.2 AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS AMBIENTAIS

A Resolução CONAMA nº 01/86 define que impacto ambiental é:

qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente,


causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas
que, direta ou indiretamente, afetam: I - a saúde, a segurança e o bem-estar da
população; II - as atividades sociais e econômicas; III - a biota; IV - as condições
estéticas e sanitárias do meio ambiente; V - a qualidade dos recursos ambientais.

Os impactos ambientais que poderão ocorrer em todas as fases do empreendimento são


identificados, classificados e quantificados e, em atendimento a legislação vigente,
posteriormente são apresentadas as medidas mitigadoras e compensatórias para os impactos
ambientais significativos.

12.3 METODOLOGIA - AMBIENTAL

Os impactos foram classificados de acordo com o meio em que se aplicam e


subdivididos em classes, ou seja, meio físico (ar, água e solo); biótico (flora e fauna) e
antrópico (econômico e social).
Para a valorização dos impactos ambientais relatados na Matriz, foram identificadas as
fases de ocorrência do impacto (Implantação, Operação e Desativação), a natureza do impacto
(Negativo ou Positivo), a reversibilidade (Reversível e Irreversível), a duração (Temporário e
Permanente), o grau de magnitude (Baixa, Média e Alta), a área de influência do impacto
(Direto e Indireto), e o grau de significância (Baixa, Média e Alta).
181

A Matriz de avaliação dos impactos ambientais decorrentes da atividade de aterro


sanitário para disposição final ambientalmente adequada de resíduos de Classe IIA e IIB,
pode ser observada pela Tabela 29, na sequência.
182

Tabela 29 - Impactos Ambientais

REVERSIBILIDADE

SIGNIFICÂNCIA
OCORRÊNCIA

INFLUÊNCIA
MAGNITUDE
NATUREZA

DURAÇÃO
FASES DE

GRAU DE

GRAU DE
ÁREA DE
Emissão de gases poluentes I, O N I T M D A
Lançamento de partículas sólidas na
I, O N I T B D M
AR

atmosfera
Presença de odores desagradáveis O N R T M D, I A
Ruídos I N R T M D A
Alteração da qualidade da água
O, D N I P A D A
ÁGUA

subterrânea
FISICO

Alteração da qualidade da água


O, D N I P A D A
superficial
Compactação O N I T M D M
Alteração da qualidade do solo I, O N I P A D A
SOLO

Alteração da estrutura geotécnica


I, O N I P A D A
do solo
Erosão I, O N R T M D A
Alteração da paisagem I, O N R P A D A
IMPACTOS

FLORA

Alteração da cobertura vegetal I N I P B D B


BIÓTICO

Redução da biodiversidade da flora I N I T B I B


Perda de habitat I N I P B I B
FAUNA

Alteração da comunidade O N I T B I B
Redução da biodiversidade da fauna I, O N I T B I B
ECONÔMICO

Aumento da arrecadação municipal O P R T A D, I A

Geração de emprego e renda I, O P R T A D, I A


Desvalorização imobiliária do
I, O N I P M I B
ANTRÓPICO

entorno
Destinação correta dos resíduos O P I T A D A

Proliferação de vetores e doenças O N R T A D, I A


SOCIAL

Alteração no cotidiano da
I, O N I T B I B
população no entorno
Ocorrência de acidentes de trabalho I, O N R T B D B
Aumento do tráfego de veículos I, O N R T M D A

Após avaliação dos impactos identificados na Matriz, foram constatados os seguintes


impactos ambientais que obtiveram maior significância negativa ou positivas de acordo com a
caracterização:
183

A alteração na paisagem ocorrerá primeiramente durante a instalação do aterro


sanitário, onde haverá maior circulação de pessoas, veículos e maquinários, que realizarão as
atividades de preparação do terreno, movimentação no solo, escavação e impermeabilização
das células para posterior destinação dos resíduos sólidos, e na construção das estruturas do
empreendimento, tanto as temporárias quanto as permanentes. A fase de operação também
promoverá a modificação na paisagem, pois os resíduos serão recebidos e dispostos nas
células, acarretando a modificação do aspecto visual do terreno.
A alteração da estrutura geotécnica do solo ocorrerá durante as obras de instalação e
durante a operação do empreendimento, onde serão realizadas terraplanagens para a
instalação das células e construção de estradas e edificações, causando alterações nas
características da estabilidade natural do terreno.
Os processos erosivos do solo estão previstos nas etapas de implantação e operação do
aterro sanitário, em função das movimentações do solo, e do fluxo d’água pluvial.
A alteração da qualidade do ar e odores está prevista durante a fase de instalação do
empreendimento, onde ocorrerá a emissão de gases provenientes da queima de combustível
dos veículos automotores que circularão no local, e nas operações de máquinas, onde ocorrerá
também emissão de material particulado (poeira). Na fase de operação as emissões de gases se
darão principalmente pela decomposição dos resíduos sólidos nas células do aterro, pela
emissão de odores proveniente dos resíduos, além da queima de combustível dos veículos.
Apesar da possível geração de odores, a localização do empreendimento é afastada do centro
urbano, em área rural, sem construções vizinhas.
A emissão de ruídos está relacionada com a geração de ruídos na implantação,
relativas ao trânsito de máquinas pesadas, equipamentos e veículos durante a execução das
obras, alterando o ambiente sonoro do entorno do empreendimento.
As principais alterações da qualidade da água e do solo se dão pela possibilidade de
poluição por resíduos durante o transporte e disposição destes nas células do aterro sanitário, e
a poluição por efluentes líquidos em decorrência da decomposição dos resíduos onde ocorre a
geração de chorume tanto na fase de operação quanto na fase de desativação das células.
Proliferação de vetores na etapa de operação das atividades, em decorrência do
acúmulo de resíduos ser um atrativo para diversas espécies de roedores e insetos voadores,
principais transmissores de doenças, vírus, bactérias e verminoses.
Interferências o fluxo local e regional de veículos pelo aumento do tráfego, em
decorrência do aumento na circulação de veículos para atender desde a etapa de instalação do
empreendimento, até a operação da atividade no local.
184

O incremento na economia, a partir da geração de empregos e renda nos diferentes


tipos de contratações, diretas e indiretas, nas fases de implantação e operação do aterro
sanitário. A circulação dos recursos financeiros aumenta o nível da economia local, através do
consumo de equipamentos e materiais para a operação das atividades.
Aumento da capacidade de destinação final ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos Classe IIA e IIB, na fase de operação do aterro sanitário que permitirá a disposição
destes resíduos em local adequado e de acordo com a legislação ambiental vigente.

12.4 MEDIDAS OTIMIZADORAS, MITIGADORAS, COMPENSATÓRIAS

As medidas de natureza preventiva, mitigadora e compensatória, para impactos


negativos, bem como as de caráter potencializador, para os impactos positivos, são definidas,
descritas e indicadas as suas ações na Tabela 30, a seguir.

Tabela 30 - Ações de medidas compensatórias e mitigadoras dos impactos ambientais


Impacto Identificado Medidas Ações das Medidas

- Empreendimento localizado em área rural, sem


Compensatórias e de construções vizinhas;
Alteração na paisagem
controle - Alterações restritas ao terreno do empreendimento;
- Cortinamento vegetal no entorno da propriedade.
- Minimizar a exposição e movimentação de solo e
realizar medidas de contenção em áreas sujeitas a este
processo;
Alteração da estrutura Preventivas e
- Projeto de drenagem adequado à previsão de eventos
geotécnica do solo mitigadoras
hidrológicos extremos (chuvas intensas);
- Monitoramento do nível freático;
Monitoramento geotécnico.
- Construção de valetas para a drenagem superficial ao pé
dos taludes em toda a área, interceptando e desviando o
Preventivas e
Erosão escoamento superficial das águas pluviais, evitando a
mitigadoras
erosão dos taludes e desviando o fluxo d’água a montante
do aterro.
- Realizar aspersão de água durante as obras, em áreas e
vias não pavimentadas, reduzindo a emissão de poeira;
- Cobertura diária da camada de resíduo;
- Monitoramento das emissões atmosféricas;
Alteração da qualidade do ar Preventivas e - Utilização de equipamentos íntegros e em boas
e odores mitigadoras condições e realizar a manutenção corretiva caso
observem-se anormalidades;
- Manutenção do cortinamento vegetal no entorno do
empreendimento;
- Sistema de drenagem de gases.
- Atividades geradoras de ruídos na fase de execução das
obras realizadas durante o dia e restritas para o período
Preventivas e
Emissão de ruídos noturno, sempre que possível;
mitigadoras
- Seleção de veículos e equipamentos incluindo o
desempenho acústico, e mantida a manutenção do estado
185

geral dos mesmos.

- Sistemas de impermeabilização do fundo e das laterais


das células;
- Sistema de drenagem dos lixiviados;
Contaminação da água e do Preventivas e
- Sistemas de drenagem das águas superficiais;
solo mitigadoras
- Manutenção e monitoramento contínuo das estruturas na
operação do empreendimento;
- Promover treinamentos à equipe de operação.
- Controle da presença de animais no empreendimento;
- Cobertura diária dos resíduos dispostos nas células;
- Isolamento do entorno do empreendimento;
Proliferação de vetores e Preventivas e de
- Ações de educação ambiental com os funcionários e a
doenças controle
população do entorno;
- Instalação de iscas e armadilhas para controle de vetores
e pragas;
- Treinar os trabalhadores para manterem boa conduta
social e ambiental, para adotarem os procedimentos de
segurança e direção defensiva nos deslocamentos;
- Gerenciamento da frota;
- Planejamento das obras considerando adoção de
Aumento do tráfego de Preventiva e procedimentos adequados para a movimentação de
veículos mitigadoras veículos no que se refere a: horários; sinalização;
adequações em decorrência da capacidade de suporte ou
segurança; limites de velocidade;
- Adequação da rodovia para acesso e saída do
empreendimento, bem como sinalização apropriada;
- Dispor de atendimento de emergência e sinistros.
- Priorizar a contratação de mão de obra local;
Incremento na economia Potencializadora - Priorizar a contratação de serviços, consumo de
materiais e equipamentos no município.
Aumento da capacidade de
- Treinamento dos trabalhadores para adotarem os
destinação correta dos
Potencializadora procedimentos de segurança no desenvolvimento de suas
resíduos sólidos Classe IIA
funções.
e IIB

12.5 ACOMPANHAMENTO, CONTROLE E MONITORAMENTO

O projeto deve ser concebido de forma em que atue em harmonia com o meio
ambiente. As ações de acompanhamento, controle e monitoramento, propostas para o
empreendimento, compreendem ou se inserem no escopo de programas específicos propostos
para o monitoramento e controle dos impactos negativos.
O monitoramento da área consiste em adotar medidas de controle e mitigação
resultando assim na eficiência ambiental e sanitária de todo o sistema. Adotar medidas de
verificação de possíveis incompatibilidades, possibilitando-se assim medidas corretivas para
evitar possíveis impactos no meio ambiente.
Segue alguns os programas de acompanhamento, controle e monitoramento, propostos
para a operação do aterro:
186

12.6 PROGRAMA DE COMPENSAÇÃO AMBIENTAL

A compensação ambiental é uma exigência legal para empreendimento de relevante


impacto ambiental, conforme a Resolução CONAMA nº 002/1996 e a Lei Federal nº
9.985/2000. A fim de estabelecer os procedimentos de compensação de forma organizada e
bem documentada em conjunto com o órgão ambiental propõe-se a execução deste Programa
de Compensação Ambiental.
A compensação ambiental deve contemplar as etapas de definição em conjunto com o
órgão ambiental licenciador sobre a melhor forma de aplicação dos recursos destinados à
compensação (a ser realizado ao longo do processo de licenciamento ambiental), e o
estabelecimento de cronograma e atividades para atendimento das ações acordadas com o
órgão ambiental.
Neste projeto atenderemos o disposto na Lei Federal nº 9985/200, segue abaixo
sugestões de UNC a serem beneficiadas, com 0,5% dos custos totais previstos na implantação
do empreendimento.
A empresa PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA,
inscrito no CNPJ nº 33.729.746/0001-90, localizada no Acesso à Rodovia BR 287, Km 532,
Imóvel Rural Denominado Parte da Granja União, Localidade de Vista Alegre, 1º Distrito,
município de São Borja – RS, CEP: 97.670-000, vem por meio deste apresentar
PROPOSTA DE UNIDADE a ser beneficiado com 0,5% da Lei Federal nº 9985/2000 –
Sistema Nacional de Unidade de Conservação da Natureza e Decreto Federal nº 4.340/2002 e
CONAMA nº 371/06, sendo que segue abaixo sugestão de 02(duas) UC, onde uma delas
poderá ser beneficiada, após análise e aprovação deste órgão ambiental.
- Parque Estadual do Espinilho engloba áreas importantes para a conservação,
incluindo parte do curso do arroio Quaraí-chico, até a sua foz com o rio Uruguai. O Parque é
importante para a conservação de uma formação vegetal que só ocorre na região (savane
estepe e savana parque), com espécies características, como o espinilho (Acacia caven), o
algarrobo (Prosopis nigra) e o inhanduvai (Prosopis affinis). Além da formação vegetal
única, várias espécies da fauna estão associadas a esse tipo de formação, e dependem do
Parque para a manutenção de suas populações. Pertence ao Bioma Pampa com área de
1.617,14 ha, localizada no município de Barra do Quaraí.
- Reserva Biológica do São Donato tem como objetivo de criação a proteção de áreas
úmidas presentes na região oeste do Rio Grande do Sul, abrangendo a área conhecida como
Banhado São Donato. A Reserva abrange, além dos banhados, porções menos extensas de
187

ambientes florestais e campestres. Pertence ao Bioma Pampa com área de 4.392 ha, localizada
na Itaqui e Maçambara.

12.7 IMPLANTAÇÃO E SUPERVISÃO AMBIENTAL DO CORTINAMENTO


VEGETAL

O cortinamento vegetal tem a função de criar uma barreira em torno do aterro,


isolando a área, e é utilizado para minimizar os impactos visuais e neutralizar os odores
gerados pela área de disposição dos resíduos. A implantação da cortina verde deve ser
realizada com o plantio de espécies arbóreas e as mesmas devem ser monitoradas a longo
prazo, sendo realizado sempre que necessário o manejo, replantio das espécies mortas e
retirada das ervas daninhas.

12.8 INSPEÇÃO DAS ESTRUTURAS FÍSICAS DO EMPREENDIMENTO

Deve ser mantida a frequência de inspeções das estruturas físicas do aterro sanitário,
desde iluminação, acessos, presença de vetores até a manutenção dos sistemas de drenagem
de chorume, gases e de águas superficiais. A fim de que os mesmos não ofereçam risco ao
meio ambiente.

12.9 PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Deve ser realizado o controle de entrada e saída de caminhões, pesados em balança


prevista para o local, anotados os resultados e encaminhados através de relatórios para o
controle da quantidade de resíduos aterrado no local. É importante que tenha uma pessoa
responsável pela fiscalização, que este passe por um treinamento técnico, para manter em dia,
todo o histórico de operação do aterro. Também é necessário, que o pessoal encarregado pelos
serviços de portaria e recepção dos resíduos, recebam treinamentos específicos para que sejam
capazes de identificar visualmente os resíduos que chegarão ao aterro.

12.10 MONITORAMENTO E CONTROLE DOS EFLUENTES LÍQUIDOS

O chorume é um efluente líquido escuro proveniente da decomposição dos resíduos


dispostos nas células. Possui alta concentração de demanda biológica de oxigênio (DBO) e
188

alta concentração de demanda química de oxigênio (DQO), se tornando um liquido altamente


poluente.
Os recursos hídricos superficiais e subterrâneos da área de influência do
empreendimento poderão receber contaminantes provenientes dos resíduos ou de seu
chorume, devido a vários fatores como à falta da camada de cobertura superficial no solo,
presença de pilhas provisórias de resíduos na superfície do aterro, infiltração do percolado no
subsolo ou pela ocorrência de problemas no sistema de drenagem profunda.
O monitoramento do efluente é realizado pela necessidade de controlar a geração de
descarga de líquidos lixiviados no sistema de tratamento e de manter o controle da qualidade
do chorume após o tratamento na lagoa de lixiviado, através de parâmetros físico-químicos do
efluente bruto e do efluente tratado, para análise da eficiência do sistema.

12.11 MONITORAMENTO DA QUALIDADE DO AR E ODORES

O monitoramento ambiental que envolve parâmetros de qualidade do ar deve ser


realizado periodicamente e, em caso de maiores reclamações por parte da população do
entorno, a realização de monitoramento de odor deve ser realizada em pontos específicos.
Quando as amostragens forem realizadas, as condições meteorológicas devem ser
monitoradas simultaneamente para auxílio na interpretação dos resultados. Para a verificação
de atendimento aos padrões de qualidade do ar deve-se apurar o que consta na Resolução
CONAMA nº 003/1990. Esta resolução descreve os poluentes que possuem padrões de
qualidade do ar e seus respectivos limites.

12.12 PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO E TREINAMENTO DOS FUNCIONÁRIOS

Deverá ser desenvolvido um programa de treinamento e segurança do trabalho,


voltado para as questões de conduta dos colaboradores no ambiente de trabalho, práticas
sanitárias e higiene, bem como aos cuidados relativos ao meio ambiente e a manutenção de
ambientes livres de vetores.

12.13 PROGRAMA DE CONTROLE DE EROSÃO E ASSOREAMENTO

O plano de controle de erosão e assoreamento apresenta medidas para evitar a


ocorrência de movimentos de massa, perda de solo e/ou carreamento de sólidos para corpos
189

d’água do entorno, bem como evitar problemas de instabilidade de encostas e maciços de


terra, que podem ocorrer devido às interferências como limpeza de áreas e terraplanagem.
Dessa forma, as ações têm enfoque nas áreas de taludes de cortes e aterros, áreas de
exploração de materiais e bota-foras, áreas de canteiros de obras e de caminhos de serviço,
que serão utilizadas principalmente durante a fase de implantação do empreendimento.
As áreas-alvo terão procedimentos específicos de acordo com o uso anterior à
implantação do empreendimento. Para aquelas que sofrerão alterações temporárias, a
recuperação poderá constituir-se da retomada do uso original. Já as que sofrerão alteração
permanente no uso, poderão ser reintegradas paisagisticamente, a partir do plantio de espécies
da flora regional.
As ações do programa podem ser divididas em preventivas e mitigatórias, de acordo
com o apresentado a seguir:
Medidas preventivas:
 Identificação e monitoramento das áreas mais suscetíveis a processos erosivos;
 Diagnóstico dos dispositivos de drenagem pré-existentes próximos à obra;
 Sistema de drenagem de água pluvial eficiente;
 Minimização de descidas d’água pluviais e pontos de lançamento;
 Ajuste constante da orientação do escoamento sobre o solo exposto;
 Limpeza constante dos dispositivos de retenção de sedimentos;
 Proteção superficial dos solos sem proteção vegetal.
Medidas mitigatórias:
 Selamento de trincas no solo com argila e correção de sulcos de erosão pelo
lançamento e compactação de solo de boa qualidade;
 Recompor as áreas degradadas próximas e/ou atingidas pelas obras de implantação;
 Forração emergencial de áreas instáveis com filme plástico;
 Antecipação da forração vegetal, caso necessário.

12.14 PROGRAMA DE MONITORAMENTO, CONTROLE E REDUÇÃO DAS


EMISSÕES ATMOSFÉRICAS.

A concepção do projeto prevê a geração de gases pela massa de resíduos, bem como
será instalado sistema de drenagem de gases para evitar a geração de pressão internar. Além
190

disso, atividades como a demolição, transporte e descarregamento de material e trânsito de


veículos também emitem partículas na atmosfera, alterando sua qualidade.
Dessa forma, o monitoramento da qualidade do ar no local visa acompanhar os níveis
de poluição atmosférica em decorrência das operações do empreendimento, para que, caso
seja necessário, medidas de controle e redução sejam adotadas, com o propósito de manter a
saúde e o conforto das comunidades próximas ao aterro sanitário.
Entre as atividades do programa, estão:
 Determinar a exposição das comunidades aos poluentes;
 Avaliar os impactos gerados pelas fontes de emissão de poluentes (motores
automotivos e equipamentos);
 Monitorar a geração de gases no interior do aterro.
A decomposição dos resíduos no interior do aterro resulta na emissão de alguns gases,
sendo eles principalmente gás metano (CH4) e gás carbônico (CO2). O monitoramento dessa
geração deve ser feito por meio da realização de análises semestrais das concentrações desses
dois compostos que emanam do aterro.
Além disso, para que possíveis odores provenientes do aterro não seguem as
comunidades próximas, será implantada uma barreira com cortina vegetal no entorno do
aterro.
Para atenuação da magnitude do impacto de emissão de poeiras e gases durante a
implantação do aterro, é proposta a mitigação através das seguintes ações:
Demolição

 Evitar o uso de explosivos e utilizar de demolição manual ou mecanizada, onde há


menor dispersão de material particulado;
 Observar a velocidade dos ventos nas ocasiões de demolição, para evitar dispersão;
 Manter o solo úmido após o término da demolição.
Emissão de partículas de outras atividades (serragem, britagem, quebra, lixamento, entre
outros)

 Cercar os pontos de emissão com telas de malha fina ou outras barreiras físicas, de
modo a garantir que as partículas não passem dos limites da obra;
 Aspergir água, antes e durante a emissão de poeiras;
 Adotar sistemas de aspersões fixos ou manuais como procedimento de controle.
Descarga e transporte de material
191

 Utilização de cobertura com lonas nas caçambas e baús dos caminhões, quando do
transporte de materiais granulados;
 O lançamento do material deve ser feito da menor altura possível.
Armazenamento de resíduos na obra

 Os resíduos de demolição devem ser removidos o quanto antes da obra, evitando sua
exposição a ventos e chuvas;
 Utilização de locais com menor ação dos ventos para armazenamento de materiais
granulares.
Trânsito de veículos

 Aspersão constante de água nas vias de tráfego internas e acessos não pavimentados;
 Utilização de escória ou brita nas vias não pavimentadas e acessos, com o intuito de
reduzir as emissões de particulados na passagem dos veículos;
 Controle da velocidade dos veículos em toda a área;
 Realização de manutenção preventiva nos veículos de transporte e maquinários, de
forma a manter os motores regulados.

12.15 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS

Esse programa deve propor medidas para recuperação ou restauração de áreas por
ventura afetadas pela instalação, operação ou desativação do empreendimento, bem como
quando forem identificados passivos ambientais.
Em decorrência das ações de implantação do empreendimento, tornam-se inevitáveis
atividades de demarcação e limpeza das áreas de canteiro de obras, áreas de desmate, jazidas,
terraplanagem, entre outras, que causam impactos ambientais.
A recuperação de áreas degradadas é, portanto, um conjunto de medidas a serem
adotadas com o objetivo de restabelecer o equilíbrio do ecossistema existente anteriormente a
instalação.
Tais medidas abrangem áreas onde houver movimentação de terra ou retirada de solo,
assoreamento de cursos d’água, bem como a recuperação ambiental da área do aterro, após
sua desativação.
Para atendimento ao programa, serão necessárias as seguintes ações:
 Demarcação dos locais onde estão sendo realizadas obras;
192

 Ações de controle de degradação e erosão;


 Não utilizar áreas do entorno para deposição de materiais e equipamentos;
 Ao final da implantação, realizar limpeza geral nas áreas do entorno, removendo
restos de materiais de construção civil, materiais desgastados, e aqueles que não se
fazem mais necessários;
 Cobertura do solo exposto com vegetação;
 Retirar as estruturas do canteiro de obras, e fazer a recuperação dos locais por meio da
regularização do terreno.

12.16 PROGRAMA DE CONTROLE DE TRÁFEGO

A alteração no tráfego local está ligada a movimentação de equipamentos e veículos


vinculados às obras de implantação, limpeza e preparação dos terrenos, implantação dos
canteiros de obras, transporte de materiais, além da própria movimentação dos veículos
trazendo resíduos quando o empreendimento estiver em operação.
Essas interferências no tráfego, deverão ser mitigadas através da adoção de medidas de
controle, relacionadas à movimentação e circulação de veículos e máquinas, ao transporte de
cargas propriamente dito e à sinalização de orientação aos motoristas e proteção aos
transeuntes.
Para que essa movimentação não prejudique o trânsito do entorno, bem como sejam
reduzidos os riscos de acidentes, deverão ser adotadas as seguintes medidas:
 Manutenção de um canal direto de comunicação entre o empreendimento, a
administração municipal e a população diretamente afetada;
 Determinação de horários fixos para o funcionamento das atividades de implantação
do empreendimento;
 As velocidades permitidas aos veículos de carga e pessoal vinculado às obras deverão
ser sumariamente respeitadas;
 Reforço das sinalizações horizontais e verticais;
 Sinalização indicativa oficial orientando aos usuários.
Os materiais deverão ser transportados por veículos apropriados à natureza do
material: caçambas ou carros–pipas para evitar vazamentos ou transbordos de materiais
úmidos, e caçambas fechadas/cobertas por lonas ou acondicionamento de materiais secos para
evitar a produção de poeiras.
193

Caso seja necessário, o desvio de trânsito só poderá ser efetuado com autorização das
autoridades competentes, utilizando-se para isso barreiras, com sinalizações de advertência,
que serão removidas logo após o término dos serviços, retomando as condições originais do
local afetado.

12.17 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A formação de uma consciência ambiental depende não apenas da existência de um


conjunto ordenado de leis, mas principalmente, da concepção de valores éticos, morais e
ambientais. Dessa forma, o programa de educação ambiental busca sensibilizar a comunidade
em relação ao cenário atual dos resíduos sólidos, buscando enfatizar a importância da
participação individual na não geração, redução, reutilização e reciclagem dos resíduos.
O programa visa informar a população e operários envolvidos por meio de ações
educativas sobre as características ambientais e socioeconômicas da região, privilegiando a
disseminação de informações sobre as iniciativas de preservação da qualidade ambiental
relacionadas ao empreendimento.
Para alcançar o resultado almejado, devem ser seguidas as seguintes recomendações:
 Identificação das entidades e instituições atuantes no local ligadas às questões
ambientais, identificando seu alcance e grau de eficiência;
 Mobilização de pessoal, de modo a estabelecer interações positivas com a comunidade
local e com a mão-de-obra alocado no empreendimento;
 Estabelecer parcerias com instituições regionais ligadas às áreas de educação e meio
ambiente e outros parceiros locais capazes de colaborar com as ações do plano;
 Realizar visitas com grupos escolares, de entidades e da sociedade, visando apresentar
a forma de trabalho do empreendimento, bem como ministrar palestrar palestras sobre
os assuntos pertinentes a cuidados ambientais e destino dos resíduos;
 Realização de cursos, minicursos, campanhas de fomento ao conhecimento sobre
resíduos sólidos, reciclagem e destinação ambientalmente correta;
 Acolher as informações da comunidade, suas expectativas e possíveis insatisfações;
 Estimular, prioritariamente, a prática da separação do lixo gerado e da coleta seletiva;
 Incentivar a prática de gestão de resíduos pautados nos 3 R’s da minimização:
redução, reutilização e reciclagem de resíduos sólidos gerados.
194

12.18 PROGRAMA DE PARTICIPAÇÃO DAS COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DE


CATADORES

A coleta de material reciclável é necessária para diminuir o volume de material que é


encaminhado ao aterro. Se for realizada de maneira adequada, a atividade é integrada aos
serviços ambientais necessários para a melhoria da qualidade de vida na região,
principalmente das famílias de baixa renda que realizam o trabalho. Sendo assim, a inclusão
social da parcela de catadores é de suma importância para as operações do aterro sanitário e
desenvolvimento da região.
A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) determina uma ordem de prioridade
para a gestão e o gerenciamento dos resíduos sólidos, a saber: não geração, redução,
reutilização, reciclagem, tratamento dos resíduos e disposição final ambientalmente adequada.
Todos estes aspectos condizem com a proposta de responsabilidade compartilhada pelo ciclo
de vida dos produtos.
O Artigo 7º da Lei nº 12.305/2010 elenca diversos objetivos da Política Nacional de
Resíduos Sólidos e dentre eles, destaca-se no inciso XII a integração dos catadores de
materiais reutilizáveis e recicláveis nas ações que envolvam a responsabilidade compartilhada
pelo ciclo de vida dos produtos. Assim, considerando-se o ciclo de vida dos produtos, e a
ordem de prioridade na gestão, os catadores de materiais reutilizáveis ou recicláveis são
figuras importantes.
Dessa forma, a implantação do programa de participação das cooperativas e
associações de catadores deve ocorrer desde o início da implantação do empreendimento,
tendo as seguintes ações a serem realizadas:
 Levantamento da situação, avaliação de expectativas dos catadores que atuam nas
cidades envolvidas;
 Reuniões com os catadores participantes das cooperativas e associações para definição
das ações a serem instituídas;
 Treinamento e capacitação dos catadores;
 Acompanhamento da operação das cooperativas e associações.
Em todas as ações propostas, é importante também a participação do poder público,
principalmente no que se referir a mobilização e encontro dos catadores envolvidos, devido a
sua atuação e contato mais próximo e facilitado.
195

12.19 PLANO DE OPERAÇÃO

Os procedimentos de operação do PGR Aterro devem ser realizados de forma a


assegurar seu funcionamento como destinação final ambientalmente adequada de resíduos
sólidos urbanos gerados nos municípios da região, ao longo de sua vida útil. A rotina
operacional ocorrerá nas etapas descritas a seguir.

 Recebimento dos resíduos


A recepção dos resíduos é realizada na guarita do aterro, onde os veículos coletores,
previamente cadastrados e identificados, são verificados. Deve ser anotada a origem, a
natureza e a classe dos resíduos que chegam ao empreendimento.
Na balança existente no local, será realizada a pesagem dos caminhões, antes e depois
do descarregamento dos resíduos, para controle da quantidade diária e mensal de resíduos
dispostos no aterro. Posteriormente, os motoristas são orientados quanto ao local de
descarregamento dos resíduos.
Serão recebidos no local Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) da Classe II A – Não
perigosos e não inertes e, em menor quantidade, resíduos Classe II B – Não perigosos e
inertes. Os RSU têm origem residencial, comercial e limpeza urbana (varrição, capinação e
poda). Sob nenhuma hipótese devem ser recebidos resíduos sólidos da Classe I – Perigosos.

 Disposição dos resíduos


A área de disposição dos resíduos deve ser demarcada diariamente, de forma a orientar
o tratorista sobre os limites laterais e o avanço previsto na frente de trabalho ao longo do dia.
A demarcação da frente de trabalho diária permite uma melhor manipulação do resíduo,
tornando o processo de disposição mais prático e eficiente.
Em períodos de chuvosos ou de ventos intensos, deve ser realizada limpeza constante
de materiais que porventura saiam da frente de operação.

 Descarga, espalhamento e compactação dos resíduos


Os caminhões carregados devem depositar os resíduos em pilhas próximas à frente de
operação. O desmonte das pilhas é realizado com o auxílio da lâmina do trator de esteira que,
em seguida, procede o seu espalhamento e compactação.
196

A compactação é realizada por meio da repetição de movimentos de vai e vem do


equipamento sob os resíduos. As passadas devem ser repetidas até que se verifique,
visualmente, que o incremento do número de passadas não ocasiona redução do volume
aparente da camada, sendo recomendadas, no mínimo, 6 passadas sucessivas.

 Uniformes e EPI’s
A empresa deverá fornecer aos seus colaboradores uniformes e EPI’s, tais como
camisetas em malha de algodão, jaquetas, calças, calçados de segurança, luvas de proteção,
capas de chuva, dentre outros.
As peças deverão ser repostas sempre que se apresentarem desgastadas, destruídas ou
impróprias para a sua finalidade.

12.20 PLANO DE ENCERRAMENTO

O termo desativação ou encerramento não deve ser entendido como simplesmente o


fim de recebimento e aterramento de resíduos no local do empreendimento, mas o
planejamento de outras atividades a serem desenvolvidas, visando controlar e eliminar
eventuais alterações de ordem ambiental, bem como prevenir a propagação de vetores e
outros agentes que possam colocar em risco a saúde pública.
Uma vez cessadas as atividades de deposição de resíduos, deve-se dar início à
implantação de um projeto paisagístico final, visando melhorar a parte estética e ambiental do
local.
Os resíduos deverão estar confinados de forma segura, facilitando a cobertura final
com solo argiloso, seguido de terra fértil e espécies vegetais.
Os processos erosivos devem ser evitados, pois arrastam a parte nutritiva do solo e
abrem fendas, que propiciam a infiltração de água no maciço. Ao notar-se qualquer sinal de
erosão, as fendas devem ser corrigidas com argila, terra vegetal e gramíneas.
Com o encerramento das atividades do empreendimento, é necessário o
monitoramento, sobretudo dos efluentes líquidos e gasoso, que continuarão sendo gerados.
Após o fim de recebimento de resíduos, o monitoramento das águas subterrâneas deverá
continuar por cerca de 20 anos, período que pode ser reduzido uma vez constatado o término
da geração de líquido percolado ou, então, estendido caso se acredite ser insuficiente.
Somente após atestada a estabilização do maciço de resíduos por meio de
monitoramento, o local poderá ser utilizado para sistemas de lazer, área verdes, quadras de
197

esportes, parques e outros equipamentos de lazer compatíveis, bem como atrativos para
práticas de educação ambiental, devidamente avaliadas e aprovadas pelos órgãos ambientais
competentes.
Para orientar o encerramento das atividades o programa irá orientar os
monitoramentos necessários a fim de detectar possíveis desconformidades, evitando danos
ambientais por falta de acompanhamento. Para tanto, as ações realizadas serão:
 Monitorar a qualidade das águas subterrâneas e superficiais;
 Monitorar a qualidade do chorume e do sistema de tratamento;
 Realizar inspeção visual nas áreas do empreendimento, observando indícios de
fissuras e rompimento nas camadas de cobertura das células e/ou movimentação de
massa de resíduos;
 Acompanhar a cobertura vegetal e processos erosivos sobre a célula encerrada.
Os aspectos técnicos a serem observados durante as atividades de inspeção e
manutenção são:
 Manutenção do sistema de drenagem superficial;
 Manutenção do sistema de drenagem do percolado;
 Manutenção do sistema de drenagem de gases;
 Correção dos recalques, taludes e bermas;
 Acompanhamento da cobertura vegetal sobre as células;
 Manutenção do sistema de monitoramento ambiental;
 Manutenção de acessos, cercas e portões;
 Manutenção das instalações administrativas e operacionais;
 Controle de processos erosivos.

12.20.1.1 MONITORAMENTO DO BIOGÁS

O gás gerado no aterro é um produto da decomposição do material orgânico presente


na massa de resíduos que compõem o maciço, sendo que sua geração permanece durante os
anos seguintes ao de encerramento das atividades do aterro sanitário. A presença de gases, do
ponto de vista geotécnico, influi no conjunto das pressões internas de fluidos do maciço. A
leitura das pressões de gás pode ser feita nos piezômetros de câmara sifonada com a
instalação de um registro para conexão de um manômetro de gás, que pode ser removível.
198

O conhecimento da distribuição das pressões neutras no interior do maciço do aterro


permite verificar a eficiência dos sistemas de drenagem interna, e constitui importante
subsídio para a análise de estabilidade dos seus taludes.
Quando a geração de biogás é pequena, este praticamente se diluirá na atmosfera; caso
esta quantidade seja alta, dever-se-á efetuar uma queima controlada ou nos casos que o biogás
se apresente em níveis significativos, proceder-se-á uma perda de gás controlada. Em todo
caso, ao observar-se qualquer aumento na produção de biogás, registrar-se-á no diário de
obras do aterro fechado, além de solicitar a assessoria de pessoal especializada

12.20.1.2 MONITORAMENTO DAS ÁGUAS SUPERFICIAIS

As amostras de água superficial para análise são coletadas em pontos de amostragem


definidos a partir da localização do aterro em relação à direção dos fluxos do escoamento
superficial.
Devem ser definidos pelo menos três pontos para amostragem das águas superficiais:
um ponto à montante do aterro (isento da influência do aterro), um ponto central à localização
do aterro, e um ponto a jusante (supostamente sob a influência da presença do aterro).
A periodicidade da coleta de amostras de água superficial e a lista de parâmetros para
análises físico-químicas e microbiológicas são submetidas à apreciação das autoridades
ambientais.
Os resultados das análises dos parâmetros inorgânicos e microbiológicos das amostras
de água superficial coletadas nos pontos de amostragem são comparados aos valores máximos
permissíveis (V.M.P.) indicados nos padrões de referência de qualidade ambiental para águas
superficiais estabelecidos na Resolução CONAMA Nº 20, de 18 de junho de 1986. Devendo
ocorrer uma comparação entre a amostra a montante e a jusante do aterro, a fim de se obter
possíveis indícios de contaminação.
Após o encerramento das atividades as análises de água devem ser o cronograma
proposto neste plano.

12.20.1.3 MONITORAMENTO DO CHORUME

Pode-se afirmar que a precipitação pluviométrica e as parcelas das águas pluviais que
infiltram pela camada de cobertura superficial do maciço do aterro constituem as principais
variáveis na geração de percolados e no aumento das vazões de chorume.
199

Conhecer e monitorar o regime de chuvas no local de um aterro torna-se fundamental


para os trabalhos de monitoramento não apenas para o dimensionamento e ajustes dos
dispositivos de drenagem superficial (conservação e manutenção da integridade dos maciços),
mas também para a estimativa das vazões de chorume, mesmo aquelas posteriores ao
encerramento das atividades do aterro.
Eventualmente, analisar as concentrações de metais pesados presentes no chorume
como Chumbo, Cádmio, Ferro, Manganês, Cromo e Bário.
Vale ressaltar que a estabilidade de um aterro depende não apenas dos parâmetros
geotécnicos, mas também da eficiência dos sistemas de drenagem dos líquidos percolados e
dos gases, sendo que esta eficiência de drenagem deve ocorrer também após o encerramento
do aterro sanitário, necessitando monitoramentos frequentes nos primeiros anos.

12.20.1.4 MANUTENÇÃO DA ÁREA

A manutenção vai ocorrer periodicamente, evitando crescimento excessivo das


gramíneas. Visitas serão realizadas a fim de encontrar possíveis deformações na cobertura do
aterro e nos taludes. Os sistemas de coleta de chorume, biogás e drenagem, passaram por
manutenção durante os 20 anos seguintes ao encerramento do aterro, procurando manter a
eficiência destes sistemas que são de grande importância para o monitoramento da área.

12.20.1.5 USO FUTURA DA ÁREA

A área do aterro sanitário desativado, após período de monitoramento,


considerando a não produção de gases, percolados (chorume) e o mesmo apresentar uma boa
estabilidade, poderá ser utilizado como uma área verde, com plantio de árvores exóticas e
nativas afim de buscar um equilíbrio ambiental, onde a fauna e a flora poderão se desenvolver
não sofrendo quaisquer danos a sua sobrevivência.

12.21 PLANO DE ENCERAMENTO DA ÁREA COM GERAÇÃO DE ENERGÉTICO

O biogás é o gás produzido a partir da decomposição da matéria orgânica (resíduos


orgânicos) por bactérias. Na geração de energia do biogás, ocorre a conversão da energia
química do gás em energia mecânica por meio de um processo controlado de combustão. Essa
200

energia mecânica ativa um gerador que produz energia elétrica. O biogás também pode ser
usado em caldeiras por meio de sua queima direta para a cogeração

12.22 APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DO BIOGÁS DO ATERRO SANITÁRIO

A disposição final de resíduos sólidos urbanos produz emissões de gases causadores


do efeito estufa. Com o aumento da população mundial hoje estimada em 6,0 bilhões e o grau
de urbanização que representa 75% do total da população vivendo em cidades, torna-se clara a
necessidade de um correto gerenciamento da disposição final de resíduos sólidos urbanos.
Um aterro de resíduos sólidos pode ser considerado como um reator biológico onde as
principais entradas são os resíduos e a água e as principais saídas são os gases e o chorume. A
decomposição da matéria orgânica ocorre por dois processos, o primeiro processo é de
decomposição aeróbia e ocorre normalmente no período de deposição do resíduo. Após este
período, a redução do O2 presente nos resíduos dá origem ao processo de decomposição
anaeróbia.
O gás de aterro é composto por vários gases, alguns presentes em grandes quantidades
como o metano e o dióxido de carbono e outros em quantidades em traços. Os gases presentes
nos aterros de resíduos incluem o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), amônia (NH3),
hidrogênio (H2), gás sulfídrico (H2S), nitrogênio (N2) e oxigênio (O2). O metano e o dióxido
de carbono são os principais gases provenientes da decomposição anaeróbia dos compostos
biodegradáveis dos resíduos orgânicos. A distribuição exata do percentual de gases variará
conforme a antiguidade do aterro.
Os fatores que podem influenciar na produção de biogás são: composição dos resíduos
dispostos, umidade, tamanho das partículas, temperatura, pH, Idade dos resíduos, projeto do
aterro e sua operação.

12.23 DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS

Geralmente, a geração de biogás inicia-se após a disposição dos resíduos sólidos,


encontrando-se, registros de metano ainda nos primeiros três meses após a disposição,
podendo continuar por um período de 20, 30 ou até mais anos depois do encerramento do
aterro. O gás proveniente dos aterros contribui consideravelmente para o aumento das
emissões globais de metano. As estimativas das emissões globais de metano, provenientes dos
aterros, oscilam entre 20 e 70 Tg/ano, enquanto que o total das emissões globais pelas fontes
201

antropogênicas equivale a 360 Tg/ano, indicando que os aterros podem produzir cerca de 6 a
20 % do total de metano (IPCC, 1995).
Segundo o Primeiro Inventário Nacional de Emissões Antrópicas de Gases de Efeito
Estufa, realizado pelo Governo Federal em 2005, as emissões de metano por resíduos sólidos
no Brasil, para o ano de 1990, foram estimadas em 618 Gg, aumentando para 677 Gg no ano
de 1994. As emissões de metano geradas no tratamento dos resíduos líqüidos de origem
doméstica e comercial foram estimadas em 39 Gg para o ano de 1990, subindo para 43 Gg em
1994.

12.24 APROVEITAMENTO ENERGÉTICO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

Objetivo do projeto de aproveitamento energético do biogás produzido pela


degradação dos resíduos é convertê-lo em uma forma de energia útil tais como: eletricidade,
vapor, combustível para caldeiras ou fogões, combustível veicular ou para abastecer
gasodutos com gás de qualidade. Independente do uso final do biogás produzido no aterro,
deve-se projetar um sistema padrão de coleta tratamento e queima do biogás: poços de coleta,
sistema de condução, tratamento (inclusive para desumidificar o gás), compressor e flare com
queima controlada para a garantia de maior eficiência de queima do metano. Existem diversos
projetos de aproveitamento energético no Brasil, como nos aterros Bandeirantes e São João,
no município de São Paulo, que já produzem energia elétrica.

12.25 O MECANISMO DE DESENVOLVIMENTO LIMPO - MDL

O MDL permite a certificação de projetos de redução de emissões nos Países não


contidos no Anexo I do Protocolo de Quioto e a posterior venda das reduções certificadas de
emissão, para serem utilizadas pelos países desenvolvidos como modo suplementar para
cumprirem suas metas. Esse mecanismo deve implicar em reduções de emissões adicionais
àquelas que ocorreriam na ausência do projeto, garantindo benefícios reais, mensuráveis e de
longo prazo para a mitigação da mudança do clima.
Na busca de conciliar o agir local com o pensamento global, o Ministério do Meio
Ambiente e o Ministério das Cidades desenvolvem, desde 2004, o "Projeto para Aplicação do
Mecanismo de Desenvolvimento do Limpo (MDL), na Redução de Emissões em Aterros de
Resíduos Sólidos", financiado pelo Banco Mundial por meio do fundo PHRD (Policy and
202

Human Resources Development Fund ) que opera com recursos do Governo Japonês.

12.26 AÇÕES E METAS

A elaboração dos Planos Estaduais de Gestão Integrada de Resíduos Urbanos visando


organizar a gestão integrada de resíduos sólidos nos estados do Brasil e apoiar o
consorciamento entre entes federados. Os planos prevêem a realização de um estudo de
regionalização individualizado por estado propondo infra-estrutura necessária para equacionar
o problema relacionado à disposição inadequada de resíduos sólidos. Dentre as ações
previstas nos Planos, estão a construção de aterros sanitários com previsão de uso tecnologia
adequada para a recuperação de metano, a eliminação de lixões, a compostagem e a
reciclagem.
O Plano Nacional de Mudanças do Clima contém metas para aumento da reciclagem
resíduos sólidos para 20% até o ano de 2015. A perspectiva é tomar como base as
experiências exitosas do Programa de Coleta Seletiva de resíduos sólidos domiciliares
desenvolvidas em alguns municípios brasileiros. Além disso, o Plano também contém metas
de incentivo ao aproveitamento energético do biogás de aterro sanitário.
Outra iniciativa que está sendo proposta é o Programa de compra de resultados futuros
no Manejo de Resíduos Sólidos, cujo objetivo principal é a busca de sustentabilidade no
processamento de resíduos.
Também está em avaliação um projeto de incentivo a produção de energia elétrica do
biogás de aterro sanitário por meio da criação de um mercado assegurado com valores de
venda da energia produzida que tornem o mercado de comercialização de biogás viável
economicamente.
12.26.1 Quadro resumo de programas ambientas
Fase

Encerramento
Implantação
Programa Objetivo

Operação
Compensar a comunidade e o meio ambiente devido aos danos causados pelo
Compensação ambiental X X
empreendimento, considerado de relevante impacto ambiental.
Minimizar os impactos visuais e neutralizar os odores gerados pela área de
Implantação do cortinamento vegetal X
disposição dos resíduos.
Inspeção das estruturas físicas do Garantir a eficiência das operações do local, de modo que não ofereça danos ao
X X
empreendimento meio ambiente e a comunidade do entorno.
Realizar o controle qualitativo e quantitativo dos resíduos sólidos a serem
Gerenciamento de resíduos sólidos dispostos no local, bem como daqueles gerados pelas atividades do próprio X X
aterro.
Monitorar e melhorar o lançamento de efluente líquido dentro dos padrões
Monitoramento e controle dos efluentes
exigidos pela legislação, minimizando os impactos sobre os corpos hídricos, X X
líquidos
com a realização de análises periódicas da qualidade do efluente.
Monitorar a qualidade ambiental dos recursos hídricos que se encontram no
Monitoramento da qualidade das águas
entorno do empreendimento, por meio de análises físico-químicas e X X X
superficiais e subterrâneas
microbiológicas.
Monitorar e preservar a qualidade do ar no entorno do empreendimento,
Monitoramento da qualidade do ar e
mitigando possíveis impactos e propondo medidas preventivas para diminuir os X X X
odores
danos ao ambiente e à população envolvida.
Capacitação e treinamento dos Capacitar os trabalhadores envolvidos com o empreendimento, qualificando os
X X
funcionários colaboradores e suprindo as demandas do empreendedor.
Recompor as áreas degradadas em função das obras de execução, protegendo o
Controle de erosão e assoreamento solo e recursos hídricos, melhorando aspectos paisagísticos, diminuindo X X X
processos erosivos.
204

Fase

Encerramento
Implantação
Programa Objetivo

Operação
Monitoramento, controle e redução das Controlar e monitorar as emissões de partículas e gases na atmosfera,
X X X
emissões atmosféricas mantendo a qualidade ambiental do ar no entorno.
Proporcionar a recuperação ambiental da área diretamente afetada pelo
Recuperação de áreas degradadas empreendimento, proporcionando cobertura do solo e restabelecimento do X X X
equilíbrio ambiental no local.
Diminuir os impactos associados ao aumento de tráfego na região do
Controle de tráfego empreendimento, em decorrência de sua implantação e operação, bem como X X
garantir a segurança dos veículos envolvidos e transeuntes.
Estabelecer fluxo de informações entre o empreendimento e a comunidade, de
Educação ambiental modo a informar e sensibilizar a toda a comunidade envolvida e afetada pela X X
implantação do empreendimento.
Envolver os catadores que atuam nas cidades contempladas pela atuação do
Participação das cooperativas e
empreendimento, propiciando suporte técnico e melhores condições de trabalho X X
associações de catadores
e renda.
Garantir a perfeita operação e manutenção do aterro sanitário, evitando
Plano de operação X X
possíveis falhas que causem danos aos meios envolvidos.
Orientar o encerramento das atividades envolvendo a operação do aterro, visto
Encerramento do aterro que os processos de geração de gases e efluentes se estendem por longos X
períodos.
12.27 ANÁLISE CONCLUSIVA

A fim de subsidiar a análise da viabilidade ambiental deste empreendimento, além de


atender aos requisitos legais relativos aos estudos ambientais, realizou-se o diagnóstico da
situação atual da região de inserção do projeto, bem como a avaliação do prognóstico
ambiental. No cenário de implantação do empreendimento, os impactos negativos gerados
pelas atividades do aterro sanitário são significativos e causam alterações na qualidade do
solo, contaminação da água e do solo, alterações da paisagem, geração de emissões
atmosféricas, de efluentes líquidos, proliferação de vetores, entre outros citados
anteriormente, porém em contrapartida sem a existência do aterro sanitário, não haveriam
também os diversos benefícios gerados pela sua operação, como geração de emprego e renda,
dinamização da economia e principalmente a melhoria das condições de saneamento pelo
incremento de áreas de disposição e tratamentos adequados para resíduos.
Considerando também os sistemas de controle e contenção que serão realizados, o fato
de que não haverá lançamento de efluentes nos corpos hídricos do entorno e as características
locacionais da alternativa selecionada, como o distanciamento em relação a corpos hídricos, o
distanciamento de propriedades vizinhas no entorno, a não necessidade de intervenção em
área de vegetação, pois trata-se de uma área rural com presença de solo cultivável com o
plantio de arroz irrigado e que atualmente só apresenta cobertura formada pela palha de arroz
e alguns grãos que pós colheita germinaram, a inexistência de alterações significativas,
extinção ou agressão à fauna ocorrente na área de influência, não coloca em risco a
reprodução, alimentação e dessedentação da fauna, não afeta o equilíbrio ecológico, além do
local contar com a presença de solo pouco permeável, nível freático profundo, verifica-se que
os impactos negativos significativos serão minimizados.
Por fim, baseado nos impactos ambientais identificados em todas as fases para a
realização das atividades do empreendimento em questão, percebe-se que sua maior
relevância é na destinação final de forma controlada e ambientalmente adequada dos resíduos
sólidos, atendendo as legislações ambientais vigentes, ou seja, a não aprovação do pedido,
fortaleceria a disposição de resíduos em lixões, locais inadequados.
Ressalta-se também a implantação do aterro sanitário reflete impactos positivos
relevantes para a região de São Borja e os municípios envolvidos pela coleta. Assim, conclui-
se que o empreendimento proposto é importante tanto do ponto de vista de saúde pública,
quanto do ponto de vista ambiental.
206

REFERÊNCIAS

DEPARTAMENTO AUTÔNOMO DE ESTRADAS DE RODAGEM – DAER. Rio Grande


do Sul, 2014. Disponível em: < https://www.daer.rs.gov.br/> Acesso em: 22 jul.2020.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Ministério do Planejamento, Orçamento


e Gestão. CENSOS. Disponível em <http://www.ibge.gov.br/servidor_arquivos_est/>.
Acesso em: 24 jul. 2020.

PORTAL DAS MISSÕES. Rio Grande do Sul, 2020. Disponível em:


<https://www.portaldasmissoes.com.br/municipios/sao-borja/> Acesso em: 23 jul.2020.

PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO BORJA. PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO


INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS – PMGIRS. São Borja: 2015.
.
ROTA MISSÕES. Rio Grande do Sul, 2020. Disponível em:
<https://www.rotamissoes.com.br/> Acesso em: 27 jul.2020.

UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA. Laboratório de Geologia Ambiental.


Atlas Geoambiental de São Borja. Santa Maria: UFSM, 2007.
207

13

ANEXOS
208

Figura 109 - Certidão Negativa FEPAM


209

Figura 110 - Certidão Negativa IBAMA


Termo de Referência (TR) para elaboração de Relatório
Ambiental Simplificado (RAS) para:
Aterro Sanitário
Código 1419 – versão nov 2019

Quadro 01. Características do Aterro Sanitário


Indicador Existente Projeto Unidade
Área do empreendimento (total) 83 ha
Área da Gleba (EMA + ESPINILHO) 17,65 ha
Área da disposição de resíduos 17,65 ha
Cota da base 94 m
Cota final 110 m
Altura do Aterro 17,5 m
Volume total de resíduos 500 m³
Capacidade de recebimento diária a ser licenciada 500 t/dia
Camadas 5 nº de camadas
Altura de cada camada 3.5 m
Vida útil (mínima) 12 anos
Geração de efluentes 40 a 50 m³
Capacidade de armazenamento de efluentes 5.280 m³
Forma de tratamento de efluentes Eletrólise 50 m³/dia
Volume de escavação 353.978 m³
Déficit de solo 0 m³
Material excedente 0 m³
Área de empréstimo 19 ha
Supressão de Vegetação Nativa 0 ha
Propriedades afetadas (apenas a própria propriedade) 1 nº de propriedades
Famílias afetadas 0 nº de famílias
Desapropriação/reassentamento 0 ha
Criação de novos acessos 0 Km
Tráfego gerado na implantação 10 veículos/dia
Tráfego gerado na operação 5 veículos/dia
Mobilização de mão de obra na implantação 20 nº de trabalhadores
Mobilização de mão de obra na operação 12 nº de trabalhadores
Investimento total da obra/implantação do 4.000,000 R$
empreendimento

Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler / Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura- RS
PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA

Descritivo do Sistema de
Tratamento de Efluentes

São Borja/RS, fevereiro de 2020.


Sumário

I. MEMORIAL DESCRITIVO ................................................................................................................... 3

1. INFORMAÇÕES CADASTRAIS ................................................................................................................... 3


1.1. RAZÃO SOCIAL E CNPJ DA INDÚSTRIA ................................................................................................. 3
1.2. ENDEREÇO ......................................................................................................................................... 3
1.3. NATUREZA DO ESTABELECIMENTO COMERCIAL ..................................................................................... 3
1.4. SITUAÇÃO DA INDÚSTRIA ..................................................................................................................... 3

II. MEMORIAL TÉCNICO......................................................................................................................... 4

1.1. FLUXOGRAMA DO SISTEMA DE TRATAMENTO PROPOSTO ....................................................................... 4


1.2. JUSTIFICATIVA DO SISTEMA DE TRATAMENTO ........................................................................................ 5
1.3. DIMENSIONAMENTO DO SISTEMA DE TRATAMENTO ................................................................................ 5
1.3.1. DADOS INICIAIS ................................................................................................................................ 5
1.3.2. ELECTROX R9000® ..................................................................................................................... 5
1.4. CARACTERÍSTICAS DO EFLUENTE FINAL ................................................................................................ 9

III. REFERÊNCIAS .................................................................................................................................... 9

Página 2 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
I. MEMORIAL DESCRITIVO

1. Informações cadastrais
1.1. Razão social e CNPJ da indústria
Razão social: PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA
CNPJ: 33.729.746/0001-90

1.2. Endereço
Endereço completo: Rodovia BR 287, km 532, S/N
CEP: 97.670-000
Cidade/UF: São Borja/RS
Telefone: (54) 9 9123-2192

1.3. Natureza do estabelecimento comercial


Tratamento e disposição de resíduos não-perigosos.

1.4. Situação da Indústria


Ativa.

Página 3 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
II. MEMORIAL TÉCNICO

1. Efluentes líquidos
1.1. Fluxograma do sistema de tratamento proposto

Efluente
(chorume de saída da atual lagoa)
Medidor
de vazão

Tanque anóxico
Reciclo de
até 400%
Tanque aerado

Reciclo de
até 200% Decantador secundário 01

ELECTROX R9000®
Dosagem
de polímero
Decantador secundário 02 Tanque de lodo

Lodo:
Tanque de armazenamento de efluente tratado
Desidratação e
posterior envio
ao aterro
Efluente tratado sanitário
(fertirrigação)

Legenda:
Efluente líquido
Reciclo de lodo
Descarte de lodo
Dosagem de polímero
Clarificado do tanque de lodo
Reciclo do efluente tratado

Página 4 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
1.2. Justificativa do sistema de tratamento
Optou-se pelo tratamento secundário com sistema de lodos ativados para promover a remoção
biológica, tanto da matéria orgânica quanto do nitrogênio, presente no efluente. E no tratamento terciário,
através de eletrólise (ELECTROX R9000®) para remoção de metais pesados e clarificação do efluente
final.

• Tanque anóxico: redução dos níveis de nitrato.


• Tanque aerado: oxidação aeróbia do material orgânico e nitrificação.
• Decantador secundário: decantação do lodo e clarificação.
• ELECTROX R9000: eletrocoagulação/oxidação de compostos por eletrólise.
• Tanque de lodo: adição de químicos para auxílio na remoção da umidade do lodo.

1.3. Dimensionamento do sistema de tratamento

1.3.1. Dados iniciais


Abaixo são apresentados os valores médios do efluente bruto do aterro sanitário, os quais serão
usados para futuro dimensionamento:

Vazão de efluente: 50 m³/dia = 2,08 m³/hora


DBO: 7.000 mg/L
DQO: 15.000 mg/L
pH: 8,50
Nitrogênio total: 1.700 mg/L
Fósforo total 30 mg/L

Sendo que no presente documento, será abordado apenas o descritivo do equipamento de


eletrólise (ELECTROX R9000®) para aprovação, sendo que os demais processos da ETE, serão
dimensionamentos em projeto.

1.3.2. ELECTROX R9000®


A eletrólise é uma tecnologia limpa a base de energia elétrica, técnica versátil e de fácil operação.
Ela é produzida por reações de oxidação e redução com a dissolução anódica do material a ser aplicado
como eletrodo e/ou a produção de hidróxidos através da hidrólise da água promovendo a remoção dos
poluentes por eletrocoagulação ou eletrooxidação (MENESES, 2012).
Benefícios com a aplicação da tecnologia ELECTROX R9000®:

• Eliminação de múltiplos contaminantes;


• Desintoxicação e melhoria da biodegradabilidade;
• Elimina metais pesados;
• Elimina coliformes, vírus e microrganismos em geral;
• Remoção de cor e odor;
• Não gera descarte de água concentrada com poluentes como a Osmose Reversa;
• Mínima produção de lodo;
• Redução de 99,9% de Cromo total;
• Redução de 100% de sulfeto;
• Alta redução de estanho e cobre;
• Oxida compostos orgânicos resistentes.

Conforme comentado acima, os processos eletroquímicos são responsáveis por altas eficiências
em tratamentos de efluentes complexos, que possuem contaminantes de difícil remoção de forma rápida

Página 5 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
e com baixa geração de lodo, tornando o efluente mais biodegradável para processos biológicos
posteriores ou para polimento final do mesmo.
Neste processo a corrente elétrica aplicada em eletrodos dentro de uma câmara eletrolítica, faz
com que as impurezas coloidais se desestabilizem, resultando em aglomeração, flotação e posterior
remoção. As impurezas dissolvidas que contribuem com DQO/DBO, também são oxidadas devido aos
agentes oxidantes liberados pela reação, o que os modifica para um estado que é menos coloidal e
menos emulsionado (ou solúvel). Os contaminantes então são precipitados e podem ser facilmente
removidos por técnicas de separação secundária.

Figura 1 – Exemplo de reação de eletrólise.

O sistema de eletrólise (ELECTROX R9000®) é constituído pelos seguintes componentes:

• Painel eletrônico: para controle total da operação.


• Tanque de reação, onde são dispostos os eletrodos para eletrocoagulação e eletrooxidação do
efluente.

Figura 2 – Exemplo do equipamento ELECTROX R9000®.

Página 6 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
Nas figuras abaixo, os exemplos dos componentes do ELECTROX R9000®.

Figura 3 – Painel eletrônico.

Figura 4 – Planta baixa da célula de reação.

Página 7 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
Figura 5 – Vista frontal (corte AA) da célula de reação.

Figura 6 – Vista lateral (corte BB) da célula de reação.

Página 8 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
A eletrólise ocorrerá pela passagem de corrente elétrica em eletrodos, que fará com que os
contaminantes sofram coagulação e posterior flotação. As dimensões dos eletrodos aplicados neste
sistema de tratamento seguem abaixo.

Figura 7 – Eletrodo.

O efluente de aterro sanitário, será tratado biologicamente para, após, passar pelo sistema de
eletrólise para remoção dos contaminantes remanescentes. Nesse processo, o efluente tratado será
enviado para fertirrigação e haverá geração de lodo, que será decantado no decantador secundário 02,
logo será retirado e enviado para o tanque de lodo, de onde irá para desidratação e destinação final, ao
aterro sanitário.

1.4. Características do efluente final

O efluente final deverá seguir os critérios para disposição final dos efluentes líquidos em solo,
segundo Portaria FEPAM N° 68/2019, para vazão menor que 200 m³/dia:

DBO: <120 mg/L


DQO: <330 mg/L
pH: entre 6 a 9
Sólidos suspensos totais: <140 mg/L
Óleos e graxas mineral: <10 mg/L
Óleos vegetais e gorduras animais: <50,00 mg/L

III. REFERÊNCIAS
MENESES, J. M.; VASCONCELOS, R. F.; FERNANDES, T. F; ARAUJO, G. T. Tratamento do efluente
do biodiesel utilizando a eletrocoagulação/flotação: investigação dos parâmetros operacionais. Química
Nova, vol.35, n.2, p.235-240, 2012.

Página 9 de 9
_______________________________________________________________________________________________________
GENÉTICA TECNOLOGIAS AMBIENTAIS
Rua Dom Carlos Eduardo Sabóia Bandeira de Melo, 2.304-D, Presidente Médici – Chapecó-SC
(49) 3331-2636 – www.geneticagroup.com
COORDENADAS CÉLULA EMA

De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.085,379 611.140,360 147° 39' 01" 455,52m -28.76900000 -55.86100000

02 03 6.817.065,581 610.869,757 265° 48' 56" 271,33m -28.76900000 -55.86400000

03 04 6.817.378,789 610.671,373 327° 39' 01" 370,75m -28.76600000 -55.86600000

04 01 6.817.470,199 610.896,618 67° 54' 41" 243,09m -28.76500000 -55.86400000

Ponto 11 Ponto 01 De Para Y


COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE A

X Azimute Distância Latitude Longitude

Latitude: -28.758236388 01 02 6.817.281,323 611.016,251 147° 39' 01" 223,58m -28.7671513 -55.8627817

Ponto 10 Latitude: -28.758477343 02 03 6.817.237,362 610.907,926 247° 54' 41" 116,90m -28.7675573 -55.8638869

Longitude: -55.869089444 03 04 6.817.426,239 610.788,294 327° 39' 01" 223,58m -28.7658631 -55.8651306

Latitude: -28.759036388 Longitude: -55.871014313 04 01 6.817.470,199 610.896,618 67° 54' 41" 116,90m -28.7654571 -55.8640255

Longitude:-55.875480833 630,32 m COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE B

De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.085,379 611.140,360 147° 39' 01" 231,94m -28.7689089 -55.8614914

02 03 6.817.075,858 611.010,222 265° 48' 56" 130,49m -28.7690060 -55.8628234

03 04 6.817.237,362 610.907,926 327° 39' 01" 191,18m -28.7675573 -55.8638869

04 01 6.817.281,323 611.016,251 67° 54' 41" 116,90m -28.7671513 -55.8627817

Ponto 09 COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE C

Latitude: -28.759415833 De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

de rese solo
01 02 6.817.237,362 610.907,926 147° 39' 01" 223,58m -28.7675573 -55.8638869

Longitude: -55.875133333

ES
02 03 6.817.189,913 610.791,006 247° 54' 41" 126,18m -28.7679956 -55.8650798

TR
03 04 6.817.378,789 610.671,373 327° 39' 01" 223,58m -28.7663014 -55.8663235

r va
etros

do
04 01 6.817.426,239 610.788,294 67° 54' 41" 126,18m -28.7658631 -55.8651306

AD

de uso
AM
COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE D

5,00 m
De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

UN
01 02 6.817.075,858 611.010,222 147° 39' 01" 191,18m -28.7690060 -55.8628234

IC
02 03 6.817.065,581 610.869,757 265° 48' 56" 140,84m -28.7691109 -55.8642610

Ponto 08

a
a
-55.8650798

IP A
03 04 6.817.189,913 610.791,006 327° 39' 01" 147,17m -28.7679956

e
e
e
04 01 6.817.237,362 610.907,926 67° 54' 41" 126,18m -28.7675573 -55.8638869

r
r
d
Latitude: -28.760405555

á
á
L

e
entre a
Área de Reserva Legal
COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO

Longitude: -55.874293055

Marge

legal
De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.065,291 610.865,797 147° 39' 01" 370,50m -28.7691138 -55.8643016

6.817.047,082 610.616,913 249,55m

Área:166.000,00 m²
02 03 265° 48' 56" -28.7692996 -55.8668489

Ponto 07 03

04
04

05
6.817.268,318

6.817.353,431
610.476,784

610.476,784
327° 39' 01"

0° 00' 00"
261,88m

85,11m
-28.7673150

-28.7665469
-55.8683057

-55.8683140

Latitude: -28.760836666 05 01 6.817.378,291 610.667,546 82° 34' 31" 192,37m -28.7663062 -55.8663626

Longitude: -55.873966666 De Para Y


COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE A

X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.205,951 610.776,704 147° 39' 01" 204,00m -28.7678521 -55.8652278

02 03 6.817.190,277 610.656,424 262° 34' 31" 121,30m -28.7680039 -55.8664582

03 04 6.817.362,616 610.547,265 327° 39' 01" 204,00m -28.7664580 -55.8675930

04 01 6.817.378,291 610.667,546 82° 34' 31" 121,30m -28.7663062 -55.8663626

COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE B

De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

ES
Área de Uso e 01 02 6.817.065,291 610.865,797 147° 39' 01" 166,50m -28.7691138 -55.8643016

TR
02 03 6.817.056,187 610.741,355 265° 48' 56" 124,77m -28.7692067 -55.8655752

AD
6.817.190,277 610.656,424 158,72m -28.7680039 -55.8664582

Movimentação de Solo
03 04 327° 39' 01"

04 01 6.817.205,951 610.776,704 82° 34' 31" 121,30m -28.7678521 -55.8652278

AM COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE C


UN
ICI
Área: 195.121,28 m² Ponto 02
De

01
Para

02
Y

6.817.190,277
X

610.656,424
Azimute

147° 39' 01"


Distância

204,00m
Latitude

-28.7680039
Longitude

-55.8664582

Ponto 12 02 03 6.817.174,602 610.536,143 262° 34' 31" 121,30m -28.7681557 -55.8676886


PA

tro s
Latitude: -28.762140069 Latitude: -28.762635388 03 04 6.817.268,318 610.476,784 327° 39' 01" 110,93m -28.7673150 -55.8683057
L

me va
04 05 6.817.353,431 610.476,784 0° 00' 00" 85,11m -28.7665469 -55.8683140

5 , 0 0 e r lo Longitude: -55.865855691 05 01 6.817.362,616 610.547,265 82° 34' 31" 71,08m -28.7664580 -55.8675930

e es o Longitude: -55.869844977
g e m d a de r o do s COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE D

r s
Ma e a áre a de u
De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

t r e 01 02 6.817.056,187 610.741,355 147° 39' 01" 158,72m -28.7692067 -55.8655752

en l e ár 02 03 6.817.047,082 610.616,913 265° 48' 56" 124,77m -28.7692996 -55.8668489

a
leg
03 04 6.817.174,602 610.536,143 327° 39' 01" 150,95m -28.7681557 -55.8676886

Ponto 06 04 01 6.817.190,277 610.656,424 82° 34' 31" 121,30m -28.7680039 -55.8664582

Latitude: -28.763295833 LAGOA 1 LAGOA 2

Longitude: -55.872424237 Para Latitude Longitude Para Latitude Longitude

2 -28,7659139 -55,8658373 2 -28,76602142 -55,8662571


3 -28,7660163 -55,8662371 3 -28,76612376 -55,8666569

4 -28,7658356 -55,8663391 4 -28,765943125 -55,86675900

1.4
1 -28,7657333 -55,865939 1 -28,76584078 -55,86635917

29
LAGOA 3 TRATAMENTO DE CHORUME

Área total

,24
Para Latitude Longitude Para Latitude Longitude

Ponto 05 830.000,00 m² 2 -28,76612888 -55,86667696 2 -28,76626249 -55,86724306

m
3 -28,76623122 -55,86707679 3 -28,76631366 -55,86744297

Latitude: -28.764413538 4 -28,76605058 -55,8671788 4 -28,76613259 -55,86754515

1 -28,76594824 -55,8667789 1 -28,76608185 -55,86734509


Longitude: -55.871723187
ÁREA DE RESERVA LEGAL ÁREA DE USO E MOVIMENTAÇÃO DE SOLO
1.3

De Para Latitude Longitude De Para Latitude Longitude

06 07 -28.760836666 -55.873966666 01 02 -28.762635388 -55.865855691


57,

07 08 -28.760405555 -55.874293055 02 05 -28.764413538 -55.871723187

08 09 -28.759415833 -55.875133333 05 06 -28.763295833 -55.872424237


ES

09 10 -28.759036388 -55.875480833 06 12 -28.762140069 -55.869844977


72
TR

10 11 -28.758477343 -55.871014313 12 11 -28.758477343 -55.871014313

11 12 -28.762140069 -55.869844977 11 01 -28.758263388 -55.869089444


AD

12 06 -28.763295833 -55.872424237
A

m
,59
MU

QUADRO DE ÁREAS

243 LOCAL ÁREA (m²)


NIC

01 Área total do empreendimento 830.000


IPA

02 Célula Ema 98.873,90

401,34 m
03 Célula Espinilho 77.689,70

10m
Cercado

+
L

CORTINA VEGETAL
04 Casa 1 e 2 100,00

22m
O

+
ESS

ES
LAGOA 1:

CIRC
05 Lagoas aeróbicas 5.280,00m³
E AC
1.760m³

ULAÇ
+

TR
AD
LAGOA 2:
Área: Sistema

ÃO
RAD

+
1.760m³
06

CIRC
20.33
.09 Lavagem/Manut. Veiculos

AD
200,00
EST 243
LAGOA 3:
Tratamento de

ULAÇ
40m

+
1.760m³ 2m

ÃO

AD
22.3
o
Chorume 07 Cortina Vegetal

+
et
40m
22.812,14

cr
2m

6
on

EA
+
:C
08 Balança

P.
40m 2m 80,00

CE
SS
09 Administração 210,00
ESTRADA DE ACESSO
8.

O
6

10
5

Guarita 9,00
196.23

CO
11 Sistema de Trat. Chorume 400,00

RT
12 Estacionamento 1.200
A
EM

INA
13 Área de Reserva Legal 166.000
A
LUL A)
14 Área de uso e
85.04

195.121,28

VE
movimentação do solo
TALUDE CÉ
SE

GE
(FA

TA
MA
AE

L
O
HO ILH LUL
PIN CÉ )

55
C ²
P INIL ES SE ,90 m
ES LUL
A ) (FA 873

0,3
LUL
A ) CÉ S EA L: 98.
EC
424

CÉ S (FA OTA

8m
AT

45
(FA ÁRE

5,52
,77

ES
CO

T
²

RA
,60 m
m
RT

DA
689
ES

: 77.
INA

DE
TR

TAL

AC
A

37
TO
DA

0,7
VE

ES
ES

REA

9
DE

S
GE

O
AC
TR

MA
26
TA

ES

AE
1.8
SO

8
AD

L
L

ACES
SO P/
DESC
ARGA

L U )
CÉ EB
AM

O S
ILH A
O IN MA (F
TO
ÇAÕ

H SP
INIL
ento

IMEN

AE
ABAS UTEN
UN

E
TEC
20

+ P
AN
nam

ES A L
LUL
EM

) LU
60m

EB D)
cio

A
ICI

LUL ) CÉ CÉ
10
Esta

PARA
RAIO BRA

D S SE
CÉ (FA
MANO

ASE
DE
HÕES

A
PA

CAMIN

20m
+ (F (F
L

ADA
ESTR
GUARITA
ACES
SO
20
P/ DE
SCAR
GA
PORTÃO
4
3m

3m
10 BALANÇA
30

1 2 Eng°. BWC
F.
BWC.

249.55
10

M.

271.33
Escritório
Auditório Refeitório
7

Lab. Vest. Vest.


F. M.

PORTÃO
Casa Administração
LEGENDAS PLANTA BAIXA
6.23

ESTRADA DE ACESSO ESTRADA DE ACESSO ESTRADA DE ACESSO


CORTINA VEGETAL
Talude
Ponto 04 718,76 m
Ponto 03 Vegetação
Latitude: -28.769598888
Latitude: -28.769063888
Longitude: -55.868470556
Longitude: -55.861133610 Curvas de nível

Construção
Alvenaria

Cercado

+
Local:
Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS A1
Título da Prancha:
PLANTA BAIXA DO EMPREENDIMENTO COM ÁREA DE RESERVA LEGAL
1:2000
E ÁREA DE USO E MOVIMENTAÇÃO DE SOLO
Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 01
Ponto 01
89,00 Latitude: -28.75823638888888960000
88,00
88,00
88,00 Longitude: -55.86908944444444800000
LEGENDA:
88,00

Ponto 07 VEGETAÇÃO NATIVA


Latitude: -28.75903638888888640000
Longitude:-55.87548083361111680000

ÁREA DE RESERVA LEGAL


Ponto 06
Latitude: -28.75941583305555520000
Longitude: -55.87513333305555840000
90,00

QUADRO DE ÁREAS

Área total da Gleba: 830.000,00 m²


Área Célula Espinilho: 77.689,60 m²
Área Célula Ema: 98.873,90 m²
Ponto 05 Área Sistema de Tratamento Chorume: 400,00 m²
Latitude: -28.76040555583333440000
Margem de 5,00 metros
91,00
Longitude: -55.87429305527777280000 entre a área de reserva Área Lagoas Armazenamento Chorume: 2.640,00 m²
Área de Reserva legal e área de uso do solo
Legal 166.000,00 m² Prédio Administrativo: 210,00 m²
Casas 1 e 2: 100,00 m²
Ponto 04
Latitude: -28.76083666666666560000
Balança: 80,00 m²
Longitude: -55.87396666694444800000
Guarita: 9,00 m²
Área de abastecimento/manutenção: 200,00 m²
89,00
Área de manobra: 1.256,64 m²
Estacionamento: 1.200,00 m²

92,00
Vegetação
Nativa

90,00

Margem de 5,00 metros


entre a área de reserva
legal e área de uso do solo

91,00

93,00

92,00

Sondagem/Ensaio 07
Latitude: -28.765788888889
Longitude: -55.864044444444
94,00
Cortina Vegetal
largura de 10,00m

+
Cercado

+
+

+
+
+
+
+
+

+
+
+
LAGOA 1:
+
Circulação
esso
+ +
+

Piso de
+

c
+

1,760m³
de A
+

+
LAGOA 2:
+

concreto
+

ada
+

Área Sistema
+

Estr

+
+
1,760m³
+

+
+
+

LAGOA 3:

+
+
+

+
Tratamento

+
+
+
+ +
1,760m³
+
+
+
Chorume
+
+
+

+ +

93,00
+

+
+
+
+

+ +
+

Cercado
+
+

Sondagem/Ensaio 08
+
+

+
+
+

Latitude: -28.766255555556
Estrada de Acesso Longitude: -55.8655
Sondagem/Ensaio 09
Latitude: -28.766311111111
Longitude: -55.867141666667
95,00

Sondagem/Ensaio 06
Latitude: -28.766569444444
Longitude: -55.863477777778
Cortina Vegetal
94,00 largura de 10,00m
Obra:
Sondagem/Ensaio 10
Latitude: -28.766877777778 ATERRO SANITÁRIO DE RESÍDUOS URBANOS

Es
Longitude: -55.868225 ILHO
ES

tra
ESPIN 89,60 m Talude

da
TR

U L A 7 . 6
CÉ L :7 EMA ,90 m²

de
TAL
AD

A TO L ULA .873
Conteúdo:

Ac
É
E C L: 98
AM

Á R

ess
T A
A TO

o
ÁRE ANTEPROJETO DO EMPREENDIMENTO
UN

96,00
ICI
P

Sondagem/Ensaio 11 Sondagem/Ensaio 05
AL

Latitude: -28.767255555556 Latitude: -28.767455555556


Es

Longitude: -55.864127777778
Longitude: -55.869677777778 Local:
tra

Acesso à Rod. BR 287, Parte da Granja União, Localidade de Vista Alegre, 1° Distrito
d
ad

95,00
de São Borja-RS
eA

Sondagem/Ensaio 12
ces

Sondagem/Ensaio 13 97,00
Latitude: -28.767977777778
so

Latitude: -28.767805555556
Longitude: -55.867966666667
Longitude: -55.865802777778
Estacionamento Sondagem/Ensaio 04
Cortina Vegetal Latitude: -28.768077777778
+
+

+
largura de 10,00m
+

Longitude: -55.862469444444
+
Abastecimento e
+
Manutenção
+

+
Proprietário:
Raio para
PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA
+

+
manobra de 98,00
Cercado caminhões
+

+
CNPJ: 33.729.746/0001-90
+

+ DE ACESS Sondagem/Ensaio 02
96,00 + ESTR
ADA O P/
DES Latitude: -28.768972222222
Guarita CAR
+ GA Longitude: -55.865072222222
Portão Balança Sondagem/Ensaio 03
Casa
Latitude: -28.768741666667
+ Administração Longitude: -55.861938888889 Resp. Técnico:
Portão +

Estrada de Acesso Estrada de Acesso ROBERTO SILVIO BRUNETTO PRANCHA:


Ponto 03
Ponto 02
Latitude: -28.76959888888888640000
Latitude: -28.76906388888888640000
CREA/SC 76015-7
Longitude: -55.86847055611111040000 Sondagem/Ensaio 01 Cortina Vegetal

07
Longitude: -55.86113361055555200000
Latitude: -28.769427777778 largura de 10,00m
Longitude: -55.868244444444
97,00 98,00 99,00 99,00
Desenho: Escala: Área: Data:
Lidiane 1:2.500 830.000,00 m² Agosto/2020
LEGENDA:

ESTRADAS VICINAIS
DUTOS DE IRRIGAÇÃO
CURSO HÍDRICO SEM DENOMINAÇÃO

VEGETAÇÃO NATIVA

ÁREA DE RESERVA LEGAL

30,00
Área de APP
RESERVATÓRIO DE ÁGUA(AÇUDE PARA IRRIGAÇÃO)

30,00
Ponto 07 Área de APP
Latitude: -28.75903638888888640000 Ponto 01
Longitude:-55.87548083361111680000 Latitude: -28.75823638888888960000 ÁREA DE CULTURAS ANUAIS (SOJA E ARROZ)
630,32 m Longitude: -55.86908944444444800000

Ponto 06
Latitude: -28.75941583305555520000 LOCALIZAÇÃO DO TERRENO COM
Longitude: -55.87513333305555840000
DIMENSÕES

Margem de 5,00 metros


Ponto 05
Latitude: -28.76040555583333440000 entre a área de reserva DIREÇÃO DO FLUXO DAS ÁGUAS PLUVIAIS
Longitude: -55.87429305527777280000 Área de Reserva legal e área de uso do solo
Ponto 04 Legal 166.000,00 m²
Latitude: -28.76083666666666560000
Longitude: -55.87396666694444800000
ÁREA DE INFLUÊNCIA EM UM RAIO DE 1.000,00 m

VENTOS PREDOMINANTES SUDOESTE/SUL(MINUANO)

Margem de 5,00 metros OBSERVAÇÕES: A área em questão não apresenta linhas de transmissão
entre a área de reserva de alta tensão.
legal e área de uso do solo

1.4
RELAÇÃO DE ÁREAS:

29
Área

,24
830.000,00 m²
ÁREA TOTAL DA GLEBA: 830.000,00 m²
1.3
57,
72
m

Obra:
ATERRO SANITÁRIO DE RESÍDUOS URBANOS
Conteúdo:

PLANTA DE SITUAÇÃO
718,76 m
Local: Acesso à Rod. BR 287, Parte da Granja União, Localidade de Vista Alegre, 1° Distrito
Ponto 03
Ponto 02 de São Borja-RS
Latitude: -28.76959888888888640000
Latitude: -28.76906388888888640000
Longitude: -55.86847055611111040000
Longitude: -55.86113361055555200000

Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA
CNPJ: 33.729.746/0001-90

Resp. Técnico:
ROBERTO SILVIO BRUNETTO PRANCHA:
CREA/SC 76015-7

Desenho:
Lidiane
Escala:
1:5.000
Área:
830.000,00 m²
Data:
Agosto/2020
01
COORDENADAS CÉLULA EMA

De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.085,379 611.140,360 147° 39' 01" 455,52m 28° 46' 08.071939"S 55° 51' 41.369029"W

02 03 6.817.065,581 610.869,757 265° 48' 56" 271,33m 28° 46' 08.799134"S 55° 51' 51.339739"W

03 04 6.817.378,789 610.671,373 327° 39' 01" 370,75m 28° 45' 58.684996"S 55° 51' 58.764540"W

04 01 6.817.470,199 610.896,618 67° 54' 41" 243,09m 28° 45' 55.645486"S 55° 51' 50.491680"W

COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE A

De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.281,323 611.016,251 147° 39' 01" 223,58m 28° 46' 01.744625"S 55° 51' 46.014203"W

02 03 6.817.237,362 610.907,926 247° 54' 41" 116,90m 28° 46' 03.206437"S 55° 51' 49.992804"W

03 04 6.817.426,239 610.788,294 327° 39' 01" 223,58m 28° 45' 57.107260"S 55° 51' 54.470236"W

m
04 01 6.817.470,199 610.896,618 67° 54' 41" 116,90m 28° 45' 55.645486"S 55° 51' 50.491680"W

,5 9 COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE B

243
De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.085,379 611.140,360 147° 39' 01" 231,94m 28° 46' 08.071939"S 55° 51' 41.369029"W

02 03 6.817.075,858 611.010,222 265° 48' 56" 130,49m 28° 46' 08.421686"S 55° 51' 46.164124"W

03 04 6.817.237,362 610.907,926 327° 39' 01" 191,18m 28° 46' 03.206437"S 55° 51' 49.992804"W

04 01 6.817.281,323 611.016,251 67° 54' 41" 116,90m 28° 46' 01.744625"S 55° 51' 46.014203"W

COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE C

De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

01 02 6.817.237,362 610.907,926 147° 39' 01" 223,58m 28° 46' 03.206437"S 55° 51' 49.992804"W

02 03 6.817.189,913 610.791,006 247° 54' 41" 126,18m 28° 46' 04.784214"S 55° 51' 54.287157"W

03 04 6.817.378,789 610.671,373 327° 39' 01" 223,58m 28° 45' 58.684996"S 55° 51' 58.764540"W

04 01 6.817.426,239 610.788,294 67° 54' 41" 126,18m 28° 45' 57.107260"S 55° 51' 54.470236"W
Cercado

+
10m

+
SO
COORDENADAS CÉLULA EMA - FASE D

+
+ S
CE
Longitude

AL
De Para Y X Azimute Distância Latitude

401,34 m

22
A VEGET

+
EA

m
01 02 6.817.075,858 611.010,222 147° 39' 01" 191,18m 28° 46' 08.421686"S 55° 51' 46.164124"W
LAGOA 1:

+
D
CORTIN

CIR
DA
1.760m³ 6.817.065,581 610.869,757 140,84m
.09
02 03 265° 48' 56" 28° 46' 08.799134"S 55° 51' 51.339739"W

CU
A 243

LAÇ
STR
03 04 6.817.189,913 610.791,006 327° 39' 01" 147,17m 28° 46' 04.784214"S 55° 51' 54.287157"W

+
ÃO
LAGOA 2:
E

+
04 01 6.817.237,362 610.907,926 67° 54' 41" 126,18m 28° 46' 03.206437"S 55° 51' 49.992804"W

+
1.760m³ 2m
40m

CIR
+

+
CU

+
COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO
3

LAÇ
20.3 LAGOA 3:

+
Área: Sistema

ÃO

+
1.760m³ De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude
2m
40m

+
22
+ 01 02 6.817.065,291 610.865,797 147° 39' 01" 370,50m 28° 46' 08.809773"S 55° 51' 51.485633"W
Tratamento de

. 36
+

et

+
02 03 6.817.047,082 610.616,913 265° 48' 56" 249,55m 28° 46' 09.478420"S 55° 52' 00.656120"W

cr

+
on
Chorume + 40m
2m 03 04 6.817.268,318 610.476,784 327° 39' 01" 261,88m 28° 46' 02.334172"S 55° 52' 05.900533"W

:C

CO
04 05 6.817.353,431 610.476,784 0° 00' 00" 85,11m 28° 45' 59.568980"S 55° 52' 05.930368"W

P.
05 01 6.817.378,291 610.667,546 82° 34' 31" 192,37m 28° 45' 58.702383"S 55° 51' 58.905475"W

RT
ACESSO
COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE A

A DE
ESTRAD
De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

IN
8.
65
M A 01 02 6.817.205,951 610.776,704 147° 39' 01" 204,00m 28° 46' 04.267590"S 55° 51' 54.820115"W

A
196.23
02 03 6.817.190,277 610.656,424 262° 34' 31" 121,30m 28° 46' 04.814054"S 55° 51' 59.249564"W

A E 03 04 6.817.362,616 610.547,265 327° 39' 01" 204,00m 28° 45' 59.248809''S 55° 52' 03.334867"W

VE
UL
04 01 6.817.378,291 610.667,546 82° 34' 31" 121,30m 28° 45' 58.702383"S 55° 51' 58.905475"W

L )

GE
COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE B

C É A De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

SE
01 02 6.817.065,291 610.865,797 147° 39' 01" 166,50m 28° 46' 08.809773"S 55° 51' 51.485633"W

TA
TALUDE (F A 02

03
03

04
6.817.056,187

6.817.190,277
610.741,355

610.656,424
265° 48' 56"

327° 39' 01"


124,77m

158,72m
28° 46' 09.144118"S

28° 46' 04.814054"S


55° 51' 56.070872''W

55° 51' 59.249564"W

L
04 01 6.817.205,951 610.776,704 82° 34' 31" 121,30m 28° 46' 04.267590"S 55° 51' 54.820115"W
85.04

55
COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE C

ES
EM De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

TR
LA
01 02 6.817.190,277 610.656,424 147° 39' 01" 204,00m 28° 46' 04.814054"S 55° 51' 59.249564"W

U m

0,3
C)
6.817.174,602 610.536,143 121,30m

AD
02 03 262° 34' 31"

0
28° 46' 05.360479"S 55° 52' 03.679028"W

HO ÉL
3,9
03 04 6.817.268,318 610.476,784 327° 39' 01" 110,93m 28° 46' 02.334172"S 55° 52' 05.900533"W

L C

AD
I
SE .87
04 05 6.817.353,431 610.476,784 0° 00' 00" 85,11m 28° 45' 59.568980"S 55° 52' 05.930368"W

PI N 8
05 01 6.817.362,616 610.547,265 82° 34' 31" 71,08m 28° 45' 59.248809"S 55° 52' 03.334867"W

EA
(FA

8m
O S : 9

45
H E
COORDENADAS CÉLULA ESPINILHO - FASE D

AL

CE
I L

5,5
A )
De Para Y X Azimute Distância Latitude Longitude

IN L A T

SS
O
01 02 6.817.056,187 610.741,355 147° 39' 01" 158,72m 28° 46' 09.144118"S 55° 51' 56.070872"W

2
S P LU SE T 02 03 6.817.047,082 610.616,913 265° 48' 56" 124,77m 28° 46' 09.478420"S 55° 52' 00.656120"W

O
É A
AE
03 04 6.817.174,602 610.536,143 327° 39' 01" 150,95m 28° 46' 05.360479"S 55° 52' 03.679028"W

) C A E
ÁR
6.817.190,277 610.656,424 121,30m

(F
04 01 82° 34' 31" 28° 46' 04.814054"S 55° 51' 59.249564"W

L UL E C

LAGOA 1 LAGOA 2

(F AS Para

3
Latitude

-28,7659139
Longitude

-55,8658373
Para

3
Latitude

-28,76602142
Longitude

-55,8662571

-28,7660163 -55,8662371 -28,76612376 -55,8666569


4 -28,7658356 -55,8663391 4 -28,765943125 -55,86675900

1 -28,7657333 -55,865939 1 -28,76584078 -55,86635917

,6 0
9
.68
LAGOA 3 TRATAMENTO DE CHORUME

: 77
CO

37
Para Latitude Longitude Para Latitude Longitude

0,7
TAL
2 2
ES

-28,76612888 -55,86667696 -28,76626249 -55,86724306

M
42

9
3 3
RT

-28,76623122 -55,86707679 -28,76631366 -55,86744297


ES

E
TR

TO
4 -28,76605058 -55,8671788 4 -28,76613259 -55,86754515

LA
A

1 -28,76594824 -55,8667789 1 -28,76608185 -55,86734509


INA

EA
4,7

DA

U
TR

ÁR É L B )
DE

QUADRO DE ÁREAS

C E
V

S
LOCAL ÁREA (m²)
AD

AC

(FA
7 m MUN
EG

01 Área total do empreendimento 83 ha


ACES
26

SO P
/ DES
ES

CARG 02 Célula Ema 98.873,90


1.8

A
03 Célula Espinilho 77.689,70

MA
ET

8
SO
A

O 04

ILH
Casa 1 e 2 100,00

E 05 Lagoas aeróbicas 5.280,00m³


AL

IN A 06 Lavagem/Manut. Veiculos 200,00

O SP UL
07 Cortina Vegetal 22.812,14

H AE L ) 08

NIL
Balança 80,00

I L B ) C É E D 09 Administração 210,00
+

+
SP U S
10
ICI

Guarita 9,00

L E
CÉ (FA
CIM ÇAÕ
TO

S
11

E
Sistema de Trat. Chorume 400,00
EN

A
AS UTEN
nto

LA
12

)
Estacionamento 1.200

F
20

(
TE

+
D
AN
PA

me

U
EM

L
B

E
na


60

S
cio m

A
PAR
+ 10
RAIO OBRA

A
L

(F
ta

MAN E
D
Es

ÕES
INH
CAM

+ 271.33
A
RAD
m
20
+ EST ACES
SO P
/ DESC
SO
ESTRADA DE ACES
A RGA
GUARITA
20
249.55
+
4

BALANÇA
PORTÃO
3m

SO
ESTRADA DE ACES
3m 10 30

BWC BWC.
Eng°. F. M.
7

1 2 Escritório Auditório Refeitório Vest. Vest.


10

Lab.
F. M.
6.23

Administração
+ Casa

PORTÃO
ESTRADA DE ACES
SO
R TINA V E G ETAL
CO
718,76 m
LEGENDAS PLANTA BAIXA

Talude

Vegetação

Curvas de nível

Construção
Alvenaria

+ Cercado

Local:
Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS A1
Título da Prancha:

PLANTA BAIXA DO EMPREENDIMENTO - REVISÃO 01 1:900


Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 01
Ponto 01
89,00 Latitude: -28.75823638888888960000
88,00 88,00 Longitude: -55.86908944444444800000
88,00
88,00
QUADRO DE ÁREAS
Ponto 07
Latitude: -28.75903638888888640000
Área total da Gleba: 830.000,00 m²
Longitude:-55.87548083361111680000
Área Célula Espinilho: 77.689,60 m²
Área Célula Ema: 98.873,90 m²
Ponto 06
Latitude: -28.75941583305555520000
Longitude: -55.87513333305555840000
Área Sistema de Tratamento Chorume: 400,00 m²
90,00
Área Lagoas Armazenamento Chorume: 2.640,00 m²
Prédio Administrativo: 210,00 m²
Casas 1 e 2: 100,00 m²
Balança: 80,00 m²
Guarita: 9,00 m²
Área de abastecimento/manutenção: 200,00 m²
Ponto 05
Latitude: -28.76040555583333440000
Área de manobra: 1.256,64 m²
91,00
Longitude: -55.87429305527777280000
Estacionamento: 1.200,00 m²

Ponto 04
Latitude: -28.76083666666666560000
Longitude: -55.87396666694444800000

89,00

92,00

Vegetação
Nativa

90,00

91,00

93,00

92,00

Sondagem/Ensaio 07
Latitude: -28.765788888889
Longitude: -55.864044444444
94,00
Cortina Vegetal
largura de 10,00m

+
Cercado

+
+

+
+
+
+
+
+

+
+
+
LAGOA 1:

+
Circulação o
+
+
Piso de
+ cess
+
+

1,760m³
de A
+

+
+

concreto LAGOA 2:
+

ada
+

Área Sistema
+

Estr

+
+
1,760m³
+

+
+
+

LAGOA 3:

+
+
+

+
Tratamento

+
+
+
+ +
1,760m³

+
+

+
Chorume
+
+
+

+ +

93,00
+

+
+
+
+

+ +
+

Cercado
+
+

Sondagem/Ensaio 08
+
+

+
+
+

Latitude: -28.766255555556
Estrada de Acesso Longitude: -55.8655
Sondagem/Ensaio 09
Latitude: -28.766311111111
Longitude: -55.867141666667
95,00

Sondagem/Ensaio 06
Latitude: -28.766569444444
Longitude: -55.863477777778
Cortina Vegetal
94,00 largura de 10,00m

Sondagem/Ensaio 10
Latitude: -28.766877777778 Obra:

Es
Longitude: -55.868225 ILHO
ES

SPIN 9,60 m
²
ATERRO SANITÁRIO DE RESÍDUOS URBANOS

tra
E Talude

da
TR

U L A 7 .6 8
CÉL AL:
7 EMA ,90 m²

de
A

TOT LULA 873


DA

Ac
É
Á REA C : 98.
TAL

ess
O Conteúdo:
MU

A T

o
ÁRE
NIC

96,00
LEVANTAMENTO PLANIALTIMÉTRICO
IPA

Sondagem/Ensaio 11 Sondagem/Ensaio 05
Latitude: -28.767455555556
L

Latitude: -28.767255555556
Es

Longitude: -55.869677777778 Longitude: -55.864127777778


tra
add

95,00 Local:
eA

Sondagem/Ensaio 12
Acesso à Rod. BR 287, Parte da Granja União, Localidade de Vista Alegre, 1° Distrito
ces

Sondagem/Ensaio 13 97,00
Latitude: -28.767977777778 de São Borja-RS
so

Latitude: -28.767805555556
Longitude: -55.867966666667
Longitude: -55.865802777778
Estacionamento Sondagem/Ensaio 04
Cortina Vegetal Latitude: -28.768077777778
+
+

+
largura de 10,00m
+

Longitude: -55.862469444444
+
Abastecimento e
+
Manutenção
+

+
Raio para
Proprietário:
+

+
manobra de 98,00
+ Cercado caminhões
+ PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA
+

96,00
+
ADA
DE ACESS
O P/
Sondagem/Ensaio 02 CNPJ: 33.729.746/0001-90
+ ESTR DES Latitude: -28.768972222222
Guarita CAR
+ GA Longitude: -55.865072222222
Portão Balança Sondagem/Ensaio 03
Casas
Latitude: -28.768741666667
+
12 Administração Longitude: -55.861938888889
Portão +

Estrada de Acesso Estrada de Acesso


Resp. Técnico:
Ponto 03
Latitude: -28.76959888888888640000 Ponto 02
Longitude: -55.86847055611111040000 Latitude: -28.76906388888888640000 ROBERTO SILVIO BRUNETTO PRANCHA:
Sondagem/Ensaio 01 Cortina Vegetal Longitude: -55.86113361055555200000
Latitude: -28.769427777778 largura de 10,00m CREA/SC 76015-7
97,00 Longitude: -55.868244444444

02
98,00 99,00 99,00
Desenho: Escala: Área: Data:
Lidiane 1:2.500 830.000,00 m² Agosto/2020
x
LEGENDAS PLANTA BAIXA

x
Área das células
N
SO

x
S
ACE
DE

x
RA DA 0
0.0
EST

x
W L 68 674.00 Terreno escavado

+
+
+

+
+
+
+

+
+
678.00

+
+
+

+
+
+
+

+
+
+

x
+

+
+
SONDAGEM 7-

+
+
+

+
+
+
+

+
ETAL

+
+
+

+
+
+
+
+

+
VEG

0+0
Profundidade máxima: 93.259m

+
+

+
+
+

x
+

+
CORTINA
LAGOA 1:

+
+
.07

+
+

+
Área propriedade

CIR
+
+
+

20
Cota TN = 94.259

+
242
1.760m³ x x x

+
+

CU
+
+
+
+

+
+

LA
+
+

+
+
+

x
+

+
ÇÃ
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
O
LAGOA 2:

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+
1.760m³

+
+

0 +0
+

+
+

+
+

+
CIR
+

+
+

x
+

+
+

+
+

+
+

+
CU
+

+
+

+
+

40
+
+

+
LAÇ

+
LAGOA 3:

+
+
+

+
+

+
+

+
+
+

+
+

ÃO

+
2m

+
+

1.760m³

+
+
+

+
+

+
+

x
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
o

+
+ +

+
+
+

0+0
+
et
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
cr

x
+

+
+
+ +

+
+
+

+
+

on

+
+

60
+
+

+
+

+
+

+
+

+
+
+ +

:C

+
+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

SONDAGEM 8-

x
P.
+

+
+
+
+

DE ACESSO
+

Profundidade máxima: 92.946m

0+0
+

x
ESTRADA.13

80
195 Cota TN = 93.746

0+0

x
20

0+1

x
00
0+0

x
SONDAGEM 9- SONDAGEM 6-

40

0+1
Profundidade máxima: 93.306m Profundidade máxima: 93.430m
x

x
02
Cota TN = 93.606 Cota TN = 95.130

0+0
x

x
60

0+1

x
x

04
SONDAGEM 10-

0+0

ES

x
85.11
x

80

TR
Profundidade máxima: 92.276m

0+1

AD
Cota TN = 93.776

x
x

60

A
0+1

x
x

DE
00

0+1

x
AC455.5
80
x

0+1

ES 2

x
20
x

SO
0+2
SONDAGEM 11-

x
00
A
x

Profundidade máxima: 93.125m

0+1
EM

x
40
x

0+2

x
20
EST
x

SONDAGEM 5-

0+1

x
60
Profundidade máxima: 94.100m
RA

0+2
x

Cota TN = 95.800

40

x
DA
x

0+1
HO

x
80

0+2
L
x

IN I

60

x
0+2
SP
x

SONDAGEM 13-

x
00
E

0+2
Profundidade máxima: 93.217m
x

80

x
Cota TN = 95.217

0+2
x

SONDAGEM 12-

x
20

0+3
Profundidade máxima: 94.191m
x

00

x
Cota TN = 95.091

0+2
x

SONDAGEM 4-

40

x
0+3
Profundidade máxima: 96.439m
x

20

x
Cota TN = 97.639

0+2
x

60

x
261

0+3
40
.8
x

x
8

0+2
x

80

x
0+3
60
x

x
0+3
0
x

x
0

0+3
Estacionamento

80
x

x
0+3
Abastecimento e

20
x

x
Manutenção

0+4
SONDAGEM 3-

00
TALUDE 5 Cota TN = 98.619
Profundidade máxima: 96.119m

x
x

0+3
+

TALUDE 4

4
+

0+4
0

x
x

Raio para

20
TALUDE 5 TALUDE 3
manobra de SONDAGEM 2-

x
x

0+3
+
caminhões TALUDE 4 TALUDE 2
Profundidade máxima: 95.640m

60

0+4

x
270.19
x

+ RGA Cota TN = 97.840


DESCA TALUDE 1

40
Balança TALUDE 3 SO x

ESTRADA DE ACES
x x

O P/
x

0+3
x
x

x x

CEE S S x x x

TALUDE 2
x

80
DA AD
x x
x x

ESTRA
x x
x

x x

TALUDE 1 252.39 x x x x x

Guarita Administração x x

0+4
x x
x
x

x x
x x
SO
ESTRADA DE ACES

00
x x
x x
x x
x x
x

x x
x

Casa x x x x x x x x

Portão x
x

x x
x x

3 x x
x x
x

SONDAGEM 1-
x x x
x

x x
x x
x

Portão Profundidade máxima: 95.947m


Cota TN = 97.147

PERFIL LONGITUDINAL EMA SEÇÃO TRANSVERSAL TERRENO DA CÉLULA EMA


95 95

90 90
88 88
100
OFFSET -120.00 -100.00 -80.00 -60.00 -40.00 -20.00 0.00 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00

TN ESCAVADO 95.405 95.317 95.321 95.424 95.526 95.621 95.688 95.615 95.547 95.624 95.701 95.777 95.840
98
TERRENO NATURAL 94.969 94.866 94.764 94.662 94.556 94.444 94.332 94.178 94.148 94.228 94.309 94.391 94.469

96

94
105
SEÇÃO TRANSVERSAL TERRENO DA CÉLULA ESPINILHO 105

92 100 100
ESTACAS 0+000 0+020 0+040 0+060 0+080 0+100 0+120 0+140 0+160 0+180 0+200 0+220 0+240 0+260 0+280 0+300 0+320 0+340 0+360 0+380 0+400 0+420 0+440 0+460
95 95
TN ESCAVADO 93.37 92.958 93.102 93.245 93.388 94.94 93.675 93.818 93.962 94.105 95.53 94.392 94.535 94.678 94.822 96.97 95.108 95.252 95.395 95.538 98.60 95.825 96.160
TN 93.370 93.734 94.084 94.420 94.758 94.939 95.015 95.082 95.150 95.249 95.526 95.755 95.912 96.069 96.500 96.975 97.450 97.914 98.296 98.447 98.597 98.748 98.900 90 90

-120.00 -100.00 -80.00 -60.00 -40.00 -20.00 0.00 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00

TN ESCAVADO 93.930 93.929 93.935 94.121 94.373 94.606 94.818 94.974 95.056 95.138 95.187 95.226 95.263
PERFIL LONGITUDINAL ESPINILHO TERRENO NATURAL 93.494 93.523 93.526 93.529 93.532 93.535 93.538 93.527 93.517 93.507 93.497 93.487 94.077

100 LEGENDAS SEÇÕES TRANSVERSAIS

98 Terreno natural
Perfil de escavação
96

94

92
TN ESCAVADO 93.50 92.277 92.461 92.645 92.828 94.35 93.196 93.379 93.563 93.747 95.03 94.114 94.298 94.481 94.665 96.27 95.032 95.216 95.400 95.583 97.97
TN 93.499 93.668 93.838 94.007 94.185 94.351 94.514 94.677 94.840 94.955 95.032 95.024 95.016 95.161 95.666 96.271 96.876 97.484 97.676 97.822 97.967
ESTACAS 0+000 0+020 0+040 0+060 0+080 0+100 0+120 0+140 0+160 0+180 0+200 0+220 0+240 0+260 0+280 0+300 0+320 0+340 0+360 0+380 0+400 0+410 Resp. Técnico: Local:
Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
BRUNA BIANC SCHMITT 1° Distrito de São Borja - RS
Engª Civil
CREA/SC 1474689 Assunto: Data:
PROJETO DE TERRAPLENAGEM Agosto/2020
LEGENDAS PERFIS LONGITUDINAIS VOLUME DE CORTE DAS CÉLULAS EMA E ESPINILHO: 442,585.49 m³ (empolamento de 1.25) Título da Prancha: Escala:

Terreno natural PLANIALTIMÉTRICO, PERFIS LONGITUDINAIS, SEÇÕES TERRENO NATURAL E ESCAVAÇÃO 1:1000
Perfil de escavação Proprietário: Prancha:

PGR Aterro Sanitário - Valdemir Possenti 01


VOLUMES CÉLULA EMA*
LEGENDAS CORTES
Cobertura: 30.948,76 m³
TALUDE 5
27.954,61 m³ Cobertura
Cobertura: 36.206,45 m³
TALUDE 4
28.798,57 m³ Resíduos
Cobertura: 41.549,97 m³

17.50
TALUDE 3
30.652,21 m³
Taludes
Cobertura: 46.796,56 m³
TALUDE 2
32.462,32 m³
4.00
Cobertura: 55.047,78 m³ Camada de
escavação
3.50

TALUDE 1
37.332,72 m³

Variável 12.00 Camada de 1m


Não escavar
1.00 Escavação

Linha de rocha Camada de Rocha


Furo de sondagem 8 Furo de sondagem 7 Furo de sondagem 4 Furo de sondagem 3
Furo de sondagem 6
Cota TN: 93.746m Cota TN: 94.259m Furo de sondagem 5 Cota TN: 97.639m Cota TN: 98.619m
Cota TN: 95.130m Camada de 1m entre
Escavar máximo: 0.80m Escavar máximo: 1.00m Cota TN: 95.800m Escavar máximo: 1.20m Escavar máximo: 2.50m
Escavar máximo: 1.70m escavações e camada de
Cota de escavação: 92.946m Cota de fundo máxima: 93.259m Escavar máximo: 1.70m Cota de fundo máxima: 96.439m Cota de fundo máxima: 96.119m
Cota de fundo máxima: 93.430m rocha
Cota de fundo máxima: 94.100m
* sem fatores de contração ou empolamento

A
EM

IL HO
PIN
ES

VOLUMES CÉLULA ESPINILHO*


3

Cobertura: 23.025,51 m³
TALUDE 5
23.990,59 m³

Cobertura: 27.363,74 m³
TALUDE 4
25.799,91 m³

Cobertura: 31.733,98 m³

17.50
TALUDE 3
27.645,17 m³

Cobertura: 36.593,64 m³
TALUDE 2
29.578,55 m³
4.00
Cobertura: 41.766,40 m³
3.50

TALUDE 1
31.299,45 m³

Variável 12.00
Escavação
1.00

Linha de rocha

Furo de sondagem 10 Furo de sondagem 9 Furo de sondagem 12 Furo de sondagem 2


Cota TN: 93.776m Cota TN:93.606m Cota TN: 95.091m Furo de sondagem 13 Cota TN: 97.840m
Camada de 1m entre Cota TN: 95.217m
Escavar máximo: 1.50m Escavar máximo: 0.30m Escavar máximo: 0.90m Escavar máximo: 2.20m
escavações e camada de Escavar máximo: 2.00m
Cota de escavação: 92.276m Cota de fundo máxima: 93.306m Cota de fundo máxima: 94.191m Cota de fundo máxima: 95.640m
rocha Cota de fundo máxima: 93.217m
* sem fatores de contração ou empolamento
Resp. Técnico: Local:
Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
BRUNA BIANC SCHMITT 1° Distrito de São Borja - RS
Engª Civil
CREA/SC 1474689 Assunto: Data:
PROJETO DE TERRAPLENAGEM Agosto/2020
Título da Prancha: Escala:

REPRESENTAÇÃO DOS VOLUMES DE ESCAVAÇÃO E ATERROS DAS CÉLULAS S/ESCALA


Proprietário: Prancha:

PGR Aterro Sanitário - Valdemir Possenti 01


116 SEÇÃO TRANSVERSAL CÉLULA EMA 116

114 114 PERFIL LONGITUDINAL CÉLULA EMA


112 112

110 110
100
108 108

106 106 LEGENDAS PERFIS LONGITUDINAIS


104 104 98
Terreno natural
102 102
Perfil de escavação
100 100
96
98 98

96 96

94 94 94

92 92

90 90
92
88 88 ESTACAS 0+000 0+020 0+040 0+060 0+080 0+100 0+120 0+140 0+160 0+180 0+200 0+220 0+240 0+260 0+280 0+300 0+320 0+340 0+360 0+380 0+400 0+420 0+440 0+460
OFFSET -120.00 -100.00 -80.00 -60.00 -40.00 -20.00 0.00 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00 120.00 ESCAVAÇÃO.92.953 92.958 93.102 93.245 93.388 93.532 93.675 93.818 93.962 94.105 94.248 94.392 94.535 94.678 94.822 94.965 95.108 95.252 95.395 95.538 95.682 95.825 96.160
TN 93.370 93.734 94.084 94.420 94.758 94.939 95.015 95.082 95.150 95.249 95.526 95.755 95.912 96.069 96.500 96.975 97.450 97.914 98.296 98.447 98.597 98.748 98.900
CAMADA FINAL 94.983 94.880 94.778 94.676 94.566 94.454 94.342 94.165 94.157 94.238 94.320 94.401 94.479
ESCAVAÇÃO 94.983 94.880 94.778 94.676 94.566 94.454 94.342 94.165 94.157 94.238 94.320 94.401 94.479
TERRENO 95.423 95.335 95.332 95.435 95.537 95.632 95.702 95.634 95.568 95.645 95.722 95.799 95.862
PERFIL LONGITUDINAL CÉLULA ESPINILHO
114 SEÇÃO TRANSVERSAL CÉLULA ESPINILHO 114

112 112

110 110 LEGENDAS SEÇÕES TRANSVERSAIS 100

108 108
Terreno natural
106 106
Perfil de escavação 98
104 104
Perfil do aterro
102 102

100 100 96

98 98

96 96

1
94
94 94

92 92

90 90 92
ESCAVAÇÃO.93.499 93.668 93.838 94.007 94.185 94.351 94.514 94.677 94.840 94.955 95.032 95.024 95.016 95.161 95.666 96.271 96.876 97.484 97.676 97.822 97.967
88 88 TN 93.499 93.668 93.838 94.007 94.185 94.351 94.514 94.677 94.840 94.955 95.032 95.024 95.016 95.161 95.666 96.271 96.876 97.484 97.676 97.822 97.967
OFFSET -100.00 -80.00 -60.00 -40.00 -20.00 0.00 20.00 40.00 60.00 80.00 100.00
ESTACAS 0+000 0+020 0+040 0+060 0+080 0+100 0+120 0+140 0+160 0+180 0+200 0+220 0+240 0+260 0+280 0+300 0+320 0+340 0+360 0+380 0+400 0+410
CAMADA FINAL 99.929 107.597 111.100 111.105 111.110 111.115 111.120 111.125 111.130 107.634 99.977
ESCAVAÇÃO 93.618 93.624 93.630 93.636 93.642 93.648 93.661 93.669 93.659 93.650 93.640
TERRENO 94.092 94.098 94.178 94.433 94.667 94.900 95.083 95.165 95.248 95.330 95.365

SO VOLUMES CÉLULA ESPINILHO


Cercado D E ACES P7-
X: 610894.414

+
+
+

+
+
ADA

+
+
+

+
+
+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
ESTR

+
+
+

Y: 6817433.453

+
AL

+
+
+
+

+
T

+
+
E

+
+
+

+
G .60

+
+
E Cobertura: 23.025,51 m³

+
+

+
V

+
+
+
A

+
+

+
+
IN Z: 93.259

+
+
T
+

+
+
R

+
+
+
+

+
+
C

+
+
+

+
+
+
+
+
+

+
+

22m
+
+
+

+
+
+
+
+
+

+
+
TALUDE 5

+
+
+

+
+
+
+
+
+

2.90
+
+
+
+

+
+
+
+
+
+

LAGOA 1:

+
+
+
+
+

+
+

CIR
+
+
P8-

+
+

+
+
+
+
23.990,59 m³
+

+
+
+
+
+
+

+
+
+
1.760m³

CU
+

+
+
+
+
+
+

+
X: 610751.817

+
+
+
+

+
+
+
+
+
+

LAÇ
+
+
+
+
+

+
+
+
+

0+0
+
+

+
+
+
Y: 6817383.102

+
+

+
+
LAGOA 2:

+
+
+
.60
+

ÃO
+
Cobertura: 27.363,74 m³

+
+
07

+
+

+
+
+

20
242.

+
+
+

+
+
+
+

+
+

+
+

+
Z: 92.946

+
+
+
1.760m³

+
+

+
+
Área: Sistema

+
+

+
CIR
+

+
+

+
+

+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
20.33
+

+
+
+
+

+
+
+

+
TALUDE 4
+

+
CUL
+

+
+

+
+

+
+ +

+
LAGOA 3:

+
+

+
+

2.90
+
+
+

+
+

+
+

+
1

+
Tratamento de

+
+ +

+
+
225.8

+
+

+
2m

+
+

+
+

+
+

+
+

+
AÇÃ
+

+
40m

+
+ +

+
+

+
+

+
+
+
1.760m³

+
+

+
+

+
+
+
+

25.799,91 m³

+
+ +

+
+
+
+

+
+

+
+

+
+
+
+

+
O
+ +

+
+
+
Chorume
+

+
+

+
+

+
+
22.3

+
+

+
+ +

+
o

+
+
+

+
5
+

+
+
2m

+
+
209.5

+
+

+
+

et
+

0+0
+
+
+

+
+

+
+

+
+
+
+

+
+ +

+
+
.60

+
+

+
Cobertura: 31.733,98 m³
+

cr

+
+

+
+
6

+
+

40m

+
+

40
+

+
+
+
+

+
+

+
+

+
+
+
+

on

+
+ +

+
+
+
+

+
+

+
+

+
+
+
+

+
+ +

+
9

+
+
+

193.2

+
+

+
+

+
+

17.50
+
+

:C

+
+ +

+
+
+
TALUDE 3
+

+
+

+
+

+
+
+
+

+
+ +

+
+

2.90
+
+

+
+

+
+

0+0

+
+
+
+

+
+ +

+
P.

+
2m

+
+

+
+

+
+

+
+
40m

+
+

+
+ +

+
+
+
+

+
00 +

+
+

+
27.645,17 m³

+
+
+

3
177.0
+
+

+
+

+
+
P9-

+
+
+

+
+
+
4

+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+
+
+

+
+

0+0
+
+
+

+
X: 610591.192

+
+
+
+
+

+
+
7 Cobertura: 36.593,64 m³ .60

60
160.7
ESTRADA DE ACESSO
Y: 6817347.695
Z: 93.306 TALUDE 2

2.90
0+0

195.13
20

29.578,55 m³
4.00

0+0
183.00 .60
Cobertura: 41.766,40 m³

80

3.50
170.87 TALUDE 1

2.90
0+0
40

P10- P6- 31.299,45 m³


X: 610485.124 158.74 X: 610948.912

0+1
Y: 6817316.692 Variável 12.00 Escavação

00
Y: 6817346.440
Z: 92.276 146.62 Z: 93.430 1.00
0+0

Linha de rocha
60

134.49

0+1
20
85.11

VOLUMES CÉLULA EMA


75.77

0+0
66.42

80

EST
57.08

47.73

Cobertura: 30.948,76 m³ .60

0+1

RA
38.39

40

D
TALUDE 5

2.90
AD
0+1

27.954,61 m³
00

E ACE
Cobertura: 36.206,45 m³ .60

0+1
06
P11-

SSO
TALUDE 4

2.90
X: 610348.318
CÉLULA EMA
0+1

Y: 6817276.131 28.798,57 m³
2 0

Z: 93.125
Cobertura: 41.549,97 m³ .60

0+1
N

80

17.50
TALUDE 3

2.90
0+1

30.652,21 m³
40

W
L
Cobertura: 46.796,56 m³ .60

0+2
00

455
435
415
TALUDE 2

395

2.90
.52
375
355

.48
.44
0+1

.40
32.462,32 m³

.36
S

.32
60

4.00
CÉLULA ESPINILHO Cobertura: 55.047,78 m³ .60

0+2
20

3.50
TALUDE 1

2.90
0+1

37.332,72 m³
80

P5- Variável

0+2
Escavação

299
X: 610884.517 12.00

313

40
1.00

370

328

.26
Y: 6817248.865

342

.63
356
.638

.
352
333

00
315
296
278 Z: 94.100

.37
0+2

71.1
Linha de rocha

.73
.22
.2

.76
.83
.
00

37

0+2
0 6
P13-
P12- X: 610720.621
0+2

X: 610509.185 Y: 6817211.644
20

Y: 6817194.573 Z: 93.217 VOLUME DE CORTE DAS CÉLULAS EMA E ESPINILHO: 442,585.49 m³ (empolamento de 1.25)
226

Z: 94.191

0+2
.32

80
233
.43
240

0+2
40
.55
247
.66

0+3
254

P4-

00
LEGENDAS CORTES
.77

X: 611045.757
261

Y: 6817178.377
.88

0+2

Z: 96.439
6

Cobertura
0

0+3
20
Resíduos
0+2
80

Estacionamento

0+3
Taludes

40
Abastecimento e
0+3
00

Manutenção
LEGENDAS PLANTA BAIXA

0+3
60
+
+

+
Topo do aterro
0+3
20

0
Raio para

0+3
0.0 +
68 674.00 Curvas de nível

80
678.00
+ manobra de
0+3

caminhões 179.45
40

+ 161.64
Área construída TALUDE 5
TALUDE 5

0+4
+
197.60

00
179.79
+ Balança TALUDE 4
Taludes TALUDE 4
GA
DESCAR
215.74
0+3

P / 197.94
60

S S O TALUDE 3
DA DE ACE TALUDE 3 233.89

0+4
x x x Área propriedade
ESTRA 216.09
Guarita

20
TALUDE 2
TALUDE 2
Administração 252.04
0+3

234.24
TALUDE 1
80

TALUDE 1 Resp. Técnico: Local:


252.39 270.19

0+4
P3- Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
P2- BRUNA BIANC SCHMITT

40
X: 611096.850 1° Distrito de São Borja - RS
Portão X: 610790.711 ESTRADA DE ACESSO Engª Civil
Casa ESTRADA DE ACESSO Y: 6817081.698 Y: 6817104.323 CREA/SC 1474689 Assunto: Data:
0+4

3 Z: 95.640 Z: 96.119 PROJETO DE TERRAPLENAGEM Agosto/2020


00

Título da Prancha: Escala:


PLANIALTIMÉTRICO, CORTES, VOLUMES CÉLULAS EMA E ESPINILHO 1:1000
01 Alex Fabiano Suttili Agosto/2020
Proprietário: Prancha:

REVISÃO: DESCRIÇÃO: DESENHISTAS: DATA: RUBRICA:


PGR Aterro Sanitário - Valdemir Possenti 01
+
+

+
+
+
+
+

+
94.00

+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
92.00
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
0

+
Cercado

+
94.0

+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

22m
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

A 1:

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
G

+
+
+
+

+
A

+
+
+

+
L 0m³

+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
1.76

+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

CIRC
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+

ULA
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

ÇÃO

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
A 2:
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+
2m

+
+

+
LAGO m³
+

+
+

+
+

+
94.00
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
1.760
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
40m
+

+
+

+
+

+
92.00
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

CIRC

+
+

+
+

+
+

+
+

+
94.00
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
ULA
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

ÇÃO

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
A 3:

+
+

+
+
+
+

+
+
2m

+
SEÇÕES TRANSVERSAIS

+
+

+
+
+
+

+
LAGO m³

+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
1.760

+
+
+

+
+
+
+
+

+
40m

+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
LAGOA 1

+
+

+
+
+
+

+
+
+
98 98
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
96 96

+
+

+
+
+
+
+

+
22.0

+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
94 94
+

+
+
+
+

+
+
+
+ +
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
0

92 92
+

+
+
+

2m
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+

OFFSET -22.00 -11.00 0.00 11.00 22.00


+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+

CAMADA FINAL 92.598 95.000 92.000 95.000 93.848


+
+

+
+
+
+

+
+
+

40m
+
+

+
+
+
+

+
+
+

TN 92.326 92.470 92.641 92.812 92.982


+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+
+

+
+
+
+

+
+
+
+

N
+
+
+
+
+

: 2m
+
+
+

+
+
+
+

goas
+
+
+
+
+

+
+
+
+

as La
+
+
+
+

+
+
+

d e d LAGOA 2
ndida
+

+
W L
+

98 98

Profu 96 96

S
94 94

92 92

90 90

OFFSET -22.00 -11.00 0.00 11.00 22.00

LOCALIZAÇÃO CAMADA FINAL 92.417 95.000 92.000 95.000 93.976


TN 92.417 92.309 92.435 92.561 92.686
+
+

Cercado
+
+
+

22m
+

1:
+

LAGOA +
+

1.760m³
CIRCULAÇ
+
+

+
ÃO

2:
+

LAGOA 2m
+

1.760m³ 40m
CIRCULAÇ
+

+
+
ÃO
+

3:
+

LAGOA 2m
+

+
+

+ 1.760m³ 40m
+
eto

22.00

+
ncr

2m
+

+
+
+
Co

40m
+
P.:

98 LAGOA 3 98

Ema 96 96

Espinilho 94 94

92 92

OFFSET -22.00 -11.00 0.00 11.00 22.00

CAMADA FINAL 92.658 95.000 92.000 95.000 94.034


TN 92.658 92.456 92.456 92.598 92.741

LEGENDAS SEÇÕES TRANSVERSAIS

Terreno natural
Perfil de escavação
Perfil das Lagoas

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
BRUNA BIANC SCHMITT 1° Distrito de São Borja - RS
Engª Civil
CREA/SC 1474689 Assunto: Data:
PROJETO DE TERRAPLENAGEM Agosto/2020
Título da Prancha: Escala:

PLANIALTIMÉTRICO, CORTES, VOLUMES LAGOAS DE TRATAMENTO 1:500


Proprietário: Prancha:

PGR Aterro Sanitário - Valdemir Possenti 01


,09
N 243

7
,2
92
i = 2%

192,37 45°
106,29

40
,98
i = 2% 2
,2
71
85,16

85,03 45°

45
5,5
2
40
,95

37
0,1
2
37

37
0,5

0,7
0

9
31
8,2
1
26
1
,88

271,37
LEGENDAS

Caixa
coletora
249,59
Eixo dos drenos
Tubulação de
DIMENSIONAMENTO DE DIMENSIONAMENTO DE pvc enterrada
DRENAGEM DE PERCOLADO DRENAGEM DE PERCOLADO
(Célula Espinilho) (Célula Ema)

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS
Título da Prancha:

Detalhamento Drenagem Percolado Células Ema/Espinilho 1/2000


Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 05
N
Caixa
Coletora 0.60m
,09
243

de
alu
d oT
o
Top
0.80m

SISTEMA DE DRENAGEM caixa coletora


PLUVIAL EM DEGRAUS

Calha de Concreto
50 cm

45
5,5
2
Calha de Concreto
50 cm
37
0,7
9

LEGENDAS

Calhas de
Concreto
Caixa coletora
271,37
Escoamento
CORTE AA Pluvial

DIMENSIONAMENTO
DE DRENAGEM
PLUVIAL
(Célula Ema)

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS
Título da Prancha:

Planta Baixa Drenagem Superficial Célula Ema 1/2000


Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 4.2
N
192,37
0.60m

Talude
Topo do

85,16

0.80m

SISTEMA DE DRENAGEM caixa coletora


PLUVIAL EM DEGRAUS
Calha de Concreto
50 cm

37
0,5
0
Calha de Concreto
50 cm
26
1
,88

249,59

CORTE AA LEGENDAS

Calhas de
DIMENSIONAMENTO Concreto
DE DRENAGEM
PLUVIAL Caixa coletora
(Célula Espinilho)
Escoamento
Pluvial

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS
Título da Prancha:

Detalhamento Drenagem Superficial Cél. Espinilho 1/2000


Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 4.1
Inclinações dos taludes

CORTE AA - IMPERMEABILIZAÇÃO DAS BASES Lado externo4


3,5 3.5
4
Lado interno

Fixação da manta no
Fixação da manta no Base Maior Sup. talude
talude DISPOSIÇÃO RESIDUOS

50cm
30cm
50cm
3.5 m

30cm
L = 4m
Manta de PEAD = 2mm Base Menor Sup. Dreno testemunho

Grama

Camada de superficie

Residuos sólidos

Argila Compactada

CORTE BB - IMPERMEABILIZAÇÃO DAS BASES


Fixação da manta COBERTURA FINAL
no talude Base Maior Sup.
Fixação da manta
no talude

50cm
H1:V1 DISPOSIÇÃO RESIDUOS 50cm LEGENDA
30cm

Perfil de projeto
30cm

Dreno Testemunho
Dreno testemunho
Manta de PEAD = 2mm Manta PEAD
Base Menor Sup.
Residuos
Argila Compactada

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS
Título da Prancha: COBERTURA E
IMPERMEABILIZAÇÃO CÉLULAS EMA / ESPINILHO S/E
Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 03
CO
RT
IN
O
ICI

AV
E ÍN
I DO D DE
NT G A
SE CAR L

EG E
S
DE TERIA
MA

ET STR
MA

AL ADA
L A E A)
LU E

50
CÉ (FAS

D EA

5,6
CE
MA

SS
A EC)

2m
P/

O
L SSO A
LU E ACE CARG

MA
CÉ (FAS
E S
D

NUT
EN
O TALUDE

Ç
ILH

ÃO
S PIN
E )
LA EA
É LU (FAS ESS
OP
AC CARG
/
A
C DES
O
I N ILH
SP
A E E C)
ES

L
TR

LU (FAS A
CÉ EM
A DA

HO A
LU
L B)
DE

L
+ INI CÉ FASE
SP B)
AC

E (
ES

A SE
UL
CIM ÇAÕ
TO

SO

ÉL (FA MA
EN
AS UTEN

+ C AE )
MA

HO L
20

TE
AN

LU D
nto

NU

L
EM

INI CÉ FASE
B

TE
me

+ 10 RAIO
SP D) (
N

A
E
a

PAR
60

ÇÃ

LA
A
ion

OBR
ES

MAN E
LU (FAS
m

DE
tac

ÕES
CAM
INH
C É
TR

Es

+
ACES
A

GUARITA S
DESC O P/
ARG
DA

6,4

A
+
1

m
20
MANUTENÇÃO
MU

20 O
ESTRADA DE ACESS
PORTÃO BALANÇA
4

O MANUTENÇÃO
NIC

10 30

ESTRADA DE ACESS
ÁREA TOTAL
BWC BWC.
Eng°. F. M.
7

1 2 Escritório Auditório Refeitório Vest. Vest.


10

Lab.
F. M.
6,23

Administração
Casa

GETAL 26 ha
CORTINA VE
IPA

PORTÃO

718,76 m
L

LEGENDAS

Projeção Acesso
Entrada
Projeção Acesso
Saída

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS
Título da Prancha:

Croqui Sistema de Controle Entrada/Saída Caminhões 1/1500


Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 7.0
N

,09
243
de
alu
oT
od
m
20

T o p

30
m
,79
161

m
20

60
i = 2%
60

m
m

45
5,5
2
H1:V1 TUBO DE GÁS
37
0,7
9

Tubo Concreto

Superficie do Aterro

Tela
Rachão

DETALHAMENTO
TUBO
GÁS

271,37

LEGENDAS

Dreno de Gás
Eixo dos drenos

DIMENSIONAMENTO DRENOS
DE GÁS (Célula Ema)

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS
Título da Prancha:

Planta Baixa Drenagem de Gás Célula Ema 1/2000


Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 6.2
N

192,37

i = 2% 137,68
85,16

16,04

60 m

20 m H1:V1 TUBO DE GÁS

60
m
20 m

37
0,5
0
60
m
Tubo Concreto

Superficie do Aterro
26
1,8

Tela
8

Rachão

DETALHAMENTO
TUBO
GÁS

249,59

DIMENSIONAMENTO DRENOS
DE GÁS (Célula Espinilho) LEGENDAS

Dreno de Gás
Eixo dos drenos

Resp. Técnico: Local:


Acesso a Rod. BR 287, Parte Granja União - Vista Alegre -
1° Distrito de São Borja - RS
Título da Prancha:

Planta Baixa Drenagem de Gás Célula Espinilho 1/2000


Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO
Valdemir Possenti 6.1
Ponto 02
Latitude: -28.7584773433333
Ponto 01
Latitude: -28.75903638888888640000 Longitude: -55.8710143136111 RELAÇÃO DE ÁREAS:
Longitude:-55.87548083361111680000

ÁREA TOTAL DA GLEBA: 830.000,00 m²

Margem de 5,00 metros


Área de Reserva entre a área de reserva
Legal 166.000,00 m² legal e área de uso do solo

Ponto 03
Latitude: -28.7621400697222
Longitude: -55.8698449772222

Margem de 5,00 metros


entre a área de reserva
Ponto 04 legal e área de uso do solo
Latitude: -28.7632958336111
Longitude: -55.8724242372222

Obra:
ÁREA DO ATERRO SANITÁRIO DE RESÍDUOS URBANOS
EMPREENDIMENTO
Conteúdo:
LAYOUT DO EMPREENDIMENTO
ÁREA DE RESERVA LEGAL
Local: Acesso à Rod. BR 287, Parte da Granja União, Localidade de Vista Alegre, 1° Distrito
de São Borja-RS

Proprietário:
PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA
CNPJ: 33.729.746/0001-90

Resp. Técnico:
ROBERTO SILVIO BRUNETTO PRANCHA:
CREA/SC 76015-7

Desenho:
Lidiane
Escala:
1:5.000
Área:
830.000,00 m²
Data:
Agosto/2020
06
Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
5309108 19/11/2020 19/11/2020 19/02/2021
Dados básicos:
CPF: 703.300.690-04
Nome: FABIANA FAVERO LOUREIRO MACHADO
Endereço:
logradouro: RUA PINHEIRO, 249
N.º: 249 Complemento: FUNDOS
Bairro: CENTRO Município: TRINDADE DO SUL
CEP: 99615-000 UF: RS

Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA


Código CBO Ocupação Área de Atividade
2211-05 Biólogo Realizar consultoria e assessoria na área biológica e ambiental
Conforme dados disponíveis na presente data, CERTIFICA-SE que a pessoa física está em conformidade com as obrigações
cadastrais do CTF/AIDA.

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.

O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.

O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação EBIUYHDRCYHF5ZVP

IBAMA - CTF/AIDA 19/11/2020 - 20:21:58


Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
7565603 23/11/2020 23/11/2020 23/02/2021
Dados básicos:
CPF: 086.053.669-66
Nome: BRUNA BIANC SCHMITT
Endereço:
logradouro: EMILIO ZANDAVALLI
N.º: 99 Complemento: E
Bairro: SAIC Município: CHAPECO
CEP: 89802-190 UF: SC

Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA


Código CBO Ocupação Área de Atividade
2142-05 Engenheiro Civil Prestar consultoria, assistência e assessoria
Conforme dados disponíveis na presente data, CERTIFICA-SE que a pessoa física está em conformidade com as obrigações
cadastrais do CTF/AIDA.

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.

O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.

O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação E8AC1SVGQS1Q1ZXG

IBAMA - CTF/AIDA 23/11/2020 - 10:04:01


Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
7382518 23/11/2020 23/11/2020 23/02/2021
Dados básicos:
CPF: 059.235.889-51
Nome: AURIANE BUENO
Endereço:
logradouro: RUA LAGUNA
N.º: 281 Complemento: E
Bairro: ELDORADO Município: CHAPECO
CEP: 89810-180 UF: SC

Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA


Código CBO Ocupação Área de Atividade
2140-05 Engenheiro Ambiental Elaborar projetos ambientais
2140-05 Engenheiro Ambiental Gerenciar implantação do sistema de gestão ambiental-sga
2140-05 Engenheiro Ambiental Controlar emissões de poluentes
2140-05 Engenheiro Ambiental Gerir resíduos
2140-05 Engenheiro Ambiental Implantar projetos ambientais
2140-05 Engenheiro Ambiental Implementar procedimentos de remediação
2140-05 Engenheiro Ambiental Prestar consultoria, assistência e assessoria
Conforme dados disponíveis na presente data, CERTIFICA-SE que a pessoa física está em conformidade com as obrigações
cadastrais do CTF/AIDA.

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.

O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.

O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação B12F8TN8AD9F6I5P

IBAMA - CTF/AIDA 23/11/2020 - 14:35:34


Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
7496603 23/11/2020 23/11/2020 23/02/2021
Dados básicos:
CPF: 010.134.290-01
Nome: JONATHAS GABOARDI
Endereço:
logradouro: RUA SÃO PAULO
N.º: 161 Complemento: TORRE B, AP. 1003
Bairro: CENTRO Município: ERECHIM
CEP: 99700-302 UF: RS

Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA


Código CBO Ocupação Área de Atividade
2142-15 Engenheiro Civil (Edificações) Prestar consultoria, assistência e assessoria
2142-30 Engenheiro Civil (Geotécnica) Prestar consultoria, assistência e assessoria
2142-40 Engenheiro Civil (Hidráulica) Prestar consultoria, assistência e assessoria
2142-35 Engenheiro Civil (Hidrologia) Prestar consultoria, assistência e assessoria
2142-55 Engenheiro Civil (Rodovias) Prestar consultoria, assistência e assessoria
2147-40 Engenheiro de Minas (Projeto) Prestar consultoria e assistência técnica
2147-10 Engenheiro de Minas (Beneficiamento) Prestar consultoria e assistência técnica
2147-15 Engenheiro de Minas (Lavra a Céu Aberto) Prestar consultoria e assistência técnica
2147-20 Engenheiro de Minas (Lavra Subterrânea) Prestar consultoria e assistência técnica
2147-25 Engenheiro de Minas (Pesquisa Mineral) Prestar consultoria e assistência técnica
2147-30 Engenheiro de Minas (Planejamento) Prestar consultoria e assistência técnica
2147-35 Engenheiro de Minas (Processo) Prestar consultoria e assistência técnica
Conforme dados disponíveis na presente data, CERTIFICA-SE que a pessoa física está em conformidade com as obrigações
cadastrais do CTF/AIDA.

A inscrição no Cadastro Técnico Federal de Atividades e Instrumentos de Defesa Ambiental – CTF/AIDA constitui declaração, pela
pessoa física, do cumprimento de exigências específicas de qualificação ou de limites de atuação que porventura sejam determinados
pelo respectivo Conselho de Fiscalização Profissional.

O Certificado de Regularidade emitido pelo CTF/AIDA não desobriga a pessoa inscrita de obter licenças, autorizações, permissões,
concessões, alvarás e demais documentos exigíveis por instituições federais, estaduais, distritais ou municipais para o exercício de
suas atividades, especialmente os documentos de responsabilidade técnica, qualquer o tipo e conforme regulamentação do respectivo
Conselho de Fiscalização Profissional, quando exigíveis.

O Certificado de Regularidade no CTF/AIDA não produz qualquer efeito quanto à qualificação e à habilitação técnica da pessoa
física inscrita.
Chave de autenticação EVBCQUVSSGAXTLK3

IBAMA - CTF/AIDA 23/11/2020 - 14:27:47


Ministério do Meio Ambiente
Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renovaváveis
CADASTRO TÉCNICO FEDERAL
CERTIFICADO DE REGULARIDADE - CR
Registro n.º Data da consulta: CR emitido em: CR válido até:
7586317 25/11/2020 25/11/2020 25/02/2021
Dados básicos:
CPF: 988.075.870-68
Nome: ROBERTO SILVIO BRUNETTO
Endereço:
logradouro: RUA JOÃO ARGENTA
N.º: 154 Complemento:
Bairro: QUIRI Município: RONDA ALTA
CEP: 99670-000 UF: RS

Chave de autenticação HFLCE4FAQ5RQ23U3

IBAMA - CTF/AIDA 25/11/2020 - 16:15:54


RECIBO DE INSCRIÇÃO DO IMÓVEL RURAL NO CAR
Registro no CAR: RS-4318002-567D.2107.DD18.4AFC.9B5B.C712.BD0C.51D9 Data de Cadastro: 20/10/2020 11:40:10

RECIBO DE INSCRIÇÃO DO IMÓVEL RURAL NO CAR

Nome do Imóvel Rural: PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA

Município: São Borja UF: Rio Grande do Sul

Coordenadas Geográficas do Centroide do Imóvel Rural: Latitude: 28°45'50,82" S Longitude: 55°52'06,1" O

Área Total (ha) do Imóvel Rural: 83,0010 Módulos Fiscais: 4,1500

Código do Protocolo: RS-4318002-AA43.9FB6.B8DA.1793.363C.F72A.F5A0.A91A

INFORMAÇÕES GERAIS
1. Este documento garante o cumprimento do disposto nos § 2º do art. 14 e § 3º do art. 29 da Lei nº 12.651, de 2012, e
se constitui em instrumento suficiente para atender ao disposto no art. 78-A da referida lei;
2. O presente documento representa a confirmação de que foi realizada a declaração do imóvel rural no Cadastro
Ambiental Rural-CAR e que está sujeito à validação pelo órgão competente;
3. As informações prestadas no CAR são de caráter declaratório;
4. Os documentos, especialmente os de caráter pessoal ou dominial, são de responsabilidade do proprietário ou
possuidor rural declarante, que ficarão sujeitos às penas previstas no art. 299, do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848,
de 7 de setembro de 1940) e no art. 69-A da Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998;
5. O demonstrativo da situação das informações declaradas no CAR, relativas às áreas de Preservação Permanente, de
uso restrito e de Reserva Legal poderá ser acompanhado no sítio eletrônico www.car.gov.br;
6. Esta inscrição do Imóvel Rural no CAR poderá ser suspensa ou cancelada, a qualquer tempo, em função do não
atendimento de notificações de pendência ou inconsistências detectadas pelo órgão competente nos prazos
concedidos ou por motivo de irregularidades constatadas;
7. Este documento não substitui qualquer licença ou autorização ambiental para exploração florestal ou supressão de
vegetação, como também nãodispensa as autorizações necessárias ao exercício da atividade econômica no imóvel
rural;
8. A inscrição do Imóvel Rural no CAR não será considerada título para fins de reconhecimento de direito de propriedade
ou posse; e
9. O declarante assume plena responsabilidade ambiental sobre o Imóvel Rural declarado em seu nome, sem prejuízo
de responsabilização por danos ambientais em área contígua, posteriormente comprovada como de sua propriedade
ou posse.

CAR - Cadastro Ambiental Rural

Página 1/3
RECIBO DE INSCRIÇÃO DO IMÓVEL RURAL NO CAR
Registro no CAR: RS-4318002-567D.2107.DD18.4AFC.9B5B.C712.BD0C.51D9 Data de Cadastro: 20/10/2020 11:40:10

INFORMAÇÕES ADICIONAIS

Foi detectada uma diferença entre a área do imóvel rural declarada conforme documentação comprobatória de
propriedade/posse/concessão [83.0 hectares] e a área do imóvel rural identificada em representação gráfica [83,0010
hectares].

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA

IDENTIFICAÇÃO DO PROPRIETÁRIO/POSSUIDOR

CNPJ: 33.729.746/0001-90 Nome: PGR ATERRO SANITÁRIO E TRATAMENTO DE RESÍDUOS LTDA

ÁREAS DECLARADAS (em hectares)

CAR - Cadastro Ambiental Rural

Página 2/3
RECIBO DE INSCRIÇÃO DO IMÓVEL RURAL NO CAR
Registro no CAR: RS-4318002-567D.2107.DD18.4AFC.9B5B.C712.BD0C.51D9 Data de Cadastro: 20/10/2020 11:40:10

Imóvel Imóvel

Área Total do Imóvel 83,0010 Área Consolidada 66,3487

Área de Servidão Administrativa 0,0000 Remanescente de Vegetação Nativa 0,0000

Área Líquida do Imóvel 83,0010 Reserva Legal

APP / Uso Restrito Área de Reserva Legal 16,6193

Área de Preservação Permanente 0,0000

Área de Uso Restrito 0,0000

MATRÍCULAS DAS PROPRIEDADES DO IMÓVEL

Número da Matrícula Data do Documento Livro Folha Município do Cartório

26302 R 18 12/05/2020 02 04 São Borja/RS

CAR - Cadastro Ambiental Rural

Página 3/3
DECLARAÇÃO
PGR ATERRO SANITÁRIO

COORDENADAS GEOGRÁFICAS EM GRAUS DECIMAIS


Ofício nº 02531/2020
Item nº 6.

BIÓLOGA FABIANA F. L. MACHADO


CRBIO Nº 041381-03-D

SÃO BORJA / RS.


Agosto de 2020.
COORDENADAS CELULA EMA
Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.085,379 611.140,360 147°39'01" 455,52 m -28.76900000 -55.86100000
3 6.817.065,581 610.869,757 265°48'56" 271,33 m -28.76900000 -55.86400000
4 6.817.378,789 610.671,373 327°39'01" 370,75 m -28.76600000 -55.86600000
1 6.817.470,199 610.896,618 67°54'41" 243,09 m -28.76500000 -55.86400000

COORDENADAS CELULA EMA FASE A


Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.281,323 611.016,251 147°39'01" 223,58 m -28.7671513 -55.8627817
3 6.817.237,362 610.907,926 247°54'41" 116,90 m -28.7675573 -55.8638869
4 6.817.426,239 610.788,294 327°39'01" 223,58 m -28.7658631 -55.8651306
1 6.817.470,199 610.896,618 67°54'41" 116,90 m -28.7654571 -55.8640255

COORDENADAS CELULA EMA FASE B


Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.085,379 611.140,360 147°39'01" 231,94 m -28.7689089 -55.8614914
3 6.817.075,858 611.010,222 265°48'56" 130,49 m -28.7690060 -55.8628234
4 6.817.237,362 610.907,926 327°39'01" 191,18 m -28.7675573 -55.8638869
1 6.817.281,323 611.016,251 67°54'41" 116,90 m -28.7671513 -55.8627817

COORDENADAS CELULA EMA FASE D


Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.075,858 611.010,222 147°39'01" 191,18 m -28.7690060 -55.8628234
3 6.817.065,581 610.869,757 265°48'56" 140,84 m -28.7691109 -55.8642610
4 6.817.189,913 610.791,006 327°39'01" 147,17 m -28.7679956 -55.8650798
1 6.817.237,362 610.907,926 67°54'41" 126,18 m -28.7675573 -55.8638869

COORDENADAS CELULA EMA FASE C


Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.237,362 610.907,926 147°39'01" 223,58 m -28.7675573 -55.8638869
3 6.817.189,913 610.791,006 247°54'41" 126,18 m -28.7679956 -55.8650798
4 6.817.378,789 610.671,373 327°39'01" 223,58 m -28.7663014 -55.8663235
1 6.817.426,239 610.788,294 67°54'41" 126,18 m -28.7658631 -55.8651306
COORDENADAS CELULA ESPINILHO
Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.065,291 610.865,797 147°39'01" 370,50 m -28.7691138 -55.8643016
3 6.817.047,082 610.616,913 265°48'56" 249,55 m -28.7692996 -55.8668489
4 6.817.268,318 610.476,784 327°39'01" 261,88 m -28.7673150 -55.8683057
5 6.817.353,431 610.476,784 0°00'00" 85,11 m -28.7665469 -55.8683140
1 6.817.378,291 610.667,546 82°34'31" 192,37 m -28.7663062 -55.8663626

COORDENADAS CELULA ESPINILHO FASE A


Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.205,951 610.776,704 147°39'01" 204,00 m -28.7678521 -55.8652278
3 6.817.190,277 610.656,424 262°34'31" 121,30 m -28.7680039 -55.8664582
4 6.817.362,616 610.547,265 327°39'01" 204,00 m -28.7664580 -55.8675930
1 6.817.378,291 610.667,546 82°34'31" 121,30 m -28.7663062 -55.8663626

COORDENADAS CELULA ESPINILHO FASE B


Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
2 6.817.065,291 610.865,797 147°39'01" 166,50 m -28.7691138 -55.8643016
3 6.817.056,187 610.741,355 265°48'56" 124,77 m -28.7692067 -55.8655752
4 6.817.190,277 610.656,424 327°39'01" 158,72 m -28.7680039 -55.8664582
1 6.817.205,951 610.776,704 82°34'31" 121,30 m -28.7678521 -55.8652278

COORDENADAS CELULA ESPINILHO FASE D


De Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
1 2 6.817.056,187 610.741,355 147°39'01" 158,72 m -28.7692067 -55.8655752
2 3 6.817.047,082 610.616,913 265°48'56" 124,77 m -28.7692996 -55.8668489
3 4 6.817.174,602 610.536,143 327°39'01" 150,95 m -28.7681557 -55.8676886
4 1 6.817.190,277 610.656,424 82°34'31" 121,30 m -28.7680039 -55.8664582

COORDENADAS CELULA ESPINILHO FASE C


De Para Coord. N(Y) Coord. E(X) Azimute Distância Latitude Longitude
1 2 6.817.190,277 610.656,424 147°39'01" 204,00 m -28.7680039 -55.8664582
2 3 6.817.174,602 610.536,143 262°34'31" 121,30 m -28.7681557 -55.8676886
3 4 6.817.268,318 610.476,784 327°39'01" 110,93 m -28.7673150 -55.8683057
4 5 6.817.353,431 610.476,784 0°00'00" 85,11 m -28.7665469 -55.8683140
5 1 6.817.362,616 610.547,265 82°34'31" 71,08 m -28.7664580 -55.8675930

Você também pode gostar