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Secretaria de Estado de Meio e Sustentabilidade -SEMAS

Diretoria de Licenciamento Ambiental - DLA


Coordenadoria de Mineração - CMINA
Gerência de Projetos Minerários Metálicos - GEMIM
Gerência de Projetos Minerários Não Metálicos - GEMINA

TERMO DE REFERÊNCIA PARA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO DE INFORMAÇÃO


AMBIENTAL ANUAL REFERENTE A LICENÇA DE OPERAÇÃO DE ATIVIDADE
MINERÁRIA

O Relatório de Informação Ambiental Anual – RIAA disposto no Art. 7º do Decreto


Estadual nº 1.881, de 14/09/2009, tem como objetivo apresentar informações
consolidadas para um período de 365 dias de vigência da licença, em relação à
execução e os resultados obtidos em cada programa do Plano de Controle Ambiental
– PCA, o atendimento das condicionantes da licença expedida, e quaisquer
informações adicionais acerca das atividades desenvolvidas, assim como possíveis
alterações que tenham ocorrido no projeto original, incluindo obras civis.

1 – INSTRUÇÕES GERAIS
1.1 - O RIAA deverá ser protocolado, em volume único, contemplando todo o
empreendimento, em referência a licença de operação da extração, porém quanto as
demais licenças, deverão ser protocolados apenas o DAE e o atendimento das outras
condicionantes.

Obs.: A instrução acima não se aplica aos RIAAs referente a licença de operação de
Barragem de rejeitos ou de acumulação de água e de pesquisa mineral com ou sem
lavra experimental, que deverão ser protocolados no âmbito das respectivas licenças.

1.2 ​-​ O RIAA deverá ser apresentado em via impressa e digital.

1.3 - Deverá conter listagem informando os números das licenças,


autorizações, notificações bem como número do protocolo de atendimento das
mesmas, outorgas e alvarás concedidos ao empreendimento, ​atestado de vistoria ou
comprovante de solicitação emitido pelo Corpo de Bombeiros, Registro ou comprovante de solicitação
emitido pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), laudo das atividades específicas, ​bem como as
solicitações em andamento neste órgão ambiental.

1.4 – Deverá estar organizado em capítulos, com páginas numeradas, sumário,


lista de tabelas, anexos, figuras e gráficos.
1.5 - A nomenclatura dos planos e programas deverão ser apresentados em
conformidade ao aprovado no Plano de Controle Ambiental – PCA.

1.6 - Cada relatório de monitoramento deve apresentar metodologia de coleta,


resultados e discussão se reportando sobre a influência dos impactos ambientais do
empreendimento sobre o meio natural e a eficiência das medidas de mitigação,
inclusive com análise comparativa dos resultados anteriores e background, as
conformidades e não conformidades e quais a ações empregadas em caso de não
conformidades.

1.7 – Deverão conter, como anexo, os boletins de análises e/ou relatórios de


Amostragens, acompanhados das(s) Anotação(ões) de responsabilidade Técnica do(s)
profissional(is) que coletaram as informações e elaboraram os relatórios, bem como da
Cadeia de Custódia das amostragens.

1.8 – Deverão conter, como anexo, os certificados de calibração dos


equipamentos utilizados para análise de parâmetros, controle e monitoramento
ambiental.

1.9 – Para exigências que não cabem para um determinado empreendimento,


apenas reportar que não se aplica.

Todos os mapas devem ser apresentados com simbologia e projeções


adequadas que subsidiem análise do espaço geográfico apresentado.

OBSERVAÇÃO: ​Por ocasião do pedido de licença para


fechamento/descomissionamento do empreendimento, os Relatórios de
Monitoramento deverão ser apresentados com análise comparativa e conclusiva dos
resultados anteriores e do background.

2 - DOCUMENTAÇÃO

2.1 - GERAL​

2.1.1- Documento de Arrecadação Estadual – DAE, devidamente quitado para


cada atividade licenciada.

2.1.2- Anotação de Responsabilidade Técnica do responsável técnico pela


elaboração
do RIAA.

2.1.3- ​Anotação
de Responsabilidade Técnica do responsável pela
pela gestão ambiental do empreendimento

2.1.4- Certificado do Cadastro Estadual de Controle das Atividades de


Pesquisa, Lavra, Exploração e Acompanhamento de Recursos Minerários – CERM, na
forma da Lei Estadual n°7.591, de 28 de dezembro de 2011.
2.2 - ESPECÍFICA

2.2.1 - Em caso de utilização de produtos químicos controlados deverá ser


apresentado cópia do certificado de autorização de uso expedido pelos órgãos
competentes.

2.2.2- Em caso de utilização de explosivos deverá ser apresentada cópia da


autorização para prestação de serviços de detonação emitida pelo Exército Brasileiro,
juntamente com documentação comprobatória de aptidão do técnico responsável ou
blaster​ legalmente habilitado, emitida pela Polícia Civil.
2.2.3- Para a atividade de beneficiamento de artefatos de cerâmica deverá  
apresentar comprovante de origem de matéria prima: Termo de Doação acompanhado
de cópia da Licença de Operação (LO) do fornecedor e Cadastro de Exploradores e
Consumidores de Produtos Florestais do Estado do Pará – CEPROF/PA (Instrução
Normativa nº 09 de 23 novembro de 2015)

3 - INFORMAÇÕES QUANTO AOS RELATÓRIOS DE CONTROLE AMBIENTAL

3.1 – ​QUANTO ÀS AÇÕES DE CONTROLE AMBIENTAL REFERENTE AO MEIO


FÍSICO, APRESENTAR:

3.1.1 - Relatório de atividades de Lavra, informando os respectivos equipamentos


utilizados, avanço de lavra anual contendo a área, volume de minério e estéril extraído
e as mudanças realizadas no projeto conceitual, se for o caso, Informar os tipos de
explosivos utilizados, quantidade utilizada em toneladas/ano e quantidade de
detonações mensal, quantidade de minério extraído/mês, quantidade de minério
beneficiado/mês e quantidade de minério transportado/mês, devendo anexar:

3.1.1.1 - Mapa georreferenciado e arquivos shapefile que demonstre a


dinâmica da atividade, ilustrando as áreas dos direitos minerários, a Área Diretamente
Afetada - ADA e Área Influência Direta – AID, rede hidrográfica da Área Diretamente
Afetada - ADA e Área Influência Direta - AID, o desenvolvimento da extração nas
diferentes frentes de lavra (identificando o sentido), acessos existente e novos, pilhas
de minério e estéril, diques de contenção, áreas em recuperação e áreas exauridas.
3.1.2- Relatório de atividades de beneficiamento informando as etapas do
beneficiamento, identificando brevemente os efluentes e resíduos gerados em cada
módulo do beneficiamento, bem como as medidas de controle, e comentários sobre a
eficiência das mesmas.
3.1.3 - Relatório das atividades de apoio operacional, identificando todas as
atividades de apoio à atividade minerária, informando fontes de geração de efluentes
de drenagens, oleosos, sanitários e resíduos sólidos, por unidade operacional,
relacionando a destinação final, ações de controle de vazamentos, manutenção de
equipamentos, apresentando conformidades e não conformidades, anexando:
3.1.3.1 - Comprovação de participação em palestra ou treinamento de
funcionários responsáveis pela coleta e destinação final de resíduos sólidos, bem
como as demais capacitações em Educação Ambiental, Saúde e Segurança
Ocupacional que serão realizadas pela empresa, através de lista de presença,
certificados, carga horária, conteúdos ministrados e registros fotográficos
3.1.3.2 - Comprovante das inspeções e manutenções de máquinas,
equipamentos e veículos realizadas, assinadas e autenticadas por profissional
devidamente qualificado e com registro no conselho de classe adimplente.
3.1.3.3 - Inventário de Resíduos Sólidos, detalhando as formas de destinação e
disposição final adotadas dos resíduos gerados no projeto, bem como as devidas
licenças ambientais das empresas contratadas responsáveis pelo transporte e
destinação final ambientalmente adequados, com as devidas comprovações, conforme
determina a legislação vigente.
3.1.4 - Relatórios de Controle Ambiental para cada programa ou subprograma,
devendo conter: nomenclatura do programa, mapa de localização dos pontos
monitorados, tabela com a identificação dos pontos e identificação do parâmetro
mensurado e respectivas coordenadas geográficas (latitude e longitude), observações
quanto a possíveis problemas ocorridos para a não execução da
amostragem/monitoramento, apresentação dos dados analisados e interpretados
(expressar as concentrações nas unidades determinadas pela legislação - ex: mg/m​ ,3​

ppm, ppb, etc.), indicando os padrões de referência conforme legislação vigente e


background, discussão dos resultados, metodologia aplicada, laudos analíticos,
registros fotográficos atualizados, certificação da frequência nos cursos de
capacitação, descrição das medidas corretivas para os parâmetros que apontaram não
conformidade (os valores acima dos limites permitidos pela legislação devem aparecer
em vermelho) e considerações que o empreendedor julgar relevante.
Obs.: O relatório de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos deverá informar o
quantitativo e qualitativo anual de cada resíduo e sua destinação final. Apresentar
comprovante de recolhimento e destinação, assim como a licença ambiental da
empresa contratada, caso o serviço seja terceirizado. Anexar cópia do comprovante da
destinação final dos resíduos classificados como perigosos.
Obs.: ​Utilizar os dados obtidos nas avaliações médicas de saúde dos trabalhadores
como indicador da eficiência das medidas de controle de ruídos e vibrações, sem
prejuízo de outro(s) indicador(es) que o empreendedor julgar pertinentes.

3.1.5 - Relatório de atividades de pesquisa mineral - informando os equipamentos


utilizados, caracterização da abertura das praças de sondagens e acessos, insumos
utilizados, resíduos sólidos gerados e destinação, efluentes líquidos gerados e
destinação e discriminar as ações de recuperação ambiental.

3.2 – ​QUANTO ÀS AÇÕES DE CONTROLE AMBIENTAL REFERENTE AO MEIO


BIÓTICO, APRESENTAR:

3.2.1 - Relatório geral da dinâmica do empreendimento sobre meio biótico, detalhando


todas as atividades exercidas durante o ano referente ao RIAA em questão,
informando o quantitativo de frente de supressão da vegetação que foram abertas,
período de desmate de cada frente de supressão, quantos hectares foram desmatados
em cada frente de supressão, quantitativo de resgate/afugentamento de fauna em
cada frente de supressão. Apresentar também dados gerais sobre a fauna atropelada,
informando o quantitativo, identificando a espécie, local e data. Anexar tabela
organizando os dados de frente de supressão, período de cada frente de supressão,
hectares desmatados, qualidade do ambiente que foi desmatado,
resgate/afugentamento de fauna.
3.2.2 - a metodologia de coleta, resultados e discussão, inclusive com análise
comparativa dos resultados anteriores e background, inclusive com os dados da área
controle, as conformidades e não conformidades e quais a ações empregadas em
caso de não conformidades, observações quanto a possíveis problemas ocorridos
para a não execução da amostragem/monitoramento. A interpretação dos resultados
obtidos devem diferenciar as áreas controle das demais áreas do monitoramento,
enfatizando a dinâmica da fauna local com a atividade de exploração mineral. Anexar:
3.2.2.1 - ​Mapa geral georreferenciado e arquivos shapefile identificando a
localização dos pontos monitoramento, o parâmetro mensurado em cada ponto,
delimitação da Área Diretamente Afetada e Área de Influência Direta, ​rede
hidrográfica da Área Diretamente Afetada - ADA e Área Influência Direta – AID,
delimitação de frentes de supressão, e delimitação de áreas em recuperação,
delimitação das ​área controle, área de soltura
Obs 1.:Tabelas e gráficos devem ser devidamente interpretados, todos os pontos de
coleta devem ter as informações geográficas, identificadas por área controle, área de
soltura e de monitoramento.
Obs 2. Os relatórios de monitoramento da fauna devem ser separados em fauna
aquática e fauna terrestre, levando em consideração as particularidades de cada uma.

3.2.3 - Relatório de Recuperação de Áreas Degradadas, deve ser elaborado seguindo


a nomenclatura do programa, apresentando a metodologia, resultados e discussão,
inclusive com análise comparativa dos resultados anteriores e background (Inventario
fitossociológico realizado antes da supressão vegetal), as conformidades e não
conformidades e quais a ações empregadas em caso de não conformidades,
observações quanto a possíveis problemas ocorridos para a não execução das ações.
Informar a fonte de mudas, sementes e propágulos, breve caracterização ambiental da
área e do entorno, informar o período que cada área entrou em processo de
recuperação. Anexar:
3.2.3.1 - Cronograma das ações realizadas no ano corrente do RIAA
3.2.3.2 - Cronograma das ações que serão realizadas para o próximo período
3.2.3.3 - ​Mapa geral georreferenciado e arquivos shapefile identificando as
frentes de lavra, as áreas em recuperação, identificando o tamanho, em hectares e
data de início das ações de recuperação, metodologia, áreas disponíveis que ainda
não entraram em recuperação.
3.2.4 - Comprovação profissional (lattes ou outras documentações pertinentes), dos
profissionais responsáveis pela execução do monitoramento e elaboração dos
relatórios.
3.2.5 – Relatório de atividades referente ao viveiro de mudas.

3.3 – ​QUANTO ÀS AÇÕES DE CONTROLE AMBIENTAL REFERENTE AO MEIO


SOCIOECONÔMICO, APRESENTAR:

3.3.1- Relatório contendo detalhadamente as ações realizadas no âmbito de cada


programa, identificando as responsabilidades de cada parceiro, parcerias realizadas
com órgãos e instituições públicas e/ou privadas público alvo, carga horária, local de
realização, período de execução, lista de presença e​ registro fotográfico.

3.3.1.1- cronograma de atividades dos programas para o ano subsequente.

3.3.1.2- quantitativo do número de empregos diretos e indiretos locais gerados


a partir da operação do empreendimento.

3.3.1.3- Identificação dos indicadores sociais e apresentação de análise


qualitativa e quantitativa dos mesmos, fazendo comparativo com os anos anteriores e
as metas propostas no PCA. Caso sejam apresentados gráficos, tabelas, mapas, etc,
fazer resumo explicativo demonstrando se as metas propostas no PCA estão sendo
alcançadas, bem como propor medidas corretivas para aquelas que não foram
alcançadas.

3.3.1.4 - Para os programas e/ou ações que não correspondem à realidade


atual dos impactos gerados pelo empreendimento, apresentar justificativa e proposição
de ações/programas com base nos novos impactos surgidos no período.

3.3.1.5- Fotos deverão ser apresentadas contendo sua respectiva identificação


no índice remissivo.

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