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POLUIÇÃO

HÍDRICA
CONCEITO
🡺 POLUIÇÃO HÍDRICA - é qualquer alteração nas características
físicas, químicas e/ou biológicas das águas, que possa constituir
prejuízo à saúde, à segurança e ao bem estar da população e, ainda,
possa comprometer a fauna ictiológica e a utilização das águas para
fins recreativos, comerciais, industriais e de geração de energia”.
(CONAMA)

🡺POLUIÇÃO HÍDRICA = f (uso);


🡺USO = f (qualidade da água);
🡺QUALIDADE = f (características físicas, químicas e/ou biológicas
da água).
Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS)

Reúne informações e
indicadores sobre a prestação
dos serviços de Água,
Esgotos, manejo de Resíduos
Sólidos e manejo de Águas
Pluviais, provenientes dos
prestadores que operam no
Brasil.
CAUSAS DA POLUIÇÃ O HÍDRICA
🡺Alto grau de urbanização aliado à falta de
saneamento básico;
🡺Desenvolvimento da indústria e seus despejos
complexos;
🡺Aumento da produção agrícola, que resulta numa

carga mais pesada pesticidas e fertilizantes no


ambiente.
FONTES POLUIDORAS
🡺DESPEJOS URBANOS:
🡺esgotos domésticos,
resíduos industriais
(Refinarias, Frigoríficos,
Curtumes, Matadouros,
Indústrias Têxteis, etc.) e
águas pluviais;
FONTES POLUIDORAS
🡺DESPEJOS RURAIS:
🡺resíduos agro-pastoris
(avicultura, suinocultura)
e resíduos
agroindustriais
(destilarias de álcool).
descarte nos rios de grandes acúmulo de partículas em presença de poluição por resíduos presença de
volumes de água aquecida suspensão (partículas de microorganismos radioativos lançados ao mar, compostos químicos
utilizada em processos de solo e/ou produtos químicos patogênicos afundamento de indesejáveis
refrigeração em refinarias, orgânicos ou inorgânicos arsenais nucleares, explosões
siderúrgicas e usinas insolúveis) atômicas submarinas
termoelétricas.
compostos utilizados na
Interferem na fotossíntese produção de plásticos, fibras
e na capacidade dos sintéticas,
Diminuição da solubilidade tintas, borracha, solventes,
dos gases, a concentração animais encontrarem
agroquímicos, entre outros.
de oxigênio dissolvido alimentos
(OD), dificultando a Adsorvem e concentram
respiração de peixes e os poluentes biológicos e
animais aquáticos os poluentes químicos
POLUENTES X INDICADORES DE POLUIÇÃ O
POLUENTES X INDICADORES DE POLUIÇÃ O
POLUENTES X INDICADORES DE POLUIÇÃ O
AUTODEPURAÇÃ O DA Á GUA
Processo natural de recuperação do equilíbrio no meio aquático ao receber cargas
poluidoras. Divide-se em 4 Zonas:
Zona 1 = Zona de Degradação – Inicia-se no ponto de lançamento dos despejos; Água
turva (cor acinzentada); Precipitação de partículas - lodo no leito do corpo d’água;
Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica); Redução da concentração de
oxigênio dissolvido; Termina quando [O2] atinge 40% da concentração inicial; Não há
odores;
Zona 2 = Zona de Decomposição Ativa – Inicia-se com a [O2] < 40% da concentração de
saturação; Água cinza-escura, quase negra; Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia,
gás sulfídrico, etc.); Oxigênio dissolvido pode zerar; Biota aeróbia é substituída por outra
anaeróbia; Oxigênio passa a ser reposto pelo ar atmosférico e/ou pela fotossíntese
(cianobactérias); População de bactérias decresce; Água começa a ficar mais clara (ainda
imprópria p/ os peixes); Termina quando [O2] > 40% da concentração de saturação.
AUTODEPURAÇÃ O DA Á GUA
Zona 3 = Zona de Recuperação – Início [O2] > 40% de oxigênio de
saturação; Água mais clara e límpida; Proliferação de algas que reoxigenam o
meio; Amônia oxidada a nitritos e nitratos (+ fosfatos fertilizam o meio,
favorecendo a proliferação de algas); Cor esverdeada intensa (alimento p/
crustáceos, larvas de insetos, vermes, etc., que servem de alimentos p/ os
peixes); Termina com água saturada de oxigênio.
Zona 4 = Zona de Águas Limpas – Inicia-se com [O2] na saturação; Água
características diferentes das águas poluídas; Água encontra-se “eutrófica”; Não
é limpa, devido a presença das algas (cor verde); Água recuperou-se, melhorou
sua capacidade de produzir alimento protéico (não tem potabilidade);
Péssimo aspecto estético; Invasão de plantas aquáticas indesejáveis.
ZONAS DE AUTODEPURAÇÃ O
Fonte: http://7fbiolugar.blogspot.com.br/

A evolução do teor de
oxigênio dissolvido é função
da distância ao local da
poluição, segundo uma curva
em forma de “bolsa”, que é a
resultante do consumo de
oxigênio e da oxigenação da
água
COMPORTAMENTO DA BIOTA NA AUTODEPURAÇÃ O DO
CORPO D´Á GUA
Durante o processo, observam-se
modificações na biocenose em função do
teor de oxigênio dissolvido
MEDIDAS DE CONTROLE DA POLUIÇÃ O HÍDRICA
Preventivas Corretivas
🡺Diagnóstico ambiental; 🡺Regularização da vazão do rio;

🡺Aplicação de uma legislação 🡺Aumento da turbulência das


eficaz; águas;
🡺Tratamento dos despejos; 🡺Adição de fonte química
suplementar;
🡺Tratamento da água do rio.
OUTRAS MEDIDAS PREVENTIVAS
⮊ Coleta e destino adequado do lixo;
⮊ Controle da utilização de fertilizantes e pesticidas;

⮊ Controle da erosão;

⮊ Modificações no processo industrial e tratamento dos resíduos


industriais;
⮊ Ordenamento do uso e ocupação do solo;

⮊ Afastamento das fontes de poluição (disposição no solo a 1,50 m do


lençol; fossa seca a 15 m de mananciais; sumidouros a 20 m de
mananciais; aterros sanitários, cemitérios... no mínimo 500 m de
recursos hídricos).
TRATAMENTO DOS DESPEJOS

Organismos decompositores
de matéria orgânica

Reações
químicas/moleculares
Reuso de á gua
Considerar o reuso de á gua como parte de uma atividade mais abrangente
que é o uso racional ou eficiente da á gua, o qual compreende também o
controle de perdas e desperdícios, e a minimizaçã o da produçã o de
efluentes e do consumo de á gua.
REÚ SO POTÁVEL INDIRETO PLANEJADO (RPINP)
Os efluentes, depois de tratados, são descarregados de forma
planejada nos corpos de águas, para serem utilizados a
jusante, de maneira controlada, no atendimento de algum uso
benéfico.

Controle sobre as novas descargas


de efluentes no caminho, garantindo
que o efluente tratado estará sujeito
apenas a misturas com outros
efluentes que também atendam ao
requisito de qualidade do reuso
objetivado.
REÚ SO POTÁVEL INDIRETO NÃ O PLANEJADO (RPINP)
A água utilizada em alguma atividade humana é
Fonte: Ver. DAE nº 198 descarregada no meio ambiente e novamente utilizada a
jusante, em sua forma diluída, de maneira não
intencional e não controlada.
REÚ SO POTÁVEL DIRETO (RPD)
Os efluentes, após tratados, são encaminhados
diretamente de seu ponto de descarga até o local do reuso,
não sendo descarregados no meio ambiente.
Consequências de poluiçã o da á gua

● Prejuízos ao abastecimento humano;


● Prejuízos aos usos industriais, irrigação, pesca, recreação;
● Elevação do custo de tratamento;
● Assoreamento de recursos hídricos;
● Desvalorização de propriedades marginais;
● Prejuízos aos organismos aquáticos;
● Degradação da paisagem;
● Impactos sobre a qualidade de vida da população.
Bibliografia Consultada
Brasil (1998) Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997. Dispõe sobre a Política Nacional de
Recursos Hídricos. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9433.htm

Brasil (2005) Resolução nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação dos
corpos de água e diretrizes ambientais para o seu enquadramento, bem como estabelece
as condições e padrões de lançamento de efluentes. Disponível em:
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=459
Alterada pela Resolução 410/2009 e pela 430/2011.

Brasil (2011) Portaria nº 2.914, de 12 de dezembro de 2012. Dispõe sobre os


procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para consumo humano e
seu padrão de potabilidade. Disponível em:
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2011/prt2914_12_12_2011.html
Bibliografia Consultada
HOEKSTRA, A. Y. Human appropriation of natural capital: A comparison of
ecological footprint and water footprint analysis. Ecological Economics, v. 68, p.
1963-1974, 2009.

LEÃO, R. S. Pegada Hídrica: visões e reflexões sobre sua aplicação. Ambiente &
Sociedade, v. XVI, n. 4, p. 159-162, 2013.

MEKONNEN, M.M., HOEKSTRA, A.Y. The green, blue and grey water footprint of farm
animals and animal products. Value of water research report series nº 48. UNESCO-
IHE Institute for Water Education, Delft, the Netherlands, 2010.

PALHARES, J. C. P. Pegada hídrica dos suínos abatidos nos estados da região centro-
sul do Brasil. Acta Scientiarum. Animal Sciences, v. 33, n. 3, p. 309-314, 2011.
Bibliografia Consultada

SOUSA JÚNIOR, W. C. D.; VIEIRA, B. C. Pegada hídrica como indicador:


concepções e crítica metodológica. In: JACOBI, P. R.; EMPINOTTI, V. Pegada
hídrica: inovação, corresponsabilização e os desafios de sua aplicação. São
Paulo: Annablume, p. 45-62, 2012.

WFN. Water Footprint Network. Your water footprint – quick calculator.


Disponível em:
http://www.waterfootprint.org/?page=cal/waterfootprintcalculator_indv

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