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17 – Poluição da Água

As causas da poluição das águas são evidentes e pertencem a três


ordens de fatos diferentes.

 A primeira está relacionada ao alto grau de urbanização aliado à


falta de saneamento básico.

 A segunda razão provém do desenvolvimento da indústria e seus


despejos complexos, com os mais variados poluentes.

 A terceira está relacionada à necessidade de uma maior produção


agrícola, que resulta numa carga mais pesada, transportada pelas
águas, de pesticidas e fertilizantes.

O resultado disso tudo é um alastramento da poluição não só em


rios, riachos, lagos e ao longo das praias, mas também nas fontes
naturais subterrâneas. 1
A legislação em vigor define a poluição hídrica
como sendo:
"qualquer alteração nas características físicas,
químicas e/ou biológicas das águas, que possa
constituir prejuízo à saúde, à segurança e ao bem
estar da população e, ainda, possa comprometer
a fauna ictiológica e a utilização das águas para
fins comerciais, industriais, recreativos e de
geração de energia".

De forma mais prática, qualquer alteração nas


características das águas que impeça ou
prejudique o seu uso. 2
De um modo geral, as águas têm os seguintes usos:

 Abastecimento doméstico
 Abastecimento industrial
 Fonte de proteínas
 Irrigação
 Navegação
 Produção de energia
 Recreação
 Diluição de despejos

Sendo que o uso mais nobre é o abastecimento doméstico e o


menos nobre, porém também bastante antigo, a diluição dos
despejos.

Este, devido à forma desordenada como vem sendo feito, tem


gerado a poluição hídrica. 3
17.1 – Classificação das Águas (Resolução CONAMA)

ÁGUAS DOCES
Classe Especial.

Classe 1.

Classe 2.

Classe 3.

Classe 4.
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ÁGUAS SALINAS

 Classe Especial.
 Classe 1
 Classe 2
 Classe 3.

ÁGUAS SALOBRAS
 Classe Especial.
 Classe 1
 Classe 2
 Classe 3.

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17.2 – Principais Fontes de Poluição Hídrica
Podemos distinguir, de início, dois grandes grupos de
fontes poluidoras das águas: os despejos urbanos e os
despejos rurais.

Os despejos urbanos são: os esgotos domésticos, os


resíduos líquidos industriais e as águas pluviais
provenientes da lavagem das áreas urbanas.

Os despejos rurais são basicamente: resíduos líquidos da


agroindústria lançados diretamente nos cursos d'água e
os resíduos das atividades agropastoris normalmente
carreados pelas águas de chuva.
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17.3 – Classificação da Poluição Hídrica
 Poluição bacteriana - Contato com dejetos humanos portadores
de organismos patogênicos, por via direta ou através de esgotos
sanitários.
 Poluição orgânica - Recebimento de grande quantidade de
matéria orgânica, proveniente de esgotos domésticos ou
industriais;
 Poluição química - Presença de substâncias químicas em teores
prejudiciais, provenientes de processos industriais, do uso de
pesticidas e de fertilizantes nas lavouras;
 Poluição térmica - Elevação da temperatura da água, ao receber
despejos com temperatura elevada, provenientes de destilarias,
usinas atômicas, etc.;
 Poluição radioativa - Recebimento de descargas ricas em
radioisótopos, provenientes de acidentes em usinas nucleares
(água de resfriamento de reatores).
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17.4 – Poluição Química

 Substâncias tóxicas cuja presença na água não é fácil de


identificar nem de remover.

 Em geral os efeitos são cumulativos e podem levar anos para


serem sentidos.

 Os poluentes mais comuns das águas são:

• Fertilizantes agrícolas
• Esgotos doméstico e industrial
• Compostos orgânicos sintéticos
• Plásticos
• Petróleo
• Metais pesados
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1- 1-
Íons NO3(aq) (0,3 mg/L), NO2(aq), HPO2- 1-
4(aq) (0,02 mg/L) e H2PO4(aq)

Usados sem critério Excesso é levado pela chuva

Lençóis subterrâneos, lagos e rios

Fitoplâncton Algas macroscópicas

Reprodução acelerada

Ao morrerem são decompostos Cobrem a superfície isolando a


por microrganismos aeróbios água do oxigênio do ar

Eutrofização

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17.5 – Poluição Térmica
 Diminui do tempo de vida de algumas espécies aquáticas.

 Diminui a quantidade de oxigênio dissolvido.

 Aumenta a quantidade de gás carbônico na atmosfera.

 Aumenta a velocidade das reações entre os poluentes presentes na água.

 Altera os ciclos de reprodução.

 Potencializa a ação nociva dos poluentes.

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17.6 – Poluição Radioativa
 Recebimento de descargas ricas em radioisótopos, proveniente
de acidentes em usinas nucleares (água de resfriamento).

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17.7 – Poluição Bacteriana
Presença de microrganismos patogênicos, especialmente na
água potável.
4 bilhões de pessoas no mundo não têm acesso à água potável
tratada
2,9 bilhões de pessoas vivem em áreas sem coleta ou tratamento de
esgoto

Controle simples

Fervura da água Adição de NaClO


Ou Ca(OH)2
Apesar disso

250 milhões de casos de doenças (cólera, febre tifóide,


diarréia, hepatite A) são transmitidas pela água por ano

10 milhões desses casos resultam em mortes (50% são crianças)


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17.8 – Poluição Orgânica
 Resultante do lançamento de esgotos domésticos e industriais
ricos em matéria orgânica.
 Forma de poluição mais presente no dia-a-dia dos brasileiros;
 Carência do sistema de esgotamento sanitário;
 Morte do corpo d’água quantidade de esgotos lançada >>
capacidade de oxigenação proliferação de bactérias

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17.9 – Demanda Bioquímica de Oxigênio - DBO
Refere-se à quantidade oxigênio necessária para estabilizar, por
processos bioquímicos, a matéria orgânica carbonácea.
DBO520 (DBO5 ou DBO)
Teste padrão  Medida a 5 dias (20º C)

Dia 0 Dia 5

DBO = 7 – 3 = 4 mg/L

OD = 7 mg/L OD = 3 mg/L

Finalidades do teste

 Visualização da taxa de degradação do despejo ao longo do tempo


 Visualização da taxa de consumo de oxigênio ao longo do tempo
 Critério para dimensionamento da maioria dos sistemas de tratamento de
esgotos e legislação ambiental são baseados nesse parâmetro 17
17.9 – Demanda Química de Oxigênio - DQO

Refere-se à quantidade oxigênio necessária para estabilizar, por meio de um


oxidante em meio ácido (processo químico), a matéria orgânica carbonácea.

Algumas vantagens do teste:


 teste é realizado em 2 a 3 horas
 teste não afetado pela nitrificação

Algumas limitações do teste:


 refere-se a matéria orgânica biodegradável + inerte
 não é possível visualizar a degradação do despejo ao longo do tempo
 constituintes inorgânicos podem ser oxidados e interferir no resultado
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RELAÇÃO ENTRE DQO E DBO

DQO/DBO  varia com o tipo de efluente e à medida que o esgoto


passa pelas diversas unidades da ETE

baixa  fração biodegradável elevada


DQO/ DBO
elevada  fração inerte elevada

Esgotos domésticos brutos  DQO/DBO entre 1,7 a 2,4

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17.10 – Equivalente Populacional

 É de costume relacionar a
poluição orgânica em
função da quantidade
média de detritos
produzidos diariamente por
uma pessoa;

Essa ordem de grandeza é e


chamada de EQUIVALENTE
POPULACIONAL (EP)

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17.11 – Autodepuração das Águas
 Na atividade incessante de recuperação de sua qualidade,
fenômeno conhecido como autodepuração, a água poluída
transforma toda a matéria orgânica, putrefata e malcheirosa,
em gases e em sais minerais que podem ser absorvidos pelos
seres vivos.

 O fenômeno da autodepuração inicia-se logo após o


lançamento de cargas poluidoras, e inclui todo o processo de
assimilação, decantação e digestão de compostos estranhos,
além de oxigenação da água.

 As principais consequências nefastas da poluição orgânica,


como perda de oxigênio, gases tóxicos e morte do corpo
d’água, decorrem do processo.
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Zona de Degradação

 Início: ponto de lançamento dos despejos;

 Água turva (cor acinzentada);

 Precipitação de partículas: lodo no leito do corpo d’água;

 Proliferação de bactérias (consumo de matéria orgânica);

 Redução da concentração de oxigênio dissolvido;

 Limite da 1ª zona: concentração de oxigênio atinge 40% da


concentração inicial;

 Não há odor;
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Zona de Decomposição Ativa
 Início: oxigênio atinge valores inferiores a 40% da
concentração de saturação;
 Água: cor cinza-escura, quase negra;
 Desprendimento de gases mal cheirosos (amônia, gás
sulfídrico, etc.);
 Oxigênio dissolvido pode zerar
 Biota aeróbia é substituída por outra anaeróbia;
 Oxigênio passa a ser reposto: ar atmosférico ou
fotossíntese;
 População de bactérias decresce;
 Água começa a ficar mais clara (ainda impróprio p/ os
peixes);
 Fim da 2ª zona: oxigênio elevar-se a 40% da concentração
de saturação.
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Zona de Recuperação
 Início: 40% de oxigênio de saturação;

 Término: água saturada de oxigênio;

 Água mais clara e límpida;

 Proliferação de algas que reoxigenam o meio;

 Amônia oxidada a nitritos e nitratos (+ fosfatos fertilizam


o meio, favorecendo a proliferação de algas);

 Cor esverdeada intensa (alimento p/ crustáceos, larvas


de insetos, vermes, etc., que servem de alimentos p/ os
peixes); 26
Zona de Águas Limpas
Água: características diferentes das águas poluídas;

Água encontra-se “eutrófica”;

Não é limpa, devido a presença das algas (cor verde);

Água: recuperou-se, melhorou suas capacidade de produzir


alimento proteico (piorou no quesito de potabilidade);

Péssimo aspecto estético;

Grande assoreamento nas margens;

Invasão de plantas aquáticas indesejáveis.


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O Balanço de Oxigênio Dissolvido

Água pobre em oxigênio dissolvido, pois o mesmo apresenta


baixa solubilidade.
Oxigênio no ar Oxigênio na água

270 mg/l 9 mg/l


Qualquer consumo em maior quantidade traz sensíveis
repercussões
No processo de autodepuração tem um balanço entre as
fontes de consumo e as fontes de produção de oxigênio.
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Fenômenos interagentes no balanço
de OD
Reaeração atmosférica

OD
DBO solúvel e finamente
particulada (oxidação) Nitrificação
OD

Fotossíntese

Demanda bentônica OD
DBO OD
DBO suspensa
(sedimentação)
Lodo DBO Revolvimento

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Cinética da desoxigenação

• Conceito de DBO representa:


Tanto a matéria orgânica quanto o consumo de oxigênio

Dois ângulos distintos:


DBO remanescente: concentração de matéria orgânica
remanescente na massa líquida em um dado instante.
DBO exercida: oxigênio consumido para estabilizar até este
instante.
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Cinética da desoxigenação
Progressão da DBO ao longo do tempo,segundo os dois conceitos:

Progressão temporal da oxidação da matéria orgânica

DBO exercida (oxigênio consumido) e a DBO remanescente (matéria orgânica


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remanescente) ao longo do tempo.
DBO remanescente

-K1 . t
L L xe 0

Onde:
L = DBO remanescente em um tempo t qualquer (mg/l)
L0 = DBO remanescente em t = 0 (mg/l)
K1 = Coeficiente de desoxigenação

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DBO exercida

y  L 1 - e0
-K1 . t

Onde:
y = DBO exercida em um tempo t (mg/l)
L0 = DBO remanescente, em t = 0 (como definida anteriormente), ou
DBO exercida (em t = ∞). Também denominada demanda última, pelo
fato de representar a DBO total final da estabilização (mg/l).

OBS: notar que y = L0 – L.


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Cinética da desoxigenação
Quadro 1- Valores Típicos de K1 (base e, 20ºC)

Origem K1(dia-1)
Água residuária concentrada 0,35 – 0,45
Água residuária de baixa concentração 0,30 – 0,40
Efluente primário 0,30 – 0,40
Efluente secundário 0,12 – 0,24
Rios com águas limpas 0,09 – 0,21
Água para abastecimento público < 0,12
Sperling, 2006 apud Fair et al, 1979;Arceivala, 1981

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Influência da Temperatura
Influência metabolismo microbiano

Taxas de estabilização da matéria orgânica


Relação entre a temperatura e a taxa de desoxigenação pode ser
expressa por:

K1T = K1(20) x θ(T – 20)


Onde:
K1T = K1 a um temperatura T qualquer (dia-1)
K1(20) = K1 a um temperatura T= 20º C (dia-1)
T = temperatura do líquido (ºC)
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θ =Coeficiente de temperatura (-), valor empregado 1,047
Cinética da reaeração

Coeficiente de reaeração K2

Determinação, métodos estatísticos

Determinação por Valores médios tabulados

Estudo dos corpos d’água de diversas características, valores


médios de K2

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Cinética da reaeração
Quadro 2- Valores típicos de K2(base e, 20ºC)
Corpo d’água K2(dia-1)
Profundo Raso
Pequenas lagoas 0,12 0,23
Rios vagarosos, grandes lagos 0,23 0,37
Grandes rios com baixa velocidade 0,37 0,46
Grandes rios com baixa velocidade 0,46 0,69
normal
Rios rápidos 0,69 1,15
Corredeiras e quedas d’água >1,15 >1,61
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Influência da Temperatura

K2T = K2(20) x θ(T – 20)

Onde:
K2T = K2 a um temperatura T qualquer (dia-1);
K2(20) = K2 a um temperatura T= 20º C (dia-1);
T = temperatura do líquido (ºC);
θ =Coeficiente de temperatura (-), valor empregado 1,047
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Esgotos
Curso d’água

OD
(mg/l)
Cs
Co Do

Dc

Co

Cc
to tc Tempo (d) ou
distância (km)

Pontos característicos da curva de depleção de OD


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Autodepuração Natural
• Equação de Streeter - Phelps:

k1
Dt 
k2  k1
k1.t

k2 .t
L0 10 10  D010 k2 t

• Dt: déficit de oxigênio dissolvido, em relação à saturação, nos
diversos instantes t, em mg/L.
• k1: coeficiente de desoxigenação, em d-1
• k2: coeficiente de reaeração, em d-1
• La: DBO total de 1o. estágio das águas do rio, imediatamente após a
mistura com os esgotos, em mg/L.
• D0: déficit inicial de oxigênio dissolvido, isto é, déficit de oxigênio no
ponto de lançamento dos esgotos, em relação à saturação, em mg/L.
• t: tempo, em dias.
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Autodepuração Natural
• Cálculo de L0:

QRio  DBORio  QEsgoto  DBOEsgoto


L0 
QRio  QEsgoto
• QRio: Vazão do rio imediatamente à montante do
lançamento dos esgotos.
• DBORio: DBO total de 1o. estágio das águas do rio,
imediatamente à montante da mistura com os esgotos.
• QEsgoto: Vazão de esgotos.
• DBOEsgoto: DBO total de 1o. estágio dos esgotos.

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Autodepuração Natural
• Cálculo de D0:
D0  ODSAT  ODMIST
• D0: déficit inicial de oxigênio dissolvido nas águas do rio.
• ODSAT: concentração de oxigênio dissolvido de saturação
• ODMIST:concentração de oxigênio dissolvido nas águas do rio,
imediatamente após a mistura com os esgotos.
QRio  ODRio  QEsgoto  ODEsgoto
ODMIST 
QRio  QEsgoto
• QRio: vazão do rio imediatamente à montante do lançamento dos
esgotos.
• ODRio: concentração de oxigênio dissolvido nas águas do rio,
imediatamente à montante da mistura com os esgotos.
• QEsgoto: vazão de esgotos.
• ODEsgoto: concentração de oxigênio dissolvido nos esgotos. 42
Autodepuração Natural
• Coordenadas do Ponto Crítico:
• Tempo Crítico:

1 k2  D0 k2  k1 
tc  log 1  
k2  k1  k1  L0.k1 
• tc: tempo de percurso até o ponto crítico, em dias.
• k1: coeficiente de desoxigenação, em d-1
• k2: coeficiente de reaeração, em d-1
• L0: DBO total de 1o. estágio das águas do rio, imediatamente após a
mistura com os esgotos, em mg/L.
• D0: deficit inicial de oxigênio dissolvido, isto é, deficit de oxigênio no
ponto de lançamento dos esgotos, em relação à saturação, em mg/L.
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Autodepuração Natural
• Coordenadas do Ponto Crítico
• Déficit Crítico

k1  k 1 .t c
Dc  L 0 . 10
k2
• Dc: déficit crítico de oxigênio dissolvido nas águas do rio, em mg/L.
• tc: tempo de percurso até o ponto crítico, em dias.
• k1: coeficiente de desoxigenação, em d-1
• k2: coeficiente de reaeração, em d-1
• L0: DBO total de 1o. estágio das águas do rio, imediatamente após a
mistura com os esgotos, em mg/L.

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Autodepuração Natural
• Equações Auxiliares:
• DBO remanescente no tempo t:
 k 1 .t
Lt  L0 . 10
• Lt: DBO remanescente após t dias, em mg/L.
• Lo: DBO total de 1o. estágio, em mg/L
• k1: coeficiente de desoxigenação, em d-1
• t: tempo, em dias.
• Equação da DBO removida:

y  L 0 1  10  k 1t

• y: DBO removida após t dias, em mg/L 45
17.12 – Eutrofização
Denomina-se eutrofização o processo resultante da fertilização
das águas por despejos orgânicos domésticos ou industriais,
despejos de resíduos da agricultura, poluição do ar ou por
afogamento da vegetação em represas.

O processo também pode ter origem natural, desencadeado pelo


escoamento das águas de chuva nos solos, que arrasta nutrientes
para os corpos d'água, dando origem à eutrofização.

Seja eutrofização ou eutroficação, o processo caracteriza-se pelo


envelhecimento precoce de um corpo d'água, devido à grande
quantidade de nutrientes.

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Problemas estéticos e recreacionais.

Diminuição do uso da água para recreação, balneabilidade e redução geral na


atração turística devido a:

 Freqüentes florações das águas

 Crescimento excessivo da vegetação

 Distúrbios com mosquitos e insetos

 Eventuais maus odores

 Eventuais mortandades de peixes 48


APLICAÇÃO DE UMA LEGISLAÇÃO

Cabe aos órgãos ambientais dos estados, territórios e Distrito


Federal efetuar, não só o enquadramento dos corpos de água
no âmbito das classes preconizadas pela Resolução CONAMA
n0. 357/05, como exercer atividade orientadora,
fiscalizadora e punitiva junto às fontes de poluição que
possam alterar os valores dos padrões de qualidade das águas
da classe estabelecida para o corpo d’água receptor.

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17.13 – Tratamento dos Despejos
Com relação à eficiência das instalações de tratamento na redução dos
sólidos em suspensão e da demanda bioquímica de oxigênio, pode-se
classificar o tratamento dos despejos da seguinte forma:

 Tratamento Primário: com predominância de processos físicos, para


remoção de sólidos grosseiros, gorduras e areia, através de
decantador, tanque de flotação, separador de óleos, caixa de areia,
etc., com 10 a 50% de eficiência;
 Tratamento Secundário: há predominância de processos biológicos
para remoção de material orgânico biodegradável, através do uso de
lagoa de estabilização, lodo ativado, filtro biológico, etc, com 50 a 95%
de eficiência;
 Tratamento Terciário: com predominância de processos químicos para
remoção de nutrientes, organismos infecciosos, inorgânicos e
orgânicos complexos, por meio de precipitação química, desinfecção,
dentre outros processos.
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