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Aplicadas ao Tratamento de
Efluentes Líquidos
(PARTE 1)
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III.1- INTRODUÇÃO
Finalidade do Tratamento:
• remover as impurezas físicas, químicas , biológicas e organismos
patogênicos do efluentes.
Objetivos:
• adequação a uma qualidade desejada ou ao padrão de qualidade
vigente legislação seguida (local, estadual ou federal).
Divisão do Tratamento: pode ser dividido em níveis de acordo
com o grau de remoção de poluentes ao qual se deseja atingir
nível:
• Preliminar
• Primário
• Secundário
• Terciário
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III.2- GRAUS DE TRATAMENTO DOS EFLUENTES
III.2.1- Tratamento Preliminar
- Prepara a água residuária para a continuação do tratamento.
- É usado para remover escumas oleosa, detritos flutuantes e areia, os quais
podem inibir os processos biológicos e/ou danificar equipamentos mecânicos.
- Tanques de equalização são empregados para equalizar vazões e carregamento
orgânico.
- não há praticamente remoção de Demanda Bioquímica de Oxigênio (DBO5)
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III.2.3- Tratamento Secundário
• Engloba todos os processos biológicos de tratamento de efluentes, tanto
os de natureza aeróbia quanto os de natureza anaeróbia;
• Visam essencialmente converter a matéria orgânica biodegradável
dos efluentes em gases e sólidos inorgânicos (sulfatos, hidróxidos, etc) e
material biológico sedimentável, que podem ser separados por
sedimentação.
• São geralmente empregados em conjunto com processos físicos e
químicos utilizados no tratamento preliminar e primário.
• Os seguintes processos se destacam nesta fase de tratamento:
- lodos ativados (processo aeróbio)
- filtros biológicos
- lagoas aeradas
- digestores anaeróbios
- lagoas de estabilização
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III.2.4- Tratamento Terciário (ou Avançado)
- consiste numa série de processos destinados a melhorar a qualidade de
efluentes provenientes dos tratamentos primários e/ou secundários.
- pode ser empregado para redução de:
• Sólidos em suspensão;
• Carga orgânica biodegradável e não biodegradável;
• micropoluentes;
• Cor;
• sais minerais;
• Nutrientes.
Processos Aplicados:
• Lagoas de maturação; • Troca iônica;
https://www.youtube.com/watch?v=ZoFAtBwpxEA
https://www.youtube.com/watch?v=w2gnqPq5NBU
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Exemplo: Lodos Ativados
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III.3- CARACTERIZAÇÃO DOS EFLUENTES LÍQUIDOS
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• A qualidade da água é resultante de fenômenos naturais e da
atuação do homem.
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DBO5,20=Demanda
Biológica/Bioquímica de Efluentes
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Exemplo: PREMEND (Programa de Recebimento e Monitoramento de
Efluentes não Domésticos)- Decreto n. 13.481 de 22 de Junho de 2012
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III.4. CARACTERÍSTICAS FÍSICAS, QUÍMICAS E BIOLÓGICAS DOS
DESPEJOS
Parâmetros Físicos
• Densidade
• Capacidade térmica da água
• Cor e Turbidez
• Tensão Superficial
Propriedades Químicas
• Dissolução
• pH
Parâmetros Biológicos
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a) Parâmetros Físicos
Cor e Turbidez
Colorímetro (portátil) 15
Exemplo:
Níveis de Turbidez da Água
Observação:
NTU- Unidade de medição de turbidez que indica a intensidade da luz espalhada em um
ângulo de 90º da luz incidente.
• Normalmente é utilizada para referenciar o método USEPA 180.1 ou Standard Methods
For the Examination of Water and Wastewater (na faixa do visível 400-680nm).
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Tensão Superficial
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b) Propriedades Químicas
b.1- Dissolução
A presença de gases dissolvidos na água, como oxigênio e o gás carbônico, permite a
ocorrência da fotossíntese e da respiração aeróbia nesse meio.
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c- Parâmetros Biológicos
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Principais Poluentes Aquáticos
Poluentes • Proteínas,
Orgânicos • Carboidratos,
Biodegradáveis • Gorduras.
• Nitrogênio
Nutrientes
• Fósforo;
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Remoção de Metais
Muitos fungos e bactérias têm sido utilizados na remoção de metais pesados de efluentes
industriais e do ambiente.
Destaque para fungos filamentosos: apresentam maior resistência a metais tóxicos, o que
proporciona seu crescimento e desenvolvimento em meios que contenham altas concentrações
desses poluentes
• Fungos dos gêneros: Penicillium, Aspergillus, Rhizopus, Mucor, Saccaromyces e Trichoderma têm-se
mostrado muito eficientes na remoção de metais pesados de soluções aquosas.
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Processos Clássicos de remoção de metais pesados de efluentes industriais:
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III.5 – PARÂMETROS DE CARACTERIZAÇÃO GLOBAIS DOS EFLUENTES:
DQO, DBO
III.5.1- Demanda Química de Oxigênio (DQO):
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III.5.2- Demanda Bioquímica/Biológica de Oxigênio (DBO):
III.5.2.1- Demanda Bioquímica/Biológica de Oxigênio (DBO):
A DBO é a mede a quantidade de oxigênio necessária para estabilizar biologicamente a
matéria orgânica presente numa amostra, após um dado tempo.
C H 2O O2 CO2 H 2O
A matéria orgânica usada como fonte de energia:
+ (quimio-heterotróficos)
DBO unidade de
medida: mgO2/L
valores de DQO
DBO Volume Fator de
esperada (mg.L- de amostra escala
1) (mL) OXITOP
0 – 40 432 1
0 – 80 365 2
0 – 200 250 5
0 – 400 164 10
0 – 800 97 20,1
0 – 2000 43,5 50,3
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Unidade: mgO2/L
Sistema
Oxitop Box
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Observação:
- Relação DQO/DBO: conclusões sobre a biodegradabilidade dos
despejos
Se a relação DQO/DBO < 2,5= facilmente biodegradável
Se a relação 5,0 < DQO/DBO> 2,5= irá exigir cuidados na escolha do
processo biológico
DQO/DBO > 5 = processo biológico tem muito pouca chance de sucesso.
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A DBO se processa em dois estágios:
• primeiro estágio em que a matéria carbonácea é oxidada;
• segundo estágio em que ocorre a nitrificação (quando presente)
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Exercício 1:
Calcular a DBO consumida (exercida) e a remoção de uma amostra de
um despejo cujas concentrações de oxigênio dissolvido no dia da
coleta e 5 dias após a coleta foram, respectivamente, 6mg/L e 2mg/L.
Resolução:
L0=6mg/L
L=2mg/L
y (DBO5)= L0-L=6-2=4mg/L
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III.6) Parâmetro Poluidor: Equivalente Populacional (E.P.)
cargadeDBOdaindústria(Kg / d)
EP = (7)
contribuiçãopercapitadeDBO(Kg / hab.dia)
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Carga Per Capita
Contribuição de cada indivíduo (massa poluente) por unidade de tempo (g/hab*d).
Em média: cada indivíduo contribui com 54 g de DBO por dia (carga per capita).
cargadeDBOdaindústria(Kg / d)
EP =
contribuiçãopercapitadeDBO(Kg / hab.dia)
Resolução:
g
54
C hab.dia 0,3 g
L L
180
hab.dia
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A Influência de Parâmetros na Concentração de Oxigênio
Dissolvido na Água
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III.7. EFEITO DA POLUIÇÃO NO CORPO RECEPTOR
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Autodepuração
Remoção de organismos
patogênicos
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Padrões de Lançamento de Efluentes:
“Art. 24. Os efluentes de qualquer fonte poluidora somente poderão ser
lançados, direta ou indiretamente, nos corpos de água, após o devido
tratamento e desde que obedeçam às condições, padrões e exigências
dispostos nesta Resolução e em outras normas aplicáveis.”
Atual-
430/2011
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