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Saneamento Básico

Aula 12

Profa. Vanessa Miranda


Engenheira Civil | Esp. Eng. Segurança do Trabalho | MSc. Recursos Hídricos
SISTEMA DE
ESGOTAMENTO
SANITÁRIO
Quais são os objetivos do tratamento dos esgotos?

A remoção de cada um desses poluentes ocorre em níveis diferentes de tratamento


O tratamento de esgoto é dividido em duas (02) partes:
parte líquida (que é tratada e retorna para os rios)
parte sólida (que vai para os aterros sanitários)
PROCESSOS DE TRATAMENTO

Processos físicos: processos de remoção das substâncias fisicamente separáveis


dos líquidos ou que não se encontram dissolvidos, como a remoção de sólidos
grosseiros, sedimentáveis e remoção de sólidos flutuantes.

Processos químicos: há utilização de um produto químico, sendo estes


processos raramente utilizados de forma isolada. Ex.: coagulação e floculação.

Processos biológicos: a remoção de contaminantes se dá por meio de atividades


metabólicas dos microrganismos.
Processos químicos: há utilização de um produto químico, sendo estes
processos raramente utilizados de forma isolada. Ex.: coagulação e floculação.

sulfato de alumínio (Al2(SO4)3)


Flotadores
Processos biológicos: processo mais frequente no Brasil para o tratamento do
esgoto.

Aeróbios (presença de O2)


Tratamento biológico

Anaeróbios ( ausência de O2)

Os microrganismos podem crescer tanto em suspensão como aderidos em um


meio suporte, onde o reator biológico pode ser configurado para remoção de
DBO, nutrientes...
FASES DO TRATAMENTO DE EFLUENTES

TRATAMENTO
Remoção de sólidos grosseiros.
PRELIMINAR
PROCESSOS FÍSICOS

TRATAMENTO Remoção de sólidos sedimentáveis e parte da matéria


PRIMÁRIO
orgânica. PROCESSOS FÍSICOS

TRATAMENTO Remoção principalmente da matéria orgânica, podendo


SECUNDÁRIO
eventualmente remover nutrientes.
PROCESSO BIOLÓGICO
FASES DO TRATAMENTO DE EFLUENTES

Remoção de poluentes específicos como nutrientes,


TRATAMENTO
mentais, compostos não-biodegradáveis (Bastante
TERCIÁRIO
raro no Brasil)

 PROCESSOS FÍSICO-QUÍMICOS OU BIOLÓGICAS 

TRATAMENTO Realizado para remover materiais suspensos e


AVANÇADO dissolvidos, visando à reutilização da água (Bastante
raro no Brasil)
 MICROFILTRAÇÃO ASSOCIADO À DESINFECÇÃO
FASES DO TRATAMENTO DE EFLUENTES
TRATAMENTO PRELIMINAR

Objetivo: remoção física de sólidos grosseiros e areia.

A figura a seguir apresenta o fluxograma do tratamento preliminar

Gradeamento Desarenação Medição de vazão


Objetivo: remoção física de sólidos grosseiros e areia.

Destina-se principalmente à remoção de sólidos grosseiros;

A remoção dos sólidos grosseiros é feita por meio de grades, que podem
ser grossas, médias e finas, dependendo do espaçamento entre as barras;
TRATAMENTO PRELIMINAR (GRADEAMENTO)

Capacidade de retenção

Tipo de grade Material Retido (mm)

Grosseira Galhos de árvores, resto de 40 – 100


mobília, pedaços de colchões...

Média Latinhas de cerveja, plásticos, 20 – 40


papel, panos...

Fina Fibras de tecidos, cabelos... 10 - 20


Constituídos de barras paralelas de ferro ou aço carbono, posicionadas
transversalmente no canal de chegada do esgoto na estação de tratamento
ETE;

Ângulos de 45º a 75º.


Dispositivo de Limpeza das Grades

O material retido na grade deve ser removido o mais rápido possível, de


forma a evitar que o esgoto fique represado no canal montante, elevando o
nível e a velocidade do líquido entre as barras.

Grandes de limpeza manual

Grandes de limpeza mecanizada

A NBR-12.209 obrigada a colocação de dispositivo de remoção mecanizado


para vazões de dimensionamento superiores a 250 L/s.
Dispositivo de Limpeza das Grades

Limpeza Manual: rastelos


Destino do Material Removido

O material removido deverá ser imediatamente afastado das unidades de


gradeamento e encaminhado ao seu destino final (normalmente aterro
sanitário);

O material removido é depositado em tambores;


TRATAMENTO PRELIMINAR (DESARENAÇÃO)

A figura a seguir apresenta o fluxograma do tratamento preliminar

Desarenação

Consiste na remoção de sólidos com características de sedimentação


semelhantes à da área, os quais se introduzem no sistema principalmente
devido à infiltração de água na rede coletora.
TRATAMENTO PRELIMINAR (DESARENAÇÃO)

Função
 Evitar danos nos equipamentos (proteção de bombas e equipamentos);
Evitar danos nas tubulações devido à forte abrasão;
 Reduzir a possibilidade de danos e obstrução nas unidades da ETE;

Deve ser muito bem dimensionada de forma a reter somente areia, e não
sólidos orgânicos sedimentáveis.

Características do Material Removido

Diâmetro de 0,2 a 0,4 mm;


Velocidade média de sedimentação 2 cm/s.
TRATAMENTO PRELIMINAR (DESARENAÇÃO)

Tipos de desarenadores e Escolha

 De acordo com a forma:


Prismático ( retangular ou quadrado) ou cilíndrica (circular);
De acordo com a separação sólido-líquido:
Gravidade ou centrifugada;
 De acordo com a remoção
Manual ou mecanizada (raspador de fundo, bombas centrífugas
ou sistema de sucção tipo air-lift);
TRATAMENTO PRELIMINAR (DESARENAÇÃO)

A remoção da areia é realizada nos desarenadores, por meio de


sedimentação: a areia, devido às suas maiores dimensões e densidade, vai
para o fundo do tanque.
Caixa de areia de limpeza manual Desarenador de limpeza mecanizada

braços raspadores de areia


TRATAMENTO PRELIMINAR (DESARENAÇÃO)

No tratamento preliminar, além das grades e dos desarenadores, inclui-se


também uma unidade para a medição da vazão, a calha Parshall
FASES DO TRATAMENTO DE EFLUENTES
FASES DO TRATAMENTO DE EFLUENTES
LAGOA ANAERÓBIA

Tratamento primário
LAGOA ESTABILIZAÇÃO

Tratamento secundário
TRATAMENTO DE EFLUENTES
A principal medida tomada no início de um levantamento de dados
para a elaboração de um projeto de sistema de tratamento de esgoto se
relaciona com a determinação da qualidade e da quantidade de esgoto
a ser encaminhada à ETE

Isso possibilita um dimensionamento mais próximo da realidade e


não baseado em dados obtidos na biografia.
As características dos esgotos domésticos são determinadas a partir de
uma sequência de procedimentos, que inclui: medições locais de vazão,
coleta de amostras, análise e interpretação dos resultados obtidos.

O conjunto dessas atividades é denominada caracterização qualitativa e


quantitativa das águas residuais.

Qualitativa
Características dos esgotos
domésticos Quantitativa
CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS

As características físico-químicas e biológicas informam sobre os processos


e as operações que devem ser utilizados no tratamento de esgoto.

O esgoto doméstico é constituído de elevada porcentagem de água,


aproximadamente 99,93% e apenas 0,07% de sólidos .

Água (99,93%)
Esgoto Orgânicos Proteínas/ Carboidratos/Lipídios
doméstico (50%)
Sólidos(0,07%)
Inorgânicos Detritos minerais
(50%)
pesados/Sais/ Metais
Tipo de substâncias Origem
Sabões e Detergentes Lavagem de roupas e louças
Cloreto de sódio Cozinha e na urina humana
Sulfatos Urina humana
Carbonatos Urina humana
Uréia, amoníaco e ácido úrico Urina humana
Gorduras Cozinha e fezes humanas
Vermes, bactérias vírus etc. Fezes humanas
Outros materiais e substâncias: areia, Areia: infiltração nas redes de coleta, banhos
plásticos, cabelos, madeira, absorventes etc. em cidades litorâneas, parcelas e águas
pluviais etc. Demais substâncias são
indevidamente lançadas nos vasos
sanitários.
Em termos elementares, o esgoto doméstico contém:
C H O N P S Etc.
Carbono Hidrogênio Oxigênio Nitrogênio Fósforo Enxofre Outros micro-
elementos
DESCRIÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS DE QUALIDADE

Características Físicas

Características Químicas

Características Biológicas
CARACTERÍSTICAS FÍSICAS (Sólidos, odor, temperatura, cor e turbidez)

Sólidos • Matéria que permanece como resíduo após a temperatura ser elevada
entre 103 e 105 0C;
•Apresentam-se dissolvidos ou em suspensão, podendo ser fixos ou
voláteis.

Odor Geralmente é produzido pela decomposição de matéria orgânica com a


formação de H2S, CH4 e ácidos orgânicos voláteis.

Temperatura Influi na manutenção da vida aquática, as reações químicas, na cinética


das reações e na diminuição da concentração do OD.

Cor e turbidez Causam aspectos desagradável, além de dificultarem a penetração da


luz no corpo d’água.
• Cor: Proveniente de compostos orgânicos naturais dissolvidos;
•Turbidez: provocada por partículas em suspensão, podendo indicar
poluição.
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

A qualidade do esgoto que chega às estações de tratamento, e a


eficiência destas, são usualmente estimadas a partir da determinação
da matéria orgânica presente, através das análises, entre outros
parâmetros: DBO e DQO.

DBO é a quantidade de oxigênio necessária para oxidar a


matéria orgânica (matéria orgânica biodegradável) por
decomposição microbiana aeróbia para uma forma
inorgânica estável.

DQO é a quantidade de oxigênio necessária para oxidação da


matéria orgânica por um agente químico.
CARACTERÍSTICAS QUÍMICAS

Matéria DBO
Orgânica DQO

Matéria NeP são nutrientes que podem levar à eutrofização dos


Inorgânica corpos receptores;
pH expressa a intensidade da condição ácida ou básica
do meio. O esgoto apresenta de um modo geral neutro ou
ligeiramente alcalino (pH de 6,7 a 7,5)
Alcalinidade é a medida da capacidade do líquido em
neutralizar ácidos.
CARACTERÍSTICAS BIOLÓGICAS

Está presente nos esgotos sanitários uma variedade de microrganismos


(Bactérias, algas, fungos, protozoários), que desempenham diferentes papéis no
tratamento do esgoto.

Por exemplo: Existem microrganismos que é responsável pela estabilização da


matéria orgânica. Outro é responsável pela eliminação de nitrogênio, outro do
fósforo...

Uma parte desses microrganismos, denominados de aeróbios, somente


desempenham as funções na presença de oxigênio e uma outra parte, somente
na ausência (ou baixíssimas concentrações) de oxigênio anaeróbios.
CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVA

A contribuição dos esgotos domésticos depende fundamentalmente do


sistema de abastecimento de água. Há uma nítida correlação entre o
consumo per capita de água e a contribuição de esgoto.

• hábitos higiênicos e culturais da população;


O consumo per capita é um • temperatura média da região;
parâmetro extremamente
• Renda familiar;
variável entre as diferentes
localidades e depende de • índices de industrialização;
diversos fatores, como: • intensidade e tipo de atividade comercial;

• valor da tarifa...
CARACTERÍSTICAS QUANTITATIVA

As vazões do esgoto são estimadas em função das vazões de


abastecimento de água.

Informações importantes:

Consumo per capita mínimo adotado para abastecimento de água


de pequenas populações é de 80 L/hab.dia, podendo alcançar um
máximo de 350 L/hab.dia.

Para cidades com população superior a 100 mil habitantes, o valor


mínimo usualmente adotado é de 150 L/hab.dia.
O consumo de água é calculado em função do número de
moradores de uma localidade e do consumo médio diário de água
por morador, denominado quota per capita (QPC), a qual depende
de diversos fatores, tais como: clima, disponibilidade de água,
hábitos e cultura local, porte e condições econômicas da
comunidade, grau de industrialização e custo da água. Usualmente,
a QPC é expressa em litros por habitante por dia (L/hab.dia).

O volume de esgotos domésticos gerado é calculado com


base no consumo de água dos moradores de uma localidade.
Do total de água consumida, cerca de 80% é transformada
em esgoto. Esta fração da água é denominada coeficiente
de retorno “R” (R = vazão de esgotos/vazão de água).
O volume do esgoto pode ser aumentado por despejos clandestinos
de diversas origens, como:

industriais;

instalações privadas com abastecimento próprio de água;

Conexão inadequada de tubulações de águas pluviais na

rede coletora.
Os esgotos sanitários não se constituem apenas de esgotos domésticos.
Existem ainda outras importantes contribuições, que devem ser
consideradas para se garantir o bom funcionamento do sistema de
esgotamento sanitário como um todo.

Vazão de esgotos sanitários

A vazão de esgotos sanitários que alcança a estação de tratamento de


esgotos é composta pela soma de três parcelas: a vazão doméstica, a
vazão de infiltração e a vazão industrial
Qméd: vazão de esgotos

Qdmédi: vazão doméstica média de esgotos sanitários

Qinf: vazão de infiltração

Qind: vazão industrial


(Qdmédi) vazão doméstica média de esgotos sanitários

É esgotos gerados nas residências, no comércio e instituições presentes na


localidade.
(Qinf) vazão de infiltração

É constituída por contribuições indevidas nas redes coletoras de esgotos que


podem ser originárias do subsolo (infiltrações) ou podem vir do
encaminhamento inadequado de águas pluviais (águas de chuva).

(Qind) vazão industrial

É formado por efluentes de processos produtivos e de águas de lavagem de


industrias. Apresenta geralmente grande vazão e carga poluidora.
Cálculo da vazão de infiltração (Qinf)

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) em sua Norma

Brasileira (NBR) 9649, cita a faixa de 0,05 a 1,0 L/s.km, ou seja, para cada

quilômetro (km) de rede coletora de esgoto tem-se uma vazão de infiltração

entre a faixa de 0,05 a 1,0 L/s.


Vamos fazer o exemplo explicativo, para entender melhor!

Qual a vazão de esgotos sanitários de uma determinada cidade, considerando


os dados a seguir:

• População: 15.000 hab.


• Quota per capita: 250 L/hab.d
• Coeficiente de retorno: 0,8
• Comprimento da rede coletora de esgotos: 30 km
• Vazão industrial: 2 L/s

Qdmédia= nº habitantes * QPC * R


86.400
Vamos fazer o exemplo explicativo, para entender melhor!

• População: 15.000 hab.


• Quota per capita: 250 L/hab.d
• Coeficiente de retorno: 0,8
• Comprimento da rede coletora de esgotos: 30 km
• Vazão industrial: 2 L/s

Qdmédia = 15.000* 250 * 0,8 = 34,72L/s


86.400

QMÉD = Qdmédia + QINF + QIND

QMÉD = 34,72 + (0,05 * 30) + 2


QMÉD = 38,22L/s
Vamos fazer o exemplo explicativo, para entender melhor!

Uma cidade de 100.000 habitantes apresenta um consumo per capita de água


de 150 L/hab.dia. Irá construir um sistema de abastecimento e tratamento de
água e uma estação de tratamento de esgoto (ETE).

QUESTÃO: Para a construção da estação de tratamento de esgoto, considerou-


se ainda:

• Coeficiente de retorno (R)= 0,8.


• Concentração de esgoto bruto de DBO5,20ºC = 300 mg/L

• DBO5,20ºC da saída do efluente tratado = 30 mg/L


A partir das informações dadas, qual a vazão (L/s) e qual a eficiência (%) da ETE
proposta?
Resolução da Questão

Qdmédi: vazão doméstica média de esgotos sanitários


QPC = quota per capita = 150 L/hab.dia
R = Coeficiente de retorno = 0,8

Qdmédia= nº habitantes * QPC * R


86.400

Eficiência ETE (%) = DBOentrada -DBOsaída


* 100
DBOentrada
CONAMA 430/2011 apresenta limite de DBO5 de 120 mg/L ou eficiência
de remoção ≥ 60%
Os esgotos sanitários podem
sofrer as seguintes variações:
variação de vazão sazonal e
variações de vazão em
curto prazo (horárias, diárias
e semanais). Para uma
mesma população, a vazão
de esgoto doméstico varia
com as horas do dia
(variações horárias), com os
dias (variações diárias) e
meses.
São considerados os seguintes coeficientes para se obter vazões máximas

(Qdmáx = K1 * K2 * Qdméd) e mínimas (Qdmin = K3 * Qdméd) de contribuição:

Coeficiente do dia de maior consumo (K1) – é a relação entre o valor do


consumo máximo diário de água ocorrido em um ano e o consumo médio
diário de água relativo a este ano;
Coeficiente da hora de maior consumo (K2) – coeficiente de máxima
vazão horária;
Coeficiente de mínima vazão horária (K3).
A NBR 9.649/1986, na falta de valores obtidos através de medições,

recomenda o uso de K1 = 1,2, K2 = 1,5 e K3 = 0,5 (ABNT, 1986) para

projeto de sistemas de esgotamento sanitário.

Ou seja,

São considerados os seguintes coeficientes para se obter vazões máximas

(Qdmáx = 1,8 * Qdméd) e mínimas (Qdmin = 0,5 * Qdméd) de contribuição:


São considerados os seguintes coeficientes para se obter: vazões inicial e final

Vazão inicial (vazão mínima)


(1) Qinicial = K2 * Qdincial + Qind,i + Qinf

Vazão final (vazão máxima)


(2) Qfinal = K1 * K2 * Qdfinal + Qind,f + Qinf
Vamos fazer mais um exemplo explicativo, para entender melhor!

Para a elaboração de um projeto de rede coletora de esgoto, é necessário


determinar as vazões domésticas, industriais e de infiltração.
Considere os seguintes dados:
• População inicial (Pi) = 250.000 hab.

• População final (Pf) = 300.000 hab.


• Consumo de água efetivo per capita (Qpc) = 200 L/hab.dia
• Coeficiente de retorno (R) = 0,8
• Coeficiente de máxima vazão diária (K1) = 1,2

• Coeficiente de máxima vazão horária (K2) = 1,5

Nesse sistema, determine os valores aproximados das vazões domésticas inicial e


final em L/s.
Resolução da Questão

Qdinic = ? (1) Qinicial = K2 * Qdincial


Qdfinal = ?
Qincial = K2 * Pinicial * QPC* R
86.400

(2) Qfinal = K1 * K2 * Qdfinal

Qfinal = K1 * K2* Pfinal * QPC* R


86.400
Vamos fazer mais um exemplo explicativo, para entender melhor!
Para a elaboração de um projeto de rede coletora de esgoto, é necessário
determinar as vazões domésticas, industriais e de infiltração.
Considere os seguintes dados:
• População inicial (Pi) = 250.000 hab.

• População final (Pf) = 300.000 hab.


• Consumo de água efetivo per capita (Qpc) = 200 L/hab.dia
• Coeficiente de retorno (R) = 0,8
• Coeficiente de máxima vazão diária (K1) = 1,2

• Coeficiente de máxima vazão horária (K2) = 1,5

Nesse sistema, determine os valores aproximados das vazões domésticas inicial e


final em L/s. RESPOSTA: Qincial =695 L/s Qfinal = 1000 L/s
Caracterização dos efluentes domésticos
As características dos esgotos, de uma forma geral, são determinadas pelas impurezas
incorporadas à água em decorrência do uso para o qual ela foi destinada.

Principais parâmetros de caracterização dos esgotos

ST= 350 - 1200 mg/L


Ssed = 5 - 15 mg/L

= 120-350
DBO= 120- 350 mg/L
DQO= 250-800 mg/L
Principais parâmetros de caracterização dos esgotos

Nitrogênio total = 20 – 70 mg/L


Fósforo = 4 – 12 mg/L
Bons estudos!

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