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Universidade Federal de Santa Catarina

Centro Tecnológico
Departamento de Engenharia Mecânica
Coordenadoria de Estágio do Curso de
Engenharia Mecânica
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www.emc.ufsc.br/estagiomecanica
estagio@emc.ufsc.br

RELATÓRIO DE ESTÁGIO – 1/3 (primeiro de três)


Período: de 21/07/09 a 21/09/09

Chemtech Serviços de Engenharia e Software Ltda

Nome do aluno: Thiago Luiz Merlo


Nome do supervisor: Daniel dos Santos Lustosa
Nome do orientador: Eduardo Alberto Fancello

Rio de Janeiro, 21 de setembro de 2009


INDICE
1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................3
2. A EMPRESA ...........................................................................................................4
2.1.Missão, Visão e Valor.........................................................................................4
2.2. Áreas de Atuação da Empresa......................................................................... 5
2.2.1 Simulação ....................................................................................................5
2.2.2. Otimização e controle avançado.................................................................5
2.2.3. Planejamento e programação da produção ................................................5
2.2.4. ERP / MES..................................................................................................5
2.2.5. LIMS............................................................................................................6
2.2.6. Sintonia de malhas .....................................................................................6
2.2.7. Sistema de informação – PIMS...................................................................6
2.2.8. Automação industrial ..................................................................................6
2.2.9. Engenharia básica ......................................................................................6
2.2.10. Desenvolvimento de software ...................................................................6
3. O PROJETO COMPERJ .........................................................................................7
4. COMPERJ DENTRO DA CHEMTECH .................................................................10
5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS .........................................................................11
6. CONCLUSÃO .......................................................................................................14
7. REFERÊNCIAS.....................................................................................................15
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1. INTRODUÇÃO

Este relatório é o primeiro de uma série de três que buscam a complementação


da disciplina de estágio curricular do curso de Engenharia Mecânica da Universidade
Federal de Santa Catarina.

Neste objetiva-se a descrição da empresa em que o estágio foi realizado


(Chemtech Serviços de Engenharia e Software), do projeto que contratou a
consultoria da Chemtech (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro – COMPERJ),
do escopo da Chemtech no projeto e das atividades desenvolvidas nos dois
primeiros meses de estágio.
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2. A EMPRESA

A Chemtech é uma empresa de consultoria em engenharia e TI com a sede


localizada no Rio de Janeiro e com unidades em mais cinco capitais brasileiras –
São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Salvador e Vitória.

Trata-se de uma empresa jovem criada em 1989 por três engenheiros


químicos recém formados no IME, sendo que hoje um dos fundadores é o
presidente da empresa, Luis Eduardo Ganem Rubião.

Em 2001 o grupo Siemens comprou 51% da empresa passando a fazer parte


do grupo, representando o segmento I&S IP (Industrial Solutions & Services -
Industrial Plants) no Brasil. Neste mesmo ano, a empresa se transferiu para a sede
atual na Rua da Quitanda, no centro do Rio. Hoje ocupa 21 dos 23 andares do
edifício contendo um total de 1083 funcionários, sendo grande parte engenheiros, e
contendo um faturamento estimado em R$150 mi, estimado.

Em 2007 e em 2008 foi eleita a melhor empresa para se trabalhar no Brasil,


em 2009 ficou com o segundo lugar e desde 2004 figura nas listas das melhores, de
acordo com o Great Place To Work Institute (GTPW) e a Revista Época.

A Chemtech conta com clientes de renome nacional e internacionalmente


como Petrobras, Vale, Rede Globo, Braskem entre outras.

Atualmente os dois principais projetos dela são para a Petrobras. O projeto de


detalhamento da refinaria Abreu e Lima (Rnest) e o feed do Complexo Petroquímico
do Rio de Janeiro (COMPERJ), projeto onde realizo meu estágio.

A empresa possui um quadro de funcionários muito jovem, que são


contratados diretamente das melhores faculdades do país. Grande parte destes são
provindos de regiões distintas, o que colabora com um clima de cooperação e
amizades que torna a Chemtech uma empresa de fácil adaptação.

2.1. Missão, Visão e Valor

Missão: “Fornecer soluções de tecnologia da informação e de processos para


indústrias líderes; estabelecer com o cliente, funcionários e sociedade uma relação
de longo prazo e contribuir para o desenvolvimento da tecnologia.”

Visão: “Ser líder nacional e reconhecida no mercado mundial no fornecimento


de soluções tecnológicas.”

Valores: “Todas as nossas relações e atividades são baseadas em:


integridade, comprometimento, confiança, qualidade, transparência, entusiasmo,
cidadania e ecoeficiência.”
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2.2. Áreas de Atuação da Empresa

Figura 1: Áreas de atuação da Chemtech

2.2.1. Simulação

A Chemtech atua em três linhas de simulação: simulação de processos,


fluidodinâmica (CFD - Computational Fluid Dynamics) e de transientes hidráulicos.
Realiza também simulação na engenharia básica até o controle avançado e a
otimização.

2.2.2. Otimização e controle avançado

O controle avançado de processos proporciona benefícios significativos e


imediatos no desempenho industrial. Para se alcançar resultados, é aplicado o
conhecimento do comportamento dinâmico nos diferentes processos existentes em
uma fábrica.

Otimização é uma etapa posterior ao controle avançado e utiliza uma


tecnologia extremamente sofisticada na elaboração de estratégias para o melhor
aproveitamento das oportunidades e possibilidades da empresa.

2.2.3. Planejamento e programação da produção

APS (Advanced Production Planning and Scheduling System) tem como


principal objetivo fornecer um ótimo procedimento de operação à unidade. Para isso,
o sistema de planejamento e programação da produção utiliza as informações
fornecidas por sistemas ERP (Enterprise Resource Planning) e MES, propiciando à
empresa alcançar seus objetivos de modo muito mais eficaz.

2.2.4. ERP / MES

MES (Manufacturing Execution Systems) é o sistema responsável pelo


gerenciamento do processo de produção. Em muitos casos, por traduzir as
definições de negócio em atividades da produção, acaba sendo a camada que
integra os sistemas de gestão corporativa (ERP - Entreprise Resources Planning)
aos diversos sistemas de produção (APS, PIMS, LIMS, SFC e etc).
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O MES garante um gerenciamento muito mais eficiente por possibilitar a


tomada de decisões com base em informações úteis, atuais e confiáveis da
realidade de diversos setores da empresa.

2.2.5. LIMS

LIMS (Laboratory Information Management System) é uma ferramenta


essencial para a redução de custos e para o aumento da eficiência e da
produtividade nas atividades laboratoriais. Ele é indispensável para garantir a
qualidade final dos produtos, cada vez mais exigida pelos consumidores.

2.2.6. Sintonia de malhas

A determinação manual de parâmetros de controle PID (Controlador


proporcional-integral-derivativo) é uma tarefa árdua e dispendiosa pela forte
interação existente entre estes parâmetros. Por isso, muitas malhas não são
sintonizadas para um desempenho ótimo, prejudicando a eficiência dos processos
que controlam.

A sintonia das malhas de controle é uma etapa essencial na implantação do


controle avançado. Além disto, a experiência da Chemtech permite verificar toda a
estratégia adotada para as malhas PID analisadas, auditando todos os elementos de
controle, medição e atuação.

2.2.7. Sistema de informação – PIMS

Um sistema de informação de processos ou PIMS (Process Information


Management System) realiza o armazenamento temporal das variáveis dos
processos produtivos. Dessa forma, permite a integração entre o nível de supervisão
e controle e os demais sistemas da indústria.

2.2.8. Automação industrial

Os sistemas de automação garantem a reprodutibilidade do processo e


permitem o rastreamento de informações críticas de produção. Uma tendência
bastante atual é a implantação de sistemas de gerenciamento de bateladas.

2.2.9. Engenharia básica

Na fase inicial de implantação de uma indústria ou de um novo processo,


todas as oportunidades de redução de custo instalado, de consumo de energia e de
impacto ambiental devem ser exploradas a fim de garantir a melhor execução do
projeto e o maior retorno possível de todos os investimentos.

2.2.10. Desenvolvimento de software

A CHEMTECH usa como base para o desenvolvimento de sistemas o


processo conhecido como “Unified Process”. Dentro deste contexto, a empresa usa
o RUP (Rational Unified Process) e segue seu desenvolvimento trabalhando em
pequenos ciclos do projeto (mini-projetos), que correspondem a uma iteração e
resultam em um incremento no software. As iterações referem-se a passos e os
incrementos, a evoluções do produto.
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3. O PROJETO COMPERJ
O Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (COMPERJ) é considerado hoje
o maior empreendimento individual da história da Petrobras. Ele será construído em
uma área de 45 milhões de metros quadrados no município de Itaboraí, com
investimento estimado de quinze bilhões de dólares.

Estima-se refinar 150 mil barris por dia de petróleo proveniente da bacia de
Campos, o que gerara para o país uma economia de mais de 4 bilhões por ano.

No COMPERJ, o petróleo passará por duas etapas de produção. Na primeira,


o petróleo chegará da Bacia de Campos por dutos e será transformado em produtos
petroquímicos básicos; na segunda fase, estes produtos virarão polímeros. Numa
terceira etapa, fora do COMPERJ, estas resinas plásticas vão se transformar em
bens de consumo. Os principais produtos do complexo serão resinas plásticas e
combustíveis como podem ser vistas na tabela abaixo:

Tabela 1: Produtos do Comperj


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Tabela 1(cont): Produtos do Comperj

Para fabricar estes produto o complexo petroquímico contara com várias


“fabricas” que ficarão agregadas em blocos chamados de unidades. O COMPERJ
possui cinco principais unidades:

• Unidade Petroquímica Básicos: esta unidade será responsável por


quebrar as moléculas de petróleo gerando eteno, propeno, butadieno,
benzeno e para-xileno. Nesta unidade aconteceram os processos de
coqueamento, pirólise e craquemento.

• Unidades Petroquímicas Associadas: serão responsáveis pela


transformação dos produtos provindos da unidade petroquímica básicos
em polímeros. Serão produzidos três tipos de polímeros: polietileno,
polipropileno e PET.

• Unidade de Utilidades: Será responsável para gerar toda água, vapor,


energia elétrica e todo tipo de gás necessário para o funcionamento das
outras unidades. Será nesta unidade que se fará o tratamento dos
efluentes gerados no Complexo.

• Unidade Auxiliares de Processos: gerarão hidrogênio que será utilizado


com fins ambientais (remover contaminantes) e fins de otimização dos
produtos finais e intermediários. O hidrogênio será utilizado nos
hidrotratamentos ou nos hidrocoqueamentos.

• Apoio: Unidades construídas com o intuito de promover uma logística de


todo serviço realizado no COMPERJ.

O COMPERJ pode então ser visualizado como uma cidade em que cada
bairro (unidades) é interligado aos outros. Estas unidades as vezes são novamente
subdivididas devido ao seu tamanho. A figura abaixo no mostra uma visão em 3D de
uma montagem realizada para apresentação do complexo petroquímico.
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Figura 2: Esquema das unidades do COMPERJ

Por sua importância, o empreendimento está incluído nas iniciativas do Plano


de Aceleração do Crescimento (PAC), do Governo Federal, representando o maior
investimento do programa, e também é considerado o maior investimento individual
da história da Petrobras, cerca de US$ 8,4 bilhões. É esperado o início das
operações no ano 2012.
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4. COMPERJ DENTRO DA CHEMTECH

Devido ao tamanho e a complexidade do projeto para a construção de um


complexo petroquímico divide-se o projeto em três fases: o projeto básico, o FEED
(Front End Engineering Design) e o projeto detalhado. Ficando a Chemtech
responsável pela etapa de FEED do processo.

O FEED tem como definição a etapa no desenvolvimento do projeto que visa


reduzir os problemas de inconsistências e de indefinições do projeto básico, assim
como aumentar a precisão das estimativas de custos.

Antes da utilização do FEED como uma das etapas da implantação de um


empreendimento, adotava-se o modelo tradicional, no qual os projetos começavam
com o conceitual, que era consolidado e completado com as utilidades e off sites no
projeto básico .
Com níveis variados de informações e detalhes, a depender do contrato e da
metodologia da empresa responsável pela engenharia, o projeto básico era
desenvolvido e seguia para o detalhamento. O próximo passo era a licitação para o
suprimento, construção e montagem. Desta forma, estimativas de investimentos e
prazos costumavam apresentar imprecisões.
Os objetivos do trabalho realizado pela Chemtech são:

• Identificar inconsistências na documentação dos projetos básicos;

• Elaborar projeto básico complementar;

• Elaborar projeto de pré-detalhamento que possibilite o levantamento mais


apurado dos quantitativos de materiais, equipamentos, sistemas e serviços
técnicos a serem desenvolvidos nas fases seguintes;

• Elaborar projeto detalhado para aquisição dos equipamentos e de sistemas a


serem adquiridos antecipadamente, pelo planejamento da Petrobras;

Dentro deste escopo dividi-se o campo de trabalho em disciplinas, que ficarão


responsáveis por determinadas áreas dentro de cada unidade do complexo. Este
estágio esta sendo realizado dentro da disciplina de fornos, ficando responsável pela
análise dos documentos que tenham alguma relação com os fornos do complexo –
documentos com equipamentos que pertençam ao forno são também revisados.
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5. ATIVIDADES DESENVOLVIDAS

O FEED do COMPERJ pode ser visto como a complementação do projeto


básico. Primeiramente faz-se um estudo em cima dos documentos emitidos pela
empresa responsável pelo projeto básico, atrás de erros e inconsistências entre
estes.

Para elaborar um projeto básico a empresa emite especificações técnicas dos


fornos, folha de dados dos fornos e dos equipamentos utilizados neste (vasos,
ventiladores, pré aquecedores de ar, queimadores, trocadores de calor), folhas de
engenharia e memoriais de cálculo.

Estes documentos tem de ser revisados e comparados entre eles para que
não possuam dados conflitantes. Erros como materiais diferentes, cotas diferentes,
entre os documentos não são tão raros como se espera.

E estes erros se passados pelo projeto básico sem serem vistos podem
causar erros na montagem como peças que não se encaixam, furos com dimensões
e parafusos com outras entre outros erros.

Este trabalho foi realizado para duas unidades, sendo que em uma destas
unidades foram analisados mais de 200 folhas de dados de engenharia.

Como primeiro trabalho foi uma experiência boa, pois assim o estagiário
consegue visualizar a estrutura de um forno e a complexidade para a sua fabricação.
Dentre os pontos positivos destacam-se:

• A percepção de sensibilidade diante de esforços, espessuras de


isolamento, cargas térmicas e outras dimensões dos fornos;

• Acostuma-se a trabalhar com medidas que não estão no SI, mas são as
mais utilizadas na vida prática;

• Visualizar desenhos técnicos exige atenção, as folhas de dados de


engenharia são muito detalhadas e sempre se correlacionam entre si, ou seja,
é um trabalho que exige atenção e visão espacial dos desenhos, pois não são
feitos nenhum desenhos em 3D no projeto básico de fornos;

• São conferidas as normas de desenho técnico e de folha de dados que a


Petrobrás exige o que cria um meio de criar metodologias para a elaboração
de um projeto;

• O trabalho é realizado pelas várias disciplinas ao mesmo tempo. Ou seja,


na mecânica existem disciplinas diferentes (fornos, equipamentos estáticos,
rotativos, máquinas, tubulação) e os relatórios de analise de consistência são
entregues como mecânica o que exige uma cooperação e uma sintonia entre
as áreas para não ocorrer equívocos e emissões de documentos faltando
observações de alguma disciplina.
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Por motivos de sigilo empresarial entre a Petrobrás e a Chemtech não são


disponibilizados exemplo dos documentos analisados durante a análise.

O próximo trabalho realizado baseia-se na elaboração de planilhas de


quantitativos. Estas planilhas também são formuladas em conjunto com as demais
disciplinas de mecânica e tem a intenção de repassar de maneira sintética os
equipamentos necessários para a construção das unidades do complexo.

Para a elaboração destas planilhas extrai-se dos documentos as principais


informações que serão necessárias para a compra destes equipamentos.

Dentro do contexto de forno costuma-se dividir este em três partes principais:


radiação, convecção e chaminé. Estas partes serão melhores entendidas no próximo
relatório que vai explicitar como se faz a estimativa do peso de um forno.

As características principais destas regiões são: a espessura do isolamento, o


material isolante (sempre descriminado conforme normatização ASME), espessura e
material da casca, peso (encontrado no relatório feito pela Chemtech), diâmetros e
Schedule dos tubos, tipo de serviço realizado – ex steam generation - carga térmica,
fluxo volumétrico do processo, elevação, tipo da base, e tipo de pintura (conforme
norma N-02).

Um forno pode englobar outros equipamentos dependendo de suas


características, estes equipamentos também são listados nesta planilha. Muitos
destes não são projetados na fase de projeto básico ficando por responsabilidade do
projeto detalhado. Sendo assim, as informações necessárias são feitas a partir de
cotações realizadas com terceiros e pro-ratando em cima de equipamentos
dimensionados.

Os principais equipamentos envolvidos em uma planilha de quantitativos são:

• Vasos de vapor (steam drum);

• Ventilador de tiragem induzida;

• Ventilador de tiragem forçada;

• Trocadores de calor (Quench Exchanger);

• Queimadores;

• Sistema de abastecimento de combustível;

• Pré aquecedores de ar;

Após esta planilha ser elaborada pela Chemtech pode-se elaborar uma
planilha para requisição de materiais.
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Durante os dois primeiros meses de estágio foi realizado o estudo da planilha


de quantitativos de 5 unidades do complexo petroquímico. Esta planilha por motivos
de sigilo empresarial não pode ser ilustrada.

Estas planilhas mostram de forma mais resumida quais são as características


dos fornos para cada unidade, ou seja, um forno que serve para geração de vapor
será totalmente diferente de um forno que servira para craqueamento catalítico. E
sendo assim este forno terá equipamentos que outro não necessita.

Um exemplo é o caso de um forno de craqueamento catalítico que


necessitara de um rápido resfriamento do processo assim que deixar o forno,
necessitando assim um trocador de calor, equipamento que outros fornos não
necessitam.

Outro documento que a Chemtech emite é uma folha de engenharia com a


configuração do medidor de Temperatura de parede de tubo (skin point) para as
unidades que necessitarão deste. Por motivo de sigilo empresarial não pode-se
mostrar os detalhes deste aparelho.

Foi realizado também uma revisão A e três revisões 0 de um relatório de peso


de forno que serão descritas no próximo relatório pois estas não foram emitidas
podendo ainda conter informações que seriam de valia para este.

Além disto a Chemtech propicia cursos dentro da empresa. Para isto ela
conta com uma universidade corporativa (UCC). Neste período foi realizado um
curso sobre um software de projeto térmico de forno chamado FRNC5. Sendo este
curso ministrado por um consultor da Chemtech com mais de 20 anos de
experiência em projetos no centro de pesquisa da Petrobras.

Como forma de organizar o tempo relativo ao estágio foi elaborado um


cronograma das atividades realizadas durante este período:

Figura 4: Cronograma de Atividades dos dois primeiros meses


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6. CONCLUSÃO

Os dois primeiros meses de estágio foram destinados a adaptação à empresa


contratante, ao projeto COMPERJ, à estrutura de fornos de processo, às
metodologias empregadas para o projeto básico de fornos e a normatização dos
documentos emitidos para a Petrobras e um curso sobre simulação térmica de um
forno.

Visto isto, foi necessário a revisão de matérias do ciclo básico como desenho
técnico (para análise das folhas de engenharia e das normas para estas), e do ciclo
profissionalizante como termodinâmica (para a elaboração das planilhas de
quantitativos).

No próximo relatório espera-se a descrição da elaboração de relatórios de


peso baseados, que para isto é necessário o melhor entendimento da estrutura
funcional de um forno segundo o API560 além de outras apostilas cedidas pela
Chemtech.
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7. REFERÊNCIAS

Estudo de Impacto Ambiental, EIA – COMPERJ, outubro 2007.

Descrição do FEED integrado – Memorial Descritivo, COMPERJ – Chemtech.

Manual de Execução do Projeto, COMPERJ – Chemtech.

Cartilha dos Estagiários – Chemtech.

Sítio Chemtech, www.chemtech.com.br – Acessado em setembro, 2009.

Revista Você SA, “AS 100 melhores empresas para trabalhar”, Agosto, 2009.

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