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JOÃO PESSOA
2020
CAROLINE FARIAS DE ARÁUJO
JOÃO PESSOA
2020
A658d Araújo, Caroline Farias de.
Dimensionamento do sistema de drenagem de uma rua, no
bairro dos bancários, em João Pessoa-PB
Caroline Farias de Araújo. - João Pessoa, 2020.
48f.
JOÃO PESSOA
2020
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus por ter segurado minha mão desde do primeiro momento em que
decidi realizar mais este sonho em minha vida, muitos momentos difíceis e que poderiam
ser motivos para desistir, mas Ele sempre me dava força e eu superava.
Aos meus pais e irmão, Francisco de Assis Araújo Neto, Verlândia Farias de Sousa e
Alexeiev Farias de Araújo, que desde que souberam do meu desejo, me apoiaram e
sonharam junto comigo e essa realização é nossa, que os frutos que estão por vir,
possamos continuar colhendo juntos e disfrutando desse novo ciclo.
Aos meus sobrinhos lindos e fofos, Bruno Cerqueira de Araújo e Maria Eduarda
Morais Luna de Araújo, que me enchem de amor e alegria, ajudando e fortalecendo meu dia
a dia com muito carinho.
Aos meus padrinhos Francisco Dantas Monteiro e Valnice Farias de Sousa Dantas
(in memória), que assim como meus pais, sempre me apoiaram e estiveram ao meu lado em
todas as minhas conquistas, agradeço por todo o amor, carinho e dedicação.
Minha grande família, meus avós, primos, tios. Eles que sempre se fizeram presente
em minha vida, cada um do seu jeito, mas com muito amor e alegria.
Aos meus amigos de classe, sem vocês também não seria possível a realização
deste sonho. Tantos trabalhos em grupos, brigas, choros, noites em claros de estudos e
muitas noites de risadas e sem sombra de dúvidas, essa última me enchia de alegria e
tirava todo o cansaço do dia, obrigada por tanta troca e doação, levarei cada um em meu
coração.
Aos meus amigos, esses que sempre me apoiaram e entenderam minha ausência
em alguns encontros da turma, mas sempre rezaram e vibraram com minhas conquistas,
obrigada por serem anjos e irmãos em minha vida.
RESUMO
Com a urbanização das cidades e as mudanças da utilização do solo, as áreas que antes
eram de vegetações, hoje estão preenchidas de construções, tornando o solo cada vez mais
impermeável, dificultando o escoamento da precipitação e resultando na mudança natural
do ciclo hidrológico. Diante deste novo cenário, torna-se importante o planejamento das
cidades em relação às obras de drenagem e esgoto, com o intuito de evitar transtornos
como alagamentos e contaminação dos rios, advindos da falta de um planejamento de obra
e manutenção do sistema de drenagem. Este trabalho tem como objetivo principal
dimensionar um sistema de microdrenagem para uma rua do bairro dos bancários; analisar
os elementos já existentes e comparar o dimensionamento realizado com o atual. Foi
utilizado o método de estudo do escoamento superficial da água de chuva, calculando a
área de drenagem, sua bacia de contribuição e a quantidade de dispositivos necessários
para o sistema de drenagem. Hoje, a rua estudada possui dez dispositivos de drenagem do
tipo boca de lobo conjugada e dupla conjugada; o dimensionamento feito com a área de
contribuição de 0,14km², aproximadamente, resultou em dezessete unidades de bocas de
lobo combinadas. Como a área é bem extensa, observa-se que o sistema atual está
subdimensionado, com os dispositivos danificados e sem manutenção. Na ocorrência de
uma precipitação intensa e demorada, pode causar alagamentos e transtornos para as
residências e para os moradores da Rua Luiz Prímola, devido à obstrução dos dispositivos
de drenagem encontrados.
ABSTRACT
With the urbanization of cities and changes in land use, the areas that used to be vegetation
are now filled with buildings, making the soil increasingly impervious, making it difficult for
rainfall water to flow and resulting in a natural change in the hydrological cycle. In view of this
new scenario, it is important to plan cities in relation to drainage and sewage works, in order
to avoid problems such as flooding and contamination of rivers, arising from the lack of
planning for the construction and maintenance of the drainage system. This work has as
main objective to design a micro drainage system for a street in the neighborhood of
Bancários, to analyze the existing elements and to compare the dimensioning carried out
with the current one. The method for studying was the surface runoff of rainwater, calculating
the drainage area, its contribution basin and the number of devices needed for the drainage
system. Today the street studied has ten rainwater harvesting devices (conjugated and
double conjugated), the dimensioning made with the contribution area of approximately 0,14
km², resulted in seventeen units of combined storm drains. As the area is quite extensive, it
is observed that the current system is undersized with the devices damaged and without
maintenance. In the event of intense and long-term precipitation, it can cause flooding and
inconvenience for homes and residents of Luiz Primola Street, due to the obstruction of the
drainage devices found.
SUMÁRIO
RESUMO..................................................................................................................................5
ABSTRACT..............................................................................................................................6
LISTA DE FIGURAS................................................................................................................7
LISTA DE QUADROS..............................................................................................................8
1 INTRODUÇÃO................................................................................................................10
2 OBJETIVOS....................................................................................................................12
3 REVISÃO DE LITERATURA...........................................................................................13
3.3.1 Microdrenagem.................................................................................................19
Método Racional.......................................................................................................22
Equação de Manning................................................................................................22
Delimitação da área de Contribuição da Bacia........................................................23
Capacidade de Condução Hidráulica de Ruas e Sarjetas.......................................24
Dimensionamento dos Dispositivos de drenagens..................................................26
3.3.2 Macrodrenagem................................................................................................28
3.4 PAVIMENTO................................................................................................................29
3.4.1 Classificação dos Pavimentos..........................................................................30
4 METODOLOGIA..............................................................................................................33
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES....................................................................................36
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS............................................................................................44
7 REFERÊNCIAS...............................................................................................................45
10
1 INTRODUÇÃO
Assim, o presente estudo será aplicado na Rua Luiz Prímola da Silva, do bairro dos
Bancários, na cidade de João Pessoa – Paraíba. Ele se mostra relevante para a sociedade,
construtores de modo geral e, em particular, para acadêmicos e profissionais da Engenharia
Civil, visto que esse problema interfere diretamente na vida das pessoas, na rotina de
trabalho, na saúde, na economia e no trânsito, dentre outros problemas causados pela falta
de planejamento do sistema de drenagem das cidades.
2 OBJETIVOS
3 REVISÃO DE LITERATURA
A hidrologia é uma ciência que estuda as águas existentes no planeta, nas suas
variadas formas e estado, bem como a sua ocorrência, distribuição, propriedades, reações e
relações com o meio ambiente e o ser humano, através da Hidrometeorologia, que estuda
as águas na atmosfera, nos lagos e reservatórios; da Limnologia, que estuda os rios, na
Potamologia; neve e gelo com a Glaciologia e Criologia; e águas subterrâneas com a
Hidrogeologia (LISBOA,1984).
Este fenômeno natural ocorre através de etapas, iniciando com a evaporação das
águas dos mares, através do vapor que é transportado com os movimentos das massas de
ar. Acontece o resfriamento, chegando ao ponto de orvalho, que se condensa e é
transformado em gotículas que formam as nuvens. Assim, com a colaboração climática,
essas gotículas se unem até voltarem ao solo em forma de precipitação.
A interceptação se dá por parte da precipitação que não atingiu o solo e fica retida na
vegetação, está fase acontece em meio onde se tem vegetações que possam impedir a
infiltração ao solo, com o fenômeno da urbanização, vem sendo cada vez mais difícil
acontecer em algumas cidades essa etapa do ciclo hidrológico, fazendo com que a água
precipitada escoe cada vez mais pela superfície do solo.
14
Do Volume que atinge o solo, parte nele se infiltra, parte se escoa sobre a superfície
e parte se evapora, quer diretamente, quer através das plantas, no fenômeno conhecido
como transpiração (SOUZA PINTO,1976).
Segundo Villela e Matos (1975, apud LISBOA, 1984), a bacia hidrográfica pode ser
definida como uma área topograficamente drenada por um curso d’água ou um sistema
conectado de cursos d’água, tal que toda vazão efluente seja descarregada através de uma
15
simples saída (ou exutória). O conceito relata o modelo ideal de bacia hidrográfica. No ciclo
da água, ao acontecer a precipitação, a água percorre vários caminhos, como infiltração no
solo, escoa pela superfície até a bacia, evapora através das interceptações da vegetação,
acumula no relevo e com isso deve ser considera sua evaporação, de forma que não é uma
quantidade desprezível.
3.1.3 Precipitações
Segundo Marcelinni et. al. (1995), as chuvas podem ser caracterizadas como: 1-
convectivas ou de verão, estas que são formadas por uma ação de mudança de massa de
ar úmida, que é formada numa região limitada, em decorrência de uma temperatura vertical.
Geralmente acontecem de forma intensa, num curto espaço de tempo e em áreas restritas;
2- Frontais ou Ciclônicas, que são o resultado do encontro das massas de ar quente e fria.
Possuem baixa intensidade e um período mais demorado de chuva, podendo atingir uma
maior área, causando inundações nas suas bacias hidrográficas; e 3- Orográficas,
acontecem em virtude de ventos úmidos que se movimentam verticalmente, provocadas por
impedimento de montanhas. Acontece com mais frequência e podem ser de pequena a
grande intensidade. Na figura 3, pode-se observar como acontece cada chuva:
Fonte: Só Geográfia,2020.
drenagem que não causasse mal ao meio ambiente. Observa-se, hoje, em algumas cidades,
a construção em espaços urbanos de áreas de várzeas, que são naturalmente alagadiças e
são ignorados os cursos naturais dos rios, trazendo problemas futuros para essas
construções e para a população de modo geral, como mostra a figura 4.
Fonte: G1.com,2020.
Além das inundações em ruas e construções ao longo das margens dos rios,
observam-se outros problemas que derivam destas ocupações e da falta do planejamento
das cidades, como o despejo de esgotos e aumento na concentração de sedimentos nos
córregos e rios. Portanto, o conceito inicial sobre sistema de drenagem urbana precisou
evoluir e incluir mais fatores que pudessem abranger e englobar a ideia de que se faz
necessário olhar a drenagem como parte do espaço urbano, já que não se consegue
dissociar da infraestrutura das cidades.
Com o conceito mais atual, Gutierrez e Ramos (2019) conseguem definir drenagem
urbana de forma simples e objetiva, como um conjunto de ações, que têm o intuito de
mitigar os riscos que a população está sujeita devido ao acentuado crescimento da
urbanização, amenizando as perdas ocasionadas por enchentes e adotando medidas de
planejamento, o que resulta no crescimento urbano de forma organizada e sustentável.
Fonte: Aquafluxus,2020.
O sistema de drenagem urbana é composto por diversos dispositivos que têm função
de coleta, transporte e lançamento das águas pluviais, para seu destino final. Estes
elementos são classificados como: microdrenagem e macrodrenagem.
3.3.1 Microdrenagem
Segundo Lucas (2019), microdrenagem pode ser definida como a entrada do sistema
de drenagem das bacias urbanas e composta por uma disposição que capta e conduz as
águas pluviais que se destinam às ruas, praças e avenidas, e não vindas apenas das
precipitações, como também resultantes de edificações. Para o dimensionamento do
sistema, são necessárias três etapas, segundo Bidone e Tucci (2015): subdivisão da área e
traçado; determinação das vazões que afluem à rede de condutos; e dimensionamento da
rede de condutos.
20
Fonte: Presserv,2020.
Fonte: Ectas,2020.
Galeria: tubulações públicas utilizadas para guiar as águas pluviais que resultam das
bocas de lobo e ligações das edificações privadas, mostrada na figura 9:
Tubos de ligações: canalizações que recebem as águas pluviais vindas das bocas de
lobos e conduzem para as galerias ou poços de visitas, como figura 10:
22
Método Racional
Esse método é usado para calcular uma possível vazão de pico, geralmente para
pequenas bacias, sendo elementos importantes desse método o conhecimento do tempo de
concentração e o coeficiente de escoamento superficial.
Equação de Manning
Cálculo da Vazão
Onde:
Fonte: Asce,1969.
Para calcular a vazão de precipitação, é necessário que sejam determinados os
valores de intensidade, duração e frequência (IDF) ou intensidade da chuva de projeto, que
24
por se tratar de um estudo na cidade de João Pessoa, utiliza dados específicos na equação
para as chuvas de João Pessoa, a equação geral.
0 ,15
369 , 40 x t r
i máx = 0,568 (2)
(t c +5)
Onde:
TR - é o tempo de retorno de chuva, k,t0, m e n são constantes, que variam de acordo com a
cidade que está sendo estudada.
i
P= (3)
1+n
1
T= (4)
P
3 0,385
L
t c =57 x ( ) (5)
h
R- Raio hidráulico;
w0
A= y 0 . (6)
2
y0
A= (7)
S
A
R= (8)
P
Perímetro da Sarjeta:
P= y 0+ w0 (9)
V =V S . A S (10)
Em que:
formação de áreas mortas de alagamentos e águas paradas. Elas podem ser de vários
tipos, como mostra a figura 14:
Q contr.
N dispositivo = (11)
Qboca delobo
L- Comprimento da soleira, em m; e
3.3.2 Macrodrenagem
3.4 PAVIMENTO
Pode-se dizer que as principais funções dos pavimentos, segundo a NBR 7207/82,
são as de aprimorar o estado dos rolamentos quanto ao conforto e segurança, suportar e
distribuir os esforços verticais causados pelo tráfego dos veículos, resistir às ações do
intemperismo e suportar o desgaste resultante do uso da estrada, dando maior durabilidade.
Os pavimentos podem ser classificados em dois tipos: flexíveis, são compostos por
camadas que suportam os esforços verticais até certo ponto e não se rompem; são
dimensionados para resistir aos esforços de compressão e geralmente compostos por
material betuminoso. Já os pavimentos rígidos são projetados para serem pouco
deformáveis e formados por camadas que são resistentes à tração, compostos por material
de concreto de cimento e geralmente têm uma maior durabilidade. (SENÇO,2008)
A composição dos pavimentos tem como alicerce algumas camadas, que serão
descritas abaixo e ilustradas na figura 17:
Subleito: é a primeira camada, a base para todo o pavimento, tendo que ser
estudado levando em consideração o tráfego que irá transitar sobre ele.
Sub-base: usada como apoio e regularização da base e para quando não pode ser
executada a base diretamente no leito, por motivos técnicos.
Base: resiste aos esforços advindos do tráfego, distribui para o subleito as tensões,
tem função de suporte estrutural e é a camada que recebe o revestimento.
31
Pavimentos Flexíveis
Fonte: Amorim,2016.
32
A absorção da água, neste tipo de pavimento, acontece de forma mais rápida, devido
ao material utilizado que retém água e requer um maior cuidado no projeto e execução,
sendo necessários maiores caimentos para o escoamento da água.
Pavimentos Rígidos
Define-se como o pavimento rígido, como mostra a figura 19, aquele que possui uma
elevada rigidez em relação às demais camadas. É formado geralmente por placas de
concreto de cimento Portland, agregado graúdo, agregado miúdo, água, aditivos químicos,
fibras plásticas ou aço, selante de juntas, material de enchimento de juntas, que podem ser
fibras ou borrachas e aço:
Fonte: AMORIM,2016.
Nas suas camadas, o rolamento tem a função de distribuir uniformemente as
tensões, resultando menores esforços para a camada de fundação do pavimento, o subleito.
Este pavimento é mais resistente a produtos químicos dos tipos: óleos, graxas e
combustíveis, proporciona uma maior visibilidade ao usuário, exige pouca manutenção,
possui baixo índice de porosidade na sua capa de rolamento e em relação à drenagem,
proporciona um melhor escoamento superficial da água.
33
4 METODOLOGIA
O objeto de estudo é a Rua Luiz Prímola da Silva, localizada no bairro dos bancários,
na cidade de João Pessoa-PB, que sofre com o problema de acúmulo de água.
Situada no bairro dos bancários, a Rua Luiz Prímola da Silva está localizada na
capital da Paraíba, João Pessoa, no nordeste Brasileiro. É composta por mais de trinta e um
domicílios, por volta de 70% são de casas e os 30% são compostos por edifícios de
apartamentos multifamiliares. Existe também academia, igreja e uma praça, como mostra a
figura 20:
Capacidade de
Delimitação da Dimensionamento
Cálculo das Condução
área de dos dispositivos
Vazões Hidráulica de
contribuição de Drenagem
Ruas e Sarjetas
Fo
nte: Elaborado pelo próprio autor, 2020.
Por se tratar de uma pesquisa descritiva, serão mostrados alguns elementos do atual
sistema de drenagem, juntamente com a sugestão do dimensionamento realizado nesta
pesquisa; bem como o tema abordado de forma qualitativa foi utilizado para fundamentar a
importância do dimensionamento do sistema de drenagem e assim realizar as etapas
listadas acima, gerando resultados que estarão expostos no capítulo seguinte deste
trabalho.
35
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
As bocas de lobos estão no local devido, mas existe a questão de acumulo de lixo e
resíduos nas ruas que faz com que diminua a eficiência dos dispositivos no sistema e
impede que trabalhe com seu total de absorção dimensionado, como mostra a figura 23,
onde as bocas de lobos estão rodeadas de plantas e sedimentos.
Com essa informação, dentre os valores das maiores precipitações de chuvas, foi
selecionado o que mais se aproxima da média calculada, que foi de 98,9 mm, este valor
será tomado como base no projeto de dimensionamento.
Sendo assim, obteve-se um período de retorno de 2 anos. Para o tempo de
concentração, foram considerados os valores conforme o Quadro 2:
A partir dos dados anteriores, tem-se que o valor para o tempo de concentração para
a bacia é de aproximadamente 13 minutos, esse tempo é o que a precipitação leva para
percorrer do ponto mais elevado ao mais baixo da bacia. Com esses dados, pode-se
calcular a vazão de contribuição na bacia. O Quadro 3 traz os dados complementares para o
dimensionamento da vazão:
Logo, a vazão máxima de contribuição para a bacia é de 1,58 m³/s ou 1580 l/s.
39
Portanto, para o valor real será necessário 39 (trinta e nove) dispositivos de boca de
lobo tipo guia para suportar a vazão da área de contribuição da microbacia.
O quadro 6 apresenta a vazão para as bocas de lobos do tipo grelha de 0,094 m³/s,
para este tipo de dispositivo foi aplicado o fator de correção de 50%. Com isso tem-se a
vazão real de 0,047 m³/s.
Sendo assim, para a área de contribuição deste estudo, podem ser utilizadas 39
bocas de lobo tipo simples, 34 tipos grelhas ou 17 tipos combinada. Para este estudo,
optou-se por bocas de lobo tipo combinada, dada a dimensão da bacia de contribuição, bem
como a disposição dessas bocas de lobo em áreas consideradas prioritárias, tendo em vista
a inclinação dessas e atendendo à vazão calculada inicialmente, para o dimensionamento,
como demonstrado na figura 25:
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O estudo de caso, na Rua Luiz Prímola, demostra que ela possui dez bocas de
lobos, sendo oito duplas conjugadas e duas combinadas e um poço de visitas, formando o
sistema de microdrenagem. Já o dimensionamento realizado neste trabalho resultou num
total de dezessete elementos do tipo boca de lobos simples e combinadas dispostos no
decorrer da rua Luiz Prímola, tendo em vista que é o ponto onde as curvas de níveis são
mais baixas da bacia de contribuição e onde a galeria de águas pluviais está inserida.
Diante do tema estudado, percebe-se que o tema de drenagem urbana deve fazer
parte do planejamento urbano de uma cidade e com a grande importância de administrar de
forma saudável a ocupação ordenada e organizada de uma cidade. Alguns temas podem
ser abordados como complemento desta pesquisa, como o planejamento e manutenção do
sistema de drenagem de forma eficiente e sustentável, soluções de pavimentos que
permitam uma maior infiltração da precipitação no solo e melhorias na rede de galerias
pluviais, diminuindo as áreas de alagamentos e causando menos transtornos nas cidades.
44
7 REFERÊNCIAS
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