Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
São Carlos
2005
“[...]Eu sou o pão da vida: aquele que vem a
mim não terá fome e aquele que crê em mim
jamais terá sede[...]Esta é a vontade de meu
Pai que me enviou: que todo aquele que vê o
Filho e nele crê, tenha a vida eterna; e eu o
ressuscitarei no último dia.”
João 6: 35-40
Dedico este trabalho aos meus pais José Dimas de Barros e Neuza
Mambeli Barros, exemplo de caráter, perseverança, dignidade e
honestidade, sem os quais eu não chegaria aqui. A eles obrigada pelo
amor, dedicação e exemplo de uma vida inteira. Orgulho-me de ser sua
filha. Ao meu irmão Maurício César de Mambeli Barros pelo grande
exemplo, incentivo e apoio especialmente no início desta jornada.
RESUMO
ABSTRACT
Since 2002, the Municipality of São Carlos, SP, Brazil (PMSC) is developing a
Master Plan, thereby pursuing the guidelines for flood preventing and controlling.
However, the present scenario shows expensive, on-site anti-flood works in São Carlos.
Due to the absence of previous watershed planning, the area around the Municipality
Market (MMSC) is continuously threatened by overspilling inundation events in the
floodplain of the Gregorio River. Aim of this work is to provide supporting information
to decision-making in the Master Plan using structural and nonstructural measures, as
flood zoning of risk-prone areas. Critical flood events that produced inundation at
MMSC were identified interviewing inhabitants living in these urban risk-areas. Those
critical events were simulated with runoff-stormflow transformation and wave routing
by the concentrated model IPHS-1 and the distributed model HIDRORAS, which
results were compared. Input data were calibrated from monitored flood events.
Uncertainties inherent to each model were identified. Results depict initial yardsticks for
flood mapping to be included in the Master Plan agenda. Structural measures of
flooding control, consisting in a retention basin without excavation, and non-structural
measures, as increase of the infiltration area, were investigated. It came out that for
urban watersheds as the Gregório basin, changes in the flow patterns due to urban paths
are better represented by the distributed model HIDRORAS. However, a portion of
uncertainties for this model, like the influence of soil’s saturated hydraulic conductivity
still remain.
Keywords: distributed model, concentrated model, flooding mapping, urban watershed,
master plan, São Carlos,SP.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP)
iii
LISTA DE FIGURAS
Figura 46a- Curva-chave para seção de controle E5, montante do MMSC, na 119
bacia do Gregório (extrapolação pelo Método de Stevens).
Figura 46b- Curva-chave para seção de controle E5, montante do MMSC, na 119
bacia do Gregório (extrapolação pelo Método de VxA).
Figura 47a - Curva-chave para seção de controle próxima ao MMSC aferida por 120
MACHADO (1981) e extrapolada neste estudo pelo Método de Manning.
Figura 47b- Curva-chave para seção de controle próxima ao MMSC aferida por 120
MACHADO (1981) e extrapolada neste estudo pelo Método de Stevens.
Figura 48: a (esquerda)- Precipitação utilizada para calibração (06/02/00) e b 121
(direita)- Comparação entre Hidrogramas Observado (SILVA, 2003) e
Simulado, para evento em 06/02/2000.
Figura 49: a (esquerda)- Precipitação utilizada para calibração (26/01/00) e b 122
(direita)- Comparação entre Hidrogramas Observado (SILVA, 2003) e
Simulado, para evento em 26/01/2000.
Figura 50: a (esquerda)- Precipitação utilizada para calibração (06/02/00) e b 122
(direita)- Comparação entre Hidrogramas Observado (SILVA, 2003) e
Simulado, para evento em 06/02/2000.
Figura 51: a (esquerda)- Precipitação utilizada para calibração (11/02/00) e b 122
(direita)- Comparação entre Hidrogramas Observado (SILVA, 2003) e
Simulado, para evento em 11/02/2000.
Figura 52 - Imagem da CLASS 1 proposta para simulação com o modelo 126
distribuído.
Figura 53- Imagem da CLASS 2 proposta para simulação com o modelo 127
distribuído.
Figura 54- Imagem da CLASS 3 proposta para simulação com o modelo 127
distribuído.
Figura 55- Imagem da CLASS 4 proposta para simulação com o modelo 128
distribuído.
Figura 56- Imagem da CLASS 5 proposta para simulação com o modelo 128
distribuído.
Figura 57a- Sub-bacia do Córrego do Gregório. Fonte: CDCC/USP (2002) 130
Figura 57b – Discretização da bacia do Córrego do Gregório, enfatizando a 130
região de MMSC.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP)
vii
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Proposta de Zoneamento – Coeficientes. Fonte: PREFEITURA 25
MUNICIPAL DE SÃO CARLOS (2003 a) – Modificado.
Tabela 2 – Resultados dos parâmetros ajustados. Fonte: GERMANO et. al 40
(2001).
Tabela 3- Valores dos parâmetros CN para diferentes tipos de ocupação 44
urbana Fonte: United States Department of Agriculture (1986).
Tabela 4- Correção dos valores de CN de acordo com a umidade 46
antecedente. Fonte: TUCCI (1996).
Tabela 5- Valores do parâmetro Rmax. Fonte: CRAWFORD & LINSLEY 57
apud TUCCI (1998).
Tabela 6 – Parâmetros da equação de Horton (FITCH et al apud TUCCI , 58
1998).
Tabela 7- Limites dos parâmetros do modelo IPH II. Fonte: 59
COLLISCHONN & TUCCI (2001).
Tabela 8 – Datas e horários de eventos de inundações críticas na MMSC 111
registradas pelo proprietário da “Padaria Caiçara”, bacia do Gregório, São
Carlos, SP
Tabela 9- Aferições de velocidade e altura do nível d’água. Fonte: SILVA 116
(2002)
Tabela 10 – Valores de Am e Pm para a seção natural em E5 (interior da 118
seção).
Tabela 11 – Valores de Am e Pm para a seção natural em E5 (com 118
extravasamento da seção).
Tabela 12– Valores de Am e Pm para a seção em MMSC. 118
Tabela 13 – Valores de CN para as cinco classificações 124
Tabela 14 – Valores de Área Impermeável (AINP) para as cinco 124
classificações
Tabela 15 - Categorização do solo de acordo com cada classificação. 126
Tabela 16 – Parâmetros das Bacias (BEs) para o modelo IPH II, adaptado 132
de SILVA (2003).
Tabela 17 – Característica para os trechos (T) ao modelo IPH II, conforme 133
Figura 48a e 49b.
Tabela 18 –Trechos Canalizados (TCs), afluentes ao Córrego do Gregório, 133
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP)
xii
LISTA DE SÍMBOLOS
tc Tempo de Concentração
P Precipitação Total Acumulada
Q Volume Superficial Acumulado
Ia Perdas Iniciais
S Estado de umidade da camada superior do solo
hp Altura Precipitada
hq Altura da Lâmina Escoada
tp Tempo de Pico
tr Tempo de Recessão
A Área de Drenagem
L Comprimento Hidráulico
y Declividade
Mc Porcentagem de Áreas Canalizadas
Rmáx Reservatório que tem a capacidade Rmáx
E Evapotranspiração
Smax Capacidade máxima de umidade da camada superior do solo
AINP Parcela da bacia com áreas impermeáveis
I Infiltração
T Percolação
Ib Capacidade de infiltração quando o solo está saturado
I0 Capacidade de infiltração do solo quando a umidade é S0
k Parâmetro que caracteriza o decaimento da curva exponencial de
infiltração e depende das características do solo
S0 Capacidade de campo, ou o estado de umidade do solo quando inicia a
percolação.
Ai Área compreendida entre duas isócronas adjacentes
ks Tempo médio de esvaziamento do reservatório
∝ Coeficiente de depleção
O Vazão em canais (Muskingum)
S Armazenamento (Muskingum)
y Profundidade (Muskingum)
Q Vazão de saída do trecho (Muskingum)
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP)
xvii
g Aceleração da gravidade
zj,i Cota de nível de água da célula i
Qi,k Vazão de transferência entre a célula i e uma célula k adjacente
Qencosta Vazão que entra na célula i quando esta tem interface com áreas de
montante tipo encosta
∆Zf Diferença entre as cotas de fundo das células
∆x Distância entre os centros das células
Am Rh
1
2 Fator geométrico da calha do rio
SUMÁRIO
RESUMO i
ABSTRACT ii
LISTA DE FIGURAS iii
LISTA DE TABELAS xi
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS xiv
LISTA DE SÍMBOLOS xvi
1. INTRODUÇÃO 01
1.1. Motivação 04
2. OBJETIVOS 07
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 09
3.1. Base Conceitual 09
3.2. Histórico sobre a Sub-bacia do Córrego do Gregório 11
3.2.1. Estudos sobre a Sub-bacia do Córrego do Gregório 19
3.2.2. Plano Diretor do Município de São Carlos(PDSC) 23
3.3. Gestão de Recursos Hídricos 27
3.3.1. Gestão e Monitoramento em bacias urbanas 31
3.3.2. Bacia Escola 35
3.4. Modelos Hidrológicos 37
3.4.1. Modelo concentrado IPHS-1 37
3.4.2. Modelos de Propagação – Muskingum 59
3.4.3. Modelo distribuído HIDRORAS 64
3.5. Sistemas de Informações Geográficas (SIG) 72
3.5.1. Métodos de calibração e validação 79
3.5.2. Aplicação do SIG em conjunto com Modelos Hidrológicos 80
3.5.3. Efeito da variabilidade espacial e temporal da precipitação 88
3.6. Modelamento em bacias urbanas 91
3.6.1. Simulação com medidas de controle 97
3.7. Conclusões sobre a revisão bibliográfica 103
4 . METODOLOGIA 105
4.1. Considerações iniciais 105
4.2. Área de estudo 105
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP)
xx
1. INTRODUÇÃO
A recompilação dos dados da área de estudo deu-se por meio do uso de softwares
de Sistemas de Informações Geográficas (SIG), como proposta de auxiliar a sociedade
nas tomadas de decisão quanto a conservação dos recursos hídricos em nível de sub-
bacia urbana e potencializar a participação da sociedade nos comitês de Bacias
Hidrográficas. Também objetivou servir de apoio às ações da Defesa Civil, uma vez que
não apenas está fornecendo um produto tecnológico à Sociedade, mas durante todo o
desenvolvimento do projeto, ele foi amparado por reuniões com a Sociedade, Defesa
Civil, SAAE, Secretaria de Planejamento e outros órgãos correlatos.
O capítulo 2 apresenta uma grande questão a ser esmiuçada e desvendada neste
estudo. Na sub-bacia do Córrego do Gregório, a aplicabilidade de medidas estruturais e
não-estruturais de controle - combinadas ou não – onde irão agir de forma mais eficaz
no controle de inundações e quais deveriam ser as adequadas dimensões e limitações
destas referidas medidas de controle de enchentes?
Assim, no capítulo 3 este trabalho apresenta uma revisão bibliográfica que
abrangem fundamentos e estudos de modelamentos hidrológicos concentrados e
distribuídos e medidas estruturais e não-estruturais de controle de inundações, bem
como a análise da gestão de recursos hídricos, para embasamento teórico dos objetivos
desta Tese.
No capítulo 4 são apresentadas as metodologias utilizadas para execução,
calibração e análise dos modelos concentrados e distribuídos e dados disponíveis acerca
da bacia.
Os resultados são apresentados no capítulo 5, consistem em simulação de vazões,
obtenção de cotas de descarga para cada modelo e uma análise comparativa entre estes.
As conclusões, avaliadas no capítulo 6, abrangem tópicos como a gestão da sub-
bacia do córrego do Gregório e recomendações para o PDSC. Nos anexos estão as
chuvas de projeto, os mapeamentos de inundação para cada simulação e demais
informações, como vazões simuladas para os modelos.
1.1. Motivação
2. OBJETIVOS
3. Revisão Bibliográfica
Major José Ignácio de Camargo Penteado [ 1843-1915 ] e seu irmão Theodoro Leite
de Camargo Penteado , chegam de Capivary a caminho de Araraquara , a fim de
comprar terras em Gavião Peixoto , param em São Carlos , que era ponto de pouso.
Foram então convidados a caçar porco do mato , abundantes na região , embora
grandes apreciadores deste tipo de caçada , rejeitaram o convite , por saberem em
terras ilegalmente apossadas por Gregório (.. ) “
2 - Cincinato Braga (1864-1953), filho do saquarema e luminar do Partido
Conservador Domingos José da Silva Braga [os Braga estabelecem-se em São Carlos do
Pinhal no final dos 60] informa que Carlos José Botelho (1778-1854), o Botelhão, ao
demarcar " (..) sua sesmaria , encontrara , habitando a margem do riacho que corta
agora a rua São Carlos , um intruso de nome Gregório de tal. Deste veio para ao
riacho a denominação de Água do Gregório , tão desconhecido hoje dos são-carlenses
(..) ". A demarcação da sesmaria do Pinhal efetiva-se em 1831; a venda de terras do '
Mello ' a Jesuíno de Arruda em 1855.
3 - Crônica de Gontardi Gulla publicada em ' O Correio de São Carlos
“[09/11/1952] informa a seguinte versão:
“(..) O guarda-trens , ao passar rente ao estafado viajor , recolheu-lhe o
bilhete, em sinal de que , dentro em breve minuto , deveria desembarcar na próxima
parada .
Enfim, São Carlos, outra cidade que se levanta às margens da paulista linha
férrea, e aponta entre as principais localidades do interior bandeirante.
Terras das vertigens culturais, assoma na planície, alcocorada numa colina
suave, levemente, risonha, sempre cantante nas cores das engalanações de que se
reveste sua natureza , com suas vegetações e linfas , no ósculo perpétuo dos ventos
integrantes da rosa geográfica , traduzido na frescura perene do clima privilegiado ,
ameno , transparente e salutar , que envolve os balouços murmurantes e ociosos das
cabeleiras ondulantes das primaveras e outros séquitos de flores , nas modulações de
seu regaço.
Por tanta nobreza pictórea brindaram-na com o cognome de cidade sorriso.
Copioso nas cultuações variegadas do sapiente e do belo, ascenderam-na à
alta constelação, que brilham em primeira plana suas congêneres; e marcante nos
impulsos tremulantes da bandeira de suas tradições , que a enobrecem e perduram no
bimbalhar solene , no campanário do peito dos seus filhos , faz evolar por todos os seus
providoiros bandeirantes.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 13
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
violões ' choraram ', dedilhados pelos cantores melódicos , às janelas baixas das
residências humildes. Dom Pedro II , por exemplo , ali exerceu , quando visitou a
cidade [ 05-06 / 11 / 1886 ] , a sua perícia venatore ; e Amadeu Amaral , Elmano
Tosma [ Manoel Mattos ] , João Doreto , e tantos outros , mais tarde ainda , ali
recitaram os seus poemas , na ternura de seu éstro , exaltando a inspiração.
Ao lado disso, porém, o ' Gregório ' também foi traição, foi morte. Nas suas
enchentes, semelhou-se a Maelstron faminto, engolindo vidas, em seu seio lamacento,
revoltado.
Nesses momentos, parecia-se o pithon famélico, enraivecido e violento,
curvando o dorso, como o de certas almas retorcidas, à procura de vítimas, na
aparência hipócrita do mal; embarcando o bem. E assim continua até hoje,
transbordando a qualquer chuva, lambendo residências e assustando gente, no
vorticismo insaciável de matar, a iminência de uma tempestade qualquer.
Agora o Gregório vai perder as curvas e os buracos à maneira de pontes, por
onde passa, vão ser realmente pontes, oferecendo segurança (..) Em resumo: o '
Córrego ' histórico , dos poetas e caçadas , dos ictiólogos mirins , das enchentes e da
morte , vai ser modernizado (..) E com isso , o perigo desaparecerá , e o velho '
Gregório ' das traições , das serenatas e da lama , passar a ser , realmente , lombada
de um livro , reta como deve ser (..) "’
O Córrego do Gregório perdeu curvas e foi canalizado, conforme pode ser
observado nas figuras 1 a 6. Nestas mesmas figuras, gentilmente cedidas pela
PREFEITURA MUNICIPAL DE SÃO CARLOS, na pessoa do Eng. Flávio Michelone,
podem também ser observados alguns eventos de enchentes.
1
comunicação pessoal com o Sr. Pedro Luiz Caballero
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 20
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
urbano da cidade de São Carlos-SP. Para tal, foram introduzidas várias modificações no
modelo hidrológico determinístico urbano desenvolvido por Machado (1981). Os efeitos
da urbanização foram simulados por meio de quatro condições de impermeabilização,
da intensidade de precipitação através de quatro períodos de retorno. Foi de grande
interesse a variação da posição da célula convectiva sobre a bacia. Assim, o modelo de
precipitação foi baseado nos dados de estrutura celular de precipitação convectiva com
alteração de sua posição. Foram observadas grandes alterações nas respostas das bacias
de acordo com o posicionamento da célula convectiva. A vazão de pico, correspondente
a 10 anos de período de retorno, apresentou um acréscimo de 20%, devido a um
aumento de impermeabilização de 1980 a 1990.
Sobre a variação do posicionamento da célula de precipitação e seus efeitos
sobre a vazão como resposta da bacia de drenagem, são interessantes os trabalhos que
constam posteriormente neste mesmo capítulo (Shing, 1998 e Shing & Woolhiser,
2002).
Os resultados de Barbassa (1991) permitiram constatar os efeitos da urbanização
devido ao seguinte cenário: máximas vazões de pico para os quatro períodos de retorno
(5, 10, 20 e 50 anos) calculadas na seção do mercado municipal e produzidas pela faixa
de precipitação localizada nos nós denominados 10 ao 39, na bacia do Córrego do
Gregório. Por exemplo, de 1980 a 1990 houve elevação na vazão de pico de
aproximadamente 10 m3/s, ou 20% em relação a 1980. Esta transformação da bacia fez
com que uma vazão produzida por uma precipitação de 10 anos de período de retorno
em 1980, fosse correspondente a uma descarga provocada pela precipitação de 5 anos
de período de retorno em 1990.
Ainda sobre o prognóstico de cenários de urbanização com o uso do modelo
Storm Water Management Model (SWMM) modificado por Machado (1981) e
aprimorado por Barbassa (1991), Queiroz (1996) e Queiroz & Souza (1997)
contemplaram a análise da influência da urbanização, considerando a legislação
pertinente – no entanto, ainda sem observar as diretrizes do PDDUSC – e as medidas
clássicas citadas em livros de hidrologia, sobre os processos intervenientes no
escoamento superficial, com a finalidade de formar um sistema de suporte a decisão
aplicável no planejamento urbano, tendo como área de estudo parte da bacia do
Gregório, São Carlos-SP. Isto foi feito com o auxílio do Sistema de Informações
Geográficas (SIG) TOSCA para tratamento dos dados de entrada e o SIG-IDRISI® para
processamento do modelo hidrológico tipo determinístico. Como resultado, Queiroz
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 21
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
(1996) indicou que, em uma bacia, medidas não-estruturais podem ser eficientes na
redução do volume escoado e na atenuação de vazões de pico. De acordo com o autor,
algumas medidas mitigadoras quando adotadas em conjunto podem, de forma
significativa reduzir as descargas de deflúvio. Estas medidas incluem conservação de
áreas verdes, faixas de proteção às margens do córrego e manutenção das condições
naturais da calha do curso de água.
As principais diferenças entre os cenários estudados por Queiroz (1996) que
utilizou o modelo de Barbassa (1991) para modificação dos lotes urbanos, foram:
• SITUAÇÃO 1: na qual os lotes residencial / comercial possuíam 20% de sua
área permeável, sendo esta porção coberta por chão batido. A categoria industrial com
área permeável de 25%, também com cobertura de chão batido;
• SITUAÇÃO 2: quando os lotes residencial / comercial e industrial possuíam
30% e 35%, respectivamente, de área permeável, cuja cobertura do solo foi considerada
gramado;
• MEDIDA 1: os lotes residenciais e comerciais teriam 40% de área
permeável, com cobertura de solo considerados grama.
A figura 10 representa o hidrograma resultante dos cenários: SITUAÇÃO 1,
SITUAÇÃO 2 E MEDIDA 1 aplicadas à bacia do Gregório, na seção do mercado
municipal, para TR= 50 anos.
W E
SW SE
De acordo com o Projeto de Lei Projeto de Lei que instituiu o Plano Diretor
do Município de São Carlos (SÃO CARLOS, 2003), Capítulo III – da Ocupação do
Solo, Seção I – dos Coeficientes de Ocupação, Artigo 155: “O Coeficiente de Ocupação
(CO) é a relação existente entre a área projeção da edificação no solo e a área do
terreno”. Esse projeto de Lei, em seu Artigo 156 descreve que:
“Os Coeficientes de Ocupação (CO) para cada zona do território do
Município são os seguintes:
I. Na Zona de Ocupação Induzida - Zona 1, o Coeficiente de Ocupação (CO)
é igual a 70% (setenta por cento);
II. Na Zona de Ocupação Condicionada - Zona 2, o Coeficiente de
Ocupação (CO) é igual a 70% (setenta por cento);[...]
VI. Na Zona de Proteção e Ocupação Restrita – Zona 5A, o Coeficiente de
Ocupação (CO) é igual a 20% (vinte por cento)”.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 26
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
enchente usada para coleta de dados, foi encaminhada aos decisores, ao público e a um
painel de especialistas. Estas informações obtidas foram analisadas focadas: em
medidas mitigadoras de enchentes apropriadas em situações particulares e na habilidade
dos decisores em visualizar esses feitos e seus custos, entre outros. Os resultados
demonstraram que a percepção do risco de enchentes pelo público em geral não foi
realista e o conhecimento ganho poderia ser usado para o desenvolvimento de uma
Política de avaliação de enchentes baseada em princípios participativos. Isto revelou a
necessidade de identificar-se a distribuição espacial dessa parcela da sociedade no
contexto da inundação, suas expectativas sobre a comunicação do risco e métodos de
aprimoramento dos processos decisórios relativos à inundações.
Sobre o futuro da participação social na gestão de Recursos Hídricos, Sousa Jr.
(2003b) descreveu que o avanço dos trabalhos da sociedade civil nos comitês de bacia,
assim como sua emancipação da tutela governamental, podem determinar a
consolidação do sistema de gestão dos recursos hídricos no Brasil. Para apoiar tal
processo torna-se necessário o investimento em atividades de: formação (que
capacitaria tecnicamente indivíduos e entidades para a gestão), informação (para
amplificar as ações e iniciativas deliberadas), ampliação do poder na base social (o
que é uma tradução de empowerment, que talvez pudesse ser dito “capacitação da base”,
ou seja, um neologismo) e visibilidade (para deixar claro o caráter ético e de
transparência, necessário à gestão preconizada pelo sistema). Além disto, o autor (op.
cit.) acredita ser preciso estabelecerem-se mecanismos de participação que garantam
representatividade e legitimidade nos colegiados descentralizados de gestão dos
Comitês de Bacia, para impedir a hegemonia corporativa de grupos de interesses
privados.
Isto também é preconizado por Zatz (2003) que referiu o fato de os programas de
capacitação, formais ou informais e para todos os níveis: usuários, instituições,
universidades, técnicos profissionais ligados à questão a serem meios de envolver,
comprometer e desenvolver capacidades humanas, com o propósito de preparar
comunidades de usuários, entidades públicas e universitárias para participarem das
atividades de planejamento e de gestão de água com mentalidade e capacidade de
vislumbrar sucessos e não simplesmente, corrigir insucessos.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 31
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
Hidrosolidariedade
Bacia Escola Gerenciamento
Inovação:
participação social de Comitês de
Bacias
Neste sentido, Tucci & Villanueva (1999) reportaram que uma combinação de
medidas estruturais e não-estruturais – como mapeamento de enchentes – para o
controle de enchentes foi proposta para minimizar os impactos por enchentes nas
cidades de União da Vitória-PR e Porto União-PR. Estes autores propuseram
modificações na legislação municipal de solo urbano, que incluem novas restrições de
uso do solo, algumas delas como incentivo ao cumprimento do zoneamento de
enchentes, e também, sugeriram algumas regras preventivas para evitar o aumento do
escoamento superficial devido à urbanização. Deste modo, a solução proposta foi o
desenvolvimento de uma nova planta urbana em direção à áreas mais seguras, uma vez
que os baixos custos e impactos ambientais de medidas não estruturais geralmente
trazem maiores benefícios à comunidade em relação à medidas estruturais. Este
conceito de zoneamento de enchentes foi introduzido em países desenvolvidos, como os
Estados Unidos (Faisal et al., 1999), no qual o solo é categorizado com base no risco de
inundação.
Assim, Depettris et al. (2000) no estudo de estratégias de defesa contra enchentes
na confluência dos rios Paraná-Paraguai preconizaram algumas propostas para medidas
legais não-estruturais, a saber: regras claras baseadas na avaliação do risco de enchente
e vulnerabilidade urbana a enchentes; aplicação dessas regras em planícies de inundação
sob supervisão de autoridades legais; identificação dos usos do solo adaptados ao risco
de enchentes, com atividades alternativas de produção.
Estes autores mencionaram que, conseqüentemente, o uso do solo de áreas
inundáveis nas províncias da Argentina envolveriam o zoneamento estruturado, com
cartografia do terreno que comportaria mapas de riscos hidrológicos, e estabeleceriam
não somente as zonas interditadas (a linha ao lado do rio), as áreas com severas
restrições, as áreas parcialmente restritas e as áreas de advertência mas, também,
cumpririam considerações legais referidas ao Art. 2750 do Código Civil Argentino que
descreve que “[...] após a definição da linha de costa, a linha ao lado do rio e linhas de
lagoa, a administração da Província deve fazer sua respectiva demarcação[...]”.
No entanto, este desenvolvimento de uma nova planta urbana em direção à áreas
mais seguras, anteriormente preconizado, parece ser de difícil execução prática, uma
vez que não apenas necessitaria verbas para desapropriação, como haveriam problemas,
pois as estruturas sociais e espaciais já estão plenamente estabelecidas.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 39
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
Relativamente aos parâmetros de entrada do modelo IPH II, Germano et. al (2001)
apresentaram a estimativa dos parâmetros deste modelo para algumas bacias urbanas
brasileiras. Dentre estas bacias, elas a do Córrego do Gregório, São Carlos-SP. Para
tentar estabelecer uma relação entre os parâmetros dos algoritmos de escoamento tc e ks
e as características das bacias, foram testadas várias regressões com os valores
ajustados, e as melhores estão apresentadas nas equações (1) e (2). O tempo de
concentração obteve boa correlação com a declividade, como expresso nas equações de
escoamento uniforme usadas na determinação de tc. Segundo os autores, os resultados
obtidos nas regressões não apresentaram melhor correlação com a declividade,
provavelmente porque, neste caso, L e a área impermeável IMP já explicariam parte
desta variável. A tabela 2 apresenta um resumo dos parâmetros e sua variação para a
sub-bacia do Córrego do Gregório.
L0, 0882
t c = 18,628 ; R 2 = 0,815 (1)
IMP 0, 272
L1,063
k s = 24,058 ; R 2 = 0,806 (2)
S 0,126 IMP 0,549
Os resultados com I0, Ib, h (médios), tc=f(L, IMP) e ks=f(L,S, IMP) estão
representados no gráfico da figura 13. O erro médio na estimativa dos picos para a bacia
do Córrego do Gregório é de 16%, quando utilizados os valores de I0, Ib, h (médios), e tc
e ks das funções.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 41
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
= (5)
hp (h S )⋅ (h S + 0,8)
p p
f 2 = 1 − M c .K (11)
3.4.1.2. IPH II
2
BERTHELOT, R. (1970). Curso de Hidrologia Sintética. Mestrado em Hidrologia Aplicada IPH-UFRGS. apud TUCCI (1998).
3
TUCCI, C. E. M. (1979). Análise de sensibilidade dos parâmetros do algoritmo de infiltração. Anais. III SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE HIDROLOGIA, Brasília apud TUCCI (1998).
4
TUCCI, C. E. M.; ORDONEZ, J. S.; SIMÕES, M. L. (1981) Modelo Matemático Precipitação-Vazão IPH II Alguns Resultados.
Anais IV Simpósio Brasileiro de Recursos Hídricos. ABRH Fortaleza apud TUCCI (1998).
5
TUCCI, C. E. M.;CAMPANA,N. (1993).Simulação Distribuída com IPH II, nova versão. In: X Simpósio Brasileiro de Recursos
Hídricos e I SIMPÓSIO DE RECURSOS HÍDRICOS DO CONESUL, ABRH, Gramado, v. 3, p.494-495 apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 49
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
EP(t ).S (t )
Es (t ) = (13)
S max
onde;
Es(t) – evapotranspiração da superfície no tempo t;
EP(t) – evapotranspiração potencial;
S(t) – estado de umidade da camada superior do solo;
Smax-capacidade máxima de umidade da camada superior do solo;
t- tempo.
A infiltração pode ser obtida pela equação de Horton e a percolação pela equação
(15) proposta a seguir.
I (t ) = I b + ( I 0 − I b )h t (15)
T (t ) = I b (1 − h t ) (16)
onde:
Ib – capacidade de infiltração quando o solo está saturado;
I0 – capacidade de infiltração do solo quando a umidade é S0;
h = e −k ;
k – parâmetro que caracteriza o decaimento da curva exponencial de
infiltração e depende das características do solo;
Na equação (14) são substituídas as equações (15) e (16) e após é feita a
integração no intervalo t=0 até t, o que resulta na equação (17).
I0 t
S = S0 +
ln h
(
h − 1) ) (17)
onde:
S0 – capacidade de campo, ou o estado de umidade do solo quando inicia a
percolação. Neste modelo, S0 é adotado igual a zero.
Nas equações (15) e (16), o termo ht é isolado e, então, é substituído na equação
(17), o que resulta em duas equações que relacionam o armazenamento com infiltração
e percolação.
S (t ) = ai + bi I (t ) (18)
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 51
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
S (t ) = bt ⋅ T (t ) (19)
onde:
2
− I0
ai =
ln h( I 0 − I b )
I0
bi =
ln h( I 0 − I b )
− I0
bt =
ln h.I b
Na figura 20, são apresentadas as funções obtidas. Tucci (1998) alerta que o tempo
da equação de infiltração não é o tempo da simulação, e o algoritmo de cálculo é obtido
pelas alternativas descritas a seguir (figura 21a, 21b e 21c).
V p = S (t ) − S (t + 1) + Vi (22)
6
CLARK, C. D. (1945). Storage and Unit Hidrograph, ASCE Trans. Vol 100, pp 1416-1466 apud TUCCI (1998).
7
CLARK, C. D. (1945). Storage and Unit Hidrograph, ASCE Trans. Vol 100, pp 1416-1466 apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 54
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
onde:
r=1, para t<n;
r=t-n+1 para t>n;
n – número de ordenadas do histograma tempo-área;
fp(i) – f(i) (1-∝I);
fm(i)=∝i.fi
∑P A
i =1
i i
Pm = n
(27)
∑A
i =1
i
dS
= Vs − Qs (29)
dt
onde:
ks – tempo médio de esvaziamento do reservatório
dQs
ks + Qs = Vs (30)
dt
Qs (t + 1) = Qs (t )e −t k s + Vs (t + 1)(1 − e −t k s ) (31)
Tucci (1998) referiu que este modelo pode ser ampliado no caso de existirem seções
de escoamento com extravasamento de calha, porém ks deve ser diferente (figura 24)
entre o leito menor (ks1) e o leito maior (ks2). As equações (28) a (31) são usadas com o
valor de ks variando com o nível ou vazão, isto é para Q>Q1, ks=ks2; para Q<Q1, ks=ks1.
Porém, na transição o sistema não é linear e o sistema de equações (30) fica de acordo
8
ZOCH, R. T. (1934). On the relation between rainfall and streamflow. In: US DEPARTAMENT OF COMMERCE, MONTLHY
WEATHER REVIEW, Part I v. 62, pp. 315-322 apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 56
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
k s (t ) − ∆t / 2 V (t + 1) + Vs (t )
Qs (t + 1) = Qs (t ) + s (33)
k s (t + 1) − ∆t / 2 2k s (t + 1)
−1
∆t
onde:
t e t+1 – indicativos da variável nestes intervalos de tempo.
Os parâmetros utilizados pelo modelo que necessitam serem ajustados são Rmax,
I0, Ib, h, ks, tc e ksub. Rmax representa as perdas iniciais, e varia conforme as
características da bacia hidrográfica, bem como com as condições que antecedem o
evento. Quando as bacias possuem alto grau de urbanização, ou com solos em
condições de saturação, apresentam pequenos valores para este parâmetro. I0, Ib, h são
os parâmetros de separação do escoamento: os dois primeiros definem a capacidade
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 57
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
9
CRAWFORD, M.; LINSLEY, R. (1966). Digital Simulation in Hydrology. Technical Report n. 39, Department of Civil Engineer,
Stanford University apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 58
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
10
FITCH, W.; HARTIGAN, J. P.; YWYANKI, M. (1976). Urban Flooding Response to Land Use Change. In: Anais. NATIONAL
SYMPOSIUM apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 59
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
Tabela 7- Limites dos parâmetros do modelo IPH II. Fonte: COLLISCHONN &
TUCCI (2001).
I0 Ib h ks kbas Rmax Alf
Mínimo 10,0 0,1 0,01 0,01 10,0 1,0 0,01
Máximo 300,0 5,00 1,00 10,00 500,0 5,0 20,0
11
MACCARTHY, G. T. (1939). The Unit Hidrography and Flood Routing. Providence: US Corps of Engineers apud TUCCI
(1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 61
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
∆t
2X ≤ ≤ 2(1 − X ) (40)
K
Alguns autores consideram que, matematicamente, esses limites podem ser
rompidos, gerando, no entanto, vazões negativas, o que seria incoerente. Se o
coeficiente C1 for negativo indica que o intervalo de tempo é muito pequeno comparado
ao tempo médio de deslocamento da onda, para que a vazão de entrada no tempo t+1
tenha influência sobre a vazão de saída neste mesmo tempo. Quando o coeficiente C3 é
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 62
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
onde o primeiro termo do lado direito é o gradiente da área com relação a vazão
para uma seção x0. A derivada total de Q, que é função de t e x, é nula para uma vazão
constante, portanto.
dx − ∂Q ∂t ∂Q ∂t dQ
= = = =c (42)
dt ∂Q ∂x ∂A ∂t dA
A derivada de Q em função de x foi obtida da equação da continuidade (35) com
contribuição lateral nula. Substituindo esta expressão em (41) e esta na equação da
continuidade (35), resulta na equação 42.
∂Q ∂Q
+c =0 (43)
∂t ∂x
A equação 43 é a equação dos modelos de Onda Cinemática e de
armazenamento que usa o conceito da relação biunívoca entre vazão e área. Este mesmo
autor mostrou que a solução original do modelo Muskingum é uma solução numérica
desta equação através do seguinte esquema numérico (equação 44).
∂Q
≅X
(
q tj+1 − q tj )
+ (1 − X )
(
q tj++11 − q tj +1 )
∂t ∆t ∆t
t +1 t +1 t t
(44)
∂Q q j +1 − q j + q j +1 − q j
≅
∂x 2∆x
12
CUNGE, J. A. (1969). On the Subject of Flood Propagation Computation Method (Muskingum Method), Journal of Hydraulic
Research, Delft V7, no. 2, pp. 205-230 apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 63
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
∂Q ∂Q ∂ 2Q
+c =D 2 (46)
∂t ∂x ∂x
Comparando a equação de convecção-difusão (Tucci, 1998) com (43) verifica-se
que o termo da direita aparece devido à discretização numérica. Para que o mesmo
desapareça é necessário que (45) seja igual a zero, ou seja, X=0,5. Este termo é
denominado difusão numérica e produz amortecimento na onda simulada. Tucci (op.
cit.) igualou a difusão numérica ao valor de D obtido da equação de Difusão (difusão
real), transformando, desta forma, o modelo de Muskingum num modelo de difusão.
Após esta igualdade é possível expressar o parâmetro X por
Q0
X = 0,51 − (47)
b0 Soc 0 ∆x
O parâmetro K representa o tempo médio de deslocamento da onda, que é.
∆x
K= (48)
c0
Jones (1981) apud Tucci14 (1996) analisou as características de precisão do
esquema numérico do Modelo Muskingum-Cunge para resolver a equação de difusão e
apresentou as relações entre K/∆t e X para diferentes níveis de erros de amortecimento e
velocidade (figura 26). Nesta figura, no intervalo de X entre 0,2 e 0,5 pode-se ajustar
uma curva que atenda as duas funções dentro da margem de 2,5% de erro. No intervalo
0,2 ≤ X ≤ 0,4 pode-se ajustar uma equação a duas curvas de precisão ideal (49).
13
CUNGE, J. A. (1969). On the Subject of Flood Propagation Computation Method (Muskingum Method), Journal of Hydraulic
Research, Delft V7, no. 2, pp. 205-230 apud TUCCI (1998).
14
JONES, S. B.; (1981). Choise of Space and Time Steps in the Muskingum-Cunge Flood Routing Method. Proceedings Institution
of Civil Engineers, Vol. 71, no.2, pp. 758-772 apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 64
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
∆t
= 3,125 X 1, 25 (49)
K
Para o intervalo 0,4 ≤ X ≤ 0,5 pode-se adotar ∆t/K≈1.
15
JONES, S. B.; (1981). Choise of Space and Time Steps in the Muskingum-Cunge Flood Routing Method. Proceedings Institution
of Civil Engineers, Vol. 71, no.2, pp. 758-772 apud TUCCI (1998).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 65
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
onde:
y 2n +1 - profundidade de água no instante n+1, disponível para escoamento;
H (t ) = i.∆t +
∑ vazões entrada
.∆t + H (t − 1) (56)
áreacélula
Para o intervalo entre t-1 e t, observa-se as seguintes condições (1) e (2).
- Condição (1): H(t-1)=0. Para a condição de superfície inundada, o valor de Csi
da equação 57 é maior que zero.
K .ϕ f .∆θ
C si = P(t ) − Ve (t − 1) − (57)
i (t ) − K
onde:
P(t) – precipitação acumulada no tempo t;
Ve (t-1)- volume acumulado escoado no instante t-1;
i(t) – intensidade de precipitação no instante t.
- Condição (2): H(t-1)>0. Observa-se que a equação 58 tem seu termo Fci
calculado pela equação 59.
C si = P (t ) − Ve (t − 1) − Fci (t ) (58)
F (t )
Fci (t ) − ϕ .∆θ . ln 1 + ci = K .(t − t in + t t ) (59)
ϕ f .∆θ
onde:
tin – tempo de inundação calculado por meio da análise de Csi e Cci depois da
subdivisão do passo de tempo estabelecido;
tt – tempo de trânsito, calculado pela equação 60.
P(t in ) − Ve (t in )
t t = P (t in ) − Ve (t in ) − ϕ f .∆θ ln 1 + K (60)
ϕ f .∆θ
F (t ) = F (t − 1) + i (t ).∆t +
∑ vazões entrada
.∆t + H (t − 1) (61)
áreacélula
F (t ) = Fci (t ) (62)
onde:
n – número de estações;
ci – coeficiente multiquadrático do ponto amostral (xi, yi , hi);
rj – distância entre os pontos (xo, yo , ho) e (xi, yi , hi);
p0 – estimativa da altura precipitada.
Os pesos ci são calculados por meio da resolução do sistema linear obtido
da substituição dos pontos observados na equação 63, e aplicados aos pontos
observados e calculados pela equação 64.
n
1 1
ci =
r02i
∑r
j =1
2
(64)
0i
onde:
h2 – altura da água na célula no final do passo de tempo;
h1 – altura da água na célula no início do passo de tempo;
p – intensidade da precipitação;
f – taxa de infiltração;
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 69
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
∑Q
5 1
afluente b 3 .S 0 2
F (h2 ) = −h2 + h1 + ( p − f ).∆t + .∆t − .∆t (67)
Acélula n.resolução
onde:
F(h2) – nome da função;
h2 − h1
b= −d
2
5
Qefluente =
[(h2 − d ).resolução] 3 1 1
.S 0 2 . (68)
2
[2.(h2 − d ) + resolução] 3 n
como vertedor (eq. 69), para lâminas de água de até 12 cm e como orifício
(equação 70), para maiores que 12 cm.
3
Q = N bueiro .1,71.L.h2 2 (69)
onde;
Nbueiro – número de bueiros na célula;
L – comprimento da soleira.
Q = N bueiro .0,7. Abueiro . 2.g .h2 (70)
onde;
Abueiro = L.hg - área do orifício;
∑Q en cos ta
∑Q
k
i ,k
z 2,i = z1,i + ( p − f ) ∆t + .∆t + .∆t (71)
Acélula Acélula
onde:
zj,i – cota de nível de água da célula i;
Qi,k – vazão de transferência entre a célula i e uma célula k adjacente;
Qencosta- vazão que entra na célula i quando esta tem interface com áreas de
montante tipo encosta.
∑Q en cos ta
∑Q
k
i , k ,1
z 2,i = z1,i + ( p − f ) + .∆t + .∆t + ...
Acélula Acélula (72)
∂Qi ,k ,1 ∆t ∂Qi ,k ,1 ∆t
... + ∑ .( z 2,i − z1,i ). +∑ .( z 2,k − z1,k ).
k ∂z i Acélula k ∂z k Acélula
onde:
∆h – diferença de profundidade d’água entre os centros das células;
∆Zf – diferença entre as cotas de fundo das células;
∆x – distância entre os centros das células.
De acordo com SILVA (2003), o equacionamento das células abaixo da cota
de inundação resulta em um sistema cuja matriz é esparsa e resolvido através de
algoritmo iterativo para solução de sistemas lineares.
Esta célula pode ser definida por Cm,j,m1 e passa a ser a segunda célula computada. A
partir de então analisa-se a célula de jusante Cm,jm1. Esse loop é mantido até ser
encontrada a célula de jusante da célula de rio Cr,1, repetindo-se esse passo para todas as
células de rio (SILVA, 2003).
para bacias hidrográficas com 5.789,16 km2, no Distrito Federal, utilizando técnicas de
geoprocessamento (software ArcView®, da ESRI). Eles verificaram que a fração de
áreas impermeáveis constituiu a mais expressiva variável estudada, e que ao ocorrer um
aumento de áreas impermeáveis decorre um aumento das vazões média e máxima. Os
melhores resultados de estimativas foram obtidos para as vazões médias e máximas, e a
equação que melhor se ajustou para estas vazões foi a potencial do tipo não-linear.
A regionalização de parâmetros de modelo chuva-vazão usando redes neurais,
com base nas características físicas e climáticas mais relevantes das bacias hidrográficas
foi estudada por Diniz & Clarke (2001). Por meio do uso do algoritmo desenvolvido por
Duan et al. (1992), Shuffled Complex Evolution (SCE-UA), foram calibrados os
parâmetros do modelo SMAP versão mensal por processo automático para 14 bacias
hidrográficas localizadas na região Semi-Árida do Nordeste brasileiro. O conjunto de
parâmetros obtidos na calibração foi associado às características das bacias por meio de
uma rede neural. Por sua vez, cada bacia foi omitida do processo de calibração e a rede
neural foi usada para estimar os parâmetros do modelo para cada bacia omitida.
Comparados os parâmetros obtidos calibrando o modelo aos dados daquela bacia e os
parâmetros estimados para cada bacia omitida, verificou-se que eles apresentaram bons
resultados para umas bacias e piores para outras. Os autores atribuíram isto ao fato de as
bacias estarem em regiões com diferenças hidrológicas.
No entanto os próprios autores lembraram que buscar outras características das
bacias para as quais os parâmetros do modelo estão associados pode ajudar no processo
de regionalização. Os parâmetros relacionados ao processo de formação do escoamento
em superfície foram mais sensíveis do que os outros que se associam ao escoamento
subterrâneo, o que é bastante razoável para a hidrologia da região (semi-árida) onde se
localizam as bacias hidrográficas do estudo.
No que diz respeito ao acoplamento de SIG a modelos hidráulico-hidrológicos,
Weng (2001) apresentou um estudo a respeito do impacto da modelagem dos efeitos do
crescimento urbano sobre o escoamento superficial através da integração de
Sensoriamento Remoto (imagens do satélite LANDSAT), SIG e o modelo SCS. Os
impactos do crescimento urbano sobre o escoamento superficial e a relação
precipitação-escoamento foram analisados por uma ligação dos resultados dos dois
modelos com técnicas de análise espacial. Em um estudo de caso aplicado a Zhujiang
Delta, do sul da China, foi revelado que as áreas altamente urbanizadas estariam mais
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 74
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
inundação. Porém, deve-se ser cauteloso em casos onde haja confluência de rios e
córregos.
Neste sentido, De Roo et al. (2000) afirmaram que embora muitos SIGs sejam
muito avançados no processamento e visualização de dados, atualmente eles não são
capazes da execução de modelamento baseado fisicamente. Os autores advertiram que
embora as capacidades do modelamento hidrológico tenham aumentado muito, faz-se
necessário o desenvolvimento de outros métodos de rotas, tal como de onda de difusão.
Para modelamento que utilize imagens em SIG, como um MNT, existem três
principais meios de representação computacional do terreno, que usam: grades
retangulares de pontos; redes irregulares trianguladas Trianguled Irregular Network
(TIN); e contornos. No modelo TIN a superfície é modelada como um conjunto de
facetas de triangulares adjacentes não sobrepostas, cujos vértices estão localizados
adaptativamente aos locais em que a declividade modifica-se abruptamente (Franco,
1997). Os TINs são mais bem aplicados para terrenos urbanos porque eles permitem a
colocação arbitrária de pontos de elevação e capturam melhor as alterações abruptas no
terreno tais como aquelas associadas a superfícies construídas.
Existem três maneiras para o modelamento com ambiente SIG: acoplamento
solto, acoplamento colado e acoplamento incluído (Wesseling et al., 1996 apud De Roo
et al.16, 2000). No acoplamento solto, o SIG é utilizado para pré-processar os dados
espaciais dentro de um formato de arquivo de entrada do modelo desejado e pós-
processa a saída do modelo. Nos modelos de acoplamento colado e SIG, a entrada do
modelo e a saída podem ser diretamente direcionadas pelo SIG. No acoplamento
incluído, o modelo é escrito em uma linguagem de programação integrada.
Para desenvolvimento da planície de inundação têm sido empregados vários
métodos. Werner (2001) para cálculo da extensão e profundidade da inundação utilizou
uma metodologia baseada em níveis de água calculados com um modelo de fluxo
unidimensional e um método de interpolação estendido de distância inversa. Para tanto,
foi aplicado um algoritmo para investigar se uma célula com profundidade de água
maior que zero, seria conectada ao canal principal por qualquer rota possível. Pela
subtração da elevação do terreno da superfície do nível de água, uma “primeira certeza”
para extensão do mapa de inundação seria criada através da retenção de todas as células
da rede com profundidade maior que zero e todas as outras células seriam alocadas a
16
WESSELING, C. G.; KARSSENBERG, D. J., BURROUGH, P. A.; VAN DEURSEN W. P. A. (1996). Integrated Dynamic
Environmental Models in GIS: the Development of a Dynamic Modeling Language, Transactions in GIS, Vol. 1 (1), pp. 40-48.
apud DE ROO et al. (2000).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 78
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
Choi & Ball (2002), em uma bacia com 132,7 ha, utilizaram o SIG ArcInfo em
conjunto com técnicas de otimização visando inferir parâmetros de controle
espacialmente variáveis para uso no sistema de modelamento de bacias hidrográficas
Storm Water Management Model (SWMM). A profundidade de fluxo foi monitorada
por meio de uma sonda ultra-sônica que foi convertida em descarga de fluxo, usando
uma curva-chave determinada por um modelo físico do canal de água de chuva e fluxos
medidos. Os autores referiram que o método proposto foi capaz de proporcionar
acurados parâmetros de controle espacialmente distribuídos para implementação com
sistemas fisicamente baseados em modelamento de bacias hidrográficas.
Discussões a respeito de utilização de sonda ultra-sônica no canal do Córrego do
Gregório levaram à conclusão de que seu uso seria inadequado para esta aplicação pois,
neste Córrego em eventos de seca não haveria fluxo suficiente, o que levaria à
necessidade de construção de dispositivo para proteção e desvio do fluxo para aferição,
o que poderia afetar os resultados. Em eventos de cheia, com velocidade de fluxo
demasiadamente alta, haveria risco de a sonda ser carreada pelo fluxo de água. (Porto,
200317).
Como alternativa à utilização de sonda ultra-sônica e curva-chave para calibração
e validação de modelos hidráulico-hidrológicos, no trabalho de Townsend & Walsh
17
comunicação pessoal com o Prof. Dr. Rodrigo de Melo Porto
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 80
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
inundação devido a pontes existentes sobre o canal. Este impacto poderia ser controlado
através da reforma dessas pontes (CAMPANA & TUCCI, 2000).
Isso é muito comum em áreas urbanas onde existem pontes subdimensionadas
no que diz respeito à vazão em eventos críticos, onde ocorrem estrangulamentos do
fluxo.
Para inserção correta de dados de coeficientes de escoamento, tal como o CN no
modelo de separação de escoamento superficial SCS, é necessário conhecer-se bem
como estes se comportam em uma bacia específica de acordo com o seu grau de
urbanização.
Neste sentido, utilizando-se igualmente da mesma rede de monitoramento
supracitada do Projeto Dilúvio, para a bacia do Dilúvio, SILVEIRA (2000) também
realizou uma avaliação sobre os impactos da urbanização nessa bacia, em Porto Alegre-
RS. Os resultados demonstraram que os coeficientes de escoamento (obtidos através da
análise exclusivamente dos eventos de cheia selecionados pelo autor) evoluíram em
função do aumento da taxa de urbanização de acordo com os gráficos da Figura 31.
A importância deste trabalho residiu no fato de ser possível estabelecer uma lei
de variação das taxas impermeáveis com a urbanização, bem como com o já discutido
trabalho de Fontes & Barbassa (2001), subsídios para prognósticos de cenários de
urbanização e planejamento.
Porém, no modelamento hidrológico de precipitação-vazão, especialmente em
modelos distribuídos, torna-se necessário detalhamento espacial de fenômenos e
processos físicos. Porém, na maior parte das bacias brasileiras, dificilmente existe
registro de dados medidos. Faz-se necessário, então, usar modelos hidrológicos
distribuídos com poucos parâmetros.
Neste sentido, Silveira & Desbordes (2000) apresentaram um estudo dos
mecanismos de transformação precipitação-vazão na bacia do arroio Dilúvio, em Porto
Alegre-SP. A adoção de uma abordagem simples, através de um modelo distribuído
com três parâmetros permitiu avaliar: o papel relativo das superfícies urbanas e
suburbanas na produção de escoamento; a possibilidade de representação do processo
de transferência por mecanismos simples de translação e armazenamento; e a
importância na geração dos escoamentos da distribuição espacial da precipitação e da
ocupação do solo. Os autores concluíram que as simulações com o modelo distribuído
necessariamente teriam uma contribuição suburbana importante da mesma ordem de
grandeza das áreas urbanizadas – em função da grande intensidade da chuva em
equivalentes períodos de concentração da bacia. Concluíram também, que os estudos
realizados envolveram cheias freqüentes no arroio Dilúvio (TR< 1-2 anos e Qpico<50-60
m3/s) e não autorizam uma extrapolação direta para cheias extremas que já teriam
atingido cerca de 250 m3/s.
Jothityangkoon & Sivapalan (2003) apresentaram o desenvolvimento e aplicação
de um modelo precipitação-escoamento superficial distribuído para estimativa de
inundações extremas, além do seu uso para investigação das potenciais mudanças nos
processos de escoamento superficial, incluindo alterações na “curva-chave” devido a
efeitos de fluxos sobre a margem, isto é, quando ocorre o extravasamento da calha,
durante a transição de enchentes “normais” a “extremas”. Este modelo apresentado
possui dois componentes: um modelo de geração de escoamento superficial de
declividade da bacia baseado nas relações não-lineares de armazenamento-descarga
para alcances individuais do rio, que incluiu o efeito da geometria da planície de
inundação e rugosidade.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 85
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
laboratório e rios reais. Neste caso, o fluxo sobre as margens substituiria o fluxo no
interior das margens quando a entrada do rio, tanto de um alcance rio acima do curso
d’água ou da área adjacente da bacia, excedesse a capacidade do canal principal de
transporte deste fluxo. Muitos experimentos de laboratório têm sido realizados para
investigação dos efeitos dos canais compostos, incluindo a transferência de massa e a
planície de inundação (Wormleaton & Merrit, 1990). Esses pesquisadores, em
laboratório, investigaram os efeitos da geometria de um canal e diferentes rugosidades
com seção transversal trapezoidal composta. Isso foi feito por meio da variação da
proporção entre: a largura da planície de inundação, e a largura do canal principal; e o
coeficiente de rugosidade de Manning associado à rugosidade da planície de inundação.
Esses autores reportaram que as curvas-chave dos fluxos sobre e no interior das
margens foram diferentes.
Qualquer que seja a escolha do modelo utilizado é de fundamental importância
levar-se em consideração que se a descarga da margem é excedida, dá origem ao
retardamento do fluxo e a velocidade tende a aumentar mais lentamente, eventualmente
permanecendo constante com um posterior acréscimo na descarga além de um limiar
(Bates & Pilgrim, 1983 apud Jothityangkoon & Sivapalan18, 2003; Wong & Laurensen,
1983). Em todos os experimentos de laboratório executados por Wormleaton & Merrit
(1990) para diferentes geometrias dos canais compostos e diferentes tipos de rugosidade
no canal principal e planície de inundação, os coeficientes de Manning para o canal
principal (nm) foi mantido o mesmo em 0,01, enquanto que o da planície de inundação
(nf) variou. Os autores descreveram que, quando nf=nm, um aumento no tamanho da
planície de inundação levou a um aumento na descarga, porém esta taxa de aumento foi
previsivelmente menor. Quando nf>nm , a descarga total foi realmente menor que para
nf=nm, mas foi também menor que aquela para o canal principal operando sozinho.
Assim, foi sugerido que, neste caso, o efeito da planície de inundação foi retardar a
descarga que seria do outro modo para o canal principal operando sozinho.
Jothityangkoon & Sivapalan (2003) realizaram experimentos semelhantes,
subdividindo o canal composto dentro de seções do canal principal e da planície de
inundação, estimando a descarga em cada seção separadamente. No caso do canal
principal, a curva empírica armazenamento-descarga foi utilizada diretamente. No caso
da planície de inundação, um coeficiente equivalente ao de Chezy foi estimado baseado
18
BATES, B. C.; PILGIM, D. H. (1983). Investigation of Storage-Discharge Relations for River Reaches and Runoff Routing
Models, Civ. Engng Trans., Int. Engrs. Aust., CE 25 (3), pp. 153-161. apud JOTHITYANGKOON & SIVAPLAN (2003).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 87
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
trabalho de Kraus (2000) que utilizou o SIG ArcView® com a análise do ArcView® 3D
e uma nova extensão (GIS StreamPro) para extrair dados de um TIN que representou a
bacia parcialmente urbanizada de Mill Creek, em Lufkin, Texas (3,42 milhas quadradas,
ou, 2,190 acres). Os dados consistiram de seções transversais da planície de inundação e
comprimentos de alcance. Os dados da planície de inundação desenvolvidos no SIG
ArcView® foram importados dentro do HEC-RAS no qual foram combinados com os
dados de campo do canal para construção da seção transversal total da planície de
inundação. O software HEC-RAS calculou as elevações da superfície de água ao longo
dos canais estudados nessa bacia e os resultados foram transferidos de volta ao SIG
ArcView® e os limites da planície de inundação foram automática e acuradamente
mapeados.
Também para o mapeamento em SIG, Oberle et al. (1998) calcularam o nível da
superfície da água nas seções longitudinais e produziram uma rede de superfície de
água. Calculando as diferenças entre a topografia e os níveis de água foi obtida a
denominada rede de diferença. O valor, para cada célula da rede representativa da
diferença entre a altitude do terreno e o nível de água, foi positivo para um ponto
situado acima do nível de água e negativo para as células inundadas. Para a geração da
rede da superfície de água as foram definidas linhas de mesmo nível. Para
automatização desse processo, cada linha foi atribuída com o quilômetro correlativo do
rio e o nome da correspondente seção transversal no modelo HN. Os valores dos pixels
da rede da superfície de água foram determinados por interpolação dos apropriados
atributos das linhas. Para que não fosse perdida a informação a respeito da profundidade
da superfície de água, foram levados em conta todos os valores menores ou iguais à
dada diferença; caso fosse escolhida a diferença nula, o polígono representaria a zona de
inundação calculada.
20
LUYCKX, G.; WILLWEMS; BERTAMONT, J. (1998). Influence of the Spatial Variability of Rainfall on Sewer System design.
Hydrology in a Changing Environment. In: Proceedings of the British Hydrological Society International Conference, Exceter, UK.
apud VAES, G et al. (2001).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 90
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
precipitação (Figura 32 à direita). A situação denominada pelo autor como atual de uso
do solo com 7,3% de área impermeável foi comparada ao cenário de urbanização,
simulando, um acréscimo de 50% na área impermeável. A Figura 33 ilustra claramente
que, para altas intensidades de precipitação, um acréscimo na área impermeável leva a
um acréscimo marcadamente maior no pico do fluxo e volume de inundação, embora
seja muito menor a influência da urbanização sobre eventos de precipitação advectiva
com menores intensidades de precipitação e maior mistura do solo antecedente.
21
MASCARENHAS, F.C.B.; MIGUEZ, M.G.; 2002. “Urban Flood Control through a Mathematical Cell”, Water International
Resources, Vol. 27, Nº 2, págs. 208-218, Junho 2002; Illinois, E.U.A.apud CAMPOS et al. (2003).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 93
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
por uma quantidade constante (e. g. 10 m) de maneira tal que o fluxo do escoamento
superficial não fosse capaz de “atravessar” as construções. A chuva coletada por
telhados foi forçada a fluir ao coletor mais próximo. Os próprios coletores foram
substituídos por trincheiras fictícias. Em relação ao modelo hidrológico utilizado, a
infiltração, durante um passo de tempo, foi uma adaptação da fórmula de interceptação
de Horton.
O reservatório de armazenamento intermediário, representando a zona vadosa, foi
descrito pela lei de Darcy para solos não saturados e o abastecimento de água
subterrânea foi estimado pela equação dessa lei para solos saturados; o armazenamento
de água subterrânea não foi considerado no caso das áreas urbanas da bacia. O fluxo de
um nó da grade para outro, poderia ser transferido. Este fluxo dependeu das
declividades mais íngremes da superfície e das velocidades de água, ambos
determinados pelos dados de uso do solo. Para calibração e determinação do modelo, foi
escolhida uma base típica de 16 ha na cidade de Louvain-la-Neuve (Bélgica). Os
resultados de Bellal et al. (1996) apresentaram a relevância dos aspectos hidrológicos no
planejamento urbano.
Neste caso, não houve sobreposição de imagens do terreno de aspectos urbanos
(tais como, ruas e galerias de água pluviais) e sim uma elevação de altitude na própria
imagem. Desta forma, talvez seja difícil representar as numerosas alterações existentes,
bem como as prognosticadas no cenário de urbanização.
Imagens de satélite e fotografias aéreas que, de modo confiável representem a
realidade da bacia urbana, em conjunto com visitas e conhecimento da realidade no
campo (in loco), podem auxiliar na determinação de parâmetros físicos.
Neste sentido, Góes et al. (2003) afirmaram que, para estudos hidrológicos em
áreas urbanas, o ajuste do modelo à realidade depende muito da resolução da imagem, e
portanto, analisam a influência da qualidade da imagem de satélite na obtenção de
parâmetros para estudos hidrológicos. A obtenção do MNT da área de estudo foi obtida
a partir de curvas de nível de 2 em 2 metros. Porém, a imagem de satélite utilizada para
a classificação de uma área urbana em Recife-PE foi a obtida pelo satélite francês
Système Pour l’Observation de la Terre (SPOT), com resolução de 10 a 20 metros e
pelo satélite de alta resolução (Quick Bird), com resolução de 0,70x 0,70 metros; o SIG
utilizado foi o SPRING (INPE). Como esperado, durante o processo de classificação, as
amostras obtidas a partir de imagens de alta resolução (0,70x 0,70 m) apresentaram
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 96
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
22
ÁVILA, C. J. C. P., ASSAD, E. D., VERDESIO, J. J., EID, N. J., SOARES, W., FREITAS, M. A. V. (1999). “Geoprocessamento
da Informação Hidrológica”. O Estado da Águas no Brasil, ANEEL, 187-196 apud GÓES, V. C. etl al. (2003).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 97
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
Área Impermeável de Macrobacias Urbanas” - (Campana & Tucci apud DAEE 200423).
O coeficiente CN, aplicado à parcela de área permeável da bacia do rio Pirajussara,
considerando as suas características geológicas, foi avaliado igual a 68; para as
simulações hidrológicas da bacia, visando estabelecer vazões de projeto para o ano
2020, foi considerado um coeficiente CN médio ponderado, com base nas parcelas de
áreas permeáveis e impermeáveis.
Para simular o comportamento dos diversos hidrogramas parciais instantâneos, ao
longo de cada seção da galeria, foi utilizado o modelo hidrodinâmico CLIV, o qual
necessita uma condição de fronteira na última seção de jusante. Esta condição de
contorno referiu-se a uma curva-chave que refletiu a capacidade do canal trapezoidal,
calculada para uma rugosidade n=0,028 e uma declividade igual a 0,0015 m/m. Nas
demais seções de cálculo, foram introduzidos os hidrogramas parciais (Q1, Q2, Q3 ou
Q4).
Inicialmente, o modelo foi processado para o regime permanente de vazões, para
uma descarga relativamente baixa. Em seguida, procederam o cálculo em regime
hidrodinâmico, durante um tempo de simulação em torno de 5 horas. O modelo
forneceu o histórico das vazões e níveis de água remansados para todo o período da
simulação, permitindo determinar a envoltória da máxima linha de água atingida ao
longo da galeria.
Para simular as condições atuais da galeria, sem qualquer revestimento, foi
adotado um coeficiente médio de Manning igual a 0,025. Para simular uma condição de
revestimento com concreto (sem rígido controle de acabamento), foi adotado o
coeficiente médio igual a 0,022. Os resultados obtidos evidenciam a grande vantagem
econômica da solução com Reservatórios de Amortecimento de Cheias em relação ao
Túnel de Derivação (Departamento de Águas e Energia Elétrica de São Paulo, 2003).
23
CAMPANA, & TUCCI - Estimativas de área Impermeável de Macrobacias Urbanas – 1994 apud DAEE, DEPARTAMENTO DE
ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA DE SÃO PAULO. (2003).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 104
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.3 Revisão Bibliográfica
4. METODOLOGIA
quartzosa profunda com característica arenosa. De acordo com SILVA (2003), a sub-
bacia do Córrego do Gregório encontra-se geograficamente situada entre as coordenadas
UTM, entre 202 000 a 208 000 W e 7 560 000 a 7 564 000 S. A área de estudo
encontra-se inserida nas seguintes cartas topográficas do IBGE, escala 1: 10 000:
1. São Carlos Folha 1: SF-23-Y-A-I-1-NO-B
2. São Carlos Folha 1: SF-23-Y-A-I-1-NE-A
Em relação ao sistema de drenagem, a Secretaria Municipal de Obras,
Transporte e Serviços Públicos (SMOTSP) da PMSC apresentou a seguinte condição na
Conferência da Cidade que apresenta, para a pedologia a condição ilustrada na Figura
37, as condições atuais de drenagem (Figura 38).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia 107
Córrego do Lazarini
Córrego do Sorregoti
Córrego do Gregório
Figura 39 – Valores do coeficiente de rugosidade de Manning como indicativo do sistema de drenagem. Fonte: SILVA (2003).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 111
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
24
comunicação pessoal com o Prof. Dr. RODRIGO DE MELO PORTO
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 114
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
Para calibração dos dados de entrada no modelo IPH II, foi necessária a
comparação com um evento monitorado. Silva (2003) monitorou, entre 07/01/00 a
31/03/00, eventos chuva-vazão com linígrafos em duas estações: Estação 4, E4, (Figura
44) e Estação 5, E5 (Figura 45) esquematizadas nas figuras 58a e 58b do item 4.3.3 a
seguir. Para os eventos constantes na tabela 10, Silva (2002) monitorou em E5 o valor
de velocidade média na seção transversal e cotas (Tabela 9). Para cada altura registrada,
foram calculados os valores da Área Molhada (AM) e Perímetro Molhado (PM) da
seção natural de E5 (tabela 10). Utilizando a fórmula de Manning (n = 0,035), foi
aprimorada uma curva-chave e uma equação de ajuste conforme a Figura 46a e 47b.
Tabela 09- Aferições de velocidade e altura do nível d’água na seção E5. Fonte:
SILVA (2002)
J Q
Km = = 2
(75)
n Am Rh 3
onde:
Km – coeficiente de extrapolação de Manning;
J –declividade da linha d’água.
• Velocidade x Área (VxA): onde as velocidades médias medidas
foram graficadas em relação às cotas correspondentes. A seguir, a
partir do levantamento do perfil da seção transversal, foram
calculadas as áreas referentes a estas cotas e finalmente, com a
equação da continuidade, foi estimada a vazão extrapolada.
Estes métodos foram descritos por Sefione (2002) e aplicados para
extrapolação da curva-chave aferida por Silva (2003) (Figura 46a e 46b) e; neste estudo,
reformulada para extrapolação da curva-chave na seção defronte ao MMSC (figuras 47a
e 47b) desenvolvida por Machado (1981). Sefione (2002) também apresenta
metodologia para extrapolação da curva-chave quando o fluxo de água ocorre com
extravasamento da calha (tabelas 11 e 12).
Com os dados de medição dos perfis da seção da calha em E5 e defronte ao
MMSC, foi feita uma extrapolação hipotética de metro em metro acima do limite da
calha para estas seções. As áreas e sub-áreas propostas por Tucci & Silveira apud
25
Sefione (2002) e todos os parâmetros geométricos necessários foram então
calculados através do uso do software AUTOCAD 2002®.
Logo, as seções transversais foram decompostas em três sub-seções e com as
vazões e áreas medidas na calha menor do córrego, coeficiente de rugosidade de
Manning estimado e Rh calculado, através de Manning, foi determinada a declividade da
linha d’água (J), foi traçado o gráfico de J=f(H) e estimado um valor de J para as cotas
mais altas que foram extrapoladas. A vazão total (Q), foi, então decomposta conforme a
equação 76. Para a área edificada o valor de n adotado foi 0,022.
A 2 A 2 A 2
Q = m1 Rh13 + m 2 Rh 23 + m 3 Rh 33 (76)
n1 n2 n3
25
TUCCI, C. E. M.; SILVEIRA (1985). Análise de Consistência de Dados Fluviométricos. Porto Alegre: Instituto de Pesquisas
Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Paginação irregular apud SEFIONE, A . L. (2002).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 118
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
6.00
5.00
4.00 H = 0,1992Q0,5821
H (m)
3.00 R2 = 0,995
0.4068
H = 0.4598Q h> 2,91 m
2.00 R2 = 0.996
de h=1,08 m até h=2,91 m
1.00 H = 0,4527Q0,3453
até h=1,08 m
0.00
0 100 200 300
Vazão (m3/s)
Figura 46a- Curva-chave para seção de controle E5, montante do MMSC, na bacia
do Gregório (extrapolação pelo Método de Stevens).
6.00
5.00
0,5821
H = 0,1992Q
4.00 R2 = 0,995
h (cm)
h> 2,91 m
3.00 H = 0,4929Q
0,4077
R2 = 0,9394
2.00 de h=1,08 até h=2,91 m
1.00 H = 0,4527Q0,3453
até h=1,08 m
0.00
0 100 200 300
Vazão (m3/s)
Figura 46b- Curva-chave para seção de controle E5, montante do MMSC, na bacia
do Gregório (extrapolação pelo Método de VxA).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 120
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
6.00
5.00
4.00
H = 1.1503Q0.2517
H (m)
3.00
2.00
H = 0.1326Q0.6964
1.00 2
R = 0.999
0.00
0 100 200 300
Vazão (m3/s)
Figura 47a- Curva-chave para seção de controle próxima ao MMSC aferida por
MACHADO (1981) e extrapolada neste estudo pelo Método de Manning.
6.00
5.00
4.00 H = 1.1503Q
0.2517
R2 = 1
H (m)
3.00
2.00 H = 0.1277Q
0.7228
2
R = 0.9977
1.00
0.00
0 100 200 300
Q (m3/s)
Figura 47b- Curva-chave para seção de controle próxima ao MMSC aferida por
MACHADO (1981) e extrapolada neste estudo pelo Método de Stevens.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 121
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
Simulado com
Precipitação (mm)
2 10 IPHS-1
2.1
2.4 8
2.6
3
3.1
2.9 6
3.4 4
4
4.0 4.0 2
5 0
5.0
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00
6 TEMPO (h)
26
comunicação pessoal com o Prof. Dr. Eduardo Mário Mendiondo
27
comunicação pessoal com o Prof. Dr. Antônio Marozzzi Righetto
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 122
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
8
tempo (h) Hidrograma Observado
Simualdo com IPHS-1
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 7
0
0.3 0 0 0 0.6 0.7 0 0 0 0 0 0 0 0.2
0.2 0.5 6
2 1.5 1.7
2.3
3.3 5
Vazão (m3/s)
4
3.9
4.4
6 4
Precipitação (mm)
8 3
7.5
10
2
12
1
14
0
16 1 5 9 13 17 21
16.4
tempo (h)
18
Tempo (horas) 8
Hidrograma Observado
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24
Hidrograma Simulado (IPHS-1)
0 7
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
2 6
4 5
Vazâo (m3/s)
Precipitação (mm)
6
4
8
3
10
2
12
1
14
0
16
1 5 9 13 17 21
16.9 16.1
18 tempo (horas)
4
2
Precipitação (mm)
2.0
2.3
3
3
3.2 2
4
1
4.5 4.6
5 0
9 13 17 21
5.6 tempo (horas)
6
Figura 57a- Sub-bacia do Córrego do Gregório. Fonte: BACIAS Hidrográficas de São Carlos. (2002?).
28
comunicação pessoal com o Prof. Dr. Eduardo Mário Mendiondo
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 132
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
Tabela 16 – Parâmetros das Bacias (BEs) para o modelo IPH II, adaptado de
SILVA (2003).
Bacia Área H I0 Ib Rmáx CN ou
(Figura 59) (km2) (mm/h) (mm/h) (mm) Urb.
BE-1 1,39 Na Na Na Na tab. 13
BE-2 1,35 Na Na Na Na tab.13
BE-3 1,43 Na Na Na Na tab. 13
BE-4 4,84 Na Na Na Na tab.13
BE-5 2,27 0,85 50 5 18 tab. 13
BE-6 4,17 0,85 50 5 5 tab.13
BE-7 0,56 0,85 50 5 5 tab. 13
BE-8 1,74 0,85 50 5 14 tab.13
BE-9 1,14 0,85 50 5 14 tab. 13
Nota – Na - Não aplicável
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 133
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
aproveitando a topografia local e inserindo somente uma barragem. Vide gráfico cota-
volume na Figura 59
Para esta simulação, foi necessário o desenvolvimento dos gráficos cota-volume,
para correta caracterização dos reservatórios e entrada de dados no IPHS-1. As
características topográficas foram obtidas através do uso do software Cartalinx®, por
meio da digitalização das curvas de nível de 1 em 1 metro das folhas FL06 e FL10 da
Planta Cadastral de São Carlos (AEROMAPA BRASIL S. A.,1970) Os gráficos obtidos
estão descritos a seguir nas figuras 58 e 59.
6,0
y = 0,3787x0,7077
5,0 R2 = 0,9958 36,2758
4,0
27,6121
Cota (m)
3,0
19,3290
2,0
11,3880
1,0 3,7508
0,0
0,000 5,000 10,000 15,000 20,000 25,000 30,000 35,000 40,000
Volume (1000 m3)
4,0 2,5372
3,5
0,3683
3,0 y = 2,8561x
1,1315 2
R = 0,9999
Cota (m)
2,5
2,0 0,3735
1,5
1,0 0,0585
0,5
0,0
0,000 0,500 1,000 1,500 2,000 2,500 3,000
Volume (1000 m3)
29
comunicação pessoal com a Dra. Karla de Andrade e Silva.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 136
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
E5
● MMSC
30
comunicação pessoal com a Dra. Karla de Andrade e Silva
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 138
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
31
comunicação pessoal com o Prof. Dr. Fazal Hussain Chaudhry
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 139
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.4 Metodologia
5. RESULTADOS E ANÁLISE
Esse capítulo pode ser dividido em três partes principais. Em sua primeira parte,
apresenta os resultados obtidos em simulações com o modelo concentrado IPHS-1,
desde a discussão de sua calibração, simulações para os eventos críticos, hidrogramas
para as chuvas de projeto, tabelas de vazões de pico, volumes oriundos de simulações
com o IPHS-1 até as áreas de inundação previstas para os cenários CLASS 1 a CLASS
5 em combinação com as duas medidas estruturais de controle de inundação e sem
medidas de controle de enchentes.
Na segunda parte do capítulo, os resultados em simulações com o modelo
HIDRORAS são apresentados desde sua calibração, análise de sensibilidade,
hidrogramas, cotas de descarga e delimitação de áreas de inundação para os diversos
cenários de urbanização (CLASS 1 a CLASS 5). É apresentada também a proposta de
medida não-estrutural de controle de inundação para o PD.
Na apresentação dos resultados dos dois modelos, são referidas e discutidas as
incertezas inerentes aos dois modelos quando aplicados a uma bacia urbana.
Ao final do capítulo, em sua terceira parte, são discutidos os resultados das
entrevistas à sociedade civil.
Dentre os eventos críticos simulados para CLASS 4 – Sem Medidas (Tabela 32),
as vazões mais altas foram alcançadas nos eventos representativos de 04/01/03
(intensidade de 17,75 mm/h), Qmáx = 71,17 m3/s em MMSC e 09/01/02 (intensidade de
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 142
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
20,125 mm/h) Qmáx = 63,83 m3/s em MMSC. A Tabela 32 mostra que o coeficiente de
escoamento superficial variou entre 0,138 e 0,233 e o tempo de pico entre 15 e 180
minutos (tempo de pico médio de 66 min.). Em CLASS 4 – Medida 1 (tabela 22), o pico
de vazão para o evento de 04/01/03 foi reduzido para 15,88 m3/s, ou seja, em 77,69 %.
Para o evento de 09/01/02 a redução foi de 77,11% minimizando o pico para 14,61 m3/s.
Com a medida 2 e CLASSS 4 (tabela 27) para 04/01/03 a redução foi em torno de
50,11%, minimizando o pico de vazão para 35,51 m3/s. Estes valores para 09/01/02 e
CLASS 5 – Medida 2 (tabela 28) foram de, respectivamente, 62,09% e 31,17 m3/s.
Para os eventos críticos simulados – CLASS 5 – Sem Medidas (Tabela 33), as
vazões mais altas também foram alcançadas nos eventos representativos de 04/01/03, na
qual Qmáx = 81,40 m3/s em MMSC e 09/01/02 em que Qmáx = 72,97 m3/s em MMSC.
Observando a Tabela 33, vê-se que o coeficiente de escoamento superficial variou entre
0,096 e 0,148 e o tempo de pico entre 15 e 180 minutos (t pico médio de 66 min.). Em
CLASS 5 – Medida 1 (Tabela 23), as vazões mais altas para estes eventos
representativos foram de: para 04/01/03, Qmáx =13,18 m3/s em MMSC (80,06 m3/s sem
medidas estruturais, ou seja, redução de 83,54%) e 09/01/02, com intensidade de 22,125
mm/h, Qmáx = 13,73 m3/s em MMSC (82,22 m3/s sem medidas estruturais, ou seja,
redução de 83,30%). De acordo com a Tabela 23, o coeficiente de escoamento
superficial variou entre 0,181 e 0,327 e o tempo de pico entre 15 e 180 minutos (tempo
de pico médio de 64,5 min.).
Na tabela 28 em simulação de CLASS 5 – Medida 2, as vazões mais altas para
os eventos de 04/01/03 foram de Qmáx =36,38 m3/s em MMSC (seria de 80,06 m3/s sem
medidas estruturais, ou seja, redução de 54,56%) e 09/01/02 de Qmáx = 31,17 m3/s em
MMSC (seria de 82,22 m3/s sem medidas estruturais, ou seja, redução de 62,09%).
Observando a Tabela 28, o coeficiente de escoamento superficial variou entre 0,163 e
0,374 e o tempo de pico entre 15 e 180 minutos (tempo de pico médio de 64,5 min.).
Em relação aos demais, talvez as lâminas das precipitações subsidiárias usadas
na análise não sejam realmente representativas. Isto poderia ser devido à posição da
ocorrência do registro destas, ou seja, próxima ao limite entre as sub-bacias vizinhas do
Córrego do Gregório e do Monjolinho.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 143
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
Medida 1
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 2.19 8.26 9.44 2.71 15.52 2.70 7.45 8.68 3.00 13.41
E4 TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
tinstante (min) 85 60 65 70 60 90 80 80 80 70
3
Q (m /s) 3.69 4.18 4.38 3.44 4.82 3.77 4.31 4.51 4.03 5.04
E5 TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
tinstante (min) 115 115 115 120 120 135 130 135 130 135
3
Q (m /s) 51.71 12.73 12.75 16.87 17.11 44.70 11.78 11.82 15.44 15.68
MMSC TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
tinstante (min) 45 50 45 45 45 45 50 50 50 50
3
Q (m /s) 57.21 19.58 19.60 26.80 27.05 49.55 17.31 17.35 23.53 23.78
Junção TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
tinstante (min) 45 50 50 50 50 45 50 50 50 50
Medida 2
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 2.19 4.27 9.44 2.71 15.52 1.94 6.53 7.57 2.90 11.85
E4 TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Tinstante 85 60 65 70 60 90 80 80 85 70
3
Q (m /s) 7.77 7.03 10.71 9.38 13.78 6.76 9.37 9.59 9.15 12.28
E5 TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Tinstante 90 85 90 85 85 105 100 105 100 100
3
Q (m /s) 53.10 41.99 53.34 26.99 27.87 42.48 42.46 42.69 23.87 22.42
MMSC TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Tinstante 45 45 45 50 50 45 45 45 50 50
3
Q (m /s) 52.56 41.57 52.82 36.32 41.91 42.19 42.81 42.43 31.89 33.19
Junção TR (anos) 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5
Tinstante 45 45 45 50 50 45 50 45 50 60
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 147
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
Medida 1
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 2.65 9.01 10.98 3.25 16.40 8.12 13.53 15.98 8.31 21.47
E4 TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
tinstante (min) 85 60 65 70 60 90 80 80 80 70
3
Q (m /s) 3.82 4.33 4.57 4.02 5.03 5 5.71 6.02 5.43 6.92
E5 TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
tinstante (min) 115 115 115 120 120 135 130 135 130 135
3
Q (m /s) 51.78 13.00 13.02 17.21 17.52 54.66 14.8 14.83 19.52 19.80
MMSC TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
tinstante (min) 45 50 45 45 45 45 50 50 50 50
3
Q (m /s) 57.47 19.69 19.71 26.91 27.20 60.65 21.49 21.53 29.48 29.76
Junção TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
tinstante (min) 45 50 50 50 50 45 50 50 50 50
Medida 2
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 2.65 9.01 10.98 3.25 16.4 8.12 13.53 15.98 8.25 21.47
E4 TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
Tinstante 85 60 65 70 60 90 80 80 85 70
3
Q (m /s) 8.26 10.96 11.55 9.97 14.59 12.21 15.75 16.95 14.37 20.71
E5 TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
Tinstante 90 85 90 85 85 105 100 105 100 100
3
Q (m /s) 53.15 53.4 53.44 27.31 28.33 56.18 56.34 56.41 30.62 31.77
MMSC TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
Tinstante 45 45 45 50 50 45 45 45 50 50
3
Q (m /s) 52.95 53.21 53.25 36.61 42.40 56.12 56.81 56.34 40.48 45.14
Junção TR (anos) 15 15 15 15 15 15 15 15 15 15
Tinstante 45 45 45 50 50 45 50 45 50 60
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 148
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
Medida 1
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 6.69 14.67 16.95 7.22 23.39 15.91 21.59 24.76 16.00 29.74
E4 TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
tinstante (min) 85 60 65 70 60 90 80 80 80 70
3
Q (m /s) 4.72 5.37 5.69 5.05 6.45 6.37 7.24 7.6 7.00 8.75
E5 TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
tinstante (min) 115 115 115 120 120 135 130 135 130 135
3
Q (m /s) 61.55 16.12 16.14 21.23 21.67 64.85 17.91 17.89 23.66 23.94
MMSC TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
tinstante (min) 45 50 45 45 45 45 50 50 50 50
3
Q (m /s) 68.46 23.75 23.79 32.42 32.88 72.09 25.89 25.87 35.51 35.77
Junção TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
tinstante (min) 45 50 50 50 50 45 50 50 50 50
Medida 2
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 6.69 14.67 16.95 7.22 23.39 15.91 21.59 24.76 16.08 29.74
E4 TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Tinstante 85 60 65 70 60 90 80 80 85 70
3
Q (m /s) 11.94 15.19 16.30 14.03 19.98 17.93 22.02 23.47 20.59 27.97
E5 TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Tinstante 90 85 90 85 85 105 100 105 100 100
3
Q (m /s) 63.10 63.63 63.71 33.34 35.28 66.69 67.08 67.01 37.80 39.18
MMSC TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Tinstante 45 45 45 50 50 45 45 45 50 50
3
Q (m /s) 63.02 63.53 63.62 44.47 49.36 66.78 67.85 67.08 49.50 52.08
Junção TR (anos) 30 30 30 30 30 30 30 30 30 30
Tinstante 45 45 45 50 50 45 50 45 50 60
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 149
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
Medida 1
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 11.77 20.19 22.51 12.22 28.64 22.70 28.49 31.49 22.97 35.94
E4 TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
tinstante (min) 85 60 65 70 60 90 80 80 80 70
3
Q (m /s) 5.59 6.36 6.71 6.1 7.66 7.59 8.57 8.99 8.37 10.28
E5 TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
tinstante (min) 115 115 115 120 120 135 130 135 130 135
3
Q (m /s) 70.12 18.67 18.69 24.90 25.10 73.40 20.42 20.45 27.16 27.43
MMSC TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
tinstante (min) 45 50 45 45 45 45 50 50 50 50
3
Q (m /s) 78.07 27.21 27.24 37.34 37.62 81.67 29.48 29.52 40.61 40.87
Junção TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
tinstante (min) 45 50 50 50 50 45 50 50 50 50
Medida 2
30 minutos 60 minutos
Impermeabilização
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5 CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
3
Q (m /s) 11.77 20.19 22.51 12.22 28.64 22.70 28.49 31.49 23.29 35.94
E4 TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Tinstante 85 60 65 70 60 90 80 80 85 70
3
Q (m /s) 15.37 19.24 20.58 17.81 24.58 22.88 27.11 28.64 26.06 33.73
E5 TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Tinstante 90 85 90 85 85 105 100 105 100 100
3
Q (m /s) 72.10 72.5 72.6 39.45 41.02 75.75 75.97 76.09 44.10 45.59
MMSC TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Tinstante 45 45 45 50 50 45 45 45 50 50
3
Q (m /s) 72.1 72.5 72.6 52.07 55.11 75.75 76.90 76.27 57.36 58.01
Junção TR (anos) 50 50 50 50 50 50 50 50 50 50
Tinstante 45 45 45 50 50 45 50 45 50 60
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 150
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
5.2.4.4. Análise
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
5.2.5.4. Análise
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
CLASS 5
Evento Trecho Volume (m3) Duração (min)
TC3 45.16 30.00
30 min TR 5
TC2 NA NA
TC3 44.94 30.00
30 min TR 10
TC2 NA NA
TC3 44.15 30.00
30 min TR 15
TC2 NA NA
TC3 74.39 35.00
30 min TR 20
TC2 NA NA
TC3 102.55 35.00
30 min TR 25
TC2 NA NA
TC3 132.10 45.00
30 min TR 30
TC2 NA NA
TC3 241.87 50.00
30 min TR 50
TC2 NA NA
Medida 2
CLASS 5
Evento Trecho Volume (m3) Duração (min)
TC3 13.34 20.00
60 min TR 5
TC2 NA NA
TC3 42.67 35.00
60 min TR 10
TC2 NA NA
TC3 93.63 40.00
60 min TR 15
TC2 NA NA
TC3 141.53 45.00
60 min TR 20
TC2 NA NA
TC3 193.52 50.00
60 min TR 25
TC2 NA NA
TC3 239.94 55.00
60 min TR 30
TC2 NA NA
TC3 428.91 65.00
60 min TR 50
TC2 NA NA
5.2.6.4. Análise
Em razão da semelhança entre os hidrogramas obtidos em simulações para
CLASS 1 a CLASS 4, somente serão discutidos os valores de vazão simulados com
CLASS 4 e CLASS 5; os demais estão apresentados no Anexo G (Figuras G1 a G3).
Os valores de volume de inundação calculados em simulações realizadas com o
IPHS-1 contemplando a MEDIDA 2 apresentaram valores nulos para CLASS 4 e, por
esta razão, serão discutidos apenas os valores de inundação para CLASS 5. Para CLASS
1 a CLASS 3, somente para chuvas de projeto de TR de 50 anos e 60 minutos de
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 164
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
duração apresentaram inundação em TC3, cujos valores podem ser apreciados no Anexo
H (Tabelas H1 a H3).
gerariam inundações na Rua Geminiano Costa, cujos valores dos volumes podem ser
observados no Tabela 40.
Em resumo, os valores de vazão para todos os cenários simulados não diferiram
entre CLASS 1, CLASS 2, CLASS 3 e CLASS 4. Por esta razão, doravante serão
apresentados os valores de cotas de descarga para CLASS 4 E CLASS 5,
respectivamente, para cenário atual e cenário para o Plano Diretor.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 167
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 5
TR - 10 TR - 15
TR - 20 TR - 25
TR - 30 Cota da vazão crítica
TR - 2 TR - 50
4,50
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 15
TR -30 Cota da vazão crítica
TR - 50 TR - 5
4,50
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 5
TR - 15 TR - 30
Cota da vazão crítica TR - 2
TR - 50
4,50
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
4.00
3.50
Cotas de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 5
TR - 15 TR - 30
Cota da vazão crítica 60 min TR 2
TR - 50
4.50
4.00
3.50
Cotas de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 5
TR - 15 TR - 30
Cota da vazão crítica 60 min TR 2
TR - 50
4,50
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 5
TR - 15 TR -30
Cota da vazão crítica TR - 50
4,50
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 5
TR - 15 TR - 30
Cota da vazão crítica TR - 2
TR - 50
4,50
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
Cota de inundação TR - 5
TR - 15 TR - 30
Cota da vazão crítica 60 min TR 2
TR - 50
4,50
4,00
3,50
Cotas de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
5.2.8.1. Análise
Para melhor visualização dos gráficos das figuras 71 a 75, serão apresentados
somente os valores de vazão obtidos para TR de 05, 15, 30 e 50 anos para chuvas de 30
min de duração, incluído TR de 02 anos para a vazão na junção entre os Córregos do
Gregório e o Simeão canalizados.
Como, para o cálculo da cota de inundação foram utilizadas as extrapolações
obtidas através do método de Stevens, aqui serão discutidos apenas estes resultados. No
MMSC, em CLASS 4 –Sem Medidas, observou-se que para chuvas de 30 min de
duração e TR a partir de 50 anos, ocorreria extravasamento da calha, com valores de
cota de 3,93 metros para TR de 50 anos com duração seria de 7 min (TR 50 anos). Para
chuvas de 60 min de duração, a partir de TR de 20 anos, observou-se extravasamento da
calha em MMSC, com valores de cotas de 3,87 metros a 4,02 metros (TR 20 anos e TR
50 anos, respectivamente), com durações de 07 (TR 20 anos) a 12 min (TR 50 anos).
Em MMSC, em CLASS 5 –Sem Medidas, observou-se que para chuvas de 30
min de duração e TR a partir de 50 anos, ocorreria extravasamento da calha, com
valores de cota de 3,89 metros para TR de 50 anos. A duração seria de 12 min (TR 50
anos). Para chuvas de 60 min de duração, a partir de TR de 30 anos, observou-se
extravasamento da calha em MMSC, com valores de cotas de 3,83 metros a 3,98 metros
(TR 30 anos e TR 50 anos, respectivamente), com durações de 02 (TR 30 anos) a 17
min (TR 50 anos).
No MMSC, em CLASS 4 – Medida 1, observou-se que para chuvas de 30 min
de duração não ocorreria extravasamento da calha. Para chuvas de 60 min de duração, a
partir de TR de 50 anos, haveria extravasamento da calha em MMSC, com valores de
cotas de 3,87 metros (TR 50 anos), com duração de 1,2 min (TR 50 anos).
No MMSC, em CLASS 5 – Medida 1, observou-se que para chuvas de 30 min
de duração não ocorreria extravasamento da calha. Para chuvas de 60 min de duração, a
partir de TR de 50 anos, ocorreria extravasamento da calha em MMSC, com valores de
cotas de 3,87 metros (TR 50 anos), com duração de 1,2 min (TR 50 anos).
No MMSC, em CLASS 4 – Medida 2, observou-se que para chuvas de 30 min
de duração não ocorreria extravasamento da calha. Para chuvas de 60 min de duração, a
partir de TR de 50 anos, aconteceria extravasamento da calha em MMSC, com valores
de cotas de 3,96 metros (TR 50 anos), com duração de 02 min (TR 50 anos).
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 175
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
90,00%
80,00%
70,00%
Redução (%)
60,00%
Medida 1
50,00%
Medida 2
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2
30 min TR 30 min TR 30 min TR 30 min TR 30 min TR 30 min TR 30 min TR
5 10 15 20 25 30 50
Evento de Projeto / Trecho
100,00%
90,00%
80,00%
70,00%
Redução (%)
60,00%
Medida 1
50,00%
Medida 2
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
Simeão
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC1
100,00%
90,00%
Redução no Volume de Inundação (%)
80,00%
70,00%
60,00%
Medida 1
50,00%
Medida 2
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2 TC3 TC2
30 min TR 5 30 min TR 10 30 min TR 15 30 min TR 20 30 min TR 25 30 min TR 30 30 min TR 50
Evento / Trecho
100,00%
90,00%
Redução do Volume de Inundação (%)
80,00%
70,00%
60,00%
Medida 1
50,00%
Medida 2
40,00%
30,00%
20,00%
10,00%
0,00%
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
TC3
TC2
Simeão
Simeão
Evento / Trecho
5.2.9.1.3. Análise
0,2500
CLASS 4
0,2480
CLASS 5
0,2460
Área Inundada (km2)
0,2440
0,2420
0,2400
0,2380
0,2360
50; 0,2335000
0,2340
0,2500
CLASS 4
0,2480
CLASS 5
0,2460
0,2440
Área Inundada (km2)
0,2420
0,2400
0,2380
50; 0,2353
0,2360 50; 0,2350
0,2340
30; 0,2322
0,2320
30; 0,2314
0,2300
5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo de Retorno (TR, anos)
100.00%
90.00%
80.00%
70.00%
MEDIDA 1
Eficiência (%)
60.00%
MEDIDA 2
50.00%
40.00%
30.00%
20.00%
10.00%
0.00%
CLASS 1 CLASS 2 CLASS 3 CLASS 4 CLASS 5
cenário simulado
5.2.9.3.1. Análise
1,5 25.00
V az ão (m 3/s)
Precipitação (mm)
1,6 1,6
2
20.00
2,5
15.00
3 2,8
2,9
10.00
3,5
3,5 5.00
4
4,1 0.00
4,2
4,5 4,3 1 3 5 7 9 11 13 15 17
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
1
0,00 18,00
Observado
0,100,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10 0,10
0,20 Simulado
0,50 0,40 0,30 0,10 0,10 0,10 0,20 16,00
0,60 0,40 0,70
1,00
0,90 14,00
1,10
1,30
1,60 12,00
1,60
2,00
Vazão (m3/s)
Precipitação (mm)
1,70
10,00
3,00 8,00
6,00
4,00 4,00
2,00
5,00
0,00
5,20
1 6 11 16 21
6,00 intervalo de tempo (5 min)
0,60 5,00
0,65
0,80 4,00
0,82
0,85
0,90 0,89 3,00
0,92
1,00 0,95 0,95
0,97
1,00 0,99 0,98
1,02
1,07 1,07 2,00
1,11 1,12 1,12
1,20
1,23 1,23 1,22 1,00
1,27
1,40
1,42 0,00
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23
1,60 intervalo de tempo (5 min)
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
41
43
45
47
49
70
1
3
5
7
9
0,00 Observado
Simulado
0,3 0,3 0,2 60
1,00
0,4
2,00 1,5
1,6 50
3,00
Vazão (m3/s)
Precipitação (mm)
3,2 40
4,00
4
5,00 4,6 4,6 30
5
6,00
20
7,00
6,9
8,00 10
9,00
0
9,2
10,00 0 10 20 30 40 50
intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
COND 1 30minTR5 COND 1 60minTR5
COND 1 30minTR50 COND 1 60minTR50
120 120
COND 2 30minTR5 COND 2 60minTR5
COND 2 30minTR50 COND 2 60minTR50
100 100
COND3 30minTR5 COND3 60minTR5
COND3 30minTR50 COND 3 60minTR50
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
Vazão no MMSC (m3/s)
Vazão no MMSC (M3/s)
160 160
140 COND 1 30minTR5 140 COND 1 60minTR5
COND 1 30minTR50 COND 1 60minTR50
120 COND 2 30minTR5
120 COND 2 60minTR5
COND 2 30minTR50 COND 2 60minTR50
100 COND3 30minTR5
100 COND3 60minTR5
COND 3 60minTR50
80 COND3 30minTR50 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 11 21 31 1 11 21 31
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
COND 1 30minTR5 COND 1 60minTR5
120 120
COND 1 30minTR50 COND 1 60minTR50
COND 2 30minTR5 COND 2 60minTR5
100 100
COND 2 30minTR50 COND 2 60minTR50
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
220 220
180 180
160 160
140 140
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37
1 5 9 13 17 21 25 29 33 37
tempo (5 min) tempo (5 min)
5.3.2.2.Rugosidade
200 200
180 180
160 160
Vazão no MMSC (m3/s)
Vazão no MMSC (M3/s)
140 140
RUG 1 30minTR5 RUG 1 60minTR5
120 120
RUG 1 30minTR50 RUG 1 60minTR50
RUG 2 30minTR5 RUG 2 60minTR5
100 100
RUG 2 30minTR50 RUG 2 60minTR50
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
Talvez esta invariância da resposta do modelo possa ser atribuída ao fato de nesta
bacia pequena com boa resolução de pixels (10 m x 10 m), os valores dos parâmetros
comportarem-se como valores médios. Silva (2003) também constatou que para esta
mesma bacia, foi possível reproduzir hidrogramas observados adotando-se valores
irreais de rugosidade; no entanto, segundo o autor, isto teria sentido somente para bacias
monitoradas. Em outras simulações com outros cenários em outras bacias, valores como
condutividade saturada e rugosidade devem ser avaliados quanto ao seu grau de
influência nos resultados das simulações.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 187
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
30minTR5 30minTR15 30minTR30
60minTR30 60minTR50
30minTR50 capacidade trecho 60minTR2 capacidade do trecho
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
30minTR5 30minTR15
30minTR30 30minTR50
Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
30 min TR 30 30 min TR 50
Cota de extravazamento
4,50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
60minTR30 60minTR50
60minTR2 Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
Cota de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60 min TR 5 60 min TR 15
60 min TR 30 60 min TR 50
60 min TR 2 cota de extravazamento
4,50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
30minTR5 30minTR15 30minTR30
60minTR30 60minTR50
30minTR50 capacidade trecho 60minTR2 capacidade do trecho
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
30minTR5 30minTR15
30minTR30 30minTR50
Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
30 min TR 30 30 min TR 50
Cota de extravazamento
4,50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
60minTR30 60minTR50
4.00
3.50
Cota de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60 min TR 5 60 min TR 15
60 min TR 30 60 min TR 50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
5.3.4.1. CLASS 4
5.3.4.2. CLASS 5
CLASS 5, QE4= 36,77 m3/s, QE5=61,46 m3/s e QMMMSC=138,23 m3/s (Tabela 37 e Figura
64-direita). Para TR de 30 anos no MMSC em simulação com o modelo HIDRORAS,
ocorreria uma vazão de 158,60 m3/s, aos 55 min, o que já extravasaria a calha, chegando
ao valor de 184,23 m3/s para TR de 50 anos, aos 55 min. Estes valores para a junção
entre os trechos canalizados do Gregório e do Simeão seriam, respectivamente,
98,39m3/s em 55 min após o início do evento (TR 30 anos) e 203,20 m3/s aos 65
minutos (TR 50 anos). Neste ponto crítico, a partir de TR de 02 anos, a vazão já
ultrapassaria os 50 m3/s, e o pico seria em torno de 76,56 m3/s (Figura 93 – direita).
Deve se analisar ainda – muito embora as considerações a seguir ainda não
seriam as origens das discrepâncias – que de acordo com Silva (2003), foi confirmada
uma variabilidade espacial da infiltração. Houve observação de uma interrupção abrupta
da infiltração ocorrida durante alguns experimentos, que poderia significar um possível
afloramento da camada de rocha, pois o Córrego do Gregório escoa sobre a formação
Serra Geral, constituída de basalto. Foi notado, também por este autor, a existência de
fendas ou camadas menos compactas que provocaram uma mudança no comportamento
da capacidade de infiltração, elevando-a subitamente.
Outra importante consideração deste autor é que a condutividade hidráulica
saturada igual ao valor da infiltração em estado permanente, acaba por superestimar este
parâmetro em decorrência das forças capilares e de pressão hidrostática relativas à altura
de água na câmara de alagamento do infiltômetro (Silva, 2003). Em bacias a serem
simuladas é de suma importância verificar o comportamento da infiltração de acordo
com o período, bem como espacialmente. Algumas características locais são peculiares
e, muitas vezes, são desprezadas quando na discretização de modelos e/ou construção de
imagens.
Logo, a consideração de resultados obtidos em uma pequena área como
representativa da condutividade hidráulica para uma região pode conduzir a resultados
muito distintos.
Distinto também da realidade poderiam estar ambos os modelos devido ao fato
de não se considerar sobre a variação do posicionamento da célula de precipitação e
seus efeitos sobre a vazão como resposta da bacia de drenagem, como preconizado em
Shing (1998). É conhecido que na sub-bacia do Córrego do Gregório há tendência de a
célula de chuva movimentar-se no sentido oeste-leste; na maioria das vezes em Silva
(2003), as precipitações tiveram início na parte sudoeste da área de estudo.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 197
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap.5 Resultados e Análise
Na Na Na Na Na 50 0.00 Na
Na Na Na Na Na 20 0.00 Na
Na Na Na Na Na 25 0.00 Na
60
Na Na Na Na Na 30 0.00 Na
10 11 5 3.03 817.19 50 0.9038 0.12
Na Na Na Na Na 20 0 Na
Na Na Na Na Na 25 0 Na
30
Na Na Na Na Na 30 0 Na
CLASS 2
0,2480
0,2460
0,2440
50; 0,2431
Área Inundada (km2)
0,2420
50; 0,2405
0,2400 30; 0,2391
0,2500
0,2480
0,2460
35; 0,2452
Área Inundada (Km2)
0,2440
35; 0,2423
0,2420
30; 0,2405
0,2400
25; 0,2395
0,2380 30; 0,2384
5.3.6.2. Crítico em E5
0.9250
0.9150
50, 0.9112
0.9100
50, 0.9096
0.9050
30, 0.903 50, 0.9043
0.9000
0.8950
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo de Retorno (TR, anos)
0.9250
0.9200
Área Inundada (km2)
50, 0.9171
50, 0.9141
0.9100 30, 0.9124
0.9050
25, 0.9053
30, 0.9009 50, 0.9038
0.9000
30, 0.8999
0.8950
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50
Tempo de Retorno (TR, anos)
6. CONCLUSÕES
A cidade de São Carlos enfrenta problemas com freqüentes inundações; uma das
principais regiões afetadas é a do Mercado Municipal de São Carlos (MMSC), inserida
na sub-bacia do Córrego do Gregório. A região do MMSC é uma área de várzea
urbanizada, cuja importância econômica para o município é grande, porém com trechos
canalizados insuficientes para condução de vazão. A fim de estimular a motivação da
sociedade civil em relação à drenagem urbana e gestão de recursos hídricos foram
realizadas entrevistas com os principais atingidos pelas cheias urbanas na região do
mercado municipal, cujos resultados indicaram o interesse social pelo assunto. Assim,
tornou-se necessário a estimativa de vazões para prognóstico de cenários de
urbanização, através do uso de modelos hidrológicos. No entanto, como se trata de uma
bacia urbana, a questão residiu em qual modelo deveria ser utilizado.
Para tanto foram utilizados, comparados e analisadas as incertezas inerentes de
dois modelos, o concentrado IPHS-1 e o distribuído HIDRORAS. Foram simulados
diversos cenários de acordo com as diversas classificações de imagem de satélite
LANDSAT para avaliação das vazões com diferentes tempos de retorno (TR) e
durações (30 e 60 minutos). Para estes cenários, foram analisados os impactos sobre os
valores de pico de vazão de medidas estruturais de controle de inundação (“piscinão”) e
não-estruturais, como o acréscimo de áreas de infiltração.
Com o modelo concentrado foram realizadas simulações para os diversos
cenários com aplicação de duas alternativas de medidas estruturais de controle de
inundações. Como explicitado no item “4.3.5”, a Medida 1 seria um reservatório tipo
“piscinão” situado próximo à E4 construído com a necessidade de escavações no terreno
(Figura 59). Com a Medida 2 não haveria a necessidade de escavações no terreno com
aproveitamento da topografia local (Figura 60). Considerada a relação custo/benefício, a
Medida 2 constitui uma boa alternativa a ser aplicada.
A realização de simulações com diferentes modelos hidrológicos e a comparação
entre eles, avaliando-se as incertezas inerentes a cada um, permitiu atingir o principal
objetivo desta tese que consistiu no exame de modelos existentes em relação a sua
habilidade na previsão em bacias monitoradas e análise da sensibilidade das respostas
da geração de previsão de áreas de inundação – a partir de diferentes cenários de
comportamento hidrológico.
Concluiu-se que, para bacias urbanas, caso da sub-bacia do córrego do Gregório,
as alterações nos padrões de fluxo de escoamento devido às vias urbanas são mais bem
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 208
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap. 6 - Conclusões
representadas pelo modelo distribuído, uma vez que a variabilidade espacial dos
parâmetros de entrada é contemplada neste modelamento. Embora ainda se reserve uma
parcela de incertezas quanto aos parâmetros de entrada, constitui-se o modelo
distribuído de melhor escolha.
Assim, a realização deste estudo, permitiu extrair as seguintes conclusões no que
tange ao exame dos modelos existentes em relação a sua habilidade na previsão em
bacias monitoradas.
• Em ambos os modelos, foi necessária a construção e extrapolação da curva-
chave, tanto para calibração (em E5) quanto para elaboração do mapeamento
(em MMSC). No entanto, devido à alterações abruptas no fluxo – tais como
estrangulamentos por pontes, turbilhões causados por inserção de fluxo advindo
de galerias de águas pluviais e alterações bruscas de seções dos trechos
canalizados – podem ser verificados remansos que não são contemplados na
extrapolação da curva-chave. Esta, portanto, constitui-se em uma incerteza
inerente a ambos os modelos. Logo, esta constatação leva à necessidade de
maiores investigações de natureza hidráulica em E5 e MMSC.
• Embora ainda hajam incertezas quanto à calibração do modelo concentrado
IPHS-1, ele forneceu resultados bastante satisfatórios para uma delimitação das
áreas inundáveis. As incertezas consistem na concepção do modelo SCS (para
bacias norte-americanas) e na impossibilidade de representar o movimento da
célula de precipitação sobre a bacia, bem como das galerias de águas pluviais e
estrangulamentos locais, como pontes. As incertezas residem, ainda, no fato de
as sub-bacias que foram delineadas poderem funcionar como uma malha de
grande resolução que atenuaria a complexidade e padrões locais da geração de
escoamentos e fluxos de água.
• As simulações com o IPHS-1, utilizando-se os modelos de separação de
escoamento, foram altamente dependentes dos valores de CN (SCS) e AIMP
(IPH II), o que reflete a importância do grau de urbanização sobre os picos de
vazão em pontos inundáveis em uma bacia; reflete, também, a alta sensibilidade
em relação à classificação do uso do solo para atribuição do CN.
• Com o uso do modelo distribuído HIDRORAS, o alto grau de incerteza do
parâmetro da condutividade hidráulica saturada reside no fato de seu valor poder
ser muito modificado espacialmente. Logo, uma distribuição espacial deste
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 209
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Cap. 6 - Conclusões
Referências Bibliográficas
ALFA, R.; GERKEN, B. (1998). The significance of floodplain restoration and flood
mitigation. In: TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River flood defense. Kassell:
Herkules Verlag. v.2, p.G199-210.
BARROS, R.M. et al. (2002). Entrevista à Sociedade Civil sobre gestão de recursos
hídricos e drenagem urbana. In: SIMPÓSIO DO CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO
EM CIÊNCIAS DA ENGENHARIA AMBIENTAL, 8., 2002, São Carlos.
Resumos... São Carlos: [s.n.]. Painel.
BELLAL, M.; SILLEN, X.; ZECH, Y. (1996). Coupling GIS with a distributed
hydrological model for studying the effect of various urban planning options on
rainfall-runoff relationship in urbanized watersheds. In: HYDROGY 96: application
of geographic information systems in hydrology and water resources management,
1996, Vienna. Proceedings… Wallingford: IAHS. P.99-106. (IAHS Publications,
235).
BERNREUTHER, A. et al. (1998). Risk analysis methods as basis for flood design in
the Seckack/Kimau watershed. In: TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River
flood defense. Kassell: Herkules Verlag. v.2, p.H9-20.
CARPENTER, T.M. et al. (1999). National threshold runoff estimation utilizing GIS in
support of operational flash flood warning systems. Journal of Hydrology,
Amsterdam, v.224, n.1/2,p.21-44, Oct.
CHANG, T.J.; HSU, M.H.; CHEN, S.H. (1998). Urban storm water modeling for
drainage basin with sewer system. In: TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River
flood defense. Kassell: Herkules Verlag. v.1, p.D83-92.
CHOI, K.; BALL, J.E. (2002). Parameter estimation for urban runoff modeling. Urban
Water, Amsterdam, v.4, n.1, p.31-41, Mar.
DEPETTRIS, C.A. et al. (1998). Flood defense strategy at the confluence of the
Parana-Paraguai rivers. In: TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River flood
defense. Kassell: Herkules Verlag. v.1, p.C31-40.
DJOKIC, D.; MAIDMENT, D.R. (1991). Terrain analysis for urban storm water
modeling. Hydrological processes, Chichester, v.5, n.1, p.115-124.
DUAN, Q.; SOROOSHIAN, S.; GUPTA, V. (1994). Optimal use of the SCE-UA
global optimization method for calibrating watershed models. Journal of
Hydrology, Amsterdam, v.158, n.3/4, p.265-284, June.
GÓES, V.C. et al. (2003). Avaliação de imagens de satélite com alta resolução para
desenvolvimento de estudos hidrológicos em bacias urbanas. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003, Curitiba. Anais... [S.l.]:
ABRH. 1 CD-ROM.
GILLESPIE, D.F.T.; SMITH, J.A.; BATES, P.D. (2003). Attenuating reaches and the
regional flood response of an urbanizing drainage basin. Advances in Water
Resources, Southampton, v.26, n.6, p.673-684, June.
HENDERSON, F.M. (1970). Open channel flow. New York: MacMillan. p.393-394.
KOCH, M. (1998). Natural hazards and disasters: origins, risks, mitigation and
prediction. In: TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River flood defense. Kassell:
Herkules Verlag. v.2, p.A5-28.
KRASOVSKAIA, I. et al. (2001). Perception of the risk of flooding: the case of the
1995 flood Norway. Hydrological Science Journal des Sciences Hydrologiques,
Oxford, v.46, n.6, p.855-868, Dec.
KRAUS, R.A. (2000). Floodplain determination using ArcView® GIS and HECRAS.
In:P MAIDMENT, D.; DJOKIC, D. (Ed.). Hydrologic and hydraulic modeling
support: with geographic information systems. Redlonds: ESRI Press.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Bibliografia
220
LIRA, A.M.; PORTO, R.M. (2003). Aplicação de métodos hidrológicos para avaliação
das condições atuais e futuras do sistema de macrodrenagem da cidade de São
Carlos-SP. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003,
Curitiba. Anais... [S.l.]: ABRH. 1 CD-ROM.
LOË, R.; WOJTANOWSKI, D. (2001). Associated benefits and costs of the canadian
flood damage reduction program. Applied Geography, Amsterdam, v.21, n.1, p.1-
21, Jan.
NAEF, F.; SCHERRER, S.; WEILER, M. (2002). A process based assessment of the
potential to reduce flood runoff by land use change. Journal of Hydrology,
Amsterdam, v.267, n.1/2, p.74-79, Oct.
PATT, H. (1998). Constructive measures for the flood protection of urban areas. In:
TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River flood defense. Kassell: Herkules
Verlag. v.2, p.G189-198.
______. (2003d). Áreas de especial interesse – comitê consultivo – tema 5. São Carlos.
1 CD-ROM.
PRIESTNALL, G.; JAAFAR, J.; DUNCAN, A. (2000). Extracting urban features from
LIDAR digital surface models. Computers, Environment and urban systems, New
York, v.24, n.2, p.65-78, Mar.
QUEIROZ, E.A.; SOUZA, M.P. (1997). Simulação de medidas mitigadoras dos efeitos
da urbanização sobre a drenagem urbana na bacia do córrego do Gregório, São
Carlos-SP, utilizando sistema de informações geográficas. In: SIMPÓSIO
BRASILEIRO DE RECURSOS HIDRÍCOS, 12., 1997, Vitória. Anais... São
Paulo: ABRH. v.3, p.23-30.
RENYI, L.; NAN, L. (2002). Flood area and damage estimation in zhejiang, China.
Journal of Environmental Management, New Yor, v.66, n.1, p.1-8, Sept.
RICHARDS, J.A. (1999). Remote sensing and digital image analysis: an introduction.
2nd.ed. Berlin: Springer.
RODDA, J.C. (2001). Water under pressure. Hydrological Sciences Journal des
Sciences Hydrologiques, Oxford, v.46, n.6, p.841-854, Dec.
SABINO, A.A.; QUERIDO, A.L.; SOUSA, M.I. (1999). Flood management in cape
verde: the case study of praia. Urban Water, Amsterdam , v.1, n.2, p.161-166, June.
SAMUELS, P.G. (1998). An overview of flood estimation and flood prevention. In:
TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River flood defense. Kassell: Herkules
Verlag. v.2, p.G1-11.
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Bibliografia
224
SÃO CARLOS (2003). Projeto de lei que institui o plano diretor do município de São
Carlos e dá outras providências. São Carlos. 1 CD-ROM.
SHIM, K.C.; FONTANE, D.G.; LABADIE, J.W. (2002). Spatial decision support
system for integrated river basin flood control. Journal of Water Resources
Planning and Management, New York, v.128, n.3, May/June.
SHING, V.P. (1997). Effect of spatial and temporal variability in rainfall and watershed
characteristics on stream flow hydrograph. Hydrological Processes, Chechester,
v.11, n.12, p.1649-1669, Oct.
SILVA, K.A.A. (2002). Dados hidrológicos monitorados entre jan/00 e mar/00 na sub-
bacia do córrego do Gregório. São Carlos: EESC?USP. 1 CD-ROM.
SOUSA JR.; W.C. (2003a). Gestão participativa e cobrança pelo uso da água: o caso
do Ceivap. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE RECURSOS HÍDRICOS, 15., 2003,
Curitiba. Anais... [S.l.]: ABRH. 1 CD-ROM.
TOENSMANN, F. (1998). The kassel concept for the river flood defense. In:
TOENSMANN, F.; KOCH, M. (Ed.). River flood defense. Kassell: Herkules
Verlag. v.2, p.G245-259.
TOWNSEND, P.A.; WALSH, S.J. (1998). Modeling floodplain inundation using and
integrated GIS with radar and optical remote sensing. Geomorphology, Amsterdam,
v.21, n.3/4, p.295-312, Jan.
TUCCI, C.E.M.; PORTO, R.L.L. (Org.). (1995). Drenagem urbana. Porto Alegre:
UFRGS; ABRH.
VAES, G.; WILLEMS, P.; BERLAMONT, J. (2001). Rainfall input requirements for
hydrological calculations. Urban Water, Amsterdam, v.3, n.1/2, p.107-112,
Mar./June.
VAN DER SANDE, C.J.; DE JONG, S.M. DE ROO, A.P.J. (2003). A segmentation
and classification approach of IKONOS-2 imagery for land cover mapping to assist
flood risk and flood damage assessment. International Journal Applied Earth
Observation and Geoinformation, Enschede, v.4, n.3, p.217-229, June.
WENG, Q. (2001). Modeling urban growth effect on surface runoff with the integration
of remote sensing and GIS. Environmental Management, New York, v.28, n.6,
p.737, Dec.
WERNER, M.G.F. (2001). Impact of grid size in GIS based flood extent mapping
using a ID flow model. Physics and Chemistry of the Earth, Part B: hydrology,
oceans and atmosphere, Oxford, v.26, n.7/8, p.517-522.
WOOD, E.F. et al. (1988). Effects of spatial variability and scale with implications to
hydrologic modeling. Journal of Hydrology, Amsterdam, v.102, n.1/4, p.29-47,
Sept.
ANEXOS
Anexo A - Chuvas de Projeto
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
9
0 0
0.89
2 2 1.32 1.01
2.23 1.55
2.23 1.84 1.15
2.77 2.77
4 4
3.57 3.57
4.8 4.8
6 6
Precipitação (mm)
Precipitação (mm)
6.85 6.85
8 8
10 10
10.74 10.74
12 12
14 14
16 16
18 18
20 20
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
9
0 0
1.05
2 2 1.35 1.19
1.82
2.62 2.62 2.171.56
4 4 3.27
4.2 3.27 4.2
6 6 5.65
5.65
Precipitação (mm)
8 Precipitação (mm) 8
8.07 8.07
10 10
12 12
12.65 12.65
14 14
16 16
18 18
20 20
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
0 0
1.16
2 2
2 1.72 1.3
2.39
2.89 2.89 1.49
4 4
3.59 3.59
4.62 4.62
6 6
6.22 6.22
Precipitação (mm)
Precipitação (mm)
8 8
8.88 8.88
10 10
12 12
14 14
13.92 13.92
16 16
18 18
20 20
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
0 0
1.24
2 2 1.4
2.15 1.83
2.55 1.6
4 3.09 4
3.85 3.85
4.95 3.09
6 6 4.95
Precipitação (mm)
Precipitação (mm)
6.65 6.65
8 8
10 10 9.5
9.5
12 12
14 14
14.9 14.9
16 16
18 18
20 20
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
0
9
0
2 1.31
2
2.26 1.94 1.681.47
4 3.26 2.68
4 3.26
4.06 4.06
6 5.22
Precipitação (mm) 6
5.22
7.01
Precipitação (mm)
8
8 7.01
10
10.02 10
12 10.02
12
14
14
16
15.7 16
15.7
18
18
20
20
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
9
0 0
2 2 1.36
2.021.76 1.54
2.8
4 4 2.36
3.41 4.23 3.41 4.23
6 6
5.45 5.45
Precipitação (mm)
Precipitação (mm)
8 8
7.32 7.32
10 10
10.46 10.46
12 12
14 14
16 16
16.39 16.39
18 18
20 20
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
11
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
0
1
3
5
7
9
0
2
2
1.731.54
4 2.28
3.84 2.67
4 1.98
4.78 3.84 3.16
6
Precipitação (mm)
6.14 6
Precipitação (mm)
4.78
8
6.14
8.26
8
10 8.26
10
12
11.79 12
11.79
14 14
16 16
18 18
18.5 18.5
20 20
13
15
17
19
21
23
25
27
29
31
33
35
37
39
1
0
0.81 0.72
2 1.06 0.93
1.25 1.48
1.8 2.23
2.87
4
3.87
6
5.52
Precipitação (mm)
8
8.65
10
12
14
16
18
20
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60
60
40
40
20
20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min)
tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
Tabela D2 – CLASS 2.
Sem Medidas Estruturais
CLASS 2
Evento Trecho Volume (m3) Duração (min)
TC2 NA NA
30 min TR 10
TC1 NA NA
TC2 NA NA
30 min TR 15
TC1 NA NA
TC2 NA NA
30 min TR 20
Simeão NA NA
TC3 NA NA
30 min TR 25
Simeão NA NA
TC3 42.63 20.00
30 min TR 30 TC1 NA NA
Simeão NA NA
TC3 313.01 35.00
30 min TR 50 TC1 NA NA
Simeão NA NA
TabelaD3 – CLASS 3.
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40
40
20
20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min)
tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
Medida 1
CLASS 1
Evento Trecho Volume (m3) Duração (min)
TC1 NA NA
60 min TR 10
TC2 NA NA
TC1 NA NA
60 min TR 15
TC2 NA NA
TC1 NA NA
60 min TR 20
TC2 NA NA
TC1 NA NA
60 min TR 25
TC2 NA NA
TC1 NA NA
60 min TR 30
TC2 NA NA
TC3 86.25 20.00
60 min TR 50
TC2 NA NA
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 249
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Anexos
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
60 min TR 5 60 min TR 15 60 min TR 30 60 min TR 50
30 min TR 30 30 min TR 50
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
tempo (5 min) tempo (5 min)
200 220
200
180
180
160
160
140
Vazão (m3/s)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0
0
1 6 11 16 21 26 31 36
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
intervalo de tempo (5 min)
Medida 2
CLASS 2
Evento Trecho Volume (m3) Duração (min)
TC1 NA NA
60 min TR 10
TC2 NA NA
TC1 NA NA
60 min TR 15
TC2 NA NA
TC1 0.00 NA
60 min TR 20
TC2 0.00 NA
TC1 0.00 NA
60 min TR 25
TC2 0.00 NA
TC1 0.00 NA
60 min TR 30
TC2 0.00 NA
TC1 0.00 NA
60 min TR 50
TC3 57.03 25.00
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
30minTR5 30minTR15
30minTR30 30minTR50
Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
30 min TR 30 30 min TR 50
Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
Cota de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
60minTR30 60minTR50
4.00
3.50
Cota de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60 min TR 5 60 min TR 15
60 min TR 30 60 min TR 50
4.00
3.50
Cota de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
30minTR5 30minTR15 30minTR30
60minTR30 60minTR50
30minTR50 capacidade trecho 60minTR2 capacidade do trecho
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
30minTR5 30minTR15
30minTR30 30minTR50
Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
30 min TR 30 30 min TR 50
Cota de extravazamento
4,50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
60minTR30 60minTR50
60minTR2 Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
Cota de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60 min TR 5 60 min TR 15
60 min TR 30 60 min TR 50
60 min TR 2 cota de extravazamento
4,50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
140
Vazão (m3/s)
120
120
100
100
80
80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
30minTR5 30minTR15 30minTR30
60minTR30 60minTR50
30minTR50 capacidade trecho 60minTR2 capacidade do trecho
220 220
200 200
180 180
160 160
140 140
Vazão (m3/s)
Vazão (m3/s)
120 120
100 100
80 80
60 60
40 40
20 20
0 0
1 6 11 16 21 26 31 36 1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min) intervalo de tempo (5 min)
30minTR5 30minTR15
30minTR30 30minTR50
Cota de extravazamento
4.50
4.00
3.50
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
30 min TR 5 30 min TR 15
30 min TR 30 30 min TR 50
Cota de extravazamento
4,50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60minTR5 60minTR15
60minTR30 60minTR50
4.00
3.50
Cota de descarga (m)
3.00
2.50
2.00
1.50
1.00
0.50
0.00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 min)
60 min TR 5 60 min TR 15
60 min TR 30 60 min TR 50
4,00
3,50
Cota de descarga (m)
3,00
2,50
2,00
1,50
1,00
0,50
0,00
1 6 11 16 21 26 31 36
intervalo de tempo (5 minutos)
c
c programa para cortar no mdt uma "cunha"de inundação
c Declaração de variáveis
real IMG[allocatable](:,:)
real img1aux[allocatable](:,:)
real z[allocatable](:,:)
real zresult[allocatable](:,:)
real zresumzero[allocatable](:,:)
real zmarca[allocatable](:,:)
character*30 def
def='\publico\'
open(unit=1,defaultfile=def,file='mdtinund.rdc',
$status='old')
read(1,1)nl,nc,xmin,xmax,ymin,ymax,cotamin,cotamax
1 format(4/,13x,i5,/,13x,i5,4/,13x,f11.3,/,13x,f11.3,/,13x
$,f12.3,/,13x,f12.3,5/,13x,f4.0,/,13x,f4.0)
write(*,*)nl,nc
write(*,*)'digite os valores de a,b e c'
read(*,*)a,b,c
allocate(IMG(nl,nc))
allocate(img1aux(nl,nc))
allocate(z(nl,nc))
allocate(zresult(nl,nc))
allocate(zresumzero(nl,nc))
allocate(zmarca(nl,nc))
open(unit=2,defaultfile=def,file='mdtinund.rst',
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 269
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Anexos
$form='binary',status='old')
do 10 i=1,nl
do 10 j=1,nc
read(2)IMG(i,j)
10 continue
do 65 i=1,nl
do 66 j=1,nc
img1aux(i,j)=IMG(i,j)
66 continue
65 continue
z(i,j)=a*(199000.0000000+
*j*10.00000000)+b*(7557000.00000+
* (900-i)*10.00000000)+c
if((z(i,j).ge.img1aux(i,j)).and.(img1aux(i,j).ne.0.))then
zresult(i,j)=z(i,j)
zmarca(i,j)=3
else
zresult(i,j)=0
zmarca(i,j)=4
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 270
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Anexos
endif
101 continue
do 102 i=1,nl
do 102 j=1,nc
if(zresult(i,j).ne.0.and.zmarca(i,j).eq.3)then
zresumzero(i,j)=1
else
zresumzero(i,j)=0
endif
102 continue
c ***escrever ******
open(unit=3,defaultfile=def,file='mdtresult.rst',form='binary',
$status='old')
open(unit=4,defaultfile=def,file='mdtzero.rst',form='binary',
$status='old')
open(unit=5,defaultfile=def,file='mdtascii',
$status='old')
do 103 i=1,nl
do 103 j=1,nc
write(3)zresult(i,j)
write(4)zresumzero(i,j)
write(5,*)'zresult = ',zresult(i,j)
write(5,*)'zresumzero = ',zresumzero(i,j)
103 continue
end
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 271
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Anexos
Objetivos:
Data:____/____/______ Horário:____________________
Nome:_______________________________________________
Idade:_______________
Comentários iniciais:___________________________
Nível de escolaridade:
( ) Primeiro Grau
( ) Segundo Grau
( ) Terceiro Grau
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim ( ) Não
( ) Muito pouco
( ) Jornal ( ) Televisão
( ) Rádio ( ) Universidade
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 272
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Anexos
( )Outros_______________________________
( ) Sim ( ) Não
( ) Sim, e esta impermeabilização deveria ser mais bem controlada pelo Código de
Obras
Caso positivo:
Data:_____/_____/________ Local:____________________________
“Previsão de Enchentes para o Plano Diretor de Drenagem Urbana de São Carlos (PDDUSC) na Bacia Escola do Córrego 273
do Gregório” Regina Mambeli Barros (SHS-EESC/USP) – Anexos
Evento:__________________________________________________________
Descrição:________________________________________________________
( ) Sim ( ) Não
( ) controle de impermeabilização
( ) desconheço
( ) Outros:_______________________________
( ) Sim ( ) Não
( ) Seminários ( ) Internet
( ) Apostilas ( ) Escola
( ) Outros:_______________________________
Expressão espontânea:_______________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
__________________________________________________
80%
72%
70% primeira etapa
62% segunda etapa
58% terceira etapa
60%
50%
42%
40% 38%
30%
25%
20%
10%
3%
0% 0%
0%
Sim Não Mais ou menos
80%
70% 68%
61%
60%
32%
30%
20%
15%
10%
0%
Sim Não
80%
74%
50%
43% 43%
40%
30%
24%
23%
20%
15%
10%
10%
3%
0%
Sim Não Muito Pouco
100%
91%
90%
82%
81%
80%
70%
60%
primeira etapa
50% segunda etapa
terceira etapa
40%
30%
19%
20% 18%
9%
10%
0%
Sim Não
70%
65%
primeira etapa
60% segunda etapa
51%
terceira etapa
48%
50%
40%
29%
30%
26%
16%
20%
15%
12% 10%
9%
10% 7%
6%
3% 3% 0%
0% 0% 0%
0%
Um nível Algum , porém Nenhum , Nenhum , Nenhum , eu até Nenhum .
fundam ental, não s ei enchente é um enchente é um colaboro com a
através da des crever. problem a para o problem a s em coleta de lixo
colaboração em Governo. s olução.
com itê de bacia.
90%
primeira etapa
80% segunda etapa
76%
terceira etapa
71%
70% 68%
60%
50%
40%
32%
29%
30%
24%
20%
10%
0%
Sim, e esta impermeabilização deveria ser Não, considero que apenas obras de
mais bem controlada pelo Código de Obras. canalização resolveriam o problema de
enchentes.
90%
79%
80%
70%
60% 58%
53%
32%
29%
30%
20%
15% 15%
13%
10%
6%
0%
Sim, minha casa/loja já Sim, conheço vítimas de Não.
inundou. inundação.
30%
primeira etapa
segunda etapa
25%
25% terceira etapa
23%
20%
15%
10%
10%
6%
4% 4%
5%
1% 0% 1%
0% 0% 0% 0% 0% 0%
0%
Região do Regiões do AzulVille II Próximo ao Lagoa Serena
mercado mercado Kartódromo (São Carlos)
Municipal (São Municipal (São
Carlos) Carlos) e baixada
do Shopping
70%
50%
42%
41% 41%
40%
primeira etapa
segunda etapa
terceira etapa
30%
20%
10%
1%
0% 0%
0%
Sim Não Sem resposta (branco)
120%
100% 96%
94% 94%
80%
primeira etapa
60% segunda etapa
terceira etapa
40%
20%
6% 6%
4%
0%
Sim Não
40%
35%
35%
32%
30%
25%
primeira fase
20% segunda fase
18% terceira fase
16%
15%
12%
10%
10% 9% 6%
6%
6% 6%
5%
3%
0%
Seminários Apostilas Internet Escola
Figura O11-Meio pelo qual o entrevistado deseja ser mais bem informado a
respeito da conservação da água em sua bacia.
0%
outros: medidas estruturais e não estruturais e captação de água
0%
de chuva 1%
15%
desconheço 26%
18%
0%
terceira etapa
aumento da calha do rio e medidas estruturais e não estruturais 3%
1% segunda etapa
6% primeira etapa
controle de impermeabilização e medidas estruturais e não
13%
estruturais
9%
12%
controle de impermeabilização, aumento da calha do rio e medidas
10%
estruturais e não estruturais
9%
24%