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Introdução

O Presente trabalho aborda sobre a acção geológica dos rios começamos por
dizer que os rios constituem os agentes mais importantes no transporte de
materiais intemperizados das árias elevadas para as mais baixas e dos
continentes para o mar.

Vamos fazer uma breve consideração sobre o rio analisaremos as acções


erosivas dos rios, aprenderemos o que é um meandro e muito mais por isso
pedimos a máxima atenção e colaboração dos colegas.

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RIO
Um rio (do latim rivus) é um curso de água, usualmente de água doce,[1] que flui por
gravidade em direção a um oceano, um lago, um mar, ou um outro rio. Em alguns
casos, um rio simplesmente flui para o solo ou seca completamente antes de chegar a
outro corpo d'água. Pequenos rios também podem ser chamados por outros nomes,
incluindo córrego, canal, riacho, arroio, riachuelo ou ribeira. Não existe uma regra
geral que define o que pode ser chamado de rio, embora em alguns países ou
comunidades, um fluxo pode ser definido pelo seu tamanho. Muitos nomes de rios
de pequeno porte são específicos para a sua localização geográfica. Um exemplo é o
termo "burn", usado na Escócia e no Nordeste da Inglaterra.

Às vezes um rio é considerado maior do que um afluente, mas isso nem sempre é o
caso, por causa da imprecisão na linguagem.
O rio faz parte do ciclo hidrológico. A água de um rio é geralmente coletada através
de escoamento superficial, recarga das águas subterrâneas, nascentes, e a liberação
da água armazenada em gelo natural (por exemplo, das geleiras).

ACÇÃO GEOLÓGICA DOS RIOS

Os rios são os maiores agentes geológicos a operar na superfície da terra. O termo


curso de [água reporta a qualquer corpo de [água que flua, seja ele pequeno ou
grande, ao passo que o termo rio se aplica aos ramos hierarquicamente superiores de
um grande sistema fluvial.

Os cursos de água cobrem grande parte da superfície terrestre emersa e têm um


papel importante na modelação das paisagens continentais, uma vez que erodem
montanhas, e transportamos produtos da meteorização para os oceanos,
depositando milhões de toneladas de sedimentos, durante o seu percurso, sob a
forma de barras e de eluviões. Nas suas desembocaduras, situadas nas margens dos
continentes, eles depositam um volume ainda maior de sedimentos, continuamente
o continente para o interior dos oceanos.

Por todo o mundo, os rios transportam milhões de toneladas de sedimentos.

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Acção erosiva dos rios

Os rios e ribeiros são correntes ou cursos de água, geralmente permanentes que


correm em leitos próprios.
Os rios são os principais agentes modeladores da superfície terrestre. Na sua função,
desgastam as rochas, transportam e depositam calhaus, areias, lodo, etc. todos os
rios, independentemente do tamanho, são responsáveis pela alteração da paisagem
terrestre.

Um rio não é um sistema isolado, ocorre numa região (bacia hidrográfica – conjunto
de um rio principal e todos os seus afluentes), na qual as águas seguindo uma
direcção convergente o alimentam. Numa bacia hidrográfica, corre um rio principal e
os seus afluentes.

A capacidade de erosão e transporte dos rios depende da sua velocidade. Variações


ligeiras na velocidade podem conduzir às mudanças significativas na quantidade de
sedimentos transportados pela água. Vários factores determinam a velocidade da
corrente tais como:

  Declive ou gradiente – Expresso em metros por quilómetros;


  Área de secção do leito – Expressa em metros quadrados;
 Débito ou descarga – Expresso em metros cúbicos por segundos;
  Competência – Expressa em quilogramas por metros cúbicos.

Como a água se desloca por acção da gravidade, o declive do leito é um factor


importante do comportamento do rio. Um leito que se desenvolve em cascata tem
obviamente um comportamento diferente do de um rio que corre numa planície.

A forma do canal em secção transversal determina a quantidade de água em contacto


com o canal e por isso afecta a fricção. Os canais mais eficientes são os de menor
perímetro da área da secção do leito. O débito é a quantidade de água fluindo por
certo ponto em certa unidade de tempo.

A erosão e sedimentação nos rios são condicionadas principalmente pela velocidade


das águas e pela competência.

A velocidade depende fundamentalmente do declive, da forma e constituição do leito


e, normalmente é maior no centro do que nas margens e à superfície do que em
profundidade. O declive pode ser modificado quer pela sedimentação, quer pela
erosão provocada pelo próprio rio. Uma elevação do nível superior do rio pode
provocar uma variação do declive que, originado um aumento da velocidade tem por
consequência um agravamento da erosão.

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Outro factor que condiciona a velocidade da corrente, para um mesmo débito, é a
área do leito e a sua constituição. Quando o leito é estrito, a velocidade é maior. Se o
leito é largo, a velocidade é menor. Se apresentar detritos grosseiros, a velocidade da
água pode diminuir devido ao atrito e ao aumento da turbulência junto ao fundo do
leito.

A competência do rio, quantidade de sedimentos transportados por unidade de


volume, contribui para a função erosiva do rio. Quanto maior for à carga sedimentar
transportada, maior será a sua capacidade erosiva.

TRANSPORTE DOS MATERIAIS

Os sedimentos transportados pelos rios podem sê-lo por rolamento, arrastamento, saltação,
suspensão e dissolução. Os sedimentos dissolvidos são invisíveis.
Processos de transporte de sedimentos.

O volume total de detritos que podem ser transportados por um rio constitui a sua
capacidade. A competência e a capacidade de um rio aumentam na razão directa do
aumento de velocidade.

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Durante o período de grande precipitação podem ocorrer cheias que aumentam a
capacidade, competência e velocidade da corrente do rio. Estas situações podem dar
origem a autênticas catástrofes.

SEDIMENTAÇÃO DOS MATERIAIS

Os detritos depositados pelos rios, vulgarmente areia e cascalho, constituem bancos


ou barras de canal, que são amontoados de sedimentos, ao longo do leito.

A sedimentação ocorre quando o declive e a velocidade diminuem e varia na razão


directa da densidade dos detritos. As partículas em suspensão e as dissolvidas são as
que se mantêm mais tempo por sedimentar.

Um aumento da capacidade do rio pode permitir que os bancos anteriormente


existentes sejam erodidos e se formem novos bancos que aparecem separados por
canais.

MEANDROS

O meandro é a curva do rio que se forma no curso dos tributários, produto da força
da corrente que os impulsiona. O mesmo termo também é freqüentemente usado
para definir uma curva representada em uma obra de arte; no entanto, seu uso mais
freqüente está ligado à forma curva que os rios assumem durante seu deslocamento.

Etimologicamente, a palavra meandro vem do rio Maiandros. Os gregos deram esse


nome ao rio porque tinha curvas muito acentuadas em seu canal. Do grego, tornou-
se latim como meandro, e hoje é conhecido como meandro. Desde aquela época
antiga, as curvas pronunciadas nos rios são identificadas como meandros.

Meandro do rio Amazonas

Na literatura, tem um uso metafórico. Por exemplo, o escritor argentino Jorge Luis
Borges usou a palavra “meandro” em suas obras para se referir a temas sinuosos. Seu
uso em várias línguas é sinônimo das palavras curva, dobra, enrolamento,
embaralhado, ondulado, sinuoso e curvado, entre outras.
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Os meandros servem para caracterizar um tipo específico de rio de acordo com seu
projeto. Existem três tipos de tributários: o trançado, o reto e o curvo ou
meandriforme.

Como se forma um meandro?

As águas de um rio sempre correm em uma direção, que é determinada pela


inclinação do terreno em que viaja, embora às vezes pareça que a superfície é plana.

Para testá-lo, você pode fazer um experimento simples. A água é colocada dentro de
um tubo e lá pode ser visto que a velocidade do deslocamento da água aumenta e
diminui; A velocidade depende da inclinação do tubo.

O mesmo vale para o leito do rio. A água corre dentro de um canal; quanto maior a
inclinação da terra, maior a velocidade da água e, conseqüentemente, maior a força É
precisamente essa força que erode o chão, dando essa forma curva ao canal.

À medida que a corrente dos rios se move em superfícies porosas e permeáveis, as


bordas desse canal natural através do qual o rio continua seu curso correm. Quando
usado, adquire a forma côncava característica, gerando uma curva.

Tipos

Existem meandros muito pronunciados e mais leves; Isto é devido à força centrífuga da água
que passa através da curva. O tamanho do rio também influencia: quanto maiores, mais
pronunciados os meandros.

A força da água também pode diminuir. Nesse caso, a curva é preenchida com sedimentos até
que a corrente pare de fluir através desse setor e o meandro desapareça. Em seu lugar, aparece
um “lago arco de boi”, nome vulgar com o qual essa modificação é chamada. Existem vários
tipos de meandros:

 Meandro incorporado
 Meandro Alargador
 Meandro de vale ou aprofundado
 Meandro errante
 Meandro abandonado

Perfil longitudinal de um rio

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Uma maneira eficaz de estudar um rio é examinando o seu perfil longitudinal. Tal
perfil é simplesmente uma secção da corrente desde a área da nascente
(denominada de cabeceira) até a foz (desembocadura).

O nível de base é definido como a menor elevação na qual o rio pode erodir o seu
canal. Essencialmente é o nível no qual a desembocadura do rio entra no oceano,
num lago, ou noutra corrente.

O nível de base é importante pelo facto de a maior parte dos perfis dos rios terem
gradiente baixo próximo das suas desembocaduras, devido ao facto do rio estar a se
aproximar à elevação abaixo da qual eles não poderão erodir o seu leito.

Um grande rio que deságua no mar tem no nível médio das águas do mar o seu nível
de base, em função do qual regula o seu perfil.
Pelo facto de este nível condicionar toda a rede fluvial dos continentes chama-se
nível de base geral. O ponto de confluência de dois cursos de água funciona para o
afluente como nível de base local. Acidentes, como barragens, naturais ou artificiais,
são responsáveis pelo mesmo efeito regularizador dos troços que ficam a montante
do nível de base.

O perfil longitudinal do rio também estabelece o seu estádio de evolução. À medida


que o rio se vai aproximando do seu perfil de equilíbrio, a erosão vertical ou
escavamento do leito vai diminuindo, dando lugar a um alargamento do rio e a um
aumento da sedimentação.

A regularização do perfil faz-se da foz (jusante) para a nascente (montante). As


irregularidades vão desaparecendo, os rápidos recuando, o mesmo sucedendo às
cabeceiras, que vão penetrando na montanha. Esta progressão da erosão no sentido
contrário ao da corrente é denominada erosão regressiva.
Em geral, um curso de água inicialmente percorre um vale cujo talvegue (zona mais
profunda do leito) tem um perfil longitudinal e muito irregular, com variações mais
ou menos bruscas de declive.
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Essas variações podem constituir rápidos, quando há um aumento brusco de declive
ou quedas de água, cascatas ou cataratas, quando ocorrem grandes
desnivelamentos.

Após evolução mais ou menos prolongada e desde que o seu nível de base se
mantenha o tempo necessário, o rio acabará por regularizar o seu perfil, atingindo o
perfil de equilíbrio, ou seja, quando desaparecem todas as irregularidades e o
trabalho erosivo praticamente não existe.

Conclusão
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Em vista dos argumentos apresentados nós chegamos à conclusão que os rios
são os principais agentes modeladores da superfície terrestre. Na sua função,
desgastam as rochas, transportam e depositam calhaus, areias, lodo, etc. todos
os rios, independentemente do tamanho, são responsáveis pela alteração da
paisagem terrestre, os rios são vias de ligação e transporte entre várias
localidades. Fornecem alguns alimentos ao homem. Em alguns rios são
encontrados minerais de especial valor econômico como ouro, diamante e
cassiterite, os quais são transportados e depositados com areias e seixos.

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