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TEMA 5

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL
RELEVO FLUVIAL

Os rios constituem os agentes


mais importantes na drenagem e
transporte de materiais do solo
Formação de uma corrente fluvial pelo degelo
das áreas elevadas para as mais glacial

baixas, e dos continentes para o


mar.
Por isto desempenham um papel
fundamental na modelação do Corrente fluvial em região tropical

relevo, incluindo as zonas áridas,


desérticas, semidesérticas e
periglaciares

Relevo fluvial no deserto da Atacama


Elementos que compõem o sistema fluvial

 Leito: canal através da qual


correm as águas.

 Bacia fluvial: (Bacia de


drenagem, bacia hidrográfica)
compreende toda a área na
qual uma corrente e seus
tributários recebem água.
Cada tributário tem sua própria área de
drenagem, que faz parte da bacia maior.
 Linha divisória das
águas ou divisores
de águas: Linha que
une os pontos de
máxima altura da
bacia e que limita
 Nível de base de erosão: toda a área da
define-se como o ponto mesma.
mais baixo ao qual essa
corrente pode erodir seu
leito. Qualquer meio que
evite à corrente rebaixar
mais seu canal, serve para
criar um nivel de base.
Desembocaduras fluviais/Foz do Rio: ponto mais
baixo (inferior) do rio pelo qual se deságua por
volta de outro corpo de água ou ao mar

Delta

Estuario
A magnitude e evolução dos processos que realizam o
modelamento do relevo fluvial depende dos seguintes
factores:
 Clima
 Litologia
 Estruturas geológicas por onde correm as águas
 Vegetação
 Actividades humanas

 O clima determina o volume de precipitações que


chega à superfície e que deve escorrer através do
sistema de canais.
Quanto maior for volume de água, maior será a rede
fluvial necessária para drenar a água e portanto, maior
será o trabalho dos rios.
 Litologia: determina a velocidade e intensidade dos
processos erosivos.
Sobre as rochas duras os vales
fluviais se caracterizam por
apresentar encostas abruptas,
requerendo/exigindo maior tempo
geológico para originar/gerar a
planície fluvial.

Nas rochas menos resistentes aos


processos erosivos, a morfologia
fluvial é geralmente mais suave,
facilitando a formação da planície
de inundação, divisórias de águas
principais suaves e rápida
formação de meandros.
 Estrutura geológica
• O relevo de uma bacia fluvial é configurado em
função das características tectónicas ou
estruturais. Por exemplo: quedas de água ou
cascatas estão associadas geralmente a zonas de
escarpas tectónicas.
• Os terraços fluviais originam-se em regiões
afectadas por levantamentos tectónicos.
• A configuração da rede de drenagem
depende do controle estrutural que
exercem as rochas que afloram
na bacia.
 A vegetação intervem de diferentes formas no
modelamento do relevo pelos agentes fluviais.
Uma região com uma cobertura
vegetal abundante terá um fluxo
de água regulada, com menos
contraste entre os períodos de
estiagem (nível baixo das águas) e
de submersão, o que impede o
desenvolvimento de grandes
inundações.

A ausência da coberta vegetal nas


encostas do leito e da bacia em
geral potencia a erosão fluvial e
aumenta o volume de solo que é
transportado pelas águas.
Em relação à actividade humana, é responsável pela
modificação da paisagem fluvial. A mineração a céu
aberto, a agricultura e as construções são as principais
actividades sócio produtivas que alteram a paisagem
fluvial natural.
Os rios exercem um
importante trabalho de
erosão, transporte e
sedimentação

O trabalho erosivo e de
transporte dos rios supõe
a perda de uma capa de
solo equivalente a 3 cm de
espessura cada 1000 anos.
Nas áreas montanhas esta
taxa se eleva a 20.6 - 91.4
cm cada 1000 anos
As geoformas fluviais dependem do estado de evolução
da paisagem, que vai variando do curso superior do rio,
na parte mais alta da bacia fluvial, para a zona mais baixa
ou desembocadura/foz.
• No curso superior do rio, o
leito é o mais estreito e
sua inclinação a maior de
todo o curso fluvial
• Os principais elementos
que caracterizam a
paisagem são os vales em
forma de V.
• O curso médio é a parte mais larga do rio, o vale alarga,
tomando forma de U, e sua inclinação se reduz, inicia-se a
formação da planície de inundação e dos meandros e as
divisórias apresentam formas arredondadas.

erosão lateral
• No curso inferior o
vale domina a
paisagem e só
permanecem como
elevações colinas
isoladas de baixa
altura e suave
inclinação.
• O leito alcança a
largura máxima;

• A planície de inundação é ampla e podem observar-


se canais abandonados (oxbow) como testemunhas
dos meandros que foram abandonados pelo rio.
Formação e secção de um delta fluvial
Tipos de deltas fluviais
De acordo com a carga sedimentar que os rios transportam, podemos dividir os
sistemas fluviais da seguinte maneira:

Sistema Fluvial Tipo de carga sedimentar


Leques aluviais e leque deltaicos Sedimentos de fundo do canal

Braided (rios interlaçados) Sedimentos de fundo do canal

Meandrantes Mistura de sedimentos de fundo e em


suspensão

Anastomosados Principalmente sedimentos em suspensão


Processos fluviais e meio ambiente
Os processos fluviais são os responsáveis pela distribuição da água
nas terras submersas e contribuem para recarga dos aquíferas.
A importância do recurso água para a humanidade levou a
considerar prioridade o que se chamou Gestao de bacias
hidrográficas.
O gestao de bacias inclui diferentes aspectos nos quais intervém o
geólogo:
 Qualidade das águas, partindo de que os sistemas fluviais são
frequentemente utilizados como deposito de desperdícios
humanos e industriais
 Conservação do perfil de equilíbrio dos leitos, que é alterado
freqüentemente por dragagem ou contribua com excessivo de
carrega física ou sedimentos devido a atividades mineiras,
agrícolas e construtivas.
 Controle das inundações.
Inundações, efeito gerado pelo fluxo de uma
corrente quando ultrapassa as condições que lhe são
normais e alcança níveis extraordinários que não
podem ser controlados nos copos naturais ou artificiais
que a contêm, o qual deriva ordinariamente os danos
que em águas transbordadas ocasiona em zonas
urbanas, terras produtivas e em geral em vales e
sítios baixos.
TIPOS DE INUNDAÇÕES. Atendendo aos lugares onde se
produzem podem ser: costeiras (as costas marítimas),
fluviais, lacustres e pluviais (em terrenos de topografia
plaina por causa das chuvas excessivas e à inexistência ou
defeito do sistema de drenagem).
Os níveis de inundação dependem não só das
precipitações mas também do grau de saturação
que tem o solo e os dias que leva chovendo.
Causa das inundações. Os furacões e os ciclones fazem que a
NATURAIS água do mar invada as zonas costeiras,
 intensas chuvas originando grandes inundações. E os
 inundações fluviais deslizamentos de ladeiras que
 penetrações do mar obstruem os leitos dos rios podem
 degelo estancar águas que quando quebram o
dique causam graves inundações
NÃO NATURAIS (ANTROPICAS)
Ruptura de represas ou empoces.
Atividades humanas: asfaltar maiores superfícies se impermeabiliza o chão,
impede a infiltração e facilita a escorrimento; o tala de bosques e os cultivos
que eliminam a cobertura vegetal do chão e facilitam a erosão, com o que
chegam aos rios grandes quantidades de materiais em suspensão que agravam
os efeitos da inundação; as canalizações, etc.
-A ocupação dos leitos por construções reduz a seção útil para evacuar a água
e reduz a capacidade da planície de inundação do rio. A conseqüência é que as
águas sobem a um nível mais alto e que chega maior quantidade de água aos
seguintes tramos do rio, porque não pôde ser empoçada pela planície de
inundação, provocando maiores transbordamentos. Por outra parte o risco de
perder a vida e de danos pessoais é muito alto nas pessoas que vivem nesses
lugares.
MISTAS
- Em algumas ocasione pode produzir uma inundação pela ruptura de uma
obra hidráulica, por causas meteorológicas.
Bibliografía
Hugget, R. J. (2011). Fundamentals of Geomorphology.
New York, Taylor & Francis e-Library.
Thomas, M. F. (1994). Geomorphology in the tropics: a
study of weathering and denudation in low latitudes.
John Wiley & Sons.
Seco R. Geomorfología. Cap. II y III: Aspectos
generales de la Geomorfología.
Gutiérrez Elorza, Mateo. GEOMORFOLOGÍA, 2008
Montoya Monsalve J.J. Evolución del paisaje, 2009
GEOMORFOLOGÍA (Compendio de artículos)

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