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GEOGRAFIA

Dinâmica de uma bacia hidrográfica

Os elementos de uma bacia hidrográfica

Rio principal: rio que desagua no mar ou num lago.

Afluente: curso de água que corre para um outro de importância superior.

Rede hidrográfica: conjunto formado pelo rio principal, e por todos os seus afluentes, a sua
maior e menor densidade explica-se pela quantidade de precipitação.

Bacia hidrográfica: é a área drenada por diferentes redes hidrográficas.

Fatores que influencia variação dos caudais

Precipitação

 Chove mais o caudal aumenta e o rio pode inundar as margens provocando cheias;
 Não chove o caudal diminui atingindo níveis mínimos, designados por leito de
estiagem.

Nota:

Regime fluvial: é a variação de caudal de um curso de água ao longo do ano.

Perenes – Mantém o caudal constante ao longo do ano, ou seja, escoa água durante todo
o ano – Caudal constante

Intermitentes – Variam durante o ano. Caudal elevado na estação húmida e baixo na seca.

Efémeros – Rios que só aparecem quando há muita precipitação

Relevo
 Através da altitude, das formas das vertentes e das diferenças de declive do leito do
rio.

Ex:

 Caso a rede hidrográfica se encontre numa região montanhosa, o declive vai ser maior,
contribuindo assim para maior escorrência, logo o caudal será maior.
 Caso a rede hidrográfica se encontra numa zona plana, isso irá contribuir para a
infiltração, reduzindo a quantidade de água que circulará na rede hidrográfica.

Cobertura vegetal
 Evita a escorrência superficial mais forte e por essa via diminuiu a probabilidade de
cheias, deslizamentos e desmoronamentos.

Ex:
 Caso a rede hidrográfica se encontre numa região de floresta densa, isso contribuirá
para a infiltração e por sua vez o causal será menor.
 Caso a floresta seja menos densa, ocorrerá maior escorrência e, o caudal do rio será
maior.

Natureza e permeabilidade da rocha


 Quando há maior impermeabilização, há menos infiltração das águas nos solos e há
maior escorrência superficial.

Ex:

 A rede hidrográfica pode estar, ou não, situada sob rochas/solo premiáveis ou


impermeáveis.
 Premiáveis: Infiltração – menor quantidade de água na rede hidrográfica
 Impermeáveis: Escorrência – maior quantidade de água na rede hidrográfica

Ação do Homem
Ex:

 Construção de barragens, desflorestação, etc.

A dinâmica da bacia hidrográfica

Perfil transversal de um rio

 Monstra a forma do vale num determinado local;


 É a linha que une as duas margens de um rio passando pelo fundo do rio.

Perfil longitudinal de um rio

 Representa a sua extensão e as diferenças de altitude desde a nascente até à foz,


também é possível incluir outras informações, tais como as localidades que estão nas
margens desses rios;
 É a linha que une vários pontos do fundo do leito de um rio, partindo da nascente até à
foz.

As três fases do curso do rio


CURSO FASE PREDOMINA FORMA DE
Superior Jovem Erosão “V” fechado
Intermédio ou médio Adulta Transporte “V” aberto
Inferior Idosa Sedimentação Vale
Os principais rios do mundo
Rios Extensão Caudal
Nilo 6671 Km 6403 m³
Amazonas 6280 Km 219 681 m³
Zaire 4374 Km 46 282 m³

Extensão de um rio Caudal de um rio

Tamanho de um rio, medido em km. Volume de água que passa num dado local
do rio, medido em m³.

A dinâmica das bacias hidrográficas de Portugal

Nota:

Rios internacionais: Tejo, Douro, Guadiana, Minho.

O rio Mondego é o maior rio (curso de agua) com nascente em Portugal.

Interação dos fatores naturais


Portugal Norte do país +/- Sul do país +/-
Rede hidrográfica Mais densa + Menos densa -
Caudais Maiores + Menores -
Precipitação Elevada + Escassa -
Temperaturas Baixas - Elevadas +
Evaporação Menor - Maior +

Devido à temperatura.

Nota:

 No outono e inverno os caudais são maiores devido à precipitação.


 No verão e primavera os caudais são menores devido à precipitação.
Interação dos fatores humanos

Motivos que levaram à construção de barragens:

 A produção de energia hidroelétrica;


 O abastecimento de água;
 O armazenamento de reservas;
 A regularização dos caudais;
 O aproveitamento das albufeiras para fins turísticos.

A gestão dos recursos hídricos (água)

PROBLEMAS

A. Nos espaços urbanos: A poluição provocada pelo lançamento dos esgotos


domésticos nos rios contribui para o aumento da poluição dos recursos da água.

B. Na atividade mineira e produção energética: Estas atividades contribuem para a


contaminação da água.

C. Na indústria: Além de produzirem resíduos industriais tóxicos, algumas industrias


lançam diretamente nos rios os produtos químicos usados na sua atividade.

D. Na pecuária: o envio de dejetos não tratados dos animais para os rios faz de
algumas suiniculturas e aviários fatores de poluição muito nefastos para o ambiente.

E. Na agricultura: O uso de adubos químicos azotados, pesticidas ou outros


produtos químicos contribui para a crescente poluição das águas subterrâneas e
dos rios.

SOLUÇÕES

F. Nas áreas urbanas, a construção de estações de tratamento de água residuais


(ETAR).

G. Na atividade industrial, a utilização de modernas tecnologias e a reciclagem das


suas águas residuais, com instalação de sistema de tratamento de águas nos
circuitos de produção.

H. Na agricultura, as novas técnicas de transporte de água e de irrigação evitam as


grandes perdas de água.

I. A gestão da água passa pela racionalização dos consumos, pela contenção dos
desperdícios e pelo tratamento das águas utilizadas.

J. O ordenamento do território, através de planos de bacias hidrográficas, está a


implementar todas estas medidas no nosso país.

Dinâmica do litoral
A diversidade de formas do litoral
Praia: depósito de areia ou seixos que se acumulam em áreas mais abrigadas da coata, onde
as correntes exercem menos força.

Istmo: Porcão de terra estreita que liga duas extensões de terra.

Restinga (ou cordão litoral): banco de areia estreito e alongado, com um dos extremos
ligados em terra firme.

Os processos de evolução do litoral

Fatores que diversificam e modificam a linha de costa portuguesa:

 A natureza das rochas;


 Os movimentos das águas oceânicas;
 A ação dos rios;
 As características dos fundos marinhos;
 A ação humana.

Características da linha de costa:

 Costa alta e rochosa – formada por arribas (tipo de rocha: granito, xisto ou calcário)
 Costa baixa e arenosa – formada por praias (tipo de rochas: arenito ou marga)

As formações particulares no litoral de Portugal


Na costa portuguesa é possível encontrar vários tipos de costa, mas também varias
formas particulares de litoral, tais como:

Tômbolo (pequena península) de Peniche Sistema de barreiras de Aveiro

É um istmo que se formou por acumulação Ocorreu uma acumulação de sedimentos


de materiais arenosos transportados pelas que formou uma barreira arenosa de ilhas e
correntes marítimas ligando uma ilha canais.
continente.
O ordenamento do território na evolução do litoral
 O avanço do mar;
 A erosão costeira;
 Os desmoronamentos das arribas;
 A ocorrência de tsunamis;
 A degradação ambiental e a qualidade das águas.

O aumento do nível medio das águas do mar resulta das alterações meteorológicas,
relacionadas com o aumento da temperatura – aquecimento global.

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