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O que é hidrografia?

Hidrografia é um dos ramos da geografia física que estuda as águas da


superfície da Terra, abrangendo rios, oceanos, lagos, mares, geleiras, etc.
Em quase todos os países do mundo existem serviços hidrográficos. Os
hidrógrafos, profissionais que se ocupam em estudar a hidrografia do planeta,
analisam e catalogam as águas navegáveis de todo o mundo, elaborando
cartas e mapas que mostram, detalhadamente, a formação dos canais, a
profundidade das águas e a localização dos canais, bancos de areia, correntes
marítimas, etc. Os hidrógrafos também são responsáveis em estudar a
influência dos ventos no ritmo das águas e das marés.

 A distribuição de água

A distribuição das reservas de água do planeta é muito desigual. Por


exemplo: o índice de chuvas chega próximo de zero em alguns desertos e
supera 3 mil milímetros por ano em algumas regiões tropicais. Além disso,
97,5% da água está nos oceanos e mares e, portanto, só pode ser utilizada
após a dessalinização, o que aumente muito o seu custo. Dos 2,5% que
restaram – a água doce – somente cerca de 1/3 está disponível na superfície e
no subsolo, o restante é constituído por geleiras e neves, portanto, de difícil
utilização.
O que é uma bacia hidrográ fica?

Bacia Hidrográfica é a área ou região de drenagem de um rio principal e


seus afluentes. É a porção do espaço em que as águas das chuvas, das
montanhas, subterrâneas ou de outros rios escoam em direção a um
determinado curso d’água, abastecendo-o.

É importante, portanto, ter consciência de que, ao andarmos pelas ruas


ou em uma mata, por exemplo, estamos andando necessariamente sobre a
área de uma bacia hidrográfica, pois as águas que eventualmente escoam
nesses locais tendem a se direcionar para um rio.

O que separa uma bacia hidrográfica de outra são os divisores de água.


Eles são como uma espécie de fronteira em que, de um lado, escoa a água em
direção a um rio e, de outro, escoa a água em direção a outro rio.

Em razão da força da gravidade, as águas correm sempre do ponto mais


alto da superfície em direção aos pontos com menores altitudes. Assim,
podemos dizer que as localidades mais elevadas são os divisores de água e os
pontos menos elevados costumam abrigar o leito dos rios.
Bacias hidrográ ficas brasileiras

O Brasil, em razão de sua grande extensão territorial e da predominância


de climas úmidos, possui uma extensa e densa rede hidrográfica. Os rios
brasileiros têm diversos usos, como o abastecimento urbano e rural, a
irrigação, o lazer e a pesca. O transporte fluvial, embora ainda pouco utilizado,
vem adquirindo cada vez mais importância no país. Em regiões planálticas,
nossos rios apresentam um grande potencial hidrelétrico (capacidade de
geração de energia), bastante explorado no Centro-Sul e nos rios São
Francisco e Tocantins, com tendência de crescimento na Amazônia e Centro-
Oeste.

 Bacia do rio Amazonas (ou Amazônica): a maior bacia hidrográfica


do planeta. Drena mais da metade do território brasileiro e tem suas
vertentes delimitadas pelos divisores de água da cordilheira dos Andes,
pelo planalto das Guianas e pelo planalto Central. É o rio mais extenso
(6 992 Km no total, segundo o INPE) e de maior volume de água no
planeta. Sua vazão representa cerca de 18% da água doce que todos os
rios do planeta lançam no oceano.
 Bacia do rio Tocantins-Araguaia: no Bico do Papagaio, região que
abrange parte dos estados do Tocantins, do Pará e do Maranhão, o rio
Tocantins recebe seu principal afluente, o Araguaia, onde se encontra a
maior ilha fluvial do mundo, a do Bananal. O rio Tocantins é utilizado
para escoar parte da produção de grãos (principalmente soja) das
regiões próximas e nele foi construída a usina hidrelétrica de Tucuruí,
uma das maiores do país.

 Bacias do Paraná, Paraguai e Uruguai: são subdivisões da bacia


do rio prata (ou platina), a segunda maior bacia hidrográfica do
planeta. Vejamos seus rios mais importantes:

Paraná: principal rio da bacia Platina, é formado pelos rios Grande e


Paranaíba, na junção dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Mato
Grosso do Sul. Possui o maior potencial hidrelétrico instalado do país.
Cerca de 600 Km a jusante, delimita a fronteira entre o Brasil e Uruguai,
depois entre esse país e a Argentina e, em seguida, percorre o território
argentino até sua foz no oceano Atlântico, no estuário do rio da Prata.

Paraguai: segundo dos grandes rios da bacia Platina, nasce em Mato


Grosso, atravessa o relevo plano do Pantanal e avança pelo Paraguai
até encontrar o rio Paraná. O Paraguai e o trecho final do Paraná
formam uma via naturalmente navegável, desde Cárceres, Mato Grosso,
até Buenos Aires, Argentina, e Montevidéu, Uruguai.

Uruguai: percorre a fronteira Brasil-Argentina e a Uruguai-


Argentina até desembocar no rio Prata.

 Bacia do rio São Francisco: o rio São Francisco nasce na serra da


Canastra, em Minas Gerais, atravessa o sertão semiárido e
desemboca no oceano Atlântico, entre os estados do Sergipe e
Alagoas. Tem poucos afluentes e é aproveitado para a irrigação e
navegação, além de gerara grande quantidade de energia hidrelétrica,
principalmente no seu curso inferior.
 Bacia do rio Parnaíba: como parte dessa bacia está localizada em
região de clima semiárido, apresente pequena vazão média ao longo do
ano. Possui afluentes temporários e, em seu baixo curso alguns são
perenes.

 Bacias Atlânticas ou costeiras: o Brasil possui cinco conjuntos, ou


agrupamentos de rios, chamados bacias hidrográficas do Atlântico:
Nordeste Ocidental, Nordeste Oriental, Leste, Sudeste e Sul. As bacias
que compõem cada um desses conjuntos não possuem ligação entre si;
elas foram agrupadas por sua localização geográfica ao longo do litoral.
O rio principal de cada uma delas tem sua própria bacia hidrográfica.
As á guas subterrâ neas

No estudo das águas correntes, paradas, oceânicas e subterrâneas, é


importante considerar, de inicio, a água que provém da atmosfera. Ao entrar
em contato com a superfície, a água das chuvas pode seguir três caminhos:
escoar, infiltrar no solo ou evaporar. Por meio da evaporação, ela retorna á
atmosfera. Já a água que se infiltra no solo e a que escoa pela superfície
dirigem-se, pela ação da gravidade, às depressões ou às partes mais baixas do
relevo, alimentando córregos, rios, lagos, oceanos ou aquíferos.

A água que se infiltra no solo alimenta os aquíferos. Nos períodos mais


chuvosos, o nível freático, que é o limite dessa zona encharcada, se eleva, e,
na época de estiagem, abaixa. Ao cavar um poço encontra-se água assim que
o nível freático é atingido.

Quando o nível freático atinge a superfície, aparecem as nascentes dos


rios. Em algumas regiões, principalmente nas tropicais semiúmidas e nas
temperadas, o lençol freático abastece os rios em época de estiagem (neste
caso os rios são chamados de afluentes). Em outras, como nas regiões
semidesérticas, são os rios que abastecem de água o solo quando chega a
época de estiagem (rios influentes).

A água subterrânea também é muito importante para a manutenção da


umidade do solo, que garante sua disponibilidade para a vegetação e para o
abastecimento humano.

*Aquífero: Um aquífero é uma formação ou grupo de formações geológicas que pode


armazenar água subterrânea.
Impactos sobre as á guas
subterrâ neas

No Brasil, os problemas mais comuns das águas subterrâneas estão


relacionados com a superexplotação, a poluição e a impermeabilização do
solo.

a) Superexplotação

A superexplotação, ou seja, quando a extração de água ultrapassa o


volume infiltrado, pode afetar o escoamento básico dos rios, secar nascentes,
influenciar os níveis mínimos dos reservatórios, provocar subsidência
(afundamento) dos terrenos, induzir o deslocamento de água contaminada,
salinizar, provocar impactos negativos na biodiversidade e até mesmo exaurir
completamente o aquífero.

b) Poluição das águas subterrâneas

[...] As fontes mais comuns de poluição e contaminação direta das águas


subterrâneas são:

 Deposição de resíduos sólidos no solo: descarte de resíduos


provenientes das atividades industriais, comerciais ou domesticas em
depósitos a céu aberto, conhecidos como lixões. Nessas áreas, a água
de chuva e o líquido resultante do processo de degradação dos resíduos
orgânicos (denominado chorume) tendem a se infiltrar no solo,
carregando substâncias potencialmente poluidoras, metais pesados e
organismos patogênicos (que provocam doenças).

 Esgotos e fossas: o lançamento de esgotos diretamente sobre o solo


ou na água, os vazamentos em coletores de esgotos e a utilização de
fossas construídas de forma inadequada constituem as principais
causas de contaminação de água subterrânea.

 Atividades agrícolas: fertilizantes e agrotóxicos utilizados na agricultura


podem contaminar as águas subterrâneas com substâncias como
compostos orgânicos, nitratos, sais e metais pesados.

 Mineração: a exploração de alguns minérios, com ou sem utilização de


substancias químicas em sua extração, produz rejeitos líquidos e /ou
sólidos que podem contaminar aquíferos.
 Vazamento de substâncias tóxicas: vazamentos de tanques em
postos de combustíveis, oleodutos e gasodutos, além de acidentes no
transporte de substâncias tóxicas, combustíveis e lubrificantes.

 Cemitérios: fontes potenciais de contaminação de água, principalmente


por microrganismos.

c) Impermeabilização

O crescimento das cidades causa diversos impactos ao meio ambiente,


refletindo diretamente na qualidade e quantidade da água. A
impermeabilização do solo a partir da construção de casas, prédios, do
asfaltamento de ruas, da ausência de jardins e parques, entre outros, reduz a
capacidade de infiltração da água no solo. Sem encontrar locais para se infiltrar
a água acaba escoando pela superfície e alagando ruas.

Conclusã o
Vamos começar a conclusão falando sobre o primeiro assunto deste trabalho, a
forma que a água está distribuída no nosso planeta. Como vimos anteriomente
apenas 2,3% da água no mundo é doce, isso é um pouco preocupante, pois
não podemos beber água salgada e se levarmos em conta que desses 2,3%,
cerca de 77,2% estão congeladas e esse gelo tem se derretido cada vez mais
por causa do aquecimento global, e, se misturando com a água salgada dos
oceanos. Depois, pudemos ver que 0,39% são líquidos na superfície (rios,
lagos, oceanos e pântanos), 22,4% são liquidas e estão no subsolo e apenas
0,1% na atmosfera. Virmos também que bacias hidrográficas são áreas de
drenagem de um rio principal e são divisores de águas, e aprendemos as
partes de um rio, desde sua nascença, passando pelo seu leito até sua foz, que
pode ser em um outro rio ou no mar.

Vale ressaltar que a maior bacia hidrográfica do mundo, a bacia amazônica,


está mais de sua metade localizada no Brasil. Além disso, no nosso país ainda
está localizadas muitas bacias hidrográficas importantes, como a do Tocantins-
Araguaia, que é importante para produção de grãos, ou, a bacia do rio Prata,
que é a segunda maior bacia hidrográfica do mundo.

Logo, vimos como os lençóis freáticos são importantes para a natureza para
nós humanos, porém, a gente polui eles, as vezes até sem saber, quando
jogamos lixos em um terreno baldio, por exemplo, por isso temos que
replanejar nossas infraestruturas para parar ou pelo menos reduzir a poluição
nas águas do subterrâneo, pois, se continuar do jeito que está toda água que
está no subsolo poderá ser contaminada, assim, os rios e lagos também serão
contaminados e será bem complicado achar água doce para podermos bebe,
vamos colocar a mão na cabeça e refletir como tratamos a natureza e como
podemos economizar a nossa tão preciosa água.

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