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Hidrografia – rios

e lagos
WALKER ANTERO
Águas superficiais continentais:
• Águas superficiais continentais são as águas
formadas pelo conjunto de rios, lagos e cursos
d´água (caminhos percorridos por rios).
• Elas representam aproximadamente 1,5% das
águas do globo.
Rios:
• Os rios fazem parte do ciclo hidrológico ou
ciclo da água. Eles são importantes porque:
- São uma fonte de alimento;
- fonte de abastecimento de água;
- via de transporte;
- fonte de energia.
Ciclo hidrológico ou ciclo da água:
Características dos rios
Os rios são diferentes, de
acordo com as
características físicas da
região em que estão
(relevo, por exemplo).
Rede hidrográfica
Rede hidrográfica é o
conjunto formado por
um rio principal e
todos os seus
afluentes.
Bacias hidrográficas
são sistemas mais
complexos de entrada
e saída de energia, ou
seja, integram todo o
espaço drenado pelos
corpos d´água.
A importância da atmosfera
A atmosfera é importante para a bacia hidrográfica,
pois ela determina como será o processo de
evapotranspiração (água evaporando) e precipitação
(chuvas). Também são importantes: solo, vegetação,
atividades urbanas ou agrárias, etc.
Divisores de águas
Os divisores de água são as maiores elevações
do relevo, denominados de topos, e que
direcionam a água das chuvas e das nascentes.
Partes do rio
Entre a nascente e a
foz, inúmeros
afluentes se
incorporam ao rio
principal,
aumentando seu
volume de água.
Nascente
• A nascente se encontra na parte mais alta do
relevo. Ela pode se originar de um
afloramento de águas subterrâneas, de águas
de um lago, do derretimento de neves ou
águas das chuvas.
Erosão no rio
• À medida em que a água ganha força, descendo pelo
terreno, ela escava e aprofunda a superfície por onde
passa.
• O material desgastados das região onde as águas têm
mais força será transportado e depositado ao longo
do curso do rio, em ambas as margens.
Foz
• Ao final do curso, o rio encontrará um outro
rio, um lago ou o mar, resultando na sua foz
(final).
Tipos de foz
• Delta, estuário, mista. A foz de um rio
depende do relevo e da força das águas.

Delta

Estuário
Hidrografia e relevo
• Quando um rio percorre um terreno muito
acidentado (que não é plano ou retinho),
encontramos nele muitos saltos, corredeiras,
quedas d´água ou cachoeiras.
• Essa situação é muito comum em planaltos.
Rios e economia
Rios de planalto Rios de planície ou sem
desníveis
Por passar por terrenos Não apresentam quedas
acidentados, é melhor bruscas, e sua maior utilidade é
aproveitado para a geração de o transporte fluvial.
energia elétrica
Regimes fluviais
• Regime pluvial: Se comportam (enchem ou
ficam baixos) de acordo com a frequência das
chuvas nos lugares por onde passam.
• Regime nival (degelo em montanhas).
• Regime misto (ambos).
Rios e intermitentes e perenes
Rios intermitentes Rios perenes
Também são chamados de rios Ocorrem em regiões que não apresentam
temporários. Nos lugares com climas estiagens (secas) prolongadas. Esses rios
áridos ou semiáridos (secos), o leito não secam. Eles podem até atingir um
desses rios fica cheio de água quando há nível mínimo, nas não secam
chuvas e, quando a seca é prolongada, o completamente.
leito seca.
Consequências da diminuição das águas:

Nas áreas
Nas cidades
agrícolas
Diminuição na oferta de
Racionamento de
água utilizada para a
distribuição
produção agropecuária

Risco de apagões por


falta de água para Prejuízo nas colheitas
gerar energia elétrica.
As águas dos lagos
• Lagos são as massas se água doce ou salgada que
ocupam as depressões da crosta terrestre. Eles
podem ser:
- Permanentes ou temporários;
- Alimentados por rios, fontes, águas das chuvas, do
derretimento das neves ou geleiras.
- Mares interiores (quando são grandes).
• Eles ocorrem como consequência dos movimentos
tectônicos, geleiras, crateras vulcâncias e artificiais.
Lagos de origem tectônica
• São resultado de falhamentos,
dobramentos , soerguimento
ou afundamentos da
superfície terrestre, também
denominados de movimentos
epirogenéticos.
• Os lagos tectônicos ocorrem
quando um movimento de
blocos rochosos impede o
transcurso natural de um rio.
• Exemplos: Mar Morto,
Tanganica, Niassa.
Lagos de origem glacial
• Lagos de origem glacial
são aqueles formados
pelas águas vindas do
descongelamento das
geleiras e retidas pelas
morainas ou morenas.
• Muitos lagos na Europa
e América do Norte
tiveram suas origens em
antigas geleiras.
Lagos de origem vulcânica
• Surgem na caldeira de antigos vulcões extintos,
quando não há rachaduras e a água das chuvas se
acumula.
• Exemplo: Lago Titicaca, no Peru – o mais alto do
mundo.
Águas do subsolo
• Destino das águas das chuvas:

Escoamento superficial

• A água escorre pela superfície.

Infiltração

• A água entra no solo.

Evaporação

• Devido ao aquecimento, a água volta à


atmosfera.
As águas do subsolo
• Acumulam-se debaixo da terra devido à infiltração da água
das chuvas.
• 48% dessas águas estão até a profundidade de 800 m e 49%
abaixo de 800m.
• Recebem também o nome de águas fósseis, pois levaram
muito tempo para atingir grandes profundidades.
• A exploração dessas águas
é antiga, mas tem
aumentado com o tempo.
Condições para a formação de
aquíferos:
• As rochas precisam ser porosas, para
absorver as águas da infiltração
(geralmente, terrenos sedimentares).
• Se o solo é cristalino, é impermeável,
e as águas escoam (escorrem).
Uso das águas do subsolo
• São destinada, na maioria das vezes, ao
abastecimento de condomínios, hotéis, indústrias e
atividades agropecuárias.
• Se utilizados de forma consciente, os aquíferos
poderiam ser a solução para problemas de
abastecimento, como no sertão nordestino.
• Sua extração exagerada pode causar problemas,
como desmoronamento. Além disso, é um recurso
que deve ser usado com cuidado, pois leva muito
tempo para recompor os aquíferos.
• O maior aquífero brasileiro é o aquífero Guarani.
Problemas ambientais
• Os rios recebem volumes diferentes de água no
decorrer das estações do ano. Na época das chuvas
mais intensas, seus limites se aumentam para poder
escoar a água recebida. Esses limites estarão dentro
do vale fluvial, compondo sua planície de inundação,
formada pelo rio, ao longo de sua história.
Vale fluvial
• Vale fluvial é o vale ocupado por um rio.
Assoreamento e mata ciliar
• Quando o ser humano não interfere na natureza, as
margens são cobertas por uma mata chamada mata
ciliar. Durante o período de chuvas, elas impedem
que grande quantidade de sedimentos seja arrastada
para o leito do rio. No entanto, quando retiradas,
ocorre o assoreamento do leito (acúmulo de terra e
sedimentos no leito do rio, deixando-o mais raso) e,
como consequência, as cheias serão muito grandes.
Enchentes e impermeabilização do
solo
• Nas cidades, as pessoas ocuparam (invadiram) ao
limites naturais dos rios.
Enchentes e impermeabilização do
solo
• Nas cidades, as pessoas ocuparam (invadiram) ao limites
naturais dos rios.
• As consequências são muito graves, pois famílias mais pobres
ocupam essas áreas, que são inundadas com frequência
(enchentes).
• A vazão dos rios nas cidades tem um aumento de volume
muito rápido pois o solo foi impermeabilizado, o que acelera o
processo de inundação.
Acúmulo de lixo
• Outro grave problema é o acúmulo de lixo nas
galerias de águas pluviais e córregos. Logo que
começa a chover, a água, impedida de circular pelas
galerias, escoa pela superfície em direção aos rios,
que transbordam pelo excesso de água.
Abastecimento e água imprópria
• As águas superficiais são de grande importância para
os seres humanos, porque proporcionam o
abastecimento das populações das cidades. Após
passar por tratamento adequado, elas estarão
prontas para o consumo. O consumo de água
imprópria tem levado muitas pessoas aos hospitais.
Calcula-se que 65% das internações no mundo se
devem à má qualidade de água consumida.
Poluição de cursos d´água nas cidades
• Um dos mais graves problemas ambientais da cidade
são relacionados à poluição dos cursos d´água. Nas
áreas urbanas, os esgotos domésticos, associados
aos industriais, são
apontados como os
maiores responsáveis
pela morte dos rios.
Poluição de cursos d´água na zona
rural
• Nas áreas agrícolas a poluição também ocorre por
agrotóxicos e indústrias, e nas áreas de mineração,
por elementos químicos como o mercúrio. O grande
problema é que o tratamento dessas águas se torna
cada vez mais difícil e custoso.
A água e as guerras
• Muitos estudiosos chegam a afirmar que a causa das guerras
no mundo, nesse milênio, se darão por conta da escassez de
água. Segundo ambientalistas do Worldwatch Institute,
atualmente existem cinco grandes áreas de tensão do mundo:
regiões do Rio Nilo, do Mar de Aral, as bacias do Rio Ganges,
Jordão, Tigre e Eufrates.
• De acordo com especialistas, 261 grandes rios do planeta
passam pelo menos por 2 países. A produção de barragens
para utilização de água diminui a vazão dos rios, podendo
alguns países se sentirem prejudicados pela diminuição de
oferta de água doce. Esse seria o começo de conflitos.
O Brasil e a água doce
• Apesar de o Brasil possuir aproximadamente 14% de
toda a água doce do planeta, corremos risco de
desabastecimento. O uso inadequado, exagerado e
sem compromisso já trouxe o racionamento para
muitas cidades. O mesmo ocorre em outras partes
do mundo, principalmente em países pobres, onde
as reservas de água doce são insuficientes para
abastecer as populações.

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