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Rios
Os rios são correntes ou cursos de água com leito definido e vazão geralmente
regular.
A capacidade de erosão e transporte dos rios depende da sua velocidade.
Mesmo variações ligeiras na velocidade pode conduzir à mudanças significativas na
quantidade de sedimentos transportados pela água. São vários os factores
determinam a velocidade da corrente. Destes destacamos:
• Declive ou gradiente;
• Área de secção do leito;
• Débito ou descarga;
• Competência.
Como a água se desloca por acção da gravidade, o declive do leito é um factor
importante do comportamento do rio. Um leito que se desenvolve em cascata tem
obviamente um comportamento diferente do de um rio que corre numa planície.
A forma do canal em secção transversal determina a quantidade de água em
contacto com o canal e por isso afecta a fricção. Os canais mais eficientes são os de
menor perímetro da área da secção do leito.
O débito é a quantidade de água fluindo por um certo ponto em certa unidade
de tempo.
A competência do rio, quantidade de sedimentos transportados por unidade de
volume, contribui para a função erosiva do rio. Quanto maior for a carga, maior será a
sua capacidade erosiva.
Regime do rio
As nascentes dos rios são os locais em que os níveis hidrostáticos ou lençol
freático atinge a superfície. Em períodos de estiagem prolongada, elas chegam a secar,
enquanto em épocas chuvosas o volume da água aumenta, o que demonstra que a
água das nascentes é água da chuva que se infiltra no solo. Essa variação na
quantidade de água no leito do rio ao longo do ano recebe o nome de regime. Se as
cheias dependem exclusivamente da chuva, o regime é pluvial; se dependem do
derretimento da neve, é nival; se dependem de geleiras é glacial. Muitos rios
apresentam um regime misto ou complexo, como no Japão, onde os rios são
alimentados pela chuva e pelo derretimento da neve das montanhas.
Sedimentação
Os detritos depositados pelos rios, vulgarmente areia e cascalho, constituem
bancos, que são amontoados de sedimentos, ao longo do leito.
A sedimentação ocorre quando o declive e a velocidade diminuem e varia na
razão directa da densidade dos detritos. As partículas em suspensão e as dissolvidas
são as que se mantêm mais tempo por sedimentar.
Um aumento da capacidade do rio pode permitir que os bancos anteriormente
existentes sejam erodidos e se formem novos bancos que aparecem separados por
canais.
A simultânea erosão na parte côncava de uma curva de um rio e a
sedimentação na parte convexa da mesma leva à formação de meandros.
Os meandros podem ser alterados devido à modificação da acção erosiva da
corrente. Particularmente durante as cheias, o rio pode formar braços mortos.
Os velhos meandros podem ser abandonados devido a formação de
sedimentos que os separam do braço principal do rio. O meandro abandonado
denomina-se lago em ferradura. Com o tempo esse lago pode ser preenchido por
sedimentos e vegetação.
Geralmente consideram-se dois tipos de meandros: