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Uma outra causa da erosão dos rios são as bolhas de ar que aparecem nas zonas de regime
muito turbulento, como na zona de rápidos e na base de quedas de água e de barragens. As bolhas
submersas sujeitas às grandes pressões da água colapsam e este colapso provoca ondas de choque que
podem causar rápida erosão, mesmo em rochas duras.
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Disciplina: GEOLOGIA GERAL; Cursos de : Agronomia e Geografia Tema 8
Depósitos Fluviais
Dependendo das condições que originam a deposições, esta ocorre nos canais, nas planícies de
inundação e nos corpos de água em que os rios desaguam.
Os depósitos de canal nos rios que erodem activamente a rocha por onde correm, tendem a
consistir de barras finas de sedimentos pequenos, que se movem no período seguinte de alto caudal. O
preenchimento da maioria dos canais geralmente flutua em espessura com a variação de caudal e
velocidade das águas do rio.
Depósitos de planície de inundação - as águas das
cheias estão muito carregadas de sedimentos devido ao
aumento do seu caudal e velocidade, aumentando assim a sua
capacidade. Quando as água se espraiam sobre as planícies
de inundação, elas passam a movimentar-se mais lentamente.
Por seu lado, encontram no seu caminho uma série de Fig. 8.16. Secção dum rio mostrando a formação dum
obstáculos, como árvores, por exemplo, aumentando assim o levée natural
atrito ao movimento. Com a diminuição da velocidade devido a
estes factores, ou devido ao fim das cheias, os sedimentos
suspensos assentam, formando uma nova camada de
sedimentos na planície de inundação, importante para a
agricultura. Por vezes acontece que junto às bordas do canal
se deposita uma camada de sedimentos mais grosseiros, a que
se chama um levée natural (Fig. 8.16).
Os depósitos em outros corpos de água são
chamados de deltas, como os do Rio Zambeze e Rio Yukon (Fig.
8.17). Neste caso o canal principal subdivide-se numa série de
canais menores e dispostos dendríticamente que transportam a
água e a carga em suspensão para a superfície do delta, que
Fig. 8.17. Delta do Rio Yukon, Alaska
geralmente é uma área plana, extensa e pantanosa.
As camadas de sedimentos depositadas no topo do
delta (Fig. 8.18) são chamadas de top-set beds. Na frente do
delta, os sedimentos são depositados na encosta (subaquática)
formada em águas calmas – são os fore-set beds. Os
sedimentos muito finos que ficam em suspensão tempo suficiente
para serem carregados para águas mais profundas formam os
bottom-set beds. À medida que o delta cresce e avança água
adentro, depositam-se fore-set beds em cima dos bottom-set Fig. 8.18. Secção deltaica ideal
beds. Forma-se assim estratificação cruzada deltaica.
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Disciplina: GEOLOGIA GERAL; Cursos de : Agronomia e Geografia Tema 8
1. DESENHO DE DRENAGEM
Se bem que duas bacias hidrográficas nunca sejam iguais, é possível observar os mesmos
desenhos de drenagem em várias delas. Entende-se por desenho de drenagem a disposição espacial que
a rede de drenagem tem.
O mais comum destes desenhos de drenagem é o desenho dendrítico (Fig. 8.19.a e Fig. 8.1),
comum nas rochas que apresentam resistência uniforme à erosão. Muitas vezes, contudo, um exame atento
dos padrões de drenagem mostra que os rios se ajustam a tendências estruturais tanto à escala local como
à regional. Isto reflecte a tendência dos rios seguirem linhas de fraqueza representadas por diaclases,
flhaas e camadas de rochas brandas. O desenho radial (Fig. 8.19.b) ocorre em vulcões e domos, ou seja,
as nascentes de água do topo do alto topográfico correm em todas as direcções a partir deste topo. O
desenho anelar (Fig. 8.19.c) também ocorre em domos, quando as camadas sedimentares afloram à
superfície. O desenho paralelo (Fig. 8.19.d e Fig. 8.20) ocorre em encostas íngremes pobres em
vegetação. Os desenhos rectangular (Fig. 8.19.e) e angular (Fig. 8.19.f) são controlados por diaclases. O
desenho meandrante (Fig. 8.19.g e Fig. 8.21) encontra-se em rios de gradientes muito baixos. O desenho
anastomosado (Fig. 8.19.h e Fig. 8.4) também ocorre em rios de gradientes muito baixos e que carregam
mais carga do que conseguem. Contudo, muitas vezes a drenagem é complexa quando apresenta misturas
dos vários tipos de drenagem (Fig. 8.19.i).
Nas Figs. 8.22 a 8.27 podem ver-se algumas imagens de satélite tiradas pelos astronautas da
Challenger.
A Fig. 8.22 mostra a foz do Rio Púngoè, na Cidade da Beira, sendo possível observar-se os
sedimentos carregados pelas suas águas para as águas do mar.
Por seu lado, a Fig. 8.23, mostra o Rio Zaire algures no seu percurso, com um leito nítidamente
anastomosado, bem como o seu afluente. Na margem de cima, um afluente saído dom lago, tem um curso
meandrante junto à confluência com o Rio Zaire.
A Fig. 8.24 mostra alguns vulcões em actividade na Etiópia (vê-se o fumo) e a rede de drenagem
radial que parte do topo dos vulcões.
A Fig. 8.25 mostra o Rio Nilo no Vale dos Reis no Egipto, junto a Luxor, com um traçado
meandrante, com afluentes mostrando uma drenagem dendrítica.
A Fig. 8.26 mostra a zona de fronteira entre o Senegal (esquerda) e a Guiné Bissau (direita), com
os Rios Senegal e Cacheu, com traçado meandrante.
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Disciplina: GEOLOGIA GERAL; Cursos de : Agronomia e Geografia Tema 8
Finalmente a Fig. 8.27 mostra o traçado algo anastomosado do Rio Níger no Mali, bem como um
rio menor de drenagem meandrante.
Fig. 8.21. Rio meandrante Fig 8.22. Imagem da foz do Rio Púngoè,
na Beira, e, à esquerda, parte da foz do
Fig. 8.20. Rio rectilíneo em fractura Rio Búzi.
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