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A quantidade total de água que se move no ciclo hidrológico é enorme, mais de 378
trilhões de litros por ano. Somente uma pequena porção desta água é temporariamente
desviada para uso humano, retornando ao ciclo hidrológico através de esgotos municipais,
evaporação de campos irrigados, efluentes industriais etc. Os maiores reservatórios de água
são os oceanos, que contém 97,5% da água da hidrosfera. Os rios e lagos juntos perfazem
somente 0,016% da água do planeta, este dado é importante porquê são os lagos e os rios
que fornecem a maior parte da água consumida pelos seres humanos.
1.3.1. Generalidades
Um rio, riacho ou córrego é um corpo de água confinado, que flui ao longo de um canal,
montanha abaixo através de baixos topográficos, incorporando a água das superfícies por
onde passa. A região drenada por um sistema de rios recebe o nome de bacia de drenagem
(Fig. M6.2 / figura 9.29/9.2 S&P). O tamanho do rio, em qualquer ponto, está relacionado em
parte com a área da bacia de drenagem a montante deste ponto. A bacia de drenagem, por
sua vez, determina o quanto de água a partir das chuvas pode fluir para dentro do córrego.
Seu tamanho também é influenciado por vários outros fatores, incluindo o clima (índice
pluviométrico e taxa de evaporação), a vegetação ou a falta desta, e rochas subjacentes. O
tamanho do rio pode ser descrito pela sua descarga, ou seja, o volume de água que flui
através de um ponto em um determinado período de tempo. A descarga é o produto da seção
através do canal (dada em m2) vezes a velocidade da corrente (m/s). Dessa forma a descarga
é dada em m3/s
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A quantidade total de material que é transportado por um rio através de todos os meios
acima citados, é chamada simplesmente de carga. A capacidade de um rio é uma medida do
total de carga que ele pode mover. A capacidade está intimamente relacionada à descarga.
Quanto mais rápido a água flui e quanto mais água está presente, mais material pode ser
transportado. O quanto é transportado também depende da disponibilidade de sedimentos ou
material solúvel. Uma corrente que flui sobre uma rocha dura não irá transportar muito
material, enquanto que, uma corrente similar que se move através de areias ou solos moverá
consideravelmente mais material (Figura 8.5, Earth).
Quando um rio atinge o seu final ou sua desembocadura, o que geralmente acontece
dentro de um outro corpo de água, o gradiente é tipicamente baixo. Próximo a sua
desembocadura os rios se aproximam do seu nível de base, que é a elevação mais baixa que
o rio pode erodir. Para muitos rios, o nível de base é o nível de água do corpo aquoso para
dentro do qual ele flui. Para os rios que fluem para o oceano, o nível de base é o nível do mar.
Quanto mais próximo um rio estiver de seu nível de base, menor será o gradiente. (Figuras
9.10 S&P 259; 8.16, 8.17 Earth 189, 191)
As variações na velocidade dos rios ao longo de seu comprimento, são refletidas nos
sedimentos depositados em diferentes pontos ao longo do mesmo. Quanto mais rapidamente
um rio flui, mais densas e maiores serão as partículas transportadas. O termo competência é
usado para descrever as maiores partículas que podem ser transportadas sob um determinado
grupo de condições (velocidade e dinâmica do fluido) (Figura 8.5 Earth 181). Os sedimentos
encontrados sem movimento no leito de um rio são aqueles que são ou muito pesados ou
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muito grandes para serem transportados (Figura 9.18 S&P 265). Onde o fluxo for mais rápido,
ele carrega seixos ou mesmo matacões, juntamente com sedimentos mais finos. Na medida
que a corrente se torna mais lenta, começam a ser depositados os sedimentos mais pesados e
as maiores partículas, no caso, os seixos e matacões, continuando no fluxo os sedimentos
mais finos. Se a velocidade da corrente continuar a decrescer, sucessivamente partículas cada
vez menores irão ser depositadas. Numa corrente que flui lentamente, somente os sedimentos
mais finos e os materiais dissolvidos serão transportados. Se o rio fluir para dentro de um
corpo de água parada, como um lago ou mesmo um oceano, a velocidade do fluxo cai a zero,
e todos os sedimentos que ainda estavam em suspensão se depositam.
Um fator adicional que controla o tamanho das partículas sedimentares nas correntes é
a desagregação física e/ou dissolução destes sedimentos durante o transporte, isto é, quanto
mais longe o sedimento for transportado, mais ele será sujeito à colisões e à dissolução.
Consequentemente, mais fino ele será. Há uma tendência geral dos sedimentos de se
tornarem cada vez mais finos em direção à desembocadura dos rios Figura 9.21 S&P 267
Os rios não fluem em linhas retas por muito tempo. Pequenas irregularidades nos
canais causam flutuações locais na velocidade, que, por sua vez, resultam em um pouco de
erosão onde a água flui mais fortemente contra um dos lados do canal, e alguma deposição de
sedimentos no lado oposto (Figura 9.13 S&P 261). Meandros se formam desta maneira que,
uma vez formados, tendem a se alargarem e também a migrarem corrente abaixo (Fig. 6.6,
Figuras 8.25 8.26 Earth 195 196/ Figuras 9.11 9.12 S&P 260 261). A taxa de movimento
lateral dos meandros pode atingir dezenas ou centenas de metros por ano. Taxas inferiores a
10 m/ano são, entretanto, as mais comuns em rios pequenos.
1.4. INUNDAÇÕES
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1) A taxa de runoff superficial é influenciada pela extensão da infiltração, que por sua
vez é controlada pelo tipo de solo, e o quanto ele está exposto. Os solos, da mesma forma que
as rochas, variam em porosidade e permeabilidade. Dessa forma, um solo muito poroso e
permeável permite que uma grande quantidade de água se infiltre relativamente rápido. Por
outro lado, se o solo é menos permeável ou coberto por estruturas artificiais, a proporção de
água que escorre sobre a superfície aumenta.
Durante uma inundação, o nível da água de um rio é maior do que o usual, aumentando
também sua velocidade e descarga, na medida em que a massa de água se desloca por
gravidade em direção às porções mais baixas da bacia hidrográfica. A elevação das águas
superficiais em qualquer ponto é chamada de estágio do rio. Um rio está em estágio de
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Uma inundação pode ficar restrita a uma pequena região num rio estreito ou mesmo
atingir uma extensa região como as observadas na região amazônica ou no vale do Mississipi,
dependendo de como o excesso de água é distribuído. As inundações que afetam áreas
pequenas e localizadas, são por vezes chamadas de inundações de montante (upstream
floods - Fig. 6.9a, K. p. 88). Estas são mais freqüentemente causadas por chuvas
inesperadas, e, localmente intensas e por eventos do tipo “sangria” de represas. Se o volume
de água envolvido é moderado, a rapidez com que ele entra nos rios pode causar,
temporariamente um excesso de água, que faz com que o rio extravase os limites dos canais.
A inundação resultante é tipicamente breve, entretanto, ela pode ser também severa. Devido a
natureza localizada do excesso de água, durante uma inundação à montante, o canal não
preenchido a jusante mostra uma capacidade extra para armazenar a água excedente. Desta
forma a água pode escorrer rapidamente a partir da área à montante reduzindo o estágio de
cheia.
1.4.4. Hidrógrafos
As cheias são função das relações entre a precipitação e o runoff. A urbanização por
sua vez, causa enormes mudanças nesta relação. Alguns estudos mostram que o runoff
urbano é 1,1 à 4,6 vezes o valor do runoff pré-urbano (Fig. 6.15, K. p. 91). Estimativas de
descargas para diferentes intervalos de recorrência em diferentes graus de urbanização são
mostrados na Fig. 6.16. As estimativas mostram um crescimento enorme do runoff com o
crescimento das áreas impermeabilizadas e coberturas com canais de esgoto.
O aumento do runoff com a urbanização ocorre porque menos água infiltra no solo,
como é sugerido pela redução significativa do tempo entre o ápice de precipitação e o ápice de
inundação para as áreas urbanas (Fig. 6.17). Intervalos pequenos (lag times) são
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normalmente causados por descargas rápidas, que provocam pouca infiltração nos solos e
facilitam o movimento superficial das águas.
Por centenas de anos o homem vem vivendo e trabalhando nas planícies de inundação
dos rios. Não é por acaso que importantes achados arqueológicos sejam encontrados em
antigos terraços fluviais. As vantagens e a atração por estas regiões parecem bem claras,
sendo principalmente: a) fertilidade dos solos; b) conveniência da abundância de água; c)
fácil processo de eliminação de rejeitos (lixo) e; d) facilidade de transporte e
comunicação através dos rios. É óbvio que a construção de casas, indústrias, escolas,
prédios públicos e fazendas nas planícies de inundação é um convite fantástico à catástrofes,
entretanto, o uso contínuo deste tipo de ambiente, mostra que o homem se recusa
terminantemente a aceita-lo como parte do sistema fluvial sendo, dessa forma, uma área
dinâmica sujeita a cheias naturais. Como resultado, o controle das cheias e drenagens nas
áreas mais baixas, devem receber prioridade. A história tem mostrado que os colonizadores
em geral, quando tomam posse da terra, inicialmente cortam as árvores, as queimam em parte
e posteriormente, em conseqüência, modificam a drenagem natural. Devido a este processo
de desenvolvimento, duas preocupações se impõem com o tempo: 1)O crescente aumento nos
danos causados pelas inundações e, 2) Um programa acelerado de controle de cheias
Os principais fatores que controlam os danos causados por uma inundação incluem:
freqüência conhecida. A Fig. 6.28 mostra uma fraca correlação entre os solos e as inundações
de 100 anos. Os tipos de vegetação podem facilitar a análise de riscos de cheia, porque existe
geralmente um zoneamento de vegetação no vale dos rios que podem ser correlacionados
com zonas de inundação. Alguns tipos de árvores com raízes rasas requerem um suprimento
de água abundante e se beneficiam com a submergência freqüente. Estas árvores são
freqüentemente encontradas próximo aos bancos de córregos perenes que freqüentemente
inundam. Enquanto o zoneamento da vegetação ajuda a avaliação de áreas sujeitas a cheias,
a sua causa é complexa e não está diretamente relacionada.
O segundo tipo de distrito, o distrito externo (floodway fringe district), consiste de área
localizada entre o distrito interno e a elevação máxima atingida pela cheia de 100 anos. Os
usos permitidos desta área incluem qualquer uso permitido no distrito interno; construções
acessórios a residências, de forma que sejam bem ancoradas para prevenir flutuações; e
construções de proteção se firmemente ancoradas. Armazenagem subterrânea de qualquer
material que seja inflamável ou explosivo ou que cause algum tipo de prejuízo a saúde de
seres humanos animais e plantas no tempo de cheia são proibidos nesta área. A Fig. 6.31 (K.
p. 101) mostra um mapa típico com zoneamento antes e depois do estabelecimento da
normatização da planície de inundação.
a) Conhecimento preciso dos riscos de cheia não evita que as pessoas se mudem para
dentro de planícies de inundação;
Nos EUA milhares de quilômetros de rios já foram modificados e milhares ainda estão
sendo projetados ou construídos. A canalização não é necessariamente uma prática ruim,
entretanto, muitas considerações inadequadas tem sido feitas sobre o seu efeito maléfico para
o meio ambiente.
1) A drenagem das terras alagadas afeta de forma adversa as plantas e animais, por eliminar o
habitat necessário para a sobrevivência de determinadas espécies;
5) Finalmente, a conversão de áreas alagadas, de uma região rica em meandros, numa área
com canais retilíneos afeta significativamente a estética da região.
A Fig. 6.35 (K. p. 105) resume algumas das diferenças entre canais naturais e aqueles
modificados pelo homem, mostrando os impactos advindos destas modificações.
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A produtividade biológica no rio Blackwater foi reduzida porque o canal foi escavado em
folhelhos, arenitos e calcários facilmente erodíveis produzindo um leito plano que não suporta
facilmente uma fauna de fundo de rio. Como resultado, as partes do rio canalizadas contêm
muito menos peixe do que as porções naturais.
Como o canal da porção natural é mais estreito, consequentemente neste ponto é comum a
ocorrência de cheias.
Benefícios da Canalização
O futuro da canalização
Embora haja muita controvérsia e ansiedade justificadas sobre a canalização, espera-se que
as modificações de canais permaneçam como uma necessidade, até que o uso da terra mude,
tal como urbanização ou conversão de terras alagadas em fazendas. Contudo, nós devemos
ser capazes de construir canais que reduzam os efeitos adversos. A canalização quando
objetiva o controle de cheias ou a drenagem de determinadas áreas, pode ser acompanhada
por uma série de medidas que evitem danos futuros.
Projetos de canais para controle de cheias são mais complexos, porque os canais
naturais são mantidos por fluxos com um intervalo de recorrência de um ou dois anos,
enquanto que projetos de controle de cheias podem precisar levar em conta cheias de 25 ou
mesmo de 100 aos. Um canal relacionado com um cheia de 100 anos, não se mantém numa
cheia de 2 anos. Tal canal deve ser provavelmente entrelaçado e entupido com a migração das
barras de areia. Portanto, sugere-se que um canal piloto deva ser construído onde for possível.
Um canal meandrante projetado para ser mantido por uma cheia de 2 anos é superposto a um
canal mais largo de controle de cheias maiores. A adição de tanques e "riffles" no canal piloto,
quando possível, ajudaria na proliferação de peixes e em melhores condições de fluxo lento.
Um canal largo deve ser coberto por vegetação. Obviamente este plano não é adequado para
áreas urbanas, onde a produção de sedimento é alta e as propriedades não estão a disposição
para a construção de uma canal largo.
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BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR
BIGARELLA, J.J.; SUGUIO, K., BECKER, R.D. (1979) - Ambiente Fluvial: Ambientes de
Sedimentação, sua interpretação e importância. Ed. da Universidade Federal do Paraná.
Associação de Defesa e Educação Ambiental, 183 p.
COATES, D.R. (1981) - Environmental Geology. Ney York, John Wiley & Sons, 692 p.
MENDES, J.C. (1984) - Elementos de Estratigrafia. T.A. Queiroz, SP. (Cap. 10.2)
PRESS, F; SIEVER, R. (1986) - Earth, 4th ed. - W.H. Freeman & Co., USA, 656 p.
MONTGOMERY, C.W. (1991) -Environmental Geology, 3th ed. Wm. C. Brown Pub., Dubique,
465 p.
MOREIRA, V.D. (1992) - Vocabulário Básico de Meio Ambiente - Petrobras, Rio de Janeiro,
246 p.
FOLEY, d.; McKENZIE, G.D.; UTGARD, R.O. (1993) - Investigations in Environmental Geology
-. Prentice Hall, New Jersey, 304 p.
GUERRA, A.J.T & CUNHA, S.B. (1994) - Geomorfologia - Uma Atualização de bases e
conceitos. Ed. Bertrand Brasil, Rio de Janeiro, 458 p.
SKINNER, J.B. & PORTER, S.C. (1995) -The Dynamic Earth - An Introduction to Physical
Geology T, 3rd, Ed. John WILEY & Sons, USA, 565p.
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EXERCÍCIOS
1. INTRODUÇÃO
Dezenas de bilhões de dólares vem sendo gastos pelo governo dos EUA, desde 1930,
num projeto de controle de inundações. Todavia, os danos causados pelas inundações
persistem e tendem a aumentar neste país, excedendo a quantia de US$ 2,5 bilhões
anualmente, com cerca de 130 mortes de pessoas por ano (1977-86) (CARR. et al. 1990). O
conselho de Recursos Hídricos dos EUA, prevê que os gastos com as perdas causadas pelas
inundações pode alcançar US$ 3,5 bilhões no ano 2.000, a menos que um esforço seja feito.
Na Europa e na Ásia o impacto é bem maior, com mais do que 164.000 mortes constatadas
nas inundações de 1947 a 1967. Mundialmente, mais de 15 milhões de pessoas foram
afetadas pelas inundações nas últimas duas décadas.
Uma inundação é geralmente causada por um rio que transborda durante períodos de
excesso de precipitação. As cheias dos rios ocorrem quando a altura das águas ultrapassa um
determinado limite, que geralmente corresponde aos seus diques marginais.
Este exercício é planejado para que você se familiarize com a natureza das inundações
fluviais, com os problemas que são criados e com as possíveis medidas de contenção. A parte
A analisa as perdas nos EUA, introduz alguns conceitos importantes como: freqüência da
inundação, magnitude, variação da descarga dependendo da bacia de drenagem aqui
chamada de intensidade.
Descarga da Cheia
Q=AxV onde,
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Q = descarga em cfs ou m /s
2
A = área da seção transversal do canal em pés quadrados ou m
V = velocidade e, f/s ou m/s
Freqüência da Cheia
n1
T= onde,
m
Para melhor entender o impacto e a freqüência das cheias e para aprender como se faz
uma previsão de cheia, os dados devem ser plotados num gráfico de freqüência de cheias
(papel semilogarítimico, logarítmico ou Gumbel) com a descarga plotada no eixo vertical e a
recorrência no eixo horizontal. Os pontos são ligados por uma curva tipo "smooth" (suavizada).
A partir desta curva você poderá determinar a média de tempo que irá decorrer entre um
evento anual máximo de uma dada magnitude. Resumindo, dentro de um intervalo de tempo
fixo, existe uma certa probabilidade de que um evento de uma dada magnitude possa ser
esperado de ocorrer n vezes. Por exemplo, se o intervalo de recorrência para uma descarga
anual máxima de 500 cfs é 4 anos, então deve-se esperar uma descarga de 500 cfs ou maior
cinco vezes durante um período de 20 anos.
Quanto maior for o registro das cheias, maior a probabilidade de que as cheias muito
grandes tenham ocorrido e, consequentemente, registradas.
QUESTIONÁRIO
6. Qual é o intervalo de recorrência para uma cheia com descarga de 2.500 cfs?_________
7. Qual é a média anual de cheias (média aritmética da descarga anual máxima para o
registro)?_________
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8. Utilizando a Fig. II-9.2, desenhe um histograma mostrando as perdas por cheias (em
dólares) por décadas nos EUA. Coloque as décadas no eixo horizontal. Qual é a tendência
observada entre 1900 e 1979 ?
11. Considere a tendência que você plotou e discuta a seguinte frase. "A construção de
represas para o controle de inundações tem sido efetivas na redução dos danos causados
pelas cheias".
A Razão Descarga/área
12. Se refere a Fig. II-9.3. Calcule a razão pico de descarga/área para cada rio listado.
A. Bald Eagle
B. Juniata
C. Susquehama
15. Use os registros de cheias na Tab. II-9.3 para calcular a razão descarga/área de cada rio.
Plote esta razão contra a área da bacia de drenagem na Fig. II-9.4. Identifique cada um dos
rios que você seja capaz de plotar.
16. Por que as bacias pequenas possuem maiores razões descarga/área do que as bacias
mais largas ?
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A cheia de Zanesville entre 21 e 24 de janeiro de 1959 foi uma das mais devastadoras,
desde 1913 no estado de Ohio. Dezesseis vidas foram perdidas, os danos excederam a US$
100 milhões e 17.000 prédios foram inundados. Uma tempestade entre 14 e 17 saturou o solo
que foi posteriormente congelado e coberto com neve. Na porção norte da cidade de
Cincinnati, 6 polegadas de chuva caíram entre 20 e 21 de janeiro; e mais da metade do estado
recebeu pelo menos 3 polegadas de chuva.
1. Usando os dados da Tabela II-9.4 e o papel apropriado (Fig. II-9.7), plote a curva de
freqüência das cheias na Cachoeira de Dillon (Dilon Falls), Ohio. Use hachuras na sua curva
projetada para intervalo de recorrência de 40 anos.
2. Que elevações são esperadas para as seguintes cheias na estação Dillon, com base na Fig.
II-9.7 ?
a. 30 anos
b. 50 anos
c. 100 anos
3. Usando os dados da Tabela II-9.4 construa um gráfico de elevação versus descarga a partir
da Fig. II-9.8
4. A descarga pode ser obtida para uma dada cheia com uma dada freqüência utilizando-se as
informações da curva de freqüência de Cheias x Elevação (Fig. II-9.7) e a curva elevação x
descarga (Fig. II-9.8). Que descarga é esperada para Dillon:
5. Se você visita um área inundada após a água voltar ao seu nível normal, quais observações
lhe indicariam o nível máximo atingido ?
6. Descreva os vários métodos que podem ser aplicados para reduzir os danos causados por
cheias (Consulte suas notas de aula, livros e artigos se necessário).
1. Examine a tabela II-9.5. Plote na Fig. II-9.10 a precipitação acumulativa para as áreas
dessa tabela. Em seguida trace linhas de isoprecipitação (isohyets) para 6, 8 e 10 in.
(polegadas)
3. A partir desse mapa onde você esperaria uma inundação mais forte e danos por
movimentos de massa provocados pela tempestade ?
4. Com referência a descarga nos hidrogramas (Fig. II-9.11) para áreas selecionadas do
rio Big Thompson e rio North Fork Big Thompson. Compare as áreas 1, 21 e 23. Você
acha que a inundação em Estes Park (área 1) será muito séria ? Explique.
6. O primeiro pico de descarga em Drake, no canyon North Fork Big Thompson (área 21)
ocorreu a 2110 MDT. Ao mesmo tempo a descarga na área 22, cerca de 0,2 milhas a
leste de Drake no rio Big Thompson atingia 30.000 cfs. Uma interpretação do primeiro
pico na área 21 é o efeito da água de refluxo que afeta os tributários. Isso é uma
interpretação razoável ? Porque ?
8. A crista da cheia alcançou a área 23 na foz do canyon Big Thompson, 7,7 milhas a
leste da área 22, 30 minutos após a crista na área 22. Qual a velocidade média da
crista em milhas por hora e em pés por segundo ?
10. Plote a descarga atual e a área de drenagem para cada uma das estações na Fig. II-
9.12. Considerando todos os dados plotados da cheia de 1976, você acha que poderá
haver ainda uma cheia mais intensa no rio Big Thompson ? ou será que essa foi a
maoir que poderia ser esperada ?
11. Explique porque a descarga na área 23 não poderia ser plotada nesse gráfico (VEJA O
MAPA DA FIGURA ii-9.10)
12. A partir da tabela II-9.6, que área teve a maior velocidade média de fluxo da corrente ?
13. Sabendo-se que o pico de descarga na área 21 foi 1230 cfs na cheia de 1965, quantas
vezes maior foi o pico durante a cheia de 1976 nessa mesma área ?
14. Na área 6, o intervalo de recorrência para a tempestade foi calculado em 75 anos. Você
esperaria que o intervalo de recorrência fosse maior ou menor para descargas
imediatamente a jusante dessa área ? Por que ?
15. A razão entre o pico da descarga e a descarga da cheia de 100 anos foi calculado para
algumas estações selecionadas. Para as sub-bacias a montante de Drake a cheia será
maior no rio Big Thompson ou no rio North Fork Big Thompson ?
16. Usando as informações da questão anterior que descarga é esperada para a cheia de
100 anos nas áreas 12 e 23 ?
17. Estude a Fig. II-9.13 que mostra a área de Waltonia antes e após a cheia. Descreve as
mudanças que você puder observa nas duas fotografias em termos de construções,
estradas, vegetação e leito do rio.