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11/2/21, 12:39 PM AJF: CAPÍTULO –V- ACÇÃO GEOLÓGICA DOS RIOS

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CAPITULO I – RIOS Pesquisar


GEODINÂMICA EXTERNA
DA TERRA
CAPÍTULO –V- ACÇÃO GEOLÓGICA DOS RIOS
CAPITULO I –
GEODINÂMICA EXTERNA Arquivo do blogue
DA TERRA I.1.
PROCESSOS DA V.1. ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO
DAS ÁGUAS out 2018 (1)
GEODINÂMICA EXTERNA A A origem da água
segundo alguns historiadores, está
geodinâmica, é o ramo da relacionada com a formação da atmosfera, ou
seja, a set 2018 (1)
geologia que se dedica a...
desgaseificação do planeta, que consiste na liberação de
ago 2018 (2)
CAPÍTULO –V- ACÇÃO gases por um
sólido ou líquido quando este é aquecido ou
GEOLÓGICA DOS RIOS resfriado. A geração de água sob a
forma de vapor é observada set 2016 (58)
CAPÍTULO –V- ACÇÃO actualmente em erupções vulcânicas, sendo chamada de
água
GEOLÓGICA DOS RIOS V.1. juvenil. jul 2015 (43)
ORIGEM E DISTRIBUIÇÃO A quantidade de água
existente na Terra é imensa sendo o seu
DAS ÁGUAS A origem da set 2014 (13)
água segundo alguns volume estimado em 1,36 bilhões de Km3,
dos quais 97,2% fazem
historiadores, está re... parte dos oceanos, 2,15% estão sob a forma de gelo nos jul 2014 (8)
nevados e glaciares e só 0,65% se encontra distribuído pelos
tipos de clima jun 2014 (81)
rios, lagos e
atmosfera.
ÍNDICE INTRODUÇÃO .. 1 A circulação que se
realiza entre os oceanos, a atmosfera e
TIPOS DE CLIMAS . 2 ZONA
os continentes constitui o ciclo
hidrológico e realiza-se
DE CLIMA TROPICAL
HÚMIDO .. 2 O CLIMA graças a energia solar. O ciclo hidrológico representa
o Publicação em destaque
TROPICAL SECO .. 2 ZONA contínuo movimento das águas dos oceanos para a atmosfera e
DE CLIMA DESÉRTI... para os
continentes e destes para os oceanos. A água, o VIOLÊNCIA
principal factor de
meteorização, erosão e transporte da DOMÉSTICA
ANÁLISE DOS ASPECTOS
superfície terrestre, pode apresentar-se
sob formas
TÉCNICOS DO FILME
GLADIADOR diferentes tais como: águas selvagens (enxurradas),
RESUMO Com esta pesquisa torrentes, rios
e marés.
pretende-se ilustrar uma
reflexão abrangente sobre a V.2. ACÇÃO EROSIVA
DOS RIOS
arte fílmica. A partir da Os rios e ribeiros, são correntes ou
cursos de água,
convivência no mundo das
geralmente permanentes que correm em leitos próprios.
imag...
Os rios são os principais agentes modeladores
da superfície
CAPÍTULO –IV- ACÇÃO terrestre. Na sua função, desgastam as rochas, transportam e
GEOLÓGICA DAS ÁGUAS depositam calhaus, areias, lodo, etc. todos os rios,
DO MAR independentemente do
tamanho, são responsáveis pela alteração
CAPÍTULO –IV- ACÇÃO da paisagem terrestre.
GEOLÓGICA DAS ÁGUAS Um rio não é um sistema isolado, ocorre numa
região (bacia
DO MAR IV.1.
MOVIMENTOS E ACÇÃO hidrográfica – conjunto de um rio principal e todos os
seus
EROSIVA DAS ÁGUAS DO afluentes), na qual as aguas seguindo uma direcção
MAR Os oceanos, as convergente o
alimentam. Numa bacia hidrográfica, corre um
montanhas, os vales sub... rio principal e os seus afluentes
A capacidade de erosão e transporte dos rios depende
da sua
velocidade. Variações ligeiras na velocidade pode conduzir à
mudanças significativas
na quantidade de sedimentos
transportados pela água. Vários factores determinam
a
velocidade da corrente tais como:
Ø 
Declive ou gradiente – Expresso em metros por
quilómetros;
Ø 
Área de secção do leito – Expressa em metros
quadrados;
Ø 
Débito ou descarga – Expresso em metros cúbicos por segundos;
Ø 
Competência – Expressa em quilogramas por metros
cúbicos.
Como a água se desloca por acção da gravidade,
o declive do
leito é um factor importante do comportamento do rio. Um
leito que
se desenvolve em cascata tem obviamente um
comportamento diferente do de um rio
que corre numa planície.
No seu perfil transversal, o comportamento das
águas e o
aspecto do leito vão variando consoante o declive, a largura
do
leito, o débito, etc. a relação entre o débito, a
velocidade e o leito do rio
pode ser expressa pela equação:
     
Sendo    

Onde:
D: Débito (m3/s);
A: Área da secção do leito (m2);
V: Velocidade média (m/s);
L: Largura (m);
P: Profundidade (m).

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A forma do canal em secção transversal determina
a quantidade
de água em contacto com o canal e por isso afecta a fricção.
Os canais
mais eficientes são os de menor perímetro da área
da secção do leito. O débito é a
quantidade de água fluindo
por um certo ponto em certa unidade de tempo.
A erosão e sedimentação nos rios é condicionada
principalmente pela velocidade das águas e pela competência.
A velocidade depende, fundamentalmente
do declive, da forma e
constituição do leito e, normalmente é maior no centro
do que
nas margens e à superfície do que em profundidade. O declive
pode ser
modificado quer pela sedimentação, quer pela erosão
provocada pelo próprio rio.
Uma elevação do nível superior do
rio pode provocar uma variação do declive
que, originado um
aumento da velocidade tem por consequência um agravamento da
erosão.
Outro factor que condiciona a velocidade da
corrente, para um
mesmo débito, é a área do leito e a sua constituição. Quando
o leito é estrito, a velocidade é maior. Se o leito é largo,
a velocidade é
menor. Se apresentar detritos grosseiros, a
velocidade da água pode diminuir
devido ao atrito e ao
aumento da turbulência junto ao fundo do leito.
A competência do rio, quantidade de
sedimentos transportados
por unidade de volume, contribui para a função erosiva
do
rio. Quanto maior for a carga sedimentar transportada, maior
será a sua
capacidade erosiva.

V.3. TRANSPORTE DOS


MATERIAIS
Os sedimentos transportados pelos rios podem
sê-lo por
rolamento, arrastamento, saltação, suspensão e dissolução
(Fig.V.1.).
Os sedimentos dissolvidos são invisíveis.
Fig.V.1.Processos
de transporte de sedimentos.
O volume total de detritos que podem ser
transportados por um
rio constitui a sua capacidade. A competência e a
capacidade
de um rio aumentam na razão directa do aumento de velocidade.
Durante o período de grande precipitação podem
ocorrer cheias
que aumentam a capacidade, competência e velocidade da
corrente
do rio. Estas situações podem dar origem a
autênticas catástrofes.

V.4. SEDIMENTAÇÃO
DOS MATERIAIS
Os detritos depositados pelos rios,
vulgarmente areia e
cascalho, constituem bancos ou barras de canal, que são
amontoados de sedimentos, ao longo do leito.
A sedimentação ocorre quando o declive e a
velocidade
diminuem e varia na razão directa da densidade dos detritos.
As
partículas em suspensão e as dissolvidas são as que se
mantêm mais tempo por
sedimentar.
Um aumento da capacidade do rio pode permitir
que os bancos
anteriormente existentes sejam erodidos e se formem novos
bancos
que aparecem separados por canais.

V.5. MEANDROS
A simultânea erosão na parte côncava de uma
curva de um rio e
a sedimentação na parte convexa da mesma leva à formação de
meandros.
Os meandros podem ser alterados devido à
modificação da acção
erosiva da corrente. Particularmente durante as cheias, o
rio
pode formar braços mortos (Fig.V.2.).
Fig.V.2.Meandros
e braços mortos.
Os velhos meandros podem ser abandonados
devido a formação de
sedimentos que os separam do braço principal do rio. O
meandro abandonado denomina-se lago em ferradura. Com o tempo
esse lago
pode ser preenchido por sedimentos e vegetação.
Geralmente consideram-se dois tipos de
meandros:
Ø 
Divergentes: são aqueles que se encontram nas
grandes
planícies, onde divagam (percorrem), alterando o seu
trajecto, aumentando
algumas curvas e abandonando outras;
Ø 
Encaixados ou de vale: O traçado é condicionado pela
morfologia do terreno.

V.6. PERFIL LONGITUDINAL DE UM RIO

Uma maneira eficaz de estudar um rio é examinando o seu


perfil longitudinal. Tal perfil é simplesmente uma secção da

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corrente desde a área da nascente (denominada de cabeceira)
até a foz (desembocadura).
O nível de base é definido como a menor elevação na qual o
rio pode erodir o seu canal. Essencialmente é o nível no qual
a desembocadura do rio entra no oceano, num lago, ou noutra
corrente.
O nível de base é importante pelo facto de a maior parte dos
perfis dos rios terem gradiente baixo próximo das suas
desembocaduras, devido ao facto do rio estar a se aproximar à
elevação abaixo da qual eles não poderão erodir o seu leito.
Um grande rio que desagua no mar tem no nível médio das águas
do mar o seu nível de base, em função do qual regula o seu
perfil.
Pelo facto de este nível condicionar toda a rede fluvial dos
continentes chama-se nível de base geral. O ponto de
confluência de dois cursos de água funciona para o afluente
como nível de base local. Acidentes, como barragens, naturais
ou artificiais, são responsáveis pelo mesmo efeito
regularizador dos troços que ficam a montante do nível de
base.
O perfil longitudinal do rio também estabelece o seu estádio
de evolução. À medida que o rio se vai aproximando do seu
perfil de equilíbrio, a erosão vertical ou escavamento do
leito vai diminuindo, dando lugar a um alargamento do rio e a
um aumento da sedimentação.
A regularização do perfil faz-se da foz (jusante) para a
nascente (montante). As irregularidades vão desaparecendo, os
rápidos recuando, o mesmo sucedendo às cabeceiras, que vão
penetrando na montanha. Esta progressão da erosão no sentido
contrário ao da corrente é denominada erosão regressiva.
Em geral, um curso de água inicialmente percorre um vale cujo
talvegue (zona mais profunda do leito) tem um perfil
longitudinal e muito irregular, com variações mais ou menos
bruscas de declive.
Essas variações podem constituir rápidos, quando há um
aumento brusco de declive ou quedas de água, cascatas ou
cataratas, quando ocorrem grandes desnivelamentos.
Após evolução mais ou menos prolongada e desde que o seu
nível de base se mantenha o tempo necessário, o rio acabará
por regularizar o seu perfil, atingindo o perfil de
equilíbrio (Fig.V.3), ou seja quando desaparecem todas as
irregularidades e o trabalho erosivo praticamente não existe.
Fig.V.3.Relação entre o perfil de equilíbrio do rio e o nível de
base.

V.7. REGIME DOS RIOS


As nascentes dos rios são os locais em que os níveis
hidrostáticos ou lençol freático atinge a superfície. Em
períodos de estiagem prolongada, elas chegam a secar,
enquanto em épocas chuvosas o volume da água aumenta, o que
demonstra que a água das nascentes é água da chuva que se
infiltra no solo.
Essa variação na quantidade de água no leito do rio ao longo
do ano recebe o nome de regime. Se as cheias dependem
exclusivamente da chuva, o regime é pluvial; se dependem do
derretimento da neve, é nival; se dependem de geleiras é
glacial. Muitos rios apresentam um regime misto ou complexo,
como no Japão, onde os rios são alimentados pela chuva e pelo
derretimento da neve das montanhas.

V.8. EVOLUÇÃO DOS RIOS


Conforme o estádio evolutivo verificado num rio, assim se
poderão considerar fases de juventude, de maturidade e
senilidade.
Na  fase de juventude  predominam a erosão e o transporte. O
perfil longitudinal é irregular e o declive é acentuado e
irregular, permitindo, muitas vezes, a formação de rápidos.
A fase de maturidade  é caracterizada pela grande capacidade
de transporte. O declive é menos acentuado e os vales são
profundos e muitas vezes apertados. O perfil longitudinal
apresenta-se mais regularizado.
A fase de senilidade é caracterizada pela existência de vales
amplos com as vertentes bastante afastadas e degradadas.
Predominam os fenómenos de sedimentação, originando extensas
planícies resultantes da agradação, isto é, do assoreamento
pela sedimentação fluvial.
As fases evolutivas de um rio podem ser alteradas devido ao
abaixamento ou subida do nível de base geral. O nível de base

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pode variar por uma descida ou subida do nível do mar, por
alterações climatéricas significativas ou por elevação dos
vales fluviais.
Nestas circunstâncias, toda a actividade fluvial rejuvenesce.
Os primeiros efeitos verificam-se junto à foz: aumenta o
declive e a erosão regressiva acabará por atingir toda a rede
fluvial, procurando restabelecer o anterior perfil de
equilíbrio.
As vertentes voltarão a recuar e aparecem novas planícies
aluviais. Nas planícies aluviais, o rio, por erosão, cava um
novo leito, provocando a formação de degraus ou terraços
fluviais.
A continuação da evolução fluvial pode criar novas planícies
aluviais a níveis inferiores. Esta repetição é a causa da
existência de vários níveis de terraços fluviais. Os rios
terminam no mar de formas diversas tais como: Estuários e
Deltas.
Os estuários constituem o troço final dos rios sujeitos a
acções continentais e marinhas. Em consequência, a
sedimentação é determinada pela inversão do sentido das
marés, duas vezes por dia, de que resulta a alternância de
fenómenos de erosão e sedimentação.
Os estuários podem produzir a acumulação da areia ligada à
faixa litoral por uma das extremidades e com a outra livre
formam uma restinga ou cabedelo. Por vezes, os sedimentos
aluviais formam cordões litorais denominados barras ou
lombas, que fecham lagunas que acabam por ser assoreadas ou
então fazem a ligação entre uma praia e uma ilha,
constituindo um tômbolo.
A formação de deltas na foz dos rios reflecte-se em diversos
aspectos da acumulação dos depósitos sedimentares (Fig.V.4).
Em geral, a sedimentação é intensa e pressupõe uma
estabilidade relativa do litoral.
Muitos deltas são caracterizados pela existência de numerosos
canais, através dos quais os sedimentos aluviais são
distribuídos.
Os depósitos fluviais têm uma grande importância do ponto de
vista socioeconómico de qualquer país. Muitas planícies de
inundação contêm meandros abandonados e lagos com depósitos
de material argiloso e matéria orgânica, estes últimos dando
origem às turfeiras. A sedimentação nestas zonas é muito
importante para a humanidade, devido à fertilidade dos
sedimentos depositados por rios que a produção de algumas
culturas.
Os rios são vias de ligação e transporte entre várias
localidades. Fornecem alguns alimentos ao homem. Em alguns
rios são encontrados minerais de especial valor económico
como ouro, diamante e cassiterite, os quais são transportados
e depositados com areias e seixos.
Fig.V.4. Delta do rio Niger.

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