Você está na página 1de 34

1

Apostila

de

Ciências

9º Ano (EJA)

Professora:
Edjane
2

Sumário
1. Ficção ou realidade? ............................................................................................... 05
2. A corrida espacial ................................................................................................... 05
3. Breve histórico da corrida espacial ......................................................................... 05
4. O que ganhamos com isso? ..................................................................................... 06
5. A Lua ....................................................................................................................... 06
6. A Lua é uma lua ...................................................................................................... 07
7. Várias luas ............................................................................................................... 07
8. Glossário ................................................................................................................. 07
9. Um graaaaaaaande Universo ................................................................................... 08
10. Como sobreviver longe de casa? ............................................................................. 08
11. Humanos fora da Terra ............................................................................................ 09
12. Conhecendo o Sol .................................................................................................... 09
13. Numa nebulosa muito distante….............................................................................. 10
14. Nasce uma estrela .....................................................................................................10
15. O tamanho das estrelas ............................................................................................ 10
16. Vida em todos os cantos .......................................................................................... 11
17. E o ser humano nisso? ............................................................................................. 11
18. O que podemos fazer? ............................................................................................. 11
19. Desenvolvimento Sustentável ................................................................................. 12
20. Você sabia? ............................................................................................................. 12
21. Consumo consciente ............................................................................................... 13
22. O 5 Rs do consumo consciente ............................................................................... 13
23. Você sabia? ............................................................................................................. 14
24. Quantas espécies existem? ...................................................................................... 14
25. Você sabia? ............................................................................................................. 14
26. Darwin e os tentilhões ............................................................................................ 15
27. Metendo o bico ........................................................................................................ 15
28. Muitas e muitas diferenças ...................................................................................... 16
3

29. Ser diferente é importante! ..................................................................................... 16


30. Você sabia? ............................................................................................................. 16
31. Quem foi Mendel? .................................................................................................. 17
32. As Ervilhas de Mendel ............................................................................................ 17
33. Entendendo a 1ª Lei de Mendel ............................................................................... 18
34. O que tem de interessante na 1ª Lei de Mendel? ..................................................... 18
35. Nós e os genes ......................................................................................................... 18
36. Ervilhas e Genética .................................................................................................. 19
37. Nós e as células ........................................................................................................ 19
38. O Ciclo Celular ........................................................................................................ 19
39. Meiose ..................................................................................................................... 20
40. Fases da Meiose ...................................................................................................... 20
41. Fases da Meiose I ................................................................................................... 21
42. Fases da Meiose II .................................................................................................. 21
43. Mitose ..................................................................................................................... 22
44. Fases da Mitose ....................................................................................................... 22
45. Quem somos nós? .................................................................................................... 23
46. O que é DNA? ......................................................................................................... 24
47. Do que o DNA é feito? ........................................................................................... 24
48. A estrutura do DNA ............................................................................................... 24
49. Os Genes ................................................................................................................. 25
50. Você sabia? ............................................................................................................. 25
51. Vamos fazer um experimento? .............................................................................. 26
52. Experimento .......................................................................................................... 26
53. O que aconteceu? ................................................................................................... 27
54. Cromossomos ........................................................................................................ 27
55. Cromossomos homólogos ..................................................................................... 28
56. Genes ...................................................................................................................... 28
57. Alelos ...................................................................................................................... 28
58. Genótipo ................................................................................................................. 29
59. Fenótipo .................................................................................................................. 29
4

60. Você sabia? ............................................................................................................. 29


61. Tabela Periódica ..................................................................................................... 30
62. "Resumo sobre a Tabela Periódica ......................................................................... 30
63. "Organização da Tabela Periódica .......................................................................... 31
64. "Famílias ou grupos ................................................................................................ 31
65. Períodos ................................................................................................................... 32
66. Referências Bibliográficas ...................................................................................... 34
5

Ficção ou realidade?

Os mistérios do Universo sempre chamaram a nossa


atenção e atiçaram a nossa curiosidade.
A literatura e o cinema estão recheados de obras de
ficção científica que retratam a exploração do espaço, seja
em busca de um novo planeta por causa de uma destruição
da Terra, seja acompanhando a jornada de heróis de diversos
cantos do Universo.
E na vida real, como a exploração espacial funciona?

A corrida espacial

A história da exploração espacial está ligada à Guerra


Fria, um conflito ideológico que aconteceu entre as duas maiores
potências mundiais depois da Segunda Guerra Mundial: Estados
Unidos (EUA) e União das Repúblicas Socialistas Soviéticas
(URSS)*.
Explorar o espaço significava demonstrar poder,
conhecimento e tecnologia.

Breve histórico da corrida espacial

● 1957: a URSS enviou dois foguetes ao espaço:


Sputnik e Sputnik 2, sendo que o segundo levou a cadela Laika
para além da nossa atmosfera.
6

● 1958: os EUA enviaram o primeiro satélite artificial* americano para a órbita da


Terra e fundaram a NASA (agência dos EUA que explora o espaço).
● 1961: a URSS enviou o primeiro homem pra fora da órbita* da Terra, o russo Yuri
Gagarin.
● 1969: os EUA lançaram a missão Apollo 11 com Neil Armstrong, Michael Collins
e Edwin Aldrin. Foi a primeira vez do ser humano na Lua.

O que ganhamos com isso?

Além da observação de fenômenos astronômicos como estrelas, buracos negros e


galáxias, também conseguimos desenvolver muita tecnologia pra usar aqui na Terra!
O purificador de água foi desenvolvido pra transformar a água de urina e suor dos
astronautas em água potável; alimentos liofilizados* também foram pensados para as longas
viagens fora da Terra; os detectores de fumaça foram desenvolvidos para a segurança de
espaçonaves e da ISS.
A Medicina também saiu ganhando: o desenvolvimento de muitos materiais mais leves
e práticos aconteceu no espaço, como cobertores pra tratar choques e hipotermia*, produção
de membros artificiais e a “espuma da NASA”, um material com aparência de pele que é usado
na fabricação de próteses, colchões, travesseiros e capacetes.

A Lua

A Lua é um corpo celeste (matéria que existe


no espaço) localizado no Sistema Solar* perto do
planeta Terra.
Mesmo podendo ser vista da Terra, a Lua não
tem luz própria: ela é iluminada pelo Sol. A Lua
influencia marés, agricultura e calendários.
7

A Lua é uma lua

A Lua é um satélite natural.


Satélites naturais são corpos celestes que orbitam
planetas e asteroides*.
A Lua da Terra foi formada a partir de uma colisão
que liberou poeira e detritos que se juntaram e começaram
a orbitar* o planeta.

Várias luas

Os únicos planetas do Sistema Solar* que


não têm luas são Mercúrio e Vênus.
A Terra é o planeta mais próximo do Sol que
tem uma lua, e Marte tem duas.
Os planetas gigantes gasosos Júpiter, Saturno, Urano e Netuno conseguem atrair
muitos objetos em seu campo gravitacional* e têm mais de cem satélites naturais!

Glossário

ASTEROIDE - Corpo rochoso muito pequeno que orbita o Sol.


CAMPO GRAVITACIONAL - Interação entre dois corpos que têm massa.
ÓRBITA - Trajetória de um corpo celeste ao redor de outro.
SISTEMA SOLAR - Conjunto de corpos celestes que orbitam o Sol.
8

O filme Perdido em Marte dirigido por Ridley Scott


conta a história de um botânico que foi enviado, junto com
uma equipe, pra uma expedição em Marte.
Depois de uma tempestade, o botânico foi deixado pra
trás e tentou, com pouquíssimos recursos, permanecer vivo e
aguardar um resgate.
Nessa situação, como conseguir oxigênio, comida, água? O que é básico pra um ser
humano fora da Terra?

Um graaaaaaaande Universo

O planeta Terra fica no Sistema Solar, um conjunto


de planetas, planetas anões, asteroides e outros corpos
celestes que giram em torno de uma única estrela chamada
Sol.
É possível que pra cada estrela do Universo exista
pelo menos um planeta que gire em torno dela.
Na nossa galáxia, a Via Láctea, existem de 200 a 400 bilhões de estrelas! Ou seja,
existem de 200 a 400 bilhões de sistemas semelhantes ao Sistema Solar só na nossa
“vizinhança”!

Como sobreviver longe de casa?

Existem alguns sinais que cientistas indicam como propícios para a existência de vida:
1) O planeta tem que estar em uma zona habitável, ou seja, distante o suficiente de uma
estrela para que tenha água líquida;
2) Presença de água líquida em sua superfície;
3) Temperatura adequada;
4) Presença de atmosfera* com quantidades adequadas de gás oxigênio;
9

5) Presença de elementos químicos essenciais para os sistemas biológicos dos seres


vivos, como carbono, nitrogênio, fósforo e enxofre.

Humanos fora da Terra

O primeiro ser humano a sair da atmosfera terrestre


foi o cosmonauta russo Yuri Gagarin, que deu uma volta de
108 minutos em volta da Terra a bordo da nave Vostok 1 em
12 de abril de 1961.
Oito anos depois, em 20 de julho de 1969, a missão
estadunidense Apolo 2 pousou na Lua. Estavam a bordo os
astronautas Neil Armstrong (na imagem), Buzz Aldrin e
Michael Collins.
Em 2000, a Estação Espacial Internacional (ISS),
um laboratório moderno, foi lançada no espaço e foi ocupada por seres humanos por mais de
20 anos consecutivos. Em 2006, Marcos Pontes foi o primeiro astronauta brasileiro a pisar na
ISS.

Conhecendo o Sol

O Sol é formado por uma mistura de gases,


principalmente hidrogênio (cerca de 91%) e hélio.
Ele está no centro do Sistema Solar, um e
conjunto de corpos celestes com planetas, planetas-
anões*, meteoros* e asteroides* que giram em torno
dele.
O Sol é uma estrela, ou seja, é uma grande
esfera formada por plasma* aquecido a milhares de
graus que emite luz e calor.
Mas como essa estrela foi formada?
10

Numa nebulosa muito distante…

As estrelas nascem em grandes nuvens de


poeira e gás chamadas nebulosas compostas pelo
elemento químico hidrogênio.
A força da gravidade* faz com que tudo o
que forma a nebulosa se aproxime e que a nebulosa
diminua de tamanho.
Quanto menor a nebulosa fica, maior a
temperatura e a pressão.

Nasce uma estrela

A temperatura e a pressão são tão altas que os núcleos


dos átomos (menores partes da matéria) de hidrogênio se
fundem formando um novo elemento químico: o hélio.
Esse processo é chamado de fusão nuclear e é
essencial para a vida da estrela.
A fusão nuclear libera tanto calor e energia que faz
com que as estrelas emitam luz!
E é assim que nascem as estrelas.

O tamanho das estrelas

Dependendo da quantidade de gases e matéria que a estrela acumula, ela pode ser
dividida em dois tipos:
estrelas pequenas: têm aproximadamente o tamanho do Sol. A fusão nuclear de todo
o hidrogênio demora cerca de 10 bilhões de anos.
11

estrelas gigantes: têm oito vezes o tamanho do Sol. A fusão nuclear é mais rápida:
demora alguns milhões de anos.

Vida em todos os cantos


Florestas exuberantes, tundras (um bioma)
congeladas, desertos escaldantes e até fontes de águas
sulfurosas (com enxofre)… Em todos esses lugares existe
uma variedade de seres vivos!
A diversidade biológica de uma região e a variação
de organismos de uma mesma espécie é chamada de
biodiversidade.

E o ser humano nisso?


Algumas ações humanas estão
prejudicando a biodiversidade do nosso
planeta.
Poluição, exploração de recursos
naturais, desmatamento de florestas, expansão
agrícola, urbana e industrial e até a introdução
de espécies animais e vegetais em diferentes ecossistemas estão colocando muitas espécies em
risco de extinção (desaparecimento).
Mas como podemos impedir isso?

O que podemos fazer?


Nossa sociedade precisa buscar meios de proteger e conservar o meio ambiente.
Podemos adotar medidas individuais e simples, como aumentar o uso de materiais
recicláveis e diminuir os descartáveis, economizar no consumo de água e até adotar mudanças
na nossa alimentação, como priorizar alimentos orgânicos e diminuir o consumo de carne.
12

Também temos que cobrar medidas coletivas


e políticas públicas do Poder Público (governo),
como a criação de unidades de conservação
ambiental para a proteção deste patrimônio natural e
o incentivo à participação da coleta seletiva de lixo.

Desenvolvimento Sustentável

A Organização das Nações Unidas (ONU) define o desenvolvimento sustentável como


o desenvolvimento capaz de suprir as necessidades da geração atual e garantir o das gerações
futuras.
Algumas práticas sustentáveis são:
● uso de energias limpas e renováveis (que não acabam);
● uso de materiais biodegradáveis (que se decompõem, desaparecem da natureza com
o tempo);
● não praticar desmatamentos e queimadas;
● optar por transporte coletivo ou alternativo que não libera gases tóxicos.

Você sabia?

❖ O Brasil está em quarto lugar


como o país com mais construções
sustentáveis do mundo.
❖ A natureza demora entre 2 e 6
semanas pra decompor papel, 3 meses para
cascas de frutas, 2 anos para palitos de
fósforo, 30 a 40 anos para o nylon, 200 a 450
13

anos para copos descartáveis, 100 a 500 anos para pilhas e latas de alumínio e até um milhão
de anos para o vidro.
❖ Uma tonelada de papel reciclado evita o desmatamento de 22 árvores e economiza
71% da energia elétrica.

Consumo consciente

O consumo consciente é uma atitude para o


desenvolvimento sustentável.
Precisamos entender que tudo que compramos e
consumimos gera consequências para o meio ambiente.
O consumidor consciente busca seu bem-estar e
o da sociedade consumindo produtos e serviços
ecologicamente corretos, pratica a economia de recursos naturais, faz reciclagem e usa seus
bens até o fim da vida útil.

O 5 Rs do consumo consciente

Podemos colocar o consumo consciente em prática


seguindo os 5 Rs:
1) repensar nossas práticas em relação ao meio
ambiente;
2) recusar a aquisição de bens que não são
necessários;
3) reduzir o consumismo (consumo excessivo de
produtos e serviços);
4) reutilizar objetos que seriam descartados;
5) reciclar materiais como papel, plástico e alumínio.
14

Você sabia?
A reciclagem é uma forma de reaproveitamento da
matéria-prima (substância com que se fabrica alguma coisa)
que seria descartada.
Podemos promover a reciclagem praticando a coleta
seletiva, que separa os diferentes tipos de resíduos em
lixeiras coloridas.
As cores são: azul pra papel, verde pra vidros,
vermelho pra plástico, amarelo pra metal e marrom pra
resíduo orgânico (de origem vegetal ou animal).

Quantas espécies existem?

Existem entre 10 e 50 milhões de espécies


vegetais e animais no mundo, sendo que cerca de
1,5 milhão de espécies são classificadas.
O Brasil tem uma “megadiversidade”:
cerca de 20% das espécies conhecidas existem
aqui.
A variedade de espécies de seres vivos de um ambiente depende das condições
geográficas e até da época.
A biodiversidade da Floresta Amazônica é diferente da do Deserto do Saara, por
exemplo.

Você sabia?

Em 22 de maio é comemorado o Dia Internacional da


Biodiversidade.
15

A ONU instituiu este dia pra refletirmos sobre a necessidade de cuidar da


biodiversidade da Terra.

Darwin e os tentilhões

Entre 1831 e 1836, o cientista naturalista


Charles Darwin viajou pela América do Sul
(incluindo o Brasil), Austrália e África. O objetivo
da viagem era estudar e catalogar plantas e
animais.
Observando pássaros chamados tentilhões
que habitam as ilhas Galápagos, Darwin descobriu que os bicos de cada espécie de tentilhão
eram diferentes!
Os que comiam insetos tinham bico fino e afiado e os que comiam sementes tinham
bico largo e duro.
Por que os bicos dos pássaros eram diferentes?

Metendo o bico

Darwin concluiu que cada espécie de tentilhão


tinha se adaptado por muitos e muitos anos para o local
onde viviam e a oferta de alimento encontrada ali!
Isso é explicado pela Teoria da Seleção Natural:
Indivíduos mais bem adaptados a um ambiente em
determinado período de tempo têm maior sucesso
reprodutivo e passam suas características genéticas*
para as próximas gerações.
16

Muitas e muitas diferenças

Para a seleção natural acontecer, é necessário que existem diferenças nas


características hereditárias transmitidas entre indivíduos e até entre espécies.
Essa ampla variedade de características é chamada
de biodiversidade genética e está impressa no DNA* de
cada indivíduo!

Ser diferente é importante!

Uma grande biodiversidade genética garante um maior


sucesso na seleção natural e na adaptação das espécies.
Assim, as populações estariam mais preparadas pra
variações climáticas, escassez de alimentos e condições adversas!

Você sabia?

Charles Darwin chegou ao Brasil no navio HMS Beagle em


28 de fevereiro de 1832 com a intenção de conhecer e catalogar
espécies da fauna e da flora brasileiras.
Um fato que horrorizou o cientista foi a escravização.
Darwin presenciou várias vezes maus-tratos contra escravizados e
chegou a escrever sobre isso no seu diário de bordo (relatório de
viagem).
Ele disse: “Espero nunca mais visitar um país de escravos”.
17

Quem foi Mendel?

Gregor Mendel nasceu na Áustria em 1822. Ele foi um


monge agostiniano e hoje é considerado o pai da Genética.
Enquanto estava no monastério, Mendel se dedicou à
Educação e aos estudos sobre hereditariedade (aquilo que vem dos
nossos antepassados).
Ele observou características de ervilhas como cor da
semente, cor da flor e forma da vagem, realizou cruzamento* entre plantas e analisou com
cuidado os descendentes e suas características.

As Ervilhas de Mendel

Existem dois tipos de sementes de ervilhas: as


amarelas e as verdes. Mendel percebeu que ervilhas
amarelas sempre produziam outras amarelas, e as sementes
verdes apenas as verdes. Até aqui parece bem óbvio, né?
Mas será que uma árvore de ervilhas verdes poderia
produzir ervilhas amarelas?
Mendel resolveu fazer um cruzamento* entre plantas de sementes amarelas e
verdes… e nasceram apenas sementes amarelas!
Em seguida, o monge realizou autofecundação* com essas novas plantas. Para sua
surpresa, a cada 4 novas plantas, uma tinha as sementes verdes!
Com isso, Mendel formulou uma lei, que veio a ser chamada de 1ª Lei de Mendel.

A Primeira Lei de Mendel diz que “cada característica de um indivíduo é


determinada por um par de genes. Em cada gameta vindo do pai ou da mãe existe apenas
um gene para cada característica”.
18

Entendendo a 1ª Lei de Mendel


“Cada característica de um indivíduo é determinada por um par de genes”
Vamos analisar:
“Em cada gameta vindo do pai ou da mãe existe apenas um gene para cada
característica”
Isso significa que cada característica de uma pessoa (cor do cabelo, cor dos olhos,
formato do rosto) só é assim porque foi determinada por um par de genes. Gene é o segmento
de
DNA* responsável pelas características herdadas geneticamente.
Sendo assim, cada gameta (célula reprodutiva) contém apenas 1 gene que determina
cada característica da pessoa. Ou seja, os olhos castanhos, verdes, azuis ou pretos são
determinados por 1 gene vindo das células reprodutivas do seu pai ou de sua mãe.

O que tem de interessante na 1ª Lei de Mendel?


Conhecendo o trabalho de Mendel, conseguimos entender que:
1) Nossas características (cor dos olhos, formato do rosto e até predisposição a
algumas doenças) estão contidas nos genes, segmentos de DNA dentro dos cromossomos.
2) Os genes vêm dos gametas (células sexuais ou células reprodutivas) do pai e da
mãe, então “herdamos” as características de nossos pais.
3) Essas características podem ser dominantes ou recessivas.
4) As características estão em pares nos genes. Esses pares podem ser iguais (ambos
dominantes ou ambos recessivos) ou diferentes (um recessivo e outro dominante).

Nós e os genes

A Genética é a parte da Ciência que estuda a transmissão de


características de pais para filhos ao longo do tempo em todos os seres
vivos.
19

Todas as características que nos formam estão nos genes, que são um segmento
(pedaço) de DNA* presente em estruturas chamadas cromossomos* localizados em todas as
células (unidades funcionais e estruturais dos seres vivos).
Um longo caminho foi percorrido pra compreender como tudo isso funciona.
Na aula de hoje, vamos conhecer um dos pilares da
Genética: a primeira Lei de Mendel.

Ervilhas e Genética
Existem dois tipos de sementes de ervilhas:
as amarelas e as verdes. Mendel percebeu que
ervilhas amarelas sempre produziam outras
amarelas, e as sementes verdes apenas as verdes.
Até aqui parece bem óbvio, né? Mas será que uma
árvore de ervilhas verdes poderia produzir ervilhas
amarelas?
Mendel resolveu fazer um cruzamento* entre plantas de sementes amarelas e
verdes… e nasceram apenas sementes amarelas!
Em seguida, o monge realizou autofecundação* com essas novas plantas. Pra sua
surpresa, a cada 4 novas plantas, uma tinha as sementes verdes! Como isso era possível?

Nós e as células
Todos os seres vivos (com exceção dos vírus*) são formados por uma ou mais células.
As células são unidades estruturais e funcionais dos seres
vivos, ou seja, são pequenas estruturas que formam todo o
organismo dos seres vivos.
Existem diferentes tipos de células com diferentes
papéis, como transportar gás oxigênio, combater doenças e
propagar impulso nervoso (sinal elétrico que proporciona a comunicação entre neurônios).
20

O Ciclo Celular
As células passam por várias etapas de
desenvolvimento: é o ciclo celular.
Podemos fazer uma analogia considerando o ciclo
celular como o “período de vida” de uma célula,
contemplando o seu surgimento e a divisão em células-filhas.
Nesta aula vamos estudar a fase do ciclo celular chamada meiose.

Meiose
Os gametas são células responsáveis pela transferência dos genes na reprodução
sexuada. Nos seres humanos, os gametas são os espermatozoides, pra indivíduos de sexo
masculino, e ovócitos, pra indivíduos de sexo feminino. Eles são formados por um tipo de
divisão celular chamada meiose.
A meiose é um processo de divisão celular em que uma célula-mãe que tem dois
conjuntos de cromossomos* (diploides) se divide em quatro células-filhas com apenas um
conjunto de cromossomos (haploides).
Antes da meiose, e durante a maior parte do ciclo celular, a célula está em uma etapa
chamada interfase, em que ela aumenta de tamanho, duplica o DNA*, produz proteínas* e
prepara a divisão celular.
Durante a meiose, acontecem duas divisões celulares consecutivas chamadas meiose I
e meiose II. A seguir, vamos conhecer as fases de cada etapa.

Fases da Meiose
21

Fases da Meiose I

A meiose I é chamada de etapa reducional porque são


formadas duas células-filhas com metade do conjunto original de
cromossomos.
Prófase I: esta fase é dividida em cinco subfases:
a) leptóteno: nesta etapa, os cromossomos que já foram
duplicados na interfase começam a se condensar.
b) zigóteno: os cromossomos homólogos* se juntam e seus genes ficam alinhados.
Esse fenômeno é chamado de complexo sinaptonêmico.
c) paquíteno: acontece o crossing-over, processo de permuta (troca) de material
genético entre os cromossomos homólogos. O crossing-over (na figura) garante a variabilidade
genética (variedade de genes que uma espécie apresenta).
d) diplóteno: desaparecimento do complexo sinaptonêmico. Os cromossomos ficam
unidos em forma de X, sendo chamados de quiasmas.
e) diacinese: finalmente, temos a quebra do envelope celular e o desaparecimento do
núcleo, encerrando a prófase I.
Metáfase I: desaparecimento da membrana celular e organização dos cromossomos
no centro da célula formando a placa equatorial.
Anáfase I: cada par de cromossomos homólogos migra pra um polo da célula;
Telófase I: os cromossomos se descondensam, o núcleo se reorganiza e acontece a
divisão do citoplasma (região interna da célula entre a membrana plasmática e o núcleo). Essa
divisão do citoplasma é chamada de citocinese.
No final da telófase I, são formadas duas células-filhas haploides, ou seja, com a
metade do número de cromossomos da célula-mãe.

Fases da Meiose II

Entre a meiose I e a meiose II não tem duplicação de DNA. A meiose II é uma etapa
equacional, ou seja, o número de cromossomos no início e final da etapa não muda.
22

● prófase II: desaparecimento do envelope celular e movimentação dos


cromossomos para o centro da célula.
● metáfase II: cromossomos formando a placa equatorial.
● anáfase II: separação das cromátides (um dos dois filamentos dos cromossomos)
irmãs para os polos da célula.
● telófase II: regeneração do envelope celular, descondensação dos cromossomos e
citocinese.
A telófase II encerra a meiose. A partir desta divisão celular, uma célula-mãe forma
quatro células-filhas.

Mitose
As células eucariontes têm um núcleo bem delimitado. Um tipo de divisão celular deste
tipo de célula é a mitose.
A mitose acontece na maioria das células do corpo humano. Ela é importante pra
regeneração e crescimento de organismos multicelulares, pra formação dos gametas em
vegetais e pelos processos de reprodução assexuada em seres unicelulares.
Todo ser vivo realiza a mitose do nascimento até a morte!
A mitose é considerada uma divisão equitativa, ou seja, a célula-mãe origina duas
células-filhas com o mesmo número de cromossomos* e as mesmas características genéticas.
A mitose só não faz a formação de gametas (células sexuais), já que elas têm apenas a
metade do número de cromossomos.

Fases da Mitose
23

Antes da mitose, e durante a maior parte do ciclo celular, a célula passa por uma etapa
Chamada interfase, em que ela aumenta de tamanho, duplica o DNA*, produz proteínas e
prepara a divisão celular.
Com o início da mitose, acontecem as seguintes fases:
● prófase: acontece uma desorganização da membrana que envolve o núcleo da
célula, os centríolos* migram para o polo da célula e aparecem microtúbulos entre eles. O
nucléolo* se desintegra.
● metáfase: os cromossomos estão em seu grau máximo de condensação e se alinham
no centro da célula formando a placa metafásica ou equatorial;
● anáfase: os cromossomos se separam e cada uma de suas partes, chamadas de
cromátides, vai para um pólo da célula. O processo da migração das cromátides é chamado de
não disjunção cromossômica e faz com que uma célula fique com mais cromossomos que
outra;
● telófase: fase final da mitose. Os cromossomos se descondensam, e os envoltórios
nucleares e os nucléolos são reconstruídos. Também acontece a citocinese ou centrípeta, que
é a divisão do citoplasma (região interna da célula) entre as células-filhas.

Quem somos nós?

Todos somos diferentes uns dos outros: cor dos olhos,


cabelos, fisionomia e até predisposição para algumas doenças!
Como essas características são formadas em nós?
Onde elas ficam guardadas?
Nesta aula, vamos conhecer o DNA, o responsável por
“dizer” quem nós somos.
24

O que é DNA?
A sigla DNA vem do inglês e significa ácido
desoxirribonucleico. O DNA é um conjunto de
moléculas (conjunto de átomos unidos por ligações
covalentes) encontradas no núcleo das células (unidades
estruturais e fundamentais dos seres vivos), e tem a função
de armazenar e transmitir informações genéticas*. Ele é
fundamental para a síntese de proteínas*.
Todos os seres vivos têm DNA. A estrutura do DNA em uma pessoa é a mesma em
qualquer parte do corpo.

Do que o DNA é feito?


O DNA é constituído por um conjunto de nucleotídeos ligados quimicamente uns aos
outros.
Os nucleotídeos são formados por tipos específicos de
moléculas: um grupo ou mais de fosfato*, uma base
nitrogenada* (pode ser timina, guanina, citosina ou adenina)
e um carboidrato* chamado desoxirribose.
A imagem ao lado mostra como os nucleotídeos se
ligam entre si formando duas longas “fitas”.

A estrutura do DNA
As “fitas” formadas por vários nucleotídeos ligados entre
si também são chamadas de cadeias.
As ligações e interações químicas formam duas longas
cadeias enroladas entre si, formando uma espiral.
Este modelo proposto em 1953 por James D. Watson,
Maurice Wilkins e Francis H. Crick é chamado de dupla
hélice.
25

Este feito rendeu o Prêmio Nobel de Medicina no ano de 1962, que é o principal prêmio
internacional pra esta categoria.

Os Genes

Os genes são partes das moléculas de DNA com uma sequência de bases nitrogenadas
específicas responsáveis por ditar cada característica de um organismo.
Os genes são encontrados em estruturas chamadas cromossomos. Na espécie humana,
existem 46 cromossomos com todas as nossas características genéticas!
Metade dos nossos cromossomos (23) são recebidos do gameta vindo da mãe e a outra
metade (23) do gameta vindo do pai, ou seja, carregamos as características genéticas dos
organismos dos nossos genitores.
Assim, podemos dizer que os agentes responsáveis pela transmissão de todas nossas
características genéticas são: cromossomos, genes e DNA.

Você sabia?

Uma das maiores descobertas da Ciência é a da estrutura de dupla hélice do DNA.


Essa história é cheia de controvérsias!
A primeira é a grande injustiça com Rosalind Franklin, uma cientista britânica que
também trabalhou para a descoberta da estrutura do DNA e, principalmente por ser mulher,
não recebeu o Prêmio Nobel de Medicina em 1962 com seus colaboradores James D. Watson,
Maurice Wilkin e Francis Crick.
Outro fato chocante é que James D. Watson perdeu vários títulos e prêmios por ter
relacionado o estudo do DNA com comentários racistas.
É importante entender que grandes descobertas científicas não justificam nenhum
tipo de preconceito. E é isso que observamos com a história de James D. Watson.
26

Vamos fazer um experimento?

Nós vamos precisar de:


● Um saco plástico que permita
vedação;
● 1 morango fresco ou congelado;
● Etanol 70º g.l. gelado;
● Bastão de vidro, palito de madeira, tubo de ensaio e papel filtro com funil;
● 10 mL de solução de extração de DNA.
A solução de extração de DNA é feita a partir da mistura de:
● 100 mL de xampu ou 50 mL de detergente;
● 15 gramas de sal de cozinha;
● 900 mL de água;

Experimento

Siga estes passos:


1. Coloque o morango no saco plástico e esmague
por cerca de 2 minutos;
2. Coloque a solução de extração no saco plástico e
misture tudo apertando bem;
3. Filtre o conteúdo com o funil e coloque o resíduo
no tubo de ensaio;
4. Derrame o álcool gelado no tubo e mexa com o bastão de vidro;
5. Observe o que aconteceu.
27

O que aconteceu?

O detergente ou xampu ajuda a dissolver a


membrana plasmática (que delimita a célula) das
células e o sal mantém as proteínas dissolvidas no
extrato líquido. Assim, só o DNA permanece sólido.
O DNA não se dissolve no etanol. Quando o
etanol gelado é derramado no extrato de morango, dá pra ver as fitas brancas finas do DNA.
Atenção: só conseguimos visualizar a estrutura de dupla hélice com auxílio de um
microscópio (aparelho usado pra ampliar imagens de objetos extremamente pequenos).

A reprodução é a capacidade de um organismo gerar


descendentes, ou seja, gerar novos indivíduos semelhantes a si mesmo.
Sabemos que todos os seres vivos herdam de seus pais características
básicas de sua espécie além de características particulares dos seus
familiares. Por isso você é mais parecido com o seu pai ou sua mãe, mas
nunca igual a eles.
Na aula de hoje iniciaremos os conceitos básicos em genética.
Vamos juntos entrar no mundo das ciências?

Cromossomos

Cada um dos longos filamentos de DNA presentes no núcleo


de uma célula eucariótica. A espécie humana é formada por 46
cromossomos, organizados aos pares: 23 de origem materna e 23 de
origem paterna. Cada cromossomo é formado por milhares de genes
diferentes distribuídos ao longo de seu comprimento
28

Cromossomos homólogos

Quando um óvulo e um espermatozóide se


unem pela fecundação, surge o zigoto, que reúne um
conjunto de cromossomos materno e um outro paterno.
Esses dois lotes de cromossomos são equivalentes,
possuindo informações genéticas semelhantes. Dessa
forma, os cromossomos homólogos são aqueles
herdados do pai e da mãe que têm genes para as
mesmas características.

Genes
Os genes, segmento de uma molécula de DNA,
são transmitidos dos pais para os filhos através dos
gametas. É nos genes que se encontram as informações
para uma dada característica.

Alelos

O ser humano recebe de cada um dos seus pais,


um conjunto completo de genes, característico de cada
espécie. Cada indivíduo apresenta duas cópias de cada
gene: uma de origem materna e outra de origem paterna.
Cada cópia de um gene apresenta uma versão, ou seja,
uma variação. As diferentes versões de um gene são
chamadas de alelos. Os alelos não se misturam nos
descendentes. Eles estão sempre aos pares.
29

Genótipo

Conjunto de genes que um indivíduo possui em suas células. Representado por letras.

Fenótipo

Conjunto de características físicas, fisiológicas ou


comportamentais de um ser vivo. Essas características são
determinadas pelo genótipo mais as possíveis alterações
por ações sofridas pelo ambiente. Por exemplo, a cor da
nossa pele é o resultado do genótipo presente nas nossas
células mais a nossa exposição ao sol (que pode ser maior
ou menor).

Você sabia?

Os genes são transmitidos através


dos gametas de uma geração para outra,
contribuindo para a produção de indivíduos
diferentes a cada geração. Sabemos que o
meio ambiente sempre pode apresentar
alterações, por isso, descendentes diferentes
entre si podem aumentar as chances de sobrevivência daqueles que apresentam características
mais favoráveis à determinadas condições ambientais.
30

Tabela Periódica

"A Tabela Periódica é uma ferramenta que tem por objetivo organizar e agrupar todos
os elementos químicos já descobertos pelo ser humano. Foi desenvolvida em 1869 pelo
químico russo Dmitri Mendeleev, o qual organizou elementos de propriedades semelhantes
em grupos e os colocou em ordem crescente de massa.
Posteriormente, em 1913, a Tabela Periódica foi aprimorada pelo físico inglês Henry
Moseley, depois de seu método de determinação dos números atômicos. Dali em diante, os
elementos foram colocados em ordem crescente de números atômicos, tomando a forma que
hoje conhecemos. Em comemoração aos 150 anos da criação da Tabela Periódica, a
Organização das Nações Unidas decretou o ano de 2019 como o Ano Internacional da Tabela
Periódica."

"Resumo sobre a Tabela Periódica

A Tabela Periódica organiza todos os elementos já descobertos pelos seres humanos.


Os elementos químicos são colocados em ordem crescente de número atômico.
Nas suas colunas, chamadas de grupos, estão os elementos com propriedades físico-
químicas semelhantes.
31

Nas suas linhas, chamadas de períodos, está indicada a camada eletrônica mais
energética do elemento.
A Tabela tem várias subdivisões, diferenciando os elementos em metal ou ametal,
representativos ou de transição, além de subdividi-los de acordo com sua distribuição
eletrônica.
A Tabela Periódica foi desenvolvida pelo químico russo Dmitri Mendeleev, em 1869,
e foi sendo aprimorada ao longo dos anos até sua forma atual."

"Organização da Tabela Periódica

A Tabela Periódica tem grande utilidade porque consegue estabelecer padrões de


organização para todos os elementos químicos descobertos pela humanidade até então.
Atualmente são 118 elementos químicos, os quais são dispostos na Tabela em ordem crescente
de números atômicos, da esquerda para a direita, iniciando no hidrogênio (número atômico
igual a 1) e terminando no recém-incluído oganessônio (número atômico igual a 118).
Contudo, a grande vantagem da Tabela Periódica é colocar elementos de propriedades
físico-químicas semelhantes na mesma coluna. As colunas da Tabela podem ser chamadas de
grupos ou família. Já as linhas, que dispõem os elementos em ordem crescente de número
atômico, são chamadas de períodos."

"Famílias ou grupos
A Tabela Periódica conta com 18 linhas verticais (ou colunas), as quais podem ser
chamadas de famílias ou grupos. Em cada coluna, estão dispostos elementos de propriedades
físico-químicas semelhantes. A única exceção é o elemento químico hidrogênio, que, apesar
de estar no grupo 1, não possui propriedades semelhantes aos demais.
Podemos citar os elementos de uma família apenas falando seu número, como família
(ou grupo) 1 ou família (ou grupo) 2, ou então citando o nome do seu primeiro elemento, como
família (ou grupo) do ferro, família (ou grupo) do carbono.
Contudo, alguns grupos trazem nomes famosos, criados antes do desenvolvimento da
Tabela Periódica. São eles:
32

Metais alcalinos (grupo 1, com exceção do hidrogênio)


Metais alcalino-terrosos ou alcalinos terrosos (grupo 2)
Pinictogênios (grupo 15)
Calcogênios (grupo 16)
Halogênios (grupo 17)
Gases nobres (grupo 18)
Ainda se difunde bastante a separação dos grupos em A e B. Contudo, a União
Internacional da Química Pura e Aplicada (Iupac) não recomenda mais a utilização dessa
separação, devendo-se utilizar então os números 1 até 18 para representar as famílias ou os
grupos. Isso porque a Iupac utilizava as letras A e B para separar o lado esquerdo (A) do lado
direito (B) da Tabela, usando os grupos de ferro, cobalto e níquel como fronteira.
Contudo, o sistema americano CAS utilizou a letra A para indicar elementos
representativos e a letra B para indicar elementos de transição. Consequentemente, essas
denominações trouxeram muita confusão, e a Iupac interviu para sanar esse problema.
Também tem não se recomenda mais a utilização do termo família como sinônimo de
grupo, contudo, essa associação ainda é muito difundida em materiais didáticos e por isso foi
citada.

Períodos
Os períodos são as linhas horizontais na Tabela Periódica e colocam os elementos em
ordem crescente de número atômico. Atualmente, a Tabela conta com sete períodos, ou seja,
do primeiro ao sétimo. Eles indicam em qual camada está o elétron mais energético do
elemento químico correspondente.
Um detalhe importante é acerca dos lantanídeos e actinídeos. O lantânio, La, número
atômico 57, pertence ao sexto período da Tabela Periódica, estando na família 3 (do escândio,
Sc). Os outros 14 elementos que vêm após ele, do cério (Ce, número atômico 58) ao lutécio
(Lu, número atômico 71), são chamados de lantanídeos.
Assim como o actínio (Ac, número atômico 89) encontra-se no sétimo período, na
família 3 também, os outros 14 elementos que vêm após ele, do tório (Th, número atômico 90)
até o laurêncio (Lr, número atômico 103), são chamados de actinídeos. Teoricamente a Tabela
33

Periódica deveria se estender horizontalmente para agrupar tanto os lantanídeos quando os


actinídeos, contudo, para melhor visualização, a ela é geralmente encurtada, colocando essas
duas séries embaixo dela.
Também existem outras divisões na Tabela Periódica, como a distribuição em metais
e ametais. Antigamente existia a subclasse dos semimetais ou metaloides, contudo, a Iupac
deixou de utilizar essa subclasse, dividindo os elementos participantes entre metal e ametal.
A divisão entre elementos representativos e de transição ainda se mantém. Contudo,
algo geralmente pouco lembrado entre os estudantes é que os representativos são apenas os
elementos dos grupos 1, 2, 14, 15, 16, 17 e 18, excluindo-se o hidrogênio. Já os elementos de
transição são os dos grupos 3 ao 11, excetuando-se o grupo 12.
Isso porque a definição de elemento de transição indica que tal elemento deve possuir
um subnível d incompleto ou formar cátion com subnível d incompleto. Todos os elementos
do grupo 12 possuem subnível d completo (d10) e, ao formarem cátions (sempre bivalentes),
mantêm o subnível d completo. Contudo, alguns autores mantêm os elementos do grupo 12
entre os elementos de transição. Há, ainda, a subdivisão de elementos de transição interna
(lantanídeos e actinídeos) e externa (demais elementos de transição)."
34

Referências Bibliográficas

Conteúdos e exercícios gratuitos para aulas incríveis


Disponível: https://www.aprendizap.com.br/, Acesso em 19 mar. 2023, às 10:00

Conteúdos e exercícios gratuitos para aulas incríveis


Disponível: https://www.aprendizap.com.br/, Acesso em 20 mar. 2023, às 8:00

Conteúdos e exercícios gratuitos para aulas incríveis


Disponível: https://www.aprendizap.com.br/, Acesso em 21 mar. 2023, às 12:00

Conteúdos e exercícios gratuitos para aulas incríveis


Disponível: https://www.aprendizap.com.br/, Acesso em 22 mar. 2023, às 09:00

Você também pode gostar