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9.7 Ciclo da Dor Crônica ........................................................................................................75
9.8 Red Flags (Bandeiras Vermelhas) ....................................................................................78
9.9 Variáveis Psicossociais – Yellow Flags (Bandeiras Amarelas) ........................................79
9.10 Paciente Agudo ..............................................................................................................81
9.11 Paciente Subagudo .........................................................................................................82
9.12 Paciente Crônico ............................................................................................................82
9.13 Avaliação .......................................................................................................................82
10. QUADRIL ............................................................................................................................85
11. JOELHO ..............................................................................................................................98
11.1 Testes Especiais............................................................................................................102
11.2 Avaliação – História .....................................................................................................105
11.3 Avaliação – Exame Físico ............................................................................................105
11.4 Lesão LCA ...................................................................................................................107
11.5 Disfunção Femuropatelar .............................................................................................109
12. TORNOZELO ....................................................................................................................117
12.1 Entorse de Tornozelo ....................................................................................................126
13. NEUROPATIAS PERIFÉRICAS ......................................................................................127
14. POSTURA .........................................................................................................................145
15. PRÓTESES E ÓRTESES ...................................................................................................151
15.1 Amputação: História e Conceitos .................................................................................151
15.2 Fases Fisioterapêuticas para Amputação ......................................................................152
15.3 Fases Fisioterapêuticas para Protetização .....................................................................153
15.4 Princípios Cirúrgicos das Amputações .........................................................................153
15.5 Níveis de Amputação para Membros Inferiores ...........................................................157
15.6 Reabilitação do Paciente Amputado .............................................................................165
15.7 Proteses MMII – Amputações Parciais de Pé e Tornozelo ...........................................171
16. ESCLEROSE SISTÊMICA................................................................................................178
17. FIBROMIALGIA ...............................................................................................................181
18. FEBRE REUMÁTICA .......................................................................................................183
19. LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO ............................................................................187
20. ESPONDILOARTROPATIAS – ESPONDILITE ANQUILOSANTE ..............................191
21. ESPONDILOARTROPATIAS - SINDROME DE REITER ..............................................195
22. OSTEOARTRITE ..............................................................................................................197
23. CINESIOTERAPIA ...........................................................................................................201
23.1 Introdução da matéria ...................................................................................................201
23.2 Exercícios: Passivo, Ativo Assistido e Ativo Livre ......................................................203
23.3 Alongamento Muscular: Bases Fisiológicas e Principais Técnicas ...............................208
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23.4 Exercício Ativo Resistido .............................................................................................217
23.5 Propriocepção ...............................................................................................................230
24. BANDAGENS ...................................................................................................................236
25. MOBILIZAÇÃO ARTICULAR ........................................................................................237
26. MASSAGEM CLÁSSICA .................................................................................................242
27. ISOSTRETCHING.............................................................................................................246
28. ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR ...................................................................................250
29. POMPAGEM .....................................................................................................................253
30. ELETROTERAPIA ............................................................................................................257
30.1 Infravermelho ...............................................................................................................260
30.2 Laser .............................................................................................................................262
30.3 Ultrassom .....................................................................................................................264
30.4 TENS (estimulação nervosa transcutânea) ...................................................................266
31. QUESTÕES .......................................................................................................................271
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MÚSCULOS, ORIGEM E INSERÇÃO
Gleno - Umeral
GLENO-UMERAL
Músculos Ação Origem Inserção
Deltóide anterior ABD, FLEX, RM Terço lateral da clavícula Suas fibras se convergem para
Deltóide médio ABD Acrômio se inserirem na tuberosidade
Deltóide posterior ABD, EXT, RL Espinha da escápula deltóidea no corpo do úmero
Supra espinhal ABD Fossa supra-espinhal Tubérculo maior do úmero
Peitoral maior ADD, FLEX, RM Clavícula, esterno e cartilagens costais Sulco intertubercular do úmero
Coracobraquial ADD, FLEX Processo coracóide Face anterior do terço médio do úmero
Grande dorsal EXT, ADD, RM Proc. E. T7 - T12, CI e apo. Toracolombar Tubérculo menor, sulco intertubercular
Redondo maior ADD, EXT, RM Â inf da escápula e margem lateral Tubérculo menor do úmero
Redondo menor RL Margem lateral da escápula Tubérculo maior do úmero
Subescapular RL Fossa subescapular Tubérculo menor do úmero
Infraespinhoso RL Fossa infra-espinhal Tubérculo maior do úmero
Escápulo-Torácica
ESCÁPULO-TORÁCICA
Músculos Ação Origem Inserção
Trapézio superior ADD escapular, EXT E ROT da cabeça Protuberância occiptal Terço lateral superior da clavícula
Trapézio médio ADD (90°) e RL Processos espinhosos T1 - T6 Acrômio e espinha da escápula
Trapézio inferior ADD e RL Processos espinhosos das T7 - T12 Espinha da escápula
Romboide menor ADD, RM e ELEVAÇÃO escapular Processos espinhosos de c6, c7 e t1 Margem med da E, na altura da espinha
Rombóide maior ADD, RM e ELEVAÇÃO escapular Processos espinhosos de t1 até t6 Margem med da E, da espinha ao â inf
Serrátil anterior ABD escapular Face externa das 8 costelas superiores Margem medial da escápula
Peitoral menor RM e impulso do ombro p/ frente Face externa da 3, 4 e 5 costelas Processo coracóide
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Cotovelo
COTOVELO
Músculos Ação Origem Inserção
Bíceps Braquial FLEX cotovelo, SUPINAÇÃO antebraço, FLEX e ABD ombro Cabeça longa: tubérculo supra-glenoidal Tuberosidade do rádio
Cabeça curta: processo coracóide
Braquiorradial FLEX cotovelo, SUP e PRON antebraço Crista supraepicondilar lateral do úmero Parte distal do rádio, proc estilóide
Braquial FLEX cotovelo Face anterior do terço médio do úmero Tuberosidade da ulna
Cabeça longa: tubérculo infra-glenoidal
Tríceps Braquial EXT cotovelo, EXT ombro Cabeça lateral: face post do úmero Olécrano
Cabeça medial: face post do úmero
Ancôneo ESTABILIZADOR do cotovelo, EXT cotovelo Epicôndilo lateral do úmero Face lateral do olécrano
Pronador quadrado PRON antebraço Ulna distal Rádio parte distal
Pronador redondo PRON antebraço Epicôndilo medial Rádio
Supinador longo e curto SUP antebraço Epicôndilo lateral e ulna prox Rádio parte proximal
Punho e Mão
PUNHO/MÃO
Músculos Ação Origem Inserção
Flexor radial do carpo FLEX, DESVIO RADIAL Epicôndilo medial 2º metacarpo
Flexor ulnar do carpo FLEX, DESVIO ULNAR Epicôndilo medial Osso pisiforme
Palmar longo FLEX punho, e aproximação região tenar-hipotenar Epicôndilo medial Aponeurose palmar
Extensor radial longo e curto do carpo EXT, DESVIO RADIAL Epicôndilo lateral 2º e 3º metacarpo
Extensor ulnar do carpo EXT, DESVIO ULNAR Epicôndilo lateral 5º metacarpo
Flexor superficial dos dedos FLEX falange média Epicôndilo medial, ulna, rádio Falanges médias
Flexor profundo dos dedos FLEX falange distal Ulna e membrana interóssea Falanges distais
Extensor comum dos dedos EXT metacarpo-falangeana Epicôndilo lateral Aponeurose extensora
Interósseos dorsais ABD dedos Diáfise dos dedos I, II, IV, V Aponeurose extensora
Interósseos palmares ADD dedos Metacarpos Aponeurose extensora
Interósseos e lumbricais FLEX metacarpo-falangeana, EXT inter-falangeanas Tendão do flexor profundo Tendão do extensor comum
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Tronco
MÚSCULOS DO TRONCO
Músculos Ação Origem Inserção
Oblíquo externo Rotação do tronco últimas 8 costelas Crista ilíaca e bainha do mm. Reto
Obliquo interno Rotação do tronco Aponeurose toracolombar Bainha do reto do abdome
Transverso Compressão das visceras Cartilagens costais, aponeurose e CI Bainha do reto do abdome
Reto do abdome Flexão do tronco Processo xifóide, 5ª e 6ª costelas Sínfise e crista púbica
Quadril
QUADRIL
Músculos Ação Origem Inserção
Ílio-psoas FLEX, ABD, RL Proc transversos lombares e Crista iliaca Trocanter menor do femur
Tensor da fáscia lata FLEX, ABD, RM Crista iliaca Trato iliotibial
Reto femural FLEX quadril EIAS Tuberosidade anterior da tibia, patela
Sartório FLEX, ABD, RL Crista iliaca Face medial da tibia
Glúteo máximo EXT Ilio Trato iliotibial
Piriforme RL Face pelvica do sacro Trocanter maior do fêmur
Quadrado femural RL Tuberosidade isquiatica Crista intertrocanterica
Gêmeo superior e inferior RL Tuberosidade e espinha do isquio Tendao do obturador interno
Obturador externo e interno RL Pubis e isquio Trocanter maior do fêmur
Ísquio-tibiais EXT quadril (FLEX joelho - ação principal) Tuberosidade isquiatica Côndilo medial da tibia, cabeça da fibula
Glúteo mínimo ABD, RM Superficie externa do ilio Trocanter maior do fêmur
Glúteo médio ABD Superficie externa do ilio Trocanter maior do fêmur
Adutor longo ADD Corpo do pubis Linha aspera
Adutor curto ADD Corpo e ramo inferior do pubis Linha aspera
Adutor mágno ADD Ramo inferior do pubis Tuberosidade isquiatica
Pectíneo ADD Ramo superior do pubis Linha pectinea do fêmur
Grácil ADD Corpo e ramo inferior do pubis Corpo da tibia
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Joelho
JOELHO
Músculos Ação Origem Inserção
Quadríceps EXT joelho (FLEX quadril - Reto Femural) EIAS e linha intertrocanterica Tuberosidade anterior da tibia, patela
Ísquio-tibiais FLEX joelho (EXT quadril) Tuberosidade isquiatica Côndilo medial da tibia, cabeça da fibula
Poplíteo RL joelho Côndilo lateral do fêmur Face posterior da tibia
Tornozelo/Pé
TORNOZELO/PÉ
Músculos Ação Origem Inserção
Tibial anterior DORSIFLEXÃO, INVERSÃO Côndilo lateral da tíbia Cuneiforme medial
Tibial posterior PLANTIFLEXÃO, INVERSÃO Face posterior do corpo da fíbula e tíbia Navicular e cuneiforme medial
Tríceps sural PLANTIFLEXÃO Côndilo lateral fêmur (g), cabeça fibula (s) Calcâneo
Fibular longo e curto EVERSÃO, PLANTIFLEXÃO Cabeça da fibula Cuneiforme medial e V metatarso
Fibular terceiro EVERSÃO, DORSIFLEXÃO 1/3 distal anterior da fibula Base do 5º metatarso
Flexor curto dos dedos FLEX inter-falangeana proximal e metatarso-falangeana Calcâneo e aponeurose plantar Falanges médias do 2º ao 5º dedo
Flexor longo dos dedos FLEX inter-falangeana distal Face posterior da tíbia Falanges distais do 2º ao 5º dedo
Flexor curto do hálux FLEX falange proximal Cubóide e cuneiforme medial Falange proximal do halux
Flexor longo do hálux FLEX falange distal Face posterior da fíbula Falange distal do halux
Extensor curto dos dedos EXT inter-falangeana proximal Calcâneo 2º, 3º e 4º dedos
Extensor longo dos dedos EXT inter-falangeana distal Côndilo lateral da tíbia Falanges médias e distais do 2º ao 5º
Extensor longo e curto do hálux EXT metatarso-falangeanas e interfalangianas do hálux Face anterior da fíbula, calcâneo Falange distal e proximal do hálux
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BIOMECÂNICA DO TECIDO ESQUELÉTICO
Características Biomecânicas
O sistema esquelético tem que ser forte, duro, rígido o suficiente para suportar
uma sobrecarga, ter uma resistência;
Anisotropia: diferentes respostas a carga em diferentes direções;
Apresenta uma resposta elástica, que permite uma deformação, para que o tecido
consiga suportar uma carga e voltar para seu estado normal. Obs.: Elasticidade é uma
característica que se tem uma deformação e depois um retorno no seu estado normal. É
fundamental para preservar as estruturas e tem um componente orgânico.
Apresenta, também, uma resposta plástica (mudança na forma), que tem uma
deformação e não volta para seu estado original.
Piezoeletricidade: variação de potencial elétrico com a carga. Exemplo de
instrumento – plataforma de força.
Obs.: Além da influência biomecânica, o osso é uma importante reserva de minérios.
Composição do Osso
Componentes orgânicos e inorgânicos formam a composição óssea.
Componente Orgânico:
- Confere flexibilidade e resiliência;
- Matriz extracelular;
- Glicosaminoglicanos e proteoglicanos 5% da matriz;
- 25% de água;
- Fibras colágenas 30% do peso seco.
Componente Inorgânico:
- Confere dureza e rigidez ao tecido;
- Formado principalmente por cálcio e fosfato;
- Cristais de hidroxiapatita – 60% do peso seco.
Células do Osso
Osteócitos, osteoblastos (formação da matriz) e osteoclastos (reabsorve/desgasta
a matriz) são as células do osso.
Essas células são importantes para que o osso tenha uma renovação tecidual.
Estrutura do Osso
Em nível microscópico constituído por ósteon ou sistema haversiano;
Série concêntrica de camadas lamelas, com matriz mineralizada, similar ao tronco
de árvore;
Com vasos sanguíneos e fibras nervosas em seu interior,
Obs.: 1. Dentro dos canais do tecido ósseo, tem-ser vascularização e inervação;
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2. Maior densidade dos canais de havers mais rígido é o osso.
3. Canais de Volkman são canais que ligam os canais de havers.
4. Parte externa do osso – periósteo. Parte interna do osso – endósteo.
Estrutura Macroscópica
O osso é dividido em osso cortical e trabecular;
Osso cortical: forma a porção externa do osso, constituído por laminas ósseas
paralelas extremamente próximas entre si, conferindo grande densidade, similar ao
marfim.;
Osso trabecular: formado por lâminas ósseas preenchidas por medula óssea.
Apresenta aspecto poroso, semelhante a uma esponja.
Tipos de Ossos
Ossos longos:
- Possui diáfise, metáfise e epífise. Obs.: diáfise – porção com grande resistência
mecânica. Epífises – crescimento longitudinal.
- Membrana fina – periósteo. Obs.: membrana periósteo – crescimento
transversal.
- Conformam um conjunto interconectado de alavancas;
- Forma retilínea
- Exemplo de osso longo: fêmur.
Ossos curtos:
- Compostos principalmente por tecido ósseo esponjoso;
- Desempenham importante papel de absorção de choques e transmissão de força;
- Exemplo: osso do carpo e ossos sesamóides (patela).
Ossos Planos:
- Apresentam duas camadas de osso compacto, com fina camada de osso
esponjoso e medula entre elas;
- Protegem estruturas internas e oferecem ampla área para inserção muscular.
- Exemplo: ilíacos, escápula.
Ossos irregulares:
- Consistem em osso esponjoso com fina superfície de osso compacto;
- Forma e funções especiais;
- Papel de sustentação de peso, dissipação de cargas, proteção da medula espinhal,
contribui para movimentos e local de inserção muscular.
- Exemplo: vértebra.
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Carga Mecânica
Quando um elemento visco elástico receber uma carga em tração, ele ganha
comprimento longitudinal e perde comprimento transversal;
Quando um elemento receber uma carga em compressão, ele perde comprimento
longitudinal e ganha comprimento transversal
Stress-Strain Curve
Após o ponto de deformação, ocorrem micro-rupturas no tecido e o osso
experimenta um fase plástica. Com isso, ao remover-se a carga, o osso não retona mais a
sua forma original.
Módulo de Young
Onde a tensão (elasticidade) do material e determinada pela relação entre stress,
strain.
Lei de Hooke
Tensão e proporcional a deformação.
Cortical X Trabecular
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Modos de Carga
Ansiotropia
Mudança na direção da carga que vai reduzindo sua capacidade de suportar,
reduzindo o tempo, gerando falha.
Graus de deformação
Diferentes respostas a diferentes velocidades de aplicação de carga;
Viscoelasticidade
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Propriedade Piezoeléctrica
Propriedade que muitos materiais têm em converter energia mecânica em corrente
elétrica. Como o próprio nome já diz, pieza=comprimir. A hidroxiapatita e responsável
pela piezoeletricidade nos tecidos ósseo.
Lei de Wolf (impacto atividade osteoclastica atividade osteoblastica)
Remodelamento (osso se remodela de acordo com a ação mecânica)
Obs.: A lesão pode acontecer com uma carga muito elevada e pouca repetição ou cargas
baixa e muita repetição.
Lesão Fadiga óssea, fratura por estresse, influência de idade, carga máxima,
influencia hormonal, imobilização,
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FATORES FISIOLÓGICOS DA REABILITAÇÃO
Todas as lesões ortopédicas podem começar por um trauma que gere um processo
inflamatório agudo ou por um problema de uma dor espontânea em função de um
processo inflamatório que vai passar para as fases agudas;
Toda lesão tem um período ativo de inflamação e depois tem-se uma fase de
regeneração dos tecidos.
Trauma – Lesão primária. Exemplo: entorse de tornozelo (mecanismo: inversão e
flexão plantar)
Toda lesão primária vai desencadear, na articulação, uma lesão secundária, ou
seja, em função do edema local, do aumento da permeabilidade vascular, das alterações
químicas e metabólicas tem-se uma hipóxia secundária.
Obs.: Então o entorse de tornozelo que é uma lesão primária desencadeia uma série de
alterações na articulação e tecidos envolvidos (químicas, metabólicas, alterações na
permeabilidade vascular, etc) que vão gerar uma lesão secundária que é a hipóxia (por
diminuição de fluxo sanguíneo)
Obs.: Um entorse classificado como grau I tem somente o estiramento das fibras do
ligamento, mas não tem o rompimento. Porém esse estiramento das fibras vai gerar lesão
de vasos (pequenos capilares na região). O entorse classificado como grau II tem-se a
ruptura de algumas fibras do ligamento (lesão parcial) + lesão dos capilares. E um entorse
grau III é aquele que tem a ruptura total do ligamento + lesão dos capilares + o
extravasamento de plasma para o espaço intersticial, levando a um hematoma local.
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Na cascata de eventos do processo inflamatório, tem-se a liberação de histamina,
onde vai aumentar ainda mais a permeabilidade capilar.
Além dos neutrófilos (vai depender se tem ou não um processo infeccioso) tem os
macrófagos onde são responsáveis por fagocitar todos neutrófilos mortos, restos
celulares, fibrina (molécula relacionada ao processo de regeneração). Aos pouco a
deposição de colágeno vai aumentando, mas o excesso vai ser reabsorvido.
Obs.: Então, depois da lesão primária (entorse) tem-se a lesão secundária, que é a hipóxia
tecidual e a liberação de histamina, no qual aumenta a permeabilidade vascular, gerando
o edema. No edema, muitas vezes tem a presença de sangue e componentes proteicos do
sangue. Numa fase seguinte, uma migração de leucócitos para região para começar o
processo de regeneração. Para começar a diminuir o processo infeccioso (se houver),
fagocitar todos os restos celulares e então, desencadear o processo de reparação.
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Um problema dessa fase. O prolongamento dessa fase (quando não há o
tratamento adequando, o repouso adequado) há a continuação de liberação dessas enzimas
proteolíticas e elas podem destruir as superfícies articulares, lesando a cartilagem, podem
gerar uma sinovite, etc. Por isso que o repouso é necessário. Por isso que a reabilitação
auxilia nesse processo inflamatório agudo.
Então em um processo inflamatório agudo, é interessante começar com um
tratamento de fisioterapia;
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Obs.: Para tirar o paciente de uma posição antálgica é preciso utilizar o tens, fazer
mobilização articular (grau 1 e 2), laser, ultrassom, crioterapia (para processos
inflamatórios agudos). Não é interessante fazer alongamento e nem tirar de repente da
posição antalgica, pois acaba aumentando a dor.
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Obs.: Por isso que: “ah, eu tenho uma lesão no menisco”. É degenerativa? Tratou,
fortaleceu a musculatura, a articulação está funcionando bem? Ok. Tratou, fortaleceu a
musculatura, mas o paciente ainda tem dor, tem processo inflamatório, tem aumento de
líquido dentro da articulação, tendo cada vez mais limitação das estruturas locais. Ao
longo prazo, isso lesa mais, a cápsula vai sofrer pelo edema, os ligamentos podem se
tornar mais frouxos como uma osteoartrose.
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Obs.: A compressão do edema facilita a reabsorção por meio dos vasos linfáticos e a
contração muscular facilita o retorno venoso.
Obs.: Pode fazer drenagem linfática em um entorse de tornozelo. Pode utilizar a drenagem
linfática para facilitar o retorno linfático e pra a diminuição do edema local.
Obs.: É interessante para entrose grau II e III uma imobilização? É interessante para ter
um repouso articular para ter regeneração tecidual e não lesar mais o tecido. Depois de
alguns dias é tirado a imobilização e aí começa o estímulo sobre a contração muscular
local.
Obs.: Entorse grau III tem-se lesão total, pode ficar até 5 dias imobilizado. Se for uma
lesão grau II, no máximo 3 dias.
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AVALIAÇÃO SUBJETIVA
Princípios e Condutas
Identificar aquilo que o paciente tem do ponto de vista da fisioterapia, a gente vai
conseguir interferir de forma muito mais efetiva.
Avalição se mantem durante todo os atendimentos.
Obs: - Foi onde ele começou a desenvolver a técnica, que hoje e chamada de Maitland.
Obs: - Mobilização são as técnicas mais suaves, que se aplica nas articulações dentro
de ADM disponível;
1961– bolsa de estudos para o exterior –Prof. James Cyriax, Gregory Grieve...
Obs: - James Cyriax “ Utilizar técnicas mais suaves, realizadas por mais tempo, que
tem uma boa efetividade no tratamento, tanto na redução da dor quanto no ganho de
ADM. Técnicas de Mobilização”
Obs: - James Cyriax trabalhava com fricção, manipulação de tecidos moles e Maitland
técnicas de mobilização na articulação;
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1964–“Manipulação Vertebral”
1970–“Manipulação Periférica”
1978–Reconhecimento do Conceito Maitland de Fisioterapia
1995–Encerramento das atividades clínicas
2010–22 de Janeiro (86 anos de idade)
“... O Método de avaliação desenvolvido por Maitland está o mais próximo
possível da metodologia científica no que diz respeito a prática clínica da
fisioterapia”...Refshauge & Gass, 1995
Obs: - Método feito a partir de perguntas e respostas bem coerentes, que tem o intuito
de induzir o paciente a responder aquilo que a gente quer saber;
AVALIAÇÃO – Técnicas
Área da Dor
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- Deve se iniciar a avaliação pela área da dor porque facilita estabelecer um
raciocinio clinico previo, porque as vezes o que o paciente sente e fala não corresponde
exatamente com a fonte do problema.
- Facilita indentificar o problema pricipal que ele esta sintido;
- Primeira pergunta da avaliação é “Qual sua queixa? ” Porque alguns pacientes
não chegam com dor. Ex: redução de ADM, falta de força, falta de equilibrio, etc..
- O paciente deve apontar com um dedo onde é sua dor, e a partir disso limitar a
área da dor. Desse ponto até onde dói para cima, para baixo, para um lado e para o outro.
- Quem pinta o mapa é o fisioterapeuta;
- Identificar outras áreas de dor, para saber se essa dor pode ser irradiada de outro
lugar; Mas ele pode ter outras dores sem relação;
D1- primeira dor referida pelo paciente;
D2- segunda dor referida pelo paciente (pode ou não ter essa segunda dor)
- Mais de uma dor D1, D2, D3 e assim por diante
- D1 e D2 podem ou não ter relação;
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Comportamento da Dor
- Características dessa dor;
Tempos
T1 – “Depois de quanto tempo, após iniciar a atividade, a dor aparece/piora? ”
T2 – “Quanto tempo você consegue ficar com a dor até que ela fique
insuportável?”
T3 – “O que você faz? Depois de quanto tempo desaparece/alivia a dor? ”
Obs: - Dor aguda aparece rápido, logo no início da atividade;
- Na dor crônica demora a aparecer e permanece por um longo período de tempo; T1e
T3 mais demorados
Profundidade
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Como é a sua dor ??
1. Queimação
2. Facada
3. Agulhadas
4. Peso
5. Formigamento
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Obs: - Posições que o paciente refere como piora e melhora a dor, pode ser usadas no
tratamento;
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Obs: - Anestesia e formigamento nas duas mãos, pernas e pés bilateralmente, isso
pode indicar compressão medular por um tumor;
- Tem incontinência urinaria e fecal, controla urina e fezes, isso pode ocorrer por
uma compressão da cauda equina;
- Compressão medular: sintomas bilateral
- Incontinências: compressão da cauda equina
HISTÓRIA
Quando começou??
1. Trauma
2. Espontâneo
3. Mecanismo de Lesão
4. Local de Início
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Patologias Sérias – RED FLAGS
Sinais de Fratura
Sinais de infecção/osteomielite
Sinais da síndrome da cauda equina
1. Parestesia na região do 4odermátomo sacral (região da sela)
2. Alterações nas funções do intestino ou bexiga
3. Severa ou progressiva alteração neurológica
Espondilite anquilosante
1. Rigidez matinal
2. >40 anos
3. Dor sacroilíaca
4. Espasmo muscular paraespinhal
5. Movimento em bloco
Risco de câncer
1. Acima de 50 anos
2. Inexplicada perda de peso
3. Histórico de câncer nos últimos 5 anos
4. Nenhum alívio dos sintomas durante um mês
5. Dor noturna com distúrbio no sono
6. Dor que não altera com mudanças de posturas e posições
Avaliação física
O próximo ponto da avaliação é a movimentação ativa das áreas da dor.
Movimentação ativa é para tentar reproduzir a dor do paciente;
P1: é o primeiro ponto de dor. Ex: vai fazer a flexão sentiu dor para.
P2: ADM final do movimento. Ex: depois que a dor começou vai até onde o senhor
consegue.
EVA intensidade da dor de 0 a 10;
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Movimento passivo acessório, para ver os deslizamentos na articulação; Livre de
contração muscular;
Paciente com dor na movimentação ativa e não na passiva > mecanismo contrátil
esta relacionado > pode estar relacionada a inserção desse músculo;
Paciente com dor na movimentação passiva e ativa > capsulite adesiva
Paciente com dor na ativa é não na passiva > pós-operatório, pela restrição de ADM;
Palpação: localizar as estruturas, se referir dor na inserção de algum musculo > pode
indicar um processo inflamatório
TUC - grupos musculares;
Provas musculares – músculos de forma individual;
Obs: só vai fazer o teste de provas muscular caso no TUC tenha indicado fraqueza;
Exame neurológico > pacientes com problemas na coluna;
Diagnostico fisioterapêutico: falar o porquê o paciente não consegue realizar
alguma atividade ou o porquê da dor.
EX: paciente não realiza movimentos de abdução, devido a uma fraqueza da
musculatura abdutora;
Condutas e objetivos e baseada no diagnostico fisioterapêutico;
Avaliação continuada
Escolher um movimento ativo e realizar em todas as seções;
É evoluir o paciente;
Linha de base e o movimente que eu avalio todas as seções;
Isso e feito para ver se o tratamento está fazendo efeito;
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FISIOTERAPIA APLICADA ÀS DISFUNÇÕES DA CINTURA
ESCAPULAR
Anotações:
1. A av. ortopédica é dividida em subjetiva e objetiva;
2. Numa av. ortopédica o que é questionado em primeiro lugar é sobre a dor!
3. Diagnóstico: compreender o diagnóstico médico e formar um diagnóstico
fisioterapêutico;
4. TUC- testa um determinado grupo muscular;
5. Abdutores de ombro – deltóide e supraespinhoso (tem a sua inserção no
tubérculo maior do úmero).
6. A palpação é importante para confirmar o diagnóstico fisioterapêutico;
7. Para fechar o diagnóstico fisioterapêutico é preciso, geralmente, de um ou dois
testes especiais. Dentro dos testes especiais temos o teste de jobb (supraespinhoso),
teste de speed, etc.
8. Nós tentamos nos aproximar da causa da dor, porque não sabemos o que é causa
e o que é consequência.
O Complexo do Ombro
A função primária do complexo do ombro é posicionar a mão no espaço,
permitindo ao indivíduo interagir com seu meio e realizar as funções motoras finas. A
incapacidade para posicionar a mão resulta em profunda diminuição de capacidade de
toda a extremidade superior.
O ombro é dotado de uma associação única entre mobilidade e estabilidade. O
grau de mobilidade é resultante de uma superfície articular saudável, unidades
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musculotendínea intactas e restrições flexíveis capsololigamentares. O grau de
estabilidade depende das estruturas capsuloligamentares intactas, das funções musculares
e da integridade das estruturas articulares e ósseas.
O complexo do ombro funciona como unidade integrada envolvendo uma
complexa relação entre suas várias estruturas. Seus componentes consistem em:
1. Três ossos (úmero, clavícula e escápula);
2. Três articulações (esternoclavicular, acromioclavicular e glenoumeral);
3. Uma “pseudo-articulação” (a articulação entre a escápula e o tórax);
4. Uma área fisiológica (o espaço subacromial)
Anotações:
1. Característica da cintura escapular muita mobilidade;
2. Desarranjo entre mobilidade e estabilidade lesão;
3. Estabilizadores primários da articulação: ligamentos*, cápsula articular,
cartilagem (aumenta a área de contato, preenchendo o espaço da articulação),
fibrocartilagem (labrum e menisco);
4. Estabilizadores dinâmicos: músculos (conseguem suprir a ausência de
ligamentos e cartilagem).
5. Articulações verdadeiras: glenoumeral, acromioclavicular e esternoclavicular;
6. Articulações falsas: escapulotorácica e espaço subacromial.
7. O espaço subacromial é uma área fisiológica importante, porque é nele que o
manguito rotador passa.
29
ARTICULAÇÃO GLENOUMERAL
A articulação glenoumeral é formada pela parte umeral superior e pela cavidade
glenoidal da escápula.
A cavidade glenoidal é plana e cobre somente de um terço a um quarto da área da
cabeça do úmero. Esse arranjo permite grande mobilidade, mas pouca estabilidade.
O lábio glenoidal é uma fibrocartilagem situado na cavidade glenóide,
aumentando a estabilidade da articulação
Anotação:
1. O Labrum é uma fibrocartilagem que aumenta a área de contato e melhora a
coaptação. É um estabilizador da articulação glenoumeral, por isso que se houver
uma lesão nele, a articulação terá uma instabilidade;
30
Anotações:
1. A cápsula articular do ombro é mais frouxa na parte inferior para permitir o
deslizamento inferior da cabeça umeral. Para permitir, então, uma maior amplitude.
2. O manguito rotador é um grupo de músculos que se inserem ao redor da
tuberosidade maior e menor do úmero, estabilizando o úmero em movimento de
elevação. Obs.: função do manguito rotador: estabilizar a cabeça do úmero na
cavidade glenóide para que não ocorra um deslizamento superior excessivo. O
manguito leva a cabeça do úmero para dentro da cavidade glenóide.
3. A Bursa ou bolsa sinovial facilita o deslizamento da articulação.
4. Planos Anatômicos: frontal (abdução e adução); sagital (flexão e extensão) e
horizontal (movimento de rotação).
5. Plano da escápula é um plano imaginário onde o movimento de elevação é mais
natural (mais fácil), pois é o plano de deslizamento. É um plano fisiológico. Esse plano
não é o plano frontal, porque ela está numa angulação de 30º em relação ao tórax.
Obs.: nesse plano tem uma função muscular melhor.
6. Translação é um movimento de deslizamento.
Anotações:
7. Translação é um movimento de deslizamento.
8. O bíceps braquial é flexor e supinador de cotovelo, mas suas ações influenciam
nas ações do ombro. Ele auxilia nos movimentos e elevação do ombro na rotação
externa. A porção longa auxilia na flexão e a porção curta (não passa pela articulação
do ombro) se insere no processo coracóide junto com o coracobraquial e peitoral
menor.
Obs.: A medida que tem mais ADM os ligamentos vão entrando em tensão.
PRESSÃO NEGATIVA
ARTICULAÇÃO ACRÔMIO-CLAVICULAR
Movimentos: pequena protusão e retrusão; rotação (60º); elevação e depressão
(30º).
Pequena estabilidade
Ligamento acromioclavicular: impede a subida da clavícula nos traumas diretos;
Ligamento coraco-claviculares: conóide e trapezoide (rotação).
ARTICULAÇÃO ESCÁPULO-TORÁCICO
32
3° para cima.
A estabilidade desta articulação é dada pelos músculos da cintura escapular
(trapézio, serrátil anterior, romboides, elevador da escápula e peitoral menor).
O latíssimo do dorso posicional a escápula no lugar correto.
Serrátil anterior
Trapézio
Redondo maior
Peitoral menor
33
Romboides;
Elevador da
escápula.
Para LIPPERT, 2003 & HALL, 2000 durante os primeiros 30º de abdução ou flexão
do ombro não há movimento escapular, todo movimento está na articulação glenoumeral,
quando esse ângulo de elevação ultrapassa os 30º entra em ação o ritmo escapuloumeral
que é definido como rotação da escápula para cima em 1º para cada 2º de abdução ou
flexão, numa relação de 2:1.
Para alcançar as grandes amplitudes de movimento além do ritmo escapuloumeral
é necessário os movimentos que ocorre nas outras articulações como elevação da
clavícula em cerca de 45 a 50º de movimento na articulação esternoclavicular para
realização completa de 90º de abdução ou flexão, e a rotação na articulação
acromioclavicular que ocorre nos primeiros 30º de elevação.
Ritmo escápulotorácico: ato de deslizamento da escápula (lateral ou medial) no
gradio costal para possibilitar, em conjunto com a articulação glenoumeral e articulação
esterno-clavicular, os movimentos do ombro. No movimento de abdução, por exemplo,
só se consegue realizar o movimento entre 60 e 120 graus, se a articulação
escapulotorácica conseguir deslizar.
Início da abdução ou elevação: tem mais movimento do úmero. A partir de ... . Para
cada 2º de movimento do úmero tem-se 1° do movimento da escápula.
Arco doloroso (amplitude) – entre 60° a 120°. Nessa amplitude, a escápula e o
úmero estão funcionando juntos e, além disso, tem-se um papel importante do manguito.
Entre 60° e 120° tem o mecanismo de rotação externa. É nessa angulação que os
pacientes com sindrome do impacto se referem dor (por um desarranjo do movimento).
Algum movimento do úmero e da escápula pode estar errado, podendo gerar a síndrome.
ARTICULAÇÃO SUBACROMIAL
35
Sindrome do Impacto
Obs.: Parece que a falta de queda posterior é uma das causas da síndrome do impacto (de
acordo com o artigo).
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Gráfico 3: indivíduos com alteração aumentaram a rotação medial da escápula
com carga, principalmente. Diferente de indivíduos normais, que se espera ter uma
rotação mais lateral do que medial.
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2. Artigo Morris et al., 2004
Estudaram 3 grupos: frouxidão multidirecional assintomático, grupo controle,
frouxidão multidirecional sintomático.
Fizeram EMG e dinamometria isocinética 90 e 180º/seg (duas velocidades)
em alguns músculos como: supraespinhoso, infraespinhoso, deltoide (anterior, médio e
posterior), subescapular.
Encontraram características similares em todos os grupos para todos os testes
nos músculos: supra-espinhoso, infra-espinhoso e subescapular.
No grupo sintomático encontraram diminuição da ativação do deltóide
posterior na rotação interna e na abdução 90° 180°/seg devido um aumento da translação
posterior do úmero na rotação interna.
Além disso, no grupo sintomático, encontraram uma diminuição da ativação
do deltóide médio e anterior na rotação externa neutra e abdução 90° 90°/seg devido um
aumento da translação anterior da cabeça do úmero durante a rotação externa.
No grupo assintomático, encontraram uma maior ativação do deltóide
posterior na adução 90° e 180°/seg. Isso é o efeito da necessidade de maior estabilização.
Obs.: isso não existe no grupo sintomático.
Em relação ao torque, todos tiveram um torque maior na rotação interna, na
extensão e na adução comparado com a rotação externa, flexão e abdução. Uma
particularidade do grupo sintomático é que tem uma discrepância maior na RI/RE e isso
pode aumentar a translação articular.
Anotações:
1. Indivíduos que têm instabilidade no ombro tem mais chance de ter síndrome
do impacto, porque tem mais deslizamento intra-articular;
2. Aumento do deslizamento da cabeça umeral aumenta a compressão
subacromial;
3. Instabilidade – tratamento conservador primeiro, se não funcionar podesse
passar por procedimento cirúrgico;
4. Quando o indivíduo tem frouxidão ligamentar não basta trabalhar, no
tratamento, o manguito, é importante, também, trabalhar o deltóide.
38
-Estabilização do úmero: maiores movimentos de deslizamento inferior foram
vistos de 30° a 60°. Aos 90° de abdução existiu diminuição do deslizamento devido a
tensão do ligamento glenoumeral inferior.
- Deltóide fibras médias foi o que mais contribuiu para a diminuição do
deslizamento inferior.
- Para prevenir o excesso de deslizamento no ombro, o deltóide tem uma função
importante.
- Deslizamento: deltóide medial > deltóide posterior > deltóide anterior >
coracobraquial e bíceps (cabeça curta).
4. Angulações do acrômio
- O acrômio pode ter diferentes angulações;
- Existem estudos que falam que por ter o acrômio do tipo ganchoso há uma
diminuição do espaço subacromial, podendo desenvolver a síndrome do impacto.
5. Traumas diretos
- Queda sobre o ombro;
- Por causa do trauma direto a pessoal passa a desenvolver uma compressão
subacromial.
39
deslocamento anterior do úmero durante a flexão e rotação interna; diminuição da área de
contato.
Obs.: Quanto maior for a área de contato, menor a pressão. Se há uma diminuição da área
de contato, tem uma maior pressão, predispondo processos degenerativos.
40
Associação: síndrome do impacto com ou sem lesão do manguito rotador,
instabilidade anterior, impacto posteriointerno com ou sem lesão da face articular do
tendão do músculo supraespinhal, condromalácia da cabeça do úmero ou artrose
acromioclavicular.
Infiltrações – gera alívio da dor, porém não trata p desarranjo e ao longo prazo
estimula a degeneração.
Cápsuloplastia – movimentos passivos no plano escapular.
Crioterapia no caso de edema e dor na fase aguda;
Ultrassom com efeito anti-inflamatório, laser, PRT, mobilização articular (efeito
de analgesia: grau 1 e 2), alongamento, trabalhar movimentos da escápula,
FORTALECIMENTO (diversas resistências), treinamento sensório motor e exercícios
pliométricos principalmente em atletas.
MÚSCULOS DO OMBRO
FLEXORES DE OMBRO
41
EXTENSORES DE OMBRO
Redondo menor;
Deltóide Posterior (Origem: Lábio inferior da borda posterior da espinha da escápula);
Infra-Espinhoso (Inserção:Faceta intermediária do tubérculo maior do úmero).
ABDUTORES DO OMBRO
Supra-espinhoso (Inserção: Faceta superior do tubérculo maior do úmero)
Deltóide (Origem: Margem lateral e superfície superior do acrômio.);
ADUTORES DO OMBRO
42
se para o paciente alcançar, por trás da cabeça, o ângulo médio superior da escápula
contralateral.
Teste de Neer: Sua finalidade é avaliar a síndrome do impacto. O examinador
estabilizará a escápula do paciente com a mão esquerda e elevará rapidamente o membro
superior em rotação interna com a mão direita. O choque da grande tuberosidade e do
acrômio provocará dor. Este teste também é positivo em capsulite adesiva, instabilidade
multidirecional, lesões da articulações acromioclavicular etc., portanto não é específico.
Teste de Speed: braço em flexão, com antebraço estendido e supinado; colocar o
dedo de uma das mãos sobre o sulco bicipital, e a mão oposta sobre o punho do paciente;
que deve elevar o braço contra resistência. Testa o tendão do bíceps no sulco bicipital.
Dor espontânea ou a palpação é indicadora de tendinite bicipital.
Teste de Yergason: É utilizado para diagnosticar tendinite e tenossinovite do
tendão da cabeça longa do músculo bíceps do braço. A maneira mais simples de realizar
o teste consiste em segurar, pronados, os punhos do paciente, sentado à sua frente, e
solicitar que realize movimento de pronação forçada, contra as mãos do examinador. A
presença de dor, sentida na região do sulco intertubercular do úmero sugere a presença de
processo inflamatório no tendão do bíceps.
Teste do Subescapular de Gerber: O paciente coloca o dorso da mão ao nível de
L5 e procura ativamente afastá-la das costas rodando internamente o braço, a
incapacidade de faze-lo ou de manter o afastamento, se feito passivamente pelo
examinador, pode indicar patologia do músculo subescapular.
Sinal de ludington: Posição de teste: O paciente fica sentado ou de pé e o
examinador coloca-se de pé por trás do paciente. O paciente entrelaça os dedos das mãos
e os apóia na região póstero-superior da cabeça. Ação: O examinador palpa a cabeça longa
do bíceps braquial bilateralmente enquanto o paciente contrai os músculos de ambos os
lados simultaneamente. Achados positivos: Aumento de dor é um indicativo de tendinite
da cabeça longa do bíceps braquial. Diminuição da tensão no tendão à palpação pode
indicar incapacidade ou dificuldade de contração forte do bíceps braquial.
Considerações/Comentários especiais: O paciente deve estabilizar a cabeça umeral
durante a contração e empurrar as mãos contra a cabeça para estabilização. A ausência de
tensão pode ser resultado de ruptura da cabeça longa do bíceps.
Teste de impacto de hawkins-kennedy: Posição de teste: Paciente sentado ou de
pé com os membros superiores relaxados. Examinador de pé com uma das mãos
segurando o cotovelo, e a outra, o punho do paciente, ambas no membro afetado. Ação:
43
O examinador flexiona o ombro a 90º e então roda medialmente. Achados positivos:
Dor no ombro e apreensão são indicativas de impacto no ombro, particularmente de
tendão do supra-espinhoso. Considerações/Comentários especiais: Este teste tende a ser
mais sensível para a avaliação de impacto subacromial.
44
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO DAS DISFUNÇÕES DA
ARTICULAÇÃO DO COTOVELO
SUPERFÍCIES ARTICULARES
Anotações:
1. A fratura na cabeça do rádio é uma fratura muito comum;
2. A tuberosidade bicipital é a inserção do bíceps braquial;
3. Teste de stress em valgo (compartimento medial) e varo (compartimento
lateral).
4. Borda radial – extremidade lateral;
5. Borda ulnar – extremidade medial.
45
6. Extensores de punho se inserem no epicôndilo lateral.
7. Flexores de punho se inserem no epicôndilo medial. Obs.: Se fizer o teste e der
positivo, quer dizer que o indivíduo pode ter epicondilite.
8. A cápsula da articulação é um estabilizador local.
9. Hiperextensão – luxação. Obs.: a capsula previne e mantém a congruência do
cotovelo.
LIGAMENTOS
São dois os ligamentos do cotovelo: ligamento colateral medial e o ligamento
colateral lateral.
O ligamento colateral medial se divide em anterior, médio e posterior.
O ligamento colateral lateral se divide em: anterior, posterior, médio e redondo
(ligamento anular – estabiliza a cabeça do rádio sobre a ulna).
Anterior
Médio
Posterior
COMPONENTES DE MOVIMENTO
Flexão:
1. A extremidade proximal da ulna desliza inferiormente sobre a parte posterior
da tróclea.
2. O rádio aduz em relação ao úmero;
3. O rádio supina em relação ao úmero;
4. Parte distal do rádio move-se proximalmente sobre a cabeça da ulna;
5. O rádio roda externamente.
Obs.: Na flexão o rádio supina em relação a ulna, além disso, o rádio roda externamente
há supinação e aproximação rádio-ulnar e o rádio se move para cima (desvio radial).
Extensão:
1. Extremidade proximal da ulna desliza superiormente sobre a parte posterior da
tróclea;
2. Ulna prona-se em relação ao úmero;
46
3. A extremidade distal do rádio move-se distalmente sobre a cabeça da ulna;
4. Rádio roda internamente sobre o úmero.
Anotações:
1. A flexão e supinação acontecem juntos;
2. A extensão e pronação acontecem juntos.
Anotações:
1. Hiperextensão: fratura da ulna (no olecrano), lesão na capsula e
luxação.
2. Flexão excessiva: fratura da cabeça do rádio.
FATORES DE COAPTAÇÃO
Resistência a Tração Longitudinal (Tração): Rádio é vulnerável, pois não tem um
ligamento para estabilizar em relação ao capítulo. Por isso se tem uma luxação.
Resistência a Pressão Longitudinal (Pressão): Fratura da cabeça radial ou porção
anterior da ulna.
47
ARTICULAÇÃO RÁDIO-ULNAR SUPERIOR
Cabeça radial (se articula com a pequena cavidade);
Pequena cavidade sigmoide da ulna;
Ligamento anular;
Ligamento quadrado de Denucé (une o rádio e a ulna).
RADIO-ULNAR PRONAÇÃO
Rotação da cabeça radial:
1. Cúpula do rádio gira em torno do capítulo;
2. O rádio separa-se da ulna;
3. Cabeça do rádio inclina-se para baixo e para fora.
RÁDIO-ULNAR INFERIOR
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AFECÇÕES DO COTOVELO
Traumas diretos – fraturas;
Uso excessivo – afecções músculo-tendíneas (processos inflamatórios).
DEFORMIDADES
Em função do arremesso
Sobrecarga com extensão em valgo:
- Hipertrofia muscular e óssea ao redor do cotovelo;
- Sobrecarga do stress em valgo gerado pelo arremesso localiza-se principalmente
no olecrano.
Dos arremessadores
Epicondilite (sinais e sintomas):
- Hiperplasia fibroangiomatosa no tendão acometido (resultado de traumas
repetitivos crônicos).
- Anormalidades histológicas degenerativas mais importantes que inflamatórias.
Epicondilite (são sintomas gerais dos pacientes):
- Hipersensibilidade localizada sobre o epicôndilo acometido;
- Extensão resistida do punho (lateral) e a flexão (medial) agravam os sintomas.
Epicondilite Lateral
Lesão por uso excessivo;
Estruturas acometidas:
- origem do extensor radial curto do carpo;
- extensor radial longo do carpo;
- porção anterior do extensor comum dos dedos.
49
Epicondilite Medial
São sinais e sintomas:
- Tendões comprometidas: flexor radial do carpo e pronador redondo.
Tratamento Epicondilite
Fase Aguda: repouso absoluto ou repouso ativo; órtese; crioterapia; TENS
(analgesia) e mobilização articular (úmero-ulnar e rádio-ulnar).
Fase intermediária: amplitude de movimento; força.
Casos crônicos ou pós-agudos: ultrassom; amplitude de movimento; força
muscular; órtese (redução da expansão muscular ou minimizar os movimentos
exagerados dos tendões)
Pós-cirurgicos: potência e flexibilidade plena das massas musculares retornam
aproximadamente quatro meses.
- Fase inicial: dia da operação: tala com o cotovelo em posição neutra e 90° de
flexão;
- Dia seguinte: início da movimentação ativa, exceto na articulação do cotovelo;
- Após 7 a 10 dias: retirada da tala; condicionamento corporal geral.
- 4ª semana: treinamento excêntrico;
- A partir do 2° mês se preconiza o retorno gradual à participação esportiva:
retorno da força muscular; flexibilidade; amplitude articular total.
50
- Fraturas cabeça do rádio e apófise coronóide.
Obs.: Prevalência em jovens (30 anos); segunda luxação mais frequente; duas a três
semanas de imobilização; instabilidade em valgo ou varo (três a seis semanas de
imobilização).
LUXAÇÃO X SUBLUXAÇÃO
Obs.: Luxação pode ou não ocorrer fratura, pode ser única ou recorrente.
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EPICONDILITE LATERAL; Teste para os tendões extensores de punho, paciente
flexiona os dedos com o antebraço pronado e estende o cotovelo, palpar no epicôndilo
lateral, positivo dor na região dos tendões extensores de punho.
EPICONDILITE MEDIAL; Teste para os tendões flexores de punho, com o
antebraço supinado e o cotovelo e punho são estendidos pelo fisio, palpar no epicôndilo
medial, positivo dor na região dos tendões flexores de punho.
T. de MILL; Teste para os tendões extensores, paciente sentado com o antebraço
pronado e o punho flexionado, o fisioterapeuta irá segurar na mão do paciente e pedirá
para ele fazer uma supinação com o antebraço, positivo dor na região dos tendões
extensores de punho.
T. de COZEN; Teste para os tendões flexores de punho, paciente sentado com o
antebraço supinado e o punho extendido, o fisio irá segurar na mão do paciente e pedirá
para ele fazer uma pronação com o antebraço, positivo dor na região dos tendões flexores
de punho.
52
PUNHO E MÃO
Obs.: Além dessas 4 grandes articulações, temos as articulações entre os osso do carpo e
entre os ossos do carpo e os metacarpos.
Obs.: O pisiforme não participa ativamente dos movimentos dos ossos do carpo, pois ele
está à frente do piramidal. Então quando falamos do movimento, da função do punho, não
53
consideramos o pisiforme. Ele é um osso sesamóide, passa dentro do flexor ulnar do
carpo, aumenta a alavanca deste músculo e não participa dos movimentos locais.
Obs.: 1. O rádio se articula com a primeira fileira do carpo. Durante a extensão do punho,
o rádio fica fixo e os ossos da primeira fileira se movimentam.
2. A primeira fileira é convexa que desliza numa superfície côncava (rádio). Isso se
assemelha a articulação glenoumeral.
REGRA CÔNCAVO-CONVEXO
Quando se tem uma superfície convexa se articulando com uma superfície côncava,
ela desliza no sentido oposto do movimento e rola no mesmo sentido.
Quando se tem uma superfície côncava se articulando com uma superfície convexa,
os movimentos de rolamento e deslizamento ocorrem na mesma direção do movimento.
Na fileira distal (segunda fileira) não tem o mesmo movimento, pois os ossos têm
superfícies diferentes, ou seja, o trapézio e o trapezoide são côncavos e o capitato e o
hamato formam uma superfície convexa.
O capitato e hamato (superfície convexa) funcionam da mesma forma que a fileira
proximal (primeira fileira). Deslizam anterior e rolam posterior durante o movimento de
extensão; e rolam anterior e deslizam posterior durante o movimento de flexão.
O trapézio e trapezoide deslizam e rolam posteriormente no movimento de
extensão. Já no movimento de flexão eles rolam e deslizam anteriormente. Obs.: Isso se
assemelha a tíbia se articulando com o joelho.
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2. Se o paciente tem uma diminuição da extensão de punho, tem que facilitar o
deslizamento anterior da fileira proximal.
3. Os ossos mais comuns de serem fraturados no punho são: escafoide e semilunar.
4. Se o paciente teve uma fratura de escafoide ou teve uma fratura de semilunar e
ele tem uma diminuição da extensão, tem que facilitar o deslizamento anterior do
escafoide, do semilunar, do piramidal e o deslizamento posterior do trapézio e trapezoide
e o deslizamento anterior do capitato e hamato.
Obs.: 1. Quando se fala de tendinite na região do punho é muito comum uma tendinite
nos extensores do punho, mas é importante lembrar que temos diferentes tendões
extensores, que passam por 6 túneis diferentes.
2. É importante que se o paciente apresentar processo inflamatório nesses tendões,
verificar qual é exatamente o tendão acometido, são aqueles que passam no primeiro túnel
(abdutor longo e extensor curto do polegar) ou são os tendões o segundo túnel (extensor
radial longo e curto do carpo), ou são os tendões do terceiro, quarto, quinto ou sexto
túneis?
3. No fundo da tabaqueira anatômica encontramos o escafóide.
4. Se o paciente tiver um processo inflamatório na região posterior do punho (nos
tendões extensores), tem que delimitar exatamente o tendão acometido, isso se faz pela
palpação (vai referir dor), pela prova de função muscular (para confirmar se tem processo
inflamatório na região) e pelo TUC.
5. TUC (teste de unidade contrátil) testa se o grupo muscular está forte ou fraco, a
prova de função muscular testa um único músculo, numa posição específica (contra a
ação da gravidade) e gradua a força de 0 a 5.
55
Na região anterior do punho um problema comum é a compressão do nervo
mediano (está dentro do túnel do carpo). Juntamente com o nervo mediano, por dentro do
mesmo túnel, têm-se os flexores superficiais dos dedos (4), os flexores profundos dos
dedos (4) e o flexor longo do polegar.
Em função ... positivo, de uma sobrecarga na região do punho, pode desenvolver
um processo inflamatório local que diminui a luz, tamanho do túnel e começa a gerar dor
e sintomas de parestesia (alteração de sensibilidade) que pode evoluir para uma alteração
de força muscular.
O paciente pode queixar dor na região da mão, alteração de sensibilidade nos
primeiros três dedos (polegar, indicador e dedo médio), alteração na força. São pacientes
que referem muita dor noturna, em função da compressão das estruturas que passam nesse
túnel.
Essa diminuição do espaço ocorre, geralmente, por um desarranjo dos ossos do
carpo. Uma pequena alteração dos ossos do carpo, da mobilidade deles diminui a luz, a
passagem dessas estruturas, que acaba gerando a compressão, que evolui para um
processo inflamatório e sintomas da síndrome do túnel do carpo.
Recursos que diminuem o processo inflamatório do túnel do carpo: laser,
mobilização, treino de força muscular (dar estabilidade e controlar melhor a mobilidade
dos ossos).
A síndrome do túnel do carpo é uma compressão do nervo mediano (que passa no
túnel do carpo), é muito comum ouvir falar que o trabalho manual com movimentos
repetitivos como um fator desencadeante da patologia. Acomete principalmente
mulheres, geralmente na faixa de 35 a 60 anos. E os sinais e sintomas são: dor, choque,
dormência, formigamento e perda de destreza nas mãos.
56
4. Capitato – Hamato;
5. Piramidal – Semilunar;
6. Semilunar – Escafóide;
7. Escafóide – Trapezóide;
8. Escafóide - Capitato;
9. Semilunar – Capitato.
57
COLUNA CERVICAL: AVALIAÇÃO E TRATAMENTO
Obs.: O atlas e o axis possuem uma estrutura anatômica diferente das demais vértebras
cervicais.
Obs.: Depois da coluna lombar, a maior parte dos pacientes se queixam de dor na coluna
cervical. Mais que 80% da população se queixam, pelo menos, um dia de dor lombar.
Figura 1: Atlas.
58
Se o paciente tem uma instabilidade articular desse nível do ligamento transverso
não é interessante o ganho de mobilidade articular, pois pode gerar mais instabilidade, na
qual, provavelmente, está gerando a dor dele.
C1 (Atlas) não tem o processo espinhoso palpável como as outras vértebras
cervicais. Tem o tubérculo posterior, onde não conseguimos palpar. Isso propicia, para a
coluna cervical superior, um amplo movimento de flexo-extensão, principalmente de
extensão, entre C0 e C1-C2. O côndilo occipital pode deslizar bastante para anterior,
durante o movimento de extensão. Obs.: não tem nenhum processo espinhoso em C1 que
freie esse movimento, diferente das outras vértebras que possuem o processo espinhoso.
Figura 2: Áxis.
O processo odontóide (PO) do Áxis se articular com C1. Logo ao lado do PO tem-
se a faceta articular superior, onde tem a articulação de C1 e C2 direta. A porção posterior
dessa vértebra, tem as lâminas e o processo espinhoso, que é na coluna cervical (de C2 a
C7), são diferentes do restante da coluna.
Outro ponto importante dessa vértebra e da C1 também é que elas têm um forame
transversário. Por esse forame, passa a artéria vertebral. Essa artéria passa pelo forame
transversário, para entrar no forame magno e formar, então, a artéria basilar.
Na artéria pode ter uma placa de aterosclerose num lado da artéria vertebral. O
fisioterapeuta pode fazer uma oclusão do lado que tem a irrigação normal, isso vai
59
diminuir o fluxo sanguíneo cerebral e esse paciente pode se queixar de tontura, pode ter
o deslocamento desse trombo. Então, se o paciente tiver uma diminuição de fluxo
sanguíneo na artéria vertebral, seja de um lado ou de outro, ele terá sintomas (pode se
queixar de tontura, vertigem, parestesia na face, etc,). Esse paciente não deve ser
manipulado para que não tenha o risco de deslocar um trombo ou diminuir a irrigação
cerebral. Então existe um teste onde verifica o fluxo da artéria vertebral de um lado e do
outro lado. Isso é um cuidado para tratar os pacientes.
Rotação, extensão e inclinação diminui o fluxo sanguíneo da artéria vertebral do
outro lado.
Obs.: Um osteófito pode comprimir a artéria vertebral.
Diminuição do fluxo sanguíneo evitar fazer manobra de rotação, por exemplo.
O idoso pode ter a presença de osteófito que pode comprimir a artéria vertebral;
uma placa de ateroma que diminui o fluxo sanguíneo; pode ter um hipertrofia ligamentar
que também comprime a artéria vertebral. Além disso, também tem a questão de
osteoporose. Por isso, no idoso não se manipula.
Quando uma hérnia sintomática? Quando o paciente tem uma hérnia e ela
comprime uma raíz nervosa, tendo uma dor irradiada para um determinado nível e pode
ter perda de força, formigamento.
61
Figura 5: Dermátomos da cervical.
Obs.: É importante ter o conhecimento da região dos dermátomos, para fazer relação com
a queixa do paciente. O paciente pode ter uma dor na cervical que, posteriormente, se
deslocou para o braço. As vezes ele pode se queixar da dor no braço e não falar que essa
dor começou com uma dor no pescoço.
62
Figura 6: Miótomos da cervical.
63
escápula, do ângulo superior da escápula, tem-se um ponto de dor de origem discogênica
de C5. Mais a baixo de C6, e no ângulo inferior da escápula, C7.
Dor de origem discogênica – Pontos dolorosos a distância por uma origem discal
da coluna cervical, lesão do disco.
Paciente que tem queixa de tontura, pode ter uma compressão da artéria vertebral
ou pode ser labirintite. Outro ponto importante, pacientes de compressão medular vão se
queixar, além de dor, a anestesia (falta de sensibilidade) ou o formigamento bilateral.
Esses sintomas são bandeiras vermelhas.
Hérnia discal assintomática – tem uma hérnia que não gera sintomas. Isso é muito
comum. Existe estudos que apontam que apenas 4% das hérnias diagnosticadas em
exames de imagem são sintomáticas.
Quanto mais retificada é a coluna, mais rígida é, menor a mobilidade.
64
Testes especiais:
1. Artéria Vertebrobasilar: para verificar se o paciente tem alguma alteração do
fluxo sanguíneo;
2. Ligamento transverso: para verificar se o paciente não tem uma instabilidade
da coluna cervical superior entre C1 e C2. Obs.: o processo transverso não deixa que
ocorra um grande deslocamento do processo odontóide e uma compressão medular.
Pacientes que possuem uma instabilidade nesse nível, podem se queixar de dor de cabeça.
Nesse teste, o fisioterapeuta “empurra” C2, para ver se essa vértebra se movimenta em
relação a C1.
3. Ligamento alar: verificar se há instabilidade. Esse ligamento estabiliza a
cervical superior nos movimentos de inclinação e rotação.
Obs.: Pacientes que têm anteriorização da cabeça não vão ter o teste do ligamento
transverso positivo, mas essa alteração postural pode gerar uma compressão de raiz
nervosa, medular e se queixar de uma dor de cabeça posterior, tensional.
Obs.: O que é esperado é que os testes dos ligamentos alar e transverso negativo no
paciente, o que quer dizer que ele não tem instabilidade na coluna cervical superior.
65
Figura 9: O que cada nível da coluna contribui para o movimento.
Figura 10: O que cada nível da coluna cervical contribui para a rotação.
66
MOVIMENTAÇÃO CERVICAL: C1-C2
Maior mobilidade da coluna cervical (essa mobilidade é da rotação);
A flexo-extensão é mais ou menos de 15º e a inclinação é muito pequena (4°) dos
outros níveis (coluna cervical inferior) é maior. Obs.: se o paciente tem uma diminuição
de inclinação, não pensa na coluna cervical superior e sim na inferior.
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COLUNA LOMBAR
A maior parte dos pacientes de fisioterapia se queixam de dor lombar e a maior
parte desses pacientes tem uma dor lombar não específica.
PATOLOGIAS ESPECÍFICAS
Obs.: pilar anterior da coluna é formado pelos discos e pelos corpos vertebrais, já no pilar
posterior da coluna é onde tem as lâminas, facetas articulares dos diferentes níveis. A
medida que aumenta a extensão da coluna, tem um aumento da pressão das facetas das
articulações do pilar posterior. A dor pode aparecer pela compressão das facetas dos
diferentes níveis.
Específica
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1. Dor em função de uma compressão de raíz nervosa: tendência a uma dor
específica, por exemplo uma hérnia de disco que comprime a raíz nervosa e gera dor. E
essa dor pode estar na coluna, mas também pode estar irradiada para área de inervação
sensorial daquela raíz nervosa, dermátomo. A medida que a compressão aumenta ou se
mantém, pode ter uma perda de força muscular da inervação motora relacionada pela
compressão daquela raíz nervosa, miótomos;
2. Claudicação neurogênica - Dor da estenose do canal medular: diminuição do
espaço do canal medular, há a compressão da medula e o paciente se queixa de dor. A
característica dessa dor é: dor/sensação de peso nas pernas com dores nas costas que
aparece ao ficar de pé, andar ou correr. Alivia quando você se inclina para frente ou
quando se senta. Geralmente ocorre em pessoa com 60 anos em decorrência de uma
estenose (diminuição) do canal medular. Essa estenose pode ocorrer por uma hipertrofia
ligamentar em função do envelhecimento, por osteófitos locais. Essa dor alivia quando
faz uma flexão do tronco, pois com isso há um aumento do canal medular. Quando se faz
uma extensão há uma diminuição do canal medular. Então pacientes que têm estenose se
beneficiam com movimentos de flexão da coluna.
Obs.: Método Mackenzie – à medida que se movimenta a coluna tem o alívio da dor,
numa direção específica. Esse tratamento está em cima do movimento ativo específico.
A maior parte das pessoas se beneficiam com o movimento de extensão da coluna. 60%
das pessoas que tem dor lombar, se fizerem extensões repetidas da coluna lombar, vai ter
o alívio da dor. Outro grupo (com estenose medular) se beneficiam com o movimento de
flexão da coluna.
A hérnia de disco sintomática ocorre, em média, 4% das pessoas que têm hérnia.
A hérnia ocorre, principalmente, na coluna lombar e cervical.
“A história natural da hérnia de disco lombar com radiculopatia, na maioria dos
pacientes é de melhora dentro das primeiras 4 semanas com tratamento não-invasivo. ”
Existe uma História natural das hérnias de disco:
1. Hérnias discais, muitas vezes regridem ao longo do tempo (natural, dentro de
2 anos há uma regressão);
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2. Muitos artigos, mas não todos, têm demonstrado uma melhora clínica com a
diminuição da dimensão das hérnias discais.
Existem trabalho que falam:
1. Que existe uma “Neovascularização e infiltração de células na região, tais
como macrófragos, granulócitos e linfócitos. ” Que fazem uma reabsorção da hérnia.
2. Que existe uma “Retração mecânica do núcleo da hérnia, desidratação
gradual e encolhimento do disco, ou degradação enzimática de material da hérnia de
disco”. Obs.: o que sofre a herniação é o núcleo do disco. Ele é absorvido ou é em função
de baixa hidratação dessa parte herniada existe uma redução da hérnia.
A hérnia de disco é uma patologia específica, mas ela regride em muitos casos.
A fisioterapia auxilia (nos casos de hérnia de disco), principalmente, para evitar a
recorrência de dor (porque se o paciente tiver uma hérnia de disco sintomática, ele vai ter
dor local, irradiada, perda de força muscular), para deixar a musculatura com nível de
dimensão adequada, as articulações locais com uma boa mobilidade, que o paciente tenha
um bom controle dos movimentos que realiza, um estilo de vida saudável. Isso para que
ele não tenha crises agudas de dor em função da hérnia.
O exame de imagem é recomendado para pacientes com lombalgia aguda com risco
de câncer, infecção, síndrome da cauda equina, deficiência neurológia progressiva...
70
O disco é formado por anéis fibrosos que mantém o seu núcleo gelatinoso no
centro (núcleo pulposo).
A hérnia ocorre quando existe a migração da porção central.
1. Os anéis começam a sofrer um processo de lesão, então a porção central não fica
mais estável dentro desses anéis e começa a migrar. Pequena lesão Pequena migração.
2. Aumento da migração. A medida que a lesão vai aumentando em função da
deformação, em função de movimento de rotação da coluna, por exemplo, tem-se um
aumento do prolapso da porção central.
3. Com o aumento da migração tem a extrusão. Então a hérnia de disco se forma. É
quando ocorre a ruptura do anel fibroso e o núcleo sai do disco.
4. O sequestro é quando a região central se rompe e fica livre no canal vertebral.
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Obs.: Os discos e as curvaturas servem para absorver carga. Uma coluna retificada suporta
menos carga do que uma coluna com as suas curvaturas. Os discos estão interpostos nos
seus diferentes níveis, para aumentar a absorção de carga, é um estabilizador local
(quando se tem uma lesão no disco, tem-se uma instabilidade).
Obs.: Lesou o disco, a absorção de carga não fica normal. O disco é formado por
glicosaminoglicanos é uma fibra cartilagem, serve para absorver carga.
Obs.: Tem pessoas que tem hérnia e não tem dor, mas também tem pessoas que só tem
uma protrusão e tem dor.
Obs.: É comum em idosos, a cima de 60 anos, ter hérnia de disco.
Obs.: A região central (núcleo pulposo), gelatinosa, é a principal região que serve para
absorção de carga. De acordo com o movimento da coluna, o núcleo pulposo migra para
determinado lado. Ele sempre vai migrar para a porção de menor sobrecarga e ele vai
contrabalancear a pressão da compressão realizada pelos diferentes níveis.
Espondilólise
A espondilólise é a fratura de uma região do par interarticularis (porção que está
entre a faceta superior e inferior dos diferentes níveis da coluna vertebral).
A espondilólise ocorre principalmente em adultos jovens, atletas que realizam
muitos movimentos de extensão da coluna lombar, como, por exemplo, os ginastas.
Esse excesso de extensão vai levar a lise (fratura/quebra) do par interarticularis.
Essa fratura pode ser por estresse (muita repetição).
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O nível mais acometido é L5, depois L4, L3...
A espondilólise é a fratura, geralmente depois dela acontece um escorregamento
(L5 escorrega para frente). Esse escorregamento é chamado de espondilolistese.
Não tem tratamento cirúrgico.
Espondilolistese
A espondilolistese é o escorregamento da vértebra, geralmente, após a lise da do
par interarticularis.
A espondilolistese é classificada em quatro graus. Esses graus é a porcentagem de
escorregamento. Se você tem escorregamento de 25% é uma espondilolistese grau I,
escorregou 50% é uma espondilolistese grau II, 75% grau III e 100% grau IV.
Isso pode ocorrer em atletas jovens, durante o período de crescimento, má formação
congênita.
Queixa: dor na coluna. Esse dor, muitas vezes, é específica de um lado ou de outro
que aumenta com a compressão das facetas articulares nos movimentos de flexão e
inclinação para o mesmo lado (aumenta a dor do paciente).
Pode haver um tratamento cirúrgico para espondilolistese (aumento do
escorregamento e da perda progressivas dos sinais neurológicos).
73
Figura 5: Grau de Espondilolistese.
Espondiloartrose
É a degeneração do disco intervertebral entre diferentes níveis, com formação de
osteófitos (formação óssea pontiaguda ao redor do corpo vertebral) que pode desenvolver
instabilidade vertebral resultando no escorregamento vertebral (espondilolistese). Além
disso pode ter uma diminuição da altura dos corpos vertebrais.
A espondilolistese, se for desenvolvida nesse caso, pode ser tanto para posterior,
quanto para anterior.
TRATAMENTO
Existem diferentes técnicas de tratamento:
1. Técnicas de Relaxamento Muscular;
2. Técnicas de Distração Articular (para rigidez articular – mobilização
manipulação, tração articular);
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3. Técnicas Posturais (RPG, isostretching. O isostretching é interessante para
pacientes que possuem escoliose);
4. Técnicas de Terapias Manuais (manipulação e mobilização);
5. Técnicas de Fortalecimento (segmentar e global);
6. Método Mackenzie (trabalha com a movimentação ativa. São exercícios
direcionais. Direções específicas. Verifica se os exercícios direcionais melhoram a dor);
Obs.: Um sinal de melhora desse método, além da diminuição da dor, é a centralização
da dor (de distal para proximal).
Obs.: Todas essas técnicas vão entrar no ciclo da dor. O paciente pode ter uma dor aguda
ou um processo crônico. Esses pacientes crônicos são mais difíceis de tratar. O paciente
vai ter dor crônica quando tem dor na coluna há mais de 12 semanas.
Obs.: Além do tempo, pode classificar pela a resposta a função. Forma de abordar a
coluna.
Obs.: Não adianta tratar somente a disfunção local. Tem que dar também uma confiança
para esse paciente, para ele voltar a se movimentar, ou seja, voltar a fazer uma caminhada,
se ele corria, voltar a correr, etc. Para que ele se recupere totalmente.
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TRATAMENTO CIRURGICO X TRATAMENTO CONSERVADOR
Uma intervenção precoce na dor lombar por meio de ação da fisioterapia é apontada
como benéfica. Existem estudos que mostram que com a fisioterapia:
1. Há uma diminuição de pedidos de exames de imagem;
2. Diminuição de visitas adicionais ao médico;
3. Redução de cirurgias;
4. Menor uso de medicamentos.
RECOMENDAÇÕES (Guidelines)
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Não pedir exames de imagem em casos de dor crônica não específica. Apenas pedir
exame de imagem apenas em lombalgia com deficiência neurológica severa ou
progressiva após exame físico específico.
Obs.: Avaliar a localização da dor, perguntar os sintomas, verificar história, movimentação ativa
e passiva, testar força muscular dos miótomos correspondentes e reflexos.
Obs.: há uma série de trabalhos que falam que para cervical, com dor irradiada, a tração
é interessante, mas para coluna lombar não.
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SUBGRUPOS
Para subgrupos e para qualquer tipo de tratamento algumas questões são
importantes para ser avaliado: se o paciente é indicado ou não para o tratamento
fisioterapêutico? Se há necessidade de acompanhamento de outros profissionais? Qual é
o nível de agudização do quadro? Qual [e a classificação do subgrupo.
5. Risco de Câncer:
- Acima de 50 anos;
- Inexplicada perda de peso;
- Histórico de câncer;
- Nenhum alívio dos sintomas durante um mês (dor constante com a mesma
intensidade. Não tem uma posição que melhore a dor);
- Dor noturna com distúrbio do sono;
- Dor que não altera com mudanças de posturas e posições.
É importante avaliar os sinais vitais também. Temperatura elevada (>38º), pressão
> 160/95 mmHg, pulsação em repouso >100/min e respiração em repouso > 25/min. Uma
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alteração dos sinais vitais e tem dor na coluna têm que fazer um encaminhamento médico
para ver se não tem nenhum outro fator associado que esteja causando a dor.
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4. Relatos de intensidade da dor extremamente alta;
5. Alteração do estilo de vida;
6. Qualidade do sono reduzida;
7. Alta ingestão de álcool ou outras substâncias;
8. Fumante.
80
Fear-avoidance Beliefs Questionare (FABQ)
Encaminhamento
SIM para um médico
especialista
N
Ã
Acompanhamento O
psicológico
+
Classificação e Classificação e
Tratamento SIM NÃO Tratamento
Fisioterapêutico Fisioterapêutico
PACIENTE AGUDO
Um paciente agudo é aquele que tem inabilidade para realizar funções básicas. Tem
muita dor, deixa de fazer as suas AVD’s. A dor influencia muito na função;
81
Oswestry > 40%;
Dificuldade de:
1. Ficar em pé por mais de 15 minutos;
2. Ficar sentado por mais de 30 minutos;
3. Andar por mais de 400 metros.
Nesse caso, como o paciente está agudo, o objetivo inicial seria modular os
sintomas, diminuir a dor.
Nesse primeiro momento será utilizado técnicas de mobilização articular nos graus
1 e 2, técnicas de liberação miofacial (promovem o relaxamento muscular, pensando no
alívio da dor), técnicas de distração articular (distração, tração é indicado, principalmente,
para a coluna cervical).
Nessa fase não se faz treinamento de força, por exemplo.
PACIENTE SUBAGUDO
O paciente subagudo pode se sentar, ficar em pé e caminhar sem grandes
dificuldades;
Tem um Oswestry 20-40% (grau moderado de dor);
O objetivo é modular a dor, estímulos de flexibilidade, condicionamento aeróbico,
estabilização vertebral (diminuir a hipervigilância e melhorar o controle do movimento).
Obs.: Hipervigilância – contração por muito tempo da musculatura do tronco. Essa
hipervigilância, geralmente, aumenta a dor.
PACIENTE CRÔNICO
O paciente crônico tem uma dificuldade de retornar para atividades normais tais
como: atividades atléticas, trabalhos em casa, atividades manuais no trabalho.
O Oswestry desse paciente é baixo, é menor que 20%;
Objetivo: modulação dos sintomas (se tiver dor), controle do movimento
(fortalecimento muscular, flexibilidade, condicionamento aeróbico geral), mas,
principalmente, estimular para as atividades de trabalho, esportivas e AVD’s.
AVALIAÇÃO
A primeira parte da avaliação seria a av. dos sinais vitais.
82
Av. postural geral (global) para ver desequilíbrios, uma possível escoliose: altura
da linha glútea, altura de EIPS e EIAS, altura de crista ilíaca, trocanter, posição dos
joelhos, dos pés, dos ombros, da cabeça. Tudo isso para entender melhor a postura desse
paciente e se influencia na dor.
Logo em seguida será avaliado a área e o comportamento da dor.
Avaliação subjetiva para entender a característica da dor.
Avaliação objetiva: avaliar ADM,
Avaliar a qualidade do movimento e quantificação da dor por testes funcionais
como: subir e descer escadas, agachamento, marcha, sentar e levantar, atividades do
trabalho, etc. Identificar o padrão do movimento e o nível da dor (0-10), além do local do
sintoma no movimento. Isso seria uma base para uma futura reavaliações.
Avaliação sensorial (a dor é só na coluna ou ela dor pela perna, braço, envolve todo
o tronco?). Obs.: Avaliação bilateralmente.
L1 – Região Inguinal; L5 – Região dorsal e medial do pé;
L2 – Antero medial da coxa; S1 – Borda Lateral do pé;
L3 – Medial do joelho; S2 – Região póstero medial do calcâneo.
L4 – Maléolo medial.
Obs.: Dor na região inguinal tem que diferenciar dor na coluna da dor no quadril.
Obs.: Se tiver uma diminuição da sensibilidade de um dos lados, indica uma possível
compressão de raiz nervosa. Além de verificar a dor, vai verificar a sensibilidade também.
Avaliação Motora Funcional:
L2-3: Flexores do quadril; S1: Flexores plantares.
L3-4: Extensores do joelho;
L4: Dorsiflexores;
L5: Extensor do Hálux;
83
Obs.: Uma hérnia discal na coluna torácica é mais rara do que na coluna lombar e cervical,
porque as colunas lombar e cervical possuem uma maior mobilidade, tem mais
movimentos. O gradio costal diminui a amplitude de movimento da coluna torácica (local
de mais rigidez articular).
84
QUADRIL
Obs.: Uma das lesões mais comuns é a osteoartrose (processo degenerativo local).
85
1. Anteriormente: ligamento ílio femoral (sai do ílio e vai para o fêmur) e
ligamento pubo-femural (sai do púbis e vai para o fêmur). Obs.: Esses ligamentos estão
tensos na rotação externa e na extensão do quadril.
2. Posteriormente: ligamento isquio-femural (sai do túnel isquiático e vai para
região da cabeça femoral).
3. Na região intra-articular: ligamento redondo (sai da cabeça femoral e se fixa
no acetábulo).
No quadril tem a bursa iliopectinea. Obs.: também pode haver processo
inflamatório nessa bursa.
Obs.: No quadril tem bursites muito comuns. A mais comum é a bursite trocanteriana
(processo inflamatório na região do trocanter maior do fêmur). Essa patologia ocorre em
pessoas mais velhas, e a queixa é dor bem na porção lateral do quadril. Essa dor é bem
evidente a palpação na região do trocanter maior pelo processo inflamatório da bursa.
OBSERVAÇÃO
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Obs.: Teste de Trendlemburg: Este teste serve para detectar fraqueza dos músculos
estabilizadores glúteo médio e glúteo mínimo.
AÇÃO MUSCULAR
Flexores: iliopsoas, sartório, reto femoral, tensor da fáscia lata. Obs.: a amplitude
de movimento de flexão do quadril é de 90º quando há extensão de joelho e 120º quando
há a flexão de joelho.
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joelho e 10° quando há a flexão de joelho. Isso acontece por causa do bíceps femoral que
é biarticular, onde atua sobre o quadril e sobre o joelho.
Abdutores: glúteo mínimo, glúteo máximo, glúteo médio, tensor da fáscia lata,
piriforme. Obs.: A amplitude de movimento de abdutores de quadril é mais ou menos 45º.
Adutores: adutor magno, adutor longo, adutor curto, semimembranoso,
semitendinoso, glúteo máximo, pectíneo, obturador interno e externo. Obs.: A amplitude
de movimento de adutores de quadril é 30° e é um movimento combinado como adução
+ flexão ou adução + extensão. Esses músculos são importantes para manter o
alinhamento normal de adução do membro inferior.
Rotadores externos: piriforme, obturador interno e externo, pectíneo, adutor
longo, glúteo máximo, glúteo médio. Obs.: A amplitude de movimento de rotação externa
do quadril é 45º.
Rotadores internos: tensor da fáscia lata, glúteo mínimo, glúteo médio. Obs.: A
amplitude de movimento de rotação interna é 45°.
EXAME CLÍNICO
O paciente de quadril, na maior parte das vezes, se queixa de uma dor localizada no
quadril. Na região inguinal, na região do trocanter maior ou dor posterior do quadril. Mas
o paciente da coluna também pode se queixar de dor na região do quadril. Então é
importante para o paciente de quadril e no paciente de coluna, saber exatamente aonde é
a região da dor. Isso acontece em função dos demátomos do membro inferior, a região
inguinal (demátomo L1). E também é importante fazer um diagnóstico diferencial do
joelho, porque alguns pacientes com osteoartrose se queixam de dor na região inguinal
que desce pela perna e chega no joelho e isso pode levantar suspeita de um problema de
joelho, quando, na verdade, o problema é no quadril.
O diagnóstico diferencial é entender qual é a origem do problema. A origem é na
coluna lombar? É na pelve? Ou é no joelho?
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As características de dor no quadril são: dor intra-articular (as vezes o paciente não
sabe delimitar bem aonde é, fala que é “lá dentro”) que se estende para a virilha e pode
ocorrer irradiação para o joelho. Obs.: não é uma dor que vem do demátomo da coluna, e
sim, do quadril.
Geralmente pacientes que tem problema no quadril tem as rotações comprometidas,
principalmente, a rotação interna. Então o paciente tem a amplitude de rotação limitada.
A dor inguinal (dor na virilha) é muito característica.
A marcha antálgica: o paciente começa a andar com passos curtos, tem sinal de
trendlemburg positivo (é o paciente em apoio unipodal não conseguir estabilizar a pelve,
caindo para o lado que está sem apoio. Então se cair para o lado direito, quer dizer que o
glúteo médio do lado esquerdo está fraco e vice-versa), muitas vezes com uma fraqueza
de glúteo médio e uma fraqueza muscular generalizada do quadril.
OBSERVAÇÕES
Para a marcha (andar), tem que tem a extensão completa do quadril (20°), flexão de
30°, rotação interna de 7º e no mínimo 10° de rotação externa. (Essa é a ADM necessária
para a marcha). Obs.: se não tem essa amplitude, a marcha será com um passo curto, que
não é eficiente. Por isso tem que trabalhar o ganho de amplitude. Se o paciente for um
amputado transfemoral, por exemplo, tem que trabalhar para ganhar a extensão completa,
mas eles têm muita dificuldade de ganhar a extensão total, porque tem um padrão de
deformidade flexor, encurtamento do iliopsoas.
A extensão é importante para a propulsão (fase onde têm uma grande força
muscular sendo gerada pelo tríceps sural), tem uma extensão grande do quadril. Obs.: se
não tiver uma extensão total, tem uma propulsão ineficiente.
Para o alinhamento a literatura procura: “será que a diferença de membros pode
gerar problema? ”, “será que quem tem um membro mais curto do que o outro favorece
o estabelecimento da osteoartrite, osteoartrose? ”. Esse alinhamento é avaliado pela
palpação da altura de EIAS, EIPS e crista ilíaca.
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Fazemos a palpação, depois podemos fazer a medida real (medida da EIAS ao
maléolo medial) e aparente (medida a partir do umbigo até o maléolo medial). É aparente
porque não se leva em consideração a pelve, pois as vezes o indivíduo tem uma alteração
no posicionamento da pelve, então um ilíaco pode estar mais rodado anteriormente, por
exemplo.
Obs.: A medida aparente tende a sofrer alteração na medida devido uma alteração no
posicionamento da pelve, já a medida real tende a não sofrer alteração.
Não tem evidências de que alteração de alinhamento gere uma disfunção do quadril.
Não dá para estabelecer uma relação de causa e efeito.
O local da dor pode ser inguinal ou lateral;
Se a dor for inguinal o paciente pode ter capsulite (inflamação da cápsula do
quadril), condrite (processo inflamatório da cartilagem do quadril) ou uma osteoartrite.
Esse paciente se queixa de dor inguinal, que pode se irradiar pelo joelho (não tem dor na
coluna), a dor piora com descarga de peso (quando ele anda), inatividade, compressão.
Se a dor for na lateral o paciente pode ter uma bursite trocanteriana.
Outros pontos que podem gerar dor no quadril são: tendinites (paciente se queixa
de dor na inserção de um glúteo, do psoas, do adutor, dos isquiostibiais e do reto femural,
do tensor da fáscia lata) e bursites (trocanter maior, isquiática, iliopectinea).
Obs.: 1. Muitas vezes, o paciente pode ter uma bursite associada a osteoartrite, uma
osteoartrose no quadril.
2. Se essa osteoartrite (processo inflamatório agudo) não for curada pode evoluir
para um processo crônico, como a osteoartrose.
ARTROSE
90
Ela pode ser secundária a algum outro problema: mal alinhamento da articulação
do quadril, leves incongruências.
Geralmente se for em um indivíduo que tem diferença de comprimento de membros
inferiores, a osteoartrose ocorre na perna longa (na perna que recebe maior carga).
Tem-se alterações degenerativas progressivas na cartilagem articular e nos ossos da
articulação:
1. Alteração da superfície articular;
2. Perda de mucopolissacarídeos – Fibrilação;
3. Fragmentos de cartilagem absorvidas pela membrana sinovial hiperplasia
sinovial (líquido fica mais denso) fibrose capsular
Sinais radiográficos:
1. Estreitamento do espaço articular;
2. Exposição do osso subcondral;
3. Osteófitos;
4. Cisto intra-articulares – áreas de maior transferência de pressão.
Tratamento:
1. É determinado pela intensidade da dor.
2. No grau com que os sinais e sintomas interferem nas AVDs;
3. Hidroterapia (alivia a descarga de peso, a pressão intra-articular. Geralmente
traz alívio da dor) e Cinesioterapia (da estabilidade para a articulação do quadril,
fortalecer a musculatura do quadril);
Obs.: Trabalhar com glúteo médio, glúteo máximo, piriforme. Existe uma tendência de
hipotrofia inicial do glúteo médio.
Obs.: Osteoartrose no membro direito, o auxílio a marcha será usado no membro superior
esquerdo.
91
9. Quando rigidez e dor: aplicar a tração lateral.
Medidas Gerais: perda de peso; adaptar AVDs (T.O pode ser indicado); postura
(muitas vezes o paciente desenvolve padrões posturais compensatórios, flexão de quadril
– posição antálgica); alongamento; exercícios isométricos e isotônicos (poucas
repetições) sem peso; deitar em decúbito ventral por no mínimo ½ hora ao dia; auxílios e
apoios: bengala no lado oposto.
CIRURGIA
Obs.: Indicativo para colocação de prótese de quadril: problema degenerativo (dor e perda
da função).
FRATURAS
Geralmente a fratura de colo do fêmur vai passar por uma cirurgia. Passa, então,
por uma fixação com parafusos ou placas;
O tempo de consolidação é de 12 a 16 semanas.
Se o indivíduo tem uma fratura do colo do fêmur estável, ou seja, não tem um
grande deslocamento da região fraturaria ou não tem uma impactação, ele pode ter uma
descarga de peso mais rápida, porque é uma fratura estável, então ele vai ter caraga parcial
conforme a tolerância, conforme a dor.
Obs.: é importante sempre conversar com o cirurgião, com o médico desse paciente. É
uma fratura estável ou não? A gente pode começar uma descarga de peso ou não?
92
Nas fraturas instáveis (que foi necessário a redução da fratura, uma manipulação
para colocação no lugar), geralmente, são 6 semanas sem carga. A partir da 6ª semana a
carga vai sendo aplicada de maneira progressiva. Mas pode progredir ainda mais, pode
ser de 6 a 12 semanas sem carga. Obs.: 6 semanas é o protocolo de quadril. Cada cirurgião
vai dar um retorno.
Obs.: Mas o paciente pode fazer a movimentação ativa o quadril, iniciar tratamento de
força no quadril, mas sem a descarga de peso!
ARTROPLASTIA DO QUADRIL
93
Artroplastia não cimentada – não há utilização do cimento. Acontece uma
consolidação óssea, uma fixação, formação de um calo ósseo, que vai fixar o osso a
prótese. Esse calo ósseo penetra na superfície da prótese que é, geralmente, porosa.
Obs.: no caso de uma fratura no quadril, se não tiver um desgaste intra-articular mantém
o acetábulo normal e coloca apenas a porção femoral (artroplastia parcial).
Obs.: A cimentação ou não da artroplastia é uma opção cirurgiã. Mas a grande questão da
prótese cimenta e não cimentada está na reabsorção óssea que pode acontecer na região e
a perda da fixação da prótese. Então o cimento tenta melhorar a fixação da prótese e evitar
a reabsorção óssea, para não ter a perda da fixação da prótese (um dos motivos que leva
a revisão da prótese).
Obs.: Uma nova cirurgia pode acontecer por causa de uma reabsorção óssea (perda de
fixação), de luxações repetidas da prótese.
Primeiro, o cirurgião vai preparar a região do acetábulo que vai receber uma porção
metálica (início da colocação da prótese). Por cima dessa superfície metálica vai receber
uma outra estrutura ou de polietileno ou de cerâmica (que é a parte do acetábulo que vai
se articular com a prótese).
No fêmur, é feito a osteotomia (retirada da parte proximal do trocanter) e um túnel
para a colocação da prótese.
Depois que a porção do acetábulo está pronta, há colocação da estrutura do fêmur.
A prótese é inserida dentro do túnel que foi feito no fêmur. Na superfície proximal da
prótese há a colocação da cabeça femoral que vai se articular com a prótese da região do
acetábulo.
ROTEIRO DE ATENDIMENTO
Obs.: Paciente que tem osteoartrose, a medida que a doença evolui, ele desenvolve uma
diferença de comprimento membros inferiores pelo desgaste articular e pelas alterações
posturais (posições antálgicas). Ele tende a desenvolver uma flexão de quadril.
OBSERVAÇÕES
CONDUTA
PÓS-OPERATÓRIO
95
2. Manter rotação neutra.
3. Pode ser feito movimentação ativa de tornozelo (bilateral) e exercícios
metabólicos (flexão plantar e dorsiflexão para estimular o retorno venoso);
4. Pode ser feito a crioterapia na região de cirurgia para alívio da dor.
Assim que as condições clínicas permitirem?
1. Exercícios de isometria de quadríceps e glúteo máximo;
2. Estimular o membro oposto com exercícios ativos.
Obs.: O glúteo médio é desinserido e reinserido, então não é estimulado logo após o pós-
operatório imediato.
O paciente fica mais livre, começa a sentar e, então, consegue-se fazer mais coisas
com esse paciente.
Manter as condutas anteriores (exercícios ativos para tornozelo, exercícios
metabólicos, contrações isométricas).
Evolui o paciente para movimentações passivas ou ativo assistidas de quadril e
joelho apenas para flexão. Obs.: no quadril é uma pequena flexão até no máximo 90°!
Elevar o leito para facilitar o retorno venoso.
Sentar o paciente com os pés para fora da maca depois do 3° dia já pode. Com o
paciente sentado é mais fácil estimular a ação do quadríceps (extensão do joelho);
Iniciar exercícios isotônicos de quadríceps bilateralmente, exercícios de flexão
plantar e Dorsiflexão, inversão e eversão;
Marcha (inicia com andador).
DESCARGA DE PESO
Na prótese cimentada, a partir do segundo ou terceiro dia (se tiver condição) inicia-
se a descarga de peso.
96
Na não cimentada não pode iniciar tão cedo a descarga de peso. São 6 semanas
sentado e 6 semanas de carga progressiva.
Não forçar aduções, rotações ou realizar movimentos combinados até o final da
ADM.
Obs.: Dentro de 3 meses o paciente vai estar bem e vai poder realizar algumas atividades
normais, mas nunca flexão acima de 90°
97
JOELHO
REGRA CÔNCAVO-CONVEXO
1. Quando se tem uma superfície convexa se articulando com uma superfície
côncava, ela desliza no sentido oposto do movimento e rola no mesmo sentido (a favor
do movimento).
2. Quando se tem uma superfície côncava se articulando com uma superfície
convexa, os movimentos de rolamento e deslizamento ocorrem na mesma direção do
movimento.
Articulação Femoro-tibial
Movimentação da articulação do joelho em Cadeia Cinética Aberta (CCA):
- Extensão de joelho: Superfície côncava desliza na superfície convexa (tíbia
desliza sobre o fêmur). Então o deslizamento e rolamento são no mesmo sentido, ou seja,
desliza e rola anterior.
A função do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) é conter o deslizamento anterior
da Tíbia. Obs.: se tem um deslizamento anterior da tíbia durante a extensão de joelho, o
LCA previne o excesso desse deslizamento anterior.
A função do Ligamento Cruzado Posterior (LCP) é estabilizar contra o
deslizamento posterior da tíbia.
Obs.: Então os dois ligamentos cruzados (LCA e LCP) estabilizam a Tíbia nos
movimentos de deslizamento anterior e posterior. O LCA contra o excesso de
deslizamento anterior e o LCP quanto ao excesso de deslizamento posterior. Que são
justamente os dois movimentos que ocorrem durante a flexo-extensão do joelho.
98
O LCA previne que o fêmur deslize anteriormente sobre a tíbia em CCA ou que o
fêmur deslize posteriormente sobre a tíbia em CCF (não é a tíbia que se movimenta, é o
fêmur).
Os dois principais movimentos no joelho são a flexão e a extensão.
Em CCA a tíbia que se move em relação ao fêmur. Sendo que ela desliza
anteriormente sobre o fêmur. Quem previne o excesso de deslizamento anterior é o LCA.
Em CCF (máximo de flexão para fazer a extensão) o fêmur desliza
posteriormente. Quem previne o excesso de deslizamento posterior do fêmur é o LCA.
O LCP previne que o fêmur deslize anteriormente sobre a tíbia (flexão em CCF)
ou que a tíbia deslize posteriormente sobre o fêmur (extensão completa para a flexão –
em CCF).
MENISCO
O menisco é uma fibro-cartilagem. No joelho tem-se o menisco lateral e o medial
que possuem diferenças anatômicas.
A principal função biomecânica do menisco é: absorção de carga. Além disso,
uma outra função é que ele aumenta a área de congruência (contato) articular, o que
diminui a pressão intra-articular. A fórmula de pressão é dada por:
Obs.: Indivíduo que possuem lesões meniscais acabam tendo problemas que se agravam
ao longo do tempo, porque elas se cicatrizam com muita dificuldade, em função da pobre
vascularização.
Na cirurgia, hoje em dia, retira-se uma parte do menisco (somente a estrutura que
está lesada) ou faz uma reparação (sutura). Não se tira o menisco por completo, porque
esta estrutura tem uma função importante na absorção de impacto e, caso se tire por
completo, pode desenvolver futuramente uma osteoartrose, osteoartrite, pois aumenta a
sobrecarga intra-articular.
Obs.: Não é interessante a retirada completa do menisco, pois terá uma sobrecarga na
articulação, ligamentos, porque terá muito movimento acessório, vai aumentar a
instabilidade e isso predispõe ao desenvolvimento de uma osteoartrite e osteoartrose.
100
LIGAMENTOS COLATERAIS E CRUZADOS
Cruzado Posterior
Cruzado Anterior
O LCA previne que o fêmur deslize posteriormente sobre a tíbia (CCF) ou a tíbia
deslize anteriormente sobre o fêmur (CCA);
O LCP previne que o fêmur deslize anteriormente sobre a tíbia ou a tíbia deslize
posteriormente sobre o fêmur.
101
TESTES ESPECIAIS
Gaveta Anterior: testa o LCA;
Gaveta Posterior: testa o LCP;
Estresse em valgo: testa o ligamento colateral medial;
Estresse em varo: testa o ligamento colateral lateral.
Lackmann – testa o LCA (ou seja, o deslizamento anterior da tíbia), porém os pés
estão em repouso e a musculatura solta. É utilizado, geralmente, quando o paciente
acabou de ter a lesão, ou está numa fase aguda.
Obs.: Lesão de LCP não ocorre em função de processo degenerativo. Ocorre em grandes
traumas (hiperextensão exagerada).
Articulação Femoropatelar
A patela desliza sobre o fêmur. Esse deslizamento é importante durante o
movimento de flexo-extensão.
A patela se posiciona dentro da tróclea femoral. A cartilagem patelar (mais
espessa do corpo humano) faz contato com a tróclea femoral. Tem-se uma grande força
compressiva da patela com o fêmur durante os movimentos de flexo-extensão, e essa
força é dissipada na articulação pelo contato entre a patela com o fêmur.
Funções da patela: aumentar o braço de alavanca na articulação do joelho e
centralizar as forçar geradas pelo quadríceps, ou seja, centraliza as forças geradas pelo
quadríceps em um único ponto.
Os diferentes ventres musculares do quadríceps se fixam a patela e ela de fixa a
tíbia pelo ligamento patelar. Obs.: O correto é ligamento patelar e não tendão patelar,
porque o ligamento liga osso a osso e o tendão liga músculo a osso, então nesse caso é
ligamento patelar, pois a patela está sendo ligada na tíbia.
Obs.: Torque é a força de giro. Força que faz girar as peças ósseas produzindo movimento
articular.
Em que “T” é o torque, “F” é a força e “d” é a distância entre o
centro da articulação até o ponto de aplicação da força. Obs.: A
patela aumenta essa distância, aumentando então o braço de
alavanca. Isso aumenta o torque gerado pelo quadríceps.
Obs.: Quando o quadríceps entra em ação, produz uma força de giro na tíbia.
102
Obs.: O quadríceps gera a força. A força aplicada na tíbia em função do braço de alavanca
pode gerar um torque maior ou menor. Com a patela o torque é maior, se não tem a patela
o torque é menor.
A patela é um osso sesamóide. Ossos sesamóide estão entre músculo e tendão e
servem para aumentar o braço de alavanca.
Durante a flexo-extensão a patela desliza pela tróclea femoral, mas não é sempre
na mesma direção e sentido. Quando tem-se uma extensão completa, ela está mais
superior e lateralizada. A medida que se faz a flexão, ela vai deslizando inferiormente e
medialmente.
Extensão
completa
MEDIAL LATERAL
Flexão
completa
Obs.: Isso é importante, porque em pacientes com lesão femoropatelar pode ser feito
exercícios em ângulos que tenha mais ou menos contato com a patela com o fêmur e, com
isso, vai aumentar ou diminuir a pressão, vai aumentar ou diminuir a dor do paciente.
Extensão completa súpero-externo
Flexão 30° inferior
Flexão completa ínfero-externo
103
Ângulo de inclinação da patela – a patela pode estar mais lateralizada ou mais
medializada isso ocorre em função da mudança do ângulo de inclinação da patela.
104
AVALIAÇÃO – HISTÓRIA
No joelho podemos ter lesões: ligamentares, meniscais, patelares e síndrome
patelares em geral (conjunto de sinais e sintomas relacionados a disfunções da patela).
Sinais e sintomas relacionados a disfunções da patela: dor anterior no joelho,
instabilidade femoropatelar (Subluxação).
Sinais e sintomas Gerais: dor (principalmente dor anterior), instabilidade
(geralmente é por conta da femoropatelar – queixa: parece que o joelho saiu do lugar -,
mas o paciente pode ter lesão do LCA), edema, bloqueio articular.
Obs.: O que causa bloqueio articular pode ser osteoartrose (rigidez) e lesões do menisco.
O bloqueio é um sinal que geralmente tem a ver com lesão meniscal.
Obs.: A dor anterior que não tem a ver com lesão ligamentar, não tem a ver com lesão
meniscal, geralmente é a dor da femoropatelar.
105
Obs.: Quadríceps faz extensão de joelho. Quando faz extensão de joelho, a tíbia desliza
para anterior. A função do LCA é estabilizar e diminuir o excesso de deslizamento
anterior. Se tiver uma inibição do quadríceps é interessante, quem tem lesão de LCA,
inibir o quadríceps (fica menos ativo). Ele fica menos ativo durante a marcha. Isso é
chamado de quadríceps avoidance.
Obs.: Quadríceps avoidance é uma inibição do quadríceps depois de uma lesão no LCA,
porque o quadríceps “puxa” a tíbia para frente e o mecanismo natural desenvolvido é
inibir a atividade do dele, para diminuir o deslizamento anterior na tíbia. Então nesses
pacientes o que é visto é uma atrofia e inibição quadríceps.
Obs.: Quando tem uma lesão no LCA existe a inibição do quadríceps, a diminuição do
torque extensor (durante a marcha) e isso diminui a solicitação/força sobre o cruzado
anterior.
Obs.: idoso tende a verismo.
Obs.: Pé pronado é um pé plano (“pisa para dentro”). O pé plano se relaciona com o joelho
pois existe um excesso de rotação interna da tíbia, o que aumenta o valgismo do joelho.
Palpação:
1. Epicôndilo Medial (LCM);
2. Tubérculo adutor;
3. Músculos adutores;
4. LCM e LCL;
5. Plica Sinovial (resto embriológico da capsula articular);
6. Patela;
7. Sulco troclear;
8. Tendão quadricipital;
9. Ligamento patelar;
10. Tuberosidade anterior da tíbia (ponto de inserção do ligamento patelar);
11. Tendões da pata de ganso (sartório, semi-tendineo e grácil – se inserem na
reagião antero-superior da tibia);
12. Cabeça da fíbula (inserção do LCL e bíceps femoral)
Testes Especiais:
1. Derrames articulares (aproximação dos tecidos moles da perna para ver a
quantidade de líquido);
2. Lesões meniscais (Mc Murray, Apley);
106
3. Testes patelares (deslizamento patelar, palpação, ângulo Q, tilt patelar
(inclinação da patela), apreensão patelar).
4. Ligamentares:
- LCA: Lachman, Pivot-Shift, Gaveta anterior
- LCP: Gaveta posterior, manobra de Godfrey
Obs.: Quanto maior é o tilt patelar, maior é a inclinação da patela, maior é a chance de
problemas femoropatelares.
Obs.: Mc Murray – teste de movimento. Sai de flexão do joelho e rotação e estende a
articulação. Se o paciente referir dor, tem lesão de ligamento.
Obs.: Teste de compressão em decúbito ventral
Obs.: Teste de Clarck é um teste de compressão da patela.
Obs.: Teste de Godfrey, ve se tem uma extensão exagerada do joelho, pode estar
relacionada com lesão no LCP.
LESÃO LCA
107
movimentos acessórios e por isso tem-se mais riscos de ter lesões degenerativas) e medo
(pelos falseios e de lesar de novo).
Obs.: Questão do falseio – existem algumas pessoas que são ligamento dependentes, ou
seja, precisa do ligamento para a estabilização. Outras não, possuem outras estruturas que
dão estabilidade (fortalecimento muscular).
Obs.: Algumas pessoas têm instabilidade na linha reta, outras instabilidade rotatória e
outras tem os dois tipos de instabilidade.
108
Tem que tomar cuidado no pós-operatório com o desenvolvimento de novas lesões
(lesões associadas), como por exemplo um processo inflamatório na doadora do enxerto.
Obs.: O paciente faz crioterapia durante 2 a 3 meses seguidos, para conter o processo
inflamatório, para aliviar a dor, para diminuir o trauma cirúrgico.
Obs.: Depois de 6 meses o paciente está muito bem. Geralmente depois de 2 meses ele já
está bem, mas depois desses 2 meses, ele não pode correr ainda, não pode saltar. Ele só
vai fazer isso depois do 4º mês.
COMPLICAÇÕES PÓS-OPERATÓRIAS
Intra-operatória: erro do ponto isométrico do enxerto, fraturas na região póstero-
lateral do fêmur, quando se faz o túnel ou fixação do enxerto e fraturas da patela, quando
a região do terço central do ligamento patelar é um exerto utilizado.
Pós-operatório imediato: paciente desenvolver uma TVP;
Pós-operatório tardio: tendinite femoropatelar.
DISFUNÇÃO FEMUROPATELAR
Existem várias patologias que envolvem essa disfunção. Essas patologias, em
conjunto, o principal sintoma que elas geram é dor na região anterior do joelho, que pode
ocorrer em função de uma disfunção femoropatelar. Então, podemos englobar dentro
dessa disfunção várias patologias:
1. Condromalácea patelar – é um processo degenerativo da cartilagem que
recobre a patela. Obs.: um grande problema é que as cartilagens não se cicatrizam bem,
então, o problema pode se tornar crônico. O paciente vai procurar um tratamento
conservador primeiro e, ao longo prazo, ele pode passar por um tratamento cirúrgico;
2. Hiperpressão lateral patelar – é o desvio da patela para lateral, o que vai gerar
um aumento da porção lateral da patela contra a tróclea femoral, onde gera um desgaste,
processo degenerativo da região lateral da cartilagem patelar. Se tem uma hiperpressão
lateral da patela o paciente pode desenvolver uma condromalácea. Na condição de
hiperpressão lateral o que se pode ter é: a patela desviou para lateral ou o fêmur rodou
excessivamente internamente. Se a patela desviou para lateral, tem mais contato da patela
com a tróclea femural lateral. Se o fêmur rodar internamente, da mesma forma vai ter
mais contato;
109
3. Instabilidade femoropatelar – é uma patela que tem tendência a subluxar ou até
luxar. Essa tendência pode evoluir por vários motivos: por uma displasia (má formação)
da tróclea femoral, por uma displasia (má formação) da própria patela, por aumento do
valgismo do joelho (nas mulheres, o aumento do valgismo predispõe a uma instabilidade
femoropatelar), um pobre controle muscular, uma alteração dos restritores primários da
patela. Obs.: Recidivas geram problemas crônicos;
Obs.: O primeiro passo para entender a dor anterior no joelho é entender o que ele tem,
qual é a disfunção, pode ser diferentes disfunções. Tentar entender qual é a patologia que
o paciente tem. Obs.: a tendinite patelar é totalmente difente da condromalácea patelar.
Na primeira ilustração tem-se o que seria normal da decomposição das forças entre
a porção medial e lateral da tróclea femoral. Se a patela deslocar mais pro lado, vamos ter
mais força sendo aplicada em um ponto (no caso da segunda ilustração).
110
𝐹
A pressão é a força sobre área (𝑃 = ). Quanto menor a área de contato, maior é
𝐴
111
Obs.: Não tem muita evidência de que a palmilha é efetiva para a diminuição do valgismo
do joelho, mas o que é efetivo é que ela pode aliviar a pressão em determinadas regiões e
aí aliviar a dor (no caso do pé plano e ter dor no próprio pé, em caso de outras articulações
não existe muita evidência).
Obs.: Trabalho que investigou indivíduos com dor femoropatelar - Um indivíduo que tem
um excesso de pronação gera uma maior área de contato medial e central no retropé na
fase de contato inicial da marcha e um menor pico de pressão no antepé medial durante a
propulsão.
112
Obs.: É muito comum pacientes com dor no joelho ter uma atrofia no quadríceps. O
quadríceps atrofia e o vasto medial é o primeiro músculo que é percebido essa atrofia e
ele é um importante estabilizador da patela.
Obs.: Quem controla o fêmur durante a cadeia cinética fechada são os músculos do
quadril, da perna... E quem controla essa rotação interna do fêmur são os rotadores
externos do quadril. E aí, entre os rotadores externos, tem-se o glúteo médio que é abdutor
e rotador externo. Aí vem o piriforme, obturadores (interno e externo), que também são
rotadores externos.
AVALIAÇÃO
TRATAMENTO
Obs.: em paciente que possuem dor femoropatelar tem que palpar o trato iliotibial
(procurar dor e até tensão). Obs.: É comum ciclistas desenvolverem a síndrome da banda
iliotibial (tensão excessiva da porção lateral da coxa e do trato iliotibial) e isso pode levar
a lateralização da patela.
Obs.: Para diminuir a tensão lateral e a tensão do trato iliotibial faz-se um alongamento
da musculatura local, tentando fazer uma liberação miofascial.
Além disso, pode medializar a patela utilizando o taping (bandagem rígida). Obs.:
utiliza-se o taping para medializar a patela diminuindo um pouco a dor para o paciente
conseguir fazer os exercícios sem lateralizar muito a patela. Obs.: o que realmente tem
que ser feito é estimular a musculatura (quadríceps) para realmente estabilizar a patela.
Utiliza-se órtese quando o indivíduo tem um grau muito grande de instabilidade
femoropatelar (luxações recorrentes, tem muita dor, lesões osteocondrais).
Obs.: Luxação traumática gera dor, edema e hipotrofia muscular e, ao longo, prazo, pode-
se ter instabilidade femoropatelar se não for tratada.
114
Obs.: a latência é o tempo para o músculo começar a agir. Diminuir a latência é o músculo
agir mais rápido.
115
Obs.: Em exercícios em cadeia cinética aberta e fechada tem que utilizar angulações onde
será gerado um menor stress. Na CCA o stress é baixo se for de 90º para 45º, ou seja, não
é trabalhado os últimos graus de extensão. Já na CCF o stress é menor se for de 0º a 45º,
porque a medida que é aumentado o grau de flexão do joelho, aumenta a força no tecido
femoropatelar.
Obs.: No tratamento pode-se utilizar leg press, agachamento para CCF, em angulações
menores. Pode-se aliar também o agachamento com a abdução. Além disso, pode utilizar
propriocepção, aliar treinamento proprioceptivo com fortalecimento muscular.
Obs.: Tudo o que for feito com o paciente, tem que ser livre de dor.
Como fortalecer o músculo quadríceps com Ênfase para o VMO em pacientes com
hiperpressão lateral patelar? CCA e CCF + eletroestimulação em VMO (FES).
116
TORNOZELO
São 28 ossos que formam o complexo tornozelo-pé.
Vista Medial
117
Vista Lateral
118
Obs.: Fibular longo e curto são flexores plantares e eversores. Fibular terceiro é
dorsiflexor e eversor.
Obs.: O fibular terceiro passa na parte anterior e distal da perna, passa pelo retináculo
extensor que está nessa região e se insere no 5º meta.
Os retináculos são regiões formadas por tecido conectivo denso, onde suporta os
tendões que passam para a região anterior ou dorsal do pé. Esses tendões são cobertos por
uma camada de bainha sinovial, que deslizam aí nessa região.
Tecido conectivo denso que forma a banda/tira delimitando um retináculo.
119
Cada um desses tendões tem uma cobertura de bainha sinovial, para facilitar o
deslizamento durante os movimento do tornozelo.
Os tendões que passam pelo retináculo extensor são:
1. Tibial anterior. Obs.: Fazer a Dorsiflexão e inversão de tornozelo, é o mais
proeminente e medial;
2. Extensor longo do hálux;
3. Extensor longo dos dedos;
4. Fibular terceiro. Obs.: é uma variação anatômica, ou seja, nem todo mundo
tem.
Todos esses tendões fazem a Dorsiflexão, mas o tibial anterior faz a inversão, o
extensor longo do hálux e o extensor longo dos dedos fazem a extensão dos dedos e o
fibular terceiro faz a eversão.
Obs.: Tudo que é anterior faz dorsiflexão, e tudo que é posterior faz a flexão plantar (tibial
posterior, tríceps sural, fibular longo e curto). Tudo que é medial faz inversão, tudo que
é lateral, faz eversão.
RETINÁCULO MEDIAL
120
3. Flexor longo do hálux.
RETINÁCULO LATERAL
Obs.: é mais comum ter processo inflamatório no retináculo do fibular longo e curto,
porque são tendões estirados também durante o mecanismo de entorse. A inversão vai
tensionar os dois tendões. Eles vão sofrer atrito contra o maléolo da fíbula. Então, em
indivíduo que tem entorses recorrentes, pode ter um excesso de atrito entre esses tendões
e a parte óssea, isso gerar um processo inflamatório, uma tendinite, por exemplo, e ao
longo prazo isso gerar uma ruptura desses tendões. Inflama, tem uma pequena lesão,
fibrosa, inflama de novo, aumenta a lesão, até a ruptura, onde a mais comum é a do fibular
curto, por conta do excesso de atrito e instabilidade.
PÉ E TORNOZELO
Obs.: Os movimentos acessórios são grandes, para acomodar todos os movimentos dos
ossos locais, para que tenhamos movimento funcional.
121
ARTICULAÇÃO TÍBIO-FIBULAR
Obs.: É muito comum nos traumas (acidente de moto e bicicleta) o indivíduo ter uma
fratura da fíbula. E aí a fíbula ser fixada a tíbia, onde são colocados placas e parafusos.
Esses parafusos acabam restringindo a dorsiflexão e a flexão plantar, porque diminuem a
mobilidade na tibiofibular distal.
Por isso que podemos mobilizar essa articulação no tratamento. Pode-se avaliar a
mobilidade local da fíbula é mobilizar essa articulação principalmente nos entorses de
tornozelo (ninguém vai mobilizar no pós-trauma).
Obs.: Na dorsiflexão a fíbula sobe, há uma abertura da pinça maleolar, o tálus desliza
posteriormente. O que acontece na eversão e na dorsiflexão superior, é importante para
122
ter espaço para ter mobilidade para o tálus, que geralmente, a mobilidade do tálus fica
comprometida nos entorses em inversão e flexão plantar.
ARTICULAÇÃO DO TORNOZELO
Também chama de talocrural, onde fica entre pinça maleolar (pinça maleolar –
maléolo lateral e medial) e tálus;
O eixo articular atravessa da posição medial para lateral com uma leve inclinação,
onde ocorre os movimentos de dorsiflexão e flexão plantar.
ARTICULAÇÃO SUBTALAR
123
Permite a rotação tibial durante a marcha.
Movimentos acessórios na supinação: em cadeia cinética fechada tem-se uma
inversão do calcâneo, abdução e dorsiflexão do tálus (desliza mais para lateral e posterior)
e consequentemente tem-se uma rotação externa da tíbia.
Movimentos acessórios na pronação: em cadeia cinética fechada tem-se uma
eversão do calcâneo, flexão plantar e adução do tálus (desliza mais para anterior e medial)
e rotação interna da tíbia.
Obs.: A rotação interna excessiva do fêmur aumenta a compressão entre a patela e o fêmur
na porção lateral. Esse indivíduo, geralmente, tem um pé pronado, consequentemente ele
tem um excesso de rotação interna da tíbia junto com a eversão do calcâneo.
Obs.: Por exemplo, quando o indivíduo sofre um entorse, se está em flexão plantar, o
tálus deslize para anterior.
Obs.: O pé pronado pode estar mais associado a dor anterior do joelho, já que a rotação
interna da tíbia exagerada pode gerar problemas no joelho. Obs.: O tratamento pode ser a
palmilha, a mobilização dessa articulação, o treino de força muscular dos músculos ao
redor.
124
O aumento da inclinação do eixo articular (↑ 45º) corresponde a um pé mais
supinado, com um arco plantar mais elevado, isso diminui a mobilidade e aumenta a
rotação tibialcalcânea (compensatória).
Um pé mais pronado, geralmente, tem mais mobilidade. Então a diminuição da
inclinação do eixo articular ( 45°) corresponde a um pé mais pronado, isso aumenta a
mobilidade e tem-se, então, uma hipermobilidade local.
ARTICULAÇÃO MÉDIOTARSICA
Obs.: O tálus se articula com o calcâneo. O tálus se articula com o navicular. O calcâneo
se articula com tálus e cuboide.
125
ENTORSE DE TORNOZELO
É a principal lesão;
Tem uma alta incidência no esporte. Em vários esportes. Alguns porque
combinam queda de salto (handbol, voleibol), mudança de direção (tênis).
É frequente lesões ligamentares nesse tipo de lesão.
PS de trauma, corresponde a 7 a 10% do total de atendimentos, uma entorse do
tornozelo ocorre por dia em cada 10 mil pessoas;
Estudos retrospectivo apontam que quem sofre entorse de tornozelo, tem chance
de ter sintomas residuais em 20 a 40% dos casos.
Obs.: Na lesão tem ruptura de vasos sanguíneos, hematoma local, lesão de ligamento (é
muito comum o talofibular anterior estar lesado).
Obs.: Nos entorses de repetição acaba tendo uma lesão da cartilagem que recobre o tálus.
Obs.: Flexão plantar e inversão muito grande, o fibular curto é tracionado. As vezes a
força é tão grande que puxa o processo estiloide e ele se rompe, tendo uma fratura por
avulsão.
126
NEUROPATIAS PERIFÉRICAS
O SNP é diferente do SNC. No SNP tem a composição de nervos espinhais,
gânglios espinhais (sensitivos e viscerais – SNA) e nervos cranianos (seu núcleo está no
tronco encefálico, mas o seu trajeto são nervos). Obs.: exceto o I (oftalmo) e II (óptico)
nervo craniano.
Sistema Nervoso periférico – nervos espinhais e cranianos, gânglios sensitivos e
viscerais (SNA) e terminações nervosas.
O sistema nervoso periférico é tudo que está fora do sistema nervoso central.
Qualquer corpo celular tem que estar dentro de alguma região. Ex.: o corpo celular
do motoneurônio está na medula espinhal. Obs.: o corpo celular pode estar, na medula
espinhal, no gânglio.
Coloração cinzenta é um conjunto de corpos celulares.
O nervo é um prolongamento do neurônio (axônio).
Componentes Funcionais de um Nervo Espinhal:
1. Fibras sensitivas somáticas gerais (pele, músculo, tendões e articulação);
2. Fibras sensitivas viscerais;
3. Fibras motoras somáticas (músculos estriados esqueléticos);
4. Fibras motoras viscerais (músculos lisos, cardíaco e glândulas)
127
Obs.: 1. Célula de Schawann – produz mielina no SNP;
2. Oligodendrócitos – produz mielina no SNC.
3. Neurônio tem organelas citoplasmáticas para o metabolismo celular.
4. Fibras somáticas recebem informação do SNA.
5. SNP: SM (motor) e SNA (autonômico).
Por definição os nervos são cordões esbranquiçados que unem o SNC aos órgãos
periféricos. É um prolongamento do neurônio que liga o SNC ao SNP.
O nervo é composto por algumas camadas do tecido conjuntivo. A primeira que
envolve o nervo como um todo é chamada de Epineuro; a segunda que envolve o fascículo
(conjunto de axônios) é chamada de Perineuro e a terceira que envolve um axônio é
chamada de Endoneuro.
128
ORGANIZAÇÃO HISTOLÓGICA
Endoneuro: (30-75% secção transversa do nervo) tecido conjuntivo fibroblasto,
tecido adiposo, entrada dos vasos nervosos, vasos linfáticos.
Perineuro: tecido conjuntivo (colágeno) denso ordenado e células epiteliais
lamelares;
Endoneuro: (40-50% do espaço intra fascicular). Fibroblastos, células de Schwann,
mastócitos, macrófagos, capilares.
Plexos nervosos são um conjunto de nervos que são intrelaçados que formam
tronco, fascículo e nervos que vão chegar até o seu órgão efetor (vão inervar o músculo).
129
Obs.: 1. Dentro do plexo braquial, pode ter uma lesão no tronco (superior, médio e
inferior), no fascículo (lateral, posterior e medial) ou somente no nervo.
2. Vamos saber qual o nível da lesão no plexo (tronco, fascículo ou nervo) testando
a função muscular. A partir disso, dá para saber qual nervo foi acometido e,
consequentemente, de qual lugar que ele saiu.
3. Quanto mais proximal a lesão, pior o prognóstico.
130
2. Axonotmese: há perda da continuidade do axônio, mas o endoneuro, tecido
conectivo, permanece intacto, ou seja, não tem a perda da integridade;
3. Neurotmese: mais intenso, tem uma recuperação mais difícil, isto porque
ocorre a lesão do axônio, endoneuro e bainha de mielina, ou seja, tem a perda de toda a
integridade. Obs.: para que ocorra a reparação, tem que ser feito uma sutura, uma
microcirurgia. A neurotmese não se recupera sozinha!
131
Figura: Brotamento axônico colateral.
REPARAÇÃO MICROCIRÚRGICA
Na neurotmese tem que ser feito uma reparação microcirúrgica, desde o epineuro..
132
Sutura de epineuro do nervo;
Reparação fascicular;
Enxerto de nervos.
Obs.: Os sinais e sintomas não estão somente relacionados a força, está relacionado
também a sensibilidade.
CLASSIFICAÇÃO
Pelo modo de instalação:
1. Aguda: até uma semana;
2. Subs-aguda: até um mês;
3. Crônica: acima de um mês;
Pelo tipo de fibra: motora, sensitiva, autonômica e mista;
Pela espessura da fibra: grossa, fina, mista;
Pela distribuição: proximal, distal, difusa. Obs.; é muito comum na
poliradiculopatia ter um comprometimento distal. Comprometimento em luvas e botas.
133
Pela patologia: degeneração axonal, desmielinização, mista;
DIAGNOSTICO
A anamnese e o exame neurológico são fundamentais para o direcionamento em:
distúrbios metabólicos, toxico-carenciais, infecciosos ou imune-mediados.
Eletroneumiografia – confirma o diagnsotico de neuropatia, classifica o padrão da
mesma
Biopsia do nervo sural – detecta: vasculites, neuropatia amiloide, hanseníase ou
neuropatia hereditária.
NEUROPATIAS PERIFÉRICAS
Neuropatias Metabólicas
- Diabética;
134
- Por Hipotireoidismo;
- Renal;
- Hepática;
- Acromegálica
Neuropatias tóxico-carenciais;
Neuropatias por metais, alcoólicas;
Neuropatias carenciais: por deficiência de vitaminas B1 – tiamina, B6 –
piridoxina, B12 – cobalamina e Vitamina E;
Neuropatias Infecciosas: HIV, hanseníase, varicela-zoster e de Lyme (borrelia
burgdorferi – carrapato).
Neuropatia Imune-mediana:
- Polirradiculoneurite aguda (Guillaim-Barré) – Predominantemente motora,
ascendente, simétrica, com pouca alteração sensitiva, precedida por infecção viral ou
bacteriana. Liquor: dissociação proteino-citológica. Tratamento: plasmaférese-
himunoglobulina.
- Polirradiculoneurite crônica: corticoides.
Diversas:
- Vasculitica – Paraneoplásica – Hereditária;
- Por lesão de plexo: braquial – lombossacro;
- Por lesão de nervos: mediano, ulnar, radial, fibular comum (peroneiro) e tibial
posterior.
135
DOENÇA DE CHARCOT-MARIE-TOOTH
Fraqueza distal;
Mm da perna;
Lentamente progressiva;
Deformidade articular;
Ataxia de MMSS ou tremor;
Hipertrofia do nervo
MÃO EM GARRA
Nervo correspondente: nervo ulnar (C8 e T1);
Músculos correspondentes ao nervo: flexor ulnar do carpo, metade ulnar do flexor
profundo dos dedos, adutor do polegar e parte profunda do flexor curto do polegar. Inerva
também os músculos da região hipotenar, terceiro e quarto lumbricais e todos interósseos;
PUNHO CAÍDO
136
PÉ CAÍDO
Nervo correspondente: nervo fibular comum (L4, L5, S1 e S2);
Músculos correspondentes ao nervo: dorsiflexores (tibial anterior) extensores de
dedos e hálux (extensor longo dos dedos e extensor longo do hálux), fibular longo e curto.
137
138
139
140
Trajeto anatômico do nervo ulnar
141
Trajeto anatômico do nervo radial
142
143
144
POSTURA
HISTÓRIA
“Como um homem consegue manter a postura em pé ou inclinada contra o
vento que sopra sobre ele?” - Charles Bell
“É evidente que ele deve possuir uma aptidão para reajustar e corrigir todo afastamento
da vertical” - Charles Bell
Século 19
1955
Baron – Laboratório de Posturografia (Paris) – tese:
A importância dos mm oculomotores na atitude postural.
145
1. Atuar contra a gravidade e manter a postura ereta;
2. Situar-nos no tempo e espaço estruturado que nos envolve;
3. Opor-se às forças externas;
4. Guiar e reforçar o movimento;
5. Equilibrar-nos durante o movimento.
Sistema visual;
Sistema vestibular;
Proprioceptores + Sistema somatossensorial; Centros Ajuste postural
superiores Resposta
(resposta motora)
Fatores psicológicos;
Ambiente e genética.
PLANOS
PLANO SAGITAL
O eixo vertical do corpo passa por: apófise odontóide de C2; corpo vertebral de
L3;
Projeta-se no solo, no centro do quadrilátero de sustentação, equidistante dos
dois pés.
Direito e esquerdo;
Curvaturas fisiológicas: lordose e cifose
146
8. Coluna – hiperlordose ou retificação cervical; hipercifose ou retificação
tórax; hiperlordose ou retificação lombar
Obs.: 1. Não é confiável se basear na avaliação em tecidos moles, pois pode haver uma
alteração do tecido por conta de uma cicatriz, por exemplo;
2. A curvatura fisiológica da coluna só é vista no plano sagital.
PLANO FRONTAL
Devem estar no mesmo plano horizontal:
1. Linha entre pupilas;
2. Linha entre os dois mamilos;
3. Linha entre os ossos estilóides;
4. Cintura escapular;
5. Cintura pélvica.
Anterior e posterior;
147
PLANO HORIZONTAL
Não há recuo nem avanço de uma nádega em relação à outra. Não há nenhuma
rotação ao nível das cinturas escapular e pélvica;
Algumas alterações posturais nesse plano:
1. Cintura pélvica ou escapular rodada para a direita ou esquerda;
2. Cabeça rodada.
POSTURA NORMAL
Ausência de forças contrárias, relações harmoniosas;
Inexistência de dor;
Baixo gasto energético.
ALTERAÇÕES POSTURAIS
Perturbações posturais: forças anormais;
Forças anormais patológicas que podem ser em:
1. compressão;
2. tração;
3. rotação;
4. torção;
5. cisalhamento;
6. impactação, etc.
CADEIAS MUSCULARES
As cadeias musculares são divididas em:
1. Cadeia muscular anterior: são os músculos anteriores que empurram a
lombar para frente, colocando a pelve em anteversão. Os músculos anteriores que podem
fixar a lordose são: diafragma, iliopsoas, adutores do quadril;
148
2. Cadeia muscular posterior: são os músculos espinhais posteriores que
empurram e comprimem a lombar para trás, levando a pelve à anteversão, com tendência
à horiontalização do sacro.
Obs.: - Essa posição não permite, em alguns casos, definir o encurtamento dos mm da
cadeia posterior no seu conjunto (necessário realinhar lombar, escápulas e cervical).
- Encurtamento da cadeia muscular posterior, há o alongamento da cadeia
muscular anterior.
CONSIDERAÇÕES
149
O trabalho postural não pode ser feito de maneira isolada. Os mm anteriores e
posteriores formam um conjunto e somente um dos dois grupos se mostrará mais
comprometido durante os testes.
Reeducação postural: iniciar pelo grupo mais comprometido.
Principais causas de uma postura incorreta:
Traumatismo;
Patologias que limitam a perda funcional da força muscular e a
mobilidade;
Hábitos de postura viciosa;
Fraqueza muscular;
Atitude Mental;
Hereditariedade;
Indumentária Inadequada.
Flexão de Tronco:
Teste de Flexibilidade: Schober e Stibor / 3° dedo ao chão.
Medição de Comprimento de Membros Inferiores.
150
PRÓTESES E ÓRTESES
Obs.: Hoje em dia, numa amputação, não se pensa em preservar ao máximo o tecido, e
sim na funcionalidade que aquele coto irá apresentar.
151
Ambroise Paré considerado pai da cirurgia, descreveu amputações com nível
acima do tecido necrótico e o uso de torniquete.
Merton descobre a anestesia em 1846 e Lister a anti-sepsia em 1867. Por conta
disso, as amputações passaram a ser realizadas com mais cuidado, o que
consequentemente favoreceu as aplicações protéticas subsequentes.
O desenvolvimento técnico-científico das próteses teve início quando a
comunidade médica deparou-se com um grande número de pessoas com amputações de
membros, consequentes aos danos bélicos.
2° GM componentes pré fabricados com princípios biomecânicos mais funcionais.
Atenção especial e novas pesquisas para a melhoria das técnicas de amputação e,
por consequência, a melhor protetização dos membros amputados.
O objetivo nessa época era obter um coto mais funcional e sem dor para melhor e
mais rápida reabilitação do paciente amputado.
Durante a década de 1960 - preservar um coto o mais longo e mais adaptável às
próteses, para o menor gasto de energia durante a marcha e que não fosse globoso e nem
frouxo na extremidade para melhor adaptação;
A década de 1970 se caracterizou pela descoberta e o reconhecimento das
vantagens funcionais da amputação abaixo do joelho comparando-as com as amputações
transfemorais.
Objetivo hoje é proporcionar uma melhora na QV dos amputados, os quais,
atualmente, já podem ser encontrados totalmente reintegrados à vida social e profissional.
Pré-Amputação:
- Fortalecimento, pelo fato do indivíduo ficar em repouso em um certo período após
a cirurgia de amputação, perdendo, então, um pouco de massa muscular.
- Alongamento;
- Técnica de relaxamento;
- Eletroterapia.
Obs.: Essa fase vai tornar o indivíduo mais preparado para a fase de pós-amputação.
Pós-Amputação:
152
- Enfaixamento;
- Técnicas para reduzir edema;
- Amenização da dor;
- Aumento de função.
Pré-Protetização:
- Controle de edema;
- Verificação de adaptação a prótese.
Pós-Protetização:
- Fazer com que o indivíduo faça todas as atividades de vida diária utilizando a
prótese.
* NÍVEL DE AMPUTAÇÃO
Antigamente: Quanto mais longo melhor para descarga de peso pois teria um
maior braço de alavanca;
153
Hoje: Nem sempre o melhor coto é o mais longo.
Obs.: Para alguns níveis de amputação resultados menos satisfatório com a protetização
e reabilitação.
* CICATRIZ PÓS-CIRURGICA
Cicatriz deve ser sempre que possível terminal;
A sutura deve ser feita plano por plano, evitando aderências.
Aderências provocam dores, repuxamento e mal-estar, dificultando o apoio do coto
na prótese.
As cicatrizes comprimidas entre a parede interna da prótese e os planos profundos
do coto causam desconforto e impossibilidade de uma boa descarga.
As cicatrizes colocadas nas partes posterior, anterior ou lateral, serão comprimidas
entre a parede interna da prótese e o coto.
154
* MÚSCULOS
PONTA DO COTO: Não deve ter massa muscular muito volumosa e "solta", o que
prejudicará a ancoragem da prótese. Deve-se obter, uma camada regular de músculo para
proteção da extremidade óssea.
Características: os músculos devem ser seccionados mais distal do que o nível para
haver religamento.
MIOPLASTIA: ligar um músculos agonista a seu antagonista.
MIODESE: Junção do músculos ao osso. Surge um novo ponto de inserção.
* EXTREMIDADES ÓSSEAS
Deverá ser seccionado, serrado e lixado para não ter pontas (arestas) ou saliências
que possa lesionar o músculo;
Seccionado mais curto do que outros tecidos;
Crianças: normal ter crescimento ósseo irregular podendo até ser indicado uma
cápsula de silicone.
* VASOS
Não deve-se garrotear um membro com afecção vascular periférica, pois os vasos
já lesados piorarão a sua situação se apertados e traumatizados.
Artérias e veias de grande calibre seccionadas individualmente;
Amarrias duplas;
Eletrocauterização.
* NERVOS
Os troncos nervosos principais devem ser seccionados cuidadosamente;
Deve-se tracionar o nervo e esperar a retração;
Afeta a sensibilidade.
NEUROMA: É quando os ramos do axônio crescem desordenadamente,
entrelaçam-se e formam uma estrutura muito sensível, provocando a dor. É um
espessamento do nervo, protuberante, doloroso à pressão na zona da cicatriz, depois de
uma amputação de membros.
155
Neuromas enviam sinais fortes de dor em caso de leves estímulos.
Pequenos neuromas que se formam pela cicatrização, serão protegidos pela massa
muscular;
Inviabiliza a adaptação correta de uma prótese.
Dessensibilização
Correção por via cirúrgica.
* EDEMA
É normal após a amputação, o coto estar volumoso e endurecido.
Drenos;
Curativos rígidos;
Após alta médica, ou total cicatrização do coto deve-se iniciar a colocação de
ligaduras compressivas afim de reduzir o volume do coto preparando-o para futura
protetização.
* FORMAS DO COTO
Os cotos das amputações deverão ser cônicos, mais finos na ponta, facilitando o
encaixe na prótese.
* TÉCNICAS DE AMPUTAÇÃO
1. Fechada:
O osso é cortado mais curto que o retalho da pele, o que vai criar um coto
adequado a suportar o peso com a prótese.
Nesta técnica a incisão é fechada com suturas, em posição inferior;
Inserem-se drenos para prevenir edema excessivo e para permitir a
drenagem do sangue acumulado, fluidos e substâncias infecciosas.
2. Aberta:
156
* UM BOM COTO
Um bom coto dependerá de alguns fatores como:
1. Mioplastia;
2. Miodese para aumentar o controle do membro residual;
3. Hemostasia;
4. Neurectomia com tração;
5. Tecido ósseo sem saliências ou arestas;
6. Suturas sem tensões exageradas;
7. Suturas realizadas em planos posicionamento correto após a amputação.
157
Obs.: A deformidade que tem mais tendência de aparecer é a flexão e abdução de quadril.
Há um favorecimento dessa deformidade na posição sentada. O tratamento ideal para
amenizar ou prevenir essa deformidade é: fortalecimento dos extensores e adutores de
quadril e alongamento de flexores e abdutores.
Obs.: A deformidade que tem mais tendência de aparecer é a flexão de joelho. Como
tratamento para prevenir ou amenizar essa deformidade, faz-se alongamento de ísquios
tibiais e fortalecimento de quadríceps.
- Sutura dos músculos plantares, tecido subcutâneo e da pele, deve estar anterior a
tíbia, formando o coxim do calcâneo.
- Permite descarga total sobre o coto e possibilita uma protetização futura com um
pé mecânico.
158
* DESARTICULAÇÃO INTERFALANGEANA
* METATARSOFALANGEANA
Geralmente causada por processos traumáticos ou problemas vasculares. É uma
desarticulação, a superfície cartilaginosa é removida e os tendões flexores extensores são
fixados nos metatarsos.
159
3. Amputação do hálux: dificulta a marcha especialmente durante a fase de
impulso.
* TRANSMETATARSIANAS
Obs.: Geralmente a cicatriz deve estar longe da área de apoio e fora do contato com o
sapato.
* LISFRANC
* CHOPART
160
e em menor incidência de origem tumoral. O padrão do coto forma um curto braço de
alavanca, evoluindo para um equino importante, com redução da área de apoio.
Apenas o retropé é mantido.
O coto apresenta os músculos flexores plantares inseridos na tuberosidade
posterior do calcâneo.
A forte ação do músculo Tríceps sural tende a provocar a deformação em
equino, sendo a principal complicação tardia deste tipo de desarticulação.
Amputação não funcional.
A descarga de peso poderá ser realizada na parte distal do coto, caso o paciente
tolere.
* SYME
- Permite descarga distal sobre o coto e possibilita uma protetização futura com
um pé mecânico.
- É um excelente nível para amputação, não apresentando grandes
complicações;
- Desvantagem: estética, em virtude do grande volume encontrado na região
distal.
- A marcha sem prótese é possível, porém por causa da dismetria dos membros
pode haver claudicação.
161
* PIROGOFF
* AMPUTAÇÃO TRANSTIBIAL
- Realizada entre a articulação tibiotársica e o joelho;
- A permanência do joelho facilita muito a reabilitação e deambulação desses
pacientes;
- Podemos dividi-la em três níveis: amputação transtibial em terço proximal (curta),
médio e distal (longa);
- Traumas, infecções, neoplasia e doenças vasculares;
- Idosos e jovens;
- Considerar a importância funcional da articulação do joelho na reabilitação e na
deambulação dos pacientes amputados;
- Cuidados devem ser tomados com as deformidades em flexão de joelho para não
comprometer a qualidade da marcha do amputado.
162
- A descarga de peso (independentemente do nível da amputação): deve ser realizada
no ligamento patelar (entre a borda inferior da patela e a tuberosidade da tíbia), e nas regiões
com tecidos moles localizadas nas faces lateral, medial e posterior do coto.
- A dercarga de peso NÃO pode ser distal.
- Amputação Transtibial Distal: Apresenta um coto bastante longo, resultando em
um grande braço de alavanca possibilitando um bom controle sobre a prótese. A região distal da
perna não apresenta bom suprimento sanguíneo. Coxim escasso. Este nível de amputação pode
apresentar problemas como escoriações e úlceras.
- Amputação Transtibial Medial: localizada na transição musculotendinosa do
tríceps sural. É considerada ideal para esse nível, pois possui um bom coxim terminal e bom
comprimento do coto. Os pacientes não encontram grandes dificuldades na reabilitação.
- Amputação Transtibial Proximal: O nível mais proximal aceito para esta
amputação é logo abaixo do tubérculo tibial com preservação do tendão do quadríceps para a
extensão do joelho. A deformidade em flexão de joelho está quase sempre presente.
* DESARTICULAÇÃO DO JOELHO
- Retira-se a tíbia, fíbula, ficando o fêmur totalmente integro.
- Principal causa: anomalias congênitas e traumas.
- Há preservação da patela – boa área de descarga e se articula de forma
adequada.
- Indicação: traumatismo ortopédicos irreversíveis, anomalias congênitas de
tíbia e/ou fíbula e para alguns tumores mais ditais, onde a amputação transtibial está
impossibilitada.
* AMPUTAÇÃO TRANSFEMURAL
- Causas: patologias vasculares, processos traumáticos, infecciosos e
neoplásicos ou por anomalias congênitas;
- Podemos dividi-la em três níveis: amputação transfemural em terço proximal
(curta), médio e distal (longa).
163
- Deformidade: flexão e abdução do quadril. Quanto mais proximal o nível da
amputação, maior a tendência a deformidades.
- Desequilíbrio muscular – secção de músculos adutores, integridade do glúteo
médio – abdutor do quadril.
- Encurtamento do iliopsoas – flexão do quadril – posturas adotadas de forma
inadequada.
* DESARTICULACAO DE QUADRIL
- Retirada de todo o membro inferior, inclusive da cabeça do fêmur.
- Descarga de peso na tuberosidade isquiática (paciente sentado).
164
Reabilitação do Paciente Amputado
165
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PRÓTESES MMII - AMPUTAÇÕES PARCIAIS DE PÉ E TORNOZELO
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177
ESCLEROSE SISTÊMICA
CONCEITO
A Esclerose Sistêmica, forma generalizada de esclerodermia, é uma doença
inflamatória crônica do tecido conjuntivo caracterizado por fibrose acometendo a pele
e vísceras.
EPIDEMIOLOGIA
Doença cosmopolita, ocorrendo tanto em áreas urbanas quanto nas rurais;
É uma doença rara, apresentando prevalência que varia entre 30 e 290 casos
por milhão de habitantes;
A ES apresenta predomínio no sexo feminino (3-8:1), que pode aumentar para
15:1, quando considerada a faixa fértil da mulher, e diminuir para 2:1 em pacientes com
início de doença acima de 50 anos de idade;
Sem predileção por raça;
Manifesta entre a 3ª e 6ª décadas de vida.
ETIOPATOGENIA
Fatores genéticos;
Fatores imunológicos (elevação sérica de interleucina-2 pela atividade de
linfócitos T);
Endotélio com aumento de moléculas de adesão e plaquetas e diminuição do
óxido nítrico levando a isquemia crônica;
DIAGNÓSTICO
178
FORMAS CLÍNICAS
LIMITADA DIFUSA
Espessamento cutâneo Abaixo dos joelhos e Acima dos joelhos e
cotovelos. cotovelos.
Ritmo de espessamento Lento. Rápido.
Relação temporal Raynaud antecede pele. Simultânea.
Articular Pouco frequente. Crepitação tendíneas e
contraturas articulares.
Calcinose Frequente. Rara.
Vísceras TGI. Doença pulmonar,
miocardioesclerose e crise
renal.
MANIFESTAÇÕES DA PELE
MANIFESTAÇÕES DA PELE
Instabilidade vasomotora – diminuição transitória da perfusão (Raynaud);
Anormalidades estruturais – proliferação da camada íntima;
Anormalidades intravasculares – aumento da atividade plaquetária e formação
de microtrombos.
Obs.: 1. Fenômeno de Raynaud - distúrbio vasomotor se manifesta com mudança de cor
bilateralmente nas mãos. Isquemia bem localizada, palidez (vasoespasmo), cianose e
rubor.
2. Telangiectasia;
MANIFESTAÇÕES ARTICULARES
Poliartralgia de ritmo inflamatório;
Tenossinovites;
Contraturas em flexão em dedos das mãos;
Crepitação tendínea;
Acrosteólise (reabsorção óssea das extremidades).
179
Acumulo de cristais de cálcio (Calcinose) em locais de uso excessivo.
MANIFESTAÇÕES MUSCULOESQUELÉTICAS
Miopatia leve com aumento do tecido conjuntivo no epimísio e perimísio.
MANIFESTAÇÕES VISCERAIS
Atinge 90% dos casos;
Disfagia (inicialmente de alimentos sólidos evoluindo para alimentos líquidos);
Hérnia de hiato;
Esofagite crônica;
Síndrome da má absorção intestinal;
Doença pulmonar restritiva (dispneia progressiva e tosse seca) e hipertensão
pulmonar resultando em insuficiência cardíaca direita;
Envolvimento cardíaco com pericardite, miocardite e arritmia cardíaca;
Insuficiência renal progressiva.
EXAMES LABORATORIAIS
As alterações laboratoriais são inespecíficas e diretamente relacionadas ao
envolvimento visceral.
TRATAMENTO
Medicamentos antifibróticos (penicilamina) para solubilização do colágeno;
Medicamentos vasoativos (nifedipina) bloqueadores dos canais de cálcio;
Medicamentos imunossupressores (ciclofosfamida) para doença pulmonar
restritiva.
FISIOTERAPIA
Manter a amplitude de movimento;
Manutenção da força muscular;
Evitar as deformidades em flexão;
Proporcionar analgesia nas articulações envolvidas;
Manter a capacidade respiratória;
Orientações gerais;
180
FIBROMIALGIA
CONSIDERAÇÕES
Representa uma condição reumática não deformante;
Não apresenta causa única, ou cura, para seus sintomas abrangentes e persistentes.
DEFINIÇÃO
Segundo o colégio americano de Reumatologia duas características fundamentais são:
INCIDÊNCIA
Mais frequente em mulheres que em homens (9:1);
Faixa etária de 40 a 60 anos;
Prevalência: 5% na clínica geral e 10 a 20% das consultas em reumatologia.
ACHADOS CLÍNICOS
EXAME FÍSICO
Mobilidade articular normal;
Tônus muscular e reflexos miotendíneos normais;
Hiperalgia acentuada que aumenta com a pressão sobre proeminências ósseas e
sítios de inserção miotendínea;
Frouxidão ligamentar;
Hiperemia cutânea e dermalgia reflexa;
181
Presença de 11 de 18 pontos-gatilhos definidos pelo ACR.
DIFICULDADES DIAGNÓSTICAS
Variação na pressão e no relato de dor ou sensibilidade;
Menos que 11 dos 18 pontos que são apontados como dolorosos;
Se há 11 pontos dolorosos, mas a natureza generalizada está ausente.
ETIOLOGIA
HIPÓTESE GENÉTICA
Goldstein defende que deve haver uma predisposição genética, por apresentar
tendências familiares e associações a algumas características físicas geneticamente
adquiridas: hipermobilidade articular e prolapso da válvula mitral.
HIPÓTESE CRONOBIOLÓGICA
TRATAMENTO
1. Orientação (patológica, alimentação, funcional);
2. Farmacologia (analgésicos e antidepressivos);
3. Reabilitação (atividades aeróbicas, alongamentos, hidroterapia);
4. Outros (terapias manuais, psicoterapia, relaxamento).
182
FEBRE REUMÁTICA
DEFINIÇÃO
Doença Auto-imune;
Segue uma faringoamigdalite por Streptococcus β-hemolítico do grupo A;
Acomete principalmente as articulações, o coração, o sistema nervoso central,
a pele e tecidos subcutâneos;
Fibrose das Válvulas Cardíacas.
EPIDEMIOLOGIA
A incidência da FR na população é de 0,3 a 3%, ocorrendo com mais frequência
entre os 5 e 15 anos de idade;
Após a infecção pelo estreptococo, o período de incubação varia de uma a cinco
semanas, sendo a média de três semanas.
ETIOPATOGENIA
DIAGNÓSTICO
183
Critérios maiores Critérios menores
1. Cardite; 1. Artralgia;
2. Artrite; 2. Febre;
3. Coréia; 3. Aumento VHS, PCR positiva;
4. Eritema marginado; 4. Aumento do intervalo PR o
5. Nódulo subcutâneo. ECG.
QUADRO CLÍNICO
Artrite
1. Manifestação mais frequente;
2. Acomete as grandes articulações (joelhos, tornozelos, punhos e cotovelos);
3. Dor acentuada, limitação, calor, edema, rubor;
4. Assimétrica, migratória (vai e vem);
5. De 1 a 3 semanas;
6. Responde rapidamente ao AAS;
7. Não deixa sequelas.
Cardite
1. Manifestação mais importante da febre reumática, podendo causar morte;
2. Trata-se de pancardite: endocárdio, miocárdio e pericárdio;
3. Intensidade variável: inflamação leve a ICC fulminante;
4. Acomete de 70% a 91%.;
5. Regurgitação mitral (sopro);
6. Cardiomegalia;
7. Pericardite resultando em atrito pericárdico;
8. ICC (dispneia, tosse, dor torácica, anorexia);
9. Taquicardia, hepatomegalia, ritmo de galope, edema, crepitações
pulmonares.
Coreia
1. Manifestação tardia (3 meses);
2. Labilidade emocional, desatenção e ansiedade;
3. Movimentos involuntários, incoordenados que pioram com a tensão e
desaparecimento no sono;
4. Hipotonia muscular;
5. Escrita incordenada e fala incompreensível;
184
6. Duração de mais ou menos 2 meses.
Eritema marginado
1. Mancha eritematosa;
2. Centro claro;
3. Aspecto rendilhado;
4. Desaparece com a digitopressão;
5. Acentua com o calor;
6. Tronco e raízes dos membros.
Nódulos subcutâneos
1. Nódulos de 0,5 a 2 cm;
2. Móveis e indolores;
3. Superficiais extensoras e saliências ósseas;
4. Sinal da gravidade da cardite.
EXAMES LABORATORIAIS
Reagentes da Fase Aguda da Inflamação:
1. VHS = alto no início, normaliza na segunda ou terceira semana. É
influenciado por: AAS, ICC;
2. PCR = alto no início, normaliza antes do VHS. Maior reagudização.
OUTROS EXAMES
Hemograma: anemia + discreto aumento de leucocitose;
Raio X de Tórax: normal até cardiomegalia com congestão pulmonar;
ECG: maior intervalo PR, maior intervalo QT, T achatado ou invertido, QRS
menor amplitude ou aumento da duração (cardiomegalia);
TRATAMENTO
Erradicação do estreptococo;
Uso de penicilina benzatina (intramuscular);
Fenoximetilpenicilina ou eritromicina (oral).
Alívio dos sintomas:
185
1. Repouso de 2 a 6 semanas;
2. Artrite = AAS ou diclofenaco potássio;
3. Cardite = corticosteroide;
4. Coréia = bloqueador de receptores dopaminérgicos
186
LÚPUS ERITEMATOSO SISTÊMICO
EPIDEMIOLOGIA
O LES é encontrado em todo o mundo, e sua prevalência oscila de 15-
50/100.00 habitantes, não possuindo distribuição uniforme em todos os grupos raciais;
Sexo, idade, raça e situação socioeconômica podem ter influência na expressão
da doença;
A doença acomete predominantemente o sexo feminino (9:1);
Os primeiros sintomas, usualmente, ocorrem entre 20 – 40 anos, mas podem
aparecer em qualquer idade;
Sua progressão e gravidade são mais acentuadas nos hispânicos e afro-
americanos.
ETIOPATOGENIA
Fatores genéticos (ligada ou não ao sistema HLA);
Fatores ambientais:
1. Substâncias químicas – procainamida (trata de arritmia cardíaca), tabaco.
2. Luz ultravioleta – tanto pode iniciar como reativar os sintomas;
3. Estresse;
4. Infecções (retrovírus, por exemplo).
MANIFESTAÇÕES GERAIS
Mal-estar;
Fadiga;
Febre;
Perda de peso.
Obs.: Podem estar ligadas com a atividade da doença o por problemas intercorrentes
(infecções).
187
MANIFESTAÇÕES MÚSCULO ESQUELÉTICAS
1. Artrite/Artralgia:
Mais frequentes, 50% dos pacientes;
Dor, rigidez, inflamação;
Agudo ou insidioso;
Articulações pequenas e grande de forma simétrica;
Mãos, punhos, tornozelos e joelhos;
Em geral sem deformidades.
2. Miosite/Mialgia:
Dor (devido a inflamação durante o surto do LES);
Fraqueza muscular (devido a inflamação durante o surto do LES);
Tendência a tendinite e frouxidão ligamentar;
Comum serem afetados por osteoporose
Necrose da cabeça do fêmur (principal complicação ME, uso
prolongado de corticoides);
3. Cutaneomucosa:
Fotossensibilidade - lesões dicóides surgem por exposição à luz UV (sol
ou luz branca);
Eritema Facial – erupção aguda eritematoso, conhecida como “Asa de
Borboleta” surge após exposição à luz UV;
Lesões Discoides Crônicas e Alopecia – mais encontradas em Couro
cabeludo, malar, dorso do nariz, orelhas, braços e pescoço.
Úlceras – orais, vaginais ou orofaríngeas, dolorosas, podem perfurar o
septo nasal e ser colonizadas por germes, dificultando seu tratamento;
Fenômeno de Raynaud – isquemia transitória de vasos de pequeno e
médio calibre, surge por exposição ao frio, mão e pés;
Manifestações Renais – lesões leves até insuficiência renal grave.
Fatores que levam mais morbidade/mortalidade.
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS
Pulmonares (pneumotórax, derrame pleural, pneumonite aguda);
Trato gastrointestinal;
188
Hematológicas (anemia, leucopenia, trombocitopenia);
Cardiovasculares (pericardite, miocardite, endocardite);
Aparelho reprodutor feminino;
Sistema nervoso.
DIAGNÓSTICO
A pessoa temq eu ter 4 ou mais das seguintes complicações em qualquer
período de tempo:
1. Eritema Malar;
2. Lesão discoide;
3. Fotossensibilidade;
4. Úlceras orais e nasofaringeas;
5. Artrite;
6. Serosite;
7. Acometimento renal;
8. Manifestações Neurológicas (convulsões, psicose);
9. Desordens hematológica;
10. Achados Imunológicos;
11. Anticorpos Antinucleares.
TRATAMENTO
Não há cura para LES;
Medicamentos apenas protegem os órgãos da agressão inflamatória, mas não
impedem de reverter a falha inicial do sistema imunológico;
Os objetivos básicos do tratamento são: alívio dos sintomas; supressão de
certas alterações pré-somáticas; prevenção de complicações.
AINH, corticoesteróides, imunossupressores.
EDUCAÇÃO DO PACIENTE
Esclarecer o que é a doença;
Tratamentos e prognósticos;
Cuidados no trabalho e lazer;
189
Cuidados com raios UV, chapéu, FPS.
FISIOTERAPIA
Atuará sobre sintomas articulares e musculares
Alívio da dor;
Redução de edema;
Melhora da força muscular, programa de condicionamento muscular (Fe R),
com períodos de repouso.
190
ESPONDILOARTROPATIAS – ESPONDILITE
ANQUILOSANTE
INCIDÊNCIA
Há predileção pelo sexo masculino na proporção de 3:1;
Início entre a puberdade e os 35 anos;
Pico na segunda década.
ETIOLOGIA
Acredita-se que a EA ocorre em consequência a uma resposta imunológica,
geneticamente determinada, a algum fator ambiental.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Alterações clínicas articulares (notados no final da adolescência/início da vida
adulta):
1. Início insidioso;
2. Dor surda;
3. Dor ao nível das articulações sacroilíacas e/ou da coluna lombar é a
manifestação clínica mais comum
4. Os sintomas melhoram com o calor e a mobilização articular, piorando
com o repouso, e por isso o paciente geralmente apresenta dor pela manhã e à noite;
5. Associa-se à dor uma rigidez matinal que será tanto mais intensa e
duradoura quanto maior for a atividade clínica da doença;
6. A dor lombar pode irradias pelos membros inferiores, com frequência é
bilateral e não há, habitualmente, sintomas de parestesia;
191
Outros locais afetados:
1. Junções costocondrais;
2. Processos espinhosos;
3. Crista Ilíaca;
4. Grandes trocanteres;
5. Tuberosidades isquiáticas;
6. Tubérculos Tibiais;
7. Calcanhares;
8. Articulações periféricas (ombro e quadril).
EXAME FÍSICO
Obs.: 1. No exame físico, pode-se observar redução e até retificação da lordose lombar,
inicialmente por espasmo muscular doloroso e, posteriormente, por anquilose fibrosa e
óssea;
PROGRESSÃO DA DOENÇA
Medição da altura;
Índice de Schober;
Expansibilidade torácica;
Distância entre o occipício e a parede.
ACHADOS RADIOLÓGICOS
Presença de sacroleíte;
Perda da lordose lombar;
Quadratura vertebral (squaring);
192
Sindesmófitos marginais;
Coluna em bambu;
Sinal da linha do trem.
Obs.: 1. As alterações radiográficas típicas da sacroleíte são habitualmente simétricas e,
de forma progressiva, podem ser encontrados: perda da nitidez dos contornos da
articulação, pseudo-alargamento, esclerose óssea subcondral, erosões nas bordas
articulares, formação de traves ósseas e redução do espaço articular e, num estágio final,
fusão das articulações.
2. A quadratura vertebral, resulta de erosões destrutivas nos ângulos superiores e
inferiores dos corpos vertebrais, nos locais de inserção do anel fibroso dos discos
intervertebrais
3. A tomografia computadorizada e a ressonância magnética são de pouco valor, se
comparadas à radiografia convencional.
EXAMES LABORATORIAIS
Não há teste laboratorial que faça o diagnóstico de espondilite anquilosante.
DIAGNÓSTICO
Difícil estabelecer o diagnóstico precoce, mas pode ser determinado pelos critérios de
New York e modificados em 1984:
GRAUS DE SACROILEÍTE
1. Grau 0: normal;
2. Grau 1: Suspeito de alteração, não há alterações definidas;
3. Grau 2: Sacroileíte mínima, refere à perda de definição das bordas articulares.
Há alguma esclerose, podendo haver erosões mínimas ou discreta redução do espaço
articular
193
4. Grau 3: Sacroileíte moderada, descreve a situação na qual há esclerose definida
em ambos os lados da articulação sacroilíaca, borramento e irregularidade das superfícies
articulares, erosões e redução do espaço articular;
5. Grau 4: As alterações mostram fusão das superfícies articulares, com ou sem
esclerose residual.
COMPLICAÇÕES DA DOENÇA
Se iniciado na adolescência o curso é mais severo;
Na mulher tende a ser mais branda;
Risco de fratura vertebral;
Síndrome da cauda equina;
Instabilidade atlanto-axial.
TRATAMENTO
AINH (indometacina, fenilbutazona);
Corticoides locais ou sistêmicos;
Cirurgia;
Fisioterapia.
194
ESPONDILOARTROPATIAS - SINDROME DE REITER
DEFINIÇÃO
A síndrome de Reiter ou artrite reativa refere-se a uma artrite inflamatória secundária
a uma infecção, na qual não se consegue cultivar o microrganismo causal a partir do
líquido sinovial.
ETIOPATOLOGIA
Se desenvolve após uma infecção: intestinal ou no trato urogenital.
CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS
Resulta em uma artropatia inflamatória, frequentemente assimétrica e
predominantemente de membros inferiores, associada a uma das seguintes alterações:
uretrite/cervicite, diarreia aguda, doença inflamatória ocular (conjuntivite/uveíte) e
acometimento mucocutâneo (balanite, ulceração oral e ceratodermia).
INCIDÊNCIA
Pico de incidência entre 20 a 40 anos;
Mais comum no gênero masculino;
Com frequência recidivante (recorrente ou repetitiva);
O HLA-B27 está presente em até 95% dos portadores da Síndrome de Reiter de
pele branca.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Sintomas gerais: febrícula, fadiga, mal-estar, emagrecimento;
Artralgias, oligoartrite com predomínio em MMII (joelhos, tornozelos,
coxofemorais);
Entesites (tendão de aquiles e fáscia plantar);
Edema difuso dos dedos (dedos em salsicha);
Acometimento da coluna vertebral (semelhante a espondilite anquilosante);
Sacrilíacas (20 a 30%);
Uretrite (geralmente 2 a 4 semana antes das manifestações articulares);
Prostatite;
Ulcerações orais e balanite (eritema em glande);
Ceratodermia;
Uveíte.
195
MANIFESTAÇÕES LABORATORIAIS
Elevação da velocidade de hemossedimentação;
Proteína C reativa elevada;
Leucocitose;
Testes sorológicos positivos HLA-B27;
Urocultura e Coprocultura.
TRATAMENTO
Tratamento inicial da infecção com antibióticos: tetraciclinas por 2 a 3 semanas;
Os sintomas articulares e entesopatias são tatados com AINHs;
Balanite e a ceratodermia são tratadas com cremes de corticosteroideis;
A FISIOTERAPIA DEVE SEGUIR A MESMA PROPOSTA DE
TRATAMENTO DA ESPONDILITE ANQUILOSANTE.
196
OSTEOARTRITE
DEFINIÇÃO
É uma afecção que pode ter origem na cartilagem articular, osso subcondral ou
mesmo na sinovial, resultando em lesões anatômicas características, tais como,
degeneração cartilaginosa, eburnificação do osso subcondral e remodelagem óssea, assim
como presença de sinovite.
ETIOPATOGENIA
As osteoartrites não resultam em causa única, mas em conjunto de fatores de riscos,
configurando uma verdadeira constelação etiológica. Etiologicamente são classificadas
em:
1. Idiopáticas ou primárias;
2. Secundárias.
FATORES DE RISCO
Fatores Genéticos: Sexo, doenças hereditárias envolvendo proteínas específicas
da matriz, raça, predisposição familiar.
Fatores não genéticos: idade, doenças metabólicas (obesidade, diabetes),
menopausa, neuropatia periféricas.
Mecânicos: traumatismo, atividade física com elevado impacto, ocupação
profissional.
Liberação de proteases e
Degradação de prostaglandinas
proteoglicanos
Degeneração cartilaginosa
197
DISTRIBUIÇÃO
Ocorre em qualquer articulação, mas são mais frequentemente observado nas grandes
articulações de carga.
Quadril (coxartrose);
Joelho (gonartrose);
Espondilose (coluna);
Rizoartrose (trapézio-metacarpiana);
Nódulos de Heberden (interfalangianas distais);
Nódulos de Bouchard (interfalangianas proximais).
QUADRO CLÍNICO
Mono ou oligoarticulares;
Baixa incidência antes dos 40 anos de idade;
Sexo predileção por certas loacalizações;
Regiões mais frequentes na coluna, joelhos, mãos, coxofemoral;
De forma secundária os punhos, cotovelos, ombros e tornozelos.
NOS JOELHOS
Chamada de gonartrose;
Predomínio 51 a 60 anos;
Gênero feminino;
Defeitos posturais (valgo e varo);
Forte relação com obesidade;
Achado no exame físico: crepitação, aumento do volume articular, atrofia do
quadriceps, limitação na mobilidade articular, etc.
COXOFEMORAIS
Chamada de coxartrose;
Predominante no gênero masculino;
Subdivididas em polar superior e global;
A dor pode ser precedida por fadigabilidade em membro inferior e dificuldade na
marcha;
As contraturas em flexão e adução levam à claudicação;
Lordose compensatória pode desencadear lombalgia.
198
MÃOS
Nódulos de Heberden raramente são únicos, predileção nas mulheres (10:1);
Nódulos de Bouchard raramente precedem os de Heberden;
Hereditariedade fator importante;
Geralmente envolvimento simétrico;
Rizartrose, surge na quinta e sexta décadas;
Confere a mão um aspécto quadrado, por adução e dorsiflexão do primeiro
dedo.
COLUNA VERTEBRAL
Instala-se tanto no disco intervertebral como nas articulações apofisárias;
Preferencialmente de 41 a 60 anos;
Predomínio masculino;
Na maioria dos casos a dor é moderada e localizada, mas pode se tornar
intensa e irradiada;
Dor surge principalmente com o movimento.
DIAGNÓSTICO
TRATAMENTO
Repouso X Exercícios;
Tratamento sintomatológico com analgésico AINH;
Medicações antiartrósicas (Sulfato de Glucosamina e Sulfato de
Condroitina);
UC2-colágeno;
Emagrecimento.
TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO
Objetivos gerais: controle dar dor e melhora nas condições funcionais;
Mobilização articular;
Distração articular;
Fortalecimento muscular;
Atividade aeróbica;
Dispositivos auxiliares.
199
TRATAMENTO CIRURGICO
Quando o tratamento conservador se mostra ineficiente;
Debridamento artroscópico;
Artroplastias totais ( reservadas para estágios mais avançados).
200
CINESIOTERAPIA
Introdução da matéria
Cinesioterapia – tratamento por meio do movimento;
A cinesioterapia é vista como exercício terapêutico;
O exercício terapêutico é uma forma de tratamento para uma determinada
patologia.
Obs.: 1. O exercício passivo é limitado, pois não faz com que haja ganho de força, já
que não tem a contração muscular;
2. Esse tipo de exercício só é aplicado quando o paciente NÃO é capaz de realizar
o movimento ativo.
201
3. Evita determinada complicação.
Obs.: Depois do exercício ativo livre, pode-se evoluir o paciente para o exercício ativo
resistido que é o fortalecimento.
Obs.: O tipo de exercício que tem que ser aplicado é o exercício passivo, pois por mais
que o paciente execute uma contração, não é o suficiente para a aplicação do exercício
ativo assistido.
Obs.: 1. O exercício que tem que ser aplicado é o ativo-assistido, pois o paciente consegue
fazer uma parte do movimento.
202
2. O posicionamento do paciente influencia no movimento, pois alguns
posicionamentos podem ter mais ou menos o efeito da gravidade.
Obs.: Os exercícios que devem ser realizados são: ativo livre e, preferencialmente, o ativo
resistido.
Grau 4: Executa ADM livre completa, vence pequena resistência imposta pelo
terapeuta.
Esses três tipos de exercícios são terapêuticos que são uma forma de tratamento
para uma disfunção ou manter a função.
PASSIVO
Movimento dentro da ADM livre para um segmento, que é produzido
inteiramente por uma força externa;
Não há contração muscular voluntária;
A força externa pode vir da gravidade, de um aparelho, de uma pessoa, ou de
outra parte do corpo do próprio indivíduo;
ADM passiva não é o mesmo que alongamento, pois a ADM passiva chega até
o limite da ADM, já o alongamento passa um pouco dessa ADM.
ATIVO
Movimento dentro da ADM livre para um segmento, que é produzido por uma
contração ativa dos músculos que cruzam aquela articulação.
203
ATIVO ASSISTIDO
Um tipo de ADM ativa, na qual a assistência é feita por uma força externa
manual ou mecânica, porque os músculos que realizam o movimento precisam de
assistência para completá-lo.
Quando um paciente não é apto ou não se acha apto para mover ativamente um
segmento ou segmentos do corpo (ex.: comatoso, paralisia, repouso total no leito, reação
inflamatória com ADM ativa dolorosa);
A movimentação passiva controlada é usada para diminuir as complicações da
imobilização de modo a:
1. Manter a integridade da articulação ou do tecido mole;
2. Minimizar efeitos da formação de contraturas;
3. Manter a elasticidade mecânica do músculo;
4. Assistir a circulação e dinâmica vascular;
5. Melhorar o movimento sinovial para nutrição das cartilagens e difusão de
substâncias dentro da articulação;
6. Diminuir ou inibir a dor;
7. Auxiliar o processo de cicatrização após uma lesão ou cirurgia;
8. Ajudar a manter a consciência de movimento no paciente.
Obs.: 1. Na ADM ativa dolorosa, os tecidos que podem estar inflamados são: músculos e
tendões;
2. A diferença entre movimento passivo e ativo é a contração muscular, em que na
ativa, há contração voluntária do músculo (essa contração é feita pelo músculo que acaba
“ativando” os tendões – tensionamento).
3. O líquido sinovial é produzido diante a realização de movimentos, para manter a
lubrificação da articulação.
4. Alívio da dos com exercício passivo – em pontos de pressão, eliminação de
substâncias tóxicas da circulação (ativação da circulação).
5. Ativação da circulação promove a cicatrização após uma lesão ou cirurgia.
204
Quando um terapeuta está ensinando um programa de exercício ativo, a ADM
passiva é usada para demonstrar o movimento desejado.
Quando o terapeuta está preparando o paciente para um alongamento, a ADM
passiva é usada antes das técnicas de alongamento passivo.
Quando um paciente está apto para contrair ativamente seus músculos e mover
um segmento com ou sem assistência, e quando não existem contraindicações, a ADM
ativa é usada para:
1. Alcançar as mesmas metas da ADM passiva com os benefícios adicionais
de resultar em contração muscular;
2. Manter a elasticidade e contratilidade fisiológicas dos MM participantes;
3. Dar feedback sensorial dos músculos em contração;
4. Prover estímulos para integridade óssea e articular;
5. Aumentar a circulação e prevenir formação de trombos;
6. Desenvolver coordenação e habilidades motoras para atividades funcionais.
Quando um paciente tem musculatura fraca, usa-se ADM ativo-assistida para
dar assistência necessária para o músculo de uma maneira cuidadosamente controlada, de
modo que ele pode funcionar em seu nível máximo e ser fortalecido progressivamente;
Quando um paciente é colocado em um programa de condicionamento aeróbico,
exercícios de ADM ativo-assistida ou ativa podem ser usados para melhorar as respostas
cardiovasculares, se feitos em maiores repetições e monitorização dos resultados;
CONSIDERAÇÕES:
1. Quando um segmento do corpo é imobilizado por um certo período de
tempo, usa-se ADM ativa nas regiões acima e abaixo do segmento imobilizado:
- para manter as áreas em condições normais;
- para preparar para novas atividades, como andar sem muletas.
2. Quando um paciente está em repouso no leito, a ADM ativa é usada para
evitar as complicações de diminuição na circulação, desmineralização óssea, e
diminuição na função cardíaca e respiratória.
205
Obs.: 1. O número de benefícios de um exercício passivo é menor do que o número de
benefícios de um exercício ativo ou ativo-assistido;
2. O aumento da densidade óssea acontece por causa da contração muscular que
estimula o aumento de deposição de cálcio no osso;
3. O cálcio é fundamental para a contração.
. PRECAUÇÕES E CONTRA-INDICAÇÕES
206
Obs.: 1. Monitorar: sintomas, percepção de esforço e PA.
2. Prevenir trombos e estase venosa – movimento ativo de tornozelos.
Obs geral: 1. Cicatriz imatura (não está fechada, tem a presença de pus, líquido) é o tipo
de cicatriz que tem que tomar cuidado para não piorar ou retardar o processo de
cicatrização. Até com movimento passivo não é muito indicado para esse tipo de situação.
2. Na inflamação aguda pode fazer exercício passivo, porém com cuidade.
Nas primeiras 24h não á indicado.
3. Estase venosa – circulação lenta
Procedimentos:
1. Avaliação/nível de função do paciente;
2. Determinar objetivos;
3. ADM passiva, ativa ou ativo-assistida;
4. Paciente em posição confortável;
5. Movimentar na ADM possível, mantendo o alinhamento corporal;
6. Deixar a região livre de roupas restritivas, lençóis, órteses ou curativos;
7. Posicionamento do terapeuta – usar a mecânica corporal adequada;
8. Controle do movimento: segurar os membros ao redor das articulações;
9. Apoiar as áreas de integridade estrutural fraca (hipermóveis, fratura
recente ou paralisia);
10. Mover o segmento em toda sua amplitude livre de dor. Não force além da
ADM existente;
11. Movimentos homogêneos e rítmicos;
12. Número de repetições (depende do objetivo do programa, da condição do
paciente e das respostas do tratamento).
207
3. Se há fraqueza, a assistência deve ser necessária somente no início ou final
da ADM.
Técnicas de Movimentação:
1. Planos anatômicos (sagital, frontal, transverso);
2. Amplitude muscular de alongamento (antagonista à linha de tração do
músculo);
3. Padrões combinados (incorporando vários planos de movimento);
4. Padrões funcionais (usados nas atividades de vida diária).
Procedimentos:
Obs.: 1. Se o indivíduo não estiver alongado e sim encurtado, terá limitações em AVDs.
2. O repouso é necessário por um curto período de tempo, se for longo, poderá ter
mais prejuízos, sendo o encurtamento um deles.
ENCURTAMENTO ADAPTATIVO
209
FORÇA MUSCULAR E ENCURTAMENTO
A força muscular pode também ser alterada quando o tecido mole se encurta devido
à adaptação que ocorre com o tempo.
Alteração na relação comprimento-tensão do músculo (encurtado não produz o pico
de tensão) gera fraqueza com retração (encurtamento adaptativo)
Flexibilidade
A flexibilidade é a habilidade para mover uma articulação ou articulações através
de uma ADM livre de dor e sem restrições.
Ela depende da extensibilidade dos músculos, que permite que estes cruzem uma
articulação para relaxar, alongar e conter uma força de alongamento.
São dois os tipos de flexibilidade: dinâmica e passiva.
210
A flexibilidade dinâmica é a ADM ativa de uma articulação, já a flexibilidade
passiva é o grau no qual uma articulação pode ser movida passivamente através da ADM
disponível.
Alongamento
O alongamento é qualquer manobra terapêutica elaborada para aumentar o
comprimento de estruturas de tecidos moles patologicamente encurtadas e desse modo
aumentar a ADM.
Ele terá os efeitos desejados se for feito de maneira lenta com uma duração de 20
segundos.
Existem 3 tipos de alongamento: alongamento passivo, alongamento por inibição
ativa e exercícios de flexibilidade.
211
1. Amplitude elástica/fase linear: a distensão é diretamente proporcional à habilidade
do tecido de resistir à força. Isso ocorre quando o tecido é levado ao final de sua ADM e
aplica-se um alongamento suave. Há recuperação completa dessa deformação e o tecido
retorna a seu tamanho e sua forma originais quando a carga é liberada, desde que a
sobrecarga não seja mantida por certo tempo.
Obs.: Tensão progressiva e, após a retirada da tensão, não sobre deformidade.
2. Limite elástico: o ponto além do qual o tecido não retornará a seu tamanho e sua
forma originais.
3. Amplitude plástica/fase plástica: A faixa além do limite elástico que se estende até
o ponto de ruptura. O tecido distendido nessa faixa terá deformação permanente quando
a sobrecarga for liberada.
Obs.: 1. Tensão progressiva e, após a retirada da tensão, sobre deformidade.
2. Na faixa plástica, é a ruptura das fibras que resulta no aumento do comprimento.
Obs.: 1. Para o alongamento ser bem sucedido, a tensão no tecido deve ser levada até a
fase plástica.
212
2. O excesso de alongamento gera uma fraqueza, chamada de fraqueza por
alongamento.
3. Contratura é diferente de contração. A contratura é o encurtamento adaptativo
da unidade musculotendínea e outro tecidos moles que cruzam ou cercam uma
articulação, resultando em resistência significativa ao alongamento passivo ou ativo e
limitação na ADM. Ela é uma alteração patológica, em que não há retorno ao estado
normal. Já a contração é fisiológica, em que há o retorno ao estado normal.
4. Tratamento de contratura: alongamento passivo combinado com procedimentos
de relaxamento e técnicas de inibição ativa.
Fuso muscular
1. Principal órgão sensitivo do músculo;
2. Composto de fibras intrafusais paralelas à fibra extrafusal;
3. Monitora a velocidade e duração do alongamento;
4. Detecta alterações no comprimento do músculo.
Órgão Tendinoso de Golgi (OTG)
1. Os OTGs localizam-se perto da junção musculotendínea, enrolados nas
terminações das fibras extrafusais do músculo, e transmitem estímulos aferentes através
de fibras Ib.
2. São sensíveis à tensão muscular causada pelo alongamento passivo ou por uma
contração muscular ativa.
3. Os OTGs são um mecanismo de proteção que inibe a tensão no músculo onde
se encontram. Esse efeito é chamado de inibição autogênica.
4. Os OTGs têm um limiar muito baixo de disparo (disparam facilmente) após
uma contração muscular ativa e um limiar alto de disparo para o alongamento passivo.
5. Quando se desenvolve tensão excessiva em um músculo, os OTGs disparam, o
que gera: inibição da atividade dos motoneurônios alfa e diminuição da tensão no
músculo.
213
RESPOSTA NEUROFISIOLÓGICA DO MÚSCULO AO ALONGAMENTO
ALONGAMENTO PASSIVO
214
- Alongamento Balístico: “brusco”, alta intensidade e curta duração.
- Meio não seguro devido ao pouco controle e ao potencial de rupturas dos tecidos
(idosos, sedentários, pós-operatório – risco para traumas)
- Esse tipo de alongamento é indicado nos estágios iniciais de um programa de
alongamento.
Técnicas nas quais o paciente relaxa reflexamente o músculo a ser alongado antes
da manobra de alongamento;
215
Quando um músculo é inibido (relaxado) há resistência mínima ao alongamento do
músculo;
As técnicas de inibição ativa relaxam somente as estruturas contráteis dentro do
músculo, não os tecidos conectivos;
Técnicas:
1. Sustentar-relaxar (hold-relax);
2. Sustentar-relaxar com contração do antagonista (oposto ao encurtado);
3. Contração do antagonista (oposto ao encurtado).
Requisitos:
1. Inervação normal do músculo a ser alongado;
2. Músculo sob controle voluntário.
SUSTENTAR-RELAXAR
Paciente faz uma contração isométrica no final da ADM do músculo retraído antes que
ele seja passivamente alongado.
Após uma contração pré-alongamento do músculo retraído, este irá relaxar como
resultado da inibição autogênica, e assim será alongado mais facilmente.
OTG podem disparar e inibir a tensão no músculo, permitindo que ele seja alongado
com maior facilidade.
Obs.: 1. Contração isométrica – contração do músculo sem variar a ADM.
2. Verificar o arco de movimento. No final do arco faz uma contração isométrica
por 6 segundo e depois relaxa, fazendo, então, o alongamento.
Obs.: 1. Verificar ADM total. Ir até quase o final e fazer contração isométrica do músculo
encurtado. Relaxar e depois contrair a musculatura oposta por contração concêntrica
(variação de força).
2. Esse tipo de alongamento é importando para estimular a coordenação motora.
216
CONTRAÇÃO DO AGONISTA (MÚSCULO OPOSTO AO ENCURTADO)
Obs.: Verificar a ADM. No final da ADM faz uma contração do músculo oposto ao
encurtado, oferecendo uma resistência.
AUTO ALONGAMENTO
É um exercício ativo com uma resistência de uma força externa. Essa força externa
pode ser manual ou mecânica;
Definição: forma de exercício ativo na qual uma contração muscular dinâmica ou
estática é resistida por uma força externa. Essa força pode ser aplicado de duas maneiras:
manualmente ou mecanicamente (por meio de pesos; elásticos; theraband; molas; bolas
etc.).
RESISTÊNCIA MANUAL
Exercício ativo;
Resistência é feita pelo terapeuta ou outro profissional da saúde;
Desvantagem: não pode ser medida quantitativamente e é limitada pela força do
terapeuta.
217
Obs.: Essa força não é regular.
RESISTÊNCIA MECÂNICA
Exercício ativo;
A resistência é feita por equipamentos ou aparelhos mecânicos;
Quantidade de resistência pode ser medida e progredir com o tempo;
Útil quando é necessária uma resistência maior ou diferente daquela que o
terapeuta pode aplicar.
Vantagem: quantifica a força;
Desvantagem: custo; mesmo sendo com peso mínimo, pode ser muito pesado para
determinado paciente (aquele mais fraquinho, por exemplo).
218
Obs.: Nem todos os exercícios vão estar diretamente associados a força muscular.
AUMENTAR A FORÇA
AUMENTAR A POTÊNCIA
𝑇 = 𝐹𝑥𝑑
Fórmula da potência:
𝑃 = 𝐹𝑥𝑣
219
Em que P é a potência, F a força e v a velocidade.
FIBRAS MUSCULARES
Obs.: Todo mundo tem um proporção de fibras vermelhas e fibras brancas, e isso é uma
predisposição genética. Uns tem mais fibras brancas e outros mais fibras vermelhas.
220
Alguns músculos têm maior distribuição de fibras tônicas e outros têm uma maior
distribuição de fibras fásicas.
Diferenciação e especialização dos músculos – Ex.: Músculos posturais mais
fibras do tipo I (porque tem que ficar mais tempo contraindo para a postura). Bíceps
braquial mais fibras do tipo II.
Podem ser usados para recrutar seletivamente diferentes tipos de fibra nos
músculos através de controle de:
1. Intensidade;
2. Duração;
3. Velocidade do exercício.
O fisioterapeuta vai elaborar um programa de acordo com as necessidades
específicas de cada paciente.
PRECAUÇÕES
MANOBRA DE VALSALVA
221
medula por intermédio do 9º e 10º nervos cranianos para o cérebro, inibindo a atividade
parassimpática e promovendo a ação do sistema nervoso simpático. Como um mecanismo
de sobrevivência, o cérebro exige um aumento do batimento cardíaco e da pressão
sanguínea para manter adequada a perfusão (bombeamento de um líquido através de um
órgão).
Essa manobra precisa ser evitada durante os exercícios resistidos;
Precisa ter uma atenção especial com paciente com história de problemas
cardiovasculares, idosos, cirurgia abdominal ou herniação da parede do abdômen;
Exercícios isométricos ou resistidos pesados ( PA é proporcional à % força
voluntária máxima exercida).
Exemplos de manobra de valsalva: evacuação, tosse.
FADIGA
Obs.: 1. A qualidade do movimento não é tão boa quando o músculo está fadigado
2. Fadiga além do exercício: desnutrição; estresse; baixa qualidade de sono.
RECUPERAÇÃO DO EXERCÍCIO
Recuperação da fadiga;
3 a 4 minutos (exercícios vigorosos);
Retorno a 90-95% da capacidade pré-exercício;
222
OSTEOPOROSE
Dor muscular imediata: durante ou logo após o exercício árduo até o ponto de
fadiga (perda de fluxo sanguíneo e oxigênio adequados e acúmulo temporário de
metabólitos – ácido lático e potássio; decresce rapidamente após o exercício);
Dor muscular tardia: pico 12-24h após exercício; exercícios vigorosos e não
habituais – hipersensibilidade muscular e rigidez temporária. Gradualmente se
intensifica.
CONTRA-INDICAÇÃO
223
Dor (de causa desconhecida): articular ou muscular grave durante o exercício
resistido ou +24h após exercício, a atividade deve ser eliminada. Avaliação cuidadosa da
causa da dor.
ESPECIFICIDADE DE TREINAMENTO
EXERCÍCIO ISOTÔNICO
224
EXERCÍCIO ISOCINÉTICO
EXERCÍCIO EXCÊNTRICO
Sobrecarga muscular dinâmica que desenvolve tensão e ocorre alongamento muscular
enquanto uma força externa é aplicada ao músculo;
Trabalho negativo (desaceleração) – atividades funcionais;
Fonte de absorção de chove durante atividades funcionais em CCF;
Mais eficientes que as contrações concêntricas (menos unidades motoras precisam disparar
para controlar a mesma carga);
Exercício excêntrico de alta velocidade contra resistência substancial;
Treino pliométrico: treino de potência. Combinação de: ex. resistido, alta velocidade,
contra resistência substancial.
Preparação para esportes de alta intensidade (desacelerar ou mudanças bruscas de direção);
EXERCÍCIO ISOMÉTRICO
225
Obs.: 1. Exercício isométrico por muito tempo: pode haver uma obstrução (oclusão) dos
vasos sanguíneos das fibras;
Obs.: ADM incompleta – exercício que pode ser trabalhado é o isométrico. Já com uma
ADM completa aplica-se o exercício isotônico. Numa fase mais tardia da terapia, aplica-
se mais o exercício isotônico na fase excêntrica.
RESISTÊNCIA MECÂNICA
226
1. Intensidade do exercício e número de repetições;
2. Turnos e frequência de exercícios;
3. Duração do exercício;
4. Velocidade do exercício;
5. Modo de exercício;
6. ADM (arco curto x arco completa);
7. Posição do paciente (CCA-CCF).
227
Obs.: destreinamento – rápido em comparação em força muscular. Em média 3 semanas.
DURAÇÃO DO EXERCÍCIO
VELOCIDADE DO EXERCÍCIO
MODO DE EXERCÍCIO
228
AMPLITUDE DE MOVIMENTO
CCA e CCF
ALGUMAS ANOTAÇÕES
ALIAR:
EXERCÍCIO + NUTRIÇÃO + SONO
229
Hipertrofia – Aumento no volume (aumento da célula);
Hiperplasia (infância/adolescência) – Aumento no número (aumento na
quantidade de célula);
Overtraining – excesso de treinamento.
Propriocepção
Propriocepção é reconhecer o corpo no espaço;
Segundo Segal & Wolf, a propriocepção é a “Aferência dada ao SNC pelos
diversos tipos de receptores sensoriais presentes em diferentes estruturas. ”
1º- Dor;
2º - Fortalecimento/alongamento;
3º - Proprioceptivo.
Obs.: Grávida – com o aumento do abdômen, altera o centro de massa e o corpo vai se
adaptando.
230
Sensações Combinadas (ou corticais) – Ação dos proprioceptores +
exteroreceptores + áreas somestésicas corticais. Ex.: esterognosia; discriminação de 2
pontos; vibração; cinestesia, etc.
CONSCIENTE
PROPRIOCEPÇÃO INCONSCIENTE
PROPRIOCEPÇÃO CONSCIENTE
É conhecimento dos movimentos e das posições relativas das partes do corpo.
Propriocepção consciente:
1. Cinestesia – sensação do movimento;
2. Artroestesia – sensação da posição articular.
Avaliação da Propriocepção Consciente (Cinestesia): O membro ou articulação
a ser avaliado é movimentado passivamente através da ADM. Pede-se ao paciente que
indique verbalmente a direção do movimento, enquanto o membro está se deslocando
(exemplo: para cima, para baixo, etc).
231
Avaliação da Propriocepção Consciente (Artroestesia): O membro ou
articulação a ser avaliado é movimentado passivamente através da ADM e mantido em
uma posição estática. Pede-se ao paciente que descreva verbalmente a posição ou simule
a posição com a articulação ou membro do lado oposto.
232
VIAS DE TRANSMISSÃO DA PROPRIOCEPÇÃO INCONSCIENTE
233
Psicoemocionais.
Obs.: Para que um indivíduo tenha um bom movimento, ela precisa de um bom equilíbrio,
uma boa postura e um bom tônus.
LESÃO
Restaurar/Melhorar a função;
Alterar experiências de percepção;
Promover proteção articular;
Pré-requisitos: diminuição ou ausência de dor, sem edema, força e resistência,
amplitude de movimento e flexibilidade.
Regras Básicas:
1. Solo estável Solo instável;
2. Bipodal unipodal;
3. Olhos Abertos Olhos Fechados;
234
4. Estático Dinâmico.
Fases do treinamento sensório motor:
1. Fase de não descarga de peso: massagens, mobilizações passivas,
eletroestimulação muscular, hidroterapia.
2. Fase fixa (solo estável): marcha na piscina, reeducação postural.
3. Fase instável (solo instável): treino de equilíbrio.
4. Fase funcional: corridas, saltos, circuitos, pliometria,
aceleração/desaceleração, facilitação neuromuscular proprioceptiva (método Kabat),
gestual desportivo.
Recursos para treino proprioceptivo: Disco flexível, balancim, pranchas de
equilíbrio retangular e redonda, bolas terapêuticas, cama elástica, travesseiros,
colchonetes, blocos de espuma, over ball.
PLIOMETRIA
235
BANDAGENS
Obs.: O paciente teve um entorse de tornozelo com lesão do talufibular anterior, então
tem que posicionar a bandagem de tal forma que diminua a pressão sobre o ligamento ou
que ela esteja posicionada da mesma maneira que o ligamento.
236
MOBILIZAÇÃO ARTICULAR
A união de todos esses fatores fará com que haja uma melhora da função articular,
fazendo com que as estruturas que compõem a articulação funcionem de maneira
harmônica;
Cada articulação do corpo tem uma posição em que o movimento acessório é
possibilitado de realizar sua amplitude máxima. Essa posição é denominada posição de
repouso.
Posição de repouso: É necessário conhecê-la, pois tanto a avaliação, quanto o
tratamento através de mobilização articular ocorrerão nessa posição.
Quando a articulação é colocada em posição loose-packed significa dizer que as
superfícies articulares estão separadas ao máximo, em sua posição de repouso, nesse caso
a articulação apresentará maior amplitude de movimento acessório.
Quando a articulação está em posição closed-packed significa dizer que está
ocorrendo o contato máximo entre as superfícies articulares, com a cápsula e os
ligamentos tensos e encurtados. Contudo, a posição loose-packed é considerada a melhor
posição para realizar a mobilização articular.
As técnicas de mobilização articular são eficazes para recuperar a mobilidade
articular e reduzir a dor, pois a restauração dos movimentos acessórios permite
restabelecer a amplitude normal do movimento.
Além disso, elas podem ser utilizadas com vários objetivos, como:
237
3. efeitos reflexogênicos que facilitam o tônus muscular
4. efeitos proprioceptivos que melhoram a consciência postural e cinestésica.
238
b) Grau II – Realizado no meio do arco de movimento, com movimentos de maior
amplitude. Indicado quando a dor aparece no meio da amplitude de movimento e quando
o espasmo limita o movimento em uma oscilação mais rápida. Neste grau, além de ativar
as comportas medulares,ocorre a facilitação do retorno venoso e linfático, promovendo
clearance articular.
c) Grau III – Movimentos de grande amplitude até a barreira patológica, com o objetivo
de gerar estresse no tecido encurtado por aderências. Utilizada quando a dor e o espasmo
limitam o movimento próximo ao final do arco de movimento;
239
A articulação deve ser estabilizada bem próximo à superfície articular, enquanto
o outro segmento é mobilizado de maneira firme e segura, também próximo a superfície
articular a ser mobilizada.
CONTRA INDICAÇÕES
1. Artrite inflamatória;
2. Neoplasias;
3. Osteoporose, Osteopenia;
4. Doença neurológica;
5. Fratura;
6. Distúrbios vasculares de artéria vertebral.
ALGUMAS ANOTAÇÕES
Mobilização é diferente que manipulação, pois a primeira os movimentos são
lentos, já a segunda os movimentos são rápidos;
Movimento acessório: tração, compressão, rolamento, deslizamento;
Movimento fisiológico (é o conjunto de movimento acessório): abdução,
adução, flexão, extensão, rotação interna e externa;
Os movimentos acessórios se diferem dos movimentos fisiológicos, pois não
podem ser feitos de maneira ativa, só passiva, além disso, esse tipo de movimento é
fundamental para que ocorra o movimento fisiológico;
CLOSED-PACKED: “posição de fechamento” dificulta ou impossibilita a
mobilização da articulação;
LOOSE PACKED: “posição de abertura” facilita a mobilização, pois todos
os tecidos entraram em relaxamento;
A mobilização é caracterizada pelo contato físico. Ela ativa os
mecanosreceptores, por isso há uma analgesia (teoria das comportas);
O objetivo é recuperar a mobilidade articular e reduzir a dor;
Não é realizada mobilização em pessoas que são hipermóveis;
240
A mobilização vai induzir a nutrição da articulação e vai estirar
beneficamente os tecidos rígidos;
Principais complicações hipomóvel – rigidez articular, dor, limitação de
movimento;
Pessoas hipermóveis, em uma visão geral, possuem alteração das fibras de
colágeno;
Para pessoas com HIPERMOBILIDADE, o tratamento adequado é o
fortalecimento muscular, para as fibras serem encurtadas;
A imobilização prolongada pode trazer:
1. Fraqueza muscular;
2. Rigidez articular;
3. Alteração na densidade do osso.
Osso com superfície convexa se move em direção oposta quando está em
contato com uma superfície óssea côncava. REGRA CONCAVO-CONVEXO
Osso com superfície côncava se move na mesma direção quando está em
contato com uma superfície óssea convexa. REGRA CONCAVO-CONVEXO
241
MASSAGEM CLÁSSICA
“Existem diversos tipos de massagens derivadas de diversas técnicas e propostas por
diversos autores, porém todas são derivadas demovimentos primários que fazem parte
da técnica denominada MASSAGEM CLÁSSICA” (Guirro, 2001)
MOVIMENTOS
DESLIZAMENTO SUPERFICIAL
Manobra com pressão suave;
Ritmo lento;
Sentido: não tem sentido;
Mão: acopla toda a mão do terapeuta;
Efeito: dessensibilizadora;
Primeira manobra sempre!!!!!
DESLIZAMENTO PROFUNDO
Pressão: moderada, “forte”;
Ritmo: lento;
Sentido: obedece as fibras musculares, retorno venosos e linfático;
Mão do terapeuta: acopla toda a mão;
Efeito: “mecânico” - move a musculatura para algum lugar. Sobre os vasos,
facilita o retorno venosos e linfático;
FRICÇÃO
Movimentos circulares que podem ser feitos com a região tenar, hipotenar ou
dedos;
242
Serramento: região cubital da mão, movimentos de vai e vem;
Vai e vem: com o dedo indicador sobre o médio, ou o contrário – movimentos
alternados. Nesta manobra o sentido é perpendicular ao da fibra muscular;
Ritmo: lento;
Pressão: moderada a forte;
Sentido: não tem sentido;
Efeitos:
1. Prevenção de cicatrizes;
2. Eliminação de cicatrizes;
3. Eliminar aderências periarticulares;
4. Eliminar exsudatos;
5. Prevenir a formação de tecidos fibróticos;
AMASSAMENTO
S: dedos indicador e polegar ou com a mão toda;
Mãos fechadas – Punhadas: regiões mais amplas (usa a cabeça dos metacarpos e
falanges);
Pressão: moderada;
Ritmo: lento;
Sentido: não tem;
Efeito: promover a maleabilidade do tecido;
ROLAMENTO
Realizado com o polegar e o dedo indicador
Pressão: forte;
Ritmo: Lento;
Sentido: lombar → cervical;
Efeitos: procurar por nódulos musculares e relaxamento; aumenta a maleabilidade
do tecido e diminui aderências;
PERCUSSÃO
Manobras rítmicas, constantes de grande velocidade que estão incidindo
perpendicularmente sobre o tecido muscular;
Pressão: leve e moderada;
Ritmo: rápido e constante;
Sentido: perpendicular as fibras musculares;
Efeito: estimula a contração muscular; ação vasomotora; desprendimento de
secreções pulmonares;
Tipo:
1. Tapotagem: higienização brônquica;
243
2. Cutiladas: região cubital ( ulnar) da mão;
3. Dedilhamento: ponta dos dedos ou falange distal;
Contra-Indicações:
1. Proeminências ósseas;
2. Órgãos superficiais;
3. Fratura de costela;
4. Osteoporose;
VIBRAÇÃO
Pressão: moderada;
Ritmo: constante;Sentido: não tem;
Efeitos: anestesia local por alguns segundos; relaxamento;
Tipos:
1. Vibração manual;
2. Sacudidelas;
3. Vibração com equipamento;
INDICAÇÕES
Relaxamento;
Diminuição de ADM;
Revitalização muscular;
Diminuição de aderências;
Aumento do peristaltismo intestinal;
Estética facial;
Higienização brônquica;
Auxiliar o retorno venoso;
CONTRA-INDICAÇÕES
Inflamação de uma maneira geral;
Queimaduras na fase aguda;
Distúrbios circulatórios;
Tumores benignos e malignos;
Doença de pele;
Hiperestesia da pele;
Gravidez (relativa);
244
Os efeitos provocados pela massagem ainda são muito discutidos.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Efeitos na circulação sangüínea e linfática:
1. Facilitar o retorno venoso;
2. Deslocamento intermitente do líquido nos vasos;
3. Aumento da velocidade do fluxo de troca de substâncias com as células
tissulares;
4. Aumento da irrigação sangüínea periférica
5. Aumento da excreção renal;
6. A massagem profunda também aumenta a circulação sangüínea no
membro contra-lateral não tratado ( achado na literatura);
Efeitos reflexos:
1. Ação da massagem no sistema nervosos central, autonômico e periférico;
2. Aumento na atividade simpática;
245
ISOSTRETCHING
Definição
POSTURAL
A maioria dos exercícios são executados dentro de uma posição vertebral correta, por
alguns segundos, o tempo de uma longa expiração.
GLOBAL OU TOTAL
O corpo todo trabalha à cada exercício, pois musculação e relaxamento são incluídos
em cada postura, dando prioridade da coluna vertebral, região muitas vezes oblíqua na
prática das diversas atividades físicas e que é, no entanto, a causa da maioria de nossos
males.
ERETO
ISOSTRETCHING
PRINCÍPIOS
246
Atenção: observar as regiões distais – expressão das rotações compensatórias,
consequência das posições em tensão e reveladoras de restrições de movimento ou de
mobilidade.
Bloqueia as rotações compensatórias por uma forte contração muscular dos
sistemas antagonistas.
Dualidade: fortalecimento – alongamento.
Toda atividade dentro de uma parte do corpo terá repercussões no todo;
Extremidades- expressão final das compensações corporais.
Procura da qualidade corretiva, e não quantidade de repetições.
Precisão dentro do domínio, na intensidade da contração e do estiramento
muscular.
Limitar os movimentos compensatórios.
BASES DO ISOSTRETCHING
Controle respiratório;
Intenso trabalho
Domínio das sensações;
muscular
Domínio da posição;
GINÁSTICA “ERETA”
Aumenta e desperta a consciência da estática vertebral;
Os paravertebrais se ativam permanentemente em busca de equilíbrio;
247
Atividade proprioceptiva;
Permanência da atitude corrigida,
Contração isométrica de resistência.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Tempo de manutenção da postura: regido pela expiração profunda e prolongada,
cerca de 6 segundos (podendo se estender por 10s ou mais);
Após a expiração: relaxa-se simplesmente a tensão, sem modificar a posição de
base. O relaxamento total se dará no final da série de repetições.
ISOSTRETCHING – PRÁTICA
Cintura pélvica: ponto de referência;
A coluna deverá se alinhar sobre o prolongamento (“enrijecer em vigília”);
Posição: É a descrição da posição principal de partida com tomada de referência.
Correção: É a posição em pré-tensão, por colocação da cintura pélvica,
alinhamento da coluna, verificação das compensações.
Ação:
1. Fixação dos diversos elementos.
2. Expiração profunda e prolongada
3. Depressão das escápulas (fixação isométrica)
4. Autoengrandecimento da coluna vertebral.
Variantes:
1. Modificações dos braços ou das pernas ou uma parte dela assume as variantes.
2. Pode-se usar o bastão e a bola.
3. Alto consumo energético – alternar alongamentos e recuperação.
4. Repetir ao menos 3 vezes (1a. :compreender; 2a.: corrigir; 3a.: executar da
melhor maneira).
Exercícios:
1. Simétricos (evitar rotações);
2. Assimétricos (aumentam restrições e limitações articulares);
3. Bastão (1-1,20m) e bola (1-3 kg) geram provocações suplementares à
distância a fim de posicionar a cintura pélvica e a coluna vertebral.
Trabalho respiratório – expiração e inspiração profunda – desenvolvem
capacidade vital, evita bloqueios respiratórios, pressões sobre o diafragma inferior,
determina o tempo de sustentação da postura.
Depressão escapular é demandada dentro de uma abertura do corpo, pois em geral
todo esforço se traduz pela sua ascensão
248
ALGUMAS ANOTAÇÕES
1. Expiração prolongada (trabalha abdômen);
2. Autoengrandecimento da coluna;
3. Depressão escapular;
4. Contração do abdômen;
5. O isostretching procura corrigir a postura, fortalecendo e alongando os
músculos;
6. “Enrijecer em virgília” significa estar atento, em alerta e manter a postura
do abdômen.
7. Os exercícios podem ser SIMÉTRICOS ou ASSIMÉTRICOS (trabalha a
escoliose)
249
ESTABILIZAÇÃO SEGMENTAR
250
Contração do TA: “cilindro”;
Relação com lombalgia, dor lombar;
Papel fundamental na antecipação (ativa-se previamente à execução de
movimentos gerais e evita perturbações posturais).
ALGUMAS ANOTAÇÕES
1. Posterior – multifidos (sai do sacro até a C2);
Anterior – transverso do abdômen (mais profundo. Faz a manutenção da
pressão intra-abdominal).
Superior – diafragma
2. Os exercícios de estabilização segmentar tem como principal objetivo
fortalecer os músculos estabilizadores.
PRÁTICA
REEDUCAÇÃO DO TA
Posição inicial no aprendizado (manutenção da isometria);
Ensinar ao paciente como localizar e manter as curvas torácica e lombar em
posições normais para os exercícios. Posteriormente, treinar este mesmo exercício em
DD, na postura sentada e em pé.
Palpação do TA: medialmente à EIAS e inferiormente à cicatriz umbilical.
PONTE LATERAL
Joelhos flexionados ou joelhos estendidos;
251
Aumento do recrutamento muscular e aumento de carga na coluna.
TREINAMENTO DO QUADRADO LOMBAR
CONTRAÇÃO DO MULTÍFIDO
Paciente em DV, joelhos estendidos e braços ao longo do corpo. Terapeuta toca com
seus polegares os multífidos do paciente adjacentes ao processo espinhoso.
Solicite que o paciente realize contração leve como se quisesse empurrar os dedos, e
a mantém por 10 segundos. Repete 10x.
CONTRAÇÃO DO MULTÍFIDO
O terapeuta deve sentir a contração no local palpado e verificar a capacidade de
execução de uma contração simétrica e bilateral, assim como a intensidade e a capacidade
de manutenção de forma homogênea, sem compensações.
Stabilizer - aparelho que registra as alterações de pressão numa bolsa de pressão
pneumática e que permite detectar o movimento da coluna e suas compensações durante
o exercício.
CO-CONTRAÇÃO DO MULTÍFIDO E TA
Início: em pé ou sentado.
252
POMPAGEM
253
254
255
256
ELETROTERAPIA
1. O alívio da dor;
2. A facilitação de movimentos;
3. A cicatrização de feridas (exemplo clássico são as escaras);
4. Anti-inflamatório;
5. Ganho de força muscular;
6. Controle motor
Obs.: O calor e o frio promovem o alívio da dor, mas em alguns casos pode haver uma
contraindicação como, por exemplo, na inflamação aguda o calor NÃO pode ser usado.
Exemplos de recursos de eletro (corrente elétrica): TENS e FES;
Exemplos de recursos de termo (temperaturas): infravermelho (calor superficial),
ondas curtas (calor profundo), micro-ondas (calor profundo), crioterapia, ultrassom (pode
ou não produzir calor);
Exemplos de recursos de foto (luz): infravermelho e laser.
Obs.: A estimulação elétrica oferece inúmeros benefícios na aplicação clínica, como:
1. Fortalecimento e reeducação muscular;
2. Controle e alívio da dor;
3. Facilitação da cicatrização de feridas;
4. Reabsorção de edemas e reações inflamatórias pós-lesão ou cirurgias;
5. Intensificação da distribuição transdérmica de medicamentos.
CORRENTE ELÉTRICA
257
Devido à composição de suas camadas orbitais, alguns átomos tendem a doar ou
receber elétrons mais facilmente que outros;
Existem materiais que são facilitadores (chamados de condutores) e dificultadores
(chamados de isolantes).
SUBMULTIPLOS
NOME SÍMBOLO VALOR
Miliampère mA 10-3 A
Microampère µA 10-6 A
Nanoampère nA 10-9 A
Picoampère pA 10-12 A
258
CORRENTES TERAPÊUTICAS
Alguns conceitos:
i i i +
+ +
t t t
Corrente contínua Corrente pulsátil
Corrente alternada
259
INFRAVERMELHO
Obs.: 1. O calor superficial deve atingir 40°C a 45°C na superfície da pele para produzir
efeitos terapêuticos.
3. A quantidade de calor depende de: tempo de fluxo; área pelo qual ele flui;
gradiente de temperatura; condutividade térmica; espessura da camada.
Efeitos sistêmicos:
1. Aumento da temperatura corporal;
2. Aumento da pulsação;
3. Aumento da frequência respiratória;
4. Redução da pressão arterial.
260
1. Vasodilatação;
2. Aumento da taxa do metabolismo celular;
3. Aumento da liberação de leucócitos;
4. Aumento da permeabilidade capilar;
5. Aumento da drenagem venosa e linfática;
6. Formação de edema;
7. Remoção de resíduos metabólicos;
8. Aumento da elasticidade dos ligamentos, cápsulas e músculos;
9. Analgesia e sedação;
10. Redução do tônus muscular;
11. Redução do espasmo muscular;
12. Aumento da transpiração;
13. Diminuição da velocidade de condução nervosa.
Parâmetros:
- Tempo: 15 minutos.
- Distância: 50 a 75 cm.
- Dose: resposta do paciente.
Cuidados e contraindicações:
- Sensibilidade;
- Paciente portador de doença cardiovascular;
- Circulação comprometida;
- Neoplasia;
261
- Testículos;
- Redução do nível de consciência;
- Tecido cicatricial desvitalizado.
Tratamento:
1. Posicionar o paciente com a região a ser tratada exposta;
2. Posicionar o aparelho de infravermelho apontado para a região a ser
tratada;
3. Após o posicionamento do equipamento, liga-lo.
4. O tempo de tratamento é de 15 à 20 minutos.
LASER
O laser é utilizado para o reparo tecidual é para a estética.
Possui característica ATÉRMICA;
262
O laser NÃO afeta na inflamação aguda, ou seja, pode ser utilizado nesta fase
de inflamação;
Efeitos fisiológicos do laser:
1. Aumento da mitose celular;
2. Modulador dos níveis de prostaglandinas;
3. Aumento nos níveis de beta-endorfina;
4. Aumento na permeabilidade da membrana celular;
5. Aumento nos níveis de serotonina;
6. Aumento da circulação e do fluxo linfático local.
EFEITO DOSE
Analgésico 2 a 4 J/cm2
Anti-inflamatório 1 a 3 J/cm2
Cicatrizante 3 a 6 J/cm2
Circulatório 1 a 3 J/cm2
263
Processo inflamatório:
FASE DOSE
Aguda 1 a 3 J/cm2
Subaguda 3 a 4 J/cm2
Crônica 5 a 7 J/cm2
Cuidados:
- Posicionar o emissor a 90° em relação a superfície;
- Evitar direcionar o campo de visão para a terapia;
- Quanto maior o contato entre o emissor e a pele, menor a reflexão.
Contraindicações:
1. Carcinomas ativos;
2. Exposição sobre os olhos;
3. Abdome de gestantes;
4. Áreas hemorrágicas;
5. Feridas infectadas;
6. Pele isenta de cremes ou secreções sebáceas;
7. Evitar salas espelhadas.
Procedimento:
- Colocar o óculos no paciente e terapeuta;
- Ligar o aparelho;
- TYPE: colocar a dosagem;
- Colocar a caneta na regi~]ao a ser tratada;
- Iniciar a terapia.
Obs.: 1. Quando for utilizar o laser para cicatrizar feridas, posicioná-lo ao redor da ferida
e não em cima dela.
ULTRASSOM
Contraindicações:
1. Útero na gravidez;
264
2. Áreas de tromboflebite (inflamação nos vasos sanguíneos);
3. Áreas pré-operatórias;
4. SNC;
5. Coração;
6. Portadores de marcapasso;
7. Cérebro e globo ocular;
8. Gônadas;
9. Infecções agudas (no caso do us contínuo que possui efeito térmico).
10. Áreas tratadas por radioterapia;
11. Tumores malignos;
12. Epífises de crescimento;
13. Estados febris;
14. Perda de sensibilidade (áreas anestésicas).
O regime de emissão do US pode ser:
1. Contínuo – possui um efeito térmico, pois as agitações das moléculas irão
promover aumento de temperatura (aquecimento);
2. Pulsátil (pulsado) – efeito atérmico.
Frequência:
- 1 MHz (atinge tecidos mais profundos);
- 3 MHz (atinge tecidos mais superficiais).
O modo pulsado pode trabalhar de três maneiras: 10% (10% com energia us e
90% sem); 20% (20% com energia us e 80% sem) e 50% (50% com energia us e 50%
sem).
O gel facilita a propagação;
Tratamento sem calor de maneira pulsada, utiliza-se a emissão pulsada de 3MHz.
Pode-se usar o us em inflamação aguda, mas apenas na emissão pulsada que é
ATÉRMICA.
Pode-se usar o us contínuo em músculos encurtados e para a redução de espasmo
muscular.
Efeitos térmicos (us contínuo):
1. Aumento da atividade celular:
2. Aumento da extensibilidade do colágeno;
3. Aumento do limiar de dor;
265
4. Redução do espasmo muscular;
5. Cicatrização tecidual;
Predomínio de efeitos térmicos ou atérmicos?
- Ex. USC: espasmos musculares, dor, rigidez articular, etc.
- Ex. USP: reparo de tecidos moles, tendões, fraturas ósseas, etc.
Intensidade: quanto maios for a intensidade maior será a temperatura tecidual;
A duração da aplicação depende da área a ser tratada, da intensidade de saída e os
objetos desejados. Para efeitos térmicos o tempo tem que ser de 10 a 12 minutos, já para
efeitos atérmicos o tempo tem que ser de 3 a 4 minutos.
Obs.: A área de tratamento não deve ser maior que 2 ou 3 vezes a superfície da ERA do
cabeçote. Se a área for maior que isso, deve-se dividi-la em zonas de tratamento menores.
Procedimento:
- Ligar o equipamento;
- Determinar os parâmetros;
- Colocar o gel no cabeçote;
- Colocar o cabeçote na área a ser tratada;
- Iniciar a terapia;
- Quando a terapia terminar, parar a terapia antes que tirar o cabeçote da região
tratada.
TENS Convencional
Largura de pulso (t) 45 – 75 µ
Frequência (f) 100 – 150 Hz
Tempo de aplicação Horas
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Intensidade Baixa (nível sensorial)
Alívio da dor Rápido (15 minutos)
Duração do alívio 10 minutos a 2 horas
Mecanismo de ação Teoria das comportas
Princípio Analgesia momentânea, durante a aplicação
Tipo de dor Aguda e pós-operatória
TENS Acupuntura
Largura de pulso (t) 2 – 16 µ
Frequência (f) 15 Hz
Tempo de aplicação -
Intensidade Alta (nível motor)
Alívio da dor Lento (30 a 60 minutos)
Duração do alívio 2 – 6 Horas
Mecanismo de ação Liberação de endorfinas
Princípio Analgesia duradoura
Tipo de dor Crônica
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TENS Breve intenso
Largura de pulso (t) 150 – 250 µs
Frequência (f) 100 - 200 Hz
Tempo de aplicação -
Intensidade Muito alta (nível motor, no limite tolerável)
Alívio da dor Rápido
Duração do alívio Pequena (durante a aplicação)
Mecanismo de ação Mecanismo inibitório nócico difuso
Princípio Obtenção rápida e momentânea de analgesia
difusa
Tipo de dor Crônica
Procedimento:
- Ligar o aparelho;
- Ajustar os parâmetros;
- Colocar o gel nos eletrodos;
- Colocar o eletrodo com gel na área da dor;
- Iniciar terapia;
- Aumentar a intensidade de acordo com o paciente.
Contraindicações e precauções:
- Em região de neoplasias ou infecções;
- Sobre o tronco de mulheres grávidas;
- Em proximidade com aparelhos de alta frequência;
- Sobre áreas de excessivo tecido adiposo;
- Em pacientes incapazes de responder com clareza suas sensações
268
5. Disfunções uro-ginecológicas;
6. Programas de substituição ortótica:
- Ortostatismo e marcha em lesões medulares;
- Dorsiflexão assistida do pé e tornozelo;
- Sub-luxação do ombro;
- Controle da escoliose.
7. Hemiplegia:
- AVC;
- Sensibilidade;
- Motricidade;
- Alteração do tônus
8. Pé caído;
Parâmetros:
PARÂMETROS - FES
Largura de pulso (t) 20 µs a 1 ms
Frequência (f) 35 – 75 Hz
Sustentação : Repouso (Ton : Toff) 1:3
Tempo de subida 1 a 5s
Tempo de descida 1 a 5s
Aplicações clínicas:
ADM e contraturas
Frequência (f) Maior que 20 Hz
Sustentação : Repouso (Ton : Toff) 1/2
Tempo de subida Lento
Tempo de descida 1 a 5s
Intensidade Deslocamento articular
Colocação de eletrodos Sobre o ponto motor e longitudinalmente
Fortalecimento muscular
Duração da sessão 30 à 60 minutos
269
Sustentação : Repouso (Ton : Toff) 1:3 (4-6/12-18)
Facilitação neuromuscular
Objetivo Consciência do movimento e
reaprendizagem motora
Sustentação : Repouso (Ton : Toff) 1:3
Tempo de subida Rápido
Duração da sessão Máximo 15 minutos
Contraindicações e precauções
1. Região torácica;
2. Portadores de marca-passo;
3. Pacientes hipo ou hipertensos;
4. Áreas com distúrbio vascular periférico;
5. Neoplasias ou infecções;
6. Tronco de gestantes;
7. Diatermia (manter distância desses equipamentos);
8. Pacientes obesos;
9. Alterações cognitivas
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QUESTÕES
1. A ginasta R.R após uma apresentação sentiu dores fortes no ombro. Foi
orientada pelo colega de profissão a realizar alongamento, pois isto certamente seria
causado por um desequilíbrio muscular. No entanto, tal recomendação não resolveu
o seu problema. Após isto, procurou um fisioterapeuta que realizou uma avaliação
e obteve as seguintes informações:
Teste de Hawkins Kennedy positivo;
TUC de flexores e rotadores internos de ombro com dor;
Elevação ativa do braço no plano escapular com P1=70º e P2=120°;
Dor na palpação no sulco intertubercular, processo coracóide,
tubérculo maior e menor.
Responda:
a) Quais provas de função muscular devem ser realizadas?
As provas de função muscular que devem ser realizadas são as provas
musculares dos flexores de ombro (deltóide anterior, coracobraquial, peitoral maior,
cabeça longa do bíceps) e rotadores internos do ombro (subscapular, peitoral maior, fibras
anteriores do deltóide);
b) Cite a possível causa que pode levar ao arco doloroso encontrado na
movimentação ativa. Explique.
Algumas possíveis causas são:
1. Alteração da mobilidade dos movimentos passivos acessórios locais (as
articulações escápulo-torácica, acrômio-clavicular e esterno-clavicular não estão
contribuindo de forma adequada para a movimentação ativa total e isso pode gerar uma
compressão subacromial). Se pensar na movimentação da clavícula, é importante que ela
tenha toda a sua rotação durante a elevação. Na articulação escápulo-torácica, que a
escápula tenha todo o movimento de sino (movimento resultante do deslizamento lateral,
queda e posteriorização da escápula).
2. Controle da escápula pelos músculos ao redor da escápula. Será que o
serrátil anterior está produzindo toda abdução da escápula? Será que o trapézio fibras
superiores não está elevando de forma exagerada a escápula? Será que não tem uma
discinese escapular (alteração no movimento da escápula).
3. Alteração estrutural, como o acrômio ganchoso.
4. Desequilíbrio muscular de rotadores internos e externos, principalmente
em atletas de arremesso, pode gerar do ombro. Os rotadores internos são naturalmente
mais fortes que os externos, mas não podem ser muito mais forte. Ou seja, a fraqueza de
rotadores externos é o problema em arremessadores. Então tem que trabalhar força dos
rotadores externos, para que desacelerem o movimento de forma adequada. (Essa causa
não é muito adequada para esse caso, pois acontece mais em arremessadores, porém pode
ser uma causa)
c) Quais as estruturas que podem estar acometidas?
Tendão do supraespinhoso (em função do teste de Hawkins Kennedy positivo
e palpação do tubérculo maior com dor), subescapular, infra-escapular, redondo menor
(por causa da presença de dor a palpação do tubérculo menor e maior), peitoral menor ou
coracobraquial (por causa da presença de dor a palpação no processo coracóide), cabeça
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longa do bíceps (pois passa pelo sulco intertubercular e teve a presença de dor a palpação
nessa estrutura).
Comentários:
- Teste de Hawkins Kennedy aponta processo inflamatório no tendão do supra
espinhoso. Pode ser positivo também para os demais tendões do manguito rotador.
- Se algum TUC deu positivo para dor, deve ser feito a prova de função muscular de
cada músculo do grupo muscular. No caso desse caso clínico teria que fazer a prova de
força muscular de cada flexor e rotador interno de ombro.
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3. Um tenista de 20 anos apresenta epicondilite lateral, encontra-se em
tratamento fisioterapêutico. Atualmente o processo inflamatório é baixo, mas há
considerável hipotrofia muscular. Além disso, o atleta sempre sofre com recidivas.
Diante do quadro defina o plano de tratamento para o seu atleta.
O grau de inflamação é baixo, mas o paciente tem uma hipotrofia importante,
então tem que fazer o treino de força muscular com esse atleta. Treino para extensores de
punho, começando com contrações concêntricas e evoluindo para contrações excêntricas
(ao treinar as contrações excêntricas a longo prazo, traz um efeito positivo para a
diminuição das recidivas. Muitas vezes as recidivas ocorrem pela fadiga da musculatura,
não conseguindo conter o excesso de contrações locais, principalmente as contrações
excêntricas).
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irritabilidade do tecido é baixo após o repouso, mas alto durante os treinamentos.
Em relação ao caso responda:
a. Qual o diagnóstico do paciente?
7. Após uma queda de seu cavalo, Mário Adriano teve uma luxação gleno-
umeral. Esta não foi a primeira luxação, segundo o paciente ele já passou por cinco
luxações anteriores. Após a redução foi orientado a procurar um fisioterapeuta para
início do tratamento. Este deseja voltar rapidamente ao esporte. Em relação ao caso,
responda:
a. Qual plano de treino de força muscular você adotaria para seu atleta. Por
quê?
b. Após 5 luxações, quais lesões associadas (ou seja, outras lesões) o atleta
pode apresentar?
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