DO EXERCÍCIO: BIOENERGÉTICA,
CARDIORRESPIRATÓRIO E GASTO
ENERGÉTICO
AUTORES
GUSTAVO ALLEGRETTI JOÃO
AYLTON FIGUEIRA JUNIOR
OS PRIMEIROS PASSOS EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO:
BIOENERGÉTICA, CARDIORRESPIRATÓRIO E GASTO
ENERGÉTICO
Conselho Regional de Educação Física
da 4a Região – CREF4/SP
Conselheiros
Ailton Mendes da Silva
Antonio Lourival Lourenço
Bruno Alessandro Alves Galati
Claudio Roberto de Castilho
Erica Beatriz Lemes Pimentel Verderi
Humberto Aparecido Panzetti
João Francisco Rodrigues de Godoy
Jose Medalha
Luiz Carlos Carnevali Junior
Luiz Carlos Delphino de Azevedo Junior
Marcelo Vasques Casati
Marcio Rogerio da Silva
Marco Antonio Olivatto
Margareth Anderáos
Maria Conceição Aparecida Conti
Mário Augusto Charro
Miguel de Arruda
Nelson Leme da Silva Junior
Paulo Rogerio de Oliveira Sabioni
Pedro Roberto Pereira de Souza
Rialdo Tavares
Rodrigo Nuno Peiró Correia
Saturno Aprigio de Souza
Tadeu Corrêa
Valquíria Aparecida de Lima
Vlademir Fernandes
Wagner Oliveira do Espirito Santo
Waldecir Paula Lima
Gustavo Allegretti João
Aylton Figueira Junior
OS PRIMEIROS PASSOS
EM FISIOLOGIA DO EXERCÍCIO:
BIOENERGÉTICA, CARDIORRESPIRATÓRIO
E GASTO ENERGÉTICO
2019
Comissão Especial da Coleção Literária 20 anos
da Instalação do CREF4/SP
Responsáveis, junto a diretoria do CREF4/SP, pela avaliação, aprovação e revisão
técnica dos livros
Prof. Dr. Alexandre Janotta Drigo (Presidente)
Profa. Ms. Érica Beatriz Lemes Pimentel Verderi
Prof. Dr. Miguel de Arruda
Editora Revisão
Malorgio Studio Cecília Hamm
Apresentação ..............................................................................................................7
5
Avaliação do VO2 máximo ...................................................................................61
Limiar aeróbico e anaeróbico...........................................................................62
Avaliação do VO2 máximo sem teste de esforço físico ...............................63
Avaliação do VO2 máximo com testes de campo ........................................66
Avaliação do VO2 máximo (preditor) com testes com ergômetros
(máximos e submáximos) .............................................................................68
Protocolo de ellestad estimativa do consumo de oxigênio ...............................69
Protocolo de velocidade do consumo de oxigênio máximo .............................69
Protocolo de ãstrand ........................................................................................70
Prescrição do exercício utilizando os valores do teste de esforço ..............73
7
Por isso insistimos em comemorar, agora os 20 anos do CREF4-SP, ofere-
cendo aos Profissionais de Educação Física, aos estudantes, às instituições de
formação superior, bibliotecas e à sociedade uma nova Coleção Literária com-
posta de 20 obras, uma para cada ano do aniversário. Buscamos permanecer
“orientando o exercício profissional, agindo com excelência, justiça e ética”,
uma das missões de nosso Conselho.
Enquanto Presidente do Conselho Regional de Educação Física da 4ª
Região (CREF4/SP) apresento a Coleção Literária em Comemoração aos 20 Anos da
Instalação do CREF/SP, composta por livros que procuraram acolher as neces-
sidades do campo profissional, atendendo o quesito de diversificação de con-
textos e de autores, priorizando temas inéditos em relação ao que vem sendo
produzido por este Conselho.
O faço na esperança de que os Profissionais de Educação Física leitores
dessas obras demostrem o mesmo empenho e amor pela profissão que seus
próprios autores dedicaram, oferecendo seu tempo e cedendo os direitos au-
torais dessa edição, tanto em relação ao livro físico quanto à versão digital de
forma voluntária. Com esse gesto entram em conformidade com os pioneiros
do CREF4/SP que assim o fizeram, e de certa forma ainda fazem, afinal não é
por acaso que nosso lema atual é: “Somos nós, fortalecendo a profissão!”
Parabéns para nós Profissionais de Educação Física do Estado de São Paulo.
9
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
objetivo é reduzir o seu peso corporal e sua meta (a ser alcançada) será de,
por exemplo, 10 kg. Dessa forma, devemos manipular de forma correta as
variáveis de volume e intensidade para alcançarmos a meta do indivíduo e,
consequentemente, seus objetivos.
Parece fácil realizar a prescrição do exercício agora que sabemos a meta e o
objetivo do indivíduo, mas qual exercício o indivíduo deve realizar para alcançar
mais rápido sua meta? A resposta é bem simples: todos os exercícios podem ser
prescritos para alcançar essa meta. O motivo para essa resposta ser bem simples
está no fato que todos os exercícios podem ser prescritos, pois o importante nesse
momento não é o tipo de exercício associado ao metabolismo, a execução me-
cânica do movimento e/ou aos benefícios musculares que os exercícios podem
acarretar. Todos os exercícios podem ser prescritos, pois o que os diferenciam
na prescrição será a dose-resposta, e não o tipo do exercício. A dose-resposta
do exercício pode ser definida como a manipulação das variáveis (volume, fre-
quência e intensidade) para um determinado objetivo e meta (LOPES et al., 2017;
SCHOENFELD et al., 2014; SCHOENFELD; OGBORN; KRIEGER, 2017).
Portanto, quando um indivíduo vai ao médico e se queixa de dor de gar-
ganta, o médico examina e prescreve o tratamento, por exemplo, 75mg de an-
ti-inflamatório de 8h em 8h durante 7 dias. O médico acabou de realizar uma
prescrição de dose e reposta a uma enfermidade, para a qual 75mg representa
a intensidade do medicamento, 8h em 8h a frequência e 7 dias a duração do
tratamento, ou seja, intensidade, frequência e volume.
No caso do Profissional de Educação Física, quando um indivíduo está aci-
ma do peso corporal devemos então prescrever exercício, mas o exercício em
si não é o fator determinante para alcançar os objetivos e as metas. O fator de-
terminante será a dose e a resposta que será aplicada àquele indivíduo. Nesse
contexto, os exercícios podem ser diferentes em relação à sua execução, ao ma-
terial utilizado e até ao seu objetivo e meta, mas, por outro lado, podem exigir
demandas fisiológicas iguais.
Por exemplo, esteira (andar ou correr), bicicleta ou elíptico, são exercícios
com características de movimentos diferentes, mas geram ajustes fisiológicos
semelhantes caso sejam realizados com a mesma dose e para os mesmos objeti-
vos e metas. Portanto, quando falamos em exercícios devemos levar em consi-
deração suas variáveis de volume, frequência e intensidade.
Dessa forma, um indivíduo pode emagrecer realizando frequência de
treinamento de 2 vezes na semana, andando na esteira à 6 km/h durante 1
hora, mas também pode realizar a mesma frequência semanal de 2 vezes por
semana, mas ao invés de andar ele correrá à 12 km/h durante 30 minutos. A
pergunta será: qual dessas prescrições podem levar o indivíduo a alcançar
10
Fisiologia do exercício
11
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
12
Metabolismos:
aeróbico e anaeróbico
Vias metabólicas
Para melhor compreendermos o metabolismo, devemos compreender prin-
cípios básicos da bioenergética e das vias metabólicas.
Em repouso, em atividade, durante o sono ou acordado é preciso ener-
gia para manter as funções corporais. No entanto, quando praticamos ati-
vidades físicas, os músculos precisam de energia para gerar a força que
produz os movimentos corporais. Dessa forma, os nutrientes orgânicos con-
sumidos na forma de alimentos constituem as principais fontes de energia
(combustível) que abastecem o corpo humano. As fontes de energia consu-
midas na forma de alimentos (nutrientes) são convertidas em substratos,
possibilitando assim que o organismo absorva compostos orgânicos e que
as células do nosso corpo os transformem em energia química por meio
das vias metabólicas, que será utilizada pelo nosso corpo para manutenção
do metabolismo ou gerar energia necessária para qualquer atividade física
(MACDOUGALL et al., 1998; PARRA et al., 2000; GASTIN, 2001; ROBERGS
et al., 2004; HUG et al., 2005; BURGOMASTER et al., 2006; CHANCE et al.,
2006; VOLP et al., 2011).
O processo químico de conversão do alimento em energia é denomina-
do em bioenergética. Esse processo é similar em muitos aspectos ao uso de
qualquer fonte de energia como por exemplo carvão ou gasolina para forne-
cer energia a uma máquina em funcionamento. No corpo humano, quando os
substratos energéticos (glicose, ácido graxo e aminoácido) dos macronutrientes
(carboidrato, gordura e proteínas) são quebrados, liberam energia contidas em
suas ligações químicas tornando-a em energia mecânica, resultando nas con-
trações musculares (GASTIN, 2001; ROBERGS et al., 2004; HUG et al., 2005;
BURGOMASTER et al., 2006; CHANCE et al., 2006; VOLP et al., 2011).
13
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
14
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
Figura 1
Sistema Fosfagênio (ATP-CP)
15
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 2
Cascata metabolica via Glicolíca
16
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
17
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 3
Ciclo de krebs
Essa energia contida nos NADH e FADH serão atraídas pelo oxigênio
dentro da matriz mitocondrial e liberadas entre as membranas interna e
externa da mitocôndria por meio do complexo ubiquinona I, II, III, IV, car-
regador fosfato e enzima ATP sintetase (em alguns livros ATP sintetase).
O NADH e o FADH liberam sua energia e com isso a enzima ATP sinteta-
se será acionada ressintetizando o ADP ao juntar 1 fosfato inorgânico (Pi).
Cada NADH pode ressintetizar aproximadamente 2,5 ATPs e o FADH 1,5.
Dessa forma, o saldo total de ATPs ressintetizado por meio metabolismo
aeróbico será de aproximadamente 32 ATPs (Figura 4) (BURGOMASTER et
al., 2006; CHANCE et al., 2006; FURBER et al., 2017; GASTIN, 2001; GRASSI,
2005; HUG et al., 2005; JUEL, 2003; KAPLAN, 2001; LEBLANC et al., 2004;
ROBERGS, 2004).
18
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
Figura 4
Local onde ocorre a cadeia respiratório e onde estão localizados
os complexos ubiquinona e a enzima ATP sintetase
(a) (b)
Fonte: POWERS; EDWARD (2014).
19
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 5
Formação e remoção de lactato
Carboidratos
Podemos notar que até o momento a ressíntese de ATP foi realizada por
meio do carboidrato que tem como substrato energético a glicose (C6-H12-O6).
Os carboidratos são encontrados em três formas: monossacarídeos, dissacarí-
deos e polissacarídeos. Os monossacarídeos são as formas mais simples de
açúcares, por exemplo, glicose, frutose, galactose. Os dissacarídeos correspon-
dem à associação de dois monossacarídeos, por exemplo, glicose + glicose =
maltose, frutose + glicose = sacarose (açúcar de mesa). A principal diferença
entre o monossacarídeo e o dissacarídeo está no fato que o dissacarídeo deve
ser degradado antes de ser absorvido pelo organismo. Os polissacarídeos são
compostos por 3 ou mais monossacarídeos, como, por exemplo, amido, graus,
fibras, celulose. (ARAGON; SCHOENFELD, 2013; ASCENSÃO et al., 2003;
GRASSI, 2005; KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016).
A absorção de cada grupo de carboidrato é diferente e alteram a velocida-
de da sua biodisponibilidade. Os monossacarídeos, embora o trato digestivo
possa assimilá-los após sua a absorção, na maioria das vezes são convertidos
20
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
Figura 6
Utilização da glicose e do glicogênio muscular
21
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
22
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
Gordura
Outros macronutrientes podem fornecer energia para os processos me-
tabólicos, como, por exemplo, a gordura e seu substrato energético chama-
do de triacilglicerol, e a proteína por meio dos aminos ácidos (ARAGON;
SCHOENFELD, 2013; KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016; MCARDLE;
KATCH; KATCH, 2016; ROBERGS, 2004).
A gordura pode ser armazenada no corpo por meio do tecido adiposo (adi-
pócitos). A grande vantagem da gordura em comparação aos outros macronu-
trientes está no fato do seu grande fornecimento de energia. Outra vantagem
é que a gordura é hidrofóbica, portanto, não carrega água em sua molécula
tornando-a mais leve. Dessa forma, 0,450 kg exigiria 2,7 kg de glicogênio para
fornecer a mesma quantidade de energia (ARAGON; SCHOENFELD, 2013;
KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016).
A gordura pode ser classificada em saturada, de origem animal (o que
pode aumentar o colesterol ruim - LDL). Ela contém quantidade máxima
de hidrogênios, e não apresenta ligações duplas entre os carbonos. Também
pode ser classificada em insaturada, de origem vegetal (pode diminuir o co-
lesterol ruim - LDL). Não apresenta a quantidade máxima de hidrogênios e
apresenta pelo menos 1 ligação dupla entre os carbonos, sendo suas subclas-
sificações: monoinsaturados, que apresentam pelo menos 1 ligação dupla, e
poli-insaturados, com mais de 1 ligação dupla entre os carbonos (ACHTEN;
JEUKENDRUP, 2004; ARAGON; SCHOENFELD, 2013; ASCENSÃO et al.,
2003; SILVA, 2014)..
Quando os estoques de glicogênio hepático e muscular estão baixos, o
organismo utilizará os estoques de gordura armazenadas nos adipócitos. Por
meio do hormônio sensível lipase, ocorrerá a lipólise (catabolismo), a quebra
do triacilglicerol liberando ácidos graxos livres. Cada molécula de triacilgli-
cerol carrega 3 moléculas de acil (ácido graxo) unidos por um glicerol. Ao
sensibilizar ocorrerá a separação dessas moléculas. O glicerol é facilmente
convertido em di-hidroxiacetona fosfato, que é a reação intermediária da
glicólise. Dessa forma, o glicerol, após ser convertido em di-hidroxiacetona
fosfato pode ser metabolizada pelo organismo em glicose ou piruvato e se-
guir para a cadeia respiratória.
23
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 7
Destino metabolico do glicerol após à desassociação da
molecula de triacilglicerol
Figura 8
Via metabolica glicolitica: di-hidroxiacetona fosfato
24
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
Já o ácido graxo deverá ser beta oxidado. A beta oxidação é o nome do processo
metabólico que é dado para a metabolização da gordura transformando em
energia. O ácido graxo, uma vez livre, é direcionado para dentro da mitocôndria.
No entanto, ele não é capaz de atravessar a camada bilipídica da membrana
mitocondrial. A enzima carnitina acil transferase auxilia a passagem do ácido gra-
xo para dentro da matriz mitocondrial (Figura 9) (SAMPSON; GROELLER, 2016).
Uma vez dentro da matriz mitocondrial o ácido graxo será oxidado, retirada a
cadeia carbônica de 2 em 2 e formado 1 acetil-CoA, 1 NADH e 1 FADH. Por exem-
plo, o ácido palmítico contém 16 carbonos (C16-H32-O2), ao ser separado de 2 em 2
pela beta oxidação teremos 7 voltas na beta oxidação e a produção de 8 acetil-CoA,
7 NADH e 7 FADH. Cada acetil-CoA da beta oxidação, seguirá para o ciclo de
Krebs, que produzirá mais 3 NADH, 1 FADH e 1 ATP por acetil-CoA. Portanto, os
8 acetil-CoA produzidos do ácido palmítico produzirão um total de 31 NADH, 15
FADH, 8 ATPs. Cada NADH vale 2,5 ATPs, FADH 1,5, ou seja, teremos ao final da
beta oxidação aproximadamente 108 ATPs a partir uma 1 molécula de ácido graxo
(ACHTEN; JEUKENDRUP, 2004; ARAGON; SCHOENFELD, 2013; ASCENSÃO
et al., 2003; ROBERGS, 2004; SILVA, 2014).
Figura 9
Carnitina Acil transfere-se auxiliando a entrada do ácido graxo
na matriz mitocondrial
25
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Proteínas
Além da gordura e do carboidrato, e proteína também fornece energia
quando depletada para gerar ATP. A proteína pode ser encontrada em alimen-
tos de origem animal, por exemplo, carne e de origem vegetal, como soja, grão-
-de-bico, entre outros.
A proteína não é armazenada no organismo para posteriormente ser utiliza-
da como energia semelhante ao carboidrato (glicogênio hepático e muscular) e a
gordura (tecido adiposo). Por outro lado, temos proteínas encontradas no tecido
muscular que podem e serão utilizadas (proteólise muscular) como fonte de ener-
gia quando outros estoques de energia, por exemplo, a glicose estiverem baixos. O
organismo utilizará aminoácido para fornecer energia nos seguintes casos:
26
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
Figura 10
Aminoácido Alanina
Cadeia Lateral
H
H C H Cadeia Ácido
Cadeia Amina O
H N C C O H
H H
Fonte: adaptado de (KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016).
27
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 11
Exemplo de transaminação que ocorre no músculo
28
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
Figura 12
Ciclo Alanina-glicose exemplo de desaminação que ocorre no fígado
Glicose
Fígado
Glicose Glicogênio
Glicogênio Glicose
Piruvato
NH2
Piruvato
Uréia NH2
Alanina
Aminoácidos
Músculo
Alanina
Alanina
29
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 13
Transaminação e desaminação associado ao ciclo de Krebs
AA ∂-cetoglutarato
NH2 Ureia
Desaminação (perda do grupo amina)
Ox
Citrato
alo
ac
to
et
ita
ato
on
Ac
-
cis
Ma
aspartato lato
Isocitrato
arginasuccinato ∂-c
o
arat eto
Fum glut
ara
to
Succin
ato
cin
il-CoA
Suc
30
Metabolismos: aeróbico e anaeróbico
31
Fisiologia cardiorrespiratória
aplicada ao esforço
O que é VO 2?
Os sistemas cardíaco, respiratório e circulatório trabalham de forma inte-
grada para fornecer oxigênio ao nosso corpo (músculos e órgãos) adequada-
mente durante o esforço ou repouso.
A sigla VO2 representa o volume de oxigênio consumido durante o re-
pouso ou esforço. O consumo de oxigênio nada mais é do que a utilização do
oxigênio pelas mitocôndrias na célula para a produção de energia conforme
discutido no capítulo II. Vale relembrar que todas as células do corpo humano
são dependentes da presença do O2 para a produção de energia por meio da
cadeia respiratória que chamamos de metabolismo aeróbico (ALMEIDA et al.,
2011a; DENADAI, 1995a, 1995b, 1996).
Dessa forma, podemos definir o VO2 como a capacidade de captar pelos
alvéolos pulmonares, realizar a hematose, transportar o oxigênio pelo san-
gue e utilizar (consumir) nas mitocôndrias por unidade de tempo. Portanto,
para que o oxigênio chegue, por exemplo nos músculos, será necessário o
trabalho em conjunto de três sistemas (cardíaco, respiratório e circulatório).
Além disso, um bom metabolismo muscular será necessário para a utili-
zação do oxigênio de forma eficiente (ALMEIDA et al., 2011a; DENADAI,
1995a, 1995b, 1996).
Logo, o sistema cardiovascular realizará a bombeamento e a circulação do
sangue oxigenado chamado de sangue arterial. Já nos músculos, a mioglobina
transporta o oxigênio para dentro das mitocôndrias, onde ocorrerá a produção
de energia por meio da respiração celular (ALMEIDA et al., 2011a; DENADAI,
1995a, 1995b, 1996; SILVA, 2014).
33
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Vale ressaltar que os tecidos que mais consumem oxigênio são cérebro e
músculo, mas para que o oxigênio chegue até eles é necessário o trabalho in-
tegrado dos sistemas supracitados. Além disso, o consumo de oxigênio é uma
capacidade que pode melhorar ou até mesmo piorar ao longo do tempo. Por
exemplo, o processo de envelhecimento reduz a capacidade de consumo de
oxigênio, a perda da massa muscular, o sedentarismo, entre outras caracterís-
ticas, e estes são fatores que podem contribuir para a redução da capacidade
de consumo de oxigênio (DENADAI, 1995a; GRIES et al., 2018). Por outro
lado, por meio de exercício é possível melhorar a capacidade de consumo
de oxigênio utilizando treinamentos de características aeróbicas (corridas na
esteira ou na rua, caminhadas, ciclo ergômetros, dentre outras) e/ou anaeró-
bicas (treinamentos com intervalos de alta intensidade podendo ser realizado
em esteiras, ciclo ergômetro, treinamento de força popularmente chamado de
musculação, dentre outros).
34
Fisiologia cardiorrespiratória aplicada ao esforço
Tabela 1
Exemplo de valores ventilatórios (homem de 70 kg)
Fonte: adaptado de (KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016; MCARDLE; KATCH; KATCH, 2016).
Fique ligado!
• Respiração pode ser respiração pulmonar (ventilação) e respiração celular
(difusão).
Transporte de oxigênio
O O2 é ligado a hemoglobina das hemácias responsável pelo transporte o
O2 pelo sangue. Cada molécula de hemoglobina transporta 4 moléculas de O2
formando a oxiemioglobina. Já a hemoglobina que não se liga ao oxigênio é
chamada de desoxiemoglobina. A diassociação do O2 da hemoglobina pode
ocorrer por diversos fatores como temperatura corporal, aumento da acidose,
entre outros.
Com o pH constante, a hemoglobina apresenta afinidade pelo O2 inversa-
mente à temperatura do sangue. No entanto, durante o exercício ocorre o aumento
dos íons de hidrogênio, que se ligam à hemoglobina e diminuem a capacidade desta de
transportar O2. Esse mecanismo é o que melhor explica o efeito de Bohr (carac-
terizado pelo estímulo à dissociação entre o oxigênio e a hemoglobina).
Dessa forma, quando ocorre incremento da acidose (íons hidrogênio no
sangue), a afinidade da hemoglobina pelo O2 reduz, facilitando a dissociação
do O2 nos músculos durante o exercício, uma vez que o nível de acidez é maior
nos músculos.
No músculo encontramos a mioglobina responsável pelo transporte do
oxigênio no interior celular para dentro da mitocôndria. Grandes quantidades
de mioglobinas são encontradas nas fibras do tipo I.
35
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Fique ligado!
• Hemoglobina das hemácias responsável pelo transporte o O2 pelo sangue.
36
Fisiologia cardiorrespiratória aplicada ao esforço
Fique ligado!
• VO2máx. é a capacidade de realizar exercício de média e longa duração,
dependendo principalmente do metabolismo aeróbico
• VO2máx. Valores relativos composta pelo valor do VO2 associada a outra variável
por exemplo o peso corporal
37
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Tabela 2
Valores de referência VO2máx. relativo
VO2máx. Relativo
(mL/kg/min)
Homens Mulheres
Esquiadores de cross-country 84 72
Corredores de distância 83 62
Sedentários: jovens 45 38
38
Fisiologia cardiorrespiratória aplicada ao esforço
Figura 14
Relação entre o consumo de oxigênio (L/min) e
idade cronológica em crianças
39
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
40
Fisiologia cardiorrespiratória aplicada ao esforço
Fique ligado!
• Fatores determinantes do VO2 máximo = genéticos, idade e sexo, estado de
treinamento. Fatores genéticos.
• O VO2máx. pode incrementar de 4-93%, contudo, valores entre 15-20% são mais
frequentes.
41
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
mais determinantes no VO2máx. Nesse caso, o débito cardíaco pode ser o fator
limitante o VO2máx.
Para entendemos essa hipótese discutiremos as variáveis que envolvem o
débito cardíaco. Mas primeiro vamos relembrar o que é débito cardíaco e os
fatores que o influenciam.
O débito cardíaco (DC) pode ser definido como o volume de sangue bom-
beado por minuto. Os fatores que influenciam o DC são: frequência cardíaca
(bpm); volume de ejeção (ml). A frequência cárdica (FC) é a quantidade de ba-
timentos por minutos (bpm) que nosso coração realiza por minuto. O volume
de ejeção (VEJ) é o volume sangue ejetado pelo ventrículo esquerdo.
Dessa forma, podemos dizer que o DC é o produto da FC pelo VEJ (DC=
FC x VEJ) e pode ser expresso em L/min ou ml/min. Normalmente, homens
e mulheres saudáveis apresentam o DC próximo a 5 L/min (5000 ml/min).
Por exemplo, 75 batimentos por minutos (bpm) e 70-60 mililitros (ml) de
sangue são ejetados, o DC é de 4500 ml/min = 4.500 - 5.000ml ou aproxima-
damente 4,5 - 5 L/min. Curiosamente, indivíduos sedentários apresentam
o mesmo DC em repouso quando comparados com indivíduos altamente
treinados. Como isso é possível? A lógica é simples, a FC de um indivíduo
sedentário oscila de 70-100 bpm e o VEJ de aproximadamente 70 ml. Por
outro lado, indivíduos altamente treinados e atletas, aumentam o VEJ de-
vido ao volume plasmático aumentado e/ou contratilidade do miocárdio.
Quando comparamos o indivíduo treinado e o sedentário, o DC de repouso
acaba sendo o mesmo devido a uma balança compensatória. O atleta não
precisa de tantos bpm, pois cada bpm ejeta grandes volumes de sangue. Já o
sedentário não apresenta grandes volumes de ejeção, portanto, necessita de
mais bpm. O volume de ejeção no exercício aumenta 40-50% do pico consu-
mo O2 em todos os indivíduos.
Tabela 3
Valores de comparação dos parâmetros centrais do
VO2máx. entre sedentários e treinados
Sedentários 4900 70 70
Fonte: adaptado de (KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016; MCARDLE; KATCH; KATCH, 2016).
42
Fisiologia cardiorrespiratória aplicada ao esforço
Tabela 4
Influência do Volume Diastólico Final e o Volume Sistólico Final
no Volume de Ejeção
Exemplos VDF (ml) VSF (ml) VEJ (ml) Resposta fisiológica do VEJ
Normal 120 50 = 70
Situação 1 130 50 = 80
Situação 2 120 60 = 60
Situação 3 130 60 = 70
Situação 4 110 40 = 70
Situação 5 120 40 = 80
Fonte: adaptado de (KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016; MCARDLE; KATCH; KATCH, 2016).
* volume diastólico final (VDF); volume sistólico final (VSF); volume de ejeção (VEJ)
43
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 15
Alterações do VO2máx associado ao destreinamento
15 • VO2máx
• FCmáx
10
• VSmáx
• Qmáx _
• Diferença (a-v )O2máx
5
Alteração porcentual
-5
-0
-15
-20
0 12 21 56 84
Dias de destreinamento
44
Fisiologia cardiorrespiratória aplicada ao esforço
Fique ligado!
• Fatores limitantes são presença de oxigênio no sangue e a diferença artério-venosa
45
Consumo de oxigênio pós o esforço e taxas
metabólicas basal e de repouso
47
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 16
Componentes do Gasto Energético Diário Total
48
Consumo de oxigênio pós o esforço e taxas metabólicas basal e de repouso
49
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 16
Fluxograma dos componentes rápidos e lentos associados ao EPOC
Débito de oxigênio
COMPONENTE RÁPIDO ou Excesso de consumo COMPONENTE LENTO
de Oxigênio pós esforço
Remoção do Elevação da FC
lactato pós esforço
50
Consumo de oxigênio pós o esforço e taxas metabólicas basal e de repouso
Fique ligado!
• Alterações fisiológicas agudas e crônicas.
51
Termorregulação & alterações hormonais
durante o exercício
Homeostasia
O termo homeostasia foi criado pelo fisiologista inglês Bradford Cannon
(1871-1945) definido como a manutenção do ambiente interno relativamente
constante (imutável) sob condição de repouso (MOURÃO; ABRAMOV, 2013;
POWERS; EDWARD, 2014). Embora o termo homeostase é associado ao cha-
mado “estado dinâmico estável”, não significa que uma variável fisiológica
apresenta valores de repouso, e sim que esta variável é constante e imutável.
Por exemplo, a temperatura corporal em repouso encontra-se entre 36-37º C,
mas, durante 60 minutos de exercício submáximo, com carga constante, reali-
zado sob condições ambientais termoneutras, a temperatura atinge um platô
novo e estável (imutável) em 40 minutos após o início do exercício (aproxima-
damente 38ºC). Entretanto, essa temperatura constante está acima da tempe-
ratura corporal de repouso normal e não representa a condição homeostática
inicial (MOURÃO; ABRAMOV, 2013; POWERS; EDWARD, 2014).
Portanto, a homeostase durante a atividade física é o macroestado
mais provável (por isto estável), resultante dos microestados que estão se
manifestando (MOURÃO; ABRAMOV, 2013).
O microestado pode ser definido como conjunto de configurações que
os elementos de um sistema podem assumir (ex. variáveis que interferem na
temperatura do corpo: níveis hormônios, metabolismo, frequência cardía-
ca). Alostase é o fenômeno de variação do organismo para manutenção da
constância do todo (microestados). Significa manter a estabilidade através
da mudança. Macroestado é a composição resultante de um certo número
de microestado (desordenados e ordenados). Dessa forma, o macroestado
mais provável é aquele com maior quantidade de microestados possíveis
(STERLING; EYER, 1988).
53
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Retroalimentação
A maioria dos sistemas de controle do corpo funciona via feedback nega-
tivo, pois a resposta do sistema de controle é negativa (oposta) em relação ao
estímulo. O feedback negativo tem importância fundamental, pois restaura os
valores normais das variáveis e assim mantêm a homeostase, por exemplo,
quando ocorre o aumento da concentração (acima do valor normal) de CO2
no líquido extracelular, um receptor informa centro de controle respiratório e
intensifica a respiração com objetivo reduzir os níveis de CO2. Por outro lado,
o feedback positivo, intensifica o estímulo original, ou seja, a resposta ocorre
na mesma direção do estímulo. Por exemplo, no parto ocorre a liberação do
hormônio ocitocina pela glândula hipófise, promovendo o aumento das con-
trações musculares uterinas. No parto, a estimulação da cérvice (terminação
estreita do útero) aumenta e as contrações uterinas se tornam ainda mais for-
tes, e, portanto, mais hormônios são liberados.
Conforme o exemplo de feedback positivo citado acima, a homeosta-
sia está associada a dois sistemas importantes, o sistema neural e sistema
endócrino (sistema neuroendócrino). Em relação ao sistema endócrino, o
corpo possui oito glândulas endócrinas principais que sintetizam e secre-
tam substâncias bioquímicas transportadas pelo sangue, denominadas hor-
mônios, que, por sua vez, auxiliam na manutenção da homeostase, como,
por exemplo, a insulina liberada pelo pâncreas quando temos aumento da
glicemia sérica.
Além disso, o feedback é um sistema de controle biológico composto de um
receptor, um centro de controle e um efetor. O grau em que um sistema de
controle mantém a homeostasia é denominada ganho do sistema. O ganho
pode ser considerado a “capacidade” do sistema de controle. Dessa forma,
um sistema de controle que apresenta ganho amplo é mais capaz de corri-
gir uma perturbação na homeostasia quando comparado com um sistema de
controle com ganho baixo. Exemplificando, os sistemas de controle que regu-
lam a temperatura corporal, respiração e distribuição do sangue apresentam
ganhos amplos (POWERS; EDWARD, 2014).
54
Termorregulação & alterações hormonais durante o exercício
55
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 17
Resposta fisiológica ao aumento da “carga de calor” e ao
estresse provocado pelo frio
Receptores Receptores
térmicos térmicos
Hipotálamo
Centrais Centrais
Vasodilatação Vasoconstrição
Sudorese Tremor
Liberação de
catecolaminas e
Cutâneos tiroxina Cutâneos
56
Termorregulação & alterações hormonais durante o exercício
leva o calor. Por exemplo, a convecção forçada por um ventilador que desloca
grandes quantidades de ar para longe da pele. No entanto, essa forma de perder
calor segue o mesmo problema da anterior, a perda de calor vai do mais quente
para o mais frio. Por último, e a mais discutida no exercício, é a evaporação. A
principal forma de perda de calor durante o exercício, responsável por aproxi-
madamente 25% da perda de calor, o calor é transferido do corpo para a água na
superfície da pele por glândulas sudoríparas. Vale ressaltar que o suor por si só
não resfria a pele, é a evaporação que resfria a pele.
Para que ocorra a evaporação o mecanismo fisiológico é o reflexo simpático
que induz vasodilatação na pele e simultaneamente ativa as glândulas sudorípa-
ras. Dessa forma, o aumento do débito cardíaco e da pressão arterial sistólica para
atender às demandas musculares ativam hormônios adrenérgicos que por sua vez
sinalizam o ramo simpático. Também temos a atividade aumentada do hormônio
arginina vasopressina, também conhecido por hormônio antidiurético, que ajuda
na reabsorção de água, evitando que ela vá para a urina e caracterize um quadro
de desidratação induzida pelo exercício. O hormônio angiotensina II auxilia na re-
capturados tanto a água quanto sódio antes de sua excreção renal, restauração do
volume plasmático por estimular a secreção do hormônio aldosterona.
Figura 18
Formas de dissipação do calor durante o estresse físico
Radiação térmica
do céu
Evaporação
(suor) Evaporação
(respiratória) SOL
Radiação solar
Convecção
do sangue Centro
cutâneo do
corpo
Convecção
Reserva Temperatura do ar
metabólica Radiação Umidade do ar
Convecção do fluxo
sanguíneo muscular
Trabalho
Músculo
em contração
Radiação térmica
Condução do solo
Radiação solar
refletida
Velocidade da corrida
57
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
58
Termorregulação & alterações hormonais durante o exercício
• Alteração de peso: 2 kg
59
pelo calor. A explicação fisiológica para isso está associada ao aumento de radicais
livres. Os radicais livres são moléculas com elétrons não pareados, portanto, são
altamente reativas. O que significa que os radicais livres se ligam rapidamente a
outras moléculas. Dessa forma, resulta em dano à molécula que se combina com o
radical, exemplo, dano causado às proteínas contráteis musculares.
Fique ligado!
• Diversos receptores térmicos espalhados pelo corpo informam as alterações de
temperatura ao centro de controle situado no encéfalo (hipotálamo anterior).
61
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
62
Avaliação do vo2 máximo
63
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Quadro 1
Escala de pontuação modificada utilizada para avaliar o nível
de atividade física (AF1-10)
1 = Atividade leve: Caminha por prazer, habitualmente usa degraus, ocasionalmente se exercita
suficientemente para ocasionar respiração intensa ou transpiração.
2 = Atividade moderada: 10 a 60 minutos por semana de atividade moderada; assim como golfe,
montar a cavalo, exercícios calistênicos, tênis de mesa, boliche, levantamento de peso, trabalho no
quintal, limpeza de casa, exercício de caminhada.
3 = Atividade moderada: Mais de 1 hora por semana de atividade moderada como descrito acima.
4 = Atividade vigorosa: Corre menos que 1,6 km por semana ou gasta menos que 30 minutos por
semana em atividade física equivalente assim como corrida ou trote, natação, ciclismo, remo, pular
corda, corrida no lugar, ou está engajado em atividades tipo aeróbias vigorosas assim como futebol,
basquetebol, tênis, jogos de raquete, ou handebol.
5 = Atividade vigorosa: Corre de 1,6 km a 8 km por semana ou gasta de 30 a 60 minutos por semana
em atividade física equivalente como descrito acima.
6 = Atividade vigorosa: Corre de 8 km a 16,1 km por semana ou gasta de 1 a 3 horas por semana em
atividade física equivalente como descrito acima.
7 = Atividade vigorosa: Corre de 16,1 km a 24,1 km por semana ou gasta de 3 a 6 horas por semana em
atividade física equivalente como descrito acima.
8 = Atividade vigorosa: Corre de 24,1 km a 32,2 km por semana ou gasta de 6 a 7 horas por semana em
atividade física equivalente como descrito acima.
9 = Atividade vigorosa: Corre de 32,2 km a 40 km por semana ou gasta de 7 a 8 horas por semana em
atividade física equivalente como descrito acima.
10 = Atividade vigorosa: Corre mais de 40 km por semana ou gasta mais de 8 horas por semana em
atividade física equivalente como descrito acima.
64
Avaliação do vo2 máximo
Quadro 2
Escala de pontuação utilizada para avaliar a
Habilidade Funcional Percebida (HF1-13)
Exercício contínuo por 1,6 km. Que ritmo de exercício é correto somente para você não
tão fácil e não tão difícil? Circule o número apropriado (qualquer número de 1 a 13).
1. Caminhada para um ritmo lento (12 minutos e 8 segundos ou mais por km ou 4,9 kph de velocidade).
2.
3. Caminhada para um ritmo médio (11 minutos e 12 segundos por km ou 5,4 kph de velocidade).
4.
5. Caminhada para um ritmo rápido (10 minutos e 11 segundos por km ou 5,9 kph de velocidade).
6.
7. Trote para um ritmo lento (9 minutos e 5 segundos por km ou 6,6 kph de velocidade).
8.
9. Trote para um ritmo médio (7 minutos e 53 segundos por km ou 7,6 kph de velocidade).
10.
11. Trote para um ritmo rápido (6 minutos e 35 segundos por km ou 9,1 kph de velocidade).
12.
13. Corrida para um ritmo rápido (5 minutos e 54 segundos por km ou 10,2 kph de velocidade).
Com que rapidez você percorreria a distância de 4,8 km sem ficar ofegante ou
demasiadamente cansado? Circule o número apropriado (qualquer número de 1 a 13).
1. Eu poderia caminhar a distância inteira em um ritmo lento (12 minutos e 8 segundos ou mais por
km ou 4,9 kph de velocidade).
2.
3. Eu poderia caminhar a distância inteira em um ritmo médio (11 minutos e 12 segundos por km
ou 5,4 kph de velocidade).
4.
5. Eu poderia caminhar a distância inteira em um ritmo rápido (10 minutos e 11 segundos por km ou
5,9 kph de velocidade).
6.
7. Eu poderia trotar a distância inteira em um ritmo lento (9 minutos e 5 segundos por km ou 6,6 kph
de velocidade).
8.
9. Eu poderia trotar a distância inteira em um ritmo médio (7 minutos e 53 segundos por km ou
7,6 kph de velocidade).
10.
11. Eu poderia trotar a distância inteira em um ritmo rápido (6 minutos e 35 segundos por km ou
9,1 kph de velocidade).
12.
13. Eu poderia correr a distância inteira em um ritmo rápido (5 minutos e 54 segundos por km ou
10,2 kph de velocidade).
65
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
66
Avaliação do vo2 máximo
Tabela 5
Nível de capacidade aeróbica para MULHERES de acordo
com o resultado da distância percorrida em metros para o teste de
caminhar e correr de 12 minutos
Tabela 6
Nível de capacidade aeróbica para HOMENS de acordo com o
resultado da distância percorrida em metros para o teste de caminhar
e correr de 12 minutos
67
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
68
Avaliação do vo2 máximo
Tabela 8
Protocolo de Ellestad
69
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Protocolo de Ãstrand
O protocolo de Ãstrand (1954) não utiliza cargas elevadas e inclinação,
sendo considerado um protocolo seguro para ser realizado por indivíduos
treinados ou sedentários, população jovem ou idosa. Além disso, o protocolo
é realizado em bicicleta ergométrica tornando-o bem seguro e fácil de ser
aplicado fora do espaço laboratorial.
70
Avaliação do vo2 máximo
Tabela 9
Protocolo de Ãstrand
Minutos FC Minutos FC
“aquecimento” “aquecimento” “carga de esforço” “carga de esforço”
1 1
2 2
3 3
4 4
71
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Tabela 10
Exemplo do Protocolo de Ãstrand realizado com indivíduo
do sexo masculino, massa corporal 100 kg
72
Avaliação do vo2 máximo
Figura 19
Nomograma de Ãstrand
73
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Tabela 11
Protocolo de Ellestad com um indivíduo do sexo masculino massa corporal
de 70 kg, 20 anos de idade, saudável, moderadamente treinado.
FÓRMULA DE ELLESTAD
VO2máx. (mL/kg/min) = 4,46 + (3,933 x tempo máximo de esforço (min))
VO2máx. (mL/kg/min) = 4,46 + (3,933 x 12 min) = 51,65
74
Avaliação do vo2 máximo
75
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 20
Cálculo de intensidade de 60% da Frequência Cardíaca de Reserva
Fonte: adaptado de (Juha Karvonen and Timo Vuorimaa. Heart Rate and Exercise Intensity During Sports
Activities: Practical Application. Sports Medicine 5: 303-312 (1988)).
Dessa forma, podemos notar que a 60% da FCmáx = 120 bpm quando
comparado com a 60% da FCreserva = 148 bpm temos uma diferença de apro-
ximadamente 20%, ou seja, houve subestimativa da frequência cardíaca eu
deveria ser utilizada como monitoramento da intensidade de 60% durante
o esforço (SWAIN, 2000).
Outro exemplo comum que ocorre com praticantes de treinamentos aeró-
bicos é quando eles sabem a frequência cardíaca que estão treinando, mas não
sabem qual percentual representa da %FCmáx.
Para solucionar esse problema podemos utilizar a equação proposta por
Karvonen (1988): %FCmáx. = FC de trabalho – FC de repouso / FC máxima (FC
máxima = 220 - idade) – FC de repouso
Além disso, existe relação entre a FCmáx. e o VO2máx? A resposta é sim, exis-
te relação entre FCmáx. e o VO2máx., no entanto, essa relação não é diretamente
proporcional. Na figura abaixo podemos notar que o 100% do VO2máx. é dire-
tamente proporcional ao 100% da FCmáx. Essa relação permanece muito próxi-
ma até 92% da FCmáx. apresentando diferença de 6%. Por outro lado, quando
ultrapassamos os valores de 85% da FCmáx. e relacionamos com o VO2máx. a
diferença é de mais de 10%. Dessa forma, quando o praticante se exercita e/
76
Avaliação do vo2 máximo
Figura 21
Relação entre a Frequência Cardíaca Máxima e o
Volume de Oxigênio Máximo
77
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
(pratica corrida 2 vezes por semana com distância máxima entre 3 a 5 km,
ritmo médio de 9 minutos por km, velocidade linear de 6,6 km/h), mas nun-
ca correu provas longas. Portanto, o objetivo do cliente/praticante será uma
prova com a distância de 15 km, por exemplo, a São Silvestre que acontece
no último dia do ano. O cliente/praticante é homem, com massa corporal de
85kg, idade de 40 anos, saudável. O primeiro passo é realizar teste para ava-
liar a capacidade máxima de consumo de oxigênio (FCmáx. = 191 bpm, VO2máx.
= 47,7 mL/kg/min). Em seguida, podemos iniciar a prescrição definindo a
frequência semanal de treinamento, ou seja, a quantidades de dias na sema-
na em que iremos estimular com treinamento. A sugestão são de 3 vezes na
semana respeitando intervalo de recuperação de 24h entre as sessões afim
de estabelecer boa recuperação bioenergético e nos tecidos musculares e
conjuntivo (BESSA et al., 2016).
Quadro 1
Sugestão de frequência semanal de treinamento
78
Avaliação do vo2 máximo
Figura 22
Teste de Ellestad interpretação gráfica para prescrição do exercício
FALTAM AS UNIDADES DOS EIXOS X (FC) e Y (min)
79
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Figura 23
Interdependência do volume e intensidade no treinamento
80
Avaliação do vo2 máximo
81
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
82
Avaliação do vo2 máximo
Tabela 12
Sugestão de treinamento com objetivo de incremento do
VO2máx. para prova de 15 km
SEMANA
Parâmetros Segunda-feira Quarta-feira Sexta-feira
Intensidade
(VO2máx.) 85-87% VO2máx. 70% VO2máx.
75% VO2máx.
Exemplo: Exemplo: Exemplo:
Frequência cardíaca
entre 156 – 168 entre 178 – 182 bpm (Figura entre 140 – 156 bpm
(bpm)
bpm (Figura 15) 15) (Figura 15)
Velocidade Exemplo: Exemplo: Exemplo:
(km/h) 8 km/h 9,5 km/h 7,0 ou 7,5 km/h
Volume
6 km 6 km 8 km
(km)
Metade do tempo para
Intervalo de realizar o “tiro”. Exemplo
Recuperação - duração de 6 minutos, -
(min) recuperação de recuperação
3 minutos
Observação:
• Monitore a intensidade (VO2máx.) utilizando os valores de FC.
• Utilize a tabela 9 para relacionar o VO2máx. com FCmáx.
• Ajuste a intensidade do treinamento sempre que necessário
• Objetivo será manter a FC próximo ao valor associado a intensidade do VO2máx. evitando a fadiga
precoce.
Tabela 13
Heterocronismo da recuperação associado ao metabolismo
Fonte: Informações baseadas nas experiencias em teste realizados pelos autores e informações
adaptadas de (KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016).
83
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Tabela 14
Periodização de 12 semanas para 15 km
Periodização de 12 semanas
Mês 1 2 3
Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Dias de
3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3
treino
Fonte: Informações baseadas nas experiencias em teste realizados pelos autores e informações
adaptadas de (KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016).
84
Gasto calórico vs exercício
(277,4 kcal / 686 kcal = 0,4043 ou 40% de energia para trabalho celular)
85
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
86
Gasto calórico vs exercício
Tabela 15
Razão da troca respiratória dos carboidratos e gorduras
Valor
Razão da troca Respiratória (RR)
do RR
87
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
88
Gasto calórico vs exercício
89
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
90
Gasto calórico vs exercício
Tabela 16
Parâmetros relacionados ao teste de VO2máx
Fonte: adaptado de (ÃSTRAND; RYHMING, 1954; Karvonen et al., 1988;(KARVONEN; VUORIMAA, 1988;
SWAIN, 2000; HEYWARD, 2004; KRAEMER; FLECK; DESCHENES, 2016).
91
Os primeiros passos em fisiologia do exercício
Tabela 17
Gasto energético do treinamento de alta intensidade
92
Gasto calórico vs exercício
pode meio do consumo de oxigênio. Todas as reações que liberam energia de-
pendem da utilização do oxigênio, desse modo, quando medimos os valores
O2 inspirado e de CO2 expirado, é possível determinar o percentual de cada
substrato energético utilizado bem como a produção de energia e a sua razão
de troca respiratória. Dessa forma, o consumo de oxigênio está relacionado
com dispêndio de energia (caloria) de aproximadamente 5 kcal quando uti-
lizamos uma mistura de carboidrato, gordura e proteínas com 1 litro de oxi-
gênio. O consumo de oxigênio em repouso é representado pelo termo MET
(equivalência metabólica de trabalho), igual a 3,5 mL/kg/min. Dessa forma,
em repouso o consumo de 3,5 mL/kg/min equivale a 1 MET. Da mesma for-
ma, podemos estimar o gasto energético do exercício utilizando o valor de
consumo de oxigênio associado ao MET e o tempo de esforço.
Pelos exemplos supracitados, a prática regular de atividade física e in-
gestão kcal adequada são essenciais para um programa de redução de mas-
sa corporal
Fique ligado!
• Equivalência metabólica da taxa de repouso = 1 MET = 3,5 ml/kg/min (200-250 ml
oxigênio)
• VO2 absoluto (L/min) converter para VO2 relativos (mL/kg/min), multiplica-se por
1.000 e dividir pela massa corporal do indivíduo expresso em kg
• Por exemplo, exercício a 9 MET significa que você está 9 vezes acima da taxa
metabólica de repouso
93
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Os primeiros passos em fisiologia do exercício
100
Livros da Coleção Literária
1. Fragmentos Históricos da Regulamentação da Profissão de Educação Física e da
Criação e Desenvolvimento do CREF4/SP
2. O Desporto Paralímpico Brasileiro, a Educação Física e profissão
3. Treinamento de força: saúde e performance humana
4. Faculdade Aberta para a Terceira Idade: educação para o envelhecimento e seus
efeitos nos participantes
5. Gestão, Compliance e Marketing no esporte
6. Ginástica laboral e saúde do trabalhador
Saúde, capacitação e orientação ao Profissional de Educação Física
Conselheiros do CREF4/SP
“Somos nós, fortalecendo a Profissão”
ISBN 978-85-94418-38-8