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UNIVERSIDAE FEDERAL DE PERNAMBUCO – UFPE

CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE – CCS


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA – DEF
CURSO DE BACHARELADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA

PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO

RECIFE
2022
ENRIQUE NASCIMENTO NAZARIO DOS SANTOS
LÍVIA PATRÍCIA FREITAS DOS SANTOS
SANDINO FARIAS DE SOUZA
THAYSA FERREIRA DE ALMEIDA

PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO

Trabalho apresentado como requisito parcial para


obtenção da primeira nota na Disciplina de
Ginástica.

Professor: Eronivaldo Fernando Dantas Pimentel.

RECIFE
2022
Sumario:

1.Introdução
1.1 Objetivos 3
1.1.1 Objetivos Gerais 3
1.1.2 Objetivos Específicos 3
1.2 Justificativa 3
1.3 Metodologia 4
2. Princípios do Treinamento Esportivo. 4
2.1 Princípio da Individualidade Biológica 5
2.2 Princípio da Adaptação 5
2.3 Princípio da Sobrecarga 6
2.4 Princípio do Volume-Intensidade 7
2.5 Princípio da Continuidade 8
2.6 Princípio da Especificidade 9
3. Conclusão 10
4. Referências 11
Anexos 12
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1.Introdução

Para falarmos dos Princípios do Treinamento Esportivo é necessário


inicialmente definir o que é o fenômeno que chamamos de Treinamento Esportivo.
De acordo com MARTIN (et al), ele é um processo complexo de ações visando um
desenvolvimento planejados a determinados resultados de desempenhos que
podem ser observadas, desde apresentações, provas e especialmente a competição
esportiva.
Para que haja uma clarificação na definição dos objetivos do treino
esportivo, foram elaborados princípios fundamentais que devem ser observados
desde o planejamento inicial e o acompanhamento no desenvolvimento do atleta de
acordo com seus desígnios finais.
Apesar de incialmente terem sidos traçados 5 princípios por TUBINO, o
texto encontrado em sua Metodologia Cientifica do Treinamento Desportivo, já
apresenta 7 e com o passar dos anos, ocorreu uma ampliação, com textos que
apresentarão 13 princípios, com o intuito de aumentar os métodos de analises para
o treinamento. No presente texto iremos focar nos principais, que apareceram nos
textos analisados.

1.1 Objetivos:
1.1.1 Objetivos Gerais
Compreender o conceito de Princípios do Treinamento Esportivo e
suas diversas facetas e usos nas praticas da Educação Física, focando na disciplina
da Ginastica.

1.1.2 Objetivos Específicos


Analisar cada um dos princípios do treinamento elaborados durante os
anos por diversos autores.
Correlacionar os princípios com as praticas de treinamentos da
ginasticas, aumentando a compreensão da sua utilização de maneira mais ampla
por nós, futuros profissionais.
Elaborar um plano de ação para avaliar um treino esportivo utilizando
esses princípios como base.
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1.2 Justificativa
O presente trabalho foi realizado para sanar a necessidade de
compreensão de quais são os princípios que norteiam um treinamento esportivo do
ponto de vista cientifico, sendo apresentados aos demais colegas de turma através
de um seminário e uma pratica física integrada. E Objetivando a obtenção da
primeira nota parcial na disciplina de Ginástica.

1.3 Metodologia
O presente trabalho foi realizado através da revisão bibliográfica de
textos especializados no assuntos e de autores supracitados da literatura do tema.
Já a parte pratica será realizado em cima de dois circuito aeróbico e de resistência
calistenica; dividindo a turma em quatro estações em que cada estação será
realizada um determiado exercicio, expostos no plano de aula no anexo, com
objetivo de relacionar os principios de maneira macro ao final do circuito. Com
descanso de 30 segundos em cada exercicio e de 2 minutos no de cada circutio,
concluindo com um exercicio respiratório.
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2. Princípios do Treinamento Esportivo.

Segundo DANTAS, a observância dos princípios do treinamento


esportivo é o aporte inicial que faz o profissional de Educação Física deixe de se
prender a treinamentos pré-montados, e consiga elaborar treinos específicos para o
seu atleta, atuando de maneira mais eficiente. Considerado por ele como pedra
angular da preparação física, e também colocado por TUBINO como os
fundamentos científicos do Treinamento Desportivo, por conta disso é necessária
uma atenção especial para a sua analise, levando em conta que eles se
correlacionam.
Os princípios do treinamento Esportivo, analisados no presente
trabalho são: Princípio da Individualidade Biológica; Princípio da Adaptação;
Princípio da Sobrecarga; Princípio da Interdependência Volume-Intensidade;
Princípio da Continuidade; e Princípio da Especificidade.

2.1 Princípio da Individualidade Biológica:

Como o titulo do principio expressa, ele denota a individualidade de


cada pessoa, o qual será uma soma do seu genótipo (Carga genética transmitida á
pessoa preponderante em diversos fatores como composição corporal, biótipo,
altura máxima esperada, etc.), ou seja, é o fator que cada individuo nasce sendo
uma herança passada por seus antepassados e o fenótipo (fatores externos que é
acrescido ao individuo a partir do seu nascimento, que pode ser observável pelo sua
habilidade esportiva desenvolvida.) (DANTAS,2003)
“O genótipo é o responsável pelo potencial do atleta. Isso inclui fatores como
composição corporal, biótipo, altura máxima esperada, força máxima possível e
percentual de fibras musculares dos diferentes tipos, dentre outros. O fenótipo é
responsável pelo potencial ou pela evolução das capacidades envolvidas no genótipo.
Neste se inclui tanto o desenvolvimento da capacidade de adaptação ao esforço e
das habilidades esportivas como também a extensão da capacidade de
aprendizagem do indivíduo.” (BENDA & GRECO, 2001)
Cada ser humano possui uma formação física e psíquica própria o que
leva a uma necessidade de treinos diferenciados e individualizados seja por essas
características genéticas como de âmbito externos, uma vez que existe uma
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dificuldade de que os indivíduos se adaptem da mesma forma a um programa de


treinamento. Faz-se necessário a busca por homogeneizar as turmas o máximo

possível que facilitem treinamentos específicos, que são dificultados em turmas mais
heterogenias. Em questão de indivíduos há possibilidade de identificar os pontos
fortes e fracos, que podem ser fortalecidos e corrigidos. (TUBINO e MOREIRA, 2003)
(FRANCHINI e VECCHIO, 2008)

2.2 Princípio da Adaptação

Nesse principio trabalhasse a capacidade humana de responder de


maneira inteligente ao fenômeno do Stress, ou seja, a estímulos externos que
quebram a sua harmonia natural fazendo com que o corpo responda de maneira
diferente para suprir determinada necessidade, até que ele se modifique a
naturalizar aquele processo. (TUBINO e MOREIRA. 2003). Os autores ainda nos
alertam que qualquer fator externo pode ser considero externo de acordo com a sua
magnitude e classificando em três tipos, físicos (temperatura, umidade, vento, etc.),
mentais (ansiedade ou preocupação) e bioquímicos (farmacológicos, drogas e
etc.).para cada estimulo que quebre o equilíbrio homeostático haverá uma resposta.
“Homeostase é o estado de equilíbrio instável mantido entre o sistema
constitutivos do organismo vivo, e o existente entre este meio e o meio ambiente.”
(DANTAS, 2003) Toda vez que esta é perturbada, o organismo responde com
mecanismos compensatórios buscando restabelecer esse equilíbrio. Porém é
necessário compreender que existe uma escala de estímulos que devem ser
observados pelo treinador, uma vez que alguns podem não gerar respostas
suficientes ou mesmo provocar lesões ao atleta.

Intensidade do Estimulo Respostas


Débil Não Acarretam Consequências
Média Apenas excitam
Forte Provocam Adaptações
Muito Forte Provoca Danos.
Tabela. 1 Intensidade do Estimulo x Respostas
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Além da intensidade dos estímulos, quando ele provoca


reação/adaptação, pode-se dividir em fases, que devem ser respeitadas e
observadas pelo treinador, uma vez que a ultima fase, pode gerar consequências
indesejáveis e danosas para o atleta. 1ª Fase: fase de Excitação provoca uma
reação de alarme, 2ª Fase de resistência: provoca uma adaptação. 3ª Fase de
Exaustão. Provoca danos temporários ou permanentes. (DANTAS,2003)
Levando-se em conta o fim de um treinamento, é natural que o atleta
esteja cansado e que o repouso possibilite a total recuperação para os próximos
treinos, porém dentro do principio da adaptação, ocorre o fenômeno do Strain, onde
a fase de exaustão se prolonga de maneira continua, estudo indicam alguns fatores
que podem levar a esse processo, como: esforço físico acima da capacidade
individual, alimentação inadequada, presença de condições patológicas e etc.
(TUBINO e MOREIRA, 2003)

2.3 Princípio da Sobrecarga

Esse princípio está diretamente correlacionado ao anterior, estipulando


que as mudanças funcionais do corpo só ocorrem quando a carga é suficiente para
causar uma ativação considerável de energia e mudança plástica nas células. A
adaptação é a elevação da capacidade funcional da pessoa devida à sobrecarga,
externa. (BARBANTI, 2010)
Além da intensidade do estimulo, se deve levar em consideração o
tempo de repouso, e fatores como alimentação, se o estimulo for muito baixo, o
corpo recuperará em pouco tempo, em torno de quatro horas, estando preparado
para um desgaste mais forte do que o anterior, sendo chamado de assimilação
compensatória. Porém deve-se levar em conta um equilíbrio entre a carga aplicada e
o tempo de recuperação para que esse fenômeno ocorra. (DANTAS, 2003)
E o tempo de repouso for muito prologando para a carga aplicada,
perder-se-á uma parcela da capacidade do treino anterior. Se o tempo de descanso
for muito curto, o corpo poderá entrar no processo de Strain, ou seja, o corpo não
consegue assimilar a nova carga imposta. Por isso esse princípio também é
chamado de sobrecarga progressiva, deve-se manter em mente, que para uma
carga menor, o tempo de recuperação deverá se menor, e para uma carga maior, o
tempo de compensação deverá ser maior. (DANTAS, 2003)
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2.4 Princípio do Volume-Intensidade

A palavra intensidade vem do latim, intensio, ionis, o que significa


esforço, força poder e do verbo intendere, que significa esforçar para melhor
desempenho. Então intensidade pode ser entendida como grau de esforço, de
acordo com a especificidade do exercício que está sendo executado. (BARBANTI,
2010)
Esse princípio nos revela a relação entre o volume e a intensidade,
levando em consideração o tempo (resistência) de continuidade. Segundo DANTAS
(2003) é possível observar que um esforço muito intenso só poderá ser executo por
um curto período, enquanto para uma longa duração deverá ocorrer uma redução
moderada da carga. Então há uma relação direta entre a o Volume do treinamento e
a intensidade dele, sendo necessário balancear de acordo com a qualidade física
que se quer trabalhar, levando em consideração o ciclo que o atleta se encontra.

2.5 Princípio da Continuidade

Partindo do ponto de vista dos dois princípios anteriores, Sobrecarga e


Volume-Intensidade, para que o atleta possua um rendimento satisfatório é
necessário que seu treinamento seja continuo, respeitando períodos de descanso,
ou seja, mantendo um aumento de sobrecarga gradual, intercalando com descanso
que não devem ultrapassar mais de 48h ´para atletas de altos níveis, uma vez que o
corpo após esse período entraria a homeostase. (DANTAS, 2003)
Além disso, é apontado também, que acima de quatro semanas o
treino deve-se voltar a uma estaca zero, levando em consideração outros princípios
como a individualidade biológica e o tipo de treino e que a progressão ocorre de
maneira mais acelerada.
Outro fato que aponta para o principio da continuidade é do período
mínimo inicial em que a sobrecarga produz mudanças, físicas, morfológicas e
mentais no individuo, ou seja a criação de um habito, que gera motivação para que o
atleta continue com as atividades, esse tempo varia de acordo com as habilidades
trabalhadas (DANTAS, 2003)
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2.6 Princípio da Especificidade

Esse princípio irá preconizar a necessidade de treinamentos


particulares para determinado grupo muscular, ou objetivo que se quer alcançar em
determinado esporte. O organismo possui a capacidade de se adaptar de acordo
com o exercício exigido, por isso a importância de uma variação de exercícios para
gerar novos stress ao grupo que se quer trabalhar e respeitando a individualidade do
atleta e seu estado atual. (BARBANTI, 2010)
TUBINO ressalta que não existe um treinamento que desenvolva todos
os fatores predominantes ao desempenho, por isso uma necessidade da criação de
treinos com objetivos específicos e variados, levando em conta a velocidade e a
duração do esforço, ou seja, a intensidade. (2003)
Além disso, é necessário ter em consideração o principio da
individualidade genética, para criar um sistema de treinamento que aproveite suas
qualidades e que trabalhe de maneira mais enfática as limitações. O rendimento de
alto desempenho irá passar por duas categorias fisiológicas: os aspectos
metabólicos e aspectos neuromusculares, ou seja aspectos ligados a mudanças
físicas diretas, como a capacidade aeróbica no primeiro caso e a formação de uma
memoria muscular no segundo. (DANTAS, 2003)
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3 Conclusão
Em virtude dos fatos mencionados, os Princípios do Treinamento
Esportivo servem como norte para fundamentar e otimizar a escolha dos exercícios
tendo em vista o objetivo final. Deste modo, programas de treinamento elaborados
corretamente com base em princípios científicos são fundamentais para a melhora
progressiva na qualidade do processo de treinamento.
Ademais, esse tipo de treinamento deixa claro quais são os pontos
fortes e fracos do indivíduo que deseja iniciar com essa metodologia, sendo possível
uma melhora progressiva. É importante haver um alinhamento desses princípios
com a variação anatômica, o objetivo, assim como uma inter-relação dos mesmos, a
sua integração é que orienta toda a prática do treinamento e é a harmonia entre
esses pontos a responsável por todo o arranjo do processo do treinamento físico.
Dessa forma, existe uma relação bilateral entre os princípios do
treinamento esportivo e o intuito de desenvolver uma melhor capacidade
biofisiológica, tanto para atletas performarem bem em uma competição, o que faz
um programa baseado em princípios científicos fundamentais para atingir o alto
rendimento, como para o cidadão que deseja desempenhar as atividades diárias
com saúde e bem estar A fim de viver em bem estar e ter uma vida cada vez mais
saudável.
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5. Referências

TUBINO, Manoel José Gomes ; MOREIRA Sérgio Bastos. Metodologia científica


do treinamento desportivo. 13. ed., rev.e ampl. Rio de Janeiro : Shape, 2003.

DANTAS, Estélio Henrique Martin. A pratica da preparação Física. 5. ed. Rio de


Janeiro: Shape, 2003.

BARBANTI, ValdirJ. Treinamento Esportivo: As capacidades motoras dos


esportistas. Barueri, SP: Manole, 2010.

FRANCHINI, Emerson; VECCHIO, Fabrício Boscolo Del. Preparação física para


atletas de judô. São Paulo: Phorte, 2008.

MARTIN, Diertrich; CARL, Klaus; LEHNERTZ, klaus. Manual de Teoria do


Treinamento Esportivo. Revisão Cientifica Francisco Navarro; Tradução Martin
Lobmaier. São Paulo: Phorte, 2008.

BENDA, Rodolfo Novellino & GRECO, Pablo Juan. Iniciação Esportiva Universal:
Da aprendizagem motora ao treinamento técnico. Belo Horizonte, MG: Editora
UFMG, 2001.
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PLANO DE AULA Professores:


ENRIQUE NASCIMENTO
EDUCAÇÃO FÍSICA NAZARIO DOS SANTOS;
DATA: 04/08/2022 LÍVIA PATRÍCIA FREITAS DOS
SANTOS;
SANDINO FARIAS DE SOUZA;
THAYSA FERREIRA DE
ALMEIDA.

Público Alvo: Alunos Universitários do curso de Bacharelado em Educação Física

Faixa Etária: à partir de 17 anos, até 50 anos

Tema da Aula: Principios do Treinamento Esportivo


Objetivo Geral: Compreender o conceito de Princípios do Treinamento Esportivo e suas
diversas facetas e usos nas praticas da Educação Física, focando na disciplina da
Ginastica.
Objetivo Específico:
Analisar cada um dos princípios do treinamento elaborados durante os
anos por diversos autores.
Correlacionar os princípios com as praticas de treinamentos da ginasticas,
aumentando a compreensão da sua utilização de maneira mais ampla por nós, futuros
profissionais..
Material Utilizado: Piloto, Quadro, voz (parte teórica) cronômetro, apito e o peso do corpo para a
pratica.

Tempo de Aula: 50 minutos

Aquecimento–5 Minutos

Atividade 1 – 1 MINUTO
Passada + elevação alta do joelho.
Alunos de pé com as pernas espaçadas na largura do ombro, os alunos dão um passo à frente e
elevam o seu joelho até a altura do quadril e retornam à posição inicial. Será realizada com uma
variação de aumento de intensidade.

ATIVIDADE 2 – 1MINUTOS
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Burpees, Agachamento somado com uma flexão durante o tempo estimado. Será realizada com
uma variação de aumento de intensidade.

Atividade 3 –1 MINUTO
xxxxPrancha: Apoio nos antebracços com movimentação das pernas e com a variação de isometria.

Atividade 4 –1 MINUTO

Polichinelos - Tradicional e com Variação.

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