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Tiago Gugel de araujo - tg_gagoo@hotmail.com - 070.873.

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FISIOWORK

MANUAL DO TREINAMENTO FÍSICO

1ª Edição

Porto Alegre / RS

2021

Tiago Gugel de araujo - tg_gagoo@hotmail.com - 070.873.139-24

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Sumário
introdução ________________________________________________________________________________ 1

CAPÍTULO 01 ________________________________________________________________________________ 4

Entendendo o corpo e o exercício _________________________________________________________________ 4


Fisiologia do exercício _______________________________________________________________________ 8
Adaptações neuromusculares _________________________________________________________________ 66
Ações musculares _________________________________________________________________________ 76
Sistema respiratório e exercício _______________________________________________________________ 89
Princípios do treinamento físico ______________________________________________________________ 110
periodização ___________________________________________________________________________ 132
Periodização ondulatória __________________________________________________________________ 152
Controle de carga _______________________________________________________________________ 161

CAPÍTULO 02 ______________________________________________________________________________ 165

Hábitos alimentares ________________________________________________________________________ 165

CAPÍTULO 03 ______________________________________________________________________________ 175

Treinamento invisível _______________________________________________________________________ 175


Sono – regeneração muscular _______________________________________________________________ 176
Mobilidade articular______________________________________________________________________ 183
flexibilidade ___________________________________________________________________________ 189
Liberação Miofascial ______________________________________________________________________ 209

CAPÍTULO 04 ______________________________________________________________________________ 214

avaliações _______________________________________________________________________________ 214


AVALIAÇÃO FÍSICA _________________________________________________________________________ 215

capítulo 05 ______________________________________________________________________________ 229

Treinamentos _____________________________________________________________________________ 229


TREINAMENTO DE FORÇA _____________________________________________________________________ 230
1. Resistência elástica ___________________________________________________________________ 231
Bandas elásticas e suas tensões ______________________________________________________________ 232

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______________________________________________________________________________________ 234

______________________________________________________________________________________ 235
2. Musculação ________________________________________________________________________ 243
3. Treinamento funcional ________________________________________________________________ 255
4. Treinamento suspenso - trx _____________________________________________________________ 266
5. plíometria _________________________________________________________________________ 271
High intensity interval training - hiit __________________________________________________________ 286
corrida _______________________________________________________________________________ 299
Fartlek – mudança de velocidades ____________________________________________________________ 301
Sprint – velocidade _______________________________________________________________________ 302
Habilidades de velocidade __________________________________________________________________ 305
Prevenção de lesões ______________________________________________________________________ 306
Footwork ______________________________________________________________________________ 308

capítulo 06 ______________________________________________________________________________ 313

Recovery ________________________________________________________________________________ 313


Alongamentos e liberação Miofascial __________________________________________________________ 315
crioterapia ____________________________________________________________________________ 316
Crio imersão ____________________________________________________________________________ 318
massagens _____________________________________________________________________________ 319
Modelo de periodização ____________________________________________________________________ 321

considerações ____________________________________________________________________________ 333

referências ______________________________________________________________________________ 335

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introdução
A especificidade do treinamento físico é cada vez mais reconhecida

como fundamental na formação das respostas ao treinamento. A

especificação de treinamento engloba dois conceitos-chave. A primeira é

que a natureza de uma resposta de treinamento é dependente, portanto,

específica para a natureza do estímulo de treinamento específico. O

segundo, um corolário do primeiro, é que o grau em que o treinamento se

assemelha, isto é, é específico às condições enfrentadas durante a

competição influencia a transferência do treinamento para o desempenho.

Esses dois conceitos surgem repetidamente em todos os aspectos da

preparação física.

A essência da especificidade do treinamento é que as respostas de

treinamento desencadeadas por um determinado modo de exercício

estão diretamente relacionadas aos elementos fisiológicos envolvidos no

enfrentamento do estresse específico do exercício.

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O grau de transferência do treinamento para a competição é descrito

em termos de transferência do efeito do treinamento. Isso é fortemente

influenciado pelos níveis de especificidade mecânica e bioenergética

(sistemas energéticos) do treinamento em relação à competição. A

probabilidade de transferência para o desempenho atlético pode,

portanto, ser vista como dependente do grau em que o treinamento

replica as condições do desempenho atlético.

Conclui-se que a aplicação da individualidade e especificidade

mecânica e metabólica como base para a elaboração de programas de

treinamento pode influenciar positivamente a transferência dos efeitos do

treinamento. Dessa forma, a especificidade do treinamento oferece um

meio de melhorar a eficácia e a eficiência de tempo da preparação física

de um indivíduo comum ou um atleta.

O objetivo deste Manual de Treinamento Físico é fornecer diretrizes

sobre os fundamentos e modelos de treinamentos, assim como plano de

treinamento, teste de aptidão física, hábitos saudáveis sobre a

alimentação, recuperação e descanso para todos os níveis de

condicionamento físico.

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O Guia fornece informações e instruções sobre um programa

rotineiro de treinamento físico, destinado a preparar estudantes,

profissionais e o publico em geral para melhorar a qualidade de vida e as

demandas físicas que os esportes exigem.

Esse projeto tem o objetivo de preencher a grande lacuna existente

entre a prática e o treinamento e condicionamento físico e todos os fatores

associados. A ideia é apresentar uma abordagem centrada nos aspectos e

demandas essenciais e a individualidade, usando os vários elementos que

podem influenciar no desempenho Mental, Físico e Nutricional.

Desta forma, é essencial que os profissionais que trabalham tanto com

treinamento quanto com a reabilitação, conheçam as principais demandas

e lesões, suas correlações com o trabalho e função de cada individuo.

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CAPÍTULO 01
Entendendo o corpo e o exercício
O tipo de exercício a ser realizado cria uma demanda no

funcionamento do corpo, exige determinado tipo de combustível e

condições físicas diferentes como pré-requisito. Especificamente no

esporte, o tipo de exercício realizado é intervalado, alternando momentos

de tiros curtos com períodos de pausa. Uma pausa na qual o individuo em

boas condições físicas deve estar com os ritmos cardíaco e respiratório não

muito altos para que possa manter boa percepção das ações do jogo e

poder ter melhor poder de decisão. Uma vez que a capacidade cardíaca e

ventilatória (respiração, transporte de oxigênio pelo sangue e captação

pelas células) está acima do que o exercício está exigindo, não se corre o

risco da falta de oxigenação e nutrição muscular e cerebral.

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O treinamento para essa determinada atividade deve estar de acordo

para manter o bom rendimento durante toda partida. Exercícios aeróbios,

nesse caso falamos da corrida, devem ser treinados em altas intensidades

e intervalos curtos de maneira a elevar os batimentos cardíacos próximo

do máximo para a idade de cada indivíduo, visando a melhoria da

capacidade cardíaca e respiratória. Treinamentos de longa duração e

intensidade moderada são eficazes para pressão arterial e melhoria na

capacidade do corpo de manter os níveis de açúcar no sangue (glicemia).

Imagem: Modelo corpo humano em 3D.

Pelo exposto, pode-se afirmar que o sistema cardiovascular se adapta

estrutural e funcionalmente ao treinamento físico, tanto em nível central

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quanto periférico, tanto durante o repouso quanto durante o esforço,

sendo essas adaptações distintas de acordo com o tipo de treinamento

realizado (força máxima ou resistência).

Em relação ao combustível para sustentar esse tipo de exercício

devemos nos preocupar em oferecer ao corpo alimentos de boa qualidade

4 a 5 horas antes, especialmente fibras, proteínas e carboidratos de baixo

e moderado índice glicêmico para que uma reserva muscular e hepática

(fígado) seja criada e possa ser usada durante a partida. Também deve-se

preocupar com a suplementação e alimentação pré-partida, a falta de

alimentação, seja por oferecer pouco nutriente ou até mesmo jejum, faz

com que a musculatura seja usada como combustível para realizar o

exercício ou então em outros casos se os alimentos escolhidos possuírem

muito açúcar, podem fazer com que o corpo entre em hipoglicemia assim

que o exercício começar.

A falta de nutrientes para realização do exercício além de não fornecer

a quantidade de glicose suficiente para que o cérebro possa funcionar

corretamente acarreta na queda do rendimento físico, menor capacidade

de manter a velocidade e resistência até o fim da partida, menor

capacidade de oxigenação da musculatura e catabolismo (uso da

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musculatura como fonte de energia para sustentar o exercício). Com o

tempo e a falta duma rotina que sustente a musculatura saudável o risco

de lesão também aumenta.

Existe então, a necessidade de se desenvolver as capacidades físicas

para o esporte (força e resistência muscular e aeróbia) através dum plano

de treinamento físico diário, respeitando a especificidade do exercício, os

intervalos, descansos e cargas de jogos. Além de estruturar uma

alimentação e suplementação para dar suporte a todo o processo de

treinamento, manutenção da imunidade e recuperação física que favoreça

a hipertrofia muscular e a diminuição do percentual de gordura.

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Fisiologia do exercício
Considerando as várias reações químicas e elétricas que ocorrem no

corpo humano durante as fases do sono, nas diversas formas de exercícios

esportivos sistematizados e nas atividades da vida diária, é de extrema

importância compreender os mecanismos básicos do organismo para

manter seu funcionamento, bem como compreender a harmonia entre os

sistemas muscular, fisiológico, respiratório, cardiovascular e endócrino,

que atuam de forma integrada. De maneira geral, a fisiologia do exercício

consiste no estudo dos músculos envolvidos nos movimentos, dos

hormônios liberados, do estado emocional da pessoa, da ativação

neuromuscular e de uma série de mecanismos que são ativados no

organismo durante a atividade física, em especial, o gasto energético, e

como ele é reposto, ou seja, por meio do repouso e da alimentação correta

e equilibrada.

Assim, surge a necessidade da compreensão sobre como o

organismo sintetiza os nutrientes extraídos dos alimentos ingeridos, como

esses nutrientes são transformados em energia química utilizável para

atuar na síntese e ressíntese de outros substratos durante a contração

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muscular, e como esse processo pode influenciar as ações dos demais

órgãos e tecidos.

Por esse motivo, observa-se o avanço tecnológico e científico nos

mais variados campos de conhecimento do treinamento e do esporte, os

quais auxiliam os profissionais para obter um melhor aproveitamento nos

programas de trabalho, bem como no desempenho esportivo final. Parte

desse conhecimento é obtida em áreas como a biomecânica do esporte, a

psicologia do esporte, a fisiologia humana, o treinamento físico, bem como

nesta que é o tema central do presente material: a fisiologia do exercício,

considerada quanto a seus aspectos e relevância.

Para compreender as necessidades energéticas presentes em

qualquer modalidade esportiva, principalmente em modalidades

diferentes como o treinamento físico e esportes como natação, o futebol

de campo e o atletismo, é preciso delinear o estudo de forma clara, para

que esse conteúdo possa contribuir de forma significativa para identificar

os benefícios da atividade física, seus efeitos em curto, médio e longo

prazo, enfatizar sua ação positiva para a saúde, bem como os malefícios

causados pelo sedentarismo.

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Homeostase e estado estável

Homeostase ou homeostasia é a função corporal pela qual o

organismo, ou o ambiente corporal interno, é mantido em funcionamento

constante ou inalterado. Tal condição é caracterizada pelo estado de

repouso sem nenhum tipo de estresse (interno ou externo), sendo que o

organismo se mantém capaz de responder facilmente a mudanças do meio

externo, ou seja, essa condição não é permanente.

A elevação do grau de dificuldade ocorre quando se passa de um

exercício leve para um exercício moderado, ou de um exercício moderado

para um exercício intenso.

Inicialmente, deve estar claro que o organismo humano se encontra

em constante atividade, sendo mantido por funções fisiológicas básicas

mesmo quando o indivíduo está em repouso. A condição das funções

corporais quando mantidas constantes ou inalteradas, fenômeno que se

refere ao estado de equilíbrio dos líquidos e dos tecidos do organismo em

relação às suas funções e composições químicas básicas, utilizadas para

manter o funcionamento do corpo em perfeito equilíbrio, é denominada

homeostase.

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O conceito de homeostase é utilizado, na biologia, para se referir à

habilidade dos seres vivos de regular o seu ambiente interno visando a

manter uma condição estável. O processo de autorregulação acontece por

meio de múltiplos ajustes de equilíbrio dinâmico, controlados por

mecanismos de regulação inter-relacionados. Em linhas gerais, esse é o

processo pelo qual se mantém o equilíbrio corporal geral, que pode ser

responsável pela redução das consequências fisiológicas do estresse em

relação ao exercício ou à velocidade com que a homeostase é atingida

logo após o exercício, voltando o corpo às suas funções normais em

repouso.

Outro fenômeno comum apresentado no organismo, relacionado

diretamente ao exercício, é o estado estável, esse é um comportamento

oposto à homeostase, que diz respeito à estabilidade que é provocada em

alguns órgãos, músculos e tecidos, e que pode manter o equilíbrio da

produção de substratos energéticos e a manutenção da frequência

cardíaca para a realização do exercício. Com isso, o estado estável é

atingido de acordo com a intensidade e a duração do exercício.

Na medida em que se eleva o grau de dificuldade , o organismo se

ajusta, demandando maior custo energético. Assim, o estado estável é

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responsável pela posterior estabilização e pela continuidade da atividade

nessa intensidade, até que esse estado seja insustentável e ocorra a

interrupção do exercício. A partir da compreensão da homeostase, é

possível analisar a utilização das fontes de energia, bem como sua origem

e suas formas de conversão em energia utilizável no movimento humano.

Imagem: Modelos corporais.

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Fontes de energia do corpo humano

Para dar início ao estudo dos fenômenos que ocorrem no organismo

humano durante o exercício físico, é necessário realizar algumas analogias

com situações que ocorrem no cotidiano. Aqui, ressalta-se também a

importância dos efeitos fisiológicos nas diferentes modalidades esportivas

e as condições que cada um se apresenta. Parte desses conceitos será

abordada de acordo com o que é observado na literatura, ressaltando-se

que grande parte dos efeitos metabólicos que ocorrem no organismo

adulto é similar nas crianças e nos adolescentes, diferindo apenas em seus

valores referenciais em função de certas respostas e atividades enzimáticas

específicas a cada grupo populacional.

Primeiramente, é preciso ter claro que o resultado efetivo que se

espera do período de preparação física básica e específica, bem como do

período competitivo, deve ser precedido de um modelo adequado de

treinamento e de periodização em todas as diferentes fases que compõem

este Programa, buscando-se maior eficiência técnica e motora, bem como

maior eficiência para o dispêndio energético dos músculos envolvidos nas

atividades específicas de cada modalidade praticada.

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O dispêndio energético depende de vários fatores, entre os quais se

pode fazer referência ao tipo de exercício, à sua frequência, duração,

intensidade, às condições climáticas, à condição física geral e específica

do indivíduo, à relação da composição corporal e muscular em termos de

fibras musculares do tipo I, II a e II b, assim como os aspectos nutricionais.

Em relação ao desempenho, as atividades esportivas são classificadas

em dois ou três grupos. Assim, considerando-se a demanda energética em

relação ao desempenho, as atividades esportivas podem ser cíclicas,

acíclicas ou, ainda, semicíclicas (combinação de cíclicas e acíclicas).

As modalidades cíclicas são caracterizadas pela repetição contínua e

prolongada de um determinado gesto esportivo; corrida, ciclismo,

natação e remo são alguns de seus exemplos. As modalidades acíclicas

são aquelas que não têm repetição contínua do movimento, e em que a

naturalidade e a espontaneidade dos gestos técnicos são marcantes;

esportes de equipe como futebol, voleibol, basquetebol e handebol então

entre as modalidades mais populares dessa caracterização. Por sua vez, as

modalidades semicíclicas integram simultaneamente atividades repetitivas

e espontâneas, o que pode ocorrer durante a prática de várias

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modalidades, inclusive aquelas mencionadas anteriormente, como a

natação.

Embora as exigências específicas de cada modalidade, que podem

ser adquiridas e treinadas, sejam variáveis, existem componentes

definidos que são comuns para o desenvolvimento do desempenho do

aluno: força, resistência, velocidade e coordenação.

Nesse sentido, o desempenho dos alunos e o treinamento esportivo

são construídos com base nessas diferentes variáveis (força, resistência e

coordenação) e nos tipos de atividades (cíclicas, acíclicas e semicíclicas)

que se inter-relacionam nos diferentes grupos de exercícios (de iniciação

ao alto rendimento). Isso deve ser considerado por todos os profissionais

no momento de definir os melhores exercícios para os diferentes objetivos

propostos para cada aula e para cada um dos ciclos ou fases do Programa.

Referenciando essas breves classificações do movimento e do

esporte, pode-se observar características específicas denominadas

Capacidades Funcionais, e compreender a atuação do metabolismo em

cada modalidade em função de suas características e provas. Essas

capacidades são associadas aos sistemas energéticos específicos da

cadeia de fosfatos de alta energia, à glicólise aeróbia-anaeróbia e ao

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sistema oxidativo, respectivamente. Esses sistemas serão únicos na

sequência deste capítulo.

Além das capacidades funcionais e do metabolismo, outro aspecto

que está diretamente relacionado às respostas fisiológicas durante o

exercício é a diferença entre os meios. Um exemplo prático dessa questão

são as diferenças existentes entre os fluidos dos meios aquático e terrestre,

que podem oferecer maior ou menor resistência ao corpo em função da

densidade, acarretando diferentes e resultados do metabolismo, assim

como das respostas hemodinâmicas, cardíacas e respiratórias entre os

praticantes de atividades físicas nos meios líquido e terrestre.

No entanto, mesmo com essa diferença, as características de

predominância do metabolismo aeróbio e anaeróbio ocorrem em função

das capacidades funcionais, como, por exemplo, a capacidade de força.

Com isso, o respectivo substrato proveniente da alta produção de energia

pela via fosfato estará presente em práticas esportivas que envolvem

atividades em alta velocidade e de curta duração, como: estímulos curtos

de corrida e natação, lançamento de dardo e arremesso de peso, cabeceio

ou mesmo a rápida mudança de direção durante um drible no futebol.

Nessas modalidades, observa-se que a predominância do metabolismo

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anaeróbio está intimamente associada ao tempo de realização da

atividade.

Assim, é preciso considerar que a fisiologia do exercício é o conjunto

de transformações que tem início na conversão e na liberação de energia,

para a realização das atividades musculares, que resultam na contração

muscular e nas mudanças nos mecanismos reguladores dos órgãos e

tecidos qualificados a garantir a manutenção da capacidade vital do

organismo humano.

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Origem das fontes energéticas

Todo organismo é capaz de converter os substratos absorvidos nos

alimentos em energia utilizável para as ações relacionadas aos

movimentos. As fontes de energia dos alimentos ingeridos encontram-se

sob a forma de carboidratos, gorduras e proteínas que são armazenadas

no organismo em estoques necessários para utilização, renovação e

transformação da energia química em energia mecânica, o que permite ao

organismo humano executar suas tarefas diárias, em específico os

movimentos propriamente ditos. Com isso, assim como os processos do

meio ambiente que transformam calor em energia para garantir a

sobrevivência e a saúde das plantas , o organismo humano também

necessita de calor para a produção de energia, fundamental à sua

existência.

Como a energia é dissipada em forma de calor, a quantidade de

energia produzida é o resultado de um conjunto de reações biológicas

mensurado em quilocalorias (kcal ou kcalorias), entende-se que uma

quilocaloria (1kcal) corresponde à quantidade de energia térmica (calor)

necessária para aumentar a temperatura de um quilograma (1kg) ou um

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litro (1l ou 1l) de água em um grau Celsius (10 C). Assim, a oxidação de um

grama de gordura é responsável pela produção de 9kcal de energia,

enquanto a mesma quantidade de carboidratos e proteínas é responsável

pela produção de aproximadamente 4,1kcal de energia, como

demonstrado na imagem abaixo. Por meio dessa reação, é liberada

energia utilizável para os movimentos e também energia livre. A energia

livre é utilizada para o crescimento e para a reparação do organismo,

sendo esses os processos responsáveis pelo aumento da massa muscular,

pelo reparo de lesões, pelo transporte ativo de substâncias e pela

manutenção da homeostasia.

Imagem: Liberação de energia resultante da utilização de 1g de carboidratos e de 1g de gordura.

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Os carboidratos são a principal fonte de energia extraída dos

alimentos, mas parte da ingestão dos carboidratos, quando o corpo se

encontra em repouso, é convertida diretamente em moléculas de

glicogênio, que são armazenadas no fígado e nos músculos para sua

conversão em moléculas de energia. Ressalta-se que essa produção e

liberação de energia ocorre em velocidade diferenciada nas crianças,

quando comparado aos adultos, e também em cada pessoa dependendo

do seu metabolismo.

As gorduras são responsáveis pelo fornecimento de energia em

exercícios de longa duração e baixa intensidade, como, por exemplo, a

maratona ou provas de 800 ou 1.500 metros na natação. No entanto, esses

estoques de triglicerídeos (forma de armazenamento da gordura no

organismo) são transformados em sua composição básica, constituída de

glicerol e ácidos graxos, por meio do processo denominado lipólise. A

lipólise é realizada por meio do transporte do glicerol ao fígado para a

transformação da glicose em glicogênio e sua utilização para liberar a

energia necessária aos exercícios.

O glicogênio é utilizado pelas fibras musculares ativas e

posteriormente é encaminhado às mitocôndrias das células que


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participarão do ciclo de Krebs, produzindo a energia necessária para a

realização do esporte. A lipólise predomina principalmente em exercícios

de intensidade baixa e moderada, em circunstâncias de estresse causado

por mudanças climáticas, especificamente em condições de tempo frio e

de exercício prolongado, capazes de exaurir as reservas corporais de

glicogênio.

Imagem: Ciclo de Krebs.

As proteínas são os nutrientes que fornecem menos substrato para se

converter em energia utilizável: são responsáveis por apenas de 5% a 10%

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da energia utilizável para manter os exercícios por um tempo prolongado,

sendo utilizada apenas sua unidade mais básica, os aminoácidos. Para que

isso ocorra, é necessário que as proteínas sejam convertidas em glicose, e

somente em condições severas e de depleção dos demais substratos.

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Produção de energia pela atividade celular

A adenosina trifosfato, popularmente conhecida como ATP, é uma

molécula de alta energia produzida pelo organismo, presente em todas as

células, que consiste em uma molécula de adenosina (adenina) unida a

uma molécula de nucleosídeo (ribose) e a três radicais fosfato (composto

de fósforo unidos a oxigênios), conectados em cadeia, onde a energia é

armazenada nas ligações entre os fosfatos.

A quebra de uma molécula do grupo fosfato libera uma grande

quantidade de energia, aproximadamente entre 7,3 e 7,6kcal/mol12 de

ATP, reduzindo o ATP a uma molécula de adenosina difosfato (ADP) e uma

molécula de fosfato inorgânico (Pi).

Essa reação ocorre por causa de uma enzima específica conhecida

como adenosina trifosfatase (ATPase). A reação das diferentes enzimas

ocorre com a liberação de energia durante o processo de quebra da

molécula original. A energia livre liberada nessas reações é responsável

pelos processos de contração muscular e pelos estímulos elétricos neurais

que controlam os movimentos corporais e a regulação hormonal. Portanto,

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quando se pensa em qualquer atividade que utilize movimentos ou mesmo

o repouso, é possível compreender que se está liberando energia pela

quebra de moléculas de ATP, que estão sendo utilizadas para a realização

de tal atividade.

Imagem: Componentes da molécula de ATP.

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A fim de facilitar a compreensão da verdadeira função do ATP, pode-

se fazer uma analogia com o funcionamento de uma bateria recarregável,

uma vez que essa substância pode acumular a energia liberada por

compostos de nível energético mais elevado e, posteriormente, cedê-la

para formar compostos de menor nível energético, esses fenômenos são

conhecidos, respectivamente, como reações endergônicas e reações

exergônicas .

Imagem: Representação da atividade enzimática no processo de quebra de moléculas

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Essas reações produzem um mecanismo sensível de manutenção e

de regulação do metabolismo energético que, por sua vez, estimula

imediatamente a decomposição dos nutrientes armazenados para

fornecer energia para a ressíntese de ATP (anabolismo), aumentando,

assim, a velocidade do metabolismo energético nos estágios iniciais dos

exercícios de alto desempenho ou apenas para suprir as demandas das

atividades da vida diária, em esforços de mais longa duração e de baixa

intensidade.

Esse ciclo ATP-ADP é a forma fundamental de troca de energia em

sistemas biológicos. Nos músculos ativos, essa energia ativa liberada pela

quebra da ATP em ADP, sobre os elementos contráteis (miosina ou actina),

induz o ciclo alongamento-encurtamento das fibras musculares, que é

responsável pela potência muscular em atividades que requerem

contração extremamente rápida. Essa característica é passível de

observação em atividades como os saltos no atletismo, a saída e as viradas

na natação, e o chute a gol no futebol.

Porém, ressalta-se que, tanto na síntese como na ressíntese, é

necessário que ocorra a liberação de energia para que tais ações sejam

mantidas em funcionamento. O fluxo dessas ações é contínuo e


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simultâneo, e sempre produz energia livre, como demonstrado na imagem

abaixo, a seguir, vê-se que a própria ressíntese de ADP em ATP ocorre por

meio do substrato fosfocreatina (PCr) e da enzima creatina quinase (CK),

utilizando-se energia livre para a síntese de uma nova molécula de ATP.

Quando ocorre de quantidades extras de ATP estarem disponíveis nas

células, grande parte da sua energia é utilizada para sintetizar PCr,

formando com isso um reservatório de energia. Desse modo, quando o

ATP passa a ser utilizado na contração muscular, a energia da PCr é

transferida rapidamente de volta à ATP, e daí para os sistemas funcionais

das células. Essa relação reversível entre o ATP e a PCr é representada na

imagem a seguir.

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Imagem: Ressíntese de ADP e ATP.

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Considerando que a PCr não pode atuar da mesma forma que o ATP,

como elemento de ligação na transferência de energia dos alimentos para

os sistemas funcionais das células na manutenção da capacidade vital e do

exercício, esse substrato pode transferir energia na conversão do ATP;

além disso, é importante ressaltar que, o maior nível energético da ligação

do fosfato de alta energia faz com que a reação entre a PCr e o ATP atinja

um estado estável favorável à produção de ATP. Portanto, a mínima

utilização de ATP pelas fibras musculares busca energia da PCr para

sintetizar imediatamente mais ATP. Esse efeito mantém a concentração do

ATP em um nível quase constante, enquanto existir PCr disponível e, por

consequência, maior ressíntese em diferentes intensidades de exercício e

produção de novas moléculas de ATP para atuar na contração muscular

durante as atividades esportivas.

No entanto, nem toda a energia liberada pela hidrólise do ATP é

utilizada na contração muscular. Apenas uma pequena parte dessa energia

é utilizada no deslizamento dos miofilamentos, uma vez que a maior parte

se dissipa na forma de calor. Aliás, cerca de 35% da energia total produzida

no corpo humano é liberada sob a forma de calor. No entanto, esse

aparente desperdício é fundamental para um organismo homeotérmico

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ou seja, um organismo com temperatura constante, de modo a permitir

seu funcionamento 24 horas por dia, considerando que esse

funcionamento é em grande parte dependente da temperatura corporal.

Um exemplo clássico desse processo é o aumento da temperatura

corporal que ocorre nos indivíduos que realizam exercícios, o que gera

uma maior utilização do ATP. Isso conduz à ativação dos mecanismos de

regulação homeotérmica localizados no hipotálamo, como a

vasodilatação, o relaxamento dos músculos eretores dos pelos e a

sudorese, o que resulta em ajustes do organismo para a regulação da

produção de calor, bem como para a prática de exercícios.

Diante de tal necessidade do metabolismo quanto à produção de

mais energia, conforme o exercício se prolonga, mais ATP é necessário

para a realização da atividade muscular.

A maneira como a ressíntese ocorre depende da intensidade e da

duração total dos exercícios, podendo ela ser proveniente de fontes

anaeróbias, por meio do sistema fosfagênio, do sistema glicolítico, do

glicogênio intramuscular e hepático, e de forma aeróbia, por meio ciclo de

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Krebs, também conhecido como ciclo do ácido cítrico ou sistema

oxidativo.

Os dois primeiros sistemas energéticos são denominados

anaeróbios, sendo que neles a produção de energia, teoricamente, não é

dependente da utilização de oxigênio (O2). Por outro lado, a produção de

energia pelo ciclo de Krebs ou sistema oxidativo ocorre no nível

mitocondrial, sendo possível a produção de ATP mediante a utilização de

oxigênio, razão pela qual tal sistema se denomina aeróbio. Desse modo, o

sucesso e a operacionalidade de cada um dos grupos das atividades em

questão dependem predominantemente do funcionamento do sistema

energético utilizado, razão pela qual serão detalhadas as características de

cada um desses sistemas, bem como sua predominância metabólica.

A principal função dos referidos sistemas energéticos é precisamente

ressintetizar e reutilizar ATP para a contração muscular, uma vez que o

sistema musculoesquelético é incapaz de utilizar diretamente a energia

produzida pela degradação dos grandes compostos energéticos

provenientes da alimentação, como a glicose, os ácidos graxos ou mesmo

os aminoácidos. Por isso, todas as outras moléculas energéticas devem de

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ser previamente convertidas em ATP de modo a disponibilizar essa energia

para a contração muscular.

Isso não se deve ao fato de existir somente um tipo de enzima nas

pontes cruzadas de miosina, nesse caso, faz-se referência à enzima ATPase.

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Metabolismo anaeróbico alático: sistema atp-cp (fosfagênio)

Dos sistemas mencionados, o sistema energético do fosfagênio,

juntamente com a molécula de ADP, resulta diretamente na produção de

ATP. O sistema fosfagênio representa a fonte de ATP de disponibilidade

mais rápida para ser usada pelo músculo como fonte de energia. A

associação da creatina a ele, ou seja, o sistema ATP-CP, creatina-fosfato,

fornece essa reserva de energia para a mais rápida e eficiente regeneração

do ATP, se comportando como importante reservatório de energia

utilizado na prática de exercícios de curta duração e alta intensidade. A

quantidade de ATP disponibilizada pelo sistema fosfagênio equivale entre

5,7 e 6,9kcal, o que não representa muita energia disponível para o

exercício. Atividades que exigem altos índices de energia durante um

breve período de tempo dependem basicamente da produção de ATP a

partir das reações enzimáticas desse sistema e, por isso, ele é utilizado na

produção de ATP em exercícios de alta intensidade e de curta duração.

Os sistemas ATP e PCr podem proporcionar uma potência muscular

máxima por um período aproximado de 8 a 10 segundos, o que é

suficiente para um chute a gol, um lançamento longo, uma cobrança de


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falta ou lateral no futebol, uma corrida de 100m, um arremesso de peso ou

martelo, um lançamento de dardo ou disco no atletismo, ou um golpe de

judô, este último utilizando-se predominantemente da capacidade física

chamada força explosiva ou força explosiva máxima.

O ATP necessário para a contração dos músculos nessas atividades

estará tão prontamente disponível porque esse processo de produção de

energia requer poucas reações químicas, e não requer, teoricamente, a

presença de moléculas de oxigênio (O2), estando o ATP e a PCr

armazenados e disponíveis nos músculos para tal finalidade.

A PCr apresenta uma cadeia de fosfato de alta energia, metabólito

que libera grande quantidade de energia livre durante a sua

desfosforilação e, como o ATP, decompõe-se na presença da enzima

creatina quinase (CK), processo em que a energia é liberada para formar

outra molécula de ATP a partir da molécula de ADP, atuando diretamente

no sistema muscular contrátil. Com isso, as ligações de alta energia da PCr

liberam consideravelmente mais energia se comparadas às moléculas de

ATP, aproximadamente de 11 a 13kcal/mol em músculos ativos.

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As fibras musculares de contração rápida (tipo II), armazenam de 4 a

6 vezes mais fosfocreatina (PCr) do que ATP. Nesse sentido, no processo

de contração muscular, a PCr tem o papel de servir como um “reservatório

energético” das células musculares para oferecer energia rápida,

resultante da quebra das ligações fosfatos para ressíntese do ATP.

O aumento das concentrações de PCr via suplementação ergogênica,

especificamente com a creatina, pode elevar de 10% a 40% o valor total

das reservas energéticas. Nesse contexto, a suplementação de creatina,

sempre com orientação de um especialista da área médica, pode evitar a

fadiga por aumentar a disponibilidade de fosfato creatina, aumentando

também a ressíntese de creatina-fosfato e reduzindo a acidose muscular.

O sistema ATP-CP pode ser considerado um sistema-tampão de ATP,

entendendo-se aqui o “tampão” como a mistura de um ácido com a sua

base conjugada (salina) que, quando presente em uma solução, reduz

qualquer alteração de pH que poderia ocorrer na solução quando se

adiciona a ela um ácido ou um composto alcalino. Esse ponto será

retomado na descrição dos processos de conversão do metabolismo

glicolítico e na produção de ácido pirúvico (lactato) mencionado na

sequência deste caderno.


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De fato, é facilmente compreensível a importância de se manter

constante a concentração de ATP, uma vez que a velocidade da maioria

das reações no organismo depende dos níveis desse substrato.

Particularmente, no caso das atividades físicas e ou do esporte, a contração

muscular é totalmente dependente do nível constante das concentrações

intracelulares de ATP, porque essa é a única molécula que pode ser

utilizada para provocar o deslizamento dos miofilamentos contráteis de

actina e miosina, responsáveis por esse processo.

Quando finalmente ocorre a exaustão, os níveis de ambos os

substratos (ATP e PCr), estão baixos, e eles então são incapazes de fornecer

energia suficiente para assegurar posteriores contrações e relaxamentos

das fibras ativas. Desse modo, a capacidade dos indivíduos de manter os

níveis de ATP durante os exercícios de alta intensidade, à custa da energia

obtida pela PCr, é limitada no intervalo de tempo.

No entanto, estudos recentes sugerem que a importância do sistema

anaeróbio alático vai além dos 15 segundos, e que esse continua a ser o

principal sistema energético mesmo em esforços máximos com duração

de até 30 segundos.

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Convém salientar que, em situações de forte depleção energética, o

ATP muscular pode ainda ser ressintetizado, exclusivamente a partir de

moléculas de ADP, por meio de uma reação catalisada pela enzima

mioquinase (MK). No entanto, na maioria das reações energéticas

celulares, ocorre apenas a hidrólise do último fosfato do ATP, como

demonstrado a imagem a seguir.

Imagem: Ressíntese de ADP pela reação de via de mão dupla da creatina-fosfato (PCr).

Portanto, é necessário planejar o estímulo das sessões de treinamento

para que, diante da exigência motora das atividades em questão, não se

transforme somente em uma atividade que esgote todo o estoque de ATP

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sem o devido período de recuperação, necessário para a realização com

eficiência de um novo estímulo.

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Metabolismo anaeróbico lático: sistema glicolítico

O processo de glicólise anaeróbia envolve a degradação incompleta

de uma das substâncias alimentares mais presentes nesse processo, que

são os carboidratos, com a sua transformação em compostos de açúcares

simples – monossacarídeos, nesse caso, a glicose, capazes de atuar na

ressíntese de ATP, produzindo energia livre para a realização da contração

muscular e, consequentemente, os movimentos. A glicose representa

aproximadamente 99% de todos os açúcares circulantes no sangue, sendo

originária da digestão e da síntese dos carboidratos, que também podem

ser convertidos na forma de moléculas de glicogênio e armazenados no

fígado e nos músculos.

O glicogênio armazenado no fígado é sintetizado a partir da glicose,

por meio de um processo denominado glicogênese, sendo que o

catabolismo desse glicogênio para a utilização na via anaeróbia é

denominado de glicogenólise. A glicogenólise necessita de três enzimas

(fosforilase, enzima desramificante e fosfoglicomutase) para a realização

de sua função, sendo a principal delas a fosforilase, responsável pela

liberação da glicose a partir do glicogênio.


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O processo de glicólise anaeróbia é mais complexo do que a

formação de ATP do sistema do fosfagênio, ele é composto por 12 reações

enzimáticas que contribuem para a formação do ácido lático e

posteriormente, para a produção do subproduto conhecido como lactato,

contribuindo ainda para a formação do ácido pirúvico, que, associado a

uma molécula de coenzima-A (Co-A), terá atuação no sistema aeróbio.

A glicólise anaeróbia representa também um dos principais

fornecedores de ATP durante atividades de alta intensidade e de curta

duração, como corridas de 400 e 800 metros, e provas de 50 e 100 metros

na natação. Essas atividades dependem maciçamente do sistema do

fosfagênio e da glicólise anaeróbia, e são denominadas atividades

anaeróbias.

Na glicólise aeróbia, o piruvato adentra a mitocôndria por meio dos

transportadores monocarboxílicos (MCT), ao passo que, na glicólise

anaeróbia, o piruvato é convertido em ácido lático pela ação da enzima

lactato desidrogenase (LDH). Na realidade, esse sistema pode ser

extremamente eficaz, porque os músculos apresentam uma alta

capacidade de degradar rapidamente a glicose e de produzir grandes

quantidades de ATP durante curtos períodos de tempo. As dez reações


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que ocorrem no interior do citoplasma celular e que compõem o processo

da glicólise anaeróbia estão descritas na imagem, a seguir.

Imagem: Sistema da Glicólise.

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A partir de 1 mol ou 180g de glicogênio, são ressintetizados 3

mol de ATP. Desse modo, é possível converter rapidamente uma molécula

de glicose em duas moléculas de ácido lático, formando paralelamente

duas moléculas de ATP sem necessidade de se utilizar O2. Duas moléculas

de ATP são produzidas, porque uma das moléculas atua diretamente na

conversão do glicogênio, a glicose-1-fosfato, e posteriormente a glicose-

6-fosfato.

No caso da glicose-6-fosfato, como é encontrada em baixa

quantidade para ser convertida em glicose no sistema

musculoesquelético, parte dessa molécula é destinada à conversão de

glicogênio para que este se converta em glicose. Na sequência, a quebra

da glicose-6-fosfato ocorre em nove reações que compõem a via

metabólica central da glicólise, resultando, após as etapas finais, na

formação do piruvato, que pode ser oxidado formando ácido lático e/ou

posteriormente reduzido a lactato, ATP e NADH .

Esse sistema energético proporciona a rápida formação de uma

molécula de ATP por cada molécula de ácido lático, ou seja, esses

compostos são produzidos em uma relação de 1:1.

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Na musculatura esquelética ativa, a glicose entra em ação a partir da

glicogenólise, na formação da glicose-6-fosfato, facilitada pela entrada no

processo de moléculas de proteínas transportadoras (GLUT-4) localizadas

no sarcolema.

Os transportadores de glicose são uma “família” de 14 membros, que

proporcionam a difusão facilitada da glicose, por gradiente de

concentração , através da membrana plasmática das células. Denominadas

GLUTs de 1 a 14, em ordem cronológica de caracterização, as isoformas

apresentam propriedades cinéticas e reguladoras distintas, que refletem

seus papéis definidos no metabolismo celular da glicose e na homeostase

glicêmica corporal total.

Apesar da grande quantidade de etapas para a conversão da glicose

em ATP, o organismo humano também produz certa concentração de

acido lático, que aumenta de acordo com o tempo de realização da

atividade física, na mesma intensidade ou em intensidade superior,

aumentando, assim, a velocidade de produção do acido lático. A produção

de lactato, portanto, acaba por ser um mal menor e inevitável quando se

recorre a esse sistema energético, razão pela qual também pode ser

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objetivo de um treino trabalhar o que habitualmente se denomina

tolerância ao lactato.

Os aspectos referentes ao treinamento de tolerância ao lactato

procuram estimular a sua produção, submetendo o indivíduo a atividades

de alta intensidade, de forma que o lactato seja lançado em grandes

quantidades na corrente sanguínea para induzir, progressivamente, um

melhor desempenho, mesmo sob elevada lactacidemia .

É possível que a curva de lactato em relação à intensidade se

modifique com esses estímulos, mas é preciso ficar claro que a faixa

limítrofe desse processo não deve ser estimulada constantemente, além

de exigir sempre um acompanhamento constante e profissional.

Imagem: Curva de lactato em relação à intensidade.

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Ácido lactato e lactato

Por se tratar de um assunto complexo, e considerando que esse pode

ser um instrumento para mensuração da capacidade aeróbia ao qual os

profissionais não tenham facilidade para o acesso, optou-se por abordá-lo

de forma sucinta.

Primeiramente, deve-se esclarecer as definições de ácido lático e de

lactato. Porém, quando se trata de detalhamentos de todo o processo

glicolítico com ênfase na via anaeróbia, deve-se ter em mente que o

produto final com a interrupção da atividade será sempre o lactato, e não

o ácido lático. Esse entendimento gerou certa confusão entre o lactato e o

ácido lático, sendo que se acreditou, por décadas, que as duas substâncias

fossem iguais, mesmo sabendo-se que o lactato e o piruvato são sais

contidos nos ácidos.

Assim, destaca-se que o lactato e o ácido lático são substâncias

parecidas, tendo como referencial bioquímico o fato de que os ácidos são

capazes de doar prótons, enquanto as bases são substâncias capazes de

recebê-los. A diferença entre o lactato e o ácido lático está na presença de

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um átomo de hidrogênio (H+) a mais na estrutura desse último. O fato de

o hidrogênio se ligar ou não à estrutura da molécula depende do pH, se

mais ou menos ácido em que ele se encontra. Nesse caso, para que a

molécula de ácido lático se forme, ou seja, para que o hidrogênio se ligue

à estrutura da molécula formando um ácido, a musculatura humana teria

de apresentar um pH igual a 3,2, ou seja, muito ácido. Isso se torna

praticamente impossível, pois as proteínas contidas nos músculos e nas

enzimas existem apenas no pH igual a 7,4. Por esse motivo, a musculatura

produz lactato como produto final, e não ácido lático, como é apresentado

em diferentes situações, inclusive na mídia especializada em esportes.

Imagem: Composição química do Ácido lático e Lactato.

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No caso de exercícios de baixa intensidade, aumenta a necessidade

de energia, incrementando, assim, a velocidade da glicólise anaeróbia,

logo, é formada grande quantidade de piruvato como produto final, e a

necessidade de energia para a realização da contração muscular é

determinada pela demanda energética do exercício.

A metabolização de uma molécula de glicose pela via da glicólise

anaeróbia produz duas moléculas de piruvato, causando,

simultaneamente, a redução de duas moléculas de NAD+27 para NADH+ .

Por outro lado, para que a glicólise possa prosseguir de forma de NAD que

o sistema aeróbio seja ativado, é necessário que o NADH+ seja novamente

oxidado em NAD+ por efeito da “bomba” de prótons no nível da

membrana da mitocôndria, ou seja, pelo FAD28 intramitocondrial, que atua

como agente oxidante dessa molécula no nível citoplasmático; o FAD

mitocondrial é, assim, reduzido a FADH2. Dependendo da capacidade

mitocondrial para sustentar a demanda exigida, o piruvato segue para a

mitocôndria, onde é oxidado e transforma-se em energia pela via aeróbia.

O piruvato produzido nessa via pode, então, prosseguir para o ciclo

de Krebs, enquanto o oxigênio funciona como aceitador final dos íons de

H+ provenientes da cadeia de transporte de elétrons. Essa via de


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regeneração do NAD+ citoplasmático mantém em equilíbrio o estado

redox29 da célula e permite a continuação da glicólise. Porém, quando a

“bomba” de prótons da membrana mitocondrial é capaz de manter o

estado redox do NADH + H+ citoplasmático em uma taxa equivalente à sua

produção pela glicólise, este se acumula, reduzindo a concentração de

NAD+ e, com isso, o estado redox do citoplasma.

Nessas condições, o piruvato passa também a atuar como agente

oxidante, regenerando o NADH+ para NAD+ , e sendo, por sua vez,

reduzido para lactato. Ambas as vias de regeneração do NAD+ coexistem

dentro da célula, mas à medida que a intensidade do esforço aumenta, a

glicólise anaeróbia tende a contribuir com uma proporção crescente.

Portanto, essa via alternativa de regeneração do NAD+ acaba por resultar

no acúmulo de lactato.

Diante desses fatos, o ácido lático é um ácido significativamente mais

forte do que o piruvato, e causa influência direta no estado redox da célula,

enquanto o acúmulo de lactato altera o equilíbrio ácido-base da célula,

atuando diretamente na redução do pH intracelular e diminuindo, assim, a

produção da ATP.

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Considerando as características morfológicas relacionadas a

predominância do tipo de fibras musculares que são peculiares aos

indivíduos praticantes de determinadas modalidades, como é o caso do

predomínio de fibras de contração lenta em fundistas e de fibras de

contração rápida em velocistas, em relação a essa alta produção de ácido

lático e lactato, a musculatura apresenta alta atividade glicolítica de acordo

com a distância praticada em cada prova, por apresentar uma elevada

porcentagem de fibras tipo II a e II b, bem como elevadas concentrações

de lactato, sendo a glicólise a principal fonte energética nas fibras tipo II

durante o exercício intenso.

De fato, as maiores concentrações sanguíneas de lactato observadas

em atletas de elite têm sido descritas precisamente em corredores

especialistas em provas de 400 e 800m, que frequentemente atingem

valores lactacidêmicos de 16,3mmol/l30, podendo chegar a valores de 22

a 23mmol/l.

Um exemplo prático e de fácil observação ocorre durante a corrida

de 400 metros, cerca de 40% da energia produzida e utilizada como fonte,

nessa situação, é resultante da glicólise anaeróbia. No entanto, as

quantidades significativas de ácido lático e de lactato que se acumulam


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nos músculos durante esse tipo de exercício provocam uma acidose

intensa pela liberação dos íons H , o que pode estar relacionado à indução

da fadiga. Esse último fenômeno resulta de alterações do ambiente físico-

químico dentro das fibras musculares, com a redução do pH intramuscular.

Isso produz uma maior concentração de H+ e, por consequência, um

aumento na ventilação alveolar e pode causar a interrupção do exercício,

caso seja continuado em intensidades similares à inicial e pela própria

dificuldade de produção, síntese e ressíntese de ATP nas fibras musculares

esqueléticas.

Por esse motivo, nos períodos de treinamento que antecedem os

eventos esportivos mais importantes, os corredores de 400 metros deve

procurar desenvolver o máximo possível a sua tolerância à acidose

metabólica, correndo, em alguns momentos do treino, em velocidades

elevadas, muito próximas à velocidade que será atingida durante o

desempenho máximo, com o intuito de produzir acidoses musculares

extremas, uma vez que o pH intramuscular pode decrescer de 7,1 para 6,5

ao final de um estímulo prolongado de alta intensidade.

Um fenômeno similar a esse pode ocorrer com nadadores e com

jogadores de futebol, basquete ou handebol uma vez que os contra-


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ataques são muito comuns nessa modalidade coletiva, tendo como

característica o metabolismo aeróbio durante as partidas e as provas de

natação, devido ao fato de parte do programa de provas encontrar-se no

âmbito da produção da ATP via glicólise anaeróbia-aeróbia. A razão por

que esses atletas procuram aumentar a capacidade lática é explicada pelo

fato de que, quanto mais ácido lático e/ou lactato for produzido, menor

será a produção de ATP por essa via.

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Metabolismo aeróbico: sistema oxidativo

Este é o sistema de produção de energia mais complexo dentre os

apresentados até o aqui, mas suas etapas serão detalhadas de forma a

facilitar a compreensão e para que o conhecimento adquirido seja

utilizado e aplicado na prática, em sessões de treinamento.

Primeiramente, é preciso dizer que esse sistema é o único que usa o

oxigênio (O2) como principal elemento para o catabolismo dos substratos

envolvidos no processo de degradação, até a formação de moléculas de

energia que atuam diretamente nos exercícios ou na própria ressíntese de

novas dessas moléculas, processo denominado respiração celular.

Em exercícios de longa duração, o sistema aeróbio é a principal via

para a ressíntese de ATP, ocorrendo nas mitocôndrias e utilizando

oxigênio.

Alguns estudos que fazem referência ao ponto de vista energético

dizem que os esforços contínuos situados entre 60 e 180 segundos são

assegurados pela atuação dos sistemas glicolítico e oxidativo de forma

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concomitante, o que significa que cerca da metade do ATP será produzida

fora das mitocôndrias, e o restante em seu interior.

No entanto, nos esforços de duração superior a 180 segundos, a

produção de ATP é assegurada pelas mitocôndrias, que garantem o efeito

do metabolismo oxidativo ou, simplesmente, sistema aeróbio. Desse

modo, as atividades esportivas com duração superior a 180 segundos

dependem da presença e da utilização do oxigênio nos músculos ativos e

em sua fase de recuperação após esse exercício, uma vez que 75% do

subproduto obtido (lactato) pela ausência de oxigênio na via, produzido

durante os exercícios de alta intensidade, é removido pela oxidação,

enquanto os 25% restantes desse subproduto são convertidos pelo

processo de gliconeogênese, denominado ciclo 33 de Cori , voltando a

formar glicose e a atuar no processo de produção de novas moléculas de

ATP.

A imagem, a seguir, ilustra esse ciclo, demonstrando a produção de

alanina e o subproduto lactato utilizado na produção de glicose.

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Imagem: Ciclo de CORI.

Ao contrário da glicólise, os mecanismos celulares oxidativos que

ocorrem nas mitocôndrias permitem a continuação do catabolismo a partir

do piruvato produzido pelo sistema glicolítico aeróbio, bem como dos

ácidos graxos (lipídios) e dos aminoácidos (proteínas). No entanto, essa

produção do piruvato é realizada por uma enzima específica e por um

composto denominado acetil-coenzima A , que atua diretamente no ciclo

de Krebs, em que uma série complexa de 11 reações químicas tem como

produto final a ATP, o dióxido de carbono (CO2) e o hidrogênio (H+).

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Imagem: Esquema representativo do ciclo de Krebs.

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As moléculas de NAD36 e de FAD37 são responsáveis pelo transporte

de átomos de hidrogênio direcionados à cadeia de transporte de elétrons,

onde são clivados em prótons e elétrons, combinando-se os íons de H+

com o O2 na produção de água (H2O) e na diminuição da acidose

intracelular, que atua constantemente durante todas as reações químicas

no ciclo de Krebs.

Apesar de esse sistema parecer pouco eficiente, a degradação total

de uma molécula de glicose produzir de 36 a 38 ATPs e cerca de outras

130 moléculas pela ressíntese de ácidos graxos em um ciclo completo.

Essa é uma grande contribuição para eventos esportivos de longa duração,

no atletismo, como corridas e provas de rua de longa distância e, na

natação, especificamente nas provas de meio fundo e de fundo.

Boa parte dos atletas que participam dessas provas apresentam

predominância de fibras do tipo I . Alguns apontamentos referentes às

características desse tipo de metabolismo fazem alusão às posições do

futebol de campo, basquete ou handebol, ao considerar que, devido às

diferentes exigências dos sistemas energéticos demandados nas

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diferentes situações de jogo, é plausível observar diferentes tipos de fibras

nos jogadores de determinadas posições.

É importante ressaltar que, independentemente da posição e da

situação em que esteja o jogador na partida, a base do seu treinamento é

realizada com ênfase nessa via do metabolismo. Esportes como atletismo

e natação também apresentam a mesma característica, apesar de serem

esportes cíclico, como dito anteriormente.

Assim, as sessões de treinamento são compostas, em sua grande

maioria, de períodos em que se trabalham as especificidades das provas,

levando em consideração os metabolismos anaeróbio e glicolítico, bem

como a ocorrência de momentos de utilização do metabolismo aeróbio,

tudo isso visa a favorecer a recuperação mais acentuada e o rápido

esgotamento de ATP e das demais substâncias envolvidas durante o

esforço, para a realização de uma nova série ou esforço referente ao

estímulo dado inicialmente.

Devido à necessidade de se compreender o funcionamento de cada

um desses sistemas de maneira particular, e devido às questões

mencionadas em relação à modalidade dos esportes coletivos, os quais,

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aparentemente, no tempo total do jogo, podem apresentar ações

integradas entre os sistemas aeróbio e anaeróbio , é necessário que se faça

uma breve explicação sobre o funcionamento integrado dos sistemas

energéticos, para se compreender as diferentes solicitações e os períodos

de uso de cada sistema na produção conjunta de energia.

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Complexo dos sistemas energéticos
No início deste capítulo, os sistemas fosfocreatina, glicolítico e

oxidativo foram apresentados isoladamente, procurando-se descrever os

fenômenos peculiares à sua demanda para a ressíntese de ATP. A partir

daí, parte-se para uma breve e simplificada discussão sobre a atividade

conjunta desses sistemas na produção de energia, bem como na

realização dos movimentos ou na sua interrupção, provocada pela

diminuição na ressíntese e na utilização da ATP.

Assim, um dos aspectos indispensáveis no campo da bioenergética,

e que tem importância prática para o planejamento do treinamento

esportivo, assim como em situações de competição, é a compreensão do

funcionamento integrado dos sistemas de produção de energia.

Recapitulando, o metabolismo energético é composto pelos

processos de armazenamento e de liberação de energia dos nutrientes,

por meio de diferentes reações químicas. A energia necessária para a

contração muscular, durante a realização de exercícios físicos, é

proveniente da hidrólise de ATP. No entanto, sua concentração

intramuscular é extremamente baixa, sendo suficiente para fornecer

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energia por somente alguns segundos. Com isso, conforme se prolonga o

período da atividade física, maior será a necessidade da ressíntese de ATP.

Sendo assim, o estabelecimento do sistema predominante de ressíntese

da ATP depende da intensidade e da duração total do exercício.

Na realidade, a ação desses sistemas ocorre simultaneamente,

embora sempre exista a predominância de um determinado sistema sobre

o(s) outro(s), dependendo de fatores como a intensidade e a duração do

exercício, a quantidade de reservas disponíveis em cada sistema para

produção ou utilização imediata, a predominância e as proporções entre

os tipos de fibras musculares, e a presença das enzimas específicas que

atuam em cada um dos sistemas.

Pode-se entender melhor essa questão por meio dos seguintes

exemplos: uma corrida de 100 metros rasos, em que 80% do ATP

produzida provém da degradação da creatina fosfato, 15% da glicólise

anaeróbia e 5% do sistema oxidativo, uma corrida de 800 metros rasos, em

que a produção de energia é assegurada em proporções ou percentuais

iguais pelos sistemas glicolíticos (33,3% cada), e por fim, uma corrida de

1.500 metros, em que a participação aeróbia responde por 67% da energia

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necessária, com participação de 23% da glicólise e 10% do sistema

fosfagênio.

Portanto, independentemente da predominância do sistema

energético, de acordo com a tipologia de fibras e as características das

provas, todos os sistemas estão ativados durante a fase inicial do exercício,

sendo a sua predominância determinada por sua duração e intensidade.

O gráfico, abaixo, ilustra a demanda energética dos diferentes tipos

de metabolismo, demonstrando o tempo de duração de cada um deles

em suas respectivas vias.

Gráfico: Demanda energética dos diferentes tipos de metabolismo.

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Ao se observar a contribuição energética dos três sistemas em função

do tempo de esforço, é possível observar que o sistema fosfagênio

representa o principal sistema energético para esforços de intensidade

máxima entre 1 e 10 segundos, dependendo especificamente da

contribuição do sistema creatina-fosfato para a produção de energia. Após

esse período, a glicólise assume o papel preponderante nos esforços

máximos entre 10 e 90 segundos. Por fim, o sistema oxidativo assegura

mais de 80% do dispêndio energético nos esforços de duração superior a

90 segundos.

Ressalta-se que, nas provas de 50 metros da natação, a produção de

energia ocorre combinando-se os sistemas fosfagênio e glicolítico, por

outro lado, nas provas acima dos 100 metros, ocorre predominância dos

sistemas fosfagênio-glicolítico.

No entanto, independentemente da contribuição energética de cada

sistema, é possível constatar que, mesmo em provas de velocidade pura,

como é o caso dos 100 metros rasos da natação, cerca de 5% da ATP são

produzidos via sistema oxidativo. Outro aspecto fundamental a se notar é

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o fato de que os vários sistemas apresentam potências e capacidades

energéticas distintas.

A tabela, a seguir, apresenta os diferentes sistemas de energia e os

períodos de realização de atividades, com a respectiva solicitação

energética para a realização efetiva dos movimentos indicados. Esta tabela

foi construída com base em situações reais de campo, e não em conceitos

atribuídos em laboratório.

Tabela: Dependência metabólica nas diferentes provas e modalidades esportivas (estimada).

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Pereira e Souza Junior (2004) e Gastin (2001) demonstram a

predominância dos tipos de metabolismo, apontando os valores

percentuais de contribuição de cada um deles. A Tabela, a seguir, faz

alusão à estimativa da contribuição aeróbia e anaeróbia na produção de

energia durante períodos de exercício máximo, demonstrando que,

aproximadamente aos 75 segundos de exercício, ocorre o equilíbrio entre

as duas formas de produção da ATP como fonte de energia pelas vias

aeróbia e anaeróbia; portanto, considera-se esse o momento de transição

entre a produção de ATP pela via da glicólise aeróbia-anaeróbia.

Tabela: Percentual de produção de energia pelas vias aeróbia e anaeróbia na produção da ATP.

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Após verificar-se que a participação dos diferentes sistemas

energéticos ocorre de maneira concomitante em função do tempo em que

o indivíduo pratica determinado exercício, é preciso entender as zonas

limites de mensuração do metabolismo e suas possibilidades de avaliação,

levando em consideração os aspectos que podem estar diretamente

envolvidos nessa resposta. No entanto, entende-se que, para melhor

compreensão dos profissionais do Programa, inicialmente é necessário

entender as adaptações neuromusculares ao exercício e, posteriormente,

as formas de mensuração de energia por meio de métodos não invasivos

que determinam as necessidades nutricionais e a taxa de utilização dos

substratos energéticos. Tudo isso visa à compreensão posterior dos

métodos que auxiliam na análise e na avaliação do metabolismo, que serão

abordados na sequência.

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Adaptações neuromusculares
Primordialmente, destaca-se que a realização dos movimentos do

corpo humano é controlada e regulada pelo sistema nervoso central

(SNC). A reação do processo de contração das fibras musculares ocorre

pela combinação de impulsos neurais inibitórios e excitatórios, que

transmitem estímulos continuamente aos neurônios e determinam seu

potencial de ação para a excitação. Assim, os impulsos excitatórios

excedem os impulsos inibitórios das fibras musculares, dando início à

contração e estimulando o recrutamento de unidades motoras.

O aumento da solicitação muscular durante os exercícios está

relacionado à melhora da sincronização das unidades motoras, pelos fatos

de se obter maior velocidade de contração e de se aumentar a capacidade

dos músculos durante a contração. Porém, o recrutamento das unidades

motoras depende do exercício que está sendo executado, pois nem todas

as unidades motoras são solicitadas ao mesmo tempo.

Geralmente, o recrutamento das unidades motoras é determinado

pelo tamanho do seu motoneurônio, que se destaca por agrupar e

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estimular as fibras musculares de acordo com suas características (fibras do

tipo I, II a e II b) para a realização da contração.

Assim, a contração e o relaxamento muscular dependem do

somatório dos impulsos nervosos recebidos pelas unidades motoras, com

origem no estímulo externo. Quanto maior for o impulso nervoso

produzido por esses estímulos, maior será a quantidade de unidades

motoras solicitadas para a contração muscular, de acordo com o tipo de

fibras.

Se todas as unidades motoras de um músculo são ativadas, a força

máxima produzida por esse músculo corresponde à soma de unidades

motoras múltiplas, podendo apresentar ganhos de força sem a presença

de modificações na área de secção transversa da musculatura, como, por

exemplo a hipertrofia do músculo e o aumento do seu tamanho.

Assim, o sistema neuromuscular, quando estimulado corretamente,

pode ser utilizado e desenvolvido para alcançar melhores adaptações aos

exercícios físicos e ao treinamento, objetivando, consequentemente, um

melhor desempenho motor para a tarefa a ser realizada, de forma que as

demandas metabólicas e neuromotoras atuem da melhor forma não

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apenas para se obter o aumento da força, mas também para a hipertrofia

e para a hiperplasia , dois conceitos que serão explicados mais adiante.

Imagem: Tipos de fibras e solicitação de unidades motoras de acordo


com o aumento da intensidade do exercício e a utilização dos sistemas anaeróbio e aeróbio.

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Sistema muscular e seus mecanismos
Para se compreender melhor as adaptações do sistema

neuromuscular nos indivíduos que praticam exercícios, são necessárias

abordar a relação que existe entre os mecanismos da contração muscular

como indispensável para a análise das ações que ocorrem durante o

movimento. Porém, também é necessário identificar a participação dos

mecanismos neurais, com destaque para o órgão tendinoso de Golgi

(OTG) e para os fusos musculares, com o objetivo de compreender o

comportamento muscular durante os exercícios.

O OTG localiza-se na junção entre os tendões e as fibras musculares

e consiste em terminações nervosas livres e entrelaçadas entre fibras de

colágeno que respondem rapidamente a estímulos de variação do

comprimento muscular e ao aumento de tensão, principalmente

provocando um relaxamento reflexo. Quando a tensão nos tendões atinge

o seu limiar, os receptores dos OTG disparam um potencial de ação para

as fibras aferentes do seu nervo sensorial e daí para a membrana

plasmática da célula muscular, produzindo um efeito inibitório nos

motoneurônios, responsáveis por relaxar a musculatura, aliviando assim a

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tensão excessiva, ou seja, esse mecanismo protetor reflexo inibe a ação

muscular, limitando a contração.

Imagem: Sistema neuromuscular: musculatura esquelética, medula espinhal e órgão tendinoso de


Golgi.

Outro componente do tecido muscular é o fuso muscular que é

acionado por qualquer alteração no músculo quanto a ultrapassar os


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limites da sua extensão, fornecendo informações sensoriais à medula e

respondendo imediatamente (resposta reflexa). Os fusos musculares são

os receptores de flexibilidade tonicamente ativos. Sua resposta é traduzida

em excitação tônica das fibras musculares extra-fusais pelos neurônios

motores alfa ou tipo alfa. Essa atividade tônica é que permite que um

músculo em repouso permaneça com certo nível de tensão, o que é

conhecido como tônus muscular.

O tônus muscular também recebe a influência de outro neurônio

originário da ponta anterior da medula, o neurônio motor gama ou tipo

gama. Seu axônio acompanha o axônio do neurônio motor alfa e chega até

o músculo esquelético, onde faz sinapse com a fibra do fuso muscular,

contraindo as suas extremidades. Isso provoca a distensão da região

central do fuso, estimulando o reflexo monossináptico e, assim,

aumentando a tensão muscular.

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Imagem: Composição do fuso muscular.

Cada fuso muscular é composto por:

a) cápsula, bainha de tecido conjuntivo que recobre as fibras intrafusais;

b) fibras musculares intrafusais de cadeia nuclear e de saco nuclear,

conforme sua estrutura;

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c) fibras aferentes (sensoriais);

d) fibras eferentes(motoras).

As fibras intra-fusais, localizadas no interior do fuso muscular, não são

contráteis e não apresentam miofibrilas na sua porção central, e suas

extremidades contêm fibras que se contraem quando estimuladas pelos

neurônios motores gama. Um fuso muscular típico contém duas fibras de

saco nuclear e um número variável de fibras de cadeia nuclear,

normalmente cinco.

Como indicado anteriormente, os neurônios motores da medula

espinhal são divididos em dois tipos: alfa (α) e gama (γ).

Os motoneurônios γ são menores que os α, inervam os fusos

musculares terminando nas regiões polares das fibras intra-fusais. Os

motoneurônios γ modulam a frequência de despolarização das fibras

aferentes dos fusos. Enquanto os aferentes sensitivos terminam na parte

central das fibras intra-fusais, as fibras γ inervam as regiões polares, onde

estão localizados os elementos contráteis. A ativação dos eferentes γ

provoca a contração e encurtamento das regiões polares, o que estira a

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porção não contrátil central, conduzindo a um aumento da frequência de

despolarização das terminações sensitivas. A contração das fibras intra-

fusais altera, desta forma, a sensibilidade das terminações aferentes ao

estiramento.

As fibras eferentes motoras tipos gama têm a função de inervar as

extremidades contráteis das fibras intra-fusais, permitindo o

“monitoramento” do comprimento do músculo, independentemente de

ele estar alongado ou encurtado. O encurtamento ocorre somente nas

suas extremidades, onde estão presentes os filamentos de actina e de

miosina que, por sua vez, são responsáveis pela ação de encurtamento ou

aproximação da linha M46 durante a contração.

Os neurônios sensitivos se entrelaçam entre as fibras intra-fusais e se

projetam para a medula espinhal, sendo acionados toda vez que as fibras

intrafusais são estiradas.

A ativação das fibras aferentes transmite informações para a medula,

desencadeando uma ação reflexa dos motoneurônios, que conduz à

contração com maior força, reduzindo o estímulo de distensão. Essa

contração tem o objetivo de impedir danos causados pelo super

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estiramento. Essa via é conhecida como reflexo do estiramento, ou seja,

quando um músculo se contrai, a coativação dos motoneurônios alfa-gama

assegura que o fuso muscular permaneça ativo.

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Ações musculares
A resistência externa oferecida aos músculos durante o exercício

impõe que eles demandem informações ao cérebro e recrutem as

unidades motoras para produzir tensão muscular de acordo com a

atividade.

A consequência diante de tais resistências externas é a produção de

um torque (força muscular) sobre as articulações, que leva à realização ou

não de um movimento para suportar a sobrecarga.

Assim, as ações musculares dependem do grau de estimulação e da

força desenvolvida pelo músculo diante da resistência externa a ele

imposta.

Com relação aos estímulos externos, ou mesmo em ações isoladas

que não requerem movimentos durante o exercício, as ações musculares

podem ser divididas em três tipos: concêntricas, excêntricas e isométricas.

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Fuso muscular

Os fusos musculares são fibras nucleadas, visíveis a olho nu,

envolvidas por um invólucro de tecido conjuntivo.

Observam-se mais fusos nos músculos que exercem ação

antigravitacional, onde predominam as fibras oxidativas, do que nos

músculos com preponderância de fibras glicolíticas.

As células intrafusais possuem uma área chamada fibras nucleares

tipo bolsa, profusamente nucleada, mas incapazes de se contrair.

Quando o músculo é estirado, as fibras nucleares tipo bolsa são

deformadas e excitam os terminais nervosos chamados terminações

anuloespiraladas que se encontram emaranhados nelas.

Desses terminais nervosos partem calibrosos nervos (aferentes) que

conduzem a informação do estiramento do músculo para o corno posterior

da medula espinhal, que é a porção sensorial da mesma.

De cada lado da terminação anuloespiralada existem receptores

chamados raminhos de flor, que se ligam às fibras nervosas menores do

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que as fibras alfa, mas que realizam o mesmo trabalho das citadas

terminações, exceto pelo fato de que para serem estimuladas requerem

um estiramento muito maior do músculo.

Na figura imahgem podem-se observar estas estruturas.

Imagem: Sistema de Transmissão.

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Quando o músculo é estirado com rapidez, a frequência da

mensagem neural fica aumentada na fibra “Ia” aferente e isto é

comunicado através da sequência corno posterior - sinapse medular - via

efetora alfa (para as fibras extra-fusais).

A sequência apresentada acima caracteriza um reflexo

monossináptico, ou seja, aquele que caminha sobre um arco reflexo

composto de receptor - condutor aferente - sinapse - condutor eferente -

efetor. Este reflexo monossináptico é a resposta característica dos

“circuitos reguladores”.

O estímulo nervoso, ao chegar às fibras extra-fusais, provoca a

contração destas acarretando o encurtamento do fuso muscular. Quando

o comprimento original é restabelecido, as fibras nucleares tipo bolsa não

são mais tensionadas e as terminações anuloespiraladas ficam em

repouso.

“O fuso, à custa do mecanismo descrito acima, avalia o grau de

estiramento aplicado ao músculo, o comprimento muscular e a velocidade

com que o estiramento foi realizado”.

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As fibras fúsicas poderão, além do papel de fornecer informações,

realizar movimentos através do sistema motor gama. Os motoneurônios

gama são ativados, inicialmente, pelas áreas superiores do sistema

nervoso central, localizando-se no corno anterior da medula espinhal.

Estes motoneurônios terminam na porção contrátil das fibras intrafusais.

Ao serem estimuladas, estas fibras se contraem, as fibras nucleares tipo

bolsa se distendem, provocando o envio de um maior número de

potenciais de ação aos motoneurônios alfa através do arco reflexo.

Este “servomecanismo” é o responsável pela regulação da força

aplicada para vencer uma resistência durante o movimento de um

membro, garantindo que não se aplique força maior nem menor do que a

necessária.

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Ações musculares concêntricas
As ações musculares concêntricas ocorrem quando o músculo produz

um torque maior do que o da resistência externa, levando,

consequentemente, ao seu encurtamento, observando-se com isso a

formação de pontes cruzadas e o deslizamento das moléculas de actina

sobre as de miosina, que ocorrem em direção à linha M, podendo haver o

estreitamento ou até o desaparecimento da zona H, variando de acordo

com a magnitude do encurtamento dos sarcômeros.

Imagem: Ações musculares concêntricas.

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Ações musculares excêntricas
As ações musculares excêntricas, denominadas também como

alongamento ativo, ocorrem quando o torque produzido pelo músculo é

menor do que o da resistência externa, levando ao seu alongamento. Nas

ações excêntricas, observa-se a formação de pontes cruzadas e o

deslizamento das moléculas de actina sobre as de miosina que ocorre no

sentido do alongamento do sarcômero, ou seja, ocorre o alargamento da

zona H, variando com a magnitude do alongamento dos sarcômeros.

Imagem: Ações musculares excêntrica.

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Ações musculares isométricos
As ações musculares isométricas ou estáticas ocorrem quando o

torque produzido pelo músculo é igual ao da resistência externa,

produzindo com isso uma tensão sem que ocorra o deslocamento angular

das articulações. Nas ações isométricas, observa-se a formação de pontes

cruzadas, mas não o deslizamento das moléculas de actina sobre as de

miosina, ou seja, ocorre a tensão, mas não o movimento. É importante

ressaltar que o mecanismo completo de produção de tensão que causa o

movimento pode ser dividido em duas fases: contraindo o músculo, em

primeiro momento e, posteriormente, sendo alongado.

Imagem: Ações musculares excêntrica.

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Hipertrofia e hiperplasia
A principal adaptação que ocorre em resposta ao efeito permanente

do treinamento de força e que proporciona o aumento da área de secção

transversal dos músculos, observado visualmente pelo aumento do

volume muscular, é denominada hipertrofia. A hipertrofia muscular conduz

ao aumento da capacidade máxima de produzir força, em função do

aumento das dimensões das fibras musculares existentes, ou do aumento

do número de células musculares, denominado hiperplasia. Algumas

investigações na literatura especializada demonstram que o fenômeno da

hipertrofia está associado diretamente ao aumento da área de secção

transversal, e não à hiperplasia.

No caso do aumento por área de secção transversa, a hipertrofia das

fibras é causada provavelmente pelo aumento do número de miofibrilas e

de filamentos de actina e miosina, os quais forneceriam mais pontes

cruzadas para a produção de força durante a contração máxima do

músculo. Pode ainda ser resultante de um aumento da síntese de proteínas

musculares, quando o conteúdo proteico no músculo se encontra em um

estado de fluxo contínuo e as proteínas estão sendo continuamente

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sintetizadas e degradadas, o que varia de acordo com as demandas

impostas ao corpo para a realização do exercício ou do esporte.

Acredita-se que o significado funcional das alterações morfológicas

ocorridas no músculo que sofreu hipertrofia traduz-se essencialmente em

uma maior capacidade de gerar força e potência. Combinado a esse fator,

pode-se notar que, em fases iniciais de treinamento, é comum observar

rápidos ganhos de força, principalmente em indivíduos não treinados, nos

quais esses aumentos podem ser atribuídos à melhora nos padrões de

recrutamento das unidades motoras musculares causada pelo aumento

das atividades neurológicas.

O hormônio testosterona, hormônio masculino produzido e

secretado por células intersticiais nos testículos, pode ser parcialmente

responsável por essas alterações no processo de hipertrofia resultado do

treinamento de força, por induzir o desenvolvimento das características

sexuais masculinas e atuar no aumento da massa muscular.

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Efeitos do treinamento

Por meio do treinamento, o esportista adquire a capacidade de

acionar, simultaneamente e em maior número, as unidades motoras de um

músculo, assim como de contraí-las. Fala-se de uma melhoria da

coordenação muscular muito bem explicado pela neurociência. Ao

contrário da pessoa não treinada, que só pode colocar em ação ao mesmo

tempo uma certa porcentagem de suas fibras musculares ativáveis, a cota

de fibras musculares contraídas sincronicamente pelas pessoas treinadas,

e portanto, a força total do músculo é nitidamente mais alta e pode atingir

até 100% das possibilidades prefixadas.

O treinamento esportivo consiste em um conjunto de processos

adaptativos relacionados aos mecanismos de produção de energia e

síntese proteica que provocam a síntese de substratos para a liberação de

ATP, por meio das vias aeróbias e anaeróbias, até a consequente

realização da contração muscular. Assim, a melhora das capacidades

funcionais (exemplo: força e potência) depende de alterações na

quantidade das atividades de determinadas proteínas com funções

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estruturais específicas (regulatórias ou de transporte), cujo incremento é

resultante das repetidas sessões de treinamento e repetição do estímulo.

Porém, essas características são ativadas por meio do sistema nervoso

central (SNC), que pode se adequar para a melhora em sua função, para o

recrutamento de grandes quantidades de unidades motoras, o que afeta

diretamente o número de fibras, o conteúdo de ATPase, a miosina e a

densidade capilar.

Em exercícios musculares que visam à melhora da força pura ou da

potência muscular ocorrem alterações na expressão gênica da ATPase, em

componentes estruturais das moléculas de miosina e na função contrátil da

miosina em fibras musculares específicas (tipos II a e II b). Essas alterações

resultam na alteração da função contrátil (velocidade da contração), o que

favorece a demanda específica para cada modalidade ou estímulo

externo, não se alterando, contudo, a proporção básica de requerimento

de fibras musculares rápidas dos tipos II a e II b.

Por outro lado, em exercícios de resistência muscular, ocorre o

aumento do número de vasos capilares por área de secção transversa do

músculo, o que aumenta a densidade capilar ao redor das fibras oxidativas.

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No treinamento de resistência aeróbia, a densidade capilar também é

aumentada, o que promove maior potencial no fluxo sanguíneo das fibras

musculares em atividade e, como esses novos capilares não podem estar

associados somente às fibras musculares do tipo I, em função da

sistemática das vias metabólicas estarem em plena integração, essa

adaptação também fornece mais oxigênio para as fibras do tipo II a, que

serve como substrato para aumentar a capacidade da respiração

mitocondrial desse tipo de fibra.

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Sistema respiratório e exercício
A análise dos gases expirados durante o exercício é um procedimento

sensível para a caracterização da produção de energia muscular. Porém,

os fatores que compõem o processo inspiração-expiração-inspiração são

determinados por meio de volumes e da capacidade das funções

pulmonares, denominados volumes e capacidades respiratórias, que

podem variar de acordo com a idade, o sexo, a atividade esportiva e as

dimensões corporais, e são classificados em estáticos e dinâmicos.

O volume e a capacidade pulmonar estática são constituídos pelos

seguintes elementos: volume de ar corrente (VAC), volume de reserva

inspiratório (VRI), volume de reserva expiratório (VRE), capacidade vital

forçada (CVF), volume pulmonar residual (VPR), capacidade pulmonar total

(CPT ) e capacidade residual funcional (CRF). Salienta-se que os volumes

pulmonares estáticos podem não ser modificados em um grau significativo

pelo treinamento.

Por outro lado, o volume e a capacidade pulmonar dinâmica estão

relacionados ao volume de ejeção máximo dos pulmões, ou seja, à

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capacidade vital e também à velocidade com que esse volume pode ser

movimentado (frequência respiratória). O volume e a capacidade

pulmonares podem ser verificados por meio do volume expiratório

forçado (VEF) e da capacidade vital forçada (CVF), visto que a relação

VEF/CVF mostra a dimensão dinâmica desses volumes e capacidades

pulmonares, tanto para indivíduos sadios como para portadores de

deficiências pulmonares, podendo ainda sofrer variação em função da

dimensão corporal e da idade.

A relação entre o VEF e a CVF é determinada pelo percentual da CVF

que pode ser expirado em 1 segundo, e que é simbolizado por VEF1/CVF.

De maneira geral, cerca de 85% do volume corrente (VC) pode ser

expelido em 1 segundo. Porém, verifica-se que esses dois métodos não

podem representar a estimativa do metabolismo e do desempenho, e são

utilizados somente para diagnosticar obstrução ou restrição das vias

aéreas.

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Imagem: Volumes e capacidades pulmonares.

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Entretanto, por meio da análise da ventilação (VE) , pode-se predizer

de maneira indireta o comportamento da produção energética

intracelular. A quantificação das trocas gasosas nos alvéolos permite

mensurar a respiração (troca O2 - CO2), e o estado de equilíbrio entre a

respiração e a respiração celular pode fornecer valores referenciais do

funcionamento integrado dos sistemas cardiovascular e respiratório, por

meio da quantificação da produção de energia aeróbia - anaeróbia e

cinética desses sistemas. O aumento da VE pode ocorrer tanto por

aumentos da frequência respiratória, quanto por aumentos da

profundidade da respiração (VC).

A regulação da ventilação pulmonar ocorre de tal maneira que a

frequência e a profundidade da VE se ajustam simultaneamente em função

das necessidades metabólicas individuais. Esse controle ventilatório

abrange tanto fatores neurais como químicos e humorais.

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Imagem: Mecanismos para controle da ventilação

O ciclo respiratório normal é resultado da atividade dos neurônios do

bulbo. Com o indivíduo em repouso, fatores químicos agem diretamente

sobre o centro respiratório, ou modificam sua atividade de maneira reflexa,

por meio dos quimiorreceptores para controlar a ventilação alveolar.

Dentre esses fatores, um dos mais determinantes é o nível arterial da

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pressão de CO2 e de PCO2 ,e a acidez. Uma queda da pressão arterial de

oxigênio também modifica o padrão respiratório.

Por outro lado, a ventilação é controlada por vários circuitos neurais

que recebem informações provenientes dos centros cerebrais superiores

(córtex motor), dos pulmões e de outros sensores em todo o organismo.

Igualmente muito importante para o controle da VE é o estado químico e

gasoso do sangue, que envolve a medula e os quimiorreceptores

localizados nas artérias carótida e aorta.

Imagem: Corpo humano 3D.

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Regulação da ventilação

O exercício é um estímulo que provoca desequilíbrios no sistema

respiratório, levando em consideração sua intensidade, duração e volume,

e que também provoca transformações nas características basais da

respiração pulmonar e do nível de respiração celular, modificando com

isso as características da produção de energia aeróbia em repouso.

O aumento da intensidade do exercício provoca o incremento das

trocas gasosas de O2 e de CO2. Em resposta a esse estímulo, os sistemas

de transporte de O2 e de CO2 também aumentam o seu nível de

funcionamento, procurando ajustar-se para restabelecer o suprimento de

O2 e de CO2 entre as respirações celular e pulmonar.

Caso esse aumento seja abrupto, ao ponto de os sistemas não

suprirem a demanda de produção momentânea de energia, ocorrerá o

aumento da participação da produção anaeróbia, com tendência ao

desenvolvimento da acidose lática até a interrupção do exercício.

Os ajustes da VE durante o exercício não são resultados de um único

fator, mas sim da combinação de vários estímulos químicos e neurais que


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podem agir até mesmo simultaneamente. O controle da VE durante o

exercício pressupõe a integração de fatores neurogênicos, químicos e da

temperatura corporal. Segundo esse modelo, estímulos neurogênicos,

sejam eles corticais (córtex cerebral) ou periféricos (músculos-

esqueléticos), são responsáveis pelo aumento abrupto da VE no início do

exercício.

Após essa alteração inicial, a ventilação - minuto tende a se elevar

gradualmente até um nível estável, suficiente para atender às demandas

metabólicas. A partir de então, a regulação da ventilação é mantida por

estímulos centrais e químicos reflexos, fundamentalmente por aqueles

realizados pela temperatura corporal, pelo CO2 e pelos íons hidrogênio

(H+).

Durante o exercício intenso, a frequência respiratória e o volume

corrente aumentam significativamente, de forma que a VE pode alcançar

valores superiores a 100 l/min. Outro ponto importante é que o volume

corrente raramente ultrapassa a faixa entre 55% e 65% da capacidade vital

dos indivíduos, quer sejam treinados ou não.

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Consumo máximo de oxigênio

A unidade VO2max é um parâmetro de avaliação da potência aeróbia

máxima e corresponde à taxa máxima de captação, transporte e utilização

de O2 pelo organismo. Profissionais e pesquisas consideram o VO2max

como o melhor indicador da capacidade do sistema cardiovascular, uma

vez que ele está diretamente relacionado com o débito cardíaco (Q) e com

a diferença arteriovenosa de O2, ou seja, o conteúdo arterial de O2 menos

o conteúdo venoso de O2.

A determinação do VO2max pode ser realizada por meio de métodos

diretos e indiretos. No caso dos métodos indiretos, em grande parte dos

protocolos recorre-se a testes submáximos ou máximos, e a avaliação do

VO2max pode fundamentar-se na regressão linear entre o consumo de O2

e a frequência cardíaca (FC) ou, ainda, em modelos matemáticos. Contudo,

esses métodos devem ser vistos com ressalvas, devido às variáveis

intervenientes, em especial, à variação que ocorre na FC no processo de

mensuração.

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Nos métodos diretos de mensuração, o VO2max é determinado pela

análise dos gases expirados enquanto o indivíduo realiza esforço

incremental, normalmente prolongado até a exaustão voluntária ou pela

interrupção do teste. Para isso, são utilizados protocolos específicos que

consideram a faixa etária, a condição física do indivíduo (se atleta ou

sedentário), as limitações articulares etc. Desse modo, à medida que a

carga de trabalho aumenta, o VO2 também aumenta de forma linear até

atingir um ponto máximo (VO2pico) ou platô, correspondente a uma

determinada intensidade (o VO2max propriamente dito).

Em termos energéticos, as necessidades individuais variam de acordo

com a composição corporal das pessoas, e o VO2max tende a sofrer com

essa influência, sendo então necessária a relativização dos valores pelo

peso corporal, expresso em ml O2/kg/min. Essa relativização se faz

necessária, como explicitado nas fórmulas abaixo, onde é possível

observar dois indivíduos com diferentes massas corporais totais que

atingiram o mesmo VO2 absoluto. Pode-se perceber que, ao “corrigir” os

respectivos valores com base na massa corporal total, os valores relativos

diferem, com isso, considera-se que os valores de potências aeróbias

relativas são distintos, o mesmo ocorrendo com as necessidades e/ou


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adequações aos estímulos, se esse valor for considerado padrão para ser

utilizado nas sessões de treinamento.

Imagem: Cálculo VO2 máx.

No que diz respeito ao comportamento do VO2max nos diferentes

sexos e faixas etárias, observa-se que as crianças apresentam valores de

VO2max significativamente mais baixos do que os dos adultos, mas,

quando “corrigido” pelo peso corporal, o VO2max de meninos é similar ao

encontrado em homens jovens. Por outro lado, as meninas apresentam um

VO2max maior por quilo de peso corporal do que as mulheres jovens, mas,

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quando a medida é ajustada pela massa corporal total, elas apresentam

capacidades mais baixas.

O débito cardíaco máximo (Qmax) é responsável por valores entre

70% e 85% do limite do VO2max. Em exercícios submáximos, o débito

cardíaco é responsável por 50% do aumento do VO2 acima dos valores de

repouso, enquanto a diferença arteriovenosa representa os 50% restantes.

À medida que a intensidade de exercício se aproxima do máximo, o Q se

torna o principal fator responsável pelo aumento do VO2 acima dos valores

de repouso, assim como pelo aumento da FC.

Por outro lado, durante o exercício de intensidade máxima, o Q é

responsável por aproximadamente 75% do aumento do VO2 acima dos

valores de repouso. Deve-se considerar ainda que as melhoras que

ocorrem no desempenho de longa duração, em consequência do

treinamento aeróbio regular, resultam em incrementos que variam entre

15% e 20% do VO2max e se devem a adaptações no nível do Q. Por outro

lado, as melhoras posteriores no desempenho resultam de adaptações

periféricas que são influenciadas pelo limiar anaeróbio.

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Uma vez que as adaptações periféricas influenciam diretamente os

valores do VO2max, é consenso que a capacidade das mitocôndrias de

extrair O2 do sangue é de três a cinco vezes maior nas fibras tipo I em

comparação com as fibras tipos II a e II b. Com o aumento do número e da

densidade (tamanho) das mitocôndrias em consequência do treinamento

aeróbio, os esportistas conseguem captar mais oxigênio e mais rápido do

que os indivíduos sedentários.

No entanto, uma avaliação correta do VO2max implica o cumprimento

de um determinado conjunto de pressupostos que, associados ao

exercício, podem determinar o melhor desempenho de um atleta em um

programa de esporte, sendo observadas as características dos exercícios,

que devem envolver pelo menos 50% da massa muscular total, de maneira

contínua e prolongada.

Com isso, os resultados devem ser independentes da motivação e

dos padrões motores do atleta, no nível mais elevado da capacidade de

exercício, por outro lado, quando se está próximo da exaustão, deve ser

observado o platô do consumo de O2 ou mesmo o VO2pico, mas sempre

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levando em consideração as características físicas do indivíduo, que

indicam a necessidade de interrupção do exercício e a finalização do teste.

Assim, as avaliações devem ser realizadas sempre sob condições

experimentais padronizadas, de acordo com as diferentes modalidades e

especificidades, evitando- se ambientes em que o avaliado esteja sujeito a

estresse sob a forma de calor excessivo, umidade, poluição ou altitude.

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Limiar anaeróbico (lan)

Apesar de o VO2max ser sugerido como padrão ouro para quantificar

a potência aeróbia, e como um bom preditor nos esportes que envolvam

o metabolismo aeróbio, não se tem a garantia de que o vencedor de uma

maratona, ou de uma prova de longa distância na natação, ou mesmo que

o jogador de futebol capaz de suportar 90 minutos em campo, submetido

a diferentes intensidades de corrida, seja o atleta que apresenta o maior

VO2max. Além disso, ao se comparar dois atletas com o mesmo VO2max

em termos relativos, entende-se que, pela composição corpórea, eles têm

a mesma chance de sucesso em determinada prova.

Essas questões não podem ser previstas com base em uma simples

avaliação laboratorial do VO2max, ou mesmo em testes de campo com

instrumentos portáteis para essa análise. Nesse tipo de esforço, é

fundamental que o avaliado seja capaz de correr ou nadar com

velocidades elevadas e baixos níveis de lactato, utilizando uma elevada

porcentagem do próprio VO2max.

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Bons maratonistas e nadadores de fundo são capazes de utilizar entre

80% e 90% do VO2max. Por essa razão, as correlações mais elevadas

quanto ao desempenho no exercício prolongado são encontradas em um

parâmetro que expressa a capacidade aeróbia (limiar ventilatório), e não a

potência aeróbia ( VO2max).

Desde o início da década de 1950, surgiu uma grande variedade de

denominações para descrever o LAn, envolvendo tanto métodos de

avaliação direta, como os recursos que utilizam dosagens sanguíneas,

quanto métodos indiretos que recorrem à análise das alterações das trocas

gasosas e da frequência cardíaca, como forma de predizer e de se

relacionar com os limiares de lactato sanguíneo.

É fato que, devido à diversidade de protocolos utilizados para a

obtenção da melhor intensidade com predominância do metabolismo

aeróbio, tem-se feito referência à duração do exercício utilizado para se

obter o LAn, bem como ao tipo de incremento da carga, o que influencia

diretamente o valor do LAn.

Assim, o LAn corresponde à intensidade máxima de exercício em que

se verifica o equilíbrio entre a produção e a remoção de lactato. Em outras

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palavras, o LAn corresponde a uma intensidade de exercício em que o

incremento de carga, por menor que seja, provoca a transição do

metabolismo predominantemente oxidativo para o anaeróbio (glicólise

anaeróbia), com o simultâneo e progressivo aumento dos valores de

lactato.

De acordo com os pressupostos teóricos, o LAn tem, como parâmetro

determinante para a avaliação do exercício prolongado, basicamente as

seguintes características:

a) os valores do Lan são observados em intensidades percentuais do

VO2max que não representem o valor máximo dessa medida;

b) o desempenho em atividades de longa duração é determinado

pela capacidade do indivíduo de manter-se em alta intensidade a um

elevado percentual do VO2max, produzindo baixo nível de lactato

sanguíneo;

c) testes em laboratório, com corredores de meio-fundo e de fundo,

indicam uma baixa concentração de lactato no sangue para cargas até 80%

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do VO2max, devido ao tempo de realização e à capacidade do sistema de

metabolizar o lactato;

d) verificou-se a existência de um limite crítico, conhecido como

intensidade limiar, em que qualquer aumento da intensidade do exercício

determina um aumento acima da concentração estipulada para a

velocidade do limiar anaeróbio, podendo ser fixa ou variada.

Em resumo, existem duas maneiras de se determinar a velocidade do

limiar anaeróbio:

a) por concentrações fixas do lactato sanguíneo e/ou plasmático,

normalmente com o valor atribuído de 4mmol/l; e

b) por concentrações variadas do lactato sanguíneo e/ou plasmático

considerando as especificidades da modalidade esportiva em questão e

os estímulos dados.

Atletas com baixos valores de LAn, comparados a outros com valores

mais elevados, tendem a obter melhores resultados entre aqueles que

apresentam VO2max similar.

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A determinação da carga elevada e constante com a qual o indivíduo

consegue tolerar um valor de lactacidemia estabilizado, a uma referência

média de 4mmol/l, corresponde à identificação do equilíbrio entre a

produção e a remoção do lactato sanguíneo, sendo esse o ponto do LAn.

Deve-se ressaltar que essa é uma referência para determinar o ponto

de utilização da energia aeróbia, mas existem outros métodos para se

realizar estimativas com maior precisão, levando em conta até as

características individuais de comportamento sanguíneo, bem como

fazendo uso de medidas indiretas.

Considerando os conceitos abordados para se atingir uma

intensidade ótima da produção de energia pela via do metabolismo

oxidativo, a máxima fase estável do lactato sanguíneo é definida como a

carga mais elevada em que se verifica o steady state do lactato no sangue.

A máxima fase estável de lactato (maximal steady state tolactate –

MSSL) é atingida quando a concentração sanguínea de lactato não

aumenta mais do que 1mmol/l nos últimos minutos ou estágios de

exercício constante realizado entre 25 e 30 minutos, ou mesmo em séries

específicas de natação.

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Desse modo, o LAn representa a intensidade mais elevada em que se

verifica um equilíbrio entre a produção e a remoção do lactato,

constatando-se que, para cargas superiores, a produção supera a

remoção, levando ao aumento gradual da lactacidemia em função do

tempo. No entanto, como a determinação da MSSL é um processo

extremamente lento e que exige vários dias para o cálculo do valor

correspondente ao LAn, foram criados protocolos eficientes e de fácil

aplicabilidade para suprir essa demanda, bem como testes incrementais,

que podem ser realizados em períodos menores de tempo como forma

alternativa de determinação da MSSL.

Uma vez determinado o LAn, torna-se possível encontrar faixas de

intensidade semelhantes em atletas diferentes, sendo possível ainda

encontrar zonas-alvo de treinamento ótimo e/ou o efeito modulatório das

diferentes cargas que compõem a sessão de treinamento, ou mesmo

realizar comparações entre indivíduos com condições físicas similares. Por

exemplo, velocidades de corrida situadas entre 72,5% e 80% da v4mmol/l

correspondem à zona de treinamento em que ocorre a oxidação máxima

dos ácidos graxos livres, enquanto velocidades entre 92,5% e 100% da

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vmmol/l correspondem à faixa de intensidade em que se verifica de 90% a

95% da oxidação.

Portanto, esse é um método que pode especificar e individualizar

ainda mais as questões biológicas relacionadas ao treinamento e ao

desempenho final dos atletas.

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Princípios do treinamento físico
Individualidade biológica

Pense que cada individuo é único com seus pontos fortes e fracos,

com suas particularidades e seus problemas sejam eles quais for, entenda

que todas as suas experiências e história vão fazer parte do processo de

reabilitação e treinamento.

Cada individuo é único assim com o processo no qual ele se encontra,

seja de reabilitação ou treinamento, seu corpo e mente irão reagir de uma

forma ao processo, então a avaliação física funcional deve ser feita para

este individuo.

Imagem: Genoma humano.

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PRINCÍPIO DA INDIVIDUALIDADE

Características herdadas influenciarão as capacidades de

desempenho e treinabilidade dos indivíduos comuns e dos atletas para

uma propriedade fisiológica específica. O genótipo influencia a

capacidade de resposta do atleta individual a uma forma específica de

treinamento e também estabelece efetivamente o teto para qualquer

efeito do treinamento. Portanto, esses fatores terão impacto sobre a taxa

de desenvolvimento e também sobre o teto superior para a adaptação do

treinamento para cada indivíduo. O genótipo exerce considerável

influência sobre as capacidades atléticas, como velocidade, potência, força

e resistência cardiorrespiratória, e sua propensão ao desenvolvimento

dessas qualidades.

Embora o potencial genético possa estar fora do controle do técnico

e do indivíduo, o treinamento realizado e o ambiente ao qual o indivíduo

está exposto influenciarão o grau em que as características herdadas são

expressadas. Este é o fenótipo, que será específico para a história do

indivíduo e outros fatores ambientais. A expressão fenotípica das

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qualidades físicas é assim determinada pela interação da genética, o

treinamento do atleta e outros fatores ambientais.

O grau em que as características herdadas se traduzem em

habilidades de desempenho na arena de treinamento e competição

dependerá não apenas da qualidade do treinamento prescrito, mas

também da motivação e dedicação ao realizar o treinamento. Da mesma

forma, os principais elementos técnicos e táticos que determinam o

sucesso em esportes de habilidade são ensináveis.

A qualidade do treinamento e a interação treinador-indivíduo/ atleta

são, portanto, fatores importantes. Os traços de personalidade do atleta

determinarão ainda mais a eficácia da preparação física, bem como a

aquisição de habilidades atléticas e esportivas. A autodisciplina, o apetite

pelo trabalho e a vontade de aprender são importantes para determinar se

o atleta cumpre as muitas horas de treinamento e prática de qualidade

necessários para o desempenho no nível de qualidade de vida ou de elite.

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Adaptação

A Adaptação fisiológica é uma capacidade funcional que permite a

integração entre fatores genéticos e do meio ambiente, resultando em

respostas fisiológicas e metabólicas previsíveis, segundo critérios pré

definidos como o tipo de exercício e a dose de esforço realizado.

Imagem: Alterações Fisiológicas.

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Em termos gerais, o processo de adaptação do treinamento é que a

exposição a um estímulo de treinamento eficaz leva os sistemas fisiológicos

e / ou neuromusculares afetados a responder, aumentando suas

capacidades, a fim de serem mais capazes de lidar se enfrentarem um

desafio semelhante no futuro. A base teórica original da adaptação ao

treinamento é a Síndrome de Adaptação Geral (GAS) proposta por Hans

Selye (Selye, 1956), que descreve uma resposta genérica de um organismo

a um estressor. Segundo este modelo, a primeira fase de resposta a

qualquer estressor é caracterizada como choque ou alarme. A seguir, é

apresentada uma fase de supercompensação, na qual o corpo se adapta

para aumentar as capacidades específicas afetadas pelo estressor

específico. Com o tempo, se o estressor continuar, o organismo pode

entrar em uma fase terminal, denominada má adaptação.

No entanto, cada capacidade física individual tem sua própria janela

individual de adaptação:

• a taxa de adaptação varia de acordo com o individuo, atleta

individual (fatores genéticos) e também depende de seu histórico de

treinamento, ou seja, quanta adaptação já ocorreu;

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• o grau total de adaptação possível depende dos aspectos

genéticos, que efetivamente estabelecem o teto para a adaptação de uma

capacidade física específica para cada atleta.

Consequentemente, esse paradigma de GAS foi refinado pelo

modelo Fitness-Fatigue (Chiu e Barnes, 2003; Plisk e Stone, 2003). Uma

distinção importante é que o modelo Fitness-Fatigue diferencia as ações

de um determinado estressor nos sistemas neuromusculares e

metabólicos individuais. Um corolário disso é que existem efetivamente

janelas individuais de adaptação para cada capacidade física. Respostas

adaptativas agudas particulares são descritas como restritas e específicas

aos sistemas empregados no estímulo de treinamento. O modelo Fitness-

Fatigue também estipula que a extensão e a duração de quaisquer efeitos

a curto prazo após o treinamento serão específicas do estímulo do

treinamento - em vez de uma resposta genérica.

O outro grande avanço do modelo de Fitness-Fadiga é que ele

descreve uma resposta adaptativa dupla, resultando em efeitos de fitness

e fadiga após os efeitos, em oposição à única resposta comum descrita

pelo GAS. Essas respostas de condicionamento físico e fadiga exercem

efeitos opostos no desempenho e são descritas como tendo características

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definidas, ou seja, existem diferenças distintas na magnitude e duração do

condicionamento físico versus resposta à fadiga. O status fisiológico do

atleta é efetivamente determinado pelo efeito líquido desses dois fatores

opostos naquele momento. As mudanças fisiológicas que ocorrerem

durante o processo do treinamento físico tanto na parte funcional

(frequência cardíaca, pressão arterial, débito cardíaco, ventilação

pulmonar, estimulação elétrica no músculo e outros) ou na parte

morfológica (estrutural: hipertrofia muscular, emagrecimento,

angiogênese e outros) ao longo do tempo, é dependente da somatória de

todas as adaptações somadas ao tempo.

Adaptações agudas

São mudanças que ocorrem nos sistemas fisiológicos durante a

execução do exercício. Vamos ver alguns exemplos. Durante o exercício, é

esperado aumento da frequência cardíaca, do débito cardíaco, da

ventilação pulmonar e da temperatura interna em comparação ao estado

de repouso. Todas essas mudanças são exemplos de adaptações agudas.

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Interessantemente, o comportamento dessas variáveis é dependente do

tipo de exercício e da dose de esforço (volume e intensidade).

Adaptações subagudas

São mudanças que ocorrem nos sistemas fisiológicos após o término

da execução do exercício. Durante a execução do exercício (Adaptação

Aguda), há o aumento do calor dentro músculo devido à contração

muscular. Ao terminar o exercício, a temperatura interna do músculo não

retorna imediatamente para o nível de repouso, mas a temperatura vem

diminuindo gradativamente até encontrar o nível de repouso. Essa queda

da temperatura interna entre o término do exercício até alcançar o valor de

repouso é um exemplo de adaptação subaguda. Dependendo da variável

fisiológica que você queira analisar, o tempo de adaptação subaguda

pode durar minutos, horas ou dias. Toda vez que você fizer exercício,

obrigatoriamente ocorreram várias adaptações agudas e subagudas, pois

essas sempre caminham juntas.

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Adaptações crônicas

São mudanças morfofuncionais que ocorrem nos sistemas fisiológicos

à longo prazo, sendo dependente da somatória de todas as adaptações

agudas e subagudas ao longo de um período de semanas, meses ou anos.

Quando você faz exercício e ocorre aumento da força muscular, isso é

uma adaptação crônica no sistema neuromuscular. Nas primeiras 6 a 8

semanas de treinamento resistido, ocorre aumento da força muscular

independentemente de ocorrer hipertrofia muscular em função da maior

ativação elétrica nas fibras musculares durante o exercício. Agora, para isso

ocorrer, você precisou treinar, ao menos 3 vezes na semana ao longo de

algumas semanas! Portanto, após algumas semanas a força muscular

aumenta! Para ter essa adaptação crônica, você precisou somar o efeito de

todas as adaptações agudas e subagudas no sistema neuromuscular ao

longo de algumas semanas que permitiu o aumento da força.

Apenas para ficar claro: seria possível ter avanço significativo em

hipertrofia muscular treinando apenas 1 vez por semana durante 6 meses?

Provavelmente não, pois como hipertrofia muscular é uma adaptação

crônica estrutural no músculo, a somatória de todas as adaptações agudas

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e subagudas nesse período seria muito pequena não desencadeando os

mecanismos biomoleculares que resultariam em maior síntese proteica

muscular. E se o treinamento fosse realizado 4 vezes por semana durante

os 6 meses? A somatória das adaptações agudas e subagudas seria bem

maior, desencadeando os mecanismos biomoleculares que resultariam

em maior síntese proteica muscular gerando hipertrofia.

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Sobrecarga

O princípio da sobrecarga é um conceito que por muitas vezes pode

confundir as pessoas, mas se trata de um conceito muito simples, basta

ficar claro que sobrecarga é um conceito que nada tem a ver com excesso

de carga,

Para obter ganhos de condicionamento físico, você precisa

sobrecarregar o corpo progressivamente. Aumente suas cargas de

treinamento, corra mais tempo, faça exercícios mais dias por semana e

assim por diante, a fim de fornecer estresse suficiente para que o corpo se

adapte e fique mais forte, mais rápido e mais funcional.

Imagem: princípio de progressão e sobrecarga.

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O que é o princípio de sobrecarga?

O princípio da sobrecarga é uma das sete grandes leis de

condicionamento físico e treinamento. Simplificando, ele diz que você

precisa aumentar progressivamente a intensidade, a duração, o tipo ou o

tempo de um treino para ver as adaptações. As adaptações são melhorias

na resistência, força, tamanho do músculo e qualquer outra capacidade

funcional.

Em outras palavras, indivíduos anteriormente sedentários, quando

iniciam uma rotina de treinamentos, tendem a ter alguns ganhos rápidos.

Porém, à medida que o corpo se adapta, será necessário aumentar a

intensidade do treinamento para continuar vendo esses ganhos. Se eles

continuarem levantando os mesmos pesos para o mesmo número de

séries e repetições, semana após semana, o corpo terá se ajustado ao

estresse, não haverá mais adaptações e eles se estabilizarão.

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Problemas com o princípio de sobrecarga

A sobrecarga é necessária para obter ganhos de condicionamento

físico e desempenho atlético. No entanto, existem algumas questões

importantes associadas a esse princípio, tanto o que pode acontecer se

você não fizer de jeito nenhum quanto se não fizer o que é certo.

Atingir um platô enquanto ignora o princípio da sobrecarga

O problema óbvio em ignorar o princípio da sobrecarga é a falha em

obter ganhos. Se você continuar a fazer o mesmo treino ou treinar na

mesma intensidade e frequência, obterá ganhos apenas até um certo

ponto. Depois disso, você não estará sobrecarregando os músculos e

atingirá um platô sem mais melhorias ou adaptações, isso acontece porque

nosso corpo é muito bom em se adaptar ao estresse.

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Overreaching e Overtraining Stress

Por outro lado, se você usar o princípio de sobrecarga de maneira

incorreta, digamos, aumentando a intensidade muito rapidamente, você

entrará em um estado de estresse ou excesso de treinamento.

Especificidade metabólica

A especificidade metabólica das adaptações do treinamento se aplica

aos sistemas de energia mobilizados durante o exercício. A quantidade de

massa muscular envolvida e a intensidade geral do exercício determinam

o escopo dos efeitos do treinamento central e periférico. Especificamente,

esses fatores decidem se as respostas ao treinamento são limitadas às

adaptações no nível muscular ou se são desencadeadas alterações

cardiovasculares centrais.

As adaptações após o treinamento puramente anaeróbico são

restritas principalmente ao aumento da atividade de enzimas envolvidas

no metabolismo anaeróbico. Por outro lado, o treinamento aeróbico

submáximo contínuo é refletido nas enzimas oxidativas aprimoradas,


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enquanto o perfil da enzima anaeróbica permanece praticamente

inalterado.

Simplesmente, para obter adaptações anaeróbicas requer

treinamento anaeróbico, enquanto melhorias na capacidade oxidativa só

podem ser obtidas usando atividades condicionantes que estressam o

sistema aeróbico.

Dependendo do formato, o treinamento intervalado pode enfatizar

os sistemas aeróbico e anaeróbico. Esse formato de treinamento pode

exibir uma resposta combinada ao treinamento. No entanto, as adaptações

relativas nas medidas de desempenho aeróbico e anaeróbico

permanecem específicas para o formato do treinamento intervalado. Os

fatores principais são a intensidade dos intervalos de trabalho e as relações

de trabalho: repouso utilizadas.

As respostas condicionantes também observam a especificidade do

modo de exercício. O treinamento de corrida e ciclismo realizado por

triatletas de elite mostra-se não relacionado ao desempenho da natação.

Consequentemente, o desempenho aprimorado medido através de um

modo de teste de natação após o treinamento de natação não se reflete

nos resultados dos testes em esteira. Em não atletas treinados, o

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treinamento cruzado (natação) também se mostra inferior ao treinamento

de corrida para melhorar os parâmetros de desempenho da corrida.

Especificidade biomecânica

Os efeitos do treinamento de força são específicos ao tipo de

contração muscular empregado no exercício de treinamento (ou seja,

concêntrico, excêntrico ou isométrico). Consequentemente, respostas

superiores de força são observadas no modo particular de contração

apresentado no treinamento. Segue-se que as maiores melhorias na força

expressas em condições dinâmicas são vistas com o treinamento dinâmico.

Por outro lado, o treinamento isométrico provoca maior melhoria da força

isométrica (registrada em condições estáticas) do que o treinamento

dinâmico de força.

A especificidade biomecânica também se refere à amplitude de

movimento do exercício e aos ângulos articulares. Isso é aplicável tanto ao

treinamento dinâmico quanto ao isométrico, com ganhos de força

superiores observados na amplitude de movimento e nos ângulos

articulares apresentados no treinamento. Consequentemente, a seleção

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de exercícios deve refletir toda a amplitude de movimento e os ângulos

articulares apresentados no evento esportivo ou atlético.

A especificidade biomecânica também se estende a elementos

estruturais, como postura e posição do membro. Consequentemente, as

maiores respostas de força são manifestadas durante os movimentos da

cadeia cinética fechada após o treinamento da cadeia cinética fechada,

enquanto o oposto se aplica aos exercícios da cadeia cinética aberta. Da

mesma forma, um levantamento realizado em uma posição em pé (por

exemplo, agachamento com barra) tem maior repercussão para a maioria

dos tipos de desempenho atlético do que um movimento semelhante

realizado em uma posição sentada ou em decúbito dorsal (por exemplo,

leg press).

A especificidade biomecânica também é evidente na relação entre

medidas de força unilaterais (membro único) e bilaterais (ambos os

membros trabalhando simultaneamente). Demonstra-se que os ciclistas

exibem maior força geral quando as pontuações no leg-leg press são

somadas em comparação com as pontuações bilaterais no leg press, um

efeito conhecido como 'Déficit Bilateral’. Isso reflete o fato de que os

ciclistas trabalham unilateralmente, exercendo alternadamente força com

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cada perna durante o treinamento e a competição. Por outro lado, atletas

para quem o treinamento é bilateral podem exibir facilitação bilateral. Por

exemplo, é relatado que as pontuações bilaterais de leg press dos

remadores são maiores que a soma das pontuações de leg press de uma

perna. Conclui-se que a seleção de exercícios deve enfatizar movimentos

bilaterais e unilaterais, correspondendo ao que ocorre durante a

competição no evento esportivo ou atlético, atentar-se a função.

Especificidade cinética e cinemática

Além dos fatores biomecânicos, outros aspectos do movimento,

incluindo força relativa, velocidade e características de tempo, também são

importantes. Tais considerações incluem magnitude e duração do

carregamento, perfil de aceleração / desaceleração do movimento e

velocidade do movimento.

A duração e a taxa de geração de força para uma tarefa atlética

específica têm grande influência na relação com outras medidas, apesar

das semelhanças na biomecânica entre as tarefas. Por exemplo, foi

relatado que o treinamento de agachamento com salto produz ganhos na

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altura do salto que não foram vistos em outro grupo de indivíduos

treinados com agachamento com barra tradicional e leg press, apesar dos

dois modos de treinamento terem características biomecânicas muito

semelhantes. As diferenças na aceleração e na taxa de desenvolvimento

da força entre os dois modos de treinamento foram sugeridas para explicar

a diferença nos efeitos do treinamento observados.

A especificidade da velocidade é evidente, pois os ganhos de força

tendem a se restringir às velocidades nas quais os músculos são treinados.

Parece que há um maior grau de especificidade de velocidade nas

respostas de treinamento na extremidade superior do espectro de

velocidade de treinamento. Em velocidades mais baixas de contração,

pode haver alguma transferência para velocidades iguais ou inferiores à

velocidade de treinamento. Por outro lado, na região superior da curva

força e velocidade, as melhorias de força são tipicamente registradas

apenas dentro da estreita faixa de velocidades usada no treinamento.

A intenção é parte integrante dos fatores neurais associados às

adaptações na força de alta velocidade e na taxa de desenvolvimento de

força. O recrutamento e o disparo de músculos durante o treinamento são

em parte ditados pelo que é antecipado antes do movimento.

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Uma ilustração disso é que os efeitos do treinamento associados ao

treinamento balístico podem ser derivados do treinamento isométrico sob

certas condições. Se o levantador treinar com a intenção consciente de

mover uma resistência estática de forma explosiva, podem ocorrer

melhorias significativas na taxa de desenvolvimento de força, apesar do

fato de que nenhum movimento realmente ocorre. As adaptações

fisiológicas são, portanto, específicas e parcialmente determinadas pela

intenção do atleta e pelos padrões neuromusculares correspondentes

durante o treinamento.

Portanto, é importante considerar não apenas a especificidade

mecânica e metabólica, mas também abordar outros aspectos do

ambiente de treinamento. A imposição de restrições específicas ao

esporte pode ajudar a moldar adequadamente as respostas de movimento

durante o treinamento. Sugere-se que essa abordagem possa incentivar

uma aprendizagem mais adaptativa e também desenvolver a tomada de

decisões.

Por outro lado, restringir excessivamente o treinamento, fixando

mecanicamente os planos e a amplitude de movimento ou através de uma

intervenção de treinamento abertamente prescritiva, tenderá a

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desencorajar o desenvolvimento de esforço mental direcionado, atenção

específica à tarefa e intenção específica do esporte.

A realização de treinamento fisiológico isoladamente do

desempenho atlético para o qual o atleta está treinando dificulta a

transferência dos efeitos do treinamento.

Especificidade psicológica

As capacidades fisiológicas se manifestam em um ambiente esportivo

como parte de movimentos coordenados e habilidosos. Um corolário

disso é que os especialistas em força e condicionamento devem

considerar o contexto em que o treinamento fisiológico é realizado.

Portanto, considerações de especificidade também incluem aspectos

psicológicos das condições de desempenho. Elementos cognitivos e

perceptivos das condições de desempenho devem, portanto, ser

contabilizados no projeto de treinamento.

Os princípios de especificidade, portanto, também se aplicam a

aspectos psicológicos. Para atletas em esportes coletivos, em particular, as

capacidades físicas e mentais estão irrevogavelmente ligadas. Três

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componentes inter-relacionados cruciais que são identificados como

influenciando as respostas do treinamento são atenção, esforço mental e

intenção.

A atenção é um fator chave no acoplamento percepção, ação e

tomada de decisão superior de atletas de elite. Atletas de elite atendem a

pistas relevantes do ambiente de competição e as processam melhor

como base para suas respostas de movimento. Durante a competição e as

práticas, a atenção também é crucial para respostas antecipadas e controle

postural e motor associado. O lócus de atenção do atleta, em termos de

foco externo ou interno, mostra impacto na aprendizagem e no

desempenho motor, reconhece-se que o esforço mental direcionado tem

o potencial de afetar diretamente a magnitude da resposta ao treinamento.

Verificou-se que um esforço consciente para exercer força máxima

influencia significativamente os ganhos de força e potência. Foi relatado

que maiores ganhos de força são manifestos quando os indivíduos foram

especificamente instruídos a se concentrar na aceleração máxima da barra

para cada repetição, em oposição ao levantamento sem foco ou instrução

específica.

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periodização
A periodização da reabilitação e do treinamento é fundamental para

quem busca a evolução constante do corpo, tanto para pessoas comuns

quanto para atletas que precisam atingir o seu auge quando vão disputar

competições.

Imagem: Desenho calendário.

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A periodização é a organização e planejamento do treinamento

levando em consideração a individualidade e avaliação física funcional em

um calendário com controle da carga de treinamento, ciclos de

treinamento e variações nos estímulos ao corpo com o objetivo de evitar

que a adaptação natural do organismo humano impeça o

desenvolvimento na musculação e em outras práticas físicas.

E isso não é o mesmo que apenas variar os aparelhos e exercícios ao

longo do tempo. A periodização envolve criar rotinas em ciclos que

impedem que o corpo “se acostume” com o treinamento e continue se

desenvolvendo.

A periodização é algo planejado pelo profissional que orienta o

desenvolvimento do atleta, geralmente com base em modelos

consolidados que foram desenvolvidos por cientistas da área das ciências

do esporte.

Para que objetivos de curto, médio e longo prazo sejam alcançados,

deve ser realizado um planejamento que leve em consideração a

estruturação, execução, controle e avaliação do treinamento.

Por isso, destaca-se a importância dos seguintes elementos

estruturais: preparação plurianual, preparação anual (temporada),

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macrociclo, mesociclo e microciclo de treinamento, além da própria

sessão de treinamento. Uma hierarquia em que cada elemento estrutural

maior está constituído por outros menores, ou seja:

- A preparação plurianual está composta por várias preparações

anuais (temporadas);

- A preparação anual compreende um ou mais macrociclos; um

macrociclo é composto por vários mesociclos;

- Um mesociclo é formado por vários microciclos;

- Um microciclo é um conjunto de sessões de treinamento;

- A sessão é a unidade mais simples do treinamento.

Imagem: Demonstração dos Ciclos de Treinamento.

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Sessão de treinamento

A sessão de treinamento é a unidade básica em um sistema de

preparação esportiva é o elemento integral de partida da estrutura de

preparação do aluno e do atleta, as sessões de treinamento podem ser

classificadas dependendo dos tipos de tarefas, das formas de organização,

da magnitude da carga de treinamento e da orientação dos conteúdos.

- Segundo o tipo de tarefa: - Aprendizagem ou aperfeiçoamento

técnico, Treinamento, Controle do treinamento.

- Segundo a forma de organização: Grupos individuais ou mistos.

- Segundo a magnitude da carga: Desenvolvimento, Manutenção,

Recuperação.

- Segundo a orientação do conteúdo: Seletiva, complexa e

complementar.

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Microciclo

Os microciclos são uma das unidades estruturais utilizadas para o

planejamento a longo prazo, é constituído por uma série de sessões de

treinamento que visam à solução de tarefas de um determinado mesociclo.

Geralmente tem durações semanais ou mensais, e possibilitam aos

treinadores refletirem sobre os resultados do trabalho realizado no último

microciclo para formulação dos microciclos sequentes. São susceptíveis a

alterações devido às influências externas, porém não deve haver

mudanças que afetem o planejamento previamente estabelecido nos

meso e macrociclos do treinamento.

A aplicação de microciclos na prática permitiu detectar

particularidades entre as diferentes modalidades e por isso surgiu a

necessidade de classificá-los de acordo com a tarefa, composição dos

meios de treinamento, a grandeza e a orientação predominante das cargas

de treinamento que constituem o conteúdo de cada microciclo.

Os microciclos são divididos e classificados de acordo com o período

da temporada em que o atleta se encontra.

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1- Microciclos “de treinamento”: consistem na etapa de preparação

do atleta que visa gerar adaptações a longo prazo no organismo do

mesmo. Segundo a composição predominante dos meios de treinamento,

podem ser divididos em microciclos preparatórios gerais ou específicos.

Ainda, dependendo do conteúdo predominante das cargas de

treinamento, os microciclos podem ser:

a) microciclo de choque: caracteriza-se por altas cargas de

treinamento, próximo ou mesmo o limite do atleta (80 - 100%), o

qual irá ter uma mobilização máxima das reservas energéticas do

organismo. Devido à grande exigência dos microciclos de

choque, deve haver, a partir de um controle rigoroso, uma

alternância entre os microciclos de choque e os outros

microciclos.

b) microciclo “ordinário”: possui cargas de treinamento

moderadas que irão variar de 60 a 80% do máximo do atleta. Este

microciclo representa a base estrutural do processo de

preparação de atletas de diferentes níveis de qualificação.

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c) microciclo “estabilizador”: tem como objetivo a manutenção da

forma física do atleta. Geralmente estes microciclos substituem os

de “choque” e os “ordinários” para que as adaptações obtidas

nestes períodos prévios do treinamento consigam ser mantidas

no atleta. A grandeza das cargas estão entre 40 e 60% do máximo

do atleta.

d) microciclo recuperativo de manutenção: o objetivo principal

deste microciclo é assegurar a recuperação do atleta, porém

possibilitando ao mesmo a manutenção de certas adaptações

obtidas nos microciclos anteriores e da condição integral do

atleta. A utilização deste microciclo reduz, significativamente, a

perda da forma física do atleta, assegurando assim uma

recuperação ativa do mesmo. A grandeza das cargas varia de 30

a 40% do máximo do atleta.

e) microciclo recuperativo: visa a recuperação completa do atleta.

Para isso, a carga de treinamento está por volta de 10-20% do

máximo do atleta. Dias de descanso também são comuns neste

microciclo.

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2- Microciclo preparatório de controle: tem como objetivo avaliar o

nível de preparação do atleta, ou seja, as adaptações ao treinamento e a

assimilação da carga de treinamento nos microciclos anteriores. Por isso,

geralmente é aplicado ao final de etapas de preparação, incorporando ao

treinamento, participação em situações próximas ou até mesmo idênticas

ao que o atleta irá encontrar nas competições. Então o treinador poderá

detectar possíveis deficiências nos atletas e iniciar as correções

necessárias.

3- Microciclo pré-competitivo: é o período de preparação que se

encontra próximo às competições objetivadas pelo atleta. Neste período

o atleta deve estar em um ótimo estado de prontidão que foi possibilitado

pela acumulação dos períodos anteriores da preparação. Neste microciclo

não é indicado a utilização de cargas máximas e os treinamentos de alta

intensidade se alternam com fases de recuperação.

4- Microciclo competitivo: o objetivo deste microciclo é transferir o

que foi realizado durante os treinamentos, para as competições. A

estrutura e a duração do microciclo irão depender e variar de acordo com

o regulamento e a especificidade da modalidade.

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Mesociclo

O mesociclo é unidade estrutural da preparação desportiva e

constitui-se de vários microciclos. O mesociclo apresenta-se como uma

etapa relativamente completa do processo de treinamento, geralmente

com duração de três a seis semanas. O processo de treinamento com base

em mesociclos possibilita a sistematização da preparação de acordo com

a tarefa principal de determinado período, garante uma dinâmica ótima

das cargas, uma composição racional dos vários meios e métodos de

preparação, a correspondência entre os fatores da ação pedagógica e das

medidas de recuperação, além de atingir a continuidade do

desenvolvimento das diversas qualidades e capacidades.

Os mesociclos são divididos:

- Direcionar os microciclos de treinamento para objetivos

simultâneos;

- Organizar microciclos de diferentes tipos e cargas de treinamento

para obter um estímulo de treinamento acumulado dentro do mesociclo;

- Deve ser uma estrutura de treinamento relativamente completa que

proporcione ganhos notáveis na preparação.

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Classificação dos mesociclos: mesociclo de introdução, de base, de

preparação e controle, de pré-competição e de competição.

1) Mesociclo de introdução: o objetivo deste mesociclo é

possibilitar ao atleta melhorar a eficácia do trabalho específico com os

treinamentos. A carga de treinamento ainda é muito voltada para o

treinamento físico geral.

2) Mesociclo de base: visa o aumento das capacidades funcionais

dos principais sistemas do organismo além do desenvolvimento das

capacidades físicas e à formação do preparo técnico, tático e psíquico. A

carga de treinamento neste período apresenta volume e intensidade altos.

3) Mesociclo de preparação e controle: neste período objetiva-se

desenvolver a capacidade integral do atleta, a partir da continuidade dos

mesociclos anteriores. Nesse caso, aproxima- se ao máximo, treinamento

e situações que serão encontradas na competição, ou seja, esta fase é

voltada para a especificidade. A participação em competições ou situações

próximas às mesmas possibilitará ao treinador detectar possíveis

deficiências nos atletas.

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4) Mesociclo de pré-competição: esta fase é destinada a eliminar

pequenas falhas que ainda podem ocorrer, aperfeiçoando a capacidade

técnica do atleta. A parte tática e psíquica orientada ganha lugar de

destaque.

5) Mesociclo de competição: este mesociclo é determinado pela

especificidade de cada modalidade, as particularidades dos calendários

esportivos e a qualificação e grau de desempenho do atleta.

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Macrociclos

Macrociclo é o termo utilizado para descrever um longo ciclo de

treinamento que inclui uma fase competitiva, que geralmente tem de 3 a

12 meses de duração.

A formação, manutenção e perda temporária da forma esportiva

devem estar rigorosamente determinadas dentro de um planejamento do

treinamento. Por isso, dentro de um macrociclo devem estar presentes três

fases de desenvolvimento da forma esportiva: período preparatório,

período competitivo e período transitório.

1) Período preparatório: este período tem duração de três a quatro

meses (principalmente nos ciclos semestrais) e até cinco a sete meses nos

ciclos anuais.

Na maioria das modalidades desportivas, é a unidade estrutural mais

prolongada do macrociclo de treinamento, criando no atleta uma base

funcional necessária para suportar e assimilar grandes cargas de

treinamento, que posteriormente serão utilizadas em treinamentos mais

específicos. Além disso, são treinadas as habilidades motoras e as

qualidades físicas, além de preparações táticas e psíquicas.

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Etapa de Preparação Geral: A duração de cada etapa depende, em

grande parte, do tipo do macrociclo e da qualificação do esportista, a

etapa de preparação geral serve para elevar o potencial das capacidades

coordenativas e motoras, com o objetivo de criar no atleta uma base para

posteriormente progredir em atividades específicas à modalidade. Além

disso, ainda reforça a necessidade de desde o início desenvolver as

qualidades técnico-desportivas e psicológicas.

Etapa de Preparação Especializada: O treinamento específico neste

período é tão importante quanto o treinamento geral, pois desde o início

da preparação, garante no atleta a participação bem sucedida nas

competições.

Nesta etapa, o treinamento tem como objetivo o estabelecimento

direto da forma esportiva, e será alcançado através do aumento de

exercícios de preparação especializada semelhantes aos competitivos e

dos próprios exercícios realizados durante as competições.

2) Período Competitivo: Período competitivo é aquele que envolve

todo o tempo em que o atleta disputa a competição, este período tem

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duração de 1,5 a dois meses, podendo se estender até quatro ou cinco

meses.

O treinamento neste período tem como principal objetivo a

manutenção da forma física do esportista, e progressivamente,

desenvolver ainda mais o rendimento competitivo do atleta, a fim de que

o mesmo obtenha o nível ótimo de condicionamento e alcance os

resultados nas competições disputadas, planejados no início da

temporada.

Para que isto aconteça, é necessário utilizar cada vez mais exercícios

que simulem as situações que serão vivenciadas pelos esportistas nas

competições.

Ainda é preciso atentar-se para o direcionamento da carga de

treinamento levando em consideração o caráter das competições, a

presença de adversários fortes e o estado psicológico em que se encontra

o esportista.

Deve-se tomar cuidado no momento de aumentar a concentração de

exercícios específicos e de alta intensidade com o objetivo de obter e

manter uma forma competitiva ao atleta, pois se o mesmo permanecer

com essa carga de treinamento durante um tempo prolongado, cria-se

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uma situação de risco para o esportista, que pode apresentar um

diminuição em seu desempenho ou até mesmo lesionar-se.

3) Período de Transição: É o período situado entre o período de

competições e o início de uma nova temporada ou macrociclo, este

período tem duração de três a quatro semanas até seis semanas.

O objetivo deste período é possibilitar ao atleta uma recuperação

completa depois de um longo período sob influência de exigentes cargas

de treinamento e de competições que levaram o atleta à exaustão, a

importância da manutenção de um certo nível de preparo que garanta o

desempenho ótimo no macrociclo seguinte.

Para que isso seja possível, os atletas devem realizar o descanso de

forma ativa, de modo que não haja uma quebra da continuidade do

treinamento e também para que estes atletas iniciem a temporada

seguinte melhores preparados fisicamente do que iniciaram a temporada

passada.

Neste período, o treinamento é caracterizado por volume e

intensidade reduzidos significativamente, além de ser esta época favorável

também para recuperar os atletas de possíveis lesões que foram

adquiridas no decorrer da temporada, ainda a possibilidade deste período

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apresentar-se de maneira passiva, onde o atleta ficará afastado dos

treinamentos durante este pequeno “recesso”, o que irá gerar uma certa

diminuição das capacidades fisiológicas do atleta, mas ao mesmo tempo

possibilitará ao mesmo uma recuperação completa de sua capacidade

psicológica.

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Preparação Anual ou da Temporada

A preparação anual ou preparação da temporada, é a integração de

todos os ciclos de treinamento (macrociclos, mesociclos, microciclos e a

sessão de treinamento) que visam possibilitar ao atleta desenvolver suas

capacidades e assim conseguir seus melhores resultados nas competições

almejadas, é a estrutura da preparação anual é determinada pelo objetivo

específico da etapa do aperfeiçoamento plurianual em que se encontra o

atleta.

O planejamento da temporada é baseado na distribuição das

competições dentro de um período de 12 meses, ou seja, a estruturação

do treinamento é realizada a longo prazo, a construção do treinamento

anual depende do número de macrociclos, que pode variar de um, dois

ou três ou até mesmo seis ou sete.

O planejamento do treinamento tem de levar em consideração o

número de competições na temporada, assegurar que o atleta desenvolva

suas capacidades para que consiga desempenhar seu máximo nas

competições principais, manutenção da forma física durante toda a

temporada e garantir que a cada ciclo anual o esportista alcance resultados

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melhores, a importância de conhecer bem as particularidades de cada

modalidade no momento de realizar o planejamento, para que o atleta

seja preparado para as competições específicas (por exemplo,

campeonato europeu, mundial, olimpíadas, etc.), levando em

consideração as capacidades adaptativas do atleta, a estrutura do preparo

e a composição do treinamento anterior.

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Preparação Plurianual

A preparação plurianual é composta por várias temporadas de

treinamento e competição, somente um treinamento seguido durante

vários anos permite obter resultados esportivos de alto nível.

O aperfeiçoamento das bases científicas e as observações realizadas

na prática pelos treinadores levaram ao aumento significativo do período

em que o atleta apresenta resultados de alto nível.

Fatores que são determinantes para a estruturação da preparação

plurianual dos esportistas:

• O gênero do esportista;

• O amadurecimento biológico;

• A idade com que o atleta inicia os treinamentos

especializados;

• A estrutura da competição e do treinamento do atleta

necessários para obtenção de grandes resultados;

• A especificidade da modalidade.

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O planejamento ideal da preparação plurianual está bastante

relacionado à definição da faixa etária ótima em que os atletas costumam

apresentar os melhores resultados nas diferentes modalidades.

Assim será possível sistematizar melhor o processo de treinamento e

determinar com maior precisão o período em que o treinamento deverá

ser mais intenso, objetivando a obtenção dos melhores resultados do

esportista.

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Periodização ondulatória
A periodização pode ser entendida como “a variação planejada do

volume e da intensidade do treinamento”, sendo “extremamente

importante para ganhos ótimos contínuos na força, bem como para outros

resultados do treinamento. Além disso, as alterações nas outras variáveis

do treinamento, como a escolha dos exercícios, também podem ser feitas

de forma regular e periodizada”.

A utilização de treinamentos periodizados diminui o risco de lesões,

evita o overtraining, elimina o tédio e melhora a recuperação.

Periodização ondulatória é definida como a variação regular do

volume e da intensidade nas sessões de treinamento presentes em um

mesmo ciclo, com o objetivo de treinar diferentes componentes do

sistema neuromuscular.

Periodização ondulatória pode ser utilizada em curtos períodos de

tempo (semanas, meses), a longo prazo (anos), ou no caso de carreira

esportiva visa possibilitar ao atleta alcançar o pico de rendimento na

competição mais importante.

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Stone et al. (1981), citado por Fleck (1999), a partir de uma amostra

de homens universitários treinados, verificou um aumento

significativamente maior na força máxima (1RM), nos saltos verticais, na

massa corporal magra, além de uma diminuição no percentual de gordura

dos indivíduos que realizaram o treinamento periodizado quando

comparados com o “não periodizado”, ambos em seis semanas de

treinamento.

Um segundo estudo citado por Fleck (1999),e publicado em 1980 por

Stowers et al., analisou durante 7 semanas de treinamento, os ganhos de

força e potência em homens universitários destreinados. A amostra foi

dividida em três grupos: treinamento periodizado, treinamento não

periodizado e controle. O grupo que realizou o treinamento periodizado

obteve ganhos de força (medido através do teste de 1RM) e potência

(medido através de saltos verticais) significativamente maiores do que os

outros grupos.

Fleck (1999) ainda cita outros estudos (O’BRYANT et al., 1988; MCGEE

et al., 1992; WILLOUGHBY, 1992; WILLOUGHBY, 1993) que confrontaram

o treinamento “periodizado” com o “não periodizado” e encontraram

ganhos significativamente maiores de força, de desempenho motor, de

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massa corporal total, massa corporal magra e diminuição do percentual de

gordura corporal para os indivíduos que realizaram o treinamento

“periodizado”.

Fleck (1999) ainda atenta para a necessidade de analisar os efeitos do

modelo de treinamento periodizado em mulheres, idosos e crianças, além

de analisá-los em longo prazo (mais de seis meses).

Então Kraemer et al. (2000), analisaram em vinte e quatro tenistas do

sexo feminino, o efeito do volume de treinamento de força sobre o

desenvolvimento das habilidades no desempenho competitivo. Para isso,

as atletas foram divididas em três diferentes grupos: um grupo controle

que não realizava treinamento de força, um grupo que realiza treinamento

periodizado com múltiplas séries e um treinamento não periodizado com

série única.

A amostra fora avaliada em um pré-teste e com 4, 6 e 9 meses de

treinamento. As variáveis a serem examinadas são: composição corporal,

potência anaeróbica, avaliação da força máxima (1RM) e máxima

velocidade de saque (KRAEMER et al., 2000).

Durante todo o protocolo de testes não foram observadas mudanças

significativas na massa corporal em nenhum dos grupos. No entanto, foram

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observados aumentos significativos na massa muscular livre de gordura e

diminuição do percentual de gordura no grupo com treinamento

periodizado após 4, 6 e 9 meses de treinamento. Um aumento significativo

na potência foi observado somente no treinamento periodizado após 9

meses de treinamento (KRAEMER et al., 2000).

O desempenho de força foi medido no teste de 1 RM nos exercícios

supino reto, abdução de ombros livre e no leg press. Foram observados

aumentos significativos após 4,6 e 9 meses de treinamento para o grupo

de treinamento periodizado, enquanto para o grupo de treinamento em

forma de séries simples foram observados aumentos significativos

somente após o 4o mês de treinamento. Na velocidade do saque foram

observadas melhoras significativas para o grupo de treinamento

periodizado após 4 e 9 meses de treinamento, enquanto não foram

observadas mudanças significativas para o grupo de treinamento em

circuito simples (KRAEMER et al., 2000).

Estes dados demonstram a superioridade do treinamento

periodizado direcionado para o esporte com alto volume de treinamento

quando comparado ao treinamento com baixo volume e séries simples

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quando o objetivo é melhorar o desempenho atlético competitivo

(KRAEMER et al., 2000).

O treinamento de força é um dos treinamentos mais eficientes no que

diz respeito à adaptações neuromusculares importante na prevenção de

lesões e também para melhoria da performance motora nas diferentes

modalidades (KRAEMER et al., 2000).

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Considerações sobre periodização

Todos estes conceitos de Periodização apresentam diferentes

maneiras de se estruturar e prescrever a carga de treinamento durante a

temporada para que o atleta obtenha o desempenho desejado durante

todo o calendário, tendo em vista que é impossível manter a ótima

performance durante toda a temporada.

Com as várias mudanças ocorridas nas mais diversas modalidades

esportivas, que vão desde regras até calendários de competições, surgiu

a necessidade de realizar adaptações na maneira como o treinamento era

planejado e executado, para que o mesmo continuasse sendo efetivo para

o alto nível de desempenho dos atletas.

A periodização do treinamento sofreu então, várias adaptações desde

o seu surgimento, em 1965, para que se adequasse principalmente à

necessidade de possibilitar ao atleta alcançar picos de rendimentos mais

vezes na temporada ou mais duradouros, dependendo da modalidade e

do calendário da mesma.

Porém a dificuldade de medir na prática a eficácia destes novos

modelos de periodização faz com que seja impossível compará-los e

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determinar qual é o mais efetivo para determinado objetivo, modalidade

ou até mesmo atleta/equipe.

Mesmo não sendo possível esta medição, a periodização do

treinamento esportivo é, há muito tempo, utilizada e estudada por

treinadores e estudiosos como uma possível maneira de planejar e

executar o treinamento a médio e longo prazo e assim, alcançar os

objetivos propostos previamente à competição.

Porém, a periodização tem sido tratada de maneira equivocada por

alguns autores e chamada por eles de periodização ondulatória. Esta tem

como definição uma simples manipulação regular dos componentes da

carga volume e intensidade, dentro de mesmos ciclos de treinamento.

Além disso, defendem uma maior efetividade deste “modelo de

treinamento” desde ganhos significativos de força, potência e velocidade

de deslocamento, até alterações na concentração hormonal, resultados

estes, encontrados em seus respectivos estudos.

Se levarmos em consideração as características e objetivos da

periodização desde seu surgimento até os dias atuais, verificamos uma

inadequação do conceito de “periodização ondulatória”. Isto porque para

este conceito, são desconsiderados os outros componentes da carga de

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treinamento (duração, frequência e densidade), além do treinamento das

outras capacidades físicas (velocidade, resistência, flexibilidade e

coordenação). Não existe modalidade esportiva em que não haja

necessidade de pelo menos duas das capacidades físicas (mesmo que haja

uma predominância de uma sobre a outra), além da importância do

treinamento da técnica e da tática para o ótimo desempenho do atleta.

Além disso, a maneira como é demonstrada a maior eficácia da

“periodização ondulatória” sobre os outros modelos de periodização, é

equivocada, pois na maioria dos estudos citados nesta revisão, não há uma

equiparação ou mesmo aproximação das cargas de treinamento para os

diferentes protocolos utilizados nos diferentes treinamentos, o que torna

inviável a comparação entre os mesmos. Provavelmente, para protocolos

de treinamento com cargas de treinamento aproximadas não seriam

encontradas tais diferenças significativas entre os grupos examinados, ou

pelo menos não seriam de tal magnitude.

Desta forma, deve-se atentar para a utilização e mesmo denominação

da chamada “periodização ondulatória”, pois a mesma, não passa de uma

simples manipulação da carga de treinamento e até que se mude a

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definição e a maneira como é estruturada não deve se quer ser

considerada um modelo de periodização.

Imagem: modelo de periodização.

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Controle de carga
O treinamento físico é um processo organizado e sistemático de

melhora das capacidades funcionais em seus aspectos morfológicos e

funcionais, a periodização do treinamento tem um importante papel para

controlar todas as variáveis envolvidas no treinamento.

O controle dessas variáveis permite controlar e monitorar a carga

imposta pelo treinamento, basicamente, o treinamento gera uma relação

de “dose e resposta”, assim a melhora do desempenho ou a alteração de

algum parâmetro fisiológico (VO2, por exemplo), decorrente de uma

determinada dose de treinamento, a qual é definida como o estresse

fisiológico imposto ao corpo para uma determinada carga de treinamento

é o que chamamos de carga interna de treinamento (CIT), este modelo de

adaptações da CIT ocorrem principalmente pelo treino prescrito, o que

está relacionado a qualidade, quantidade da periodização do treinamento.

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Mas, eis a pergunta como conseguimos controlar essa relação de: CIT

X carga externa de treinamento (CET)?.

Carga interna
Individualidade; Especificidade; Fatores psicológicos; Adaptação;

Sobrecarga; Sono e Recuperação; Nutrição.

Carga externa
Estresse Fisiológico; Estímulos; Eficiência do Estímulo; Variáveis do

Estímulo.

Métodos para controle de carga


Frequência Cardíaca (%FC) – Controle de carga a partir da porcentagem

da FC com uso de um frequencimetro.

Teste de Repetições Máxima - Controle de carga a partir da porcentagem

do teste de 1 RM.

Escala Subjetiva de Esforço - Controle de carga a partir da escala

subjetiva de esforço ou outro questionário.

Zona Alvo - Controle de carga a partir de uma zona alvo de treinamento.


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Pilares do movimento
1. anamnese e avaliação física funcional: Primeiro passo para iniciar
qualquer programa de treinamento, é o momento que você vai

conhecer o seu aluno ou paciente, escute seu aluno, procure

entender o porquê ele o procurou e qual o seu objetivo, não esqueça

de realizar as reavaliações, é o momento que você vai saber se o seu

programa está tendo resultados e onde você terá que realizar

mudaças.

2. testes especiais: Pense na função ou no objetivo do seu aluno, procure


os testes que possuem relação com a incidência de lesões no seu

esporte ou que avaliem o movimento para a vida diária e as suas

limitações, pense que nem sempre o teste realizado pela melhor

equipe do mundo será o melhor teste para o seu público.

3. fundamentos do movimento: Primeiro aprenda a caminha para depois

correr, está frase se resume a o item em questão, pois devemos

primeiro trabalhar a base do corpo: Mobilidade, Flexibilidade, CORE

e estabilização, para então avançarmos a movimentos mais

complexos.

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4. capacidades funcionais: Trabalhe de maneira harmônica todas as
capacidades funcionais, pensando na função, todas elas fazem parte

do desenvolvimento e da performance.

5. habilidades: As habilidades devem ser melhoradas e treinadas para


alcançarem a excelência, porém os pontos fracos não podem ser

esquecidos, sempre teremos mais facilidade em alguns movimentos.

6. objetivo/ função: Depois de todas as etapas anteriores pense no seu


objetivo e na função exercida pelo seu aluno ou paciente, se ao longo

do programa você alcançou os objetivos que foram definidos na sua

avaliação.

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CAPÍTULO 02
Hábitos alimentares
O gerenciamento de uma alimentação equilibrada e saudável é

necessário não apenas para a manutenção dos treinamentos, mas também

para a manutenção da saúde nutricional geral dos indivíduos.

Existem vários fatores que podem influenciar nossa ingestão de

energia, como diferenças culturais e de estilo de vida, e diferentes cenários

podem inconscientemente nos permitir comer mais ou menos alimentos,

o que pode ter um impacto positivo ou negativo na composição corporal.

Por esse motivo, é sempre importante manter em mente o panorama

geral da nutrição, para que nunca tenhamos que adivinhar o porquê de as

mudanças ocorrerem sem que a noite seja notada.

"A terceira lei da termodinâmica afirma que a energia não pode ser

criada nem destruída, mas só pode ser transformada”. Isso é

universalmente verdade, e não podemos escapar das leis da física.

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Em outras palavras, independentemente de quando comemos ao

longo das 24 horas do dia, independentemente de ser apenas à noite ou

não, é importante ter em mente:

1. Se comermos mais alimentos do que precisamos para sustentar o

peso corporal e as atividades diárias por um longo período de tempo,

então acabaremos ganhando peso.

2. Por outro lado, se comermos menos alimentos do que precisamos

para sustentar nosso peso corporal e níveis de atividade diária por um

longo período de tempo, então acabaremos perdendo peso.

3. Isso também se aplica ao peso corporal de manutenção; portanto,

se consumirmos as quantidades necessárias para manter o peso corporal

com base nas necessidades e nos níveis de atividade, nosso peso

permanecerá o mesmo.

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nutrientes
A ingestão de proteínas, carboidratos e gorduras pode variar muito,

dependendo dos objetivos de todos, da atividade física, do metabolismo

e das condições fisiológicas e patológicas. Esses três macronutrientes

compõem nossa comida. Além do macronutriente, os micronutrientes

também compõem nossos alimentos e afetam muitos processos no corpo,

incluindo regulação hormonal, saúde do sistema imunológico, estrutura e

função das células, composição corporal e muito mais.

Pesquisas bem controladas corroboram a conclusão de que os atletas

que mantêm sua ingestão total de energia e macronutrientes, carga de

treinamento, composição corporal e duração / qualidade do sono

provavelmente não sofrerão uma redução substancial no desempenho ao

longo do tempo.

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Ingestão de proteínas
De acordo com as evidências atuais, a ingestão de proteínas que

constitui 1,6g - 2,2g / kg de peso corporal está associada aos maiores

ganhos. Portanto, usar esse intervalo pode criar sua meta de ingestão de

proteínas se você estiver tentando ganhar massa muscular durante esse

período.

Por outro lado, quando se trata de fazer dieta e perder gordura

corporal, recomenda-se manter a ingestão de proteínas entre 2,3 g-3,1 g x

kg de massa magra, à medida que ficamos mais magros, para manter a

massa corporal magra.

Imagem: Alimentos ricos em proteína.

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Gorduras e carboidratos
No que diz respeito à ingestão de lipídios (gorduras) e carboidratos,

não há realmente diretrizes "específicas" a seguir. Ambos os

macronutrientes são extremamente importantes por uma infinidade de

razões; portanto, em nossa opinião, é melhor ter uma quantidade mista de

ambos para uma alimentação saudável e equilibrada. O objetivo deve ser

consumir todos os macronutrientes com uma variedade de opções

alimentares, a fim de colher todos os benefícios de nossa nutrição.

De certa forma, esses dois macronutrientes podem ser

"intercambiáveis" no sentido de que, desde que correspondamos à

ingestão de proteínas e ao total de calorias, comer mais do que o outro

não mostra muito, se houver alguma diferença quando se trata da

composição corporal (é por isso que tanto o carboidrato rico quanto o

carboidrato baixo / muito baixo funcionam). No entanto, se queremos

maximizar o desempenho do treinamento de resistência - e lembramos

que o principal substrato de energia que nosso corpo deseja usar durante

essa forma de treinamento são os carboidratos - é lógico aumentar a

ingestão de carboidratos para ajudar a apoiar as demandas de

treinamento. Lembre-se de que a ingestão de gordura diminuiria para

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refletir esse aumento na ingestão de carboidratos de acordo com suas

metas para corresponder aos números macro / calóricos diários.

As diretrizes gerais sugerem manter a ingestão de gordura entre 20

a 30% do total de calorias ou 0,5-1g x kg de peso corporal.

Enquanto os carboidratos podem permanecer na faixa de 4-7g x kg

de peso corporal para atletas de força que buscam ganhar massa

muscular, ou simplesmente preencher o restante das calorias após calcular

a ingestão de proteínas e gorduras, se o objetivo é a perda de gordura.

Imagem: Alimentos ricos em carboidratos e gorduras.

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E se eu não quiser acompanhar minha ingestão de alimentos?
Nem todo mundo quer acompanhar diariamente suas calorias e

ingestão de macronutrientes, e para as pessoas que desejam

simplesmente obter um peso corporal saudável e começar a desenvolver

hábitos nutricionais mais saudáveis, então aqui estão algumas diretrizes

que você pode seguir.

Para começar, usaremos a ajuda de nossas mãos para escolher as

porções de cada macronutriente.

Imagem: Cérebro humano baseado em alimentos saldáveis.

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E a hidratação?
Mantenha seu corpo hidratado. O corpo necessita estar hidratado,

não apenas após a atividade física, mas também ao longo do dia. Durante

o período da atividade física, nosso corpo perde muito líquido através do

suor, é muito importante à ingestão de água, durante e após o

treinamento. Recomenda-se ingerir 2,5 a 3 litros de água por dia, bem

como, ingerir um copo de água antes de dormir e ao acordar.

Imagem: Modelo humano em 3D se bebendo água.

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CAPÍTULO 03
Treinamento invisível
Para obter um melhor aproveitamento durante a preparação física, é

muito importante ter conhecimento sobre a importância do tempo de

descanso e de sono. Após o treinamento o corpo necessita de descanso,

ou seja, preze pelo descanso, tire um tempo para relaxar e se preparar

mentalmente e fisicamente, aproveite o tempo livre para descansar.

Durma cedo, durma bem. Antes de dormir, evite ficar mexer no

celular, televisão e computador, isso interfere e muito na qualidade do

sono. Procure dormir de 7 a 8 horas por noite com escuridão total. É

durante o sono que o corpo entra em estado de recuperação e isso irá

ajudar na sua produtividade e rendimento no dia seguinte.

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Sono – regeneração muscular
Vamos falar sobre a hora mais importante do dia, a qual muitas

pessoas ignoram ou até mesmo não tem ideia do quão importante ela é

para a nossa qualidade de vida e desempenho diário.

O sono reparador propicia uma gama imensa de benefícios os quais

são processados e utilizados pelo corpo unicamente durante uma noite de

sono bem dormida.

Imagem: Criança dormindo.

Passamos o dia todo comandando as ações do nosso corpo, a gente

fala, come, corre, pensa, se emociona, muita coisa acontece ao longo de

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um dia. O sono é o momento de ouro do nosso dia, momento este em que

o nosso corpo tem a chance de descansar.

Enquanto dormimos é possível executar todas as funções

fundamentais de reparação, tais como: A organização das informações

captadas durante o dia, desintoxicação do que for preciso, produção de

hormônios, reparação de danos celulares e outros.

Imagem: Efeitos do sono sobre o corpo humano.

É o momento que o corpo pode cuidar dele mesmo sem ser

orientado por nossa consciência. Não somos nós que estamos no

comando, mas sim nosso próprio sistema neuronal que entra em ação

durante o sono.
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Um fato importante que temos que ter ciência é de que a

humanidade está dormindo cada vez menos, e a falta de sono é um

problema que atinge muitas pessoas. Diversas pesquisas mostram que

aproximadamente 45% da população mundial sofre com distúrbios do

sono. Esse é um dado muito importante quando falamos de saúde, ou seja,

são muitas pessoas que se privam dos benefícios de uma noite bem

dormida. O sono é vital e a qualidade das horas de descanso também. A

falta do sono pode trazer:

• Falta de atenção: existe muito mais perigo de ter um acidente de carro

se a pessoa está com sono.

• Menos concentração, memória e capacidade de aprendizagem.

• Queda no rendimento físico, o emagrecimento se torna muito mais

difícil, a hipertrofia também, pois não existe disposição para praticar

exercícios.

• Queda na qualidade da nutricional, pois pessoas que dormem mal,

tendem a comer mal.

• Aumento do apetite e busca por alimentos não saudáveis; o cansaço

estimula a falta de controle e a compulsão alimentar.

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• Obesidade e diabetes: existe relação entre as poucas horas de sono e a

obesidade, a diabetes e principalmente a obesidade infantil.

• Cansaço

• Falta de disposição

• Transtornos físicos e comportamentais

• Depressão

• Ansiedade

Provavelmente você deve estar se perguntando se dorme bem. Vale

lembrar que cada indivíduo deve dormir em média entre 7 e 9 por dia, 8

horas é uma média considerada saudável, mais do que isso é

desnecessário. O sono deve ser contínuo, sem interrupções, para que a

profundidade restauradora do organismo seja alcançada.

Existem alguns detalhes que devemos ter todo cuidado, para que

possamos usufruir dos benefícios de uma noite de sono bem dormida.

Preste atenção nesses detalhes e coloque em prática, você verá muitos

resultados positivos e sua saúde agradece.

Silêncio: A audição é um sentido que não desliga nunca, independente

de querermos ou não. Continuamos ouvindo tudo o que está em nossa

volta. Por isso mesmo acordamos ao som do despertador. A prova disso é

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que existem terapias auditivas onde determinados tipos de sons e ritmos

estimulam partes do cérebro. Estas terapias têm inclusive recuperado

pacientes em coma. Dormir com o som ligado pode acabar com a

possibilidade do seu corpo produzir toda a cadeia hormonal que

necessita. Pode estar prejudicando centenas de substâncias que são

produzidas especificamente durante o sono.

Escuridão: Nosso corpo sabe quando é dia ou noite dependendo do

estímulo da luz. Nossas células são fotossensíveis, todas as funções

corporais são reguladas para serem executadas conforme a luminosidade

do sol ou a escuridão da noite. Luzes ligadas no quarto, a porta aberta para

um corredor iluminado, ou a presença de aparelhos eletrônicos que

emitam luzes brilhantes, são hábitos ruins, que atrapalham a sensibilidade

celular e confundem nosso corpo. Dormir exposto à luminosidade provoca

diversas alterações que são importantes a nível cerebral. O corpo deixa de

executar funções regulatórias e não libera substâncias que deveriam ser

liberadas durante o sono. A única cor que não causa esta alteração de

fotossensibilidade é a vermelha. Portanto, ao levantar-se para ir ao

banheiro durante a noite, a única luz que poderia ser acesa, seria desta cor.

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Vá para a cama somente na hora de dormir: Não vá para a cama para

assistir televisão ou mexer no celular ou qualquer tipo de aparelho

eletrônico. Faça isso todos os dias no mesmo horário até que se torne um

hábito. Aos poucos, seu cérebro vai entender que o momento de se deitar

na cama é a hora de dormir. Procure ter um horário fixo para dormir e

acordar todos os dias. Assim, seu organismo cria um ciclo e passa a

adormecer e despertar sem que você precise se esforçar.

Relaxe antes de dormir: Há quem execute atividades densas até o

último momento do dia, como estudar aquela matéria da faculdade ou até

mesmo responder e-mails de trabalho. Procure assistir um filme divertido

(que termine pelo menos 1 hora antes de deitar-se), ouvir música, fazer

uma meditação, uma leitura agradável, ou qualquer outra atividade

prazerosa.

Ao preencher esses momentos antes de ir para a cama com atos que

trazem satisfação e tranquilidade, as chances de ter uma boa noite de sono

aumentam. Evite levar problemas para a cama, concentre-se em sua

saúde, deixando as questões que te preocupam fora do quarto, aquiete a

sua mente e tenha uma boa noite de sono.

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Alimentação leve: Evite uma rotina de alimentação pesada antes de

dormir. Opte por frutas de baixa carga glicêmica, baixo carboidrato e alta

carga nutricional. Da mesma forma, evite substâncias estimulantes como

café, bebidas alcoólicas e até do cigarro perto do horário do sono.

Não use medicamentos que induzem ao sono: Sabemos que existem

muitas pessoas com dificuldade para dormir, mas tomar medicação por

conta própria é um risco para sua saúde. Muitos medicamentos que são

vendidos sem receita médica, como alguns usados contra náusea,

podem induzir o sono mais facilmente.

Em vez disso, experimente incluir um chá antes de dormir. Existem

diversos chás que podem ser acrescidos na rua rotina antes de dormir,

podendo ser de camomila, erva-cidreira, mulungu, melissa, moringa e até

mesmo de maracujá, todos esses contêm propriedades calmantes.

Cada organismo é diferente e apenas uma investigação a fundo pode

determinar o motivo pelo qual cada um dorme bem ou mal. Leve em

consideração essas orientações para que seu dia seja mais produtivo, leve

e seu organismo esteja em perfeito equilíbrio.

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Mobilidade articular
A mobilidade é um termo abrangente que inclui muitos fatores ao

considerar se a articulação de uma pessoa é móvel.

O que afeta a mobilidade: 1 Flexibilidade 2 Estrutura 3 Lesões e Dor.

O que pode aumentar a mobilidade: 1 Aquecimento - Aumentando

a temperatura muscular 2 Alongamento e fáscia muscular 3 Massagem -

Aumente o fluxo sanguíneo (aumente a temperatura) e libere a tensão.

Graus de Mobilidade

Conceitos de mobilidade articular: A mobilização articular é feita

segundo a dosagem de Maitland. Que consiste em 4 graus de

mobilização:

Grau I - Movimentos rítmicos com pouca mobilidade da articulação;

Grau II - Movimentos rítmicos, avançando um pouco mais na mobilidade

articular e chagando até a primeira resistência encontrada;

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Grau III - Até o limite encontrado, voltando até o meio termo entre o limite

articular e o grau I;

Grau IV - Até o limite encontrado, mantendo uma leve oscilação no limite

articular.

Pode ser bem mais simples do que parece aumentar a Amplitude de

Movimento. Se limitarmos a experiência que nossas articulações recebem

vamos em contrapartida limitar nossa mobilidade articular e movimentos,

isso parece meio obvio, porem muitos não sacaram isso ainda e continuam

a limitar suas articulações com movimentos incompletos.

Sabemos o quanto é importante trabalhar a rotação, ela faz parte dos

estímulos artrocinemáticos (e já debatemos muito os benefícios), porém

também é um dos se não o primeiro movimento perdido com o passar da

idade em nosso envelhecimento (só por esses dois já vale dar atenção).

Aplicando técnicas de Controle Articular em Rotação conseguimos

estimular os receptores articulares Tipo 1 e 2, porém quando aplicamos

rotação combinado com grandes amplitudes (resumindo: visitar o máximo

fisiológico de sua articulação) vamos ativar também o receptores

articulares Tipo 3, que são estimulados quando aplicamos forças de tração

e alongamento longitudinal sobre os tendões. Os mecanoreceptores (via

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aferente) são responsáveis por informar seu sistema nervoso central da

posição e condições de movimento das suas articulações, se você souber

potencializar a qualidade dessa informação vai também potencializar o

retorno (via eferente) da informação cerebral para suas articulações e

músculos e, com isso, aumentar sua mobilidade e controle articular, o que

vamos demonstrar melhor através das imagens.

Imagem 1:

Imagem 2:

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Exemplo:

Em um agachamento, uma área típica que não é muito móvel é o

tornozelo, especificamente a dorsiflexão do tornozelo. Para torná-lo mais

móvel, você faz alguns exercícios de mobilidade para ajudar a abrir o

sóleo. Isso pode incluir fazer uma dorsiflexão do tornozelo meio ajoelhada

para atingir o sóleo, usar um rolo de espuma para liberar o sóleo ou talvez

fazer jogging para aquecer os músculos das pernas. Agora você ganhou

mais mobilidade no tornozelo e pode realizar seu agachamento com mais

profundidade. Você pode ter uma boa dorsiflexão no tornozelo, mas se

você tiver uma entorse no tornozelo ou um esporão ósseo que o impeça

de obter uma boa dorsiflexão no tornozelo, seu tornozelo não será mais

tão móvel. Portanto, você não tem mobilidade.

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Curiosidades:

Buscando algumas alternativas as técnicas de mobilidade articular

apresentamos aqui a utilização de tensão elástica para o trabalho da

mobilidade articular com intuito maior de promover a tensão articular,

assim descomprimir e aumentar o espaço articular,

Sempre temos que lembrar da individualidade e especificidade de

cada pessoa, assim como seus objetivos gerais e específicos, a ideia é criar

uma alternativa para o trabalho de mobilidade articular e garantir a

eficiência do movimento sendo ele prazeroso e benéfico.

Buscando referencias e conceitos mostramos através da imagem uma

classificação de graduação para você ter sucesso e segurança para

trabalhar os conceitos da Artrocinemática, sem exceder os componentes

elásticos dos tecidos e atingir os objetivos, como: aumento da lubrificação

articular, tensão e flexibilidade capsular.

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Imagem 1:

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flexibilidade
O alongamento é um procedimento usado tanto pós quanto pré

treinamento, em vários momentos dos períodos de recuperação e dentro

das sessões de treinamento.

O alongamento tem sido uma modalidade comumente usada antes e

depois do treinamento, em várias outras ocasiões durante os períodos de

recuperação e durante as sessões de treinamento.

A principal função percebida é o aumento da amplitude de

movimento em relação às articulações, e a pesquisa mostrou que isso é

obtido por vários modelos de alongamento. A eficácia do alongamento

como auxílio ao desempenho é menos aparente. Não parece haver

estudos com formigas que investigaram o efeito do alongamento entre as

sessões de exercício sobre o desempenho durante o exercício pós-

recuperação.

Aquecimento e alongamento são defendidos antes do exercício para

reduzir o risco de lesões. Mais recentemente, foi demonstrado que o

alongamento estático tem um impacto negativo antes do exercício. Em vez

disso, o alongamento balístico é defendido como uma estratégia eficaz de

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aquecimento. Infelizmente, a evidência de que o alongamento e o

aquecimento antes da atividade reduzem a dor tardia após o exercício

(DMIT) é limitada a inexistente.

Imagem: Alongamento.

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1. Pose do camelo

Músculos enfatizados: reto abdominal e oblíquos externos. Este exercício é mais adequado para

pessoas que já têm uma boa flexibilidade. Sentado sobre os calcanhares, coloque as mãos para

trás, empurrando seus quadris para cima e para a frente. Não coloque muita pressão sobre a coluna

lombar. No caso de você ter problemas no pescoço, não deixe cair a cabeça para trás.

2. Pernas abertas

Músculos enfatizados: adutores. Se você é novato, pode não ser capaz de alcançar seus pés. Neste

caso, apenas estique as pernas para fora. Este exercício também pode ser realizado empurrando as

pernas na parede.

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3. Pose do sapo

Músculos enfatizados: adutores. Este exercício pode colocar pressão sobre os joelhos e virilha, por

isso é recomendado que você o execute sobre uma superfície macia.

4. Lateral aberta

Músculos enfatizados: adutores. Comece colocando os seus dois pés para a frente em uma posição

larga, segurando suas pernas o mais reto possível. Estique uma perna sentado em seu quadril

oposto, tendo certeza de que o pé no qual está apoiado se mantém em total contato com o chão.

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5. Pose da borboleta

Músculos enfatizados: adutores. Sentado, junte as solas dos seus pés juntos. Coloque pressão sobre

os joelhos, com as mãos. Se você quiser esticar melhor os músculos da virilha, mantenha os pés

mais próximos do corpo.

6. Antebraço estendido

Músculos enfatizados: extensor do antebraço. Gire o ombro para o exterior, a fim de entrar na

posição ideal para esticar o músculo do antebraço. Depois de ter conseguido trazer seu corpo para

esta posição, coloque pressão sobre a outra mão para iniciar o alongamento.

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7. Flexão lateral do pescoço

Músculos enfatizados: esternocleidomastóideo. Estique o seu pescoço tanto quanto possível e,

lentamente, solte o seu ouvido para o seu ombro, garantindo que você colapse a sua coluna

cervical. Este alongamento pode ser mais desenvolvido e avançado sentado em uma cadeira,

segurando a parte inferior do assento. Isso vai deixar a tensão abaixo de seu braço e pescoço

consistente.

8. Rotação de pescoço

Músculos enfatizados: esternocleidomastóideo. Comece girando o pescoço de uma maneira lenta,

mantendo o queixo um pouco elevado para isolar o músculo. Para um alongamento mais profundo,

você terá que colocar pressão com a mão oposta à direção que você está girando.

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9. Pescoço estendido

Músculos enfatizados: esternocleidomastóideo. Comece colocando as mãos em seus quadris,

mantendo a coluna alongada para inclinar a cabeça para trás.

10. Flexão lateral do pescoço

Músculos enfatizados: esternocleidomastóideo e trapézio superior. Prolongue o seu pescoço,

deixando a orelha cair lentamente para o seu ombro.

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11. Meio ajoelhamento

Músculos enfatizados: psoas e quadríceps. Comece em uma posição meia ajoelhada. Avance o

quadril, levando o pé para trás e apertando o glúteo.

12. Antebraço estendido

Músculos enfatizados: extensor do antebraço. Comece empurrando o ombro e as costas para baixo.

Em seguida, gire o seu ombro para fora para entrar na posição ideal para esticar o músculo do

antebraço. Coloque pressão sobre a sua mão oposta para iniciar o alongamento.

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13. Ombro lateral esticado

Músculos enfatizados: deltoide lateral. Com os braços esticados sobre o corpo, coloque pressão

com a mão para adicionar o estiramento em seu ombro.

14. Flexão vertical

Músculos enfatizados: trapézio. Fique em pé com os pés juntos. Certifique-se de que sua coluna

esteja prolongada e lentamente sente os quadris para trás, empurrando o queixo para o peito ao

mesmo tempo.

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15. Tração vertebral

Músculos enfatizados: grande dorsal. Comece apertando firme em um apoio e lentamente

levantando os pés do chão. No caso de você tirar totalmente os pés do chão, você vai sentir a tração

em sua coluna lombar. Se tiver sofrido recentemente uma lesão ou impacto no ombro, não execute

esse exercício.

16. Lateral alongada

Músculos enfatizados: grande dorsal. Coloque as duas mãos no canto de uma parede ou poste.

Mantendo a coluna prolongada, empurre os quadris para o lado de forma lenta. Se você tiver

problemas com a parte inferior das costas, não execute esse exercício.

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17. Pose da criança

Músculos enfatizados: grande dorsal. Sente com as mãos e os joelhos no chão, lentamente trazendo

os quadris para trás até encostar a testa no chão. Se você quiser um melhor alongamento nos

quadris, deixe os joelhos mais amplos. A parte superior do corpo deve ser posicionada na forma de

um arco.

18. Panturrilha esticada

Músculos enfatizados: sóleo e gastrocnêmio. Este alongamento pode ser realizado na borda de um

degrau. Gire os tornozelos um pouco para dentro e para fora para esticar ativamente os músculos

da panturrilha.

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19. Abertura

Músculos enfatizados: psoas e isquiotibiais. Este alongamento não é adequado para iniciantes e

deve ser realizado com cuidado, especialmente se você tiver quaisquer problemas no quadril. Pode

ser benéfico ter o apoio de uma cadeira.

20. Mãos nos pés

Músculos enfatizados: isquiotibiais e panturrilha. Sente-se em seus ossos do bumbum e dobre os

joelhos, se precisar. Certifique-se de que sua coluna esteja a mais reta possível, especialmente se

você tem problemas nas costas. Este exercício também pode ser feito deitado de costas, com os

pés para cima na parede.

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21. Inclinação

Músculos enfatizados: isquiotibiais. Comece posicionando os pés um na frente do outro. Mantendo

as costas retas, traga as mãos para os quadris e comece a flexão.

22. Agachamento profundo

Músculos enfatizados: glúteos. Este movimento tem um impacto geral sobre todas as áreas do

corpo. Comece com os pés afastados na largura dos ombros e, em seguida, gradualmente desça

os quadris. Quando chegar à posição de agachamento profundo, traga os braços para dentro de

suas pernas e coloque um pouco de pressão no interior dos joelhos. Este estiramento também pode

ser realizado deitado de costas de encontro a uma parede.

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23. Pose do pombo meio sentado

Músculos enfatizados: glúteos. Comece na posição sentada e gradualmente puxe sua perna até o

peito, girando o quadril para o exterior, mantendo a coluna reta. Este alongamento deve ser sentido

no glúteo.

24. Panturrilha alongada contra a parede

Músculos enfatizados: sóleo e gastrocnêmio. A parte de trás do pé deve ficar um pouco virada para

fora. Traga gradualmente a parte de trás do seu calcanhar para o chão e estique os músculos da

panturrilha.

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25. Flexão lateral

Músculos enfatizados: oblíquos externos. Mantenha a coluna prolongada e lentamente empurre os

quadris para fora. Se você tem problemas com a parte inferior das costas, não faça esse

alongamento.

26. Torção

Músculos enfatizados: glúteos e oblíquos externos. Este alongamento é especialmente benéfico

para pessoas que sofrem de dor ciática. Comece deitado de costas e, em seguida, traga uma perna

para o peito, gradualmente girando a parte superior do corpo na direção oposta. O que é

importante sobre este exercício é o fato de você usar a respiração para abrir sua caixa torácica,

quadril e articulações sacroilíacas sem colocar demasiada pressão sobre a parte inferior das costas.

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27. Flexão lateral com apoio

Músculos enfatizados: oblíquos externos e grande dorsal. Mantendo sua coluna longa,

gradualmente empurre os quadris para o lado, mantendo os ombros abertos. No caso de ter

problemas com a parte inferior das costas, não faça esse exercício.

28. Pose do triângulo

Músculos enfatizados: oblíquos externos. Comece abrindo as pernas, e girando um pé em 90 graus.

Coloque sua mão sobre a perna da frente ou no chão, mantendo as costas retas. Mantenha o seu

olhar sobre a mão que está no ar.

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29. Peito esticado

Músculos enfatizados: peitorais. Para começar, segure em um poste com o polegar para cima.

Gradualmente gire para longe do poste, a fim de esticar seu músculo peitoral. Este alongamento

deve ser sentido no ventre do músculo, mas tenha cuidado para não se esticar muito, o que pode

resultar em uma dor na articulação do ombro.

30. Peito esticado com auxílio

Músculos enfatizados: peito e grande dorsal. Comece deitando no chão e deixando as palmas das

mãos viradas para cima. Seu parceiro deve estar sentado em um agachamento profundo para puxar

seus braços. Você deve sentir um estiramento em seu peito. Também deve causar alguma tração

em sua coluna. Se você tem problema no ombro, não faça esse alongamento.

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31. Variação da pose do pombo

Músculos enfatizados: tibial anterior. Comece sentando-se com os pés posicionados na sua frente.

Coloque uma mão atrás do corpo e gire o quadril para fora, colocando um pé acima do joelho. Se

você deseja aumentar o alongamento no quadril, gradualmente se incline para a frente.

32. Rotação do ombro

Músculos enfatizados: subescapular. Comece deitando-se de costas. Em seguida, coloque o seu

braço direto para o lado com o cotovelo em um ângulo de 90 graus. Em seguida, traga

gradualmente a parte de trás da sua mão para o chão. Se você não consegue colocar sua mão perto

do chão, isso significa que seu manguito rotador e outros músculos que controlam a rotação interna

estão tensos.

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33. Pose arqueada na parede

Músculos enfatizados: peitorais e grande dorsal. Fique longe o suficiente de uma parede de modo

que quando você a toque, seu corpo fique em uma posição paralela ao chão. Certifique-se de que

sua coluna esteja reta o tempo todo. Uma vez nesta posição, mova o peito para a frente e faça um

ligeiro arco na parte superior das costas. Se seus tendões estiverem tensos, tente dobrar os joelhos.

34. Alongamento peitoral com auxílio

Músculos enfatizados: peitorais. Deite-se no chão com o rosto para baixo e as palmas das mãos

viradas para baixo. Seu parceiro deve puxar suas mãos para trás e você deve sentir um estiramento

no fundo dos músculos do peito. No caso de você ter um problema no ombro, não faça esse

exercício.

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35. Trapézio superior alongado

Músculos enfatizados: trapézio superior. Fique ereto e mova as mãos para trás das costas. Segure o

pulso direito com a mão esquerda. Puxe o seu braço direito tanto quanto possível para a esquerda.

Abaixe a cabeça para o lado, em direção ao ombro esquerdo, até sentir o estiramento em seu

pescoço. Mantenha o alongamento por 30 segundos e depois o repita no lado oposto.

36. Costas esticadas

Músculos enfatizados: redondo maior, romboide e trapézio superior. Fique ereto e coloque os pés

próximos ao lado um do outro. Estenda os braços para a frente com os dedos entrelaçados e as

palmas das mãos voltadas para a frente. Abaixando a cabeça ligeiramente, empurre suas mãos para

a frente ao expirar, permitindo que as costas arqueiem ligeiramente, enquanto os joelhos se

curvam. Mantenha a posição por 10 a 15 segundos.

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Liberação Miofascial
Trata-se de uma técnica de manipulação com pressão moderada

sobre o meridiano miofascial, um conjunto de tendões e músculos

interligados, visando diminuir a incidência de dor tardia, regenerar o

indivíduo e restaurar rapidamente sua capacidade de movimento.

A intensidade de contração e o alongamento dos músculos ao longo

da sessão, provoca um estresse mecânico na fáscia, que retorna à sua

forma inicial após a técnica de liberação miofascial, que se dará

primeiramente nos principais segmentos envolvidos.

Imagem: Rolo de liberação Miofascial.

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Objetivos
Liberar pontos de tensão;

Restabelecer fluxo sanguíneo localizado;

Remoção de metabólitos;

Inibição dos sensores sinestésicos hiperativos;

Imagem: Efeito sobre a musculatura.

O rolo de Liberação foi proposto como uma ferramenta

particularmente apropriada para esse fim. Finalmente, modelos que

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envolvem efeitos na inflamação fáscia sugerem que o músculo ou fáscia

pode tencionar como resultado da inflamação e que a ALM pode reduzir

esta inflamação aumentando o fluxo sanguíneo. Se o músculo ou fáscia

pode alterar patologicamente desta forma não é claro, mas há indicações

de que ALM e terapia manual em geral podem afetar o fluxo sanguíneo,

aumentando a produção de óxido nítrico. Essa inflamação fáscia pode

estar relacionada ao conceito de pontos-gatilho miofasciais, que têm sido

propostos quando as placas motoras liberam acetilcolina em excesso,

encurtam os sarcômeros localmente, rompem as membranas celulares,

danificam o retículo sarcoplasmático e causam inflamação.

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Instrumentos

Imagem: Instrumentos para liberação Miofascial.

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CAPÍTULO 04
avaliações
Cada pessoa é um indivíduo e os programas de treinamento são

muito mais adequados se os dados de entrada do indivíduo estiverem

corretos e a disposição.

Imagem: Avaliação.

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AVALIAÇÃO FÍSICA
Avaliação Física é um conjunto de ações que o profissional toma com

o objetivo de conhecer o seu avaliado. Essa avaliação pode incluir vários

elementos, tais como: estado psicológico do aluno, nível de dor, hábitos

diários, variáveis de aptidão física e composição corporal, dentre tantos

outros fatores possíveis de serem avaliados.

A Avaliação física é muito mais que testar e medir. Avaliar é interpretar

os resultados dos testes e medidas. É o ato de comparar uma medida com

um padrão e de emitir um julgamento sobre essa comparação. É a

avaliação física que determina a importância ou valor da informação

coletada nos testes e nas medidas, indicando se os objetivos estão ou não

sendo atingidos e se o sistema de ensino ou treinamento está ou não

sendo satisfatório.

Somente através da avaliação física é que o profissional poderá

conhecer seu avaliado. Uma boa anamnese levantará o histórico de

participação em atividades físicas, lhe dirá também como são os hábitos

de sono e alimentação desse indivíduo, quais medicações ele toma e quais

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doenças já teve ou ainda tem. Tudo isso informa o profissional sobre

possíveis riscos ao se trabalhar com aquela pessoa.

A avaliação da composição corporal fornece dados importantíssimos

sobre quantidade de gordura e massa magra corporal, tornando mais fácil

estabelecer objetivos para essa pessoa. Da mesma forma, testes sobre

aptidão física (força, velocidade, flexibilidade, equilíbrio corporal)

ajudarão o profissional a classificar esse aluno quanto ao nível de

treinamento físico para que o seu treino possa levar em conta seu estado

atual de condicionamento.

Imagem: Avaliação das dobras cutâneas.

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Avaliação das dobras cutâneas para obter o percentual de gordura
corporal
Dentre os tipos de avaliação física, a avaliação da composição

corporal se destaca, já que esses dados estão diretamente relacionados à

estética e à saúde do avaliado. A forma mais utilizada para o cálculo da

composição corporal do indivíduo ainda é a aferição das pregas cutâneas

com o compasso de dobras cutâneas.

As dobras cutâneas nos dão a estimativa da composição corporal a

partir da avaliação da espessura em milímetros das pregas, e para tal

procedimento, utiliza-se o adipômetro, também chamado de compasso de

dobras cutâneas.

Este é um método de fácil obtenção de dados e baixo custo, sendo

útil e praticável em grandes estudos de campo, quando realizado pelo

mesmo avaliador, permite um resultado fidedigno.

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Como obter A suA FC Máx.?

Você precisa realizar o teste FIBA Fitness tentando chegar ao número

máximo de voltas possível (não apenas 86 voltas) é o máximo de FC

alcançado nesta sessão de treinamento será a sua FC Máx. sendo uma

análise de maneira bem prática, com a utilização de um frequencimetro.

Como saber se o indivíduo está dando 100%? Ou está dando apenas

65% da sua frequência cardíaca máxima, por exemplo, durante o período

de recuperação?

A primeira coisa que você precisa fazer é calcular sua frequência

cardíaca máxima relacionada à idade. Para fazer isso, use a seguinte

equação:

FCM = 220 - Idade

Portanto, se você tem 30 anos, sua frequência cardíaca máxima

relacionada à idade seria 190. Isso significa que se você estiver exercitando

190 batimentos cardíacos por minuto, estará exercendo 100% da sua

frequência cardíaca máxima ou intensidade máxima. Este é o ponto em

que você precisa atingir o máximo de tempo possível, que não será

superior a 10 a 30 segundos.

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Para calcular 65% do seu máximo, por exemplo, para o seu período

de recuperação, use a seguinte equação modificada:

%FCM = 220 - Idade X (porcentagem desejada)

Nesse caso, 65% equivaleria a 124 batimentos por minuto para uma

pessoa de 30 anos.

Usamos os 65% apenas como exemplo. Para que a frequência

cardíaca volte a 65%, serão necessárias quantidades diferentes de tempo

e/ou esforço de acordo com a individualidade e condicionamento físico de

cada pessoa, dependendo dos níveis de condicionamento físico. Você

pode até querer fazer esse número 70% ou 75%, depende de você e de

como você está se sentindo durante o treino HIIT.

Não se trabalha aqui com regras rígidas. O objetivo principal é ser

reenergizado para sua próxima luta dura com 100% de intensidade. Você

pode se sentir pronto para voltar para o próximo ataque de alta

intensidade, tendo retornado sua frequência cardíaca para 85 ou 80%. Da

mesma forma, haverá aqueles indivíduos, especialmente aqueles que

iniciam sua jornada com o HIIT, que preferem diminuir a frequência

cardíaca para 65 ou 60% antes do próximo intervalo de alta intensidade.

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Então agora sabemos o que precisamos buscar, como sabemos qual

é a nossa frequência cardíaca real durante o exercício? Existem duas

ótimas maneiras de descobrir nossa frequência cardíaca.

O primeiro método envolve a compra de um monitor de frequência

cardíaca. Eles funcionam extremamente bem e são um investimento

maravilhoso para aqueles que desejam levar o HIIT (ou qualquer forma de

treinamento cardiovascular) a sério. Eles ficam em torno do peito e a leitura

é feita em um relógio. Você pode simplesmente olhar o relógio

regularmente para verificar em que intensidade está trabalhando. Esses

monitores são facilmente encontrados em lojas esportivas e online.

O segundo método é tão simples que você não acreditaria. Também

foi demonstrado em estudos que se correlaciona com extrema precisão

com os monitores de frequência cardíaca. Chama-se Escala de Borg.

A Escala de Borg mede a taxa de esforço percebido (EPR) em uma

escala de 1 a 10. Tudo o que você precisa fazer é simplesmente se

perguntar, em uma escala de 1 a 10, o quão forte você pensa que está

trabalhando. Se você se considera trabalhando em uma intensidade de

10/10, isso na maioria dos casos se correlaciona a 100% da sua frequência

cardíaca máxima. Da mesma forma, durante o período de descanso, você

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deve apontar para um EPR entre 4 - 8, dependendo do seu nível de

habilidade e de sua sessão HIIT específica. E, naturalmente, um EPR de

6/10 estaria na maioria dos casos correlacionado a 60% da sua frequência

cardíaca máxima.

Os monitores de frequência cardíaca são uma maneira ideal para que

os personal trainers possam verificar o quanto o cliente está trabalhando e

também para os que querem elevar seu treinamento. No entanto, para a

grande maioria das pessoas, basta se perguntar o quanto você está

trabalhando e depois se avaliar será suficiente.

Finalizemos com a tabela que contém as zonas de frequência cardíaca

e suas características, benefícios e funções.

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ZONA 1 - (50-60 % da Essa é a zona inicial para um programa de

Frequência Cardíaca Máxima) aptidão física. É zona de intensidade mais

adequada para realizar o aquecimento antes do

início de um trabalho mais intenso. Essa zona

está associada à redução da gordura corporal,

redução da pressão arterial e colesterol, e

diminuição das condições degenerativa do

coração. É relativamente segura devido a sua

leve intensidade.

ZONA 2 - (60-70 % da Está zona oferece uma zona saldável e adequada

Frequência Cardíaca Máxima) para o coração em questão de treinamento,

porém ela é mais intensa e irá queimar mais

calorias. Essa fase é mais indicada para

praticantes que desejam uma queima maior de

gorduras.

ZONA 3 - (70-80 % da Nessa zona de treinamento já temos uma

Frequência Cardíaca Máxima) melhora da função cardiopulmonar. Onde pode

ser uma zona ideal para treinamento de

resistência, aqui já podemos trabalhar com

indivíduos com maior técnica dos movimentos e

condicionamento físico.

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ZONA 4 - (80-90 % da Aqui temos uma zona de treinamento

Frequência Cardíaca Máxima) anaeróbico onde vamos atingir maiores ganhos

das capacidades cardiopulmonar e a

capacidade corporal de tolerar maiores níveis de

acido lático, uma maior resistência a fadiga

durante o exercício.

ZONA 5 - (90-100 % da Muitos autores referem está zona como linha

Frequência Cardíaca Máxima) vermelha no processo de treinamento. Baseada

na intensidade, onde a sustentação do

movimento ou exercício é por poucos minutos

devido ao grande esforço físico. Nessa zona

vamos trabalhar muitas vezes com atletas de alto

nível ou indivíduos com alto grau de

condicionamento físico, e usualmente utiliza-se

um treinamento intervalado ou alternado entre

alta e moderada intensidade.

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Como obter A sua “força” máxima? Teste de 1 repetição máxima.

Teste de Repetições Máximas


A capacidade funcional, força muscular é caracterizada como uma

deter- minada tensão exercida no músculo contra uma resistência, sendo

esta influenciada por fatores mecânicos e fisiológicos que determinam a

força em um determinado ângulo e movimento articular.

A análise da força através dos testes de repetição máxima permite

adequar a reabilitação e o treinamento para atender melhor as

individualidades e objetivos de seus pacientes e alunos e, por isso, o

profissional de educação física e o fisioterapeuta devem interpretar, julgar

e prescrever um programa adequado.

O teste de uma repetição máxima, conhecido como 1RM, 3RM e 5RM

é um teste padrão ouro para avaliação da força muscular dinâmica, é

caracterizado pela maior carga a ser superada em um determinado

número de repetição ou repetições máximas em um determinado

exercício, dentro das suas vantagens.

Os testes de repetições máximas são utilizados como parâmetro de

planejamento, prescrição e periodização da carga de reabilitação e

treinamento, assim como em pesquisas cientificas; entre suas vantagens e


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aplicabilidades, temos baixo custo operacional, grande margem de

segurança, quando o protocolo é conduzido corretamente.

Teste Submáximo de RM Estimado


Carga máxima estimada para o avaliado, por exemplo: utilizar carga

máxima conforme seu conhecimento sobre o avaliado ou ainda com uma

possível percepção do avaliado.

Aquecimento
Utilizamos um aquecimento geral de 5 minutos, para ativação

muscular.

Utilizamos cerca de 30% de 1RM estimado para o aquecimento em

todos os protocolos de RM (protocolo 1RM, 3RM e 5RM).

O avaliado irá realizar três séries de dez repetições. Com um intervalo

de dois minutos para se iniciar os procedimentos de 1RM, 3RM e 5RM.

Protocolo de Execução
Dentro dessa perspectiva, no protocolo de teste de RM crescente

com a carga de 90% de 1RM estimado, o individuo realiza duas repetições

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de forma correta do movimento, caracterizando uma tentativa do teste. O

tempo de intervalo entre as tentativas é de dois minutos. Em seguida, é

adicionado peso de 1 a 2kg a cada tentativa, a tentativa de superação de

carga que caracteriza o 1RM. O peso máximo do exercício foi o último peso

levantado com sucesso pelo avaliado. O teste é encerrado quando o

avaliado não consegue mais executar um segundo movimento completo.

Imagem: Teste de 1 RM.

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Yo-yo teste
O YO-YO Teste é um excêlente teste para avaliarmos a capacidade

aeróbica, estresse fisiológico além de variáveis como: Aceleração,

desaceleração, mudança de direção, frenagem, potência, equilíbrio e

muitos outros, envolve a execução de percursos de 20 metros repetidos

em um ritmo definido por um áudio gravado. Três linhas são marcadas

conforme o diagrama nos slides seguintes; 20 metros e 5 metros (tempo

de recuperação) separados.

Imagem: Diagrama teste de aptidão física.

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O teste começa na ou atrás da linha do meio e começa a correr 20m

quando instruído pelo áudio. O indivíduo executa dois percursos

consecutivos de 20 metros (2x20) e depois recebe 10 segundos para

caminhar ou correr dois percursos consecutivos de cinco metros (2x5) e

depois voltar ao início.

Um aviso é dado quando o indivíduo não completa um percurso de

ida ou volta bem-sucedido no tempo alocado, o indivíduo é removido na

próxima vez que ele não completar um percurso com sucesso. Quando os

indivíduos não atingem a linha de chegada duas vezes, a distância

percorrida é registrada e representa o resultado do teste.

Há um período de recuperação ativo (5 metros e 10 segundos de

recuperação) interposto entre cada 20 metros (para fora e para trás),

durante o qual o indivíduo deve caminhar ou correr em volta do outro cone

e retornar ao ponto inicial. O ritmo dos tons fica progressivamente mais

rápido conforme o indivíduo continua.

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capítulo 05
Treinamentos
Nos dias de hoje existe uma variação muito grande de exercícios

físicos que podem ser realizados, a oferta é tão grande que muitas vezes s

não sabemos o que fazer ou fazem de maneira não eficaz e assim não

tendo resultados no teste de aptidão física e principalmente nos jogos.

Os treinamentos devem ir muito além de um treinamento e sim um

programa de aptidão física que deve contemplar a prevenção de lesões,

treinamento geral, treinamento específico e o treinamento de força e

potência todos esses associados a uma boa alimentação, recuperação,

hidratação e sono.

De forma geral todos os tipos e metodologias de treinamento são

validas e podem ajudar qualquer individuo, porem alguns pontos

específicos devem ser respeitados, principalmente a individualidade de

cada pessoa e a especificidade da função ou esporte.

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TREINAMENTO DE FORÇA
O treinamento de força que por muito tempo ficou esquecido pelos

pode ser considerado peca fundamental e é a base para o qualquer

individuo, através do treinamento de forca ou reforço muscular o você irá

desenvolver sua musculatura que é responsável por grande parte as ações

do seu corpo durante o exercício, terá mais potencia para realizar os

treinamentos cardiovasculares e principalmente é através do treinamento

de força que você terá uma menos chance de lesionar, assim seu corpo

estará melhor preparado.

Separamos 5 metodologias de treinamento de força onde você

pode escolher conforme sua preferência e disponibilidade:

1. Resistencia Elástica;
2. Musculação;
3. Treinamento Funcional;
4. Treinamento Suspenso (TRX);
5. Plíometria;
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1. Resistência elástica
As bandas elásticas são uma opção atraente e eficazes como auxílio

no treinamento de força, resistência e potência, porque são fáceis de ser

adquiridas, seu custo é acessível, não dependem da gravidade, seu uso é

simples e, com uma única faixa pode-se trabalhar todos os grandes grupos

musculares do corpo humano. Outro ponto favorável é que nem todos tem

acesso ou tempo para irem a uma academia ou até mesmo os aparelhos

de musculação nem sempre têm ajustes apropriados para todas as

pessoas que irão utilizá-los, problema que não ocorre quando se usa

bandas elásticas como forma de resistência. A possibilidade de

movimentos funcionais, envolvendo mais de uma articulação, é outro

atrativo em relação aos tradicionais exercícios realizados em

equipamentos de musculação.

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Bandas elásticas e suas tensões
Hoje o mercado oferece um número realmente grande de marcas e

tipos de bandas elásticas, vamos colocar aqui alguns tipos e as tensões

relacionadas.

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Modelo de treinamento

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2. Musculação
A musculação é um treino de força que consiste no levantamento de

pesos, seja com halteres ou aparelhos específicos. Seu objetivo é

a hipertrofia dos músculos.

Se você quer trata e prevenir lesões musculares, definir os músculos

ou mesmo emagrecer em um ambiente tranquilo e com acompanhamento

profissional, a musculação pode ser uma opção. A modalidade é capaz de

queimar calorias durante e após os exercícios, sendo bastante benéfica

para quem deseja a boa forma.

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Modelo de treinamento

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3. Treinamento funcional
Esta proposta de treinamento deve ser compreendida sob a ótica do

princípio da funcionalidade, o qual preconiza a realização de movimentos

integrados e multiarticulares. Esses movimentos implicam aceleração,

estabilização (incrementando em alguns movimentos, elementos

desestabilizadores) e desaceleração, com o objetivo de aprimorar a

habilidade de movimento, força da região do tronco (estabilização central)

e eficiência neuromuscular. Esta proposta é justificada pela ampla

possibilidade de aplicação e “transferência” dos efeitos deste tipo de

treinamento para as “atividades da vida diária” (AVD’s), e performance

esportiva.

Apoiada nos princípios básicos do treinamento físico, tem seu foco a

busca pela eficiência do movimento na aplicação das condutas

terapêuticas através da estimulação dos sistemas neuromuscular, através

estabilização corporal central (core), força, velocidade, resistência,

mobilidade articular, potência e equilíbrio.

Exercício e/ou movimento terapêutico e/ou físicos planejados e

sistemáticos de movimentos corporais que envolvem diversas técnicas

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para prevenção, reabilitação e manutenção do sistema

musculoesquelético, visando buscar o máximo da funcionalidade do corpo

tornando-o mais forte ,mais inteligente e mais funcional.

A elaboração e prescrição de um Programa de Treinamento Funcional

deve fornecer a adequada “dose” de exercícios e movimentos frente as

possibilidades de resposta ao estímulo e garantir adaptações ótimas em

relação aos critérios de eficácia e funcionalidade (Inchauspe et. al. 2019).

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Modelo de treinamento

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4. Treinamento suspenso - trx
Os exercícios em Suspensão oferecem vantagens em comparação

com outros protocolos de treino de força convencional. Pois todos os

exercícios trazem ao mesmo tempo força funcional, melhora a

flexibilidade, coordenação motora, equilíbrio e também o mais

importante, a estabilização do core, o qual é necessário para as atividades

diárias e prática esportiva.

O treinamento em Suspensão traz muitos benefícios e não se

estendem somente a atletas de elite; eles são relevantes para qualquer

pessoa que procure um método para aumentar sua aptidão com

segurança e rapidez.

Os exercícios em suspensão usam o peso corporal e se distinguem

dos exercícios tradicionais pelo fato de que os pés ou as mãos dos

usuários geralmente estão apoiados em um único ponto de ancoragem.

Esta fixação de um único ponto oferece a combinação perfeita de apoio e

mobilidade para treinar a força, resistência, equilíbrio, coordenação,

flexibilidade, potência e estabilidade do core de uma só vez, e com níveis

variados de resistência.

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Além da grande praticidade por ser um acessório pequeno você

pode transportar na mochila e instalar em qualquer porta ou ponto fixo

para realizar seu treinamento, por exemplo: quarto de hotel e vestiário.

Imagem: Modelo de fita de treinamento suspenso.

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Modelo de treinamento

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5. plíometria
Estiramento do músculo -> Age Sobre -> Fuso Muscular ->

Provocando -> Reflexo Miotático.

O trabalho pliométrico é também conhecido como excêntrico-

concêntrico ou treinamento da força dinâmica negativa, pois se baseia

num estímulo sobre o fuso muscular provocado por uma contração

isotônica excêntrica ou negativa conforme mostrado na a seguir.

Imagem: Pliometria.

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Fases do programa pliométrico:

1a fase - Amortização: ao cair de cima de uma altura “h” o atleta gera

uma força “G” que é resultado da ação da força de gravidade (g = 9,8 m.s-

2) sobre sua massa. Esta força é superior à força muscular que ele é capaz

de desenvolver F (G>F). Ou seja, ocorre uma contração excêntrica que

estimula o fuso muscular.

2a fase - Estabilização: as sinergias musculares vão compensando “G”

até anulá-la (E:G) possibilitando assim, a parada do movimento. Essa fase

é muito curta. Logo em seguida desencadeia-se o reflexo miotático (RM),

ocasionado pelo estímulo sofrido pelo fuso muscular, preparando a

impulsão.

3a fase - Suplementação: ao movimento de extensão de pernas

iniciado pelas fibras intrafusais, se soma à impulsão comandada pela

vontade do atleta, gerando uma força de impulsão “I” resultante da soma

das duas contrações ( I = R + RM).

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I - Exercícios Pliométricos para Membros Inferiores do Corpo

Estes exercícios são compatíveis com muitos esportes como

basquetebol, atletismo, corridas de velocidade, futebol, hockey, rugby,

futebol, handebol e etc. Na verdade, qualquer esporte que envolva saltos,

corridas e chutes podem ser melhorados com exercícios pliométricos para

partes inferiores do corpo.

II - Exercícios Pliométricos para Membros Superiores do Corpo

Atletas em esportes como o basquetebol, vôlei, lutas, beisebol, tênis,

handebol, golfe e esportes de arremesso no atletismo podem se beneficiar

dos exercícios pliométricos para membros superiores do corpo. Algumas

posições específicas como a dos goleiros no futebol e pólo-aquático

também encontrarão utilidade nestes exercícios. A maior parte destes

exercícios pliométricos deverá ser feita com o uso de uma bola medicinal.

Intensidade dos Exercícios

A intensidade dos exercícios pliométricos varia bastante. Exercícios

de saltos baixos e sem barreiras são classificados como de intensidade

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baixa, enquanto saltos em profundidade são os de maior intensidade. Veja

a tabela abaixo com as classificações de intensidade:

O treino pliométrico deve progredir gradualmente de exercícios de

intensidade mais baixa até os de intensidade mais alta, especialmente para

aqueles que carecem de um bom histórico de treinos de força (iniciantes,

atleyas juvenis ou mesmo pessoas sedentárias)

Não é recomendado aumentar a carga adicionando-se pesos como

tornozeleiras com peso. Um peso muito grande pode reduzir a velocidade

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e a qualidade do movimento, anulando os efeitos dos exercícios

pliométricos.

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Volume

O volume dos exercícios pliométricos se refere ao número de

repetições por sessão. Para membros inferiores, uma repetição é um

contato no solo. Veja a tabela abaixo sobre o número de repetições

recomendadas para uma sessão de treino pliométrico.

Frequência

Normalmente, de duas a três escolas de pliométricos podem ser

completadas em uma semana. O tempo de recuperação entre as escolas

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também pode ser usado para prescrever a frequência de treino de treino,

sendo recomendado de 48 a 72 horas de intervalo entre elas.

Não é recomendado que um treino pliométrico seja marcado para o

dia seguinte a uma sessão de treinos com pesos pesados, em função da

fadiga que interfere na execução do movimento explosivo. Isso representa

um problema de planejamento para os atletas que necessitem treinar

musculação de 3 a 4 vezes por semana. A tabela abaixo oferece uma

solução para este problema ao alternar treinos de musculação de

membros superiores e inferiores com treinos pliométricos para membros

superiores e interiores. Existem outras formas de planejar uma sessão

diária de treinamento, esta tabela é apenas uma sugestão:

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A fase de treinamento também determinará quantas sessões de

treinos pliométricos por semana são adequadas. Por exemplo, um atleta

de atletismo pode precisar de 3 a 4 sessões durante a fase preparatória,

reduzindo para duas a três quando a temporada de competições começar.

Um jogador de futebol, por outro lado, pode precisar de apenas duas a

três sessões durante a fase preparatória, podendo reduzir a uma ou duas

sessões durante a temporada de competições.

recuperação

A eficácia da sessão de treino pliométrico depende do esforço

máximo a uma velocidade alta de movimento a cada repetição. Intervalos

de descanso entre repetições e séries devem ser suficientes o bastante

para permitir uma recuperação quase que completa (4). Pode-se precisar

de 5 a 10 segundos entre os saltos em profundidade, e é recomendada

uma taxa de 1:10 para descanso. Por exemplo, se uma série de

progressões durar 30 segundos para ser feita, o intervalo de descanso

entre as séries deve ser de 300 segundos, ou 5 minutos.

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Aquecimento

Assim como em qualquer treino, um aquecimento adequado deve ser

feito antes de se terminar uma sessão de treinos pliométricos. A National

Strength & Conditioning Association (Associação Americana de Força &

Condicionamento) recomenda que corridas na ponta dos pés e com as

pernas esticadas devam ser incluídas como parte do aquecimento para

preparar o atleta para o choque do impacto dos exercícios pliométricos.

Eles devem ser completados antes do início de uma sessão combinada,

quando o atleta está com energia e livre de fadiga.

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EXEMPLO DE TREINAMENTO DE PLÍOMETRIA

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Salto Clássico

Salto Unilateral

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Arremesso bola

Arremesso lateral

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Salto lateral

Salto lateral duplo

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Salto com queda

Apoio pliométrico

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Salto sobre o banco

Corda naval

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High intensity interval training - hiit
O HIIT é rápido, flexível e divertido! Em apenas alguns minutos, você

pode fazer um treino que irá acelerar seu metabolismo, aumentar a força

e a definição, e melhorar sua saúde. O HIIT sempre envolve intervalos

alternados de exercícios alta intensidade e períodos curtos de descanso

ou recuperação ativa.

COMO FUNCIONA?

Apesar de utilizar-se de exercícios de curta duração, o HIIT tem um

grande impacto. O treinamento em capacidade máxima, através de

períodos intensos, intercalados com repouso ou recuperação ativa, acelera

a perda de gordura e melhora a resistência aeróbica e anaeróbica.

Um dos principais motivos da fama e popularidade do HIIT é a

possibilidade de treinos rápidos e eficientes. Você não precisa passar uma

hora na academia todos os dias. Se você estiver realmente disposto a se

esforçar, poderá fazer um treino eficaz em apenas alguns minutos.

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Alta intensidade

A parte de "alta intensidade" do HIIT é essencial. O indivíduo não terá

resultados se não utilizar máximo de esforço possível durante os períodos

ativos do treinamento HIIT. Estudos demonstraram que apenas 7 minutos

de HIIT podem criar alterações em seus músculos, em um nível molecular,

que são comparáveis ao que ocorre após uma hora ou mais do cardio

tradicional estático, como corrida ou ciclismo. Entretanto, essas alterações

não acontecerão se o indivíduo não trabalhar com o esforço máximo.

O efeito – “afterburn”

Através do treino HIIT, o indivíduo não apenas queima calorias e

gorduras durante o treino, também, continua as queimando após o treino,

através do denominado efeito afterburn ou EPOC (Consumo Excessivo de

oxigênio pós-exercício). EPOC é uma taxa, mensurável, de aumento da

ingestão de oxigênio, após atividades extenuantes, destinadas a pagar a

dívida de oxigênio do corpo.

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Para pagar esta a dívida de oxigênio, os ácidos graxos são liberados

e usados como combustível para a recuperação. Não é possível atingir o

afterburn através de exercícios de baixa intensidade, somente trabalhando

anaerobicamente, e na frequência cardíaca máxima, é possível atingir este

efeito adicional de perda de gordura. Já foi demonstrado que o EPOC

pode durar mais de 48 horas após o treinamento de alta intensidade.

Mudança constante

O termo "intervalo" também é de extrema importância no sistema de

HIIT. Intervalo se refere, em alternar entre períodos de esforço total e

recuperação ou descanso ativo. Eles são importantes tanto no que se

refere aos breves períodos de descanso entre os exercícios, quanto a parte

ativa dos exercícios. Os breves períodos de descanso permitem que a

frequência cardíaca diminua e impedem que seu corpo se adapte a uma

carga de trabalho constante.

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Exercício eficaz e suas combinações

Quando se trata de HIIT, os tipos de exercícios que o indivíduo realiza,

bem como a ordem em que os realiza, são importantes. Uma rotina eficaz

combina vários tipos diferentes de exercícios, com o intuito de maximizar

os efeitos de cada um. O principal objetivo é estimular o maior número

possível de músculos durante cada rotina, porém, sem sobrecarregar um

grupo muscular específico. Mudanças frequentes de elevação (por

exemplo, a transição de flexões para saltos de agachamento) ajudam a

aumentar a frequência cardíaca, enquanto exercícios multiplanares (como

as variações de polichinelo) melhoram o equilíbrio e a coordenação

atlética.

Benefícios

O HIIT pode parecer bom demais para ser verdade. A ideia de que

você pode se exercitar por um período mais curto e obter maiores ganhos

em saúde do que em um treino tradicional é no mínimo contra intuitiva. No

entanto, estudos científicos confirmam os benefícios deste tipo de treino.

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Perda de peso eficaz

Uma das razões pelas quais o HIIT é tão popular é a promessa de

perda de peso sustentável. Se o indivíduo pretende trabalhar duro e

monitorar sua nutrição, o HIIT é realmente mais eficaz para a perda de peso

do que outras formas de exercício.

Um estudo da Universidade Laval no Quebec, realizado em 1994,

demonstrou que o HIIT era 9 vezes mais eficaz para perder gordura do que

o cardio estático, como a corrida na esteira. Isso ocorre em decorrência do

já mencionado efeito afterburn, que pode durar até 48 horas após o

exercício.

Rápido, flexível e divertido

A maioria dos treinos de HIIT dura 30 minutos ou menos, tornando o

HIIT a escolha perfeita para quem não tem tempo ou oportunidade de se

exercitar diariamente por horas. Com o HIIT, há dezenas de exercícios que

podem ser utilizados, bem como podem ser combinados de inúmeras em

inúmeros variações. A constante mudança das rotinas HIIT fornecerá um

estímulo único e divertido.

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O HIIT também é flexível e pode ser feito em qualquer lugar e não

requerendo equipamento. Os exercícios deste livro utilizam a resistência

do peso corporal, sempre com ênfase na obtenção da frequência cardíaca

máxima.

Perda gorduras e não músculos

Se você já fez dieta, sabe que é difícil não perder massa muscular

junto com gordura. Estudos mostram que os exercícios HIIT permitem a

preservação da massa muscular e, ao mesmo tempo, perda de peso

gordo. Isso ocorre porque o HIIT aumenta os níveis de testosterona e

hormônio do crescimento humano (GH), responsáveis pelo ganho de

massa magra e perda de gordura. O HIIT estimula a produção de GH em

até 450% durante as 24 horas após o término do treino, o qual não é

apenas responsável por aumentar o seu metabolismo e alimentar o seu

forno de queima de gordura, como também retarda o processo de

envelhecimento.

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Saúde cardiovascular

O HIIT, através de treinos com esforço máximo, qual seja, aquele em

que o indivíduo sente seu coração batendo fortemente, ajuda a melhorar

a resistência aeróbica e anaeróbica.

Um estudo de 2012 publicado no Journal of Strength and

Conditioning Research revelou que apenas seis exercícios de HIIT

realizados por duas ou três semanas, cada um com duração de apenas

alguns minutos, produziram melhorias perceptíveis nos principais

marcadores da saúde cardiovascular.

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Ajuste - app hiit & tabata
Aquecimento treinamento
Séries 3 Séries 5
Ciclos 3 Ciclos 4

Treinamento
Exercício 40 segundos / recuperação 30 segundos

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Modelo de treinamento

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corrida
Sempre que nos deparamos com perguntas sobre o tipo de

treinamento a grande maioria realizar apenas o treinamento

cardiorrespiratório (Corrida), como treinamento principal ou até mesmo

com único treinamento. Porém sabemos que a corrida é apenas parte de

todo um programa de treinamentos que envolvem várias metodologias.

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Sim, a corrida é muito importante, pois é através dela que você irá

ganhar resistência aeróbica para aguentar um treinamento intenso, e

principalmente ter qualidade de vida.

• Distância recomendada por semana 12 km divido em dois treinos

de 6 km, ou 3 treinos de 4 km. Aumentar progressivamente

conforme os princípios já comentados.

EXEMPLO DE TREINAMENTO DE CORRIDA

Aquecimento: 500 metros 60% a 75% da FC Máx.


Treino principal: 3 km a 5 km 75% a 90% FC Máx.
Resfriamento: 500 metros 60% a 70% da FC Máx.

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Fartlek – mudança de velocidades
Fartlek é o termo em sueco para “jogo de velocidade”. O método

consiste basicamente em alternar a intensidade em uma corrida contínua.

Combinando, assim, um treino contínuo e de ganho aeróbio com ritmos

mais fortes que o esforço para uma corrida longa.

Um programa de treinamento que consiste em executar em 2

velocidades diferentes, uma lenta (60-75% da sua intensidade máxima) e

outra mais rápida (80-90% da sua intensidade máxima). A sessão deve

incluir um aquecimento (10 a 15 minutos) e um esfriamento (5 a 10

minutos) no final do treino.

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EXEMPLO DE TREINAMENTO DE FARTLEK

1. Aquecimento: 12 minutos
2. Corrida rápida: 1 minuto
3. Corrida lenta (recuperação): 2 minutos
4. Corrida rápida: 2 minutos
5. Corrida lenta (recuperação): 1 minuto
6. Corrida rápida: 1 minuto
7. Corrida lenta (recuperação): 2 minutos
8. Corrida rápida: 1 minuto
9. Resfriamento + recovery: 7 minutos

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Sprint – velocidade
A chave nos treinos de velocidade é a QUALIDADE da sua velocidade.

As distâncias devem ser maiores (40 a 100 m) do que a dimensão da

quadra de basquete.

A recuperação do corpo deve ser COMPLETA antes da próxima

repetição. Também é importante alongar antes e depois de cada treino.

Como avaliar a recuperação? Se possível utilizar um frequencimetro

verificar sua FC (após o aquecimento, antes de iniciar o treinamento)

verificar sua frequência ao final, esperar sua frequência chegar próxima a

FC antes do treinamento.

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EXEMPLO DE TREINAMENTO DE VELOCIDADE

1) 12' Aquecimento
* 20’ máximo de séries possíveis
2) 1 x 80m
3) 2 x 70 m
4) 3 x 60 m
5) 4 x 50 m
6) 5 x 40 m
7) Recuperação total (entre 1 e 2 minutos)
8) 10 ́ resfriamento + recovery

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Habilidades de velocidade
A habilidade de Velocidade é uma das chaves do nosso programa de

treinamento. É a capacidade do seu corpo se recuperar após uma pequena

explosão de velocidade e a capacidade de executar Sprints subsequentes.

Precisamos ser capazes de repetir Sprints com a mesma intensidade

do começo ao fim do jogo e até mesmo na prorrogação.

EXEMPLO DE TREINAMENTO DE HABILIDADE VELOCIDADE

1) 12' Aquecimento
* 25’ máximo de séries possíveis
2) 5 x 60 m
3) 5 x 50 m
4) 5 x 40 m
5) 5 x 30 m
6) 5 x 20 m
7) O período de retorno para o próximo Sprint é o tempo de
recuperação.
8) 10 ́ resfriamento + recovery

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Prevenção de lesões
A propriocepção acontece porque existem os propriceptores que são

células que se encontram nos músculos, tendões e articulações e que

enviam as informações ao sistema nervoso central que irá organizar a parte

do corpo, mantendo a posição sua correta, parado ou em movimento,

ação contra desequilíbrios.

Imagem: Mecanismos Proprioceptivos.

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Atualmente propriocepção é definida como o conjunto de

informações aferentes oriundas das articulações, músculos, tendões e

outros tecidos projetados para o sistema nervoso central (SNC) para

processamento, influenciando as respostas reflexas e o controle motor

voluntário. A propriocepção contribui para o controle postura,

estabilidade articular e diversas sensações conscientes. É extremamente

importante a compreensão de que a propriocepção se limita somente a

aquisição do estímulo mecânico e sua transdução em estímulos neurais,

não possuindo influência com o processamento no SNC e na resposta

motora.

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Footwork
O “Trabalho de Pés” é muito confundido com o treinamento

proprioceptivo pois muitos movimentos são os mesmos e muitos

semelhantes. É a capacidade do seu corpo realizar movimentos de

velocidade, agilidade, equilíbrio, tempo de reação e se “proteger” contra

os mecanismos e lesão.

Precisamos ser capazes de resistir a todos os estímulos que o

individuo necessita durante os movimentos e estar pronto para todas as

situações.

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EXEMPLO DE TREINAMENTO DE TRABALHO DOS PÉS

1) 5' Aquecimento

3 a 5 séries

2) 20 x Skipping Pés - abre e fecha


3) 20 x Skipping Pés – frente e atrás
4) 20 x Salto Unilateral Lateral
5) 20 x Salto Unilateral Frontal

6) 10 ́ resfriamento + recovery

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capítulo 06
Recovery
Toda atividade física gera alterações fisiológicas e estruturais em nosso

organismo. Essas alterações muitas vezes provocam dores conseguintes,

principalmente um dia ou dois após essas atividades, a tão comum ‘dor

muscular tardia’.

Essas dores impossibilitam com que você realize o próximo treino com

tanta eficácia, podendo levar ao destreinamento, a lesões

musculoesqueléticas ou até mesmo a uma síndrome de over training, está

sendo ocasionada quando a quantidade e intensidade dos treinamentos

estão acima da capacidade do corpo de se regenerar e se readaptar aos

estímulos dados.

Para que não haja tais complicações, existem muitas ferramentas que

aceleram esse processo de recuperação, seja ela por aplicação de

crioterapia, vibro compressão, compressões pneumáticas,

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eletroestimulação, alongamentos e atividades físicas de menor

intensidade.

O planejamento do processo de recovery deve ser baseado

primeiramente no estresse causado pela atividade física, ou seja, deve ser

conhecido quais demandas metabólicas e tecidos mais acometidos do

atleta para que seu ‘recovery’ seja destinado especificamente àquela

situação.

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Alongamentos e liberação Miofascial
Estes métodos de recovery já foram abordados no capítulo 06.

Imagem: Alongamento.

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crioterapia
A crioterapia é comumente descrita como um procedimento para

aliviar a dor e diminuir a inflamação nos problemas musculoesqueléticos

e, por décadas, diferentes tipos de crioterapia como banhos de imersão

em água gelada, e sacos de gelo têm sido usados como recuperação pós

exercício para lidar com a fadiga e a DMIT.

Como técnicas de Crioterapia mais utilizadas, temos, as compressas

de gelo para o atendimento de lesões imediatas, massagem com gelo e

banhos de água fria (piscina fria ou imersão em balde com gelo), dentre

outras, com nomes variados e objetivos terapêuticos diversos, por tanto,

devemos adotar o termo Crioterapia num sentindo amplo, que abrange e

engloba todas as outras técnicas praticadas a partir do uso do frio.

O mecanismo da terapia fria para recuperação após o exercício é

predominantemente atribuído ao seu efeito vasoconstritor, que reduz as

reações inflamatórias através de uma diminuição do metabolismo celular.

Na medicina esportiva, a crioterapia, como uma intervenção pós-

exercício, tem sido investigada por meio de classificações subjetivas de

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DMIT e avaliações gerais de esforço, atenuações objetivas de marcadores

de plasma sanguíneo como creatina-quinase (CK) e lactato. Níveis ou

citosinas no plasma sanguíneo abrangendo Interleucinas (IL) e proteína C-

reativa (PCR).

Segundo estudos recentes pode-se concluir que o resfriamento é

mais eficaz em comparação com as estratégias de recuperação passiva

após vários protocolos de exercícios exaustivos ou de dano muscular. O

resfriamento se mostra eficaz na redução dos sintomas de DMIT (até 96

horas) e EPR (até 24 horas).

Imagem: Crioterapia Local.


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Crio imersão
Uma das estratégias que tem sido muito utilizada e apresenta

resultados muito satisfatórios na recuperação é a crio imersão. Como o

próprio nome já diz, a crio imersão é realizada com a imersão total ou

parcial do corpo, em um recipiente que pode ser desde banheira, tonel ou

até mesmo piscina, onde a mesma está completa com água e uma

quantidade de gelo. Esta técnica tem como objetivo diminuir o início tardio

da dor muscular e reduzir a percepção de fadiga muscular, através do

efeito fisiológico da vasoconstrição periférica, a qual irá reduzir o processo

inflamatório pela diminuição do metabolismo celular. A técnica é muito

utilizada no meio esportivo devido seus benefícios e sua praticidade.

O Banho de imersão em água gelada é uma terapia com melhor efeito

em relação às outras aplicações de resfriamento. Para isso, parâmetros

como resfriamento médio da água (10 ° C: intervalo: 5 ° C a 13 ° C) e tempo

de resfriamento (13 min: variando de 10 min a 24 min), devem ser

respeitados.

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massagens
A massagem A massagem está relacionada ao recovery desde o início

da era esportiva, sendo uma das primeiras formas de recuperação do

atleta após atividade física. Nos dias atuais, a função continua a mesma,

porém vai além de uma recuperação ela prepara para as próximas

partidas.

Um fator que deve ser levado em consideração é a diferença entre a

massagem desportiva e a relaxante. A desportiva usa movimentos e

manobras mais rápidas e fortes, a fim de aumentar a circulação sanguínea

e recuperar com mais eficácia a musculatura corporal, enquanto a

relaxante libera hormônios como a ocitocina e até a endorfina para acalmar

o corpo.

O principal benefício da massagem é a aceleração da recuperação do

indivíduo após a prática esportiva ou partida de basquete, para que seus

músculos estejam preparados para quando for necessário ser acionados

novamente. Uma das respostas, é a diminuição da fadiga muscular, o que

auxilia na prevenção de lesões de músculos e tendões, reduz espasmos


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musculares, aderências, edemas e principalmente os processos

inflamatórios e dores tardias após prática de atividade física. A massagem

desportiva também é capaz de eliminar as toxinas musculares, melhorar a

circulação sanguínea e por consequência o transporte de oxigênio e

nutrientes aos músculos e também pode melhorar a qualidade do sono.

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Modelo de periodização
ADAPTAÇÃO – 30 DIAS - INTENSIDADE – baixa / MODERADA
PERÍODO ESPECÍFICO GERAL FORÇA
SEMANA 1 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
60% – 75% - 1 rm
HIIT – 4 SÉRIES / 4 EXERCÍCIOS AQUECIMENTO: AQUECIMENTO
60 %– 75% - fcmax 30”EXERCÍCIOS / 1 KM (65-75% FC MÁX.)
30”RECUPERAÇÃO TREINAMENTO DE FORÇA
CONTÍNUO:
PREVENÇÃO DE LESÕES 3 KM (75-85% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO
(FOOTWORK E PREVENTIVOS) MIOFASCIAL)
RESFRIAMENTO:
RECOVERY (LIBERAÇÃO 1 KM (60-70% FC MÁX.)
MIOFASCIAL)
HABILIDADES DE VELOCIDADE

SPRINTS

RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)

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PERÍODO GERAL E ESPECÍFICO FORÇA TESTE FÍSICO
SEMANA 2 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
60% – 75% - 1 rm
AQUECIMENTO: AQUECIMENTO AQUECIMENTO
60% – 75% - fcmax 500 M (65-75% FC MÁX.)
TREINAMENTO DE FORÇA TESTE DE APTIDÃO FÍSICA
CONTÍNUO:
1,5 KM (75-85% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL) MIOFASCIAL)
MUDANÇAS DE VELOCIDADE /
FARLEK

HIIT – CORE E ESTABILIZAÇÃO


CENTRAL (ABDOMINAIS E
COLUNA)
3 SÉRIES / 3 EXECÍCIOS
20”EXERCÍCIOS /
20”RECUPERAÇÃO

RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)

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PERÍODO ESPECÍFICO GERAL força
SEMANA 3 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
65% – 80% - 1 rm
HIIT – 4 SÉRIES / 4 EXERCÍCIOS AQUECIMENTO: AQUECIMENTO
65% – 80% - fcmax 35”EXERCÍCIOS / 1 KM (65-75% FC MÁX.)
35”RECUPERAÇÃO TREINAMENTO DE FORÇA
CONTÍNUO:
PREVENÇÃO DE LESÕES 3,5 KM (75-85% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO
(FOOTWORK E PREVENTIVOS) MIOFASCIAL)
RESFRIAMENTO:
RECOVERY (LIBERAÇÃO 1 KM (60-70% FC MÁX.)
MIOFASCIAL)
HABILIDADES DE VELOCIDADE

SPRINTS

RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)

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PERÍODO GERAL E ESPECÍFICO FORÇA TESTE FÍSICO
SEMANA 4 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
70% – 80% - 1 rm
AQUECIMENTO: AQUECIMENTO AQUECIMENTO
70%– 80% - fcmax 500 M (65-75% FC MÁX.)
TREINAMENTO DE FORÇA TESTE DE APTIDÃO FÍSICA
CONTÍNUO:
3,5 KM (75-85% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO HIIT – CORE E ESTABILIZAÇÃO
MIOFASCIAL) CENTRAL (ABDOMINAIS E
MUDANÇAS DE VELOCIDADE / COLUNA)
FARLEK 3 SÉRIES / 3 EXECÍCIOS
20”EXERCÍCIOS /
RESFRIAMENTO: 20”RECUPERAÇÃO
1 KM (60-70% FC MÁX.)
RECOVERY (LIBERAÇÃO
RECOVERY (LIBERAÇÃO MIOFASCIAL)
MIOFASCIAL)

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PERÍODO ESPECÍFICO GERAL FORÇA
SEMANA 5 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
75% – 85% - 1 rm
PREVENÇÃO DE LESÕES AQUECIMENTO: AQUECIMENTO
75% – 85% - fcmax (FOOTWORK E PREVENTIVOS) 1 KM (70-80% FC MÁX.)
TREINAMENTO DE FORÇA
MUDANÇAS DE VELOCIDADE / CONTÍNUO:
FARLEK 3,5 KM (80-90% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)
HABILIDADES DE VELOCIDADE RESFRIAMENTO:
1 KM (60-70% FC MÁX.)
SPRINTS
RECOVERY (LIBERAÇÃO
RECOVERY (LIBERAÇÃO MIOFASCIAL)
MIOFASCIAL)

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estabilização – 15 DIAS - INTENSIDADE – MODERADA / alta
PERÍODO GERAL E ESPECÍFICO FORÇA TESTE FÍSICO
SEMANA 6 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
75% – 85% - 1 rm
AQUECIMENTO: AQUECIMENTO AQUECIMENTO
75% – 85% fcmax 500 M (70-80% FC MÁX.)
TREINAMENTO DE FORÇA TESTE DE APTIDÃO FÍSICA
CONTÍNUO:
4 KM (75-85% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO HIIT – CORE E ESTABILIZAÇÃO
MIOFASCIAL) CENTRAL (ABDOMINAIS E
MUDANÇAS DE VELOCIDADE / COLUNA)
FARLEK 3 SÉRIES / 3 EXECÍCIOS
20”EXERCÍCIOS /
RESFRIAMENTO: 20”RECUPERAÇÃO
1 KM (60-70% FC MÁX.)
RECOVERY (LIBERAÇÃO
RECOVERY (LIBERAÇÃO MIOFASCIAL)
MIOFASCIAL)

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PERÍODO ESPECÍFICO GERAL FORÇA
SEMANA 7 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
80% – 90% - 1 rm
HIIT – 4 SÉRIES / 4 EXERCÍCIOS AQUECIMENTO: AQUECIMENTO
80% – 90% - fcmax 40”EXERCÍCIOS / 1 KM (65-75% FC MÁX.)
40”RECUPERAÇÃO TREINAMENTO DE FORÇA
CONTÍNUO:
PREVENÇÃO DE LESÕES 5 KM (75-85% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO
(FOOTWORK E PREVENTIVOS) MIOFASCIAL)
RESFRIAMENTO:
SPRINTS 1 KM (60-70% FC MÁX.)

RECOVERY (LIBERAÇÃO HABILIDADES DE VELOCIDADE


MIOFASCIAL)
RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)

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choque – 21 DIAS - INTENSIDADE – alta
PERÍODO GERAL E ESPECÍFICO FORÇA TESTE FÍSICO
SEMANA 8 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
80% – 90% - 1 rm
AQUECIMENTO: AQUECIMENTO AQUECIMENTO
80% – 90% - fcmax 1 KM (80-90% FC MÁX.)
HIIT – CORE E ESTABILIZAÇÃO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA
CONTÍNUO: CENTRAL (ABDOMINAIS E
6 KM (80-95% FC MÁX.) COLUNA) PREVENÇÃO DE LESÕES
4 SÉRIES / 4 EXECÍCIOS (FOOTWORK E PREVENTIVOS)
MUDANÇAS DE VELOCIDADE / 30”EXERCÍCIOS /
FARLEK 30”RECUPERAÇÃO RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)
RESFRIAMENTO: TREINAMENTO DE FORÇA
1 KM (60-75% FC MÁX.)
RECOVERY (LIBERAÇÃO
RECOVERY (LIBERAÇÃO MIOFASCIAL)
MIOFASCIAL)

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PERÍODO GERAL E ESPECÍFICO FORÇA TESTE FÍSICO
SEMANA 9 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
85% – 90% - 1 rm
AQUECIMENTO: AQUECIMENTO AQUECIMENTO
85% – 95% - fcmax 1 KM (80-90% FC MÁX.)
HIIT – CORE E ESTABILIZAÇÃO
CONTÍNUO: CENTRAL (ABDOMINAIS E PREVENÇÃO DE LESÕES
6 KM (80-95% FC MÁX.) COLUNA) (FOOTWORK E PREVENTIVOS)
4 SÉRIES / 4 EXECÍCIOS
MUDANÇAS DE VELOCIDADE / 30”EXERCÍCIOS / RECOVERY (LIBERAÇÃO
FARLEK 30”RECUPERAÇÃO MIOFASCIAL)

RESFRIAMENTO: TREINAMENTO DE FORÇA


1 KM (60-75% FC MÁX.)
RECOVERY (LIBERAÇÃO
RECOVERY (LIBERAÇÃO MIOFASCIAL)
MIOFASCIAL)

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PERÍODO GERAL E ESPECÍFICO FORÇA TESTE FÍSICO
SEMANA 10 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
85% – 90% - 1 rm
AQUECIMENTO HIIT – 4 SÉRIES / 45EXERCÍCIOS AQUECIMENTO
85% – 95% - fcmax 50”EXERCÍCIOS /
TREINAMENTO DE FORÇA 50”RECUPERAÇÃO TESTE DE APTIDÃO FÍSICA

RECOVERY (LIBERAÇÃO PREVENÇÃO DE LESÕES HIIT – CORE E ESTABILIZAÇÃO


MIOFASCIAL) (FOOTWORK E PREVENTIVOS) CENTRAL (ABDOMINAIS E
COLUNA)
MUDANÇAS DE VELOCIDADE / 3 SÉRIES / 4 EXECÍCIOS
FARLEK 30”EXERCÍCIOS /
30”RECUPERAÇÃO
HABILIDADES DE VELOCIDADE
RECOVERY (LIBERAÇÃO
SPRINTS MIOFASCIAL)

RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)

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estabilização – 14 DIAS - INTENSIDADE – MODERADA / alta
PERÍODO ESPECÍFICO GERAL FORÇA
SEMANA 11 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
75% – 85% - 1 rm
HIIT – 4 SÉRIES / 4 EXERCÍCIOS AQUECIMENTO: AQUECIMENTO
75% – 85% fcmax 40”EXERCÍCIOS / 1 KM (65-75% FC MÁX.)
40”RECUPERAÇÃO TREINAMENTO DE FORÇA
CONTÍNUO:
PREVENÇÃO DE LESÕES 5 KM (75-85% FC MÁX.) RECOVERY (LIBERAÇÃO
(FOOTWORK E PREVENTIVOS) MIOFASCIAL)
RESFRIAMENTO:
SPRINTS 1 KM (60-70% FC MÁX.)

RECOVERY (LIBERAÇÃO HABILIDADES DE VELOCIDADE


MIOFASCIAL)

RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)

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PERÍODO GERAL E ESPECÍFICO FORÇA TESTE FÍSICO
SEMANA 12 MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E MOBILIDADE ARTICULAR E
FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE FLEXIBILIDADE
75% – 85% - 1 rm
PREVENÇÃO DE LESÕES AQUECIMENTO AQUECIMENTO
75% – 85% fcmax (FOOTWORK E PREVENTIVOS)
TREINAMENTO DE FORÇA TESTE DE APTIDÃO FÍSICA
MUDANÇAS DE VELOCIDADE /
FARLEK RECOVERY (LIBERAÇÃO HIIT – CORE E ESTABILIZAÇÃO
MIOFASCIAL) CENTRAL (ABDOMINAIS E
HABILIDADES DE VELOCIDADE COLUNA)
3 SÉRIES / 3 EXECÍCIOS
SPRINTS 20”EXERCÍCIOS /
20”RECUPERAÇÃO
RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL) RECOVERY (LIBERAÇÃO
MIOFASCIAL)

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considerações
A ideia do presente material é apresentar de forma clara e objetiva

alguns conceitos fundamentais sobre o treinamento físico, para que os

profissionais possam adquirir mais conhecimentos, mas principalmente

para que todos os envolvidos no esporte tenham hábitos de vida saudáveis

e saibam que estando no meio do esporte isso se torna um dever.

Todos os temas abordados são sugestões para um programa de

treinamento físico e deve ser adaptado a cada pessoa, caso você já esteja

em um plano de treinamento apenas procure fazer adaptações aos

treinamentos específicos, e principalmente não hesite em procurar

profissionais qualificados como médico, fisioterapeuta, profissional de

educação física, psicólogo e nutricionista para saber se você pode realizar

este programa de treinamento.

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referências
1. Ahmed, H., Davison, G., & Dixon, D. (2017). Analysis of activity patterns, physiological

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